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ANDERSON, Benedict R. Comunidades Imaginadas: reflexo sobre a origem e a difuso do nacionalismo. So Paulo: Companhia da Letras, 2008. P. 107- 255.

Nos captulos 4, 5, 7 e 9 aqui resumidos, o autor ANDERSON, Benedict vem trazer que o jornal e romance possibilitou uma unidade entre as poucas pessoas que tinham acesso ao mundo letrado, mais especificamente, a lngua imprensa verncula. A lngua verncula monolingustica quem possibilitou a ideia de comunidade imaginada onde atravs da leitura era construda uma experincia compartilhada apesar das distncias geogrficas e sociais que afastavam os vrios cidados. De acordo com o autor, a ideia de nacionalismo construda primeiro nas Amricas e s aps nos pases europeus. Em meados do sculo XIX, dentro da Europa desenvolveram-se nacionalismos oficiais, historicamente impossveis antes do surgimento de nacionalismos lingusticos populares, pois, no fundo, foram reaes dos grupos de poder ameaados de excluso ou marginalizao nas comunidades imaginadas. No que diz respeito ao patriotismo e racismo, a ideia do autor entender o afeto emocional das pessoas, esse sentimento de pertenas. Ainda, percebe que exista uma naturalizao e que a mesma garantida por caractersticas inatas remetendo a laos naturais, ao nascimento. Ou ainda, as noes de pureza, ligadas a causas nobres. Entretanto, a lngua mais idealizada devido ao fato de as pessoas poderem voluntariamente entrar ou mesmo serem convidadas a fazer parte. E assim sendo, a vernaculizao possibilitou uma comunidade imaginada, compartilhada por aqueles que tinham acesso a mundo das letras. Por fim, segundo Anderson, trs grandes instituies contriburam diretamente para moldar a maneira pela qual o Estado colonial imaginava seu domnio. O censo, o mapa e o museu, inventados antes de meados do sculo XIX, modificaram a forma de perceber a natureza dos seres humanos governados pelo Estado, a geografia do seu territrio e a legitimidade do seu passado.

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