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COLÉGIO ESTADUAL ANTONIO E MARCOS CAVANIS

ENSINO MÉDIO

ROMANTISMO EM PORTUGAL
Bruno Araujo Oliveira
Eduarda Carneiro Farias
Paola Carneiro Bin

Castro
2008
COLÉGIO ESTADUAL ANTONIO E MARCOS CAVANIS
ENSINO MÉDIO

ROMANTISMO EM PORTUGAL
Bruno Araujo Oliveira
Eduarda Carneiro Farias
Paola Carneiro Bin
Trabalho apresentado para avaliação do rendimento
escolar na disciplina de Português, do curso de Ensino
Médio, no Colégio Estadual Antonio e Marcos Cavanis,
Ministrada pela professora Aparecida.

Castro
2008
Introdução

Muitas mudanças estavam ocorrendo na Europa do século XIII. Novas ideologias políticas,
econômicas e sócias vieram a intervir na sociedade. A influência das revoluções francesa e
industrial e do pensamento liberal se deu em todos os campos. A liberdade era superior às regras,
e a razão predominava sobre a emoção. Instaurou-se, assim, um novo modo na região européia e,
consequentemente, em Portugal.
A Primeira Geração Romântica

O romantismo em Portugal se dividiu em três diferentes épocas. Falaremos, neste trabalho, de


apenas uma: a primeira.
Esse movimento ocorreu durante os anos de instabilidade em Portugal. De um lado, estava
Dom Pedro IV ( Dom Pedro I do Brasil), que representava a tentativa de implantação do
liberalismo no país; do outro lado, Dom Miguel, seu irmão absolutista. Derrotado, Dom Pedro
cede o trono português ao irmão, e só consegue reavê-lo em 1834, quando o liberalismo
finalmente venceu.
O primeiro romantismo contribui muito para a consolidação do liberalismo em Portugal. Os
ideais românticos dessa geração estão embasados na pureza e originalidade.
Podemos citar como principais autores desta época:

• Almeida Garret: “Não te Amo”

Não te amo, quero-te: o amor vem d'alma.


E eu n 'alma – tenho a calma,
A calma – do jazigo.
Ai! não te amo, não.
Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida – nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai, não te amo, não!

Ai! não te amo, não; e só te quero


De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.

Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó bela.


Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?

E quero-te, e não te amo, que é forçado,


De mau, feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh! não te amo, não.

E infame sou, porque te quero; e tanto


Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror...
Mas amar!... não te amo, não.”
• Alexandre Herculano: DEUS

“Eu louvarei o Eterno!


Ouçam-me a terra, e os mares rugidores,
E os abismos do Inferno.
Pela amplidão dos céus meus cantos soem,
E a Lua resplendente
Pare em seu giro, ao ressoar nest'harpa
O hino do Omnipotente.

Antes de tempo haver, quando o infinito


Media a eternidade,
E só do vácuo as solidões enchia
De Deus a imensidade,
Ele existia, em sua essência envolto,
E fora dele o nada:
No seio do criador a vida do homem
Estava ainda guardada;
Ainda então do mundo os fundamentos
Na mente se escondiam
De Jeová, e os astros fulgurantes
Nos céus não se volviam.(...)”

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