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Soneto M. de Andrade Aceitars o amor como eu o encaro?... ...

Azul bem leve, um nimbo, suavemente Guarda-te a imagem, como um anteparo Contra estes mveis de banal presente. Tudo o que h de milhor e de mais raro Vive em teu corpo nu de adolescente, A perna assim jogada e o brao, o claro Olhar preso no meu, perdidamente. No exijas mais nada. No desejo Tambm mais nada, s te olhar, enquanto A realidade simples, e isto apenas. Que grandeza... A evaso total do pejo Que nasce das imperfeies. O encanto Que nasce das adoraes serenas.

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