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PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LIME
SUMARIO
I-
<
UJ
A Coragem do Apostólo
O
I-
00
"É Perigoso falar de Deus"
UJ
"A Vida Eterna Segundo o Novo Testamento"
CD
O
OC
O.
Diretor-Responsável: SUMARIO
Estéveo Benencourt OSB
Autor e Redator de toda a materia
publicada neste periódico A CORAGEM DO APOSTÓLO 241
Tel.:(021> 291-7122
Caixa postal 2666 Ecos do Encontró de Assis:
20001 - Rio de Janeiro - RJ CATOLICISMO E RELIGIÓES
NÁO-CATÓLICAS 266
"MARQUES-SARMVA"
. CHAncost turones s* P. Comissáo "Justica e Paz":
DÍVIDA EXTERNA: QUESTÁO
CRUCIAL 276
E.B.
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"PERGUNTE E RESPONDEREMOS"
ANO XXVIII - NS 301 - Junho de 1987
Tatiana Goritcheva:
I. A CONVERSÁO
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"É PERIGOSO FALAR DE DEUS"
Após a oitava serie, entrei, nao sei por qué, numa Escola de Radio
técnica. No Liceu, eu prefería a Literatura á Física... Mas a Escola, espe
cializada em língua alema, formava também tradutores técnicos. Naquela
época eu gostava, ácima de tudo, da língua alema, pois nao era minha
língua, mas urna língua estrangeira, longlnqua e misteriosa. Eu sentia a
seducáo da distancia...
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"PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 301/1987
O meu ardor komsomol foi-se estriando nao por causa deles, mas
porque descobri a Filosofía e um mundo que, se nao era espiritual, era,
ao menos, interior. Naquela época liberal, comecaram a editar as obras
de Sartre e Camus; as revistas publicavam artigos de critica sobre o exis-
tencialismo, com citacdes importantes. Apareciam termos novos como
'ser para a morte', 'o abandono'... Logo tornei-me existencialista, tendo
descoberto que havia nfveis do ser muito mais profundos do que as leis
da vida social.»
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"É PERIGOSO FALAR DE DEUS"
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"PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 301/1987
ma, sejam vestes, sejam idéias, seja comportamento. Mais de urna vez a
multidáo, irritada, nos levou, a mim e aos meus companheiros, ao Posto
de Policía, e os pobres milicianos, após nos ter preso um pouco, acaba-
vam por despedir-nos. Um dia, porém, num barco perto de Tcheliabinsk,
os passageiros furiosos exigiram que fóssemos desembarcados e os
acontecimentos quase deram origem a um processo.
Eu nao tinha contato com meus pais. Durante anos e anos, mora
mos juntos na mesma pec,a, sem conversarmos entre nos. Com dezesseis
anos lancei um desafio ¿ minha mae e, de menina espantada, passei a ser
a antipática... (Senhor, perdoa o meu coráceo de pedral).
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sempre 'como convém', 'como é de praxe', 'como Ihes fora dito'. Neo ti-
nham feito urna so opcáo durante toda a vida; por isto os outros nao a
deviam fazer. Eu tirava sistemáticamente as melhores notas em todas as
disciplinas marxistas: nos exames, bastava-me comecar dizendo como
que mágicamente: 'segundo o marxismo...' Nunca alguém me perguntou
o que eu pessoalmente pensava, pois pensar nao era recomendável.
Visto que eu sentia certa forca ñas palavras do meu amigo, tentei
fazer exerclcios de loga, diariamente dando especial atencSo a respiracáo,
ás diversas posicóes, á concentracáo, á meditacáo; impus a mim mesma
um regime severo... Oescobri com prazer que nao era livre em absoluto.
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Ora eis que um dia {eu tínha vinte e seis anos entfio, parece-me) eu
caminhava num campo recitando o 'Pai Nosso'. As oracóes cristas ser-
viam também á meditado, pois considerávamos o Cristianismo como
urna variante inferior da loga. Após ter recitado o 'Pai Nosso' cerca de
seis vezes, sem fé na existencia do Pai Celeste, recebi repentinamente
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"É PERIGOSO FALAR DE DEUS"
2. O CRISTIANISMO OCIDENTAL
"7deoutubrade1980
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ttcio; ríu muito, tentou divertir a todos; em poucas palavras, foi um bom
animador. Entrementes a natureza táo bela atrás dos vidros, com seus
pendios abruptos e o raiar das suas cores azul e violeta, fazia-me lembrar
espontáneamente versículos dos salmos: 'Divinas sao as tuas obras, Se-
nhorl Tudo foi criado por tua sabedoria!'
"29dejulhode1980
Se na Rússia nos tfnhamos que utilizar boa parte das nossas fo rijas
vitáis para combater mil obstáculos devidos a um tipo de vida absurda e
difícil, como o barulho ñas rúas, as multidóes ñas tojas, as filas, a luta nos
meios de transporte, a grosseria, o nervosismo, etc., aqui (em Viena) es
tés obstáculos nSo existem. Mas aparecem outros: demasiadas coisas
' betas e sedutoras. Se nao somos bem atraídos para o céu, podemos ser
para sempre atraídos para a térra" (p. 147).
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Sao felizes aqueles que acreditaram sem ter visto, mais do que
aqueles que acreditaram após ter visto. Mais felizes sao os verdadeiros
cristáos no Ocidente do que nos, os convertidos russos. Como Tomé, to
camos de maneira concreta e vislvel as chagas e a imortalidade do Cristo.
Experimentamos Deus, compreendemos que Ele é real mais do que o
mundo que nos cerca.
Aqui (no Ocidente) n3o encontró quase ninguém que tenha feito a
mesma experiencia. Apesar de tudo, encontró verdadeiros fiéis" (p. 160).
(ContinuagSo da p. 288):
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"Nada além" (Krister Stendhal):
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"Disponho para vos o Reino, como o Pai o dispós para mlm, a fim
de que comáis e bebáis á minha mesa em meu Reino..." (Le 22,29s).
Jesús também fala do céu, onde os discípulos devem juntar seu te-
souro (cf. Mt 6,19-21), onde seus nomes se acham inscritos (cf. Le 10,20),
onde urna recompensa Ihes está reservada (cf. Mt 5,12).
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"A promessa feita a nossos país, Deus a realizou plenamente para nos,
seus fílhos, ressuscitando Jesús" (At 13.32s).
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15J33-15:
15.16-19:
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"Em nos o homem exterior se encaminha para a sua ruina" (A, 16).
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"Por mais imprecisa que seja a expressáo 'estar com o Senhor', esta
indicacéo excluí a perspectiva de urna ressurreicáo individual ¡mediatamente
depois da morte. Paulo nunca cessou de esperar a ressurreicáo geral para o
ñm dos tempos, como testemunha FI3.21 e, mais tarde aínda, O 3,4" (p. 78).
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A VIDA ETERNA NO NOVO TESTAMENTO 23
Passamos a
S. Breve comentario
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Cao para o fim dos tempos, de tal modo que, entre a morte do individuo e
a ressurreicáo final, a alma humana, que é espiritual, sobrevive sem cor-
po e usufrui da presenta beatífica do Senhor. Por ocasiáo da segunda
vinda de Cristo (parusia), seré re-unida ao corpo que Ihe compete, para
integrar o ser humano como tal. - Alias, a doutrina da ressurreicáo logo
após a morte jé foi explícitamente rejeitada pela Congregado para a
Doutrina da Fé numa Carta já publicada e comentada em PR 238/1979,
pp. 399-404; 275/1984, pp 266-273. Seria para desejar que, ñas escolas
católicas e na pregacáo de nossas igrejas, nao mais se propusesse tal
doutrina contraria ao ensinamento bíblico; a Missa de 7- dia é, sim,
a Missa da Esperanca, mas nao é a Missa da RessurreicSo.
5.2. Interrogacóes
b) entre 1Ts (51) e 2Cor (57) decorreram seis anos apenas. Ora este
prazo é breve demais para se falar de um "atraso" ou de adiamento
da parusia do Senhor. Parece artificial admitir em táo curto segmento a
evolucáo do pensamento paulino no tocante á sorte dos irmáos falecidos.
Cremos que o Apostólo foi fazendo naturalmente a slntese das doutrinas
da imortalidade natural da alma e da ressurreicáo dos corpos no fim dos
tempos.
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Ecos do Encontró de Assis (27/10/86):
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1. O problema
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2.1. "Deus quer que todos os homens sejam salvos" (ITm 2,3s)
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quanto vos ordenei. E eis que estou convosco todos os días até a consuma-
cáo dos séculos" (Mt 28,19s; cf. Me 16,15s).
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Por ¡sto Sao Pedro pode professar diante do Sinedrio: "Em ne-
nhum outro (se nao em Jesús) há salvacáo; com efeito, nao foi dado cu-
tro nome aos homens debaixo do céu, pelo qual possamos ser salvos"
<At4.12).
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"Nao podem salvarse aqueles que, sabendo que a Igreja Católica foi
fundada por Deus mediante Jesús Cristo como instítuicéo necessária, apesar
disto nao querem entrar nela ou nela perseverar" (Const. Lumen Gentium n-
14).
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O verbo subsiste ocorrente nos dois textos ácima quer dizer que
a Igreja de Cristo se encontra, com todos os seus elementos essenciais e
santificadores, na Igreja Católica confiada a Pedro e seus sucessores; ao
lado desta, existem comunidades eclesiais que possuem elementos da
Igreja (a Biblia, o Batismo, a oracio, o espirito de mortificacáo...), mas
nao os possuem todos; nelas a Igreja de Cristo so pode existir ¡mperfeita
ou incompleta.
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Declara o Concilio:
Exorta por feto seus filhos a que, com prudencia e amor, através do
diálogo e da cotaboracáo com os seguidores de outras religióes, testemu-
nhando sempre afee a vida cristas, reconhecam, mantenham e desenvotvam
os bens espirituais e moráis, como também os valores sódo-culturais que en
tre eles se encontram" (DeclaracSo Nostra Aetate nB2).
3. O Encontró de Assis
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Pontificia Comisséo "Justina e Paz":
Divida externa:
questáo crucial
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DfVIDA EXTERNA 37
O TEXTO DA SANTA SÉ
"3. ASSUMIR DE MODO SOLIDARIO AS RESPONSABILIDADES
DO FUTURO
6Cf. ibid., n. 90: "O principio da destinagSo universal dos bens, juntamente
com o da Iraternidade humana e sobrenatural, impóe aos países mais ricos
deveres para com os países pobres. Deveres que sao de sotidariedade na
ajuda aos países em desenvolvimento. de justica social, mediante urna revi-
sáo, em termos corretos, das relacóes comerciáis entre Norte e Sul e pela
promocéo de um mundo mais humano para todos."
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DÍVIDA EXTERNA 39
9lbid., n. 65.
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13A "fuga de capitais" racionáis para outros patees nao é específica ape
nas dos países em vías de desenvolvimento, mas tem conseqüéncías mais
graves para esses países, quando estáo endividados, sobretudo se a fuga de
capitais atinge somas consideráveis. Neste ámbito novo, o jubo moral deve
partir em primeiro lugar de urna anáüse profunda, antes de propor respostas.
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Para fazer frente ao grave desafio que aprésenla hoje a divida dos
pafses em desenvolvimento, a Igreja propóe a todos os homens de boa
vontade que abram a própria consciéncia a estas novas responsabilidades
(continua na p. 251)