Você está na página 1de 2

A geladeira veinha Ivson F.

dos Anjos

Foi uma grande alegria quando a danada chegou Bem novinha, cheirosinha, arrumadinha, uma beleza Era uma nova geladeira, que invadiu a cozinha E sem pedir licena nenhuma era a nova realeza.

J a pobe da veinha firme e forte companheira 27 anos de uso no talo e nenhuma decepo Trabalhava com afinco, nem rangia ou faiava Gelava tudo numa boa nem pensamento escapava.

Mas quando a novinha chegou o seu reinado acabou E a pobe da veinha foi dada ao ilustre zelador O novo reinado comeou bem, suco, cerveja e quiabo Peixe, carne e guaiamum E at sorvete de jerimum ficava mesmo uma beleza.

Mas a alegria durou pouco Com s trs meses quebrou e agonia era tanta que chamou-se o zelador Foi uma coisa bem estranha e uma eterna tristeza Pois se pedisse a veinha de volta podia causar estranheza.

Podia ser visto como deboche ou questo de avareza

Mas o fato real, pra ser sincero e cordial melhor ficar com uma veinha, disso eu tenho certeza Troo novinho bom, mas s tem boniteza E depois de pouco tempo demonstra logo a sua fraqueza.

A veinha bem melhor com toda a sua eficincia Num deixa o caba na mo E nem mesmo na agonia Geladeira coisa sria Num pra fazer brincadeira Num troque a sua veinha Por outra que s boniteza.

Você também pode gostar