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OHSAS 18002
SISTEMAS DE GESTÃO DE
SAÚDE OCUPACIONAL E SEGURANÇA
Diretrizes para a implementação da
especificação OHSAS 18001
OHSAS 18002 - V9 30 de novembro de 1999
ÍNDICE
PREFÁCIO
1 ESCOPO
2 REFERÊNCIAS
3 TERMOS E DEFINIÇÕES
4 ELEMENTOS DO SISTEMA DE GESTÃO DE SAÚDE
OCUPACIONAL E SEGURANÇA
4.1 REQUISITOS GERAIS
4.2 POLÍTICA DE SAÚDE OCUPACIONAL E SEGURANÇA
4.3 PLANEJAMENTO
4.3.1 Planejamento para identificação de situações de fatores de
risco, análise de riscos e controle de riscos
4.3.2 Requisitos legais e outros requisitos
4.3.3 Objetivos
4.3.4 Programa(s) de gestão de saúde ocupacional e segurança
4.4 IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO
4.4.1 Estrutura e responsabilidades
4.4.2 Treinamento, conscientização e competência
4.4.3 Consulta e comunicação
4.4.4 Documentação
4.4.5 Controle de documentos e dados
4.4.6 Controle operacional
4.4.7 Preparação e atendimento de emergência
4.5 VERIFICAÇÃO E AÇÃO CORRETIVA
4.5.1 Medição e monitoramento de desempenho
4.5.2 Acidentes, incidentes, não conformidades e ações corretivas e
preventivas
4.5.3 Registros e gestão de registros
4.5.4 Auditoria
4.6 ANÁLISE CRÍTICA PELA ADMINISTRAÇÃO
PREFÁCIO
Esta diretriz da Série de Avaliação de Saúde Ocupacional e Segurança (OHSAS), bem como a
OHSAS 18001 que a acompanha, Especificação para os sistemas de gestão de Saúde
Ocupacional e Segurança, foram desenvolvidas em resposta à urgente demanda por parte dos
clientes, de uma norma para o sistema de gestão de saúde ocupacional e segurança que sirva
como base para a avaliação e certificação de seus próprios sistemas de gestão.
A especificação OHSAS 18001 é compatível com as normas para sistemas de gestão ISO
9001:1994 (Qualidade) e ISO 14001:1996 (Meio Ambiente), para facilitar a integração dos
sistemas de gestão ambiental, da qualidade e de saúde ocupacional e segurança no caso da
organização assim o desejar.
A diretriz OHSAS 18002 foi estruturada para fornecer os requisitos específicos da OHSAS
18001 com as orientações relevantes. A numeração das cláusulas apresentadas na diretriz
OHSAS 18002 é equivalente à da especificação OHSAS 18001.
Esta diretriz OHSAS 18002 será revisada ou alterada sempre que for considerado apropriado.
As revisões serão feitas sempre que forem publicadas novas edições das normas ISO 9001 ou
ISO 14001 de forma a assegurar a compatibilidade entre esta especificação e as normas.
O conteúdo desta diretriz OHSAS 18002, bem como da especificação 18001 não poderá ser
publicado como sendo parte integrante de, ou por si só constituir normas internacionais.
Minuta NSAI SR 320 Recommendation for an Occupational Health and Safety (OH and S)
Management System
Minuta AS/NZ 4801 Occupational health and safety management systems - Specification
with guidance for use
Minuta BSI PAS 088 Occupational health and safety management systems
Série UNE 81900 de pré-normas sobre a prevenção de riscos ocupacionais
O processo de desenvolvimento empregado para a diretriz OHSAS 18002 está aberto para
outros patrocinadores que desejam elaborar tipos semelhantes de documentos em associação
com a BSI, desde que os referidos patrocinadores obedeçam às condições estabelecidas pela
BSI para esses documentos.
O conteúdo desta publicação não inclui todos os dispositivos necessários para a elaboração de
um contrato. É de responsabilidade do usuário assegurar que este documento seja empregado
de forma adequada.
A conformidade com esta publicação não confere imunidade com relação às obrigações legais.
1. Escopo
Esta diretriz da Occupational Health and Safety Assessment Series (OHSAS) apresenta
informações gerais sobre a aplicação da especificação OHSAS 18001, procurando explicar
seus princípios básicos. Para cada requisito da especificação OHSAS 18001, esta diretriz
apresenta a intenção existente por trás desse requisito, as considerações iniciais bem como
dados e documentos necessários para implementar a especificação e, finalmente, o resultado
esperado.
A diretriz OHSAS 18002 não apresenta novos requisitos além dos especificados na OHSAS
18001, nem dita regras obrigatórias para a implementação da especificação OHSAS 18001.
Esta diretriz tem como finalidade tratar da questão da saúde e segurança das pessoas no
trabalho, especificamente, não abordando a questão da segurança de produtos e serviços.
OHSAS 18001
1. Escopo
Esta especificação da Série de Avaliação de Saúde Ocupacional e Segurança (OHSAS) apresenta
os requisitos para o sistema de gestão de saúde ocupacional e segurança, para permitir à
organização controlar seus riscos de saúde ocupacional e segurança e melhorar seu desempenho.
Não dita os critérios específicos de desempenho em saúde ocupacional e segurança, nem
tampouco fornece especificações detalhadas para a criação de um sistema de gestão.
Esta norma é aplicável a qualquer organização que deseja:
a) estabelecer um sistema de gestão em saúde ocupacional e segurança para eliminar ou reduzir os riscos
aos quais empregados e outras partes interessadas possam estar expostos em seu trabalho;
b) implementar, manter e melhorar continuamente o sistema de gestão em saúde ocupacional e segurança;
c) certificar-se de que está em conformidade com sua política de saúde ocupacional e segurança;
d) demonstrar a referida conformidade a terceiros;
e) buscar a certificação de seu sistema de gestão de saúde ocupacional e segurança conferida por uma
organização internacional; ou
f) declarar estar em conformidade com esta especificação OHSAS.
Todos os requisitos desta especificação OHSAS devem ser incorporados em um sistema de gestão
de saúde ocupacional e segurança. A abrangência da aplicação dependerá de fatores tais como a
política de saúde ocupacional e segurança da organização, a natureza de suas atividades, bem
como os riscos e complexidade de suas operações.
Esta especificação OHSAS trata da questão da saúde ocupacional e segurança, não abrangendo a
segurança dos produtos e serviços.
2. Referências
3. Termos e Definições
3.1 acidente
evento indesejável que resulta em morte, doença, lesão, dano ou outras perdas.
3.2 auditoria
exame sistemático para determinar se as atividades e os respectivos resultados estão de acordo
com os planos estabelecidos e se esses planos foram implementados efetivamente e se são
adequados para a política da empresa e para atingir seus objetivos (veja item 3.9)
3.6 incidente
evento que resultou em acidente ou que teve o potencial de resultar em acidente.
Nota: um incidente onde não ocorra doença, lesão, danos ou outras perdas também é
denominado “quase acidente”. O termo “incidente” inclui “quase acidentes”.
3.9 objetivos
metas que a organização estabelece para si própria com relação ao seu desempenho em saúde
ocupacional e segurança.
Nota: Os objetivos devem ser quantificados sempre que for possível.
3.12 organização
companhia, corporação, firma, empresa, instituição ou associação, ou parte da mesma, seja
sociedade anônima ou não, pública ou privada, que tem suas próprias funções e
administração.
Nota: Para organizações com mais de uma unidade operacional, somente uma das divisões
poderá ser definida como organização.
3.13 desempenho
os resultados mensuráveis do sistema de gestão de saúde e segurança relativos ao controle dos
riscos de saúde e segurança da organização, baseado em sua política e objetivos de saúde
ocupacional e segurança.
Nota: A medição do desempenho inclui a avaliação das atividades e resultados da gestão de
saúde ocupacional e segurança.
3.14 risco
combinação da possibilidade e conseqüência(s) de um determinado evento fatores de riscos
ocorrer.
3.16 segurança
isenção de risco de dano inaceitável (Guia ISO/IEC 2)
Notas:
1) Alguns documentos de referência, inclusive a norma BS 8800, empregam o termo “análise de
riscos” (“risk assessment”) para englobar todo o processo de identificação de situações de fatores
b) Intenção
A organização deve estabelecer e manter um sistema de gestão que atenda a todos os requisitos
da especificação OHSAS 18001:1999.
A organização tem a liberdade e flexibilidade de definir suas fronteiras e pode optar por
implementar a especificação OHSAS 18001 tanto no âmbito da empresa como um todo, como
em áreas operacionais específicas da organização. No caso de ser implementada somente em
uma determinada área ou atividade operacional, as políticas e procedimentos desenvolvidos por
outros setores da organização podem ser empregados para atender aos requisitos da
especificação OHSAS 18001 e os requisitos regulamentares, desde que se apliquem à área ou
atividade operacional específica que vai ser analisada em função da especificação. O nível de
detalhe e complexidade do sistema de gestão de saúde ocupacional e segurança, o volume de
documentos e os recursos dedicados dependerão do porte da organização e da natureza de suas
atividades.
c) Dados/Documentos/Considerações Iniciais:
d) Resultado esperado
Política
Análise crítica
pela administração
Planejamento
a) Requisito:
Deverá haver uma política de saúde ocupacional e segurança autorizada pela alta
administração da organização, que declare claramente os objetivos globais de saúde e
segurança e o compromisso de melhorar seu desempenho nessa área.
A política deverá:
a) ser adequada à natureza e escala dos riscos de saúde ocupacional e segurança da organização;
b) incluir o compromisso da melhoria contínua;
c) incluir o compromisso de cumprir com a legislação e regulamentos em vigor referentes a saúde
ocupacional e segurança e com outros requisitos com os quais a organização se comprometa;
d) ser devidamente documentada, implementada e mantida;
e) ser divulgada a todos os empregados para que se conscientizem de suas obrigações pessoais com
relação à saúde ocupacional e segurança;
f) estar disponível às partes interessadas, e
g) ser revista periodicamente para assegurar que permaneça relevante e apropriada para a
organização.
b) Intenção
A política de saúde ocupacional e segurança indica a direção a ser seguida e dita os princípios
de atuação da organização. Estabelece os objetivos referentes ao nível de responsabilidade e
desempenho em saúde ocupacional e segurança a ser alcançado em toda a organização.
Demonstra o compromisso formal da organização, em particular da alta administração, de
realizar uma boa gestão de saúde ocupacional e segurança.
NOTA: A política de saúde ocupacional e segurança deve ser compatível com as políticas
gerais da organização e com seus sistemas de gestão ambiental e da qualidade.
c) Dados/documentos/considerações iniciais
d) Processo
Para que seja bem formulada e divulgada de forma eficaz, a política de saúde ocupacional e
segurança deverá:
A política de saúde ocupacional e segurança deve ser consistente com a visão de futuro da
organização. Deve ser realista e jamais superestimar a natureza dos riscos enfrentados pela
organização, nem tampouco subestimá-los.
O planejamento e a preparação adequada são a chave para uma implementação bem sucedida.
Freqüentemente a declaração da política de saúde ocupacional e segurança, ou seus objetivos
não são realistas pois não dispõem de recursos adequados ou apropriados para efetivá-los.
Antes de fazer qualquer declaração pública, a organização deve ter certeza de que dispõe da
verba, da capacitação e dos recursos necessários, e que todos os objetivos de saúde
ocupacional e segurança são perfeitamente atingíveis de forma realista e dentro dessa estrutura.
Para que a política de saúde ocupacional e segurança seja eficaz, deve ser devidamente
documentada e periodicamente revisada para que se mantenha atualizada.
O envolvimento e o compromisso dos empregados é vital para garantir um bom nível de saúde
e segurança na organização.
Os empregados devem estar cientes dos efeitos da gestão da saúde ocupacional e segurança
sobre a qualidade de seu próprio ambiente de trabalho e devem ser incentivados a contribuir
ativamente com essa gestão.
Para que possam contribuir efetivamente para o sucesso da gestão de saúde ocupacional e
segurança, os empregados de todos os níveis hierárquicos, inclusive os de nível de chefia,
devem estar plenamente cientes de suas responsabilidades e ter competência para realizar suas
tarefas.
Para isso, é necessário que a organização divulgue de forma clara e eficaz suas políticas e
objetivos de saúde ocupacional e segurança, para que cada empregado tenha recursos para
medir seu próprio desempenho nessa área.
NOTA: Muitos países têm leis e regulamentos referentes a saúde ocupacional e segurança, que
demandam consulta e participação dos empregados nos sistemas de gestão de saúde e
segurança de suas organizações.
Sempre que forem feitas alterações, as mesmas devem ser comunicadas às partes interessadas o
mais rápido possível.
e) Resultado esperado:
4.3 Planejamento
Política
Implementação e operação
Figura 3 - Planejamento
a) Requisito:
• ser definida em seu escopo, natureza e prazo para assegurar que seja pró-ativa em vez de reativa;
• providenciar a classificação dos riscos e a identificação daqueles que serão eliminados ou
controlados por ações conforme definidas nos itens 4.3.3 e 4.3.4;
• ser consistente com a experiência operacional e as capacidades das medidas de controle de risco
empregadas;
• fornecer dados para a determinação das demandas das instalações, identificação de necessidades
de treinamento e/ou desenvolvimento de controles operacionais;
• dar monitoramento das ações necessárias para assegurar a eficácia e pontualidade de sua
implementação.
b) Intenção
A complexidade dos processos mencionados acima depende, em grande parte, de fatores tais
como o tamanho da organização, as situações do local de trabalho dentro da organização, e a
natureza, complexidade e dimensão dos fatores de riscos. Não se pretende, com a
especificação OHSAS 18001:1999, em sua cláusula 4.3.1., forçar pequenas empresas que
tenham um número muito restrito de situações de fatores de risco, a tomar medidas complexas
de identificação de situações de fatores de risco, análise e controle de riscos.
O objetivo desta diretriz é estabelecer os princípios pelos quais a organização pode avaliar se
um determinado processo de identificação de situações de fatores de risco, análise de risco e
controle de risco é adequado e suficiente, e não fazer recomendações sobre como essas
atividades devem ser conduzidas.
Esses processos devem levar em conta o custo e o tempo necessário para realizá-los, e a
disponibilidade de dados confiáveis. Para esses processos, pode-se utilizar informações que já
tenham sido reunidas para fins de atendimento a requisitos legais ou outros fins. A organização
também pode considerar o grau de controle prático que deve ter sobre os riscos de saúde
ocupacional e segurança que estão sendo considerados. A organização deve determinar quais
são os riscos de saúde ocupacional e segurança, levando em conta os dados e documentos
disponíveis e as considerações a serem feitas, bem como os resultados relativos às suas
atividades, processos, produtos e/ou serviços atuais ou que foram relevantes no passado.
Uma organização que não dispõe de um sistema de gestão em saúde ocupacional e segurança
pode estabelecer sua posição atual com relação aos riscos de saúde ocupacional e segurança
por meio de uma análise inicial. O objetivo é considerar todos os riscos de saúde ocupacional e
segurança enfrentados pela organização como base para estabelecer o sistema de gestão. Na
análise inicial, a organização deve considerar os seguintes itens (não necessariamente se
limitando aos mesmos):
Convém enfatizar, aqui, que a análise inicial não substitui a implementação da abordagem
sistemática estruturada mencionada na cláusula 4.3.1.
c) Dados/documentos/considerações iniciais
• Requisitos legais e outros requisitos referentes a saúde ocupacional e segurança (veja cláusula
4.3.2);
• Política de saúde ocupacional e segurança (veja cláusula 4.2);
• Registros de incidentes e acidentes;
• Não-conformidades (veja cláusula 4.5.2);
• Resultados de auditorias no sistema de gestão de saúde ocupacional e segurança (veja cláusula
4.5.4);
• Comunicações de empregados e outras partes interessadas (veja cláusula 4.4.3);
• Informações provenientes de consultas, análises e melhorias dos empregados em saúde e segurança
no trabalho (essas atividades podem ser de natureza reativa ou pró-ativa);
• Informações sobre as melhores práticas, típicas situações de fatores de risco relacionadas à
organização, incidentes e acidentes ocorridos em organizações similares;
• Informações sobre as instalações, processos e atividades da organização, inclusive:
• detalhes de procedimentos de controle de mudança;
• plantas ;
• fluxogramas de processo;
• estoque de materiais de alto risco (matérias-primas, produtos químicos, rejeitos, produtos,
subprodutos);
• toxicologia e outros dados de saúde e segurança;
• dados de monitoramento (veja cláusula 4.5.1);
• dados ambientais no local de trabalho.
d) Processo
Esses processos variam consideravelmente de empresa para empresa, desde simples avaliações
até análises complexas com grandes volumes de documentos. Cabe à organização planejar
esses processos conforme suas necessidades, as situações encontradas no ambiente de trabalho,
e ficar em conformidade com os requisitos legais.
• avaliação se as medidas de controle de risco são suficientes para reduzir o risco a um nível
tolerável.
A revisão também deve ser feita quando mudanças dentro da organização põem em questão a
validade das análises existentes. Essas mudanças podem ser:
e) Dados/documentos/considerações iniciais:
a) Requisito
A organização deverá estabelecer e manter um procedimento para identificar e ter acesso aos
requisitos legais e outros requisitos aplicáveis à organização.
A organização deverá manter esse registro atualizado. Deverá divulgar a seus empregados e
outras partes interessadas, as informações relevantes sobre requisitos legais e outros requisitos
b) Intenção
A organização precisa estar consciente e compreender como suas atividades são ou serão
afetadas pelos requisitos legais aplicáveis e outros requisitos, e divulgar essa informação às
pessoas relevantes.
c) Dados/documentos/considerações iniciais:
d) Processo
e) Resultados esperados
4.3.3 Objetivos
a) Requisito
b) Intenção
c) Dados/documentos/considerações iniciais:
d) Processo
O pessoal do nível hierárquico adequado deverá fazer reuniões periódicas (pelo menos uma vez
por ano), para estabelecer os objetivos de saúde e segurança.
Devem ser definidos indicadores adequados para cada objetivo de saúde e segurança. Esses
indicadores devem servir para monitorar a implementação dos objetivos.
Os objetivos de saúde ocupacional e segurança devem ser razoáveis e atingíveis de forma que a
organização tenha habilidade de alcançá-los e monitorar seu progresso. Deve ser definido um
prazo razoável e realista para a realização de cada objetivo de saúde e segurança.
e) Resultados esperados
a) Requisito
b) Intenção
A organização deve procurar atingir sua política e objetivos de saúde ocupacional e segurança
estabelecendo um ou mais programas nessa área. Para isso, é necessário desenvolver
estratégias e planos de ações, os quais devem ser devidamente documentados e divulgados. O
progresso dessa busca em alcançar os objetivos deve ser monitorado, revisado e registrado, e
as estratégias e planos devem ser atualizadas ou alteradas conforme necessário.
c) Dados/documentos/considerações iniciais
d) Processo
O programa de gestão de saúde ocupacional e segurança deve identificar os indivíduos que são
responsáveis por lançar os objetivos de saúde ocupacional e segurança em cada nível relevante.
Também deve identificar as várias tarefas de devem ser implementadas para atingir cada
objetivo.
Deve permitir a distribuição das responsabilidades e autoridades adequadas para cada tarefa e
fixar prazos para cada uma visando cumprir o prazo global estabelecido para o objetivo.
Também deve possibilitar a distribuição de recursos (financeiros, humanos, equipamentos,
logística) para cada tarefa.
e) Resultados esperados
Planejamento
b) Intenção
Para facilitar a gestão eficaz da saúde ocupacional e segurança, é necessário que os papéis,
responsabilidades e autoridades sejam definidas, documentadas e divulgadas, e que sejam
providenciados os recursos adequados para possibilitar a realização das tarefas.
c) Dados/documentos/considerações iniciais:
• Organograma
• Resultados da identificação de situações de fatores de risco, análise de riscos e controle de riscos
• Objetivos da saúde ocupacional e segurança
• Requisitos legais e outros requisitos
• Descrições de cargos
• Listagem de pessoal qualificado
d) Processo
1) Visão geral
Essas definições podem, entre outras, ser requisitadas para os seguintes níveis hierárquicos:
Caso a organização opte por emitir descrições de cargos contendo outros aspectos dos papéis e
responsabilidades dos empregados, então as responsabilidades referentes a saúde ocupacional e
segurança devem ser incluídas nessas descrições de cargos.
7) Recursos
A administração deve garantir a disponibilidade dos recursos adequados para manter um local
de trabalho seguro, através de equipamentos, recursos humanos, capacitação e treinamento.
Os recursos são considerados adequados quando são suficientes para realizar as atividades e
programas de saúde ocupacional e segurança, inclusive a medição e monitoramento do
desempenho. Para organizações que já tenham estabelecido um sistema de gestão de saúde
ocupacional e segurança, a adequação dos recursos pode ser, no mínimo, parcialmente avaliada
comparando-se a realização planejada dos objetivos com os resultados reais.
8) Compromisso da administração
As gerências devem dar uma demonstração clara de seu compromisso com a saúde ocupacional
e segurança. Para isso, devem fazer visitas e inspeções nos locais, participar de investigações
de acidentes e fornecer recursos para implementar medidas corretivas, bem como participar de
reuniões de saúde ocupacional e segurança e emitir mensagens de apoio.
e) Resultados esperados
a) Requisito
Os empregados devem ser competentes para realizar as tarefas que afetam a saúde e
segurança no trabalho. A competência deverá ser definida em termos de educação,
treinamento adequado e/ou experiência.
Deverá estabelecer e manter procedimentos para conscientizar seus empregados que
trabalham em funções e níveis relevantes sobre:
1. A importância de estar em conformidade com a política e os procedimentos de saúde ocupacional e
segurança e com os requisitos do sistema de gestão de saúde ocupacional e segurança;
b) Intenção
A organização deverá ter procedimentos eficazes para assegurar a competência de seu pessoal
para realizar suas funções específicas.
c) Dados/documentos/considerações iniciais
d) Processo
É preciso que se avalie a eficácia do treinamento e o nível de competência obtido. Isso pode
envolver uma análise como parte do exercício de treinamento, e/ou verificações em campo para
averiguar se o nível de competência desejado foi atingido ou monitorar o impacto a longo
prazo do treinamento dado.
e) Resultados esperados
a) Requisito
b) Intenção
c) Dados/documentos/considerações iniciais:
d) Processo
• consultas sobre mudanças que afetam a saúde e a segurança no ambiente de trabalho, tais como a
introdução de equipamentos, materiais, produtos químicos, tecnologias, processos, procedimentos
ou padrões de trabalho novos ou modificados.
e) Resultados esperados
4.4.4 Documentação
a) Requisito
b) Intenção
c) Dados/documentos/considerações iniciais:
• Detalhes dos sistemas de documentação e informação desenvolvidos pela organização para dar
suporte ao sistema de gestão e atividades de saúde ocupacional e segurança, e atender aos
requisitos da especificação OHSAS 18001:1999.
• Responsabilidades e autoridades
• Informações sobre os locais onde essa documentação e informações serão usadas, restrições
devido à natureza física da documentação, ou o uso de meios eletrônicos ou outros meios para
acessá-las.
d) Processo
• as responsabilidades e autorizações dos usuários dos documentos e informações, pois isso pode
levar a considerar o grau de sigilo e acesso que deve ser imposto, particularmente com relação às
informações por meio eletrônico, e a mudar os controles (veja cláusula 4.4.5).
• de que forma será usada essa documentação e o ambiente em que será usada, pois pode ser
necessário rever o seu formato original. Deve ser também levada em consideração a utilização de
equipamentos eletrônicos para os sistemas de informação.
e) Resultados esperados
a) Requisito
b) Intenção
c) Dados/documentos/considerações iniciais:
• Detalhes sobre os sistemas de dados e documentos gerados pela organização para dar suporte ao
seu sistema de gestão e atividades de saúde ocupacional e segurança, e para atender aos requisitos
da especificação OHSAS 18001:1999.
• Detalhes sobre as responsabilidades e autoridades
d) Processo
Procedimentos por escrito devem definir os controles para identificar, aprovar, emitir e remover
documentos referente a saúde ocupacional e segurança, juntamente com o controle de dados
(conforme os requisitos da cláusula 4.4.5 da especificação OHSAS 18001). Esses
procedimentos devem definir claramente as categorias de documentos e os dados para os quais
se aplicam.
Todos os documentos e dados devem estar disponíveis e ser de fácil acesso quando necessários,
seja em situações de rotina, fora de rotina, ou em casos de emergência. Por exemplo, plantas
da usina, folhas de dados sobre materiais perigosos, bem como procedimentos e instruções
devem estar acessíveis para o pessoal da área industrial, e para todos os que possam precisar
desses documentos em caso de emergência.
e) Resultados esperados
a) Requisito
b) Intenção
A organização deverá estabelecer e manter meios para garantir a aplicação efetiva das medidas
necessárias para controlar os riscos operacionais, atender à política e aos objetivos de saúde e
segurança, e ficar em conformidade com os requisitos legais e outros requisitos.
c) Dados/documentos/considerações iniciais:
d) Processo
Inclui:
• identificação de tarefas de alto risco;
• pré-determinação e aprovação de métodos de trabalho;
• pré-qualificação de pessoal para executar tarefas de alto risco;
• sistemas de permissão de trabalho e procedimentos de controle de entrada e saída de pessoas nas
áreas onde há situações de fatores de risco.
3) Materiais perigosos
Inclui:
• identificação de materiais e locais de estoque;
• recursos para estocagem segura e controle de acesso;
• geração de dados de segurança de material e outras informações relevantes e acesso às mesmas.
Inclui:
• aprovisionamento, controle e manutenção da área industrial e equipamentos da organização;
• fornecimento, controle e manutenção de equipamentos de proteção individual;
• segregação e controle de acesso;
• inspeção e testes em equipamentos de segurança e sistemas de alta integridade, tais como:
e) Resultados esperados
• Procedimentos
• Instruções de trabalho
a) Requisito
b) Intenção
c) Dados/documentos/considerações iniciais
d) Processo
Os exercícios de simulação de emergência visam testar a eficácia das partes mais críticas do
plano de emergência e conferir se o processo de planejamento de emergência é completo.
Embora os exercícios teóricos possam ser úteis na fase de planejamento, os exercícios práticos
devem ser os mais realistas possíveis para serem eficazes e exigem um alto grau de
detalhamento das simulações de incidentes.
Os resultados dos exercícios práticos de emergência devem ser avaliados e quaisquer mudanças
que sejam necessárias deverão ser feitas.
1) Plano de emergência
O plano de emergência deve delinear as medidas a serem tomadas ao surgir uma situação de
emergência e deve incluir o seguinte:
• identificação de acidentes e situações de emergência potenciais;
• identificação da pessoa que estará no comando na situação de emergência;
• detalhes dos procedimentos a serem tomados pelas pessoas durante a situação de emergência,
inclusive as ações de pessoas que não sejam da empresa, tais como contratadas ou visitantes, que
estejam no local na hora da emergência (por exemplo, sua transferência para locais seguros);
• responsabilidade, autoridade e deveres das pessoas com funções específicas durante a situação de
emergência (por exemplo, pessoal de brigada contra incêndio, pessoal de primeiros socorros,
especialistas em vazamentos nucleares e derramamento de produtos tóxicos, etc.);
• procedimentos de evacuação;
• identificação e localização de materiais perigosos e medidas de emergência necessárias;
• interface com os serviços externos de emergência;
• comunicação com os órgãos públicos;
• comunicação com as comunidades vizinhas e o público;
• proteção de registros e equipamentos vitais para a organização;
• disponibilidade das informações necessárias durante a emergência, tais como plantas, desenhos,
dados sobre materiais perigosos, procedimentos, instruções de trabalho e telefones de contato.
2) Equipamentos de emergência
• sistemas de alarme;
• iluminação e energia de emergência;
• meios de fuga;
• refúgios;
• válvulas de isolamento, chaves e sistemas de desativamento;
• extintores de incêndio;
• equipamentos de primeiros socorros (inclusive chuveiros de emergência, locais para enxágüe dos
olhos, etc.);
• instalações para comunicação.
3) Exercícios práticos
Quando for apropriado e possível, deve-se incentivar a participação de órgãos externos nesses
exercícios.
e) Resultados esperados
Implementação e operação
b) Intenção
c) Dados/documentos/considerações iniciais:
d) Processo
• o monitoramento pró-ativo deve ser usado para verificar a conformidade com as atividades de
saúde e segurança da organização, por exemplo, monitorando a freqüência e eficácia das inspeções
feitas nessa área;
• o monitoramento reativo deve ser usado para investigar, analisar e registrar falhas no sistema de
gestão de saúde ocupacional e segurança - inclusive acidentes, incidentes (inclusive quase
acidentes), e casos de insalubridade e danos materiais.
Normalmente, tanto os dados de monitoramento pró-ativo como reativo são usados para
determinar se os objetivos de saúde e segurança foram alcançados (veja norma BS 8800,
anexos E 3.2. e E.3.3 para maior orientação).
2) Técnicas de medição
A seguir são apresentados exemplos de métodos que podem ser usados para medir o
desempenho de saúde e segurança:
A organização deve decidir o que é preciso monitorar e com que freqüência baseado no nível de
risco (veja cláusula 4.3.1). A freqüência das inspeções nas instalações e maquinário podem ser
estabelecidas por lei, como no caso de usinas a vapor, equipamentos de içamento, etc.). Como
parte integrante do sistema de gestão de saúde ocupacional e segurança, deve ser elaborado um
programa de inspeção baseado nos resultados dos processos de identificação de situação de
fatores de risco e análise de risco, na legislação e nas regulamentações.
3) Inspeções
Equipamentos. Deve ser feito um inventário por pessoal relevante (ou terceiros), de todos os
equipamentos sujeitos a inspeções técnicas ou conforme exigidas por lei - usando um único tipo
de identificação para todos os itens. Tais equipamentos devem ser inspecionados conforme
exigido e devem constar dos programas de inspeção.
Registros das inspeções. Deve ser mantido um registro de cada inspeção de saúde e segurança
realizada. Esse registro deve indicar se os procedimentos de saúde e segurança - documentados
ou não - estão sendo seguidos adequadamente. Os registros de inspeções, visitas, pesquisas e
auditorias no sistema de gestão devem ser amostrados a fim de identificar as causas básicas
das não conformidades e situações repetitivas de fatores de risco, devendo ser tomadas as
medidas de prevenção que se fizerem necessárias. As condições que não atendem aos padrões ,
situações de insegurança e itens identificados durante as inspeções devem ser registrados como
não conformidades e submetidos a uma análise de risco , devendo ser corrigidos conforme o
procedimento de não conformidade.
4) Equipamentos de medição
Quando for requisitado, deverá ser devidamente documentado um esquema de calibração para
os equipamentos de medição. Esse esquema deverá indicar:
Devem ser feitos registros para todas as calibrações, serviços de manutenção e resultados.
Esses registros devem conter os detalhes das medições antes e depois dos ajustes.
Cada equipamento de medição deve ter algum tipo de marcação indicando seu estado de
calibração. Os equipamentos de medição que não dispõem de identificação ou que não estejam
calibrados não devem ser usados. Devem, além disso, ser retirados de circulação, devidamente
etiquetados ou de outra forma identificados para evitar que sejam usados por engano. Essa
marcação deverá ser feita conforme procedimentos por escrito. Esses procedimentos devem
incluir a identificação do estado de precisão do produto. Deve ser emitido um documento de
não conformidade indicando as medidas tomadas. Os procedimentos devem indicar que deve
ser montado um plano de ação caso seja descoberto algum equipamento não calibrado.
Quaisquer técnicas estatísticas ou outras técnicas analíticas teóricas empregadas para analisar
uma situação, investigar um incidente ou uma falha, ou para auxiliar em uma tomada de
decisão com relação à saúde e segurança da organização devem estar baseadas em princípios
científicos. A pessoa designada pela administração deve certificar-se de que a necessidade de
tais técnicas seja devidamente identificada. Quando for apropriado, devem ser traçadas
diretrizes para seu uso, juntamente com as circunstâncias nas quais elas são apropriadas.
e) Resultados esperados
a) Requisito
Esses procedimentos deverão exigir que todas as ações corretivas e preventivas propostas
sejam analisadas através do processo de análise de risco antes de serem implementadas.
Quaisquer ações corretivas ou preventivas aplicadas para eliminar as causas de não
conformidade reais ou potenciais devem ser adequadas à dimensão dos problemas e
compatíveis com o risco de saúde ocupacional e segurança encontrado.
A organização deverá implementar e registrar quaisquer mudanças nos procedimentos
documentados resultantes de ação corretiva ou preventiva.
b) Intenção
c) Dados/documentos/considerações iniciais:
• Plano de emergência;
• Relatórios de identificação de situação de fatores de risco, análise de risco e controle de risco;
• Relatórios de auditoria do sistema de gestão de saúde ocupacional e segurança, inclusive relatórios
de não conformidade;
• Relatórios de acidentes, incidentes e/ou situações de fatores de risco;
• Relatórios de manutenção e serviços.
d) Processo
1) Procedimentos
i) Geral
As ações imediatas a serem tomadas ao deparar com uma não conformidade, um acidente,
incidente ou situação de fatores de risco devem ser do conhecimento de todas as partes. Os
procedimentos devem:
iii) Registro
Deve ser empregado o meio adequado para registrar as informações fatuais e os resultados da
investigação imediata e da investigação detalhada feita posteriormente. A organização deve
assegurar que sejam seguidos os procedimentos para:
iv) Investigação
Os procedimentos devem definir de que forma o processo de investigação deve ser conduzido.
Os procedimentos devem identificar o seguinte:
• os tipos de eventos a serem investigados (tais como incidentes que podem levar a sérios danos);
• o objetivo das investigações;
• quem deve investigar, a autoridade das pessoas que conduzirão a investigação e as qualificações
necessárias (inclusive da gerência, quando for apropriado);
• identificação da causa da não-conformidade;
• preparativos para entrevistas com testemunhas;
• questões práticas, tais como disponibilidade de câmaras fotográficas e meios para armazenar
provas;
• preparativos para confeccionar relatórios de investigação, inclusive requisitos legais.
As pessoas envolvidas no processo de investigação devem fazer uma análise preliminar dos
fatos enquanto colhem mais informações. A coleta e análise de dados deve continuar até que se
obtenha uma explicação completa e suficiente para o fato.
v) Ação corretiva
Ações corretivas são as medidas que são tomadas para eliminar a causa (ou causas) de não
conformidades identificadas, acidentes, incidentes, de forma a evitar sua recorrência. A seguir
são apresentados alguns exemplos de elementos que devem ser considerados ao estabelecer e
manter um procedimento para ações corretivas:
vii) Follow-up
As ações corretivas e preventivas tomadas devem ser permanentes e eficazes, sendo que essa
eficácia deverá ser verificada. Quaisquer ações pendentes ou que não tenham sido
providenciadas devem ser reportadas à alta administração o quanto antes.
Os acidentes que envolvem danos materiais requerem atenção especial, pois os registros de
reparos efetuados em bens materiais podem ser indicadores de danos causados por algum
acidente ou incidente não notificado.
Os dados e informações sobre acidentes e doenças são vitais, pois podem ser indicadores
diretos do desempenho da saúde e segurança. Todavia, ao utilizar esses dados e informações,
deve-se levar em consideração os seguintes fatores:
• a maioria das organizações reporta poucos acidentes pessoais ou casos de doenças resultantes da
atividade profissional, os quais não são suficientes para distinguir as tendências reais dos efeitos
aleatórios;
• se um mesmo número de pessoas trabalha mais no mesmo tempo, a maior carga de trabalho, por
si só, pode contar como um aumento nas taxas de acidente;
• a taxa de absenteísmo relacionada a acidentes com perda de tempo ou doença resultante da
atividade profissional pode ser influenciada por fatores diversos, tais como, moral baixa,
desestímulo devido à atividade monótona, e problemas de relacionamento entre chefe e
subordinado;
• as ocorrências de acidentes podem ser, ora reportadas a menos, ora a mais. A freqüência dessas
notificações varia, mas com uma maior conscientização dos empregados e com sistemas mais
desenvolvidos de notificação e registro de acidentes, essa freqüência pode melhorar;
• haverá um atraso entre a ocorrência da falha no sistema de gestão e os efeitos nocivos dessa
falhas. Além disso, muitas doenças ocupacionais têm um período de latência muito longo. Não se
deve esperar até que ocorra o dano para avaliar se o sistema de gestão está funcionando.
É preciso tirar as conclusões e implementar a ação corretiva. Pelo uma vez ao ano essa análise
deve circular aos membros da alta administração e ser incluída na análise crítica. (veja
cláusula 4.6).
4) Manutenção de registros
A manutenção de registros pode tanto ser uma tarefa rápida, envolvendo um mínimo de
planejamento formal, como também pode ser complexa e de longo prazo. A documentação
deve ser compatível com o nível de ação corretiva envolvida.
A organização deve manter um registro de todos os acidentes. Os incidentes que têm potencial
para resultar em conseqüências significativas para a saúde e segurança da organização também
devem ser incluídos. Geralmente, esses registros são exigidos por lei.
e) Resultados esperados
a) Requisito
b) Intenção
Devem ser mantidos registros para demonstrar que o sistema de gestão de saúde ocupacional e
segurança é eficaz e que os processos são realizados em condições seguras. Devem ser
preparados relatórios de saúde ocupacional e segurança que documentem o sistema de gestão e
a conformidade com os requisitos. Esses relatórios devem ser legíveis, devidamente
identificados e mantidos em arquivo.
c) Dados/documentos/considerações iniciais:
• registros de treinamentos;
• relatórios de inspeção de saúde ocupacional e segurança;
• relatórios de auditoria do sistema de gestão de saúde ocupacional e segurança;
• consultas;
• relatórios de acidentes/incidentes;
• relatórios de acompanhamento de acidentes/incidentes;
• minutas de reuniões sobre saúde ocupacional e segurança;
• exames médicos;
• vigilância de saúde;
• questões sobre equipamentos de proteção individual (EPI) e registros de manutenção de EPIs;
• exercícios de atendimento de emergência;
• análises críticas pela administração;
• registros de processos de identificação de situação de fatores de risco, análise de risco e controle
de risco.
d) Processo
• a pessoa que tem autonomia para eliminar arquivos de saúde ocupacional e segurança;
• o grau de sigilo dos arquivos de saúde ocupacional e segurança;
• os requisitos legais e outros requisitos de manutenção de arquivos de saúde ocupacional e
segurança;
• questões sobre o uso de arquivos eletrônicos.
e) Resultados esperados
4.5.4 Auditoria
Nota: a palavra “independente”, no contexto acima, não significa necessariamente uma pessoa
de fora da organização.
b) Intenção
c) Dados/documentos/considerações iniciais:
d) Processo
1) Auditorias
Obs.: Os princípios gerais e a metodologia descrita nas normas ISO 10011-1, ISO 10011-2,
ISO 10011-3, ISO 14010, ISO 14012 ou BS 8800:1996, anexo F, são apropriados para a
realização de auditorias no sistema de gestão.
2) Programação
Deve ser feito um plano anual para realizar auditorias internas no sistema de gestão de
saúde ocupacional e segurança. Essas auditorias devem abranger toda a operação que está
sujeita ao sistema de gestão, e avaliar a conformidade com a especificação OHSAS 18001.
A freqüência e abrangência das auditorias deve ser em função dos riscos associados com a
falha dos vários elementos do sistema de gestão, dos dados disponíveis sobre o desempenho
do sistema de gestão, do resultado de análises críticas pela administração e até que ponto o
sistema de gestão ou o ambiente no qual ele funciona estão sujeitos a mudanças.
4) Auditores
As auditorias podem ser realizadas por uma ou mais pessoas. O trabalho em equipe
estimula o envolvimento das pessoas e sua contribuição, e possibilita o aproveitamento de
uma variedade maior de experiências e capacitações.
O auditor deve ser independente da área ou atividade da organização que será auditorada.
O auditor deve compreender sua tarefa e ter competência para realizá-la. Deve ter
experiência e conhecimento das normas e sistemas relevantes que está auditorando para
permitir avaliar o desempenho e identificar as deficiências. O auditor deve estar
familiarizado com os requisitos da legislação vigente, devendo, também, ter conhecimento e
acesso às normas e diretrizes relevantes ao trabalho no qual está envolvido.
6) Resultados da auditoria
O conteúdo do relatório final da auditoria no sistema de gestão deve ser claro, preciso e
completo. O relatório deve ser devidamente datado e assinado pelo auditor. Dependendo do
caso, deve conter os seguintes elementos:
Os resultados das auditorias no sistema de gestão de saúde ocupacional e segurança devem ser
apresentados a todas as partes relevantes tão logo seja possível, para que sejam tomadas as
devidas ações corretivas. Deve ser elaborado um plano de ação das medidas corretivas
As informações contidas nos relatórios de auditoria do sistema de gestão devem ser tratadas
como confidenciais.
e) Resultados esperados
Análise crítica
Fatores Fatores
internos pela externos
administração
Política
a) Requisito
b) Intenção
c) Dados/documentos/considerações iniciais:
• Estatísticas de acidentes
• Resultados de auditorias internas e externas no sistema de gestão de saúde ocupacional e
segurança
• Ações corretivas realizadas no sistema desde a última revisão
• Relatórios de emergências (reais ou simuladas)
• Relatório da pessoa designada pela alta administração sobre o desempenho global do sistema
• Relatórios de gerentes sobre a eficácia do sistema em sua área específica
• Relatórios dos processos de identificação de situação de fatores de risco, análise de risco e
controle de risco
d) Processo
A alta administração deve fazer análises regularmente (anualmente, por exemplo). A análise
deve dar enfoque no desempenho global do sistema de gestão, e não nos detalhes, uma vez que
os detalhes podem ser tratados pelos meios normais dentro do sistema de gestão.
A pessoa designada pela alta administração deve apresentar na reunião o desempenho global do
sistema de gestão de saúde ocupacional e segurança.
Análises parciais do desempenho do sistema de gestão devem ser feitas a intervalos mais curtos
quando necessário.
e) Resultados esperados
• Minuta da análise
• Revisão da política e objetivos de saúde ocupacional e segurança
• Ações corretivas específicas para gerentes, com prazos para conclusão
• Ações de melhoria específicas, com designação de responsabilidades e prazos para conclusão
• Data para análise da ação corretiva
• Áreas de ênfase a serem consideradas no planejamento de futuras auditorias internas no
sistema de gestão
ANEXO A. (Informativo)
Os princípios básicos de gestão são comuns, independentemente da atividade que está sendo
gerida, seja qualidade, meio ambiente, saúde e segurança, ou outras atividades organizacionais.
Algumas organizações podem beneficiar-se de ter um sistema de gestão integrado, enquanto
outras preferem adotar diferentes sistemas baseados nos mesmos princípios de gestão. A
Tabela A.1 mostra a correspondência entre a especificação OHSAS 18001 e as normas BS EN
ISO 9001 e BS EN ISO 14001 para os que operam nessas normas internacionais de sistema de
gestão ou para aqueles que desejam integrar a saúde ocupacional e segurança em seus
sistemas de gestão. A correspondência é apresentada para fins exclusivos de orientação do
leitor.
Tabela A. 1
Correspondência técnica entre a especificação OHSAS 18001 e as normas ISO
14001:1996 e ISO 9001:1994.
Cláusula OHSAS 18001 Cláusula ISO 14001:1996 Cláusula ISO 9001:1994
1 Escopo 1 Escopo 1 Escopo
2 Referências 2 Referências normativas 2 Referências normativas
3 Termos e definições 3 Definições 3 Definições
4 Elementos do sistema 4 Requisitos do sistema 4 Requisitos do sistema
de gestão de saúde de gestão ambiental de qualidade
ocupacional e
segurança
4.1 Requisitos gerais 4.1 Requisitos gerais 4.2.1 Geral (1a. sentença)
4.2 Política de saúde 4.2 Política ambiental 4.1.1 Política da qualidade
ocupacional e
segurança
4.3 Planejamento 4.3 Planejamento 4.2 Sistema de qualidade
4.3.1 Planejamento para 4.3.1 Aspectos ambientais 4.2 Sistema de qualidade
identificação de
situações de fatores
de risco, análise e
controle de riscos
4.3.2 Requisitos legais e 4.3.2 Requisitos legais e -
outros requisitos outros requisitos
4.3.3 Objetivos 4.3.3 Objetivos e metas 4.2 Sistema de qualidade
4.3.4 Programa(s) de gestão 4.3.4 Programa(s) de gestão 4.2 Sistema de qualidade
de saúde ocupacional ambiental
e segurança
4.4 Implementação e 4.4 Implementação e 4.2 Sistema de qualidade
operação operação
4.1.2
Organização
4.4.2 Treinamento, 4.4.2 Treinamento, 4.18 Treinamento
conscientização e conscientização e
competência competência
4.4.3 Consulta e 4.4.3 Comunicação -
comunicação
4.4.4 Documentação 4.4.4 Documentação do 4.2.1 Geral (sem a 1a.
sistema de gestão sentença)
ambiental
4.4.5 Controle de 4.4.5 Controle de 4.5 Controle de
documentos e dados documentos documentos e dados
Bibliografia
ISO 9001:1994, Quality systems: Model for Quality assurance in design,
development, production, installation and servicing.
ISO 14001:1996, Environmental management systems - Specification with guidance
for use.
Suplemento do Reino Unido
Publicações das normas BSI
BRITISH STANDARDS INSTITUTION, LONDON W4 4AL
BS8800:1996, Guide to occupational health and safety management systems.
BS EN 30011-1:1993, Guidelines for auditing quality systems - Auditing
BS EN 30011-2:1993, Guidelines for auditing quality systems -Qualification criteria
for quality systems auditors.
BS EN 30011-3:1993, Guidelines for auditing quality systems - Managing an audit
programme.
BS EN ISO 9001:1994, Quality systems: Model for quality assurance in design,
development, production, installation and servicing.
BS EN ISO 14001:1996, Environmental management systems - Specification with
guidance for use.
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