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A. M.

Azev
vedo, 2007
A MÚSICA E A CRIANÇA COM N.E.E.
1
A. M. Azevedo
o, 2007
2
A. M. Azev
vedo, 2007
MUSICOTERAPIA
3 E
Enquadramento
d t
QUANDO SURGIU A MUSICOTERAPIA?

“Como ciência, a musicoterapia é recente, tendo


acelerado o seu desenvolvimento após a 2ª
2 Guerra

A. M. Azevedo
Mundial, em hospitais para reabilitação dos feridos

o, 2007
em guerra, nos Estados Unidos. Desde então, a
pesquisa
p q da relação
ç som/ser humano,, tanto na sua
dinâmica normal, como no seu uso terapêutico têm
crescido
id ano a ano. “ (APEMESP,
(APEMESP 1998)

4
SOBRE A ORIGEM E A NATUREZA DA MÚSICA
| … a propósito da musicoterapia

A. M. Azevedo
It is not easy to determine the nature of
music or why y anyone
y should have a

o, 2007
knowledge of it

| Aristotle, “Politics”
Politics (The Politics and The Constitution of
Athens. Cambridge: Cambridge University Press, ed.
Stephen Everson, 1996, VIII.IV, 1339a15-16)
5
A HISTÓRIA DA MÚSICA IMERGE NA HISTÓRIA
DO HOMEM
Pinturas rupestres na gruta
de “Les Trois Frères”

A. M. Azevedo
| Não há certezas sobre a
origem da música e será
muito difícil descobrir o
porquê da sua génese.

o, 2007
| As pinturas rupestres na
gruta de “Les Trois Frères”
são consideradas como o
mais antigo testemunho da
nossa história musical e
parecem evidenciar que o
Homem pré-histórico já
usava os sons de forma
intencional ((Chailley,
y, 1970)) 6
ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
Flauta encontrada na
Eslovénia (em 1995)

A. M. Azevedo
Ainda do período
paleolítico também se
conhecem

o, 2007
instrumentos de sopro,
feitos de osso e.g. a
flauta encontrada na
Eslovénia que se
calcula datar de
aproximadamente 45
000 anos atrás. 7
A MÚSICA, A MAGIA, O DIVINO E O COSMOS

A. M. Azevedo
| “Para
Para el hombre y las
culturas primitivas, la
música no es un arte:

o, 2007
es un poder, cuya
fuerza la ubica en el
origen mismo del
mundo “(Perazzo,
2006)

8
MÚSICA E MAGIA
Na China … Na Índia …

A. M. Azevedo
| … considerava-se
considerava se que | … segundo a tradição
tradição,
os princípios da música o próprio Brahma
seriam os mesmos do ensinou o canto ao

o, 2007
eterno sagrado, huang profeta Narada e este
chung, expressão que por sua vez transmitiu-
tanto se referia ao tom o ao resto dos homens
fundamental da música
chinesa como
como, no
sentido simbólico, à
autoridade divina 9
Os babilónios e os gregos

A. M. Azevedo
| … relacionavam o som
com o cosmos através
de uma concepção

o, 2007
matemática das
vibrações acústicas,
representadas
numericamente e
expressas também na
astrologia
10
CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE
Platão e Aristóteles
Pitagóricos

A. M. Azevedo
| Para Dâmon de | “todo
todo o céu é harmonia
Atenas, que se dedicou e número” (Aristóteles)
às relações entre a | Platão,
Platão considerava a

o, 2007
ética e a música, tanto astronomia e a música
era verdade que a boa como ciências irmãs
música criava almas “tal como afirmam os
boas, como o inverso pitagóricos”, refere o
som provocado d pelol
movimento dos
planetas
planetas, 11
ALGUNS ANTECEDENTES: MÚSICA, MEDICINA
E TERAPIA

¾ papiros médicos
descobertos pelo

A. M. Azevedo
antropólogo inglês
Flandres Petrie, em
Kahum ((1899), ), de c.

o, 2007
1500a.C., os quais
referem a influência
b éfi d
benéfica da música
ú i na
fertilidade da mulher.).

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EFEITOS CALMANTES
| Homero, refere
f que
Aquiles foi encontrado na
sua tenda tocando em

A. M. Azevedo
uma magnífica lira e
expurgando a sua cólera

o, 2007
| Orfeu, que aprendeu a
arte com o próprio Apolo,
deus da música e da
medicina, ao “tanger a
sua lira melodiosa,
arrastava as árvores e
conduzia os animais
selvagens da floresta”
floresta 13
O SÉCULO XX E A EMERGÊNCIA DA
MUSICOTERAPIA
| Não obstante a atenção em torno dos efeitos
curativos da música, o advento da musicoterapia, é

A. M. Azevedo
recente.
recente
y “Como ciência, a musicoterapia é recente, tendo
acelerado o seu desenvolvimento apósp a 2ª Guerra

o, 2007
Mundial, em hospitais para reabilitação dos feridos em
guerra, nos Estados Unidos. Desde então, a pesquisa
da relação som/ser humano
humano, tanto na sua dinâmica
normal, como no seu uso terapêutico têm crescido ano
a ano. “. (APEMESP)
y Em Portugal, a Associação Portuguesa de
Musicoterapia foi criada em 1996.
14
DEFINIÇÃO DA FEDERAÇÃO MUNDIAL (1996)

| "Musicoterapia é a utilização da música e/ou dos


seus elementos musicais (som
(som, ritmo
ritmo, melodia e

A. M. Azevedo
harmonia) por um musicoterapeuta qualificado,

o, 2007
com um cliente ou um grupo, num processo
planificado com o objectivo
p j de …

15
… COM O OBJECTIVO DE FACILITAR E
PROMOVER:

a comunicação
e outros objectivos
terapêuticos
p importantes,
p ,q
que

A. M. Azevedo
vão ao encontro das suas
a relação
necessidades físicas,
emocionais, mentais, sociais
ou cognitivas
g …

o, 2007
a
a organização
aprendizagem

a expressão
ã a mobilidade
bilid d 16
A MUSICOTERAPIA TEM POR OBJECTIVO …
… desenvolver potenciais e/ou restaurar funções do
indivíduo …

A. M. Azevedo
a fim de melhorar a sua organização intra-pessoal
e/ou interpessoal e,
e em consequência,
consequência

o, 2007
adquirir uma melhor qualidade de vida
vida, através de
prevenção, reabilitação ou tratamento”

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MÉTODOS (QUANTITATIVOS E QUALITATIVOS)
y No cômputo
N ô iinternacional,
i l e na perspectiva
i d de Aldridge,
Ald id
as últimas décadas do século passado foram frutíferas
uma vez qque a musicoterapia p p
passou a enquadrar
q

A. M. Azevedo
métodos quantitativos e qualitativos, fundamentais, na
sua perspectiva, para uma aproximação clínica desta
natureza que envolve os campos da ciência e da arte
arte.

o, 2007
| Do mesmo modo
modo, os métodos de investigação
utilizados para o estudo de caso também recorrem
a metodologias de outras disciplinas e.g. medicina,
psicologia e sociologia.

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PROCEDIMENTOS PROTOCOLARES
| Análise:
y do exame clínico,

A. M. Azevedo
y da anamnese,
y dos dados do inquérito social,

o, 2007
y da observação directa,
y dos testes p
psicológicos
g clássicos e só então,
y o estudo da personalidade musical (Identidade Sonora
[I.S.]), que se infere através de testes próprios (e.g. o
Bilan Psicomusical de Verdeau-Paillès).

19
IDENTIDADE SONORA
| A I.S. é constituída pelas características subjectivas
e objectivas que diferenciam um indivíduo ou um

A. M. Azevedo
grupo de indivíduos,
indivíduos nas suas relações com o
mundo sonoro interior e exterior.
| As componentes da II.S.S são:

o, 2007
y o tempo pessoal do sujeito;
y o encontro de sons regressivos
g ((cada um de nós
guarda na sua memória sonoridades que marcaram a
sua infância e que serão eventualmente peças
necessárias a reactivar);
y o estádio/momento sonoro actual do indivíduo, que é
indispensável para a constituição do projecto
20
terapêutico.
BILAN PSICOMUSICAL
| teste projectivo que usa os sons e a música e como
tal, permite ao paciente/sujeito, a expressão e

A. M. Azevedo
posterior análise da sua personalidade nos seus
aspectos imutáveis, flutuações, processos e
evolução.
ç

o, 2007
| assim como os testes de aptidões, os testes
projectivos clássicos e os testes de técnicas
expressivas, este também não permite a colocação
de um diagnóstico, não define nem afirma critérios
d ((a)normalidade
de ) lid d e não
ã constitui
tit i só
ó por sii uma
terapia.
21
TÉCNICAS PSICOMUSICAIS
| Ao conjunto de métodos e estratégias utilizados em
musicoterapia dá-se o nome de técnicas

A. M. Azevedo
psicomusicais ou musicoterapêuticas.
musicoterapêuticas

| As técnicas psicomusicais fundamentam-se


fundamentam se nos

o, 2007
seguintes elementos:
y a audição do som e da música
música,
y a expressão sonora e musical,
y a comunicação através da expressão não-verbal e
y o desenvolvimento da criatividade.

22
TÉCNICAS RECEPTIVAS, ACTIVAS E
ASSOCIADAS

| Entre as T.P. há uma subdivisão conceptual entre


técnicas receptivas, activas e associadas ou

A. M. Azevedo
mistas no entanto
mistas, entanto, é de salientar que entre as
técnicas receptivas e as técnicas activas não há
uma divisão estanque
q

o, 2007
y O momento da audição/
ç recepção
pç implica
p o
funcionamento dos órgãos sensoriais e cognitivos.
Também no processo da actividade e/ou produção
musical há por sua vez um momento indispensável de
receptividade ou aparente inactividade.

23
INTERESSE DAS TÉCNICAS PSICOMUSICAIS

| interesse diagnóstico
y pela análise dos comportamentos, do gesto, da

A. M. Azevedo
actividade rítmica,
rítmica da criação musical
musical, do diálogo
musical e rítmico, da participação na criação em grupo;
| interesse terapêutico
p

o, 2007
y como tratamento, na melhoria da sociabilidade, como
atenuante dos distúrbios de carácter, e como factor de
amenização
i ã dda ansiedade;
i d d
| interesse pedagógico
y se depois (ou a par) do processo terapêutico
terapêutico, alguns
dos nossos participantes desejar, poderá
aprender/aperfeiçoar a técnica de um instrumento, de
24
aprender e estudar música.
MOMENTOS DA AUDIÇÃO

A. M. Azevedo
o, 2007
25
TÉCNICAS RECEPTIVAS
| permitem a estimulação da afectividade, o
apaziguamento de angústias e a criação de um

A. M. Azevedo
espaço sonoro protector
protector.
| têm interesse:
y a) diagnóstico
diagnóstico, através da aplicação do Bilan

o, 2007
Psicomusical, análise das relações e posicionamento
do sujeito com a música e da sua Identidade Sonora;
y b) terapêutico, através da escuta afectiva, montagens
terapêuticas, retrato musical, técnicas de activação,
técnicas projectivas,
projectivas entre outras
outras.

26
TÉCNICAS RECEPTIVAS
| A sua forma de aplicação é variável i.e. podem
constituir-se em sessões individuais ou de grupo,

A. M. Azevedo
sob diversas formas:
y a) técnicas de escuta individuais:
| relaxamento psicomusical,
p ,

o, 2007
| escuta de uma ou várias obras com ou sem verbalização,

| associação de obras,

| etc;

y b) técnicas de escuta em grupo;


| escuta baseada numa escolha conjunta
j dos p
participantes,
p
| audição de música com verbalização,

| relaxamento psicomusical,

| etc.
etc 27
TÉCNICAS ACTIVAS
| As T.P.A. fazem parte dos métodos de utilização
terapêutica e psicopedagógica da música cujos

A. M. Azevedo
processos essenciais são a participação activa dos
sujeitos numa criação sonora/musical comum.
| Têm como objectivos gerais:

o, 2007
y aprofundar o conhecimento de aspectos da
personalidade;
y colocar em evidência perturbações;
y fornecer ao grupo e a cada indivíduo um novo meio de
se eexprimir
primir e de com
comunicar
nicar com a aj
ajuda
da d
duma
ma
linguagem não verbal;
y trabalhar a expressão
p rítmica e melódica dos 28
indivíduos, interacção e criatividade.
TÉCNICAS ACTIVAS
| À semelhança das TPR, as TPA podem ser
aplicadas em contexto individual ou de grupo e

A. M. Azevedo
contemplam:
y a utilização do corpo, voz e percussões corporais, do
ambiente sonoro e expressão
p musical instrumental,

o, 2007
y habitualmente recorre-se a instrumentos simples, de
fácil manuseamento e.g.
| iinstrumental
t t l Orff,
O ff
| instrumentos tradicionais,

| instrumentos adaptados às deficiências e ainda;

| instrumentos inventados e/ou fabricados para o efeito.

29
TÉCNICAS ASSOCIADAS OU MISTAS (T.P.M.)
| associação de duas ou mais técnicas de expressão
tais como:

A. M. Azevedo
y expressão pictural e gráfica sob indução musical;
y música e expressão verbal escrita e oral;
y música e mímica ou outra forma de expressão corporal;

o, 2007
y entre outras possibilidades que podem ser simultâneas
ou em sucessão no decorrer de uma sessão de
tratamento.
| Como todas as T.P., as T.P.M. podem ser usadas
tanto em sessões individuais como de grupo
grupo, com
especial ênfase na criatividade e no aspecto da
activação da terapia. 30
A. M. Azev
vedo, 2007
INDICAÇÕES DA MUSICOTERAPIA
31
De acordo com Verdeau-Paillès,, as indicações
ç da musicoterapia
p são a
consequência directa dos seus princípios e colocam-se sempre que um sujeito
receptivo à música, apresente qualquer indicação de entre as seguintes:

a)) sintomáticas, e.g: b)) nosográficas,


f e.g.
| desarmonias gestuais, y doenças somáticas,
handicaps p sensoriais,,

A. M. Azevedo
|
y doenças psicossomáticas,
psicossomáticas
| angústia, y afecções
| desorganização da vida neuropsiquiátricas
interior,
orgânicas (epilepsias,
(epilepsias

o, 2007
| dificuldades em se oligofrenias, sequelas
aceitar a si próprio e aos
derivadas de intervenções
outros assim como em se
inserir na realidade, cirúrgicas
iú i ou dde llesões
õ
vasculares),
| distúrbios
comunicacionais, y neuroses, psicoses,
| inibições e; desequilíbrios psíquicos e
| bloqueios toxicomanias.
32
INDICAÇÕES DA MUSICOTERAPIA (SABBATELLA)
Na perspectiva
N i d de Sabbatella,
S bb ll as áreas
á d
de prática
ái
profissional são as seguintes:

A. M. Azevedo
| prevenção,
| educação,

o, 2007
| reeducação,

| reabilitação,

| psicoterapia,
p p ,
| medicina,

| recreação i.e.

… visando o desenvolvimento pessoal, formação


académica e supervisão. 33
A. M. Azev
vedo, 2007
EFEITOS DA MÚSICA
34 “Music
“M i washes
h away from
f the
th soull the
th dust
d t off
everyday life”

Berthold Auerbach in Berthold Auerbach quotes


EFEITOS DA MÚSICA

| Efeitos fisiológicos | Associação

A. M. Azevedo
| Mobilização de 
| Efeitos psicológicos
fantasias

o, 2007
| Comunicação
| Socialização
| Identificação
| Auto expressão

35
DA PEDAGOGIA À TERAPIA
A aplicação pedagógica das técnicas
psicomusicais leva-nos a constatar e/ou a
descobrir perturbações rítmicas e psicomotoras.

A. M. Azevedo
Estas perturbações, podem ser responsáveis por
inadaptação escolar, de ansiedade, inibição

o, 2007
emotiva,
ti d
de difi
dificuldades
ld d d de expressão
ã e
comunicação.

Tendo posto estas problemáticas em evidência,


traz um meio de os corrigir.

Eis-nos na fronteira das suas aplicações


terapêuticas
terapêuticas. 36
DA TERAPÊUTICA À PEDAGOGIA

O tratamento dos deficientes


motores e sensoriais e dos

A. M. Azevedo
oligofrénicos pelos métodos activos
• conduz muito rapidamente, em seguimento
da obtenção do efeito terapêutico procurado,
à aprendizagem da música.

o, 2007
Assim, partindo da
terapêutica, chegamos à
pedagogia.
37
A MÚSICA E A MUSICOTERAPIA NO ENSINO
BÁSICO TEM COMO OBJECTIVOS

A. M. Azevedo
Facilitar/desenvolver
• comunicação
• coordenação
d ã e segurança

o, 2007
• aumento e aperfeiçoamento
da destreza motora
• expressão
• imaginação
• integração
•…

38
A MÚSICA NO E.B. CONTRIBUI PARA …

A. M. Azevedo
o desenvolvimento
d l i t ddas capacidades
id d cognitivas
iti

O aumento da capacidade de distinguir

o, 2007
experiências diversas

promover o desenvolvimento da capacidade de


prestar atenção ao que se desenvolve à sua volta

Desenvolver a capacidade de ligar a expressão


gestual/corporal à comunicação verbal

39
A MÚSICA COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO
Ç E
REPRESENTAÇÃO

“O semelhante actua no semelhante”
(Aristóteles)

A. M. Azevedo
TIMBRE DURAÇÃO

o, 2007
INTENSIDA ALTURA
DE /MELODIA

| Elementos da linguagem musical


40
FORMAS DE INTERVENÇÃO
| Protocolo de actuação 
y descoberta da identidade sonora do aluno;

A. M. Azevedo
y determinação da possibilidade, imediata ou não, de inclusão 
em grupo ou necessidade de continuar em sessões 
i di id i
individuais;

o, 2007
y criar condições de inclusão em grupo.
y iniciar um processo de abertura de canais de comunicação 
para que se estabeleça uma relação  que permita o 
desenrolar do processo musicoterapêutico e pedagógico.
desenrolar do processo musicoterapêutico e pedagógico.

41
ESTRATÉGIAS
É /ACTIVIDADES

Cantar

A. M. Azevedo
Tocar

o, 2007
Escutar

Actividades musicais em geral 
(mais os jogos, etc.)
42
ALGUNS PROCEDIMENTOS
| Cantar
C t
y é uma boa forma de ajudar a combater problemas relacionados 
com a linguagem pois possibilita uma melhor articulação, ritmo 

A. M. Azevedo
e respiração;
i ã
y em grupo, ajuda a desenvolver a consciência dos outros e assim 
o poder de relacionamento

o, 2007
| as letras das músicas podem ser usadas em pessoas com deficiência 
mental/problemas cognitivos para que apreendam determinados 
conteúdos para que realizem determinadas tarefas fixando
conteúdos, para que realizem determinadas tarefas fixando 
instruções. 

| as letras servem como ajuda em termos de reforço de mensagens, 
j ç g ,
compreensão, memorização e mecanização.

43
TOCAR
| tocar/interpretar música desenvolve capacidades musicais e
favorece a construção da personalidade em termos de:

A. M. Azevedo
y autoconfiança,
y auto-estima
auto estima e

o, 2007
y autodisciplina.

| oferece às crianças uma abertura para a cultura musical;

44
TOCAR/IMPROVISAR
| permite tomar consciência das possibilidades do corpo 
e dos seus elementos e de desenvolver o ritmo natural

A. M. Azevedo
| permite uma tomada de contacto imediata com a 
música aos que não têm prática anterior
música aos que não têm prática anterior.

o, 2007
| estas sessões favorecem o diálogo e a comunicação 
estas sessões fa orecem o diálogo e a com nicação
numa relação tripla — animador/música/participante. 

45
TOCAR
| individualmente possibilita
y a reeducação motora, 

A. M. Azevedo
y a resolução de problemas/desordens motores(as): 
| motricidade fina e ampla, 
| coordenação psicomotora, 
coordenação psicomotora,

o, 2007
| Etc. …

| em conjunto
j :
y ajuda pessoas com problemas comportamentais, no sentido 
do controle de impulsos disruptivos e;
y favorece o relacionamento pessoal e interpessoal

46
O i
Ouvir 
ffavorece o desenvolvimento de capacidades 
l
cognitivas tais como a atenção e memória

A. M. Azevedo
facilita o processo de desbloqueamento de 
problemas ao permitir um ambiente/estado de 
auto‐expressão,
p ,

o, 2007
evoca memórias e associações,

estimula pensamentos, imagens e sentimentos que 
podem ser posteriormente examinados e discutidos, tanto 
e te os te apêut cos co o pedagóg cos
em termos terapêuticos como pedagógicos.

estimula a exploração, compreensão e curiosidade pela nossa (e 
outras) culturas.
) 47
MOVIMENTO RÍTMICO
é
é usado para desenvolver:
d d l

• a mobilidade

A. M. Azevedo
• agilidade
• força (e seu controle)

o, 2007
• balanço,
• coordenação
• respiração
• equilíbrio
• relaxamento muscular…

48
Composição
y Compor/criar em grupo ajuda a desenvolver a capacidade de 
estar com outros, de os ouvir e respeitar se for feita em 

A. M. Azevedo
grupo assim como permite a partilha de sentimentos, ideias 
e experiências;
e experiências;

o, 2007
y Escrever canções (letras e música) torna‐se um meio de 
expressão e análise de sentimentos de medo, receio, etc;

y Criar canções /temas musicais para e com o paciente, pode 
promover a existência de momentos intensos de auto 
/
consciência e/ou catarse 49
OUTROS …

| Utilização de objectos intermediários: bolas, balões, 
canas de bambu em jogos musicais variados ou
canas de bambu … em jogos musicais variados ou 

A. M. Azevedo
apenas ao som de música

o, 2007
| O movimento corporal que permite a consciencialização
O movimento corporal que permite a consciencialização 
das diferentes partes do corpo e consequente aumento 
da coordenação
50
A equipa
y Considera‐se fundamental a existência de uma equipa 
multidisciplinar que integre, para além do musicoterapeuta, 

A. M. Azevedo
os professores de regime normal e de apoios educativos, 
educadores/assistentes sociais, a família directa do aluno, e
educadores/assistentes sociais, a família directa do aluno, e 

o, 2007
que mantenha uma relação estreita e funcional com os 
órgãos de gestão da escola com os SEAE e médicos do
órgãos de gestão da escola, com os SEAE e médicos do 
hospital/centros de saúde da zona.

51
BIBLIOGRAFIA:
| Hernández,  L. A. M. (199?) ”El
Hernández L A M (199?) ”El área de música em alunos com 
área de música em alunos com
necessidades educativas especiais”. Texto não publicado, traduzido e 
adaptado por Alda Margarida Azevedo (Março de 2000)
Musicoterapia: Análise da Realidade Portuguesa num Enquadramento
Musicoterapia: Análise da Realidade Portuguesa num Enquadramento 

A. M. Azevedo
|
Terapêutico e Psicopedagógico”, 1998, Curso de Musicoterapia da 
Madeira, Monografia. Não publicado.
| Azevedo, A. M. (1998 a 2003) “Musicoterapia – fundamentos teóricos”. 

o, 2007
Textos de apoio da disciplina “A Música e Necessidades Educativas 
“ ú
Especiais” (4º. ano da licenciatura em Educação Musical, Curso de 
Professores de Educação Musical do Ensino Básico da Escola Superior 
de Educação de Coimbra. Não publicado.
de Educação de Coimbra. Não publicado.
| Azevedo, A. M. (1998)“Musicoterapia – Análise da Realidade 
Portuguesa num Enquadramento Terapêutico e Psicopedagógico” . Não 
publicada. Disponível nas bibliotecas da Associação Portuguesa de 
Ed
Educação Musical (APEM) e da Direcção Regional de Educação Especial 
ã M i l (APEM) d Di ã R i l d Ed ã E i l
(Funchal). 
| Azevedo, M. (2006). Sobre a origem e a natureza da música … a 
propósito da musicoterapia Biosofia 28 46‐50
propósito da musicoterapia. Biosofia, 28, 46‐50. 52
ANEXOS

A. M. Azev
vedo, 2007
MUSICOTERAPIA E PC
53 Al
Alguns depoimentos
d i t e casos reais
i
Fonte: Soares, Clara (2003). Terapia pela música. Revista Visão, 17 de Abril, 130-131

AO SOM DE “OS TRÊS PALHACINHOS”

A. M. Azevedo
o, 2007
54
Fonte: Soares, Clara (2003). Terapia pela música. Revista Visão, 17 de Abril, 130-131

PELA QUALIDADE DE VIDA

A. M. Azevedo
o, 2007
55
AS IMPLICAÇÕES DA MUSICOTERAPIA NA SAÚDE JUSTIFICAM O SEU USO NA
PRÁTICA CLÍNICA

APLICA-SE
APLICA SE A:
• DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM (crianças)
• DEFICIÊNCIA MENTAL (estimulação precoce)
• DISFUNÇÕES NEUROLÓGICAS (ex: paralisia 

A. M. Azevedo
cerebral)
• AUTISMO E DIFICULDADES DE 
COMUNICAÇÃO
• ALTERAÇÕES DE COMPORTAMENTO (ex: 
hiperactividade)
• ESTADOS TERMINAIS (geriatria)
ESTADOS TERMINAIS (geriatria)

o, 2007
FACILITA A:
• Coordenação motora

• Tónus muscular

• Organização sensorial

• Capacidades cognitivas (atenção, memória, etc.)

• Expressão emocional

Imagem - Soares, Clara (2003). Terapia • Competências sociais


pela música. Revista Visão, 17 de Abril, 130- • Desenvolvimento da auto-estima
131 56
Artista/cantor com PC
| “All the love in the
world can't save you

A. M. Azevedo
now “

y Vídeo

o, 2007
57
VÍDEO PUBLICITÁRIO
| “Disability means
possibility”

A. M. Azevedo
y Vídeo

o, 2007
58
JOGRAIS Neste contexto, a base de trabalho deste
grupo, reside na:
| Musicalidade das palavras;
| Musicalidade dos instrumentos de percussão;
| O encontro consigo mesmo e com o outro, num
ambiente de prazer, bem estar e descoberta

A. M. Azevedo
conjunta.
Este trabalho, é destinado a um grupo de alunos
da APPACDM do Fundão, portadores de
deficiência mental ligeira e moderada ou
média, apresentando algumas perturbações,

o, 2007
ao nível da linguagem.
Tem por base, dois tipos de dinâmica:
| a nível interno : no sentido de participar em
diferentes sessões, que funcionem como meio de
desenvolvimento mental, físico, afectivo e social de
cada aluno, per si, e num contexto grupal.

"Com a criação do grupo de | a nível externo : no sentido de proporcionar aos


diferentes elementos do grupo, todo um conjunto
Musicoterapia– Jograis, em 1999, de experiências sociais que contribuam e
pretendemos de uma forma lúdica e enriqueçam o seu desenvolvimento pessoal, grupal
simultaneamente terapêutica , um e social."
renascer do espírito do Fernanda Bastos (2001), In,Boletim Informativo do
Jogral,aproximando-nos tanto Projecto “JOGRAIS” Ano 1– Nº 1– Novembro-
quanto possível da sua essência e 2001 59
originalidade.
A. M. Azev
vedo, 2007
ESTA APRESENTAÇÃO FOI UM
EXERCÍCIO E COMO TAL, MUITO
INCOMPLETA
60 Há sempre mais!
i !

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