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br
Sem vaticínios tresloucados
N
a próxima edição, como indício de que temos informação que a revista
E MBALAGEM M AR - mantido bom equilíbrio: não oferece, leitores e anun-
CA encerrará o ano ficamos na obviedade nem ciantes têm nos brindado
com uma reportagem de capa extrapolamos para vaticí- com inestimável apoio, o
que, em sete anos sucessivos nios tresloucados. qual retribuímos com mais
de publicação, se consoli- Na verdade, costumamos investimento destinado
dou como um documento cercar-nos de todos os a aperfeiçoar o produto.
Wilson Palhares aguardado pelos profissio- cuidados, para fazer proje- Nessa linha, acabamos de
nais da cadeia de embala- ções seguras. A cada ano, ampliar a equipe com a con-
gem. Refiro-me ao tema ao repassarmos o trabalho tratação de Lívia Deorsola,
Observamos que Tendências e Perspectivas, apresentado doze meses jovem jornalista que certa-
modesta tentativa de aju- antes, observamos que, mente contribuirá, com o
nossos prognósticos
dar as empresas do setor no no geral, temos acertado, esforço e o talento demons-
não têm sido
planejamento do exercício pois nossos prognósticos trados em curto período de
disparatados. Isso
seguinte, usualmente feito não têm sido disparatados. convívio com a redação,
tem sido obtido neste período. Interpreto a Isso tem sido obtido gra- para reforçar ainda mais o
graças à crescente expectativa em relação a ças à crescente profissio- conceito em que o público
profissionalização esse serviço, por nós desen- nalização da equipe e a sua tem EMBALAGEMMARCA, o
da equipe e a sua volvido com base no vasto intimidade cada vez maior de ser a revista mais com-
intimidade cada vez volume de informações que com o setor. pleta do setor.
maior com o setor chega à revista no dia-a-dia, Em resposta à qualidade de Até dezembro.
nº 75 • novembro 2005
Diretor de Redação
Wilson Palhares
12 Celulósicas
Cartuchos de papel cartão eno-
brecem sabonetes Lux Luxo sem
36 Metálicas
Coca-Cola é lançada em garrafa
de alumínio, numa edição espe-
palhares@embalagemmarca.com.br
Reportagem
alterar seu preço nas gôndolas cial para casas noturnas Flávio Palhares
flavio@embalagemmarca.com.br
46 Flexíveis
Novo fabricante de ração para
cachorros evidencia movimenta-
Administração
Marcos Palhares (Diretor de Marketing)
Eunice Fruet (Diretora Financeira)
ções no setor de embalagens
Departamento Comercial
48 Entrevista:
José Ricardo Roriz
Diretor do departamento de
comercial@embalagemmarca.com.br
Karin Trojan
Wagner Ferreira
competitividade e tecnologia
da Fiesp comenta o impacto Circulação e Assinaturas
da nanotecnologia na Marcella de Freitas Monteiro
indústria de embalagens assinaturas@embalagemmarca.com.br
Assinatura anual: R$ 90,00
52 Mercado
Nestlé relança Leite Ninho
em embalagem com formato
Público-Alvo
EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais
que ocupam cargos de direção, gerência
de balde de ordenha e supervisão em empresas integrantes da
cadeia de embalagem. São profissionais
22 Materiais
Tetra Pak e Poly-Vac investem
54 Matérias-primas
Resinas especiais garantem
mais resistência às sacolas tipo
envolvidos com o desenvolvimento de
embalagens e com poder de decisão colo-
cados principalmente nas indústrias de bens
de consumo, tais como alimentos, bebidas,
para conseguir nacos do camiseta – e melhor imagem
cosméticos e medicamentos.
mercado de alimentos sensíveis de marca aos supermercados
Filiada ao
30 Plásticas
Garrafas de PET substituem
as embalagens de vidro
58 Label Expo
Mais novidades apresentadas
durante a feira européia de con-
nos isotônicos Gatorade versão e impressão de rótulos
32 Alimentos
Embalagens são a estratégia
usada em um mecado acirrado
72 Índice de Anunciantes
Relação das empresas
que veiculam peças
Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466
pela chegada da argentina Arcor publicitárias nesta edição EMBALAGEMMARCA é uma publicação
mensal da Bloco de Comunicação Ltda.
Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo
3 Editorial Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP
Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
A essência da edição do mês, nas palavras do editor
Filiada à
6 Display
FOTO DE CAPA: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
26 Panorama www.embalagemmarca.com.br
Movimentação no mundo das embalagens e das marcas
O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é
resguardado por direitos autorais. Não é per-
64 Conversão e Impressão mitida a reprodução de matérias editoriais
Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens publicadas nesta revista sem autorização
da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões
74 Almanaque expressas em matérias assinadas não refle-
Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens tem necessariamente a opinião da revista.
Salsaretti ganha novo visual
Em comemoração aos 50 anos Segundo o gerente de marketing
da marca Etti, responsável por de vegetais da Parmalat, Luciano
20% do faturamento da Parmalat, Dualib Uvo, a alteração acarreta
a empresa lançou o ExtratoFácil, uniformidade na apresentação
integrante da linha de produtos à final da embalagem porque
base de tomate Salsaretti. Além reduz a variação de qualidade
dos incrementos do novo molho – da impressão – antes feita em
de consistência mais cremosa, de rótulos de papel –, além de adi-
acordo com a empresa –, toda a cionar brilho ao resultado final.
linha traz novidades de layout em A uniformização da identidade
suas caixas assépticas, de 370g, e visual dos atomatados visa fixar
latas, de 350g. o conceito de “família repleta
Com o intuito de destacar os pro- de sabores”, conforme explica
dutos nas gôndolas, o design pas- Uvo. A agência responsável pelo
sou a apresentar os ingredientes desenvolvimento é a Pandesign.
dos molhos na impressão da lata, As latas são fornecidas pela
agora feita diretamente no invó- Metalúrgica Prada, e as caixinhas
lucro pelo processo de litografia. são da Tetra Pak.
Toddy também em
sachê individual
A fim de conquistar consumido-
res de 12 a 17 anos, a PepsiCo
está lançando uma nova exten-
são de linha de Toddy. Trata-se
do Toddy Tentações, novidade
que combina o achocolatado
em pó com pedaços de cookies
e confeitos. Em duas variantes, o
produto chega ao mercado em
cartuchos de papel cartão da
Igel, que contêm cinco sachês
30g – cada porção prepara um
copo de 200ml. Quem produz os
envelopes é a catarinense Inplac.
O design é da Narita Associados.
Frisco repaginado
para o verão
De olho na chegada do verão, a
Divisão de Alimentos da Unilever
reformulou o visual de sua linha
de refrescos em pó Frisco (ver-
sões standard e light), comercia-
lizada em sachês da Embalagens
Flexíveis Diadema. Procurada, a
Unilever não informou a agência de
design responsável pelo projeto.
Barras de cereais
em stand-up pouch
Com apelo à conveniência de
uso e ao consumo em porções
individuais, está no mercado
a nova embalagem stand-up
pouch de Nutry MiniMix, da
paranaense Nutrimental, com
10 unidades de mini-barras de
cereais de 12 gramas, em sete
sabores. Desenvolvida pela
Komatsu Design, de São Paulo,
os sachês são fornecidos pela
Milplast, convertedora situada
em São José dos Pinhais (PR).
A
mudança das embalagens de toda a linha de
sabonetes Lux Luxo, da Unilever, traz uma
questão que parece fazer parte da própria gênese
da marca, responsável por uma fatia de 32,6%
do mercado: o luxo. Não que a substituição dos flow packs
de polipropileno bi-orientado (BOPP) por cartuchos de papel
cartão configure uma reformulação radical. Mas, aliada à
campanha publicitária, que pela primeira vez em muitos
anos não traz o rosto de uma celebridade (uma das últimas
personalidades a ilustrar a divulgação do produto foi a modelo
Gisele Bündchen, em 2003), ela traduz a tentativa de ampliar
a gama de consumidoras da marca. Ou seja, envereda pela
senda do “luxo acessível”, agregando valor ao produto sem
exagerar nos custos. “Os sabonetes estão mais modernos, e
a idéia é democratizar os produtos de luxo, deixando-os ao
alcance do consumo de massa”, diz Mara Pezotti, gerente de
marketing de sabonetes da Unilever.
Como o intuito é penetrar em diversas classes sociais,
apesar da nova embalagem o preço dos sabonetes da linha
reformulada – que inclui três novas variantes, com as
fragrâncias de chocolate, pétalas de rosas e guaraná –, foi
mantido em menos de 1 real. “Graças a extensas negociações
com os fornecedores”, revela Mara, “conseguimos oferecer
um sabonete de luxo por 85 centavos”. Foram necessários dois
anos para adaptar os ingredientes e contratar fornecedores,
conta a gerente de desenvolvimento de embalagens da Lux,
Claudia Bugni. Na opinião da executiva, as maiores vantagens
da substituição são agregar valor ao produto, oferecer maior
proteção aos sabonetes e destacá-los no ponto-de-venda.
As embalagens dos novos produtos, criadas pela agência
inglesa Lippa Pearce e adaptadas ao mercado nacional
pela brasileira Rex Design, são fornecidas pela Impressora
Paranaense, do grupo Dixie Toga. Segundo o designer
Gustavo Piqueira, da Rex, as caixinhas de cartão e a volta do
nome Luxo à marca foram adotadas apenas no Brasil – daí as
adaptações de tamanho e material, além da criação da variante
regional Lux Suave, de cor roxa.
Entre reformulação da marca e comunicação, foram gastos LGAÇÃO
: DIVU
FOTOS
30 milhões de reais, investimento à altura de um mercado que
produz cerca de 200 000 toneladas e que movimenta quase
1,5 bilhão de reais por ano, segundo estimativas. As pesquisas
Impressora Paranaense
REFORMULAÇÃO - A nova linha
de desenvolvimento duraram dois anos e 3 000 brasileiras (4l) 275-5132
de sabonetes Lux Luxo dispensa foram ouvidas para que se chegasse à mescla de gastronomia www.dixietoga.com.br
rostos famosos, mas traz emba- e cosmética, prática que se afina a uma tendência mundial,
lagens mais sofisticadas Rex Design
como aponta a perfumista francesa e criadora das novas (11) 3862-5121
fragrâncias, Isabelle Abram, da Givaudan. www.rexnet.com.br
O
FOTO: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
viés de alta do petróleo e a incerteza dos “Hoje, sem preços represados, temos maior
seus preços futuros vêm fazendo mais competitividade com outros materiais de embala-
que inflacionar as bombas de gasolina e gem que no passado, e ela só não é maior porque
embalar as vendas de automóveis flex. o dólar baixo atenua em parte a alta do petró-
Evocados em planilhas e reuniões, eles já reavivam leo”, pontifica Alexandre Marchezini, diretor de
os apelos de embalagens que, nos últimos anos, vendas e marketing da Owens-Illinois do Brasil
vinham sendo preteridas por plásticos nas mais (antiga Cisper), grande vidraria instalada no país.
variadas pontas de gôndola. Tome-se o caso dos “Acreditamos que a estabilidade
A produção de
recipientes de vidro. Abalados pela sanha da redu- econômica e algum crescimento na embalagens de vidro
ção de custos industriais e pelas guerras de preço renda também venham favorecen- no Brasil cresceu
4,6%
no varejo, eles passaram a perder, sucessivamente, do o cenário melhor”, interpreta
clientelas em categorias como alimentos, bebidas, Paulo Drummond, diretor comercial
medicamentos e até em cosméticos. Sucede que da CIV – Companhia Industrial de
após terminar 2004 em queda de 11%, a produ- Vidros, baseada em Recife. Para no primeiro
ção dessas embalagens cresceu 4,6% e 9,6% nos se ter idéia, o refluxo de negócios trimestre e
9,6%
dois primeiros trimestres deste ano, radiografa em embalagens dos últimos meses
FONTE: FGV
FOTOS: DIVULGAÇÃO
potes de vidro em itens como ervilhas, milho da cerveja premium Bohemia, a Confraria: uma
verde e seleta de legumes. “Acreditamos que garrafa com pintura vitrificada, que lhe pro-
esse é um mercado que pode render altos volu- porciona aparência de cerâmica (destacada em
mes de negócios nos próximos anos”, sentencia EMBALAGEMMARCA nº 73, setembro de 2005).
André Liberali, gerente de vendas e marketing “O vidro também vem sendo a opção número
da Saint-Gobain Embalagens. um das ascendentes microcervejarias, pelo seu
inquestionável apelo de distinção”, salienta
AQUECIMENTO –
Empurrão das cervejas André Liberali.
Bebidas têm exigido
A subsidiária brasileira da vidraria francesa Cervejas, a propósito, vêm igualmente aque- novas (e sofisticadas)
também acusa bons ventos em seus negócios cendo as fornadas da O-I. Depois dos sucessos garrafas da Saint-Gobain,
em embalagens, especialmente garrafas para recentes da Skol Beats e da Skol Big Neck, como as dos sucos
Brisk e da água Vittalev,
bebidas. “O momento de dinamismo do mer- “produtos demonstrativos das possibilidades de decoradas com rótulos
cado de cervejas tem ajudado muito”, aponta inovação em formato de garrafas”, nas palavras termoencolhíveis, e a da
Liberali. A Saint-Gobain é a fornecedora, por de Alexandre Marchezini, a AmBev está se Bohemia Confraria, com
quê de cerâmica
exemplo, da embalagem da mais nova variante apoiando em long necks da O-I para o início da
FOTOS: DIVULGAÇÃO
exemplo da Wheaton do Brasil. Com o avanço
dos frascos de PET e dos blisters de alumínio,
sua carteira de clientes da área farmacêutica
emagreceu.
Munida de visão, a vidraria resolveu inves-
tir pesado em recipientes de alto valor agrega-
do. Para começar, transformou uma das linhas
produtivas de sua planta no ABC paulista em
sala limpa. Bingo. A disparada
do mercado de cosméticos no
país deu ânimo à estratégia de
adição de valor aos seus frascos.
Para se ter idéia, só no último ano e vidros da Mega Plast. Até a consolidação
meio o faturamento da Wheaton evo- da incorporação dos novos ativos à divisão
luiu 20%. “Os pedidos têm crescido prin- de decoração de frascos já existente na empre-
cipalmente nas áreas de colônias, cremes sa, a Wheaton Decor, prevista para o fim deste
de tratamento de pele e cosméticos mascu- ano, Massara acredita num investimento total
linos”, conta Renato Massara Jr., de 6 milhões de reais. A jogada da Wheaton se
diretor comercial da vidraria. Ele deve basicamente a dois fatores. De um lado, a
conta que os gastos em tecnologia decoração de alto valor é considerada elemento
de decoração de frascos feitos nos 100% Design crucial para as exportações – não só da clientela,
(11) 3032-5100
últimos anos vieram ao encon- www.100porcento.net mas também de frascos vazios. O outro motivo
tro da sofisticação dos perfu- é decorrente das veredas de marketing em per-
mes e produtos de beleza Abividro furmaria. “Ocorre que muitas extensões de linha
(11) 3255-3033
nacionais lançados pelos www.abividro.org.br estão sendo lançadas nos mesmos modelos de
seus principais clientes, frascos dos produtos guarda-chuva, só que com
a Avon, a Natura e O CIV decorações diferenciadas”, observa Massara.
(81) 3272-4484
Boticário. Deste último, www.civ.com.br Recentes exemplos dessa vertente, vindos
Massara pinça um recen- do cliente O Boticário, são o frasco da colônia
Nadir Figueiredo
te lançamento em frasco Quasar Fire, cuja pintura vermelha em degradê
0800 55 2010
de alto apuro: o Rhea, pri- www.nadir.com.br substitui a azul do Quasar standard, e o frasco da
meiro perfume feminino Linda Brasil, no qual uma pintura verde e ama-
Owens-Illinois do Brasil
no mundo feito à base de (11) 6542-8000
rela substitui a decoração do Linda tradicional.
álcool vínico. www.oidobrasil.com.br “Esses casos, somados aos que vêm se avolu-
De olho numa ten- mando em alimentos e bebidas, só evidenciam
Saint-Gobain Embalagens
dência candente no setor (11) 3874-7482
como, a despeito de a competição hoje ser imen-
nacional de cosméticos, a www.sgembalagens.com.br sa, com diversos materiais disputando os mes-
segmentação de linhas, a mos mercados, a embalagem de vidro está atual
Wheaton
CURVAS – Garrafa do Wheaton acaba de adquirir (11) 4355-1800 e atrativa como nunca”, sentencia Massara.
rum Montilla, feita
a operação de decoração de www.wheatonbrasil.com.br (Colaborou Livia Deorsola)
pela CIV: mais atual
E cresce a companhia
Depois das flexíveis, caixinhas longa vida e potes termoformados assediam
mercado de alimentos sensíveis, tradicional reduto das latas e do vidro
P
or décadas dominado pelas mou em objeto de assédio, de meses nhas longa vida Tetra Pak e a Poly-Vac,
latas e pelos potes de vidro, para cá, de avançadas estruturas plás- pioneira na produção de embalagens
o mercado nacional de ticas flexíveis. Agora, novos jogadores termoformadas de polipropileno. Nas
embalagens para alimentos estão entrando para valer na briga por próximas páginas, EMBALAGEMMARCA
sensíveis e de alta acidez se transfor- negócios nessa área: a gigante em caixi- detalha essas duas investidas.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Pack 2005, feira de embalagens
para a indústria alimentícia ocor-
rida em São Paulo entre o fim
de agosto e o início de setembro, a Tetra
Pak promoveu o début no Brasil da Tetra
Recart, uma caixinha à qual a alcunha de
longuíssima vida cai bem. Explica-se. Ela é
a primeira cartonada asséptica retortable da
carteira de embalagens da empresa, ou seja,
é capaz de suportar, após seu enchimento,
a esterilização do conteúdo por autoclave,
sob altas temperaturas – condição sine qua
non para a distribuição sem refrigeração de
itens alimentícios como sopas com peda-
ços, vegetais em conserva, rações úmidas e APELO – Fácil abertura, feita só com as mãos (abaixo), é um grande trunfo da Recart
refeições prontas.
Com paredes compostas por nove cama-
das intercaladas de papel cartão, folha de
alumínio e plástico (polietileno) em vez das
seis das caixinhas convencionais, a Recart
garante uma vida de prateleira de até dois
anos ao seu conteúdo. De modo a garantir
a percepção de valor pelo consumidor, cadências distintas. Na configuração mais
a novidade incorpora um sistema de veloz dos equipamentos é possível pro-
fácil abertura, fiado em micro-per- cessar até 24 000 embalagens por hora
furações a laser na aba que fecha (até 100 milhões de embalagens por
o seu topo. Para acessar o produto ano). No que diz respeito às possibili-
acondicionado, o consumidor destaca a dades de design gráfico, a Tetra Pak
aba utilizando somente as mãos, sem a informa que a Tetra Recart permite
necessidade do auxílio de objetos cortan- qualidade superior de impressão, com
tes (veja o infográfico). registros com qualidade fotográfica.
De início, a Tetra Recart estará disponível COURO GROSSO A subsidiária brasileira da multinacio-
Em vez das tradicionais
nos volumes de 300ml, 400ml e 500ml, em seis camadas, paredes nal sueca de embalagens frisa também o
duas linhas de produção form-fill-seal com da Recart possuem nove apelo ambiental da novidade: ela responde
Energia limpa
A alemã Hofmühl será a primeira cer-
vejaria do mundo a funcionar com ener-
gia solar. Num acordo firmado durante
a feira de negócios Drinktec 2005, a
empresa terá uma nova fábrica proje-
tada pela produtora de equipamentos
Krones. A energia solar irá aquecer a
água utilizada para dissolver o malte e
o lúpulo na fabricação de cerveja, que é
geralmente baseado em gás.
Prêmio ao plasma
O projeto de reciclagem de caixinhas
longa vida por plasma, nacional e iné- “Em muitos países há uma forte atuação das
dito no mundo, recebeu o Prêmio CNI
2005, da Confederação Nacional da instituições de ensino, formando profissionais
Indústria, na categoria Desenvolvimento
Sustentável, modalidade Produção Mais
e estimulando o desenvolvimento de projetos
Limpa. A planta de plasma, situada em de interesse da indústria. Precisamos fazer o
Piracicaba (SP) e aberta em maio, é
fruto de uma parceria entre Klabin, Tetra mesmo aqui, já que a embalagem representa
Pak, Alcoa e TSL Ambiental.
hoje 10% do faturamento das empresas”
Recomendação pelo social De Antônio Carlos Dantas Cabral, do Instituto Mauá de Tecnologia, sobre o
A C-Pack Creative Packaging é a primei- papel a ser exercido pelo Comitê de Educação, recém lançado pela Abre –
ra empresa fabricante de tubos plásticos Associação Brasileira de Embalagem. Cabral será o coordenador da divisão.
da região Sul do Brasil a ser recomenda-
da à certificação pela Norma SA8000
– Responsabilidade Social, que busca Papelão com programa de cooperativas
a garantia dos direitos básicos dos tra-
Ciclo Sustentável é o nome do eliminar processos e custos
balhadores e a melhoria contínua das
condições do ambiente de trabalho. programa lançado no início intermediários, gerando ganhos
de outubro pela Coopercaixa econômicos, sociais e ambien-
Olhar aos dez – Cooperativa Paulistana de tais para toda a cadeia envol-
Responsável por diversos trabalhos em Caixas e Chapas de Papelão vida. Em evento de lançamento
design, sendo os mais recentes a refor- Ondulado e a Cooperlínia, de do programa, os ministros Luiz
mulação das embalagens da Aspirina, Paulínia (SP), para promover a Marinho, do Trabalho, e Luiz
da Bayer, e a criação das embalagens integração dos fornecedores Dulci, da Assessoria Especial
da nova linha de lanternas Rayovac, a
de matérias-primas (aparas de da Presidência, prometeram
agência OlhoGráfico está completando
dez anos. Segundo a diretora Maria papelão) com os fabricantes apoio do governo à iniciativa.
Elisa Tendolini, a empresa quer explorar dos produtos finais (chapas e (11) 4644-1190
o segmento de construção de marcas. caixas de papelão). A meta é www.coopercaixa.com.br
N
o Brasil, quando se pensa em como bancas de jornal, bike banners, aero-
bebida isotônica, a imagem de doors e relógios de rua serão exploradas na
garrafas de vidro bojudas iden- cidade do Rio de Janeiro, para aproximar
tificadas com a marca Gatorade a novidade dos freqüentadores das praias.
vem à cabeça de muitos consumidores. Em Outdoors e anúncios em cinemas e em gran-
que pese a força de tal associação, essa bebi- des revistas completam o rol de ações.
da, criada para repor a energia dos atletas de A fornecedora da nova embalagem plás-
um time de futebol americano da Flórida e tica de Gatorade é a Amcor PET Packaging
prestes a completar 18 anos no Brasil, onde – empresa que, cerca de dois anos atrás,
detém share de quase 77% no mercado de também participou da substituição de reci-
isotônicos (dado da ACNielsen), acaba de pientes de vidro pelos de PET no caso de
aposentar as garrafas de vidro de 473ml e uma outra marca de referência em sua cate-
aderir a novas, de PET, de 500ml. goria, a maionese Hellmann’s, da Unilever.
Segundo a PepsiCo, a controladora da Os rótulos roll-fed de BOPP (polipropileno
marca, a leveza e o novo desenho da garrafa bi-orientado) são produzidos pela Inapel e
permitem que ela seja carregada de modo têm concepção gráfica da Oficina d´Design.
conveniente, sem o risco de cair e quebrar. Na parte de fechamento, as novas garrafas
“Em lugares como a praia e as escolas a gar- inquebráveis adotam tampas plásticas de
rafa de plástico é muito mais segura”, argu- rosca e selos de vedação por indução.
menta Graziela Vitiello, gerente de marketing A PepsiCo não revela o valor investido na
de Gatorade. “A novidade permite à marca estratégia. Sabe-se, porém, que a expectativa
entrar em novos espaços”. em torno das vendas da nova apresentação
Uma amostra da importância da subs- é grande. Ao lado das batatas fritas da Elma
tituição de embalagem é a forte campanha Chips, Gatorade teve grande mérito no fatu-
publicitária, lastreada em diversos meios ramento 13% maior da PepsiCo no terceiro
de comunicação. Na televisão, um comer- trimestre de 2005, em comparação com o
cial mostra as garrafas intactas mesmo após mesmo período de 2004. A receita passou de ENERGIA – Para a PepsiCo, “PET
caírem no chão. Mídias de ambiente aberto, 7,26 bilhões para 8,18 bilhões de dólares. abrirá novos espaços à bebida”
Ampac Packaging Inapel Amcor PET Packaging Oficina d´Design Seaquist Closures
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músculos e pela corrente sanguínea mos é 80% mais leve e ocupa 50%
sem necessitar ser digerida. Quanto à menos espaço do que as embalagens
embalagem, recorreu ao expertise da rígidas”, compara Jensen.
Disputa pela
maior fatia
Com produção brasileira, a argentina
Arcor tenta abocanhar parte do mercado
de panetones, dominado pela Bauducco
Por Livia Deorsola
S
e o Natal é época de rituais e tradi- sofreram reformulações. “Mudamos o produ-
ções, um de seus maiores símbolos to e, portanto, a embalagem também apresenta
gastronômicos, o panetone, é uma dimensões e layout novos”, conta Gabriel
espécie de arauto de novidades, Porciani, gerente de marketing dos negócios
tanto em termos de paladar quanto em apre- de chocolates e panetones da Arcor. Os pane-
sentação visual. Ao mesmo tempo em que a tones são apresentados em caixas de papel
variedade de sabores e combinações demons- cartão, em bolsa de polipropileno bi-orientado
tra não ter limites, o apelo das embalagens (BOPP), e em lata de folha-de-flandres.
revela um esforço dos fabricantes para seguir A estratégia da empresa consiste em ala-
FOTOS: DIVULGAÇÃO
a linha das inovações. O diferencial nas gôn- vancar duas marcas de biscoitos advindas
dolas não é facilmente alcançado e, nessa luta, da Danone: Triunfo e Aymoré. A empreitada
o mercado passa a ser ainda mais disputado ganhou força em 2004, quando a companhia
com a investida de peso da argentina Arcor, e a Danone fizeram uma fusão na área de
que encerra 2005 com fabri- biscoitos, somando uma receita líquida de 300
cação de panetones em ter- milhões de dólares, aproximadamente.
ritório brasileiro. Segundo Porciani, as marcas não serão dis-
Até o ano passado, os tribuídas de maneira uniforme em todo o país.
panetones eram importa- “Para aproveitar a força dos nomes em cada
dos do país vizinho e che- região, Triunfo terá como foco os Estados de
gavam até aqui, já finali- São Paulo e Rio de Janeiro; Aymoré, o Estado
zados e acondicionados, de Minas Gerais, e os panetones Arcor serão
apenas por meio de dis- comercializados nacionalmente, mas com
tribuidores e pela Venda maior foco na região Sul”, explica.
Direta Arcor. Se antes “Quanto à logística, ganhamos tempo para
o produto vinha com distribuição e maior flexibilidade em nossas
DNA inteiramente argen- negociações”, resume o executivo. A expecta-
tino, incluindo as embalagens, tiva é que a Arcor consiga enfrentar a gigante
agora o processo será quase total- Bauducco, detentora de mais de 70% do mer-
FEITO AQUI –
A argentina Arcor
mente brasileiro, exceto o fornecimento cado nacional. Para tanto, foram investidos
investiu R$ 3 milhões de embalagens. Parte delas continuará vindo 3 milhões de reais na criação da linha de
na linha brasileira, da Argentina, mas volumes, valores e nomes produção em Campinas (SP) e outros 1,5
que inclui as marcas
não são divulgados pela empresa. milhão serão empregados em marketing.
Triunfo e Aymoré
Com a adoção do endereço brasileiro na Foram necessários sete meses até que
produção, os panetones que chegam ao varejo a linha de produção estivesse em fun-
Mercado de gigantes
A dimensão do mercado brasileiro de paneto-
nes justifica os altos investimentos. Embora
o consumo anual per capita seja baixo, se
comparado a outros países – apenas 300 gra-
mas por habitante, inferior aos 650 gramas
consumidos pelos argentinos e aos 2 quilos
pelos italianos –, o Brasil já é o segundo maior
produtor do mundo desse tipo de bolo, atrás
apenas da Itália.
Atenta a esse cenário e à chegada da con-
corrente, a Bauducco afirma lançar a maior
promoção de Natal já feita antes. Em cada
embalagem promocional de 500 gramas de
panetones e chocotones, desenvolvida pela
100% Design, o consumidor ganhará um
míni Papai Noel – dentre os seis modelos
colecionáveis –, que pode ser pendurado em
árvores natalinas. O papel cartão utilizado nas
embalagens é fornecido por duas empresas:
Klabin e Suzano. No primeiro caso, o material
é certificado pelo Forest Stewardship Council
(FSC), e leva a marca Klafold. A Bauducco
também coloca em circulação as tradicio-
nais latas amarelas, que, a cada ano, trazem
um layout diferente e, por isso, também
são colecionáveis. De acordo com Débora
Vasconcellos Micchi, gerente de marketing de
sazonais (Natal e Páscoa) da Bauducco e da
Visconti, as latas, fornecidas pela Aro, Tapon
Corona e Metalgráfica Itaquá, dão um tom
mais sofisticado ao produto e atraem, todo
ano, consumidores (especialmente mulheres)
mais tradicionalistas.
PROMOÇÃO – Papai-Noel colecionável da Bauducco
promete ser a maior ação promocional da marca
O
maior ícone da Coca-Cola – a
garrafa contour – ganhou ares
de modernidade e aparece agora
em nova versão de 250ml, de
ÇÃO
alumínio, o mais recente must da área de
ULGA
bebidas (ver EMBALAGEMMARCA nº 74, de
S: DIV
outubro de 2005). A iniciativa foi fundo na
FOTO
força de recall do formato: em nenhum dos
cinco modelos aprovados da garrafa aparece
a marca Coca-Cola.
O projeto foi lançado com
o objetivo de atingir os jovens
“antenados”, que freqüentam
casas noturnas – únicos locais
onde a embalagem será ven-
The Designers Republic,
dida – e podem pagar mais
representando a Europa, o
por uma garrafa especial. Os
brasileiro Lobo, na América
escritórios escolhidos, batiza-
do Sul, o americano MK12,
dos pela companhia de M5
na América do Norte, o japo-
(“Magnificent 5”, ou os “5
nês Caviar, para a Ásia, e o
Magníficos”), foram o inglês
sul-africano Rex & Tennant
McKay, para a África.
A Coca-Cola deu a eles
carta branca para que usassem
a garrafa como “tela”. A única exigência foi
a utilização da onda que integra a logomarca,
presente em todas as embalagens da bebida
que é o carro-chefe da multinacional. A gar-
rafa de alumínio, sem recortes ou emendas,
é decorada com impressão feita com tinta
especial, que destaca elementos dos desenhos
quando expostos à luz negra usada nas casas
noturnas. É produzida pela Exal, nos Estados
Unidos, de onde é despachada para os paí-
ses em que ocorre a promoção. No Brasil, a
FORMATO – Garrafas de tampa, tipo crown, é fornecida pela Aro.
alumínio com decorações
especiais apostam na remissão
à icônica embalagem contour. Para colecionar
Da esquerda para a direita, Cada modelo da garrafa deve ficar no merca-
criações da Rex, Caviar, MK 12
do durante três ou quatro meses. Em seguida,
e Lobo. Na página ao lado,
The Design Republic será dado espaço a novas versões, todas com
edições limitadas, que deverão ocorrer até o
final do próximo ano. “Não há prazo para o
fim do projeto, que pode ser estendido para
P
araíso da jogatina,
Las Vegas também
se consolidou, de
alguns anos para
cá, como principal endereço de
eventos corporativos na Costa
Oeste americana. Não à toa,
o número cada vez maior de
feiras de negócios, convenções,
congressos, simpósios e que
tais lá realizados – no ano pas-
sado eles foram mais de 2 300
– revela em boa medida por que
essa cintilante cidade, encrava-
da no deserto de Nevada, é a que
mais cresce em solo ianque. Tal
cenário explica por que o local
tornou-se a aposta do PMMI –
ASSIDUIDADE – A visitação da Pack Expo Las Vegas
Packaging Machinery Manufacturers aumentou 19% em relação à edição anterior, realizada em 2003
Institute, união dos fabricantes ame-
ricanos de maquinário de embala- evoluiu dois dígitos percentuais em sitores, ou 23% a mais de estandes.
gem, para sediar o contrapeso geo- praticamente todos os quesitos. Os A área do evento também expandiu
gráfico à Pack Expo de Chicago, 21 907 visitantes significaram um 14%, passando para 483 000 metros
feira de negócios lotada no extremo público 19% maior que o da edição quadrados. Outro destaque do even-
oposto dos Estados Unidos. Além passada. A visitação de estrangeiros to, inédito nas versões anteriores
da localização e da infra-estrutura, cresceu 22%. De 933 expositores, da Pack Expo, foi o serviço My
Vegas ainda proporciona aos profis- em 2003, passou-se para 1 149 expo- PackExpo.
sionais dessa cadeia unir o útil ao
agradável, ou seja, packaging com Feira virtual ajuda a real
gambling (embalagem com jogo). Sintoma da tão propalada eficiência
Revezando-se com a co-irmã de americana, o My PackExpo consis-
Chicago, que é sempre organizada tia numa espécie de comunidade on-
nos anos pares, a Pack Expo Las line que integrava todas as empresas
Vegas assistiu em 2005 à melhor expositoras a todos os visitantes
edição de seus dez anos de vida. Os nele inscritos, facilitando buscas de
resultados do show, ocorrido entre produtos e serviços específicos e
os dias 26 e 29 de setembro, inspi- funcionando como ferramenta para
raram projeções ousadas. “Dentro a integração e a socialização de
de alguns anos a versão de Vegas profissionais da cadeia de emba-
poderá superar em importância a lagem com interesses comuns – o
de Chicago”, especula Bob Risley, networking velho de guerra.
presidente do conselho do PMMI. Dessa forma, o público podia
O otimismo dessa previsão advém estruturar uma agenda de compro-
de uma razão simples: comparada à missos para a feira antes de sua rea-
INTERAÇÃO – O serviço
de 2003, a edição de 2005 da feira My PackExpo lização, acessando o My PackExpo
provia informações on-line
ao público
através da internet. Ou
então, uma vez den-
tro dos pavilhões do
Las Vegas Convention
Center, buscar produtos
e informações de eventos
paralelos em quiosques
computadorizados.
Vale dizer que, em
termos de inovações e
novidades, muitas das
companhias com estan-
de na Pack Expo de Las
Vegas requentaram lan- POLIVALÊNCIA – Krones mostrou rotuladora
que abarca vários sistemas de aplicação
çamentos da última edi-
ção da Pack Expo de Chicago. É ção da tecnologia GenNext em suas
compreensível. Afinal, menos de máquinas.
um ano separou a realização desses Passo adiante da tecnologia Gen
dois eventos. Em termos de ten- 3, ela consiste em equipamentos
dências gerais, percebeu-se entre baseados em módulos inteligen-
os fornecedores de máquinas um tes, que descentralizam centros de
recrudescimento da necessidade de comando e permitem integrações
entrega de equipamentos de emba- harmônicas entre atuadores servo-
lagem mais inteligentes, seguros, eletrônicos, hidráulicos, pneumáti-
confiáveis e flexíveis – tudo num cos e lineares, abrindo novas possi-
só pacote. Um exemplo de força bilidades de configurações de linhas
disso foi dado pela Bosch Rexroth. nas indústrias. Resumo da ópera:
A empresa escolheu a Pack Expo a garantia de trocas de serviço,
Las Vegas para anunciar a introdu- setups e cadências produtivas mais
velozes.
A propósito da onda
de bens de capital mais
versáteis, cabe ressal-
tar que flexibilidade já
não é uma possibilidade
e sim uma característi-
ca destacada na maio-
ria das máquinas que
foram expostas na feira.
A Krones, por exemplo,
sublinhava esse ponto
em todas as vedetes
de seu estande, como
a rotuladora modular
NOVA GERAÇÃO – GenNext, união de tecnologias e de constru- Solomodul. Sua flexibi-
ções modulares da Bosch Rexroth, promete maior eficiência
lidade é garantida por um sistema Criado pelo grupo Sealed Air (com
de estações intercambiáveis de subsidiária no Brasil), ele consis-
rotulagem, o que lhe permite te numa espécie de travesseiro que
abranger múltiplas técnicas contém dois líquidos químicos
de aplicação – etiquetas apli- especiais. Ao se massage-
cadas com cola fria, auto-ade- ar com as mãos as extre-
sivos, rótulos roll-fed de BOPP midades do conjunto, os
aplicados com hot-melt e man- componentes se misturam,
gas (wrap-around) pré-cortadas permitindo a moldagem do
aplicadas com hot-melt. “Isso produto às formas do produto
torna o modelo ideal para quem protegido. O Instapack já fora
oferece serviços de terceiriza- apresentado meses atrás, mas
ção de decoração de embalagens”, requeria o aquecimento do conte-
situa Konnie Brenneman, relações- INSTAPAK – Sistema inovador údo para a mistura dos dois com-
públicas da subsidiária americana de proteção agora dispensa calor ponentes. Agora, o processo pode ser
da Krones. feito à temperatura ambiente.
Os destaques do balcão concor- de vidro dos molhos para saladas A outra solução
rente da KHS seguiam o mesmo da marca Stallone. De PVC, os foi apresentada pela
moto. Veja-se o caso da Roland rótulos são impressos em dez cores Multisorb: uma nova
HS15. Dedicada à aplicação de rótu- em rotogravura, mostrando que o versão do FreshMax,
los wrap-around, ela é capaz de tra- padrão de aceitação de qualidade “seqüestrador” de oxi-
balhar com recipientes de qualquer desse tipo de decoração está a cada gênio para embalagens
formato, assevera a KHS. Ademais, dia mais exigente. de alimentos em for-
incorpora um sistema de troca fácil, mato de etiqueta auto-
do tipo tool-less (sem ferramental). Destaques em proteção adesiva. Dedicado a
Aliás, a propósito de rotulagem No quesito proteção de produtos, estender o frescor e a
observa-se que os rótulos termoen- duas soluções inventivas chamaram evitar a proliferação
colhíveis continuam a se desenvol- a atenção durante a feira. A primeira de fungos e bactérias,
ver com força nos Estados Unidos, delas foi o Instapak Quick Room o absorvente no inte-
atingindo a cada dia novas catego- Temperature, uma moderna alter- rior da etiqueta pos-
rias de produto. Como exemplo, nativa a espumas e ao poliestireno sui forma sólida, o que
a convertedora de rótulos Seal-It expandido para o preenchimento de evita contaminação
sublinhou em seu estande os rótu- espaços vazios e proteção de conte- de produtos caso ela
los desenvolvidos para os frascos údos de embalagens de transporte. seja acidentalmente
danificada. “O novo FREQÜÊNCIA – Nova
geração de equipa-
SHELF LIFE – Multisorb apresentou absor- FreshMax possui uma mentos para RFID foi
ventes de oxigênio em auto-adesivos estrutura que garante destaque da Markem
alta adesão à camada
selante de bandejas e outros filmes
laminados”, afirma John Solomon,
da área de desenvolvimento de
negócios da Multisorb.
Como não poderia deixar de ser,
por seu impacto recente nas indús-
trias americanas, equipamentos foca-
dos na tecnologia de identificação
por radiofreqüência (RFID) também
tiveram grande espaço no evento.
Dentre as companhias que apresen-
taram novidades nessa área e pos-
suem representação ativa no Brasil,
a Markem, provedora americana de
Barreira
à altura
Fabricante de queijos proces-
sados investe em coextrusão
N
ão é difícil ouvir profissionais do
mercado de food service afirman-
do que a indústria de embalagem
ainda não entrou em sintonia com o
segmento. Sistemas de acondicionamento pensa-
dos para grandes cozinhas industriais, mas nem
sempre adequados a estabelecimentos menores,
como padarias, pequenos restaurantes, lancho-
netes e rotisserias, estão entre os causadores
de queixas. É provável que essa alegação seja
plausível. Todavia, mais e mais empresas de
embalagem parecem perceber as necessidades
do mercado de food service, cuja participação na
indústria de alimentos cresce sem parar.
Exemplo do uso de acondicionamentos con-
venientes e práticos está sendo dado pela Gvinah,
FOTOS: DIVULGAÇÃO
indústria de alimento que vem se especializando
na produção de queijos processados. Em busca
da liderança desse apetitoso setor, puxado pelo
mercado de fast-food e pela indústria de pratos
prontos, a empresa acaba de reformular as emba- RESISTÊNCIA ocorre a aproximadamente 90º C. Saraiva infor-
– Compostas de náilon
lagens da sua linha Jammy. Nela os destaques e polietileno, embala-
ma que existem outros materiais com boas carac-
são as misturas lácteas cremosas com frango, e gens dos queijos Jammy terísticas de barreira para acondicionamento de
os queijos processados com provolone, orégano podem ser submetidas queijos processados. Mas, sob outros critérios,
a altas temperaturas
e pimenta, que podem ser usados no preparo de essas alternativas não se revelaram adequadas.
sanduíches e pizzas. Um dos materiais descartados foi o EVOH
Diferenciado-se das embalagens de poliéster (copolímero de etileno e álcool vinílico). “Ele
disseminadas na categoria, a empresa investiu apresenta pouca resistência mecânica e custo
numa estrutura coextrusada composta de polie- muito alto”, afirma Saraiva.
tileno, adesivo e náilon. Além de boa resistência Impresso diretamente nos filmes em flexo-
mecânica, o filme foi escolhido por preservar grafia, o projeto gráfico das novas embalagens
de modo satisfatório os alimentos da ação de da marca Jammy foi desenvolvido pelo designer
agentes externos. “Embalagens de poliéster nem Fabio Albuquerque, da agência Gráfico & Web.
sempre apresentam as características de barrei- De acordo com David Kaplan, diretor de marke-
ra a oxigênio necessárias”, diz Pedro Saraiva, ting da Gvinah, as embalagens representam entre
diretor da Descartável Embalagens, empresa que 3% e 5% do custo final da nova linha de queijos
Descartável Embalagens
fornece os sistemas de acondicionamento. www.descartavel.com.br processados da empresa. Nos cálculos da Abiq
Podendo ser submetido a elevadas tempe- (11) 5633-5678 – Associação Brasileira das Indústrias de Queijo,
raturas sem apresentar modificações em suas o mercado brasileiro de queijos processados
Gráfico & Web
características, o filme de polietileno e náilon www.graficoeweb.com.br movimenta 10 000 toneladas por ano, e deverá
também se adaptou ao processo de envase, que fabio@graficoeweb.com.br crescer 6% em 2005.
N
ova evidência do dina-
mismo que contagia o
mercado brasileiro de pet
food e, por conseqüência,
a cadeia de embalagens especializada
nesse setor. Maior produtora flumi-
nense de fubá, a indústria Granfino
estreou no mercado de rações para
cachorro, investindo 7 milhões de
reais na construção de uma nova
fábrica e em ações de promoção da
FOTO: DIVULGAÇÃO
recém-lançada marca Grancão. “Foi
um investimento alto, mas realizado
na hora certa”, diz Felipe Lantimant,
gerente de marketing da Granfino.
Segundo ele, a empresa foi benefi-
ciada pela baixa do preço do milho,
produto essencial na produção de sua
linha de ração. Frente aos bons resul-
tados obtidos no mercado de pet food, PREOCUPAÇÃO VISUAL – Embalagens da linha são impressas em oito cores pela Incoplast
para o ano que vem a Granfino já pla-
neja o lançamento da linha Grancat, polietileno (PE) e polipropileno bi- tência mecânica e de barreiras mais
de ração para gatos. orientado (BOPP). Como explica o eficientes a gases, umidade e odor.
No caso da linha Grancão, a diretor da Incoplast, por questões de “Esse material foi desenvolvi-
empresa buscou alinhar-se à exigên- custo essas são as resinas mais uti- do após anos de pesquisas”, conta
cia por sofisticação visual que tem lizadas no mercado de pet food. A o executivo. “Infelizmente, porém,
caracterizado o segmento de rações empresa, entretanto, tem trabalhado surgiram produtos vendidos como
para animais domésticos. Nesse sen- para disseminar, principalmente entre similares, mas que apresentam falsas
tido, decidiu imprimir as embalagens fabricantes de rações premium, sua barreiras.” Com três fábricas no país,
dos novos produtos em oito cores. O linha Incopet, de filmes PET. Segundo a Incoplast dedica apenas a planta
fornecedor dos sistemas de acondi- Marcelo Schlickmann, a marca busca de Santa Catarina ao ramo de emba-
cionamento é a Incoplast, considera- explorar os apelos da maior resis- lagens para ração. Nessa unidade, o
da um dos principais convertedores mercado de pet food responde por
de sacarias do mercado brasileiro de Consumo brasileiro 20% da produção. A empresa recen-
pet food. “Crescemos nesse segmen- de rações para animais temente começou a atuar na região
to porque investimos muito em pré- de pequeno e médio Nordeste do país, onde está inves-
impressão e clicheria, além de ter- portes aumentou tindo em máquinas de rotogravura
5
mos apostado em novas impressoras para atender setores como os de café,
e equipamentos de coextrusão que biscoitos e chocolates. Segundo a
produzem filmes com três e cinco Associação Nacional dos Fabricantes
camadas”, diz Marcelo Schlickmann, de Alimentos para Animais, o consu-
diretor da Incopolast. mo brasileiro de rações para animais
FONTE: ANFAR
vezes
de pequeno e médio portes quintupli-
nos últimos oito anos
Filmes PET vêm aí cou nos últimos oito anos, e o Brasil
Dois tipos de material são utilizados www.incoplast.com.br produziu no ano passado 1,4 milhão
na nova linha de rações da Granfino: (48) 631-3000 de toneladas de ração.
J
á foi dito que a nanotecnologia é a ciência do e ainda processam informação. No setor de cosméticos, os
século 21. Ao trabalhar no nível molecular, desenvolvimentos com nanotecnologia vêm contribuindo
manipulando materiais com dimensões milha- para o lançamento de novas fragrâncias e de formulações
res de vezes menores que o diâmetro de um que prometem revolucionar mercados como o de cremes
fio de cabelo, seu impacto na vida moderna anti-sinais.
seria comparável ao da tecnologia nuclear, dos aviões Na indústria de embalagem também não faltam provas de
supersônicos, da internet ou até mesmo do telefone celular. que a adoção de materiais elaborados com a técnica é imi-
É difícil prever, em todas as suas vertentes, as mudanças nente. A Braskem anunciou investimento de 3,5 milhões de
que a nanotecnologia causará no cotidiano de empresas e dólares em um projeto de desenvolvimento de novas resi-
pessoas. Mas sabe-se que o campo para aplicações indus- nas plásticas que devem ser lançadas em 2006. A Rhodia-
triais de materiais elaborados com precisão molecular é Ster, por sua vez, foi parceira de um projeto desenvolvido
imenso. Um dos setores produtivos que mais interessam na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), cujo
os cientistas e empresas por trás das pesquisas envolvendo objetivo é oferecer uma embalagem plástica que aumente a
nanotecnologia é a cadeia de embalagem. durabilidade de alimentos e bebidas. Mais recentemente, a
Tintas que mudam de cor para indicar alterações indese- Suzano Petroquímica anunciou que deverá lançar em pou-
jadas na composição de produtos acondicionados, filmes, cos meses no Brasil uma resina de polipropileno produzida
papéis e materiais plásticos mais resistentes, com visuais à base de nanotecnologia, que será oferecida às indústrias
chamativos e texturas diferenciadas, ou ainda dotados de usuárias de embalagens de alimentos e para a produção de
barreiras praticamente intransponíveis a gases, umidade e peças plásticas usadas no setor automobilístico.
luz. Esses são alguns exemplos de aplicações de nanotec- Acumulando suas funções na Fiesp com o cargo de dire-
nologia no mercado de embalagem. Nesta entrevista, José tor-superintendente da Unidade Polipropileno da própria
Ricardo Roriz, diretor do departamento de competitivida- Suzano Petroquímica, José Ricardo Roriz também comenta
de e tecnologia da Federação das Indústrias do Estado de na entrevista a seguir formas de a indústria nacional ganhar
São Paulo (Fiesp), fala sobre essas possibilidades com o competitividade a partir das pesquisas de nanotecnologia
know-how de quem ajudou a organizar em junho último que vêm sendo desenvolvidas no Brasil. E lembra que, para
o Nanotec 2005, primeiro evento brasileiro para tratar de o país crescer efetivamente nessa área, é preciso incentivar
nanotecnologia aplicada à indústria. como nunca parcerias entre universidades e empresas.
Embora o tema evoque cenários futuristas, o encontro,
organizado em conjunto com o Instituto de Estudos para Há meios de prever o impacto da nanotecnologia na
o Desenvolvimento Industrial (IEDI), provou que a nano- indústria?
tecnologia não está tão distante no tempo. No campo dos O que se sabe é que a nanotecnologia é a que vai ter maior
materiais têxteis, por exemplo, os cientistas já afirmam ser impacto no desenvolvimento de produtos inovadores nos
possível produzir roupas que não amassam, não mancham próximos anos. É estimado que, em 2010, mais da metade
dos desenvolvimentos envolvendo nanotecnologia. Outro Já existe uma discussão sobre o impacto da nanotecnolo-
setor que já tem muitos produtos desenvolvidos é o de cos- gia no setor de maquinário. É possível prever os efeitos
méticos. Cremes anti-sinais, novas fragrâncias, texturas, dos materiais elaborados com precisão molecular na
enfim, as possibilidades da nanotecnologia no mercado de indústria de máquinas industriais em geral, e de máquinas
cosméticos são bastante amplas. de embalagem em particular?
Os efeitos maiores serão na parte de sensores, que dão
De maneira geral, materiais mais resistentes, com melhor velocidade, e na parte de moldes, com produtos mais resis-
apelo visual ou rápida degradação tentes. Mas os efeitos maiores serão
acabam custando mais caro. A nano- “Uma tinta ou mesmo na própria embalagem, que deixará
tecnologia traz a possibilidade de de ser passiva, e passará a interagir
reduzir custos? com o consumidor. Em máquinas, até
Não vejo a nanotecnologia como
o material de embalagem onde vejo e até onde sei, as mudan-
um fator que, em curto prazo, possa ças ficarão concentradas nos sensores
reduzir custos. Mas no ciclo de vida elaborado com nano- de velocidade e nos revestimentos de
de uma embalagem ela poderá redu- moldes. Mas é claro que os desen-
zir custos, pois será possível aumen- tecnologia podem mudar volvimentos se multiplicam e, em
tar o tempo de armazenagem do pro- curto espaço de tempo, já veremos
duto. A nanotecnologia na verdade de cor para acusar uma máquinas trabalhando com materiais
vai agregar valor ao produto. Mas, elaborados com nanotecnologia.
a médio e longo prazos, a nano-
tecnologia pode ser definida como
modificação não desejável Qual a posição aproximada do Brasil
um fator de redução de custos. Isso no ranking internacional de pesqui-
porque será possível trabalhar com no produto acondicionado. sas ligadas a nanotecnologia?
resistência mecânica, resistência a Praticamente todas as universidades
impacto, produtos mais rígidos. Com (...) O mercado de filmes brasileiras que trabalham com tecno-
isso será possível reduzir a espessura logia já formaram núcleos para desen-
da parede e o peso das embalagens. flexíveis para alimentos volvimento da nanotecnologia. Como
exemplos, podemos citar Unesp,
Boa parte das resinas elaboradas é um dos principais alvos Unicamp, FEI e Universidade Federal
com nanotecnologia está sendo des- do Rio de Janeiro. Recentemente,
tinada ao mercado de filmes plásti- a Fiesp e o IEDI patrocinaram uma
cos. O senhor diria que nesse setor
desse tipo de material” feira, a Nanotec 2005, que tinha entre
as novidades nanotecnológicas tendem a ser mais nume- seus objetivos divulgar nanotecnologia para as empresas
rosas do que nas áreas de sopro e injeção? que ainda não conheciam. Outra meta foi reunir os princi-
O mercado de filmes flexíveis, principalmente para acon- pais cientistas que estão trabalhando com esse assunto, além
dicionamento de alimentos, é sem dúvida um dos alvos de expoentes mundiais da nanotecnologia para interagirem
desse tipo de material. Mas não o único. Com esse tipo com a comunidade científica aqui no Brasil. Esse foi sem
de desenvolvimento, as empresas podem melhorar a bar- dúvida um marco da nanotecnologia no Brasil. Percebemos
reira de oxigênio para aumentar a shelf-life dos produtos que está crescendo o número de empresas que consideram
acondicionados. As possibilidades são amplas. No caso da importante aumentar os investimentos em nanotecnologia.
Suzano, outro mercado em vista é o automotivo. No governo os avanços também são perceptíveis. Hoje,
no ministério de Ciência e Tecnologia já existe uma área
Sabe-se que adesivos industriais também estão na mira especificamente voltada para o desenvolvimento de nano-
dos pesquisadores que trabalham com nanotecnologia. tecnologia no Brasil.
Quais outras especialidades químicas podem se beneficiar
da técnica? A Fiesp tem promovido discussões sobre políticas mais
As principais aplicações serão a mudança de cor, através agressivas de incentivo a pesquisas de temas como nano-
do material da embalagem ou do uso de tintas especiais. tecnologia, que trazem diversas possibilidades e oportuni-
Também há possibilidades em termos de mudança de textu- dades para as indústrias. Além de aumentar o investimen-
ra e barreiras a gases, principalmente gás carbônico e oxigê- to público, o que o país deve fazer para que esse tipo de
nio. Na área automotiva, a nanotecnologia permite oferecer atividade científica consolide-se?
produtos mais rígidos, com maior resistência mecânica. O sistema brasileiro para incentivo a pesquisa e desenvolvi-
LATAS
EXPANDIDAS -
Após as
quatro versões
iniciais, outras
serão lançadas
Lembrança da fazenda
Leite Ninho muda formato da embalagem pela primeira vez desde 1923
Por Flávio Palhares
P
resente no Brasil há 82 anos, o Leite Indústria de Estamparia e Metais do Estado de
Ninho, um dos mais tradicionais pro- São Paulo (Siemesp), “essa é provavelmente, no
dutos da multinacional suíça Nestlé, mundo, a primeira lata com shape para produto
tem duas novas versões de embala- de grandes volumes de venda”. Embora presente
gem, que marcam radical mudança em relação em ampla variedade em outros países, “todas
à tradicional lata cilíndrica: uma lata expandida, essas latas expandidas têm tiragens limitadas”.
com formato que remete às leiteiras utilizadas É esse, aliás, o caso das próprias “latas-leitei-
em fazendas, com alça e tudo, e um sachê lami- ras” do Ninho, cujo projeto visual foi desenvol-
nado, de poliéster, alumínio e polietileno. vido pela agência Pandesign. Terão edição limi-
O recipiente de aço, cujo perfil foi desenvol- tada, mas a empresa já prepara novos desenhos,
vido em parceria com a Companhia Siderúrgica que devem ser lançados nos próximos meses.
Nacional (CSN), tem quatro versões com diferen- Esta é a mudança mais radical que a embalagem
tes desenhos e capacidade para 1,1 quilo (crian- do produto sofre desde 1923, quando estreou no
ças brincando, vacas, mãe lendo histórias para os mercado brasileiro. Alterações anteriores ocorre-
filhos e uma fazendinha). A inovação ocorre na ram, mas ficaram restritas aos rótulos, ao tama-
esteira de uma anterior, que resultou em grande nho das latas e ao sistema de fechamento.
êxito no esforço da siderúrgica para ampliar a Quanto à outra novidade, o lançamento do
participação do aço no mercado de embalagens: Leite Ninho em sachês de 26 gramas, visa con-
a lata do Leite Moça com “cintura”. quistar o público de menor poder aquisitivo.
A Nestlé não revela números sobre o desem- Essa versão da embalagem será comercializada
penho do produto, mas segundo Antonio Carlos apenas em alguns Estados do Nordeste, em Belo
Teixeira Álvares, presidente do Sindicato da Horizonte e no Rio de Janeiro. O objetivo da
Fina resistência
Mais seguras e com baixa espessura, as sacolas tipo camiseta
são importante ferramenta de divulgação dos supermercados
Por Livia Deorsola
N
ão bastassem os incontáveis desa- Abief
ECONOMIA – (11) 3032-4092
fios que seguidamente se apre- Sacolas mais www.abief.com.br
sentam para os transformadores resistentes
de resinas plásticas, outros mais significam menos Abiquim
desperdício na (11) 2148-4700
são colocados num drama vivido por donos hora de embalar www.abiquim.com.br
de supermercados. Tendo nas sacolas tipo as compras
boca-de-caixa, ou camisetas, praticamente a Braskem
(11) 3443-9999
única mídia disponível para divulgação de www.braskem.com.br
sua marca, muitos desses estabelecimentos se
defrontam com dificuldades financeiras para Ipiranga
(51) 3216-4449
recorrer a elas. “No período de expansão do www.ipq.com.br
negócio, depois da divulgação boca a boca,
foi esse veículo que nos tornou mais conhe- Plastivida
(11) 5505-0521
cidos na região”, conta Antônio Moura, dono www.plastivida.org.br
de duas lojas num bairro da periferia de São
Paulo, que atendem cerca de 5 000 pessoas
por mês. “Mas hoje a verba está curta e não
dá mais para imprimir as sacolas”, ele diz. A
saída é utilizar produtos padrão, sem logotipo
ou qualquer elemento impresso.
O que sucede com o pequeno supermer-
STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
Especialidades
Para tanto, a indústria petroquímica tem incre-
mentado as especificidades das resinas termo-
plásticas, de modo que a resistência mecânica
das sacolas evite estouros. Além de aplicar
em commodities, tem investido na produ-
ção de especialidades, como faz a Ipiranga
Petroquímica. A par do GM 9450 F, um polie-
tileno de alta densidade (PEAD), desenvolvi-
do para o segmento de extrusão de filme de
alta massa molar, já consagrado no mercado, a
IPQ comercializa, desde o ano passado, a resi-
na Maxi Film, um PEAD capaz de produzir
um filme de alta tenacidade e resistência até
50% superior (ver EMBALAGEM- MARCA nº 54,
de fevereiro de 2004). Segundo Jayme Moura,
gerente de desenvolvimento de produtos da
IPQ, a receita possui aditivos superiores e é
possível produzir sacolas com espessura até
20% menor.
Na linha das resinas de alto desempenho,
a Braskem atua com o HF-0147 e o ES 300,
PEADs que também prometem boa soldabili-
dade e elevada resistência mecânica à tração
e ao rasgo. “A sacola é considerada pelos
C
onforme anunciado na cobertura exclusiva da bro último. Com este serviço, complementa-se a cobertura,
Labelexpo Europe, feita na edição anterior de modo a oferecer aos leitores que não tiveram opor-
de EMBALAGEMMARCA pela equipe da revista tunidade de visitar o evento um panorama praticamente
enviada a Bruxelas, a seguir são apresentados completo dos mais importantes lançamentos relacionados
mais alguns destaques da feira realizada no final de setem- à cadeia de rotulagem ali ocorridos.
Flexibilidade de formatos
A suíça Müller Martini apos- em bobinas) é atualmente domi-
tou suas fichas na Altaprinta-V, nado pelas impressoras flexográ-
impressora offset cujo grande ficas. A Müller Martini acredita
apelo é a flexibilidade. O equipa- que a evolução das tintas UV per-
mento trabalha com formatos mitirá ainda a migração de alguns
continuamente variáveis, pois as trabalhos hoje realizados em roto-
mudanças de serviço são feitas gravura para o sistema offset,
apenas com a troca de cilindros mais flexível.
(chapa e blanqueta), que podem Disponível em duas larguras
ter diâmetros diferentes, e não de (520mm e 740mm), a impresso-
todo o cassete – uma operação ra pode chegar, segundo informa
que, segundo a empresa, pode ser o fabricante, à velocidade de até
feita em menos de cinco minutos e 365 metros por minuto. Indicada
sem o uso de ferramentas. para a conversão de auto-ade-
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Focada nos segmentos de impres- sivos e embalagens flexíveis, a ALTAPRINTA-V: Trocas de
são de alta qualidade, a impresso- Altaprinta-V pretende ocupar cilindros ao invés do cassete,
ra possui sistema de entintagem espaço também no efervescente e configuração para atender o
mercado de termoencolhíveis
com catorze rolos, garantindo mercado de rótulos termoencolhí-
a consistência no fluxo da tinta veis. Isso porque, dotada de servo
mesmo trabalhando em altas motor para garantir o registro e
velocidades. O equipamento tem de um sistema de refrigeração, a
nos baixos custos das chapas e máquina torna-se apropriada para
na alta qualidade de impressão a impressão em substratos sensí-
argumentos interessantes para veis à temperatura.
abocanhar fatias do mercado de www.mullermartini.com
rótulos, que (quando se imprime No Brasil: (11) 3613-1002
espaço reservado para a instalação de Esse atributo contribui para elevar a • Efluentes tratados antes de irem
uma segunda laminadora. “A estimati- produtividade de duas maneiras: aumen- para a rede de esgotos
va desse mercado é de 240 milhões de ta a performance das máquinas automá- • 2 geradores diesel, para uso em
metros quadrados por ano hoje e pode ticas de alta velocidade e possibilita a eventuais apagões
crescer muito mais, dependendo de fato- inclusão de maior número de rótulos por
res como a melhora da distribuição de bobina. Vale dizer que são necessárias Como deu certo, a tecnologia foi
renda no país”, acredita o executivo. menos paradas de máquina para trocas adaptada, com a marca Flex Gloss, para
A nova provedora de bases planeja de bobinas. Para comparar, Maurício rótulos de produtos de higiene e limpe-
investir no desenvolvimento de papéis e cita números: a espessura do liner é de za. Já foi adotada pela L’Oréal, em sua
filmes especiais. Para isso, além do bem 23 micra, enquanto a de papel glassine é linha Garnier Colorama de xampus e
equipado laboratório de que dispõe inter- de 50, e permite rotular 350 frascos por condicionadores (Flex Gloss HS 1027
namente (ver quadro), conta com um minuto, contra 220 na outra tecnologia. PET23) e pela Bombril, nos amacian-
“laboratório” de homologação de cre- “Ademais, é mais barato e é reciclável.” tes Mon Bijou (Flex Gloss HS 5024
PET23). “Outras usuárias estão testando
nossos produtos”, afirma Médici. Para
que o façam, as bobinas de amostras
são fornecidas em caixas de papelão
com alça, “uma inovação no mercado”,
segundo o executivo. Ele informa, em
resposta à pergunta da reportagem sobre
como outras gráficas convertedoras
estão recebendo a notícia do parentesco
da Flexcoat e da Prodesmaq: “O retorno
é muito positivo, o mercado percebe que
LABORATÓRIO – Entre os são duas empresas independentes” – e
equipamentos de ponta, um
garante que a Flexcoat já está fornecen-
espectrofotômetro para testar matérias-primas
do para alguns convertedores.