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Experimento 1 – Materiais de Laboratório

1. Objetivo
Conhecer os equipamentos, materiais e as técnicas de medida de volume utilizados em laboratório de
química.

2. Introdução
Nos trabalhos de laboratório, as medidas de volume aproximadas são efetuadas rotineiramente em
provetas graduadas e de um modo mais grosseiro, em béqueres em escala. As medidas volumétricas de
precisão, são realizadas utilizando aparelhos volumétricos precisos (balão volumétrico, pipetas volumétricas
e graduadas e buretas). A prática de análise volumétrica requer a medida de volumes líquidos com elevada
precisão. Para efetuar tais medidas são empregados vários aparelhos, que são classificados em duas
categorias:
Categoria 1: aparelhos calibrados para dar escoamento (to deliver) a determinados volumes. Por
exemplo: pipetas e buretas. As pipetas são de dois tipos: Volumétricas ou de transferência, são um tubo de
vidro com um bulbo na parte central com um traço de aferição na parte superior. As pipetas graduadas,
como o próprio nome diz, são um tubo de vidro com graduação de acordo com o volume que pode medir.
Geralmente são de menor precisão que as pipetas volumétricas. Veja a figura 1.
As buretas servem para medir volumes varáveis de líquidos. São constituídas de um tubo de vidro
calibrado e graduado. Possuem uma torneira para permitir o controle do escoamento. Veja a figura 1 c).

Figura 2: Pipetador de borracha

a) b) c)
Figura 1: a) pipeta graduada; b) pipeta
volumétrica; c) bureta

Para encher um pipeta, Coloca-se a ponta da pipeta no líquido que se quer medir e faz-se a sucção
com uma pêra de borracha, (veja figura 2) mantendo sempre a ponta abaixo do nível do líquido, caso
contrário ao se fazer a sucção o líquido alcança a pêra. A sucção deve trazer o líquido um pouco acima do
traço de aferição e escoa-lo lentamente até o menisco (zero). Para escoar o líquido, deve-se colocar a pipeta
na posição vertical com a ponta encostada na parede do recipiente, deixa-se escorrer o líquido e espera-se de
15 a 20 segundos e então retira-se a gota aderida a ponta da pipeta. Não se deve soprar uma pipeta.

Para utilizar corretamente uma bureta deve-se seguir as seguintes recomendações:


Fixar a bureta limpa, seca e vazia em um suporte universal.
Lavar duas vezes a bureta com 5 ml do reagente que será medido. Este é adicionado na bureta por
meio de um funil (se a bureta já tiver um funil próprio não é necessário usar um externo) e cada porção deve
ser escoada totalmente antes de uma nova adição.
Enche-se a bureta até um pouco acima do zero da escala, abre-se a torneira para encher a ponta e
expulsar o ar. Deixa-se escoar o líquido até ajustar o menisco na escala. Quando se calibra uma bureta,
deve-se tomar o cuidado de eliminar todas as bolhas de ar existentes no interior do instrumento.

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Em seguida, transferir gota a gota os primeiros 25 ml. Marcar o tempo transcorrido. Ler o volume
escoado. Aguardar 30 segundos e ler novamente o volume do líquido. Repetir a operação para o volume do
líquido restante na bureta. Comparar os resultados.

Categoria 2: Aparelhos calibrados para conter (to contain) determinados volumes. Por exemplo:
balões volumétricos. Os balões volumétricos são balões de vidro de fundo chato e gargalo longo, providos
de rolhas de vidro esmerilhadas. O traço de referencia marcando o volume pelo qual o balão foi calibrado é
gravado sobre o gargalo. Assim quando for fazer a medida a parte inferior do menisco tem que coincidir
com o plano do circulo de referência. Os balões volumétricos são usados principalmente na preparação de
soluções de concentração conhecida.

As medidas de volume de líquidos usando menisco.


qualquer um destes aparelhos pode ter erros devido
a:
− ação da tensão superficial sobre a superfície
dos líquidos
− dilatação e contração provocadas pela
variação de temperatura
− calibração imperfeita do aparelho
− erros de paralaxe
Dentre todos os erros descritos, os erros de
paralaxe são os mais comuns, que é na verdade a
leitura errada do volume do líquido. Para evitar Figura 3: balão volumétrico
cometer este tipo de erro, a leitura de um
determinado volume de líquido deve ser feita na
altura dos olhos, sempre pela parte inferior do

As demais vidrarias usadas para realizar diferentes processos em laboratório de química são:

Béquer
Balão de fundo chato Balão de fundo Redondo Tubo de ensaio
É de uso geral em laboratório.
Utilizado como Utilizado principalmente Empregado para fazer Serve para fazer reações entre
recipiente para conter em sistemas de refluxo e reações em pequena soluções, dissolver substâncias
líquidos ou soluções, ou evaporação a vácuo, escala, principalmente em sólidas, efetuar reações de
mesmo, fazer reações acoplado a evaporador. testes de reação em geral. precipitação e aquecer
com desprendimento de Pode ser aquecido com líquidos. Pode ser aquecido
gases. Pode ser movimentos circulares e sobre a tela de amianto.
aquecido sobre o tripé com cuidado diretamente
com tela de amianto. sob a chama do bico de
bünsen.

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Erlenmayer
Kitassato
Funil de buchner
Utilizado em titulações,
aquecimento de Utilizado em conjunto Funil de separação
Utilizado em filtrações a
líquidos e para com o funil de buchner
vácuo. Pode ser usado
dissolver substâncias e em filtrações a vácuo. Utilizado na separação de
com a função de filtro em
proceder reações entre líquidos não miscíveis e na
conjunto com o kitassato.
soluções. extração líquido/líquido.

Almofariz com pistilo


Cadinho
Proveta
Usado na trituração e
Condensador Gralmente de porcelana é pulverização de sólidos.
Serve para medir e usado para aquecer
transferir volumes de substâncias a seco e com
Utilizado na destilação,
líquidos. Não pode ser grande intensidade, por
serve para condensar
aquecida. isto pode ser levado
vapores gerados pelo
aquecimento de diretamente ao bico de
líquidos. bunsen.

Cápsula de porcelana
Anel
Peça de porcelana usada
Estante para tubo de ensaio
para evaporar líquidos das Usado como suporte do
soluções. funil na filtração. É usada para suporte de os
tubos de ensaio

Suporte universal

Utilizado em operações
como: filtração, suporte
para condensador, Bico de Bunsen Tripé
bureta, sistemas de Tela de Amianto
destilação etc. Serve É a fonte de aquecimento Sustentáculo para efetuar
também para sustentar Suporte para as peças a serem
mais utilizada em aquecimentos de soluções
peças em geral. aquecidas. A função do
laboratório. Mas em vidrarias diversas de
amianto é distribuir
contemporaneamente tem laboratório. É utilizado
uniformemente o calor
sido substituído pelas em conjunto com a tela de
recebido pelo bico de bunsen.
mantas e chapas de amianto.
aquecimento.

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Garra de condensador

Pinça de madeira Usada para prender o


condensador à haste do Pinça Metálica
Usada para prender o tubo suporte ou outras peças
de ensaio durante o como balões, erlenmeyers Usada para manipular objetos
aquecimento. etc. aquecidos.
Pisseta ou frasco
lavador
Usada para lavagens de
materiais ou recipientes
através de jatos de
água, álcool ou outros
solventes.

3. Parte Experimental
3.1. Materiais e Reagentes
Béquer com escala
Erlenmeyer com escala
Proveta com escala
Pipeta graduada com pipetador de borracha
Bureta
Balão volumétrico
Tubos de ensaio
Pisseta
3.2. Procedimento experimental
1. Medir 50 ml de água em um béquer e transferir para a proveta. Verificar medida na escala.
2. Medir 50 ml de água em um erlenmayer e transferir para a proveta. Verificar medida na escala.
3. Faça a calibração de um bureta como descrito acima. Em seguida encher uma bureta com água
(acertando o menisco e verificando se não há bolhas de ar no interior do instrumento). Transferir o volume
da bureta para um béquer e a seguir para uma proveta. Comparar as escalas.
4. Pipetar 25 ml de água usando a pipeta volumétrica. Transferir para a proveta. Comparar a precisão
na escala.
5. Pipetar, com uma pipeta graduada, 1 ml, 2 ml, 5 ml, 1,5 ml, 2,7 ml, 3,8 ml e transferir os volumes
para diferentes tubos de ensaio. Esta prática visa o treinamento no controle do instrumento.

4. Questões:
1. Defina vidraria “TC” e vidraria “TD”. Em que situações se aplicam cada uma delas?
2. Quais são os erros mais comuns cometidos durante a medida de volumes usando vidraria graduada?
Como evita-los?
3. Qual das vidrarias de medida de volume é a mais adequada para preparar soluções: bequer, proveta ou
balão volumétrico? Porque?
4. É conveniente submeter a vidraria graduada a variações de temperatura? Porque?

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