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Texto avulso de me

(Regina Maria R. Zanetti B.)

Tempos de relembranas
Tempos de relembranas, doces tempos! Voaram como brisas nas colinas No voltaram, jamais voltaro! Lembro-me, agora, como se fora ento: Meu irmo mais novo, loirinho Feliz a correr pelo caminho Corria atrs, feliz, tambm. O tempo era de estio. A preta amiga, cuidadosa, preocupada De quando em vez falava: Olha meninos, o trem j vem! Despreocupados corramos, Saltando dormentes, contentes Ns os contvamos. Jamais terminamos Que longa era a estrada, Quantos dormentes!? Felizes continuvamos No fim da estrada, um casebre, Algum, dentro, esperava. Vov, vov pretinha, como tio Mas tudo, em volta, limpinho Limpinho como claro. Cad paoca, vov! Gritvamos juntos. L vinha a paoca quentinha Sada do pilo. Que bom! Agora to longe no tempo, Vov no mais existe, Ficou s a saudade Que di, machuca, No mata, no! Ficou, de paoca e pilo, S a saudade que di, Machuca, No mata, no! Cachoeiro do Itapemirim (Faculdade de Filosofia, Cincias e Letras Madre Gertrudes de So Jos)

Divagao
Gosto de divagar. Voar com o pensamento para alm das nuvens, Flutuar na amplido da imaginao Ao sabor da emoo Que inebria o corao. Buscar, neste meu viajar, o prazer do invisvel, o saber do impossvel, o calor do mundo interior.

Sonhar, sonhar e sonhar, Sonhos coloridos que povoam mente e corao. Irreais pensamentos, Raios so, flamejantes, envolventes, eletrizantes, paralisam movimentos. E de repente,... Tudo se esvai, se desfaz como bolhas de sabo. Bolhas de sabo... de sabo... No cho. Pontes, 13/04/2004

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