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SOBRE O EXERCCIO SOBRE A LEI MARIA DA PENHA, SEGUE GABARITO:

A Lei Maria da Penha (n. 11.340-06) no possibilita a aplicao dos benefcios despenalizadores da Lei 9099/95, tais como transao penal (art. 76) e suspenso condicional do processo (art. 89), por expressa vedao no seu art. 41. As medidas protetivas de urgncia podem ser requeridas pela vtima, por intermdio de advogado, ou por meio da Autoridade Policial. O art. 12 da Lei Maria da penha, em seu inc. III, assim dispe: Art. 12: Em todos os casos de violncia domstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrncia, dever a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuzo daqueles previstos no Cdigo de Processo Penal: [...] III. remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concesso de medidas protetivas de urgncia. Quem decreta prises em nosso sistema jurdico, em regra, o juiz, a exceo do flagrante delito, e nos casos de transgresses militares e crimes propriamente militares, nos termos do art. Art. 5, inc. LXI da CF/88: ningum ser preso seno em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciria competente, salvo nos casos de transgresso militar ou crime propriamente militar, definidos em lei. Assim, a Autoridade Policial no poder decretar a priso preventiva do agressor, mas poder represent-la ao juiz (art. 311 do CPP). Nos termos do art. 16 da Lei Maria da Penha, a vtima pode se retratar na ao penal pblica condicionada, mas no na ao penal pblica incondicionada. Ou seja, tal audincia no ocorrer em se tratando de delitos de ao penal pblica incondicionada. A propsito, conforme deciso paradigmtica do STF em fevereiro de 2012, a leso corporal, independentemente da sua extenso (se leve, culposa, grave ou gravssima), ser sempre pblica incondicionada.

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