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SONETO I Gota de luz no clice de agosto, Sabe a lcida calma o desengano.

Em vo devora o tempo o ms e ao ano: Vindima a vida, vinho me o sol-posto. Cobre-se o vale de um rubor humano. Um beijo solto voa no ar, um gosto De uva madura, um aroma de mosto Desce da rubra luz do cu serrano. Vem, noite grave. E assim chegasse o outono Meu, to sutil e manso como agora Mesmo subiu a sombra serra acima... Tudo se apague e a hora esquea a hora, Que s do sonho eu vivo, e grato o sono A quem provou seu dia de vindima. SONETO I Gota de luz no clice de agosto, Sabe a lcida calma o desengano. Em vo devora o tempo o ms e ao ano: Vindima a vida, vinho me o sol-posto. Cobre-se o vale de um rubor humano. Um beijo solto voa no ar, um gosto De uva madura, um aroma de mosto Desce da rubra luz do cu serrano. Vem, noite grave. E assim chegasse o outono Meu, to sutil e manso como agora Mesmo subiu a sombra serra acima... Tudo se apague e a hora esquea a hora, Que s do sonho eu vivo, e grato o sono A quem provou seu dia de vindima.

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