Você está na página 1de 1

ANTNIO, que se considera um s do volante e busca sensaes de risco intenso, decidiu conduzir em contramo na auto-estrada velocidade de cerca de 100

0 km por hora. Apesar de j o ter experimentado nas trs noites anteriores, sem que tivesse ocorrido qualquer acidente, embora se tivesse cruzado com vrios veculos, dos quais se desviou no ltimo momento, vem, porm, a colidir com uma ambulncia que transportava BEATRIZ. CATARINA, que passava por ali perto, deparou-se com a situao mas, quando se aproximou para ajudar e viu o condutor e o enfermeiro inconscientes no interior da ambulncia, entrou em pnico e desmaiou. DINIS, mdico, que tambm passou pelo local pouco depois, resolveu no parar nem solicitar auxlio para o nmero de emergncia atravs do seu telemvel e fugiu rapidamente, sem contar a ningum o sucedido. BEATRIZ viria a morrer ao fim de uma hora. Apurou-se que a morte fora consequncia do acidente, mas que BEATRIZ teria sobrevivido se tivesse sido assistida no local e prontamente transportada ao hospital mais prximo. Tempos depois, ANTNIO foi informado de que se encontrava pendente um processo-crime para apurar a sua eventual responsabilidade criminal decorrente do acidente descrito. ANTNIO mostrou-se muito surpreendido, dizendo, por um lado, que nunca lhe passou pela cabea que pudesse colidir com algum e, por outro, que s embateu na ambulncia porque o seu condutor fora um aselha, pois, no momento em que ele se desviara, se desviara para o mesmo lado, assim dando causa ao embate. Analise a responsabilidade jurdico-penal dos intervenientes. HELENA MORO Abril 2013

Você também pode gostar