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Curia Palace Hotel Int.

ao Turismo

Índice
• Apresentaçao da Região
• Curia
• Termas
• Vinhos
○ Museu do Vinho
○ Adegas & Produtores de Vinho da
Bairrada
• Gastronomia
○ Leitão à Bairrada
○ Cabidela
○ Chanfana à Bairrada
○ Amores da Curia
○ Arroz Doce
○ Leite-Creme
• Golfe
• Actividades Culturais
○ Festa das Vindimas
 Festa das Vindimas vai Animar a Curia
○ Festa do Leitão e do Espumante
 Leitão e Espumante em Festa na Curia

Ana Mota 2008/2009


Curia Palace Hotel Int. ao Turismo

• Apresentaçao da Cadeia
Hoteleira
• Hotéis Alexandre de Almeida
• Biografia de Alexandre Almeida
• Vinhos do Bussaco

• Hotéis da cadeia
○ Palace Hotel do Bussaco *****
○ Hotel Metrópole ***R
○ Hotel Astória ***
○ Hotel Praia Mar ****
○ Jerónimos 8 ****
• Apresentaçao do Palace Hotel
da Curia
• Palace Hotel da Curia
○ A História
○ A Grande Obra de Remodelação
○ Hoje
• A minha visita ao
• Junta de Turismo da Curia
• Parque das Termas da Curia
• Para Finalizar
• Agradecimentos
• Bibliografia
Ana Mota 2008/2009
Curia Palace Hotel Int. ao Turismo

• Fontes
• A minha conclusão

Curia

Localizada em pleno coração da Bairrada vitivinícola, e com génese nas águas


termais descobertas há muito pelos Romanos, a Curia, constituída por uma verdadeira
mancha verde ímpar, propõe-lhe um despertar para os verdadeiros sentidos da vida:
Regresse ao nostálgico ambiente dos dourados anos 20 e mergulhe na
arquitectura "Belle Époque" e "Arte Nova", aprecie os gigantescos plátanos, respire o ar
perfumado por calmas tileiras, passeie pelos belos jardins e pelo frondoso Parque das
Termas ou deixe-se deambular pelos pitorescos caminhos por entre vinhedos, mas, acima
de tudo, sinta o raro prazer de viver um sentimento de liberdade e de espaço onde os
únicos limites são a imensidão do verde das árvores e infinito azul do céu.
Saboreie as requintadas delícias da nossa cozinha e doçaria regional, deixe-se
convencer pela robustez e carácter franco dos nossos vinhos e espumantes naturais, e
experimente a hospitalidade da nossa oferta hoteleira.

Ana Mota 2008/2009


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Termas

Em 1863 o engenheiro francês Chapelle, contratado para a construção da linha


férrea do Norte, aplicou as águas da poça da Curia da Mata, nascente utilizada por
residentes da região em doenças de pele e reumatismo, num tratamento de um “mal que
tinha nas pernas”. Os bons resultados obtidos depressa se espalharam e a fama curativa
das águas não parou de crescer. Desta data até à primeira análise de Lepierre em 1897,
sabemos que a exploração pertencia por direito à Câmara da Anadia, que não lhe dedicou
nenhuma especial atenção, limitando-se o balneário a um barracão em madeira. Terá sido
o médico “do partido municipal da Mealhada” (Sarzedas, 1907), Luís Navega, a
encomendar esta análise ao químico francês, já então radicado em Portugal, para a
formação de uma Sociedade de Águas da Curia, concretizada em 1889, da qual este
clínico foi o principal mentor e director clínico desta estância durante 40 anos.
Desta sociedade faziam parte outros notáveis da região, como Maria Emília Seabra da
Costa, casada com Luciano de Castro, líder do Partido Progressista e chefe de vários
governos no último período do regime monárquico. Outro dos sócios foi Albano Coutinho,
de que falaremos mais abaixo.
Nesse mesmo ano (1900) foram feitas as primeiras captações de água, em poços de
alvenaria rectangulares, nos locais em volta das três principais nascentes: a principal, a
férrea e dos olhos, de onde as águas eram conduzidas para um balneário “bastante
rudimentar” (Melo, 1902, cit. Acciaouli, 1944, IV: 104).

O alvará de exploração foi concedido à Sociedade de Águas da Curia em 31 de


Dezembro de 1902; um segundo balneário foi inaugurado em 1903. Tenreiro Sarzedas
(1907), no seu relatório de 1906, na sequência da visita como “Inspector Médico”,
considerava esse balneário "modesto e um pouco acanhado, é certo, mas dotado com o
indispensável para a exploração das águas da estância."
Este “indispensável” consistia em dois gabinetes com banheiras de mármore, para
banhos de 1ª classe, e oito banheiras de zinco, quatro destinadas à 2ª classe e outras

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quatro à 3ª classe. Além disso contava com uma piscina de 8x5 m, duche de agulheta,
duche circular e “duche de chuva”.

O relatório é bastante elogioso no que respeita à salubridade do local, à


assistência médica e às análises feitas por Charles Lepierre das nascentes Principal
(repetida em 1902), Olhos e Férrea, analisadas em 1904. Mas no que respeita à Buvete e
ao engarrafamento das águas, o inspector não poupou críticas: “A nota clínica preciosa
da Curia é dada pelo uso da água, quando bebida. E a esta nota deve corresponder um
padrão condigno, que bem o merece, e que deve ser representado por uma buvette
luxuosa.”
No ano da inspecção acabara de abrir o Grande Hotel, “muito confortável e de
edificação cuidada”, o terceiro que os aquistas tinham à sua disposição, para além de um
na sede de Freguesia, em Tamengos, e outro na Curia, que perdia definitivamente a
toponímia de “Mata da Curia” para a denominação actual. Uma toponímia à partida
latina, mas será abusivo deduzir uma exploração romana destas águas, parecendo mais
lógico que essa mata fosse de prelados, um cura ou curas proprietários do local, daí
“Curia”.

Desconhece-se a data em que Albano Coutinho entrou na Sociedade de Águas da


Curia; mas se ao médico Luís Navega, que foi “distinto director clínico”, se deve a sua
descoberta para a hidrologia médica, a Albano Coutinho deve-se a transformação do local
numa estância termal e de veraneio de qualidade, uma aposta financeira no turismo,
então praticamente inexistente, ou só existente em discussões parlamentares e vagos
apoios financeiros à construção de hotéis prometidos no final do regime monárquico e no
regime republicano.
Foram precisamente sobre a legitimidade da propriedade da Sociedade as discussões na
Câmara Republicana de 11 de Setembro de 1911, onde a personagem do senador Albano
Coutinho foi posta em questão.
“Ora, Sr. Presidente, depois dos factos verdadeiramente criminosos que apontei, só me
resta pedir ao Sr. Ministro do Interior que entregue ao poder judicial o senador Albano
Coutinho, visto que eu entendo que a República deve ser mais generosa com aqueles
que prevaricaram dentro do regime monárquico do que com os que dentro da República,
à sombra dos cargos que ocupam pretendem cometer verdadeiros crimes como os que
acabo de relatar à câmara.” Era esta a “sentença” que o deputado Marques Costa
proponha à assembleia, na sessão de 1 de Setembro de 1911, contra o indivíduo que
“sendo governador civil, era também presidente da companhia de águas da Cúria”.

O caso remontava a 3 de Novembro de 1910, menos de um mês depois da


implantação da República. Albano Coutinho, na sua qualidade de presidente da direcção
da Sociedade Águas de Cúria, apresenta um requerimento à Comissão Municipal
Administrativa da Anadia, onde se pedia o arrendamento por 99 anos para “todas as
nascentes da Cúria, incluído aquela junto da qual se construirá o lavadouro”. A Sociedade
obrigava-se “1º A dar de renda a quantia de dez mil réis; 2º A construir por sua conta o
lavadouro já referido;3º A nunca embaraçar o percurso das águas destinadas à rega dos
prédios que a ela têm direito”. No mesmo dia, a Comissão Municipal deferiu o projecto a
favor da sociedade, dando poderes ao cidadão presidente para “outorgar, por parte da
Câmara na escritura de arrendamento à dita sociedade”. O contrato infringia a Lei de
Exploração de Águas Minerais e o Código Administrativo, por não ter sido feito um
concurso em hasta pública.
O deputado referiu que o governador civil que lhe sucedeu, Rodrigo Rodrigues, “logo que
teve conhecimento deste caso, mandou proceder a uma sindicância […] Se a Câmara
consente leio um resumo apenas”. E leu parte do ofício feito a partir dessa sindicância e
enviado ao Ministério do Interior a 16 de Junho de 1911, que a dado momento relata os
acontecimentos: “Apura-se que o mesmo indivíduo, sendo governador civil, era também
presidente da companhia das Águas da Curia, única interessada no contrato; que foi ele
quem nomeou a comissão que havia de fazer o contrato; [...] Que foi assistir à sessão da
comissão em que tal foi apresentado por um membro a quem se diz que ele próprio
entregou; que veio depois a sancioná-lo com a sua presença na comissão distrital, a que,
por lei, nem podia comparecer; que por seu punho fez clausulas que não estavam na

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acta da câmara …”

O debate continuou com intervenção do ministro do Interior, do deputado


Francisco da Cruz e do ministro da Justiça, que era então Afonso Costa, este, a dado
momento da sua exposição, relata, que: “o ex-governador civil de Aveiro, o Sr. Albano
Coutinho, não era a primeira vez que tentava adquirir, em condições ilegais e imorais, o
arrendamento das águas da Cúria por 99 anos. Esse pensamento já vinha de trás. Ainda
sobre a monarquia foi dirigido um ofício ao Sr. Sampaio, presidente da Câmara Municipal
de Anadia, que era um homem honrado, para que ele permitisse esse arrendamento.
Sampaio recusou-se da maneira mais formal a fazer semelhante cousa, e o que não pôde
fazer-se sobre a monarquia, sob um regime de erros, e quase por toda a aparte de
latrocínio, de crápula e de vergonha, obteve-se na República […] Desde Dezembro que o
assunto está entregue às autoridades, e é tempo de que a Justiça se faça. ”
Albano Coutinho publicou nesse ano de 1911 a sua defesa, O cazo da Curia: em defeza.
Se o processo seguiu, não teve consequência para o senador Albino Coutinho, que
continuou com a sua cadeira no Senado da República, e na Curia a exploração
pertenceria à referida companhia por muitos e largos anos, tendo a nascente Férrea sido
mesmo “rebaptizada” com o seu nome.
Machado (1912), na sua excursão “hidrológica”, ao escrever sobre estas termas,
mencionou com as seguintes palavras Albano Coutinho: “ A estância da Cúria, mercê da
iniciativa arrojada e inteligente da sua direcção, a cuja frente se destaca a figura austera
do senador Albano Coutinho, está passando uma transformação radical. O
estabelecimento velho, construído em 1900 [...] no próximo ano (1913) deve ficar
concluído o novo balneário a suas especializações são o artritismo do rim [...] contando
casos de curas brilhantes de litiáse renal[...] … além da cura da gota”

De facto, em 1913 foi inaugurado um novo balneário, no ano seguinte, uma nova
buvete. Na década de 20 o balneário seria reformado e ampliado e o empresário
Alexandre de Almeida investiria num novo hotel, o Palace. O parque termal definia-se em
volta do grande lago, onde não faltava o casino. Os hotéis multiplicavam-se, a Curia
tornava-se num destino termal e turístico, a animação termal era variada, com concertos,
bailes, touradas, festas temáticas de beneficência, campos de ténis e hipódromo.

Em 1934 é inaugurada uma piscina desportiva e de lazer nos jardins do Hotel


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Palace, concebida numa arrojada forma de navio, que se tornou o centro de animação
das termas nas décadas seguintes.
O estudo geológico da zona foi executado por Freire de Andrade em 1935, para um
projecto de novas captações para abastecimento do balneário. Em 1936 é feito o estudo
da radioactividade das suas águas por Pinto Bastos.
Na década de 40 pedia-se a transformação do apeadeiro numa estação de
caminho de ferro. Sabemos pelo Anuário (1963), que o “Foguete”, a ligação ferroviária
rápida entre Lisboa e Porto, tinha paragem obrigatória na Curia durante a época balnear.
O balneário contava então com um Gabinete de Fisioterapia, no 1ºandar, “com um
serviço eléctrico bastante desenvolvido, onde se fazem tratamentos de vária ordem,
desde da diatermia à massagem vibratória” (Anuário, 1963: 560).

Em 1993 foi construído um novo balneário, mas essa década não foi favorável
para a Sociedade Águas da Curia. A queda na procura de um termalismo tradicional, a
custosa manutenção do parque e do seu património construído colocaram a sociedade
numa situação financeira difícil que só nos últimos anos se têm vindo inverter, com
apoios comunitários e a aposta em novos programas termais de turismo de saúde. Para
esta revitalização contribuiu também a construção de um campo de golfe, iniciativa
concertada dos Hoteleiros da Câmara e da Junta de Turismo em parceria com a
Sociedade.
Hoje em dia, as águas da Curia continuam famosas, mas a Curia é uma moderna
estância de saúde que oferece ao aquista um avançado complexo termal com
tratamentos especializados para combater doenças metabólico-endócrinas, cálculos
renais e infecções urinárias, hipertensão arterial, doenças reumáticas e musculo-
esquelécticas, programas de recuperação de forma física, reabilitação, fisioterapia
correctiva e dietas de emagrecimento. Nestes tratamentos são aplicadas as técnicas de
ingestão oral de água, banhos de imersão com duche sub-aquático e bolha de ar, duches
escoceses de jacto ou crivo, circular ou de leque, a hidro-massagem automática, a sauna,
a piscina de reabilitação, o ginásio com mecanoterapia, as massagens e a electroterapia,
tracções, ultra-sons, ondas curtas, micro-ondas, ultravioletas, infravermelhos, correntes
diadinâmicas, etc.
Às propriedades curativas das águas soma-se o ambiente de calma, sossego e
repouso da Curia. O seu belo parque de 14 hectares é um lugar que oferece ao visitante a
oportunidade de passear calmamente por entre as avenidas de árvores centenárias e
vegetação luxuriante que rodeiam o seu lago, fazer um pouco de exercício ou
simplesmente descansar. O passeio de barco ou gaivota no lago é também um
divertimento muito procurado.

Vinhos
Estando a Curia no coração da Bairrada, não
poderíamos deixar de referir a tradição vinícola da região.
A Bairrada é uma região de uvas, vinhedos e grandes vinhos de fama nacional e
internacional. As paisagens, de colinas suaves, foram conquistadas pelas vinhas há
muitos séculos, quando Portugal nasceu. Nos finais do século XIX os vinhos da Bairrada
expandiram-se pelo Mundo, ao mesmo tempo que na Anadia se produziam os primeiros
espumantes, cuja qualidade logo foi reconhecida em Paris, na exposição Universal de
1900, com medalha de ouro.
Hoje um dos momentos altos de um passeio turístico na Bairrada é uma visita às
caves e adegas da região. Aí poderá ver os lotes de vinho de mesa, conhecer e provar as

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melhores colheitas, descer aos labirintos de túneis dos espumantes e sentir o seu
ambiente ímpar. No final da visita poderá adquirir alguns vinhos a bons preços!
Não perca igualmente uma visita ao Museu do Vinho Bairrada em Anadia. No
museu poderá fazer uma visita virtual pela região e pela história da sua vitivinicultura.
Poderá também visitar a sua Enoteca e ficar a conhecer os produtores e produtos da
região da Bairrada.
Para que o visitante possa apreciar devidamente a região foram criados circuitos
turísticos devidamente sinalizados - a Rota dos Vinhos da Bairrada. Para mais
informações consultar a Comissão Vitivinícola da Bairrada.

Museu do Vinho

Edifício contemporâneo, inaugurado em 27 de Setembro


de 2003, comporta, para além da exposição permanente
– Percursos do Vinho, uma componente de exposições
temporárias de arte contemporânea.
Neste Espaço Cultural encontram-se ainda presentes
quatro instalações permanentes, da autoria de Fernanda
Fragateiro – “amanhecer”, “entardecer”, “anoitecer” e
“plano inclinado”.
Paralelamente existem ainda outros serviços dos quais os
visitantes poderão usufruir tais como: biblioteca, loja,
auditório, sala de restauração e cafetaria e mediateca.

A Exposição permanente “Percursos do Vinho” inicia-se com uma


mostra de registos documentais alusivos ao mundo vitivinícola,
seguindo-se um espaço relativo às castas permitidas na Região
Demarcada da Bairrada, e espólio inerente à actividade vinícola.
Existem ainda seis salas temáticas (Vinha; Vindima; Vinificação - Caves
e Adegas; Vinificação - Espumante; Prova e Roteiro), com espólio
datado do séc. XVIII a início do séc. XX, complementadas com filmes
alusivos ao tema em questão.

A visita termina na Enoteca, na qual se encontram dos melhores vinhos


produzidos na Região.

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Adegas & Produtores de


Vinho da Bairrada
Adega Coop. de Cantanhede (Cantanhede)

Adega Coop. da Mealhada (Mealhada)

Adega Coop. de Mogofores (Mogofores)

Adega Coop. de Vilarinho do Bairro (Vilarinho do Bairro)

Adega Coop. de Souselas (Souselas)

Casa do Canto (Ancas)

Casa de Saima (Saima-Sangalhos)

Dulcineia dos Santos Ferreira (Sangalhos)

Estação Vitivinícola da Bairrada (Anadia)

Caves Aliança (Sangalhos)

Caves do Barrocão (Paraimo-Sangalhos)

Caves Primavera (Aguada de Baixo)

Caves S. João (S. João da Azenha)

Caves Solar de S. Domingos (Ferreiros-Anadia)

Luís Pato (Óis do Bairro)

Quinta de S. Lourenço (S. Lourenço do Bairro)

Quinta do Carvalhinho (Ventosa do Bairro)

Quinta do Ferrão - Soc. Agrícola (Recardães - Águeda)

Quinta da Graciosa (Arcos-Anadia)

Quinta da Grimpa (S. João da Azenha)

Quinta do Vale Santo (Aguim)

Soc. Agr. Com. Vinhos Messias (Mealhada)

Vinexport, Caves Coimbra (Trouxemil – Coimbra)

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Gastronomia
A gastronomia da Bairrada é das mais afamadas do nosso país. Vejamos algumas
especialidades:

Leitão à Bairrada
O segredo da sua fama reside no saber e arte
dos assadores da região; na escolha do animal
(idade, tamanho e alimentação), na matança,
nos preparos e temperos: banha de porco, alho,
pimenta e sal, e no forno.
Demora entre 1h30 a 2 horas a assar e fica
com um aspecto final aloirado escuro e pele
estaladiça.
Serve-se quente, morno ou frio, com
batatas fritas ou cozidas, rodelas de laranja,
alface e acompanhado, preferencialmente,
de vinho espumante.

Cabidela
Outro prato típico. É confeccionado com
miúdos do leitão (coração, pulmões e fígado)
cortados aos bocadinhos, sangue e batata. É
temperado com molho de leitão, banha de
porco, sal, azeite, cebola, vinho tinto e água.
Vai ao forno, demorando cerca de 40-50
minutos a assar.
É assado por baixo do leitão aparando desta
forma o líquido da assadura que vai
escorrendo.

Chanfana à Bairrada

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Outra das grandes especialidades, prato normalmente


servido em ocasiões especiais; casamentos, baptizados e
festas religiosas. Pode ser de cabra ou carneiro e é
cozinhada em forno de lenha, durante 4 a 5 horas, dentro
de caçarolas de barro preto. Uma vez confeccionado só é
servido dois ou três dias depois, acompanhado com vinhos
da região. É servida em quase todos os restaurantes,
embora nalguns casos seja necessário solicitar com
antecedência devido ao longo período de preparação
necessário.

Amores da Curia
Deliciosos pastéis à base
de massa folhada e
recheados com creme de
ovos.

Arroz Doce
Sobremesa obrigatória nas ocasiões festivas,
saboreia-se em casa com a família ou nos
restaurantes da região.
Na região era usado como participação de
casamento e pretexto para a apresentação do
noivo, que o levava em travessas, acompanhado
pela mãe e amigos, a casa das famílias conhecidas.

Leite-creme
Em todos os restaurantes que se prezem, não pode faltar o Leite-
creme, devidamente coberto de açúcar torrado. Confeccionado a
partir de leite e ovos é servido em travessas ou taças individuais.

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Golfe

Desenhado por Jorge Santana da Silva, o Curia Golf é um campo executivo de 9


buracos, integrado numa estância termal de elevada qualidade e com um passado
histórico reconhecido.

A vinte minutos das cidades de Coimbra e Aveiro, o Curia Golf é o primeiro


campo em pleno centro do País e pretende afirmar-se como um novo destino de golfe
capaz de agradar a todos os golfistas.
Prolongando-se por 2457 metros, par 34, este é um campo competitivo para os
jogadores de todos os níveis. Desenvolvendo-se ao longo de um curso de água natural,
enquadrando três lagos artificiais, o Curia Golf apresenta alguns pares 3 e 5 que
constituem um estimulante desafio a qualquer jogador de golfe.
O campo é plano, com ondulações suaves nos fairways e bunkers amigáveis
distribuídos ao longo do percurso. Os greens, protegidos por bunkers essencialmente
laterais, são generosos e ondulados.
O rio Cértima, que acompanha grande parte do percurso, bem como os lagos artificiais,
são obstáculos a ter em conta ao longo do jogo.
O Curia Golf disponibiliza um Clubhouse moderno e agradável, com um serviço
de qualidade: pro-shop , bar, restaurante, balneários, esplanada, putting-green , net-
range e zona de prática de chipping e bunker.

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Actividades
Culturais
Festa das Vindimas
Realiza-se no inicio do mês de
Setembro e conta com a participação de Banda de
Música e ranchos folclóricos que trajados a rigor,
trazem à memória as vindimas de outros tempos,
que era feita pelo processo artesanal.
É também organizada uma exposição
de artefactos relacionados com a vitivinicultura e
está aberta uma tasquinha de comes e bebes,
recheada de vinhos e petiscos regionais.
Um desfile de música e cor que
percorre as ruas da Curia.

Festa das Vindimas vai Animar a


Curia
O parque de merendas da estância termal da Curia, no concelho de Anadia,
recebe, mais uma vez, já este fim-de-semana, a festa das vindimas. Com os
vinhos e espumantes, as tasquinhas garantem a boa gastronomia bairradina e há
ainda exposição de máquinas agrícolas, especialmente ligadas ao cultivo da
vinha, ao artesanato, à etnografia e ao folclore.
Na festa, que marca o arranque da época de vindimas na Bairrada, são cinco os
stands de venda de vinhos e espumantes, dois de caves da região e outros três
de produtores engarrafadores.
Além da venda, outras oito caves estarão presentes, mas apenas no stand da
Junta de Turismo da Curia, que organiza o evento, com exposição dos seus
produtos.
A completar, há três tasquinhas para almoços e jantares, com destaque para o
leitão da Bairrada e pratos "de festa" como a chanfana, o artesanato de
cerâmica, a exposição de apicultura, um espaço de recreio com insufláveis para
crianças e muito folclore.
A animação dos dois dias, à tarde e à noite, está garantida com vários grupos
folclóricos regionais, destacando-se o cortejo, às 15 horas de domingo, que desce
toda a Avenida do Largo da Rotunda, junto à entrada principal do Parque das

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Termas, ao da Estação, habitualmente bastante aplaudido pelos visitantes da


festa das vindimas.
Tânia Moita

2006-09-01 00:00

2006-09-01 Jornal de Noticias

Festa do Leitão e do
Espumante

Festa realizada em Agosto, mês em que os nossos emigrantes fazem as suas


férias e visitam os seus familiares, e em que a Curia tem maior número de visitantes. A
festa foi pensada para dar a conhecer a genuína cultura regional e promover o contacto
entre os assadores artesanais de leitão de Anadia e o público.
Muitas das localidades do coração da Bairrada têm o seu próprio assador de
leitão, a qual a população acorre a encomendar tal especialidade para festas de família
ou qualquer pacato convívio de amigos. Só raramente as gentes da Bairrada satisfazem
os seus apetites de leitão nos conhecidos restaurantes da região. É uma tradição que
remonta a épocas ancestrais.
Presentes estão muitos dos mais conceituados assadores, e os Espumantes
são fornecidos pelas caves e pelos viticultores engarrafadores mais representativos do
concelho. Para completar a festa, não falta a animação musical.

Leitão e Espumante em Festa na


Curia
A estância termal da Curia, Anadia, vai receber a 8ª edição da Festa do Leitão e do
Espumante, a realizar de amanhã até dia 15, no Parque de Merendas da Curia, junto à
Estação de Caminho de Ferro. Com organização da Junta de Turismo da Curia (JTC) e da
Junta de Freguesia de Tamengos, são esperados muitos visitantes, do concelho e
arredores, numa festa que este ano, contando com mais um dia, promete superar as
expectativas.
"Não haverá grandes alterações. A principal novidade será a participação de duas caves
que, por norma, só entram na Festa das Vindimas", explicou Maria da Luz Baptista,
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técnica de turismo da JTC. Vão estar presentes quatro tasquinhas, em representação de


quatro assadores de leitãodo concelho, uma das exigências do certame.
Todas as noites haverá animação, a partir das 21.30 horas. Os grupos Novo Tom, Duo
Bairrada, Cantares de Bustos e o Grupo Musical Opção Jovem prometem aquecer as
quatro noites. Além disso, haverá a actuação de DJ's e muita caipirinha, numa
organização a cargo do VR Club. A entrada é gratuita.
Entretanto, estão abertas as inscrições, na JTC, para o passeio de Cicloturismo, que se
realiza no domingo, a partir das 10 horas.
Marta Varandas
2005-08-11 00:00

2005-08-11 Jornal de Noticias

Hotéis Alexandre
de Almeida
Est. 1917
“Os Hotéis Alexandre de Almeida foram fundados, em 1917, por Alexandre de
Almeida, precursor do Turismo e primeiro grande industrial hoteleiro português, cuja
actividade teve consequências profundas no panorama da hotelaria nacional.

A ele se ficou a dever a afirmação da hotelaria como indústria no nosso País, a


introdução de inúmeras inovações para melhoria de serviços na hotelaria, a adopção da
vertente do lazer e do desporto nos hotéis nacionais, a constante consciencialização para
a formação no sector e a consequente inauguração, em 1958, da Escola de Hotelaria de
Lisboa, a primeira que houve em Portugal.

Foi ele, igualmente, quem impulsionou a reivindicação da cozinha portuguesa


quando ainda predominava a gastronomia de importação francesa, e até mesmo o
conceito de recuperar e valorizar património histórico caído em desuso para fins
turísticos, nele instalando estabelecimentos hoteleiros da maior expressão cultural,
conceito actualmente tão em voga no nosso País e pela Europa fora.
Hoje em dia, sob administração directa da 3ª geração da família, caso único no
País e raro no mundo, continuamos a manter os nossos altos padrões de hospitalidade
tradicional. Os nossos Hotéis, de características vincadamente históricas e
personalizadas, propõem-lhe um ambiente diferente e convidativo, alojamentos
confortáveis e distintos, excelente cozinha portuguesa e o requinte dos exclusivos vinhos
do Bussaco, de renome mundial. Também nos orgulhamos da prestação de um serviço
verdadeiramente personalizado e da nossa atenção para o detalhe na resposta às
solicitações colocadas pelos nossos Clientes.
Neste novo milénio continuamos a assumir o mais alto nível de entrega aos ideais
de Alexandre de Almeida, nomeadamente:
Ana Mota 2008/2009
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- tratar cada cliente como nosso convidado pessoal;


- incutir os nossos leais colaboradores com a sua filosofia de dedicação absoluta na
prestação de um serviço superior;
- preocupação com a comunidade e com o meio ambiente.
Na inauguração do Palace Hotel da Curia, em 1926, a ementa do banquete era
acompanhada da seguinte mensagem, da sua autoria:
"A indústria hoteleira é considerada benemérita em muitos paízes, tal é o seu valor como factor de progresso em
todos os ramos da sua actividade. A essa eu tenho prestado toda a minha energia e dedicação para conseguir que o nosso
Paíz alcance o lugar a que tem direito na civilização mundial, pelo seu passado histórico, pelos seus
encantos naturaes e pelo seu clima sem egual:

"O Paíz aonde o sol sorri."

"Auxiliem-me todos n'esta cruzada, que de muitos vive e para todos produz!"

Alexandre de Almeida, 1926


Estas palavras, há mais de 70 anos, resumem a aposta de Alexandre de Almeida e o
empenho constante dos seus sucessores e colaboradores, no âmbito da indústria
hoteleira e do turismo em Portugal.
Convidamo-lo a viver a nossa paixão pela tradição hoteleira portuguesa na qual
se baseia o longo historial e o sucesso dos Hotéis Alexandre de Almeida.”
Alexandre Almeida, 2006

Biografia de
Alexandre Almeida
1885-
1972

Ana Mota 2008/2009


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Ente os homens que fizeram a Curia, Alexandre de Almeida foi um dos mais
importantes e único, cuja actividade hoteleira adquiriu dimensão nacional, com hotéis
nesta instância e na do Luso, em Coimbra, Carcavelos e Lisboa. A sua história é a um
selfmade man, filho e neto de pequenos agricultores e comerciantes.

Alexandre de Almeida nasceu na Lameira de S. Pedro (Luso, Mealhada) em 5 de


Janeiro de 1885, vindo a falecer no Palace Hotel da Curia em 21 de Julho de 1972. O seu
pai, António Rodrigues de Almeida era natural de Horta (freguesia de Tamengos) e sua
mãe Maria da Conceição era natural de Lameira de S. Pedro. Em 30 de Novembro de
1907, casou com Gracinda Aaugusta Lopes, de Venda Nova (Luso), filha de um
empregado de alfândega e de uma costureira.

A sua entrada no mundo do trabalho ocorreu por volta dos 10 anos de idade.
Cumprindo o quarto ano de escolaridade na sua terra natal, começou a trabalhar no
estabelecimento de mercearia e vinhos de seu pai, no Luso.

Foi em plena I Guerra Mundial que se lançou decididamente na actividade


hoteleira. Em 1916, com 31 anos de idade, associou-se a Paul Bergamin na exploração do
Palace Hotel do Bussaco e, apesar de se estar a iniciar no ramo, empreendeu uma

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impressionante política de aquisições que, até 1922, lhe conferiu o controlo de meia
dúzia de hotéis: em 1917, tomou conta do Hotel Metrópole, no Rossio (Lisboa); em 1919,
obtém de trespasse o Francfort Hotel, também no Rossio; em 1920, fundou o Hotel
Europa, na Praça Luís de Camões (Lisboa), e adquiriu a Paul Bergamin a concessão do
Palace Hotel do Bussaco; em 1921, comprou uma extensa propriedade na Curia e,
remodelando profundamente os imóveis existentes, criou o Palace Hotel da Curia. A sua
rede hoteleira consolidou-se depois com a fundação do Hotel Astória, em Coimbra (1926),
e do Hotel Miradouro, no Bussaco (1940-1945), e com a aquisição do Hotel Praia-Mar, em
Carcavelos (1968).

O génio de Alexandre de Almeida revelou-se na capacidade de criar uma nova


forma de fruição turística, assente no conforto e nas actividades desportivas e de lazer.
Na Curia, por exemplo, manteve durante muitos anos as Festas das Vindimas e das
Rosas, os jantares à americana, chás-tango, concursos de vestidos de chita, torneios
literários, gincanas automóveis, campeonatos de ténis e de natação, e oferecia todo o
tipo de serviços (barbearia, cabeleireira, sala de jogos, garagem, capela privativa, etc.) e
condições para a prática de várias modalidades.

No momento da sua morte, os seus hotéis dispunham de 700 quartos, e neles


trabalhavam 900 empregados.

Foi ainda responsável pela montagem do restaurante e do bar do Aeroporto de


Lisboa, na década de 40, por determinação de Duarte Pacheco, e criou a Escola Hoteleira
de Lisboa, que em 1965 passou a ostentar o seu nome.

Ocupou, entre outros, os cargos de vice-presidente da Alliance International de


L’hôtellerie (1920-1939) e de membro do Conselho de Administração, da comissão
executiva e de honra da Associação Internacional de Hotelaria, que a substituiu;
presidente do Conselho Fiscal da União Hoteleira de Portugal (1936); presidente da
Direcção da Associação da Classe dos Proprietários de Hotéis e Restaurantes, do Grémio
dos Hotéis do Sul (1950-1955), da União dos Grémio da Industria Hoteleira e Similares do
Sul (1955-1969); vogal do Conselho Superior dos Transportes Terrestres; membro do
Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Associação Internacional de
Hotelaria; presidente e director da Escola Profissional da Indústria Hoteleira do Sul; vogal
do Conselho Nacional de Turismo, das Comissões Municipais de Turismo de Lisboa e
Coimbra e da Junta de Turismo da Curia. No âmbito político, foi procurador à Câmara
Corporativa em 1935-1938 e em 1949-1958 como representante da indústria hoteleira,
apesar de a sua actividade não ter sido extensa, pelo menos a crer no diário das sessões.
No parecer nº 36/VI, de 7 de Fevereiro de 1956. Obteve diversas distinções e
condecorações, a primeira das quais poucos meses depois do golpe militar de 28 de Maio
de 1926; louvor do governo português pela sua dedicação à causa do turismo; medalha
de ouro na primeira Exposição da Indústria Hoteleira e da Alimentação (Barcelona, 1927);
medalha de ouro na Exposição Ibero-Americana (Sevilha, 1930); comendador da ordem
de Cristo; grande oficial do mérito agrícola e Industrial; medalha de prata do Mérito
Corporativo e de Trabalho; primeiros premiado na 1ª Exposição Bibliográfica de Turismo e
Propaganda de Portugal (Lisboa, 1943); medalha de cobre no Sallon International de
l’Equipment Hotellier (Paris, 1962), em 1964 recebeu a Taça Mundial do Bom
Acolhimento, atribuída pela Associação Internacional Les Relais de Campagne – La Route
du Bonheur.

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Vinhos do
Bussaco
Os vinhos do Bussaco foram criados por iniciativa de Alexandre de Almeida, fundador dos Hotéis
Alexandre de Almeida no início do século passado.

Alexandre de Almeida, o grande pioneiro da moderna indústria hoteleira e do Turismo em


Portugal, realizava inúmeras viagens de estudo aos principais hotéis emblemáticos existentes na Europa e
nos Estados Unidos e, fruto da experiência de hotelaria superior adquirida, trouxe e introduziu em
Portugal inúmeras ideias e as melhores práticas da altura em termos de hotelaria e gastronomia. Uma
dessas suas ideias era a de que um palace hotel, tal como qualquer castelo, deveria, a exemplo do que
sucedia em casos idênticos na Riviera francesa e italiana, ter a sua própria adega sendo essa a origem de
se ter instalado a adega na cave do Palace Hotel do Bussaco.

Numa altura em que ainda praticamente não existia a cultura e a prática do engarrafamento de
vinho de mesa para comercialização, tal como hoje é uso corrente, Alexandre de Almeida, nado e criado na
própria região, passou rapidamente do conceito à realização, utilizando como ponto de partida para tal
projecto as vinhas da Família no sopé da Serra do Bussaco, e transformando a cave do Palácio do Bussaco
na actualmente lendária Adega do Palace Hotel do Bussaco, onde repousam, única e exclusivamente, os
grandes vinhos do Bussaco à espera de serem degustados.

Entre 1917 e 1922 foram realizados inúmeros trabalhos e ensaios iniciais de vinificação de vinho
branco, tinto, rosé, espumante e aguardente.

Ao longo deste quase um século de existência manteve-se a mesma fidelidade e o mesmo


fundamentalismo no modo de vinificação ancestral da região, nomeadamente, e paralelamente à escolha
das melhores uvas das diversas castas regionais, à vinificação em madeira e sem filtragem, ao estágio
prolongado do vinho em madeira durante 2 a 3 anos em madeira, à lavagem manual das garrafas com
areia do rio, à manutenção do mesmo, e fortíssimo, rótulo durante os últimos 80 anos, para citar só alguns
exemplos.

Actualmente, a prioridade da produção dos Vinhos do Bussaco está concentrada no vinho branco e
tinto, numa média total anual de 15.000 garrafas, conforme as qualidades das colheitas.

As castas utilizadas para estes vinhos são as típicas e tradicionais das Regiões Vitícola da Bairrada
e do Dão, na medida em que o Bussaco se encontra situado em plena zona de fronteira entre a Bairrada e o
Dão, mantendo-se tais características desde o início da sua produção, sempre com a disponibilidade da
melhor e mais cuidada matéria-prima.

Os vinhos rosé e espumante não estão, neste momento, em produção e a aguardente encontra-se
a repousar na adega à espera do momento ideal para ser engarrafada.

A vinificação e armazenagem dos vinhos são feitas não só na cave do Palace Hotel do Bussaco mas
também no lagar do Palace Hotel da Curia e em vários outros armazéns próprios da sociedade na zona
(para um total de ca. 200.000 garrafas).

As características dos vinhos brancos enquanto novos (até aos 3 anos de idade) são a sua cor
amarelo claro, o seu aroma a citrinos e frutos tropicais (ananás, maracujá e banana), e o seu sabor frutado
e ácido. Com estágio na garrafa ficam com cor de amarelo palha a ouro velho, um aroma complexo e
evoluído a frutos secos, noz e avelã, e a pêssego e mel, sobressaindo igualmente sabores complexos,
alternando a par do álcool e dos ácidos, os frutos secos e o mel, e um madeirizado muito suave e típico dos
vinhos brancos estagiados.

Os vinhos tintos quando novos (até aos 3 anos de idade) são de cor intensa, de um rubi granada carregado
com aroma jovem de frutos vermelhos maduros (amora, morango, groselha e ameixa), destacando-se
igualmente algumas notas interessantes de chocolate e café. No seu sabor são vinhos encorpados e
taninosos, alcoólicos e frutados. Com o envelhecimento evoluem para vinhos de uma bonita cor rubi com
vários tons de castanho. O seu aroma é evoluído e complexo a chocolate, café, ameixa, passas e baunilha.
Na boca ficam macios quentes e aveludados com sabor a chocolate, café, ameixa preta e avelã, notando-se

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um perfeito e raro equilíbrio entre os ácidos, os taninos e o álcool. São vinhos que devem ser abertos pelo
menos 1 hora antes de serem consumidos e colocados num ambiente a aproximadamente 20ºc durante
pouco tempo. Antes de serem consumidos devem ser decantados não só para arejarem como também para
retirar algum depósito natural que esteja na garrafa.

Mantemos também a tradição de o nosso Vinho do Bussaco estar apenas à disposição para
consumo nos hotéis da cadeia: Hotel Astória em Coimbra, Hotel Praia Mar em Carcavelos, Hotel
Metrópole em Lisboa e Palace Hotel do Bussaco. Temos todo o prazer de o convidar para apreciar o nosso
vinho nos nossos restaurantes acompanhados de especialidades regionais e/ou durante uma prova na
nossa famosa adega do Bussaco.

Hotéis da cadeia
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Palace Hotel do
Bussaco *****
Bussaco - Luso

Situado no interior da majestosa Mata do Bussaco, conjunto botânico e


paisagístico único na Europa, está instalado o Palace Hotel do Bussaco, um dos mais
belos e históricos hotéis do mundo.

Inserido numa paisagem idílica, no interior da Mata Nacional do Bussaco, floresta


implantada pela Ordem dos Carmelitas Descalços no primeiro quartel do século XVII e
que possui espécies vegetais do mundo inteiro, tais como o mundialmente célebre cedro
do Bussaco (Cupressus Lusitânico).

O Palace Hotel lembra uma Torre de Belém rodeada por um imponente oceano
verde, uma floresta mágica na qual se encontram igualmente fontes, capelas,
miradouros, uma Via-Sacra e um Convento.
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O edifício, expoente máximo do Neo-Manuelino, foi projectado no último quartel


do séc. XIX pelo arquitecto italiano Luigi Manini, cenógrafo do Teatro Nacional de S.
Carlos, em Lisboa. Colaboraram, em diferentes fases, os arquitectos Nicola Bigaglia,
Manuel Joaquim Norte Júnior e José Alexandre Soares. Congrega, lavrados em pedra de
Ançã, perfis da Torre de Belém, motivos do claustro dos Jerónimos, arabescos e
florescências do Convento de Cristo, aliando um gótico florido com episódios românticos
e contrastando-o simultaneamente com uma austera severidade monacal.

O seu interior encontra-se ricamente ornamentado com notáveis obras de arte dos
grandes mestres portugueses da época. A belíssima colecção de painéis de azulejos do
mestre Jorge Colaço, evocando Os Lusíadas, os Autos de Gil Vicente e a Guerra
Peninsular, as graciosas esculturas de António Gonçalves e de Costa Mota, as admiráveis
telas de João Vaz ilustrando versos de Os Lusíadas, os frescos de António Ramalho ou as
valiosíssimas pinturas de Carlos Reis, entre outras. O seu mobiliário, verdadeiro
património museológico, inclui raras peças portuguesas, indo-portuguesas e chinesas,
realçadas por faustosas tapeçarias.

O hotel possui um dos melhores e mais refinados restaurantes de Portugal quer


quanto às especialidades regionais e internacionais, quer quanto à sua garrafeira própria,
constituída pelos vinhos do Bussaco, de renome mundial.

Uma estadia no Palace Hotel do Bussaco corresponde a uma experiência


verdadeiramente única. O espírito de autenticidade, a perfeição encontrada e o
recolhimento usufruído, criam a quem alguma vez se instalou no Palace Hotel do
Bussaco, uma sentida saudade.

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Hotel Metrópole
***R
Lisboa

O hotel mais central de Lisboa.

Na Praça do Rossio, centro histórico, denominado Baixa Pombalina, com o Castelo


de S. Jorge na frente e Alfama , a dois passos do Chiado e do pituresco Bairro Alto.

O Hotel Metrópole é um verdadeiro clássico da hotelaria de Lisboa.

Inaugurado em 1917 e admiravelmente remodelado em 1933, recuperou o estilo e


esplendor originais, de forma a proporcionar um ambiente exclusivo e calmo num cenário
elegante e revivalista dos anos 20.

Vista panorâmica fantástica sobre o Castelo de S. Jorge, Baixa Pombalina e Alfama.

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Hotel Astória
***
Coimbra

O hotel Astória, em edifício que é um dos símbolos arquitectónicos de Coimbra da


autoria de Adães Bermudes, alia, desde 1926, a tradição da elegância intemporal e do
mais puro conforto com o requinte do melhor serviço, em ambiente dos Anos 20.

Localizado no centro nobre da histórica cidade universitária, situa-se entre a Alta e


a Baixa, e frente ao rio Mondego. Em plena zona comercial e a dois passos da zona
monumental, apresenta-se a escolha ideal para lazer ou negócios na cidade de Coimbra.

O seu Restaurante "L'Amphitryon" goza da merecida fama de um dos mais


procurados da cidade, onde são servidas, para além da cozinha internacional,
especialidades regionais tradicionais portuguesas e em exclusivo, as melhores colheitas
do famoso e apreciado Vinho do Bussaco.

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Hotel Praia Mar


****
Carcavelos – Costa do
Estoril

Em Lisboa e à beira mar... à entrada da Costa do Estoril, a poucos minutos do


Centro de Lisboa, de Cascais e de Sintra.

Situado em frente à maior praia da orla atlântica da capital, o Hotel Praia Mar, um
verdadeiro e excitante hotel contemporâneo na melhor linha do moderno design interior
europeu, dispõe de 154 quartos e suites e amplas salas de estar e reuniões, privilegiando
o conforto e a tranquilidade, proporciona a localização e o ambiente ideais para uma
estadia de lazer ou de negócios.

Pela conveniência e facilidade de acessos, pelo elevado nível das suas excelentes
salas, com seu moderno equipamento, assim como pela qualidade e detalhe dos serviços
oferecidos, o Hotel Praia Mar é igualmente o local ideal para a realização de reuniões e
conferências.

Está ainda dotado de piscina exterior com espelho de água de 240m2, jardim,
estacionamento privativo e dispõe de um rápido e fácil acesso à magnífica praia de
Carcavelos.

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Shopping, golfe, ténis, equitação, marina, desportos náuticos, pesca, aeródromo
de Tires, autódromo e casino nas imediações.

Jerónimos 8 ****
Belém – Lisboa

O primeiro design hotel de Lisboa. Um 4 estrelas desenhado para se assumir como


proposta diferenciada, pelo conceito e enquadramento no centro monumental e
museológico da cidade de Lisboa, em Belém.

Um urban resort que, com uma linha contemporânea, propõe três cores no seu
design, um excitante castanho-chocolate, um estimulante vermelho-carmim e um
relaxante creme, que provocam sentimentos surpreendentes de harmonia e tranquilidade
numa cada vez mais cosmopolita Lisboa.

Cada um dos seus quartos, apela ao desafio constante dos sentidos com as suas
cores, linhas inovadoras e de elegante design.

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Um projecto do Gabinete de Arquitectura Capinha Lopes, tanto de arquitectura
como decoração de interiores e exterior.

Integrado numa zona que combina lazer e eventos empresariais, o hotel dispõe de
duas salas para eventos exclusivos, acesso wireless à Internet e estacionamento. A
proximidade do Jerónimos 8 ao Centro de Congressos de Lisboa, do Centro Cultural de
Belém, permite dar um exclusivo acompanhamento a participantes de eventos de
Meetings Industry.

Palace Hotel da
Curia
A História

O Palace Hotel imediatamente após a remodelação dirigida por Norte Junior

O Palace Hotel da Curia é uma obra maior da arquitectura portuguesa dos anos 20 do
Século passado - trata-se de uma quinta original e transformada na altura em resort de luxo,
ponto de referência obrigatória quando se fala da história do turismo português.
Nesta obra ímpar conjugam-se o génio hoteleiro de Alexandre de Almeida - o pioneiro da
moderna indústria hoteleira no nosso país e o génio arquitectónico de Manuel Joaquim Norte júnior,
figura incontornável da arquitectura portuguesa do início do séc. XX e o único aclamado
vencedor de 5 prémios Valmor.

A ligação entre ambos surge num momento em que, após ter aberto o seu primeiro hotel
em Lisboa - o Hotel Metrópole -, Alexandre de almeida abraça o projecto do palácio do Bussaco,
uma obra inacabada, sem peças de relevo, electricidade, água corrente ou aquecimento, para o
transformar no que é o Palace Hotel do Buçaco.

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Norte júnior, antigo arquitecto da casa real, colabora então com Alexandre de Almeida,
desde sempre monarquista convicto, e ambos promovem a grande remodelação e requalificação do
Buçaco, lançando-o definitivamente como destino turístico de Portugal além fronteiras.

Após a abertura, em 1922, de mais dois hotéis em Lisboa - o Europa e o Francfort -


Alexandre de almeida sonha em expandir a sua rede hoteleira na sua região de origem: um hotel
em Coimbra e um hotel no luso, sua terra natal, e onde começou a sua actividade comercial e
industrial. Se o projecto de Coimbra foi avante com o futuro hotel Astória, já as suas ideias não
surtiram efeito por dificuldades criadas por seus conterrâneos - santos da casa não fazem milagres
- obrigando-o a encontrar alternativas à altura da sua visão e da sua ambição.

Por indicação de amigos, acaba por aterrar na vizinha estância termal da Curia - então
grande concorrente do luso - e nela descobre matéria-prima capaz e suficiente para lhe permitir
dar largas à sua visão e criatividade.

Assim, na antiga quinta do Chalet navega, lança-se na criação no que na altura seria o
maior e mais bem equipado hotel de Portugal - o edifício em si, sobre traço de norte júnior, é uma
confluência de todos os principais estilos arquitectónicos do começo do séc. XX - existem amplos
salões, uma ampla estrutura de serviços de apoio aos clientes: o primeiro posto de telégrafo da
Curia,barbearia, cabeleireiro, bazar, restaurante, bar, dancing, garagem, e centenas de quartos de
3 categorias diferentes muito ao sabor da realidade dos transatlânticos - os clientes ficavam nos
quartos de primeira e seus funcionários, Chauffeur, governanta, etc, nos demais -.
E depois, tudo isto, o imponente edifício e seus anexos, no centro do imenso parque.

O Palace da Curia foi inaugurado em 1926 por sua excelência o presidente da república de
então,Marechal Carmona, e nele a par de jantares à americana e chás dançantes, se desenvolveu
uma enorme actividade social e desportiva. Em 1931 é construída e inaugurada a capela de Nossa
Senhora do Livramento, para culto religioso e celebração de casamentos, ainda hoje em estado
original, tal como inúmeras actividades desportivas: campeonatos oficiais de ténis nos seus 2
courts, esgrima, basquetebol, críquete, ginástica, rallies de automóveis e inúmeras actividades
lúdicas: peças de teatro, jogos florais, concursos de vestidos de chita, concursos de elegância
automóvel, festa das rosas, festas das vindimas, arraiais bairradinos - isto é, um animação
dinâmica e contínua para todas as idades - tratou-se de um marco fundamental na história do
turismo do nosso país, pois que foi a génese e criação do agora denominado resort turístico.

E não parou.

Em 1934 foi inaugurada a piscina paraíso, imponente piscina exterior de dimensões


olímpicas e em forma modernista de transatlântico - a 2ª piscina olímpica mais antiga do país, logo
a seguir à do sport Lisboa, Algés e Dafundo.

Tal piscina surge por visão de Alexandre de Almeida e pelo seu Curia Palace Sports Club,
clube fundado em 1929 e que dinamizou e foi pioneiro na criação do forte vínculo entre turismo e
lazer desportivo e competição desportiva.

Tiveram lugar campeonatos nacionais de natação, provas de saltos e grande parte do


Portugal da altura começou a aprender a nadar justamente na piscina do Palace.
Depois vieram os anos negros - da republica espanhola que fez com que o colégio dos
apóstolos de s. João e s. Paulo de Valladollid se estabelecesse durante anos na Curia que com seu
corpo docente e seus alunos, e tal até à eclosão da guerra civil de Espanha - ainda hoje a
anualmente os antigos alunos e suas famílias regressam anualmente à curia para o seu convívio e
assembleia-geral, depois da 2ª grande guerra, durante a qual o Palace albergou refugiados,
foragidos, expatriados, exército em trânsito e espiões...

Posteriormente, deu-se, de certa forma, o declínio do termalismo e o advento do Algarve,


enfim, alterações sociais que fizeram com que a Curia, tal como o luso e a figueira da foz, se
assumisse como oferta de alojamento de apoio à cidade de Coimbra, quando esta ainda enfermava
da falta de oferta capaz e em número.

Passaram muitos anos e muita remodelações de alojamentos tiveram lugar, mas todas elas
com a preocupação de salvaguardar o espírito único dos anos 20 que se respira por todo o edifício.

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E entretanto, pois que é um cenário único, ao longo da sua vida, o Palace da Curia já foi
local de rodagem de inúmeros filmes nacionais, tais como: o trevo de 4 folhas, com a Beatriz
Costa, a cena da dança e a cena do elevador da balada da praia dos cães, o barão de altamira, e
mesmo internacionais, como: o Buster's Bedroom, com a Geraldine Chaplin, o Donald
Sutherland ea Valentina Cortese, uma longa-metragem do Daniel Schmidt, ou o Palace dos el
Tricicle...

Gincana de Automoveis organizada pelo Palace Hotel

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Planta do Palace Hotel e anexos, extraída do levantamento aerofotogramétrico de 1979.


1-jardim; 2-campos de ténis; 3- piscina; 4- hotel; 5-challet Navega; 6-capela; 7-garagem; 8-outros
anexos.

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Fo

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A Grande Obra de
Remodelação

“A partir de 2002, equipas de peritos das mais variadas áreas do conhecimento e


projectistas das diferentes especialidades colaboraram na projecção para o futuro do
Palace Hotel da Curia e no desenvolvimento e planificação deste arrojado projecto.

Tratava-se de preservar a alma e a identidade deste local ímpar, de resgatar todo


o seu peso histórico e a sua memória, e de o relançar enquanto peça emblemática e
incontornável da hotelaria portuguesa.

Em finais de 2005, o conceito encontrava-se finalmente fechado e o seu conteúdo


formatado, tendo-se então iniciado a grande obra. Nela colaboraram afincadamente
desde grandes multinacionais ao mais modesto artesão local – e nada foi deixado ao
acaso.

Gloriosamente, no último dia de Maio de 2008, o renascido Palace da Curia


reabriu as suas portas, e como resultado da obra, apresenta-se agora em três momentos
distintos mas complementares.

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O primeiro momento é o da confirmação: quando voltar a ver e a passar a porta
de entrada, o sentimento é o de que, à primeira vista, nada mudou, mas que,
simultaneamente, tudo foi recuperado: a imponente fachada a funcionar como íman do
nosso olhar, o jardim histórico tal qual ele sempre foi, as mesmas faustosas zonas
públicas, dos memoráveis salões ao elegante restaurante, o mesmo mobiliário, os
mesmos corredores, as mesmas passadeiras, as mesmas portas, os candeeiros originais,
as mesmas placas indicativas de numeração dos quartos, os próprios puxadores das suas
portas devidamente replicados, a Piscina Paraíso no seu esquema cromático original, a
Capela, a Quinta, o campo de futebol… apenas desapareceram as vinhas que irão dar
lugar a um imenso parque.

O segundo momento é o do encantamento: pelas evoluções introduzidas nos


quartos: passaram de 114 a 100 – donde logo maiores e de melhor qualidade –
conciliando o melhor design contemporâneo com todo o espírito único do hotel.
Estreiam-se agora em 4 esquemas cromáticos diferentes, criando todos eles ambientes
extremamente confortáveis e requintados: rubi marfim, jacarandá marfim, trufa
marfim e grafite marfim. A grande maioria dos quartos mantem peças de mobiliário
originais, os fantásticos candeeiros de tecto em vidro de Murano e as molduras com
gloriosas fotos históricas, que conferem um charme muito especial e um carácter ainda
mais vincado ao ambiente, fazendo o Hóspede sentir-se parte integrante do lendário
passado desta casa. Por outro lado, e complementarmente, o Hóspede também saboreará
a enorme contemporaneidade que é conferida aos quartos por arrojados espelhos
gigantes com 2,5 mts de altura, LCDs digitais, ar condicionado, ligação gratuita à
Internet, caixilharias de vidro duplo, cofre, secador de cabelo, enfim, por todo o conforto
e tecnologia. Depois, as casas de banho – todas elas em mármore, muitas delas cheias de
luz, e todas numa elegante linguagem dos Anos 20, com torneiras e loiça sanitária à
época, e banheiras naturalmente profundas ao sabor de outros tempos, nas quais sabe
bem tomar um verdadeiro, prolongado e regenerador banho de imersão.

De facto, tudo o que havia a melhorar e a evoluir, pensando no seu conforto e no


seu bem-estar, foi implementado.

O terceiro momento, e último, é o da inovação, e aqui o que dá o mote é o


novíssimo SPA do Palace: um magnífico Spa bem datado deste 3º milénio – passando a
sua recepção, e no seu corpo central, em tonalidades de pedra cinzenta e sob uma
espantosa cobertura de madeira e zinco, uma atractiva piscina de jactos com som
subaquático, fará, a partir de meados de Julho, as delícias de quem a utiliza… depois os
demais banhos: jacuzzis, banho turco, sauna e banho japonês, além dos tratamentos
para corpo e alma…

Passou também a existir uma panóplia de salas com grandes potencialidades para
a realização dos mais bem sucedidos eventos empresariais, casamentos ou banquetes. As
crianças também mereceram uma atenção especial e a breve trecho terão o seu clube
próprio, e uma melhorada quinta de animais e uma horta pedagógica. E por último, e
contíguo à quinta, o estimulante Campo de Golfe da Curia à sua espera, para belas e
estimulantes tacadas ao fim da tarde num cenário de eleição.

Portanto, e além das habituais prestações de outrora, o Palace da Curia encontra-


se, agora, perfeitamente apto a recebê-lo, a Si e à Sua Família, com uma proposta bem
actual no seu ambiente de sempre.”

Alexandre de Almeida – Junho de 2008

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Curia Palace Hotel Int. ao Turismo

Hoje

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Curia Palace Hotel Int. ao Turismo
Um dos últimos palaces europeus, inserido num parque

privativo de 12 hectares, com amplos jardins, onde pode

desfrutar de spa, golfe, quartos confortáveis, cozinha


portuguesa de qualidade e um serviço excepcional. Entre

Lisboa e Porto e apenas a poucos minutos de Coimbra e Aveiro.

Quartos
Os espaçosos 100 quartos e suites foram
individualmente concebidos, com especial atenção
ao conforto, e acessórios dentro do quarto,
mantendo o estilo dos dourados anos 20.

A decoração combina cores e tecidos suaves,


podendo optar por marfim discreto, castanho claro,
azul simples ou um suave vermelho para os
quartos, onde também se usam tecidos exclusivos.

Todos os quartos estão totalmente equipados com ar condicionado com controlo individual;
Amenities de casa de banho “Keiji”; Controlo das luzes na lateral da cama; Secador de cabelo; Mini-bar;
Cofre electrónico; TV LCD Satélite; Acesso gratuito a Internet de alta velocidade; Telefone com linha de
acesso
directo ao exterior; Serviço despertar.

Quartos com vista sobre os jardins, golfe, piscina exterior estão


também disponíveis.

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Todos os corredores estão identificados com nomes de ruas ou


avenidas, como por exemplo "Rua dos Crizantemos" que indica
os quartos 121 a 126.

Restaurante & Bar

No Restaurante "Belle Époque" delicie-se com as melhores


especialidades gastronómicas portuguesas acompanhadas por um
dos vinhos da região mais reconhecidos — o Vinho do Bussaco Reserva e
estilizado quadro revivalista dos Anos Vinte. Com capacidade até
550
pessoas.

Bar do Lobby: Para o chá das cinco ou cocktails,


encontros sociais ou serões nostálgicos.

Bar do Dancing: Bar americano com pista de dança privativa


para eventos especiais.

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4Salas para Lazer Lobby com :

Bar Salão de Leitura alão de


, ,S

Festas e Dancing com Bar


Confortáveis salões onde pode tranquilamente descansar nas clássicas cadeiras e
sofás, ler um jornal ou uma revista, apreciar um copo de vinho ou cocktail.
No Salão de Leitura pode assistir a um jogo de futebol, a um filme à noite no ecran de
grandes dimensões ou simplesmente escrever um postal aos amigos numa das
originais escrivaninhas dos anos 20.

pa
S com 600 m2 e acesso directo aos quartos; Piscina interior de jactos ; 2 Jacuzzis;
Sauna; Banho Japonês; Banho Turco; Massagens e tratamentos de estética.

Piscina Exterior 600 m2 de espelho de água; ao estilo anos dourados,


com Bar.

M ini-Club Para os clientes mais novos, o Curia Palace tem um mini-club, babysitting
a pedido, brinquedos e jogos, no interior e exterior do hotel, para
entretenimento dos mais novos e descanso dos pais.

Jardim & Parque


Parque envolvente e jardins, 12 hectares, capela privada, quinta com animais e
agricultura biológica.

G olfe
Executivo de 9 buracos, par 34, contíguo ao hotel, acessível a pé.

I nformação Geral
Zona horária: GMT; Moeda: Euro
Não-Fumador - Devido às mais recentes restrições legais, os hóspedes fumadores do
Curia Palace são convidados a fumar no exterior ou no magnífico terraço.

E stacionamento
Estacionamento exterior grátis, dentro da propriedade.

Localizaçao
A meio caminho entre Lisboa e Porto, em plena região vinícola da Bairrada, perto da auto-estrada Lisboa-Porto, o
Curia Palace está próximo de: Coimbra e da sua Universidade; Ruínas romanas de Conimbriga; Mata Nacional do
Bussaco; cidades de Viseu, Aveiro, a Veneza Portuguesa e as suas praias; Figueira da Foz e o casino; Santuário de
Fátima e Porto.

Distâncias
Aeroporto Internacional do Porto 110 kms
Aeroporto Internacional de Lisboa 200 kms
Estação do Comboio 200 mts
Mata Nacional do Bussaco 15 kms
Coimbra 25 kms
Ruínas romanas de Conimbriga 37 kms
Aveiro 33 kms
Figueira da Foz 40 kms
Viseu 70 kms
Santuário de Fátima 100 kms
Vale do Douro 150 kms

Ana Mota 2008/2009


Curia Palace Hotel Int. ao Turismo

Como chegar
Avião — Aeroportos de Porto e Lisboa. Do aeroporto Internacional do Porto são cerca de 90 minutos de carro até
ao hotel e cerca de 2 horas do Aeroporto Internacional de Lisboa, dependendo do tráfego.
Comboio — Na estação da Curia passam regularmente comboios entre Lisboa—Porto.
Carro — Conduzir até ao hotel é fácil. Dependendo do seu local de partida teremos muito prazer em lhe
dar indicações personalizadas.
Do Porto siga em direcção a Sul e de Lisboa siga em direcção a Norte, em ambos os casos na auto-estrada A1.
Saída: “Mealhada”.
GPS – Longitude: 40º25’28’’; Latitude: -8º27’45’’

A minha visita ao

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Curia Palace Hotel Int. ao Turismo

Fachada do Palace Hotel da Curia e o jardim principal,


preservado tal como nos
Projectos iniciais.

Desde sempre que este lago tem a presença de dois belos


cisnes, uma imagem de marca.

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Não passa despercebido, no lobby, além dos vitrais coloridos,


este relógio PAUL GARNIER e fabricado especialmente para o
hotel.

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O ambiente dos anos 20 pode ser sentido logo na entrada.


Temos grande parte da mobília original e ainda fotografias e
panfletos para admirar e viajar ao passado.

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Este elevador tem uma história engraçada. Estava para breve a


inauguração do Palace Hotel e o elevador não havia chegado.
Esta peça foi fabricada na Alemanha, e foram dadas indicações
para a entregar na Curia, o problema foi, que a única Curia que
os alemães conheciam era a Korea. Ou seja o hotel prestes a
abrir as portas e o majestoso elevador a passear pela Korea.

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Restaurante “Belle Époque”, onde são servidos o pequeno-


almoço, almoço e jantar.

Salão onde aconteciam os famosos bailes e jantares à


americana. Agora utilizado para eventos, principalmente ao fim
de semana, nos quais o hotel está a apostar.

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Alguns dos quartos combinam o antigo mobiliário restaurado


com a decoração moderna.

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Este candeeiro mostra toda a simplicidade e beleza da


decoração dos anos 20.

Este quarto já conta com uma decoração completamente


renovada.

As casas de banho são todas forradas em mármore e sofreram


uma renovação completa, no entanto, o estilo contínua em
harmonia com toda a arquitectura e design.

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A central telefónica era um dos serviços de luxo do hotel. E


continua intacta. Podemos constatar a diminuição do tamanho
dos aparelhos telefónicos, de 80 para 8.

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Ao longo do corredor, as portas dão ligação ao serviço de Spa e


estéticos oferecidos pelo hotel.

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Dispõe de jacuzzi, sauna, banho turco e japonês e desta piscina,


construída aquando da remodelação, onde era antigamente o
Jardim da Palmeira.

Do terraço podemos contemplar a piscina Paraíso, assim como


os terrenos pertencentes ao hotel, até ao campo de golfe.

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Curia Palace Hotel Int. ao Turismo

A piscina Paraíso, aberta em 1934, aguarda obra de restauro


para que possa acolher os banhistas, no próximo Verão.

Campos de ténis, mesmo ao lado da piscina.

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No terreno junto ao hotel existe uma pequena quinta. Tem


póneis, uma cadela, gamos, cabras, porcos, galinhas e uma
vasta colecção de faisões, tradição da casa.

Capela de Nossa Senhora do Livramento, 1928.


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Curia Palace Hotel Int. ao Turismo

E para finalizar a Palace Garage.

Junta de Turismo
da Curia

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Situada no centro da Curia e mesmo em frente ao Palace


Hotel.

Desejávamos que a informação local disponível fosse tão


vasta, para poder repousar nestes sofás a desfolhá-la.

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Parque das
Termas da Curia
Algumas imagens que captei do Parque que em tempos era dos
mais concorridos. A proprietária de uma das lojas, comentou
que em tempos, teve 8 empregados a trabalhar… e hoje, 25
anos depois, é apenas a própria que aguarda os visitantes de
Sábado e Domingo.

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Agradecimentos
Ana Mota 2008/2009
Curia Palace Hotel Int. ao Turismo

Hugo Moreira
André Rocha – Palace Hotel Curia
Graça Pintado

Biblioteca Municipal de Anadia


Mãe & Pai

Bibliografia
Revistas AQUA NATIVA – Casa da Cultura de Anadia

Fontes
Http://www.almeidahotels.com
Http://www.bm-anadia.pt
Http://www.cm-anadia.pt
Http://jn.sapo.pt
Http://pt.wikipedia.org/wiki/Termas_da_curia
Http://www.aguas.ics.ul.pt
Http://www.aguas.ics.ul.pt
Http://www.curiagolfe.com
Http://www.lifecooler.com
Http://www.litoralcentro.pt
Http://www.rascunho.net
Http://www.termasdacuria.com
Http://www.turismo-curia.pt

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A minha
conclusão
Tive imenso prazer em fazer este trabalho. Escolhi este hotel por ser um dos mais
emblemáticos da história da hotelaria em Portugal e por se localizar na Bairrada, zona da
qual sou natural. E lembrando também duma palestra organizada pela Escola de
Hotelaria e Turismo do Porto, na qual um dos convidados foi Alexandre de Almeida. Este
apresentou a breve história dos Hotéis Alexandre Almeida e desde logo me suscitou
interesse. Para a elaboração do trabalho fiz uma visita ao Palace Hotel, duas ao Parque
das Termas da Curia e à Junta de Turismo e uma à nova Biblioteca Municipal de Anadia.
No Palace Hotel que há algum problema em lidar com correio electrónico, pois dos e-
mails que enviei nunca obtive resposta. Após contacto telefónico, fui atendida pelo
concierge André Rocha que desde logo se mostrou disponível para a apresentação do
hotel. Da segunda vez que enviei e-mail para pedir informação como panfletos antigos,
calendários de actividades, número de funcionários, etc., também não recebi resposta.
Tive de ligar para me dizerem que essas informações só podiam ser dadas pela sede em
Lisboa. Mas responder ao e-mail “tá quieto”. Na Junta de Turismo, existe muitas
brochuras de empresas como hotelaria, restauração, vinhos, … mas informação histórica,
sobre o local, as unidades hoteleiras, não há! O que eu procurava eram imagens antigas
para enriquecer o trabalho e foi-me dito que “há uns anos” tinha sido editada uma
colecção de postais antigos, que podia procurar nas lojas de souvenirs circundantes. Fui
também informada de que havia uma publicação, AQUA NATIVA, com artigos sobre a
Curia (sem precisar se esta informação me foi dada na J.Turismo ou no Parque)
No Parque das Termas não encontrei muitos passantes, pois fui num fim-de-
semana chuvoso como se pode constatar nas imagens que captei. Apenas falei com uma
senhora, proprietária de uma lojinha de brinquedos e souvenirs, além de que as únicas
lembranças da Curia que se encontravam lá, eram alguns postais, com cerca de 20 anos.
Dos postais que eu procurava, já n havia sinal fazia muito tempo. No entanto foi graças a
esta senhora que tive conhecimento de uma publicação sobre Alexandre de Almeida e de
como era a Curia há 25 anos e como é agora. O meu último contacto foi com a Biblioteca
Municipal de Anadia, na qual fui muito bem acolhida desde o primeiro telefonema até ao
dia em que fui recolher a informação. Lá, encontrei as revistas AQUA NATIVA, uma
publicação semestral da Casa da Cultura de Anadia e da Câmara Municipal. Em quase
todas destas revistas conta algum artigo sobre a Curia, desde história dos hotéis, a
cronologia e arquitectura, tudo com imagens e documentos. Ou seja, esta informação
existe, só não se percebe porque não está onde devia, e não é explorada como se devia.
Como já disse adorei fazer este trabalho e quanto mais sei, mais quero descobrir.
Isto porque a Curia é um centro hoteleiro histórico e com bastante potencial, que caiu em
decadência como os edifícios. No entanto, nota-se uma mudança bastante positiva, a
contar com a restauração das Termas e Hotel das Termas e sem dúvida do Hotel Palace.
Agora esperamos a renovação do exterior. E que a Curia volte a ter a vida dos anos
dourados. Sendo isto, apenas a minha opinião de visitante.
Quanto ao dito trabalho, sei que podia estar bastante melhor. Com uma descrição
história da Curia, e com mais material antigo, como imagens da época e uma compilação
mais pormenorizada dos dados e mais coerente. Também gostava de ter ajuda no
português e na construção das frases, principalmente. Sei que há mais estudantes e

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Curia Palace Hotel Int. ao Turismo
curiosos que procuram informações tal como eu fiz, e pesquisam o mesmo hotel e a
mesma zona. Por isso aqui fica o desafio para a continuação e melhoria deste trabalho.

Ana Mota 2008/2009

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