Marcel Martin
A Linguagem Cinematografica
‘Tradugao
Lauro Anténio
‘Maria Bdvarda Colares
Bratoro‘Dial 205 Le ton Ca 1985, 185 « 200)
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UMA LINGUAGEM CINEMATOGRAFICA
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Foi em 1971 que apareces em Portugal a primeira edigio tradurida para
portugus de Linguagem Cinematogrifea, de Marcel Martin. Bea uma ed
{0 da Prelo,com teadupio conjunt, minha e do meu querido amigo Vasco
Granja ness altura teabalhévamos muito em equpa, sbretud na organize
‘0 dos Cielo Cinematgrafcns da Casa da Imprens, que acnteiam anv
‘mente na salas dos cinemas Alvalae e So Luis, psteriormente, no Impéro,
‘Aprimeia ego francesa desta obra sorgira em 1955, esgotara com rpide,
‘ consttuira obviamente um éxito editorial, ma fora sobretudo um grande
triunfo junto de umn pilin einflojovem, qv ferompi com a frea de um
‘leo um poueo por todo o mundo, soretudona Europe patiularmente em
Franga, com o eparecimento da nowele vague (que iia ter repecusses im
‘portantisimas por todas os continentes, om o eeladir e movimento de -nov0
‘nema do Brasil as Repiblicasditas Demorétcas de Leste, do Canad e dos
BUA Asia Esta obra tranformen-se um pouco na Biblia: dessa juventude
‘vida de compreender cinema e do o eonceber crativamente
Por essa altura ndo abundavam as ecolas de cinema ainda que o IDHEC,
em Paris, fosoe uma referéncia internacional, como ora igualente a Cine:
‘mateea Francesa, livres como ete de Maroc! Martin tinham e dom de en
‘Sins eros flmes, que ea por ess altura (ainda hj) a melhor forma
" Antimneah aprcie am sta pertgsn,pi sl 196,de se aprender» a gostar de cinema e, por arrastamento, de fazer cinemas
uitas grades de ovens apronera a amar o cinema lndo obras como esta
vendo os filmes que ea esta refere
Durante muitos anos edo portuguesa estoveengtada era impossivel
‘ncontéla, nem sequer em elfarrabistas. Quem tinha umn exemplar guards
‘ao cnsament (eu nem por sso, dado que emprestl hi mito ome aalguém
‘que a reclven guardar ciosamente ~ que Ihe tenha feito bom proveit, ¢ 0
‘que desea. Foam surgindo muita egos em Franga, até ser publiada, em
1955, ume edigto revista e aumentada, eom a claboraga de Olivier Barro,
ainda eserapre pela Eitions du Cart E esta edigdo que agora dada Aestamy
‘a pela Dinalivr, numa nova tradugo revista e aumentade, novamente em
calaborapo, desta feta entre mim ea Maria Bduarda Caares
‘Marcel Martin foi um dos grandes eric, ensaistase hstriadoes de
‘inema de Franca, ombnesndo com nomes como os de George Sadoul, Henry
‘Ago etantos outros seus contmporineos. Este seu lv, tl om todas
‘bras referents aexclasesttiasenarrativas, tendo a desoctualiar-e, mas
no a ser ultapassada.Desacturliza-e porque vo surgindo novos movitnen-
tos, correntes autres. Ea li da vida. Mas o que fia ecrita sobre tudo 0
que ocorreu at & eclosto da nowslle vague nto perde a sua rario de ser, or
‘muitos ingulos novos sub os quais possa ver vst. Ness aspecto, a lige
de Marcel Martin mantém toda a su actusldade vigor Osea trabalho de
‘anélise de muitas obras da épaca do cinoma mudo énotéel e mantérn toda a
forga da sua argumentaioe intlgéncn. Camo é sade, durante esta epoca
langaram-se os alieres de uma linguagem cinematogrifia que ainda hoje
base deta a linguagem audiovisual, artcularmente de todo o cinema.
Por isso, acompanar as ligds do Mareel Marin &acompankar 0 labornso
‘aminbo da cisco cinematogréica, da instivuionalizapio do regras eda sua
‘ultrapassagem crativaerevluionria
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[Agora que apareceram tantas escola de cinema e ainvisual, agora que
1h tants formas de prosseguir uma earreira lgada ao cinema e ao audio
visual agra que o interesse pelo cinema eos nawes mis de eomunicasdo
audiovisual suscita tanto entusasno, quanto mais nose entre o publica
‘que e quer eada vez mais informado eric, uma obra como esta tr toda a
‘ano para ser para se reditada dae rela, eatudadae dieu inclusive
alguns aspects que podem ser polémicos nae nossa das hi, por exemslo
‘uma excessva tendnca para valorzaro cinema de Late, da URSS e Estados
satdites que os tempos se encarregaram de reporno seu devo Inga
LAURO ANTONIO