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Aplicação da Telemedicina em Saúde Curso: Estatística Sanitária

Índice

Informática Sanitária V- Grupo Abril de 2009


Aplicação da Telemedicina em Saúde Curso: Estatística Sanitária

Introdução

A Rede Universitária de Telemedicina (RUTE) é uma iniciativa que visa a apoiar o


aprimoramento da infra-estrutura para telemedicina já existente em hospitais universitários,
bem como promover a integração de projetos entre as instituições participantes.

A RUTE é uma iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia, apoiada pela


Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e pela Associação Brasileira de Hospitais
Universitários (ABRAHUE), sob a coordenação da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa
(RNP).

A Telemedicina é uma incrível técnica para aplicação na área de saúde apresentando


um grande potencial, seus proponentes acreditam que a telemedicina possa melhorar os
serviços de saúde assim como os computadores o fizeram para os escritórios durante a
revolução da era da informação. Com a diversificação da utilização da telemedicina
certamente aumentará o acesso à saúde e permitirá uma significativa descetralização:
Trabalhos que previamente teria sido feito por centros de saúde primários podem ser
realizados na comunidade; Trabalhos antes de responsabilidade de serviços de saúde
secundários podem ser realizados nos centros primários. Isso pode ameaçar com efeitos
negativo os hospitais, pricipalmente os de atendimento pouco especializado, entretanto a
telemedicina é um excelente meio para o especialista antes atrelado a um hospital terciário ou
até em alguns casos quartenário, permitindo que suas habilidades de especialista possam ser
exportadas para uma maior audiência.

A história da Telemedicina é repleta de exemplos de sistemas cuja implantação


moveram grades quantias de dinheiro mas que não sobreviveram ao estágio de entrar e
modificar a rotina de um serviço clínico. Apesar do grande número de actividades de
Telemedicina no mundo actualmente é verdade que a eliminação das possibilidades de uso
ainda estão longe de ser esgotadas. A Telemedicina ainda que aplicada como uma nova
técnica ainda continua extremamente experimental sendo suportado por programas de
incentivo científico ou outros fundos e poucos programas são auto-suficientes
economicamente.

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Telemedicina é um termo genérico para muitas aplicações separadas relacionadas a


arte médica, incluindo diagnóstico, clínica, tratamento e educação sobre saúde, apesar de
serem ministrados à distância. Juntamente com suporte de enfermagem e suporte comunitário
à um paciente à distância, por exemplo quando a equipe de médicos e enfermeiros está situada
em outro lugar que o paciente.

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Historial da Telemedicina

A Telemedicina sempre se desenvolveu a medida que a tecnologia se desenvolvia


juntamente com o aperfeiçoamento dos meios de comunicação. Inicialmente se utilizava os
meios analógicos mas foram suplantados progressivamente por técnicas de comunicação mais
modernas através de meios digitais sendo apenas possível após o desenvolvimento dos
transístores.

O primeiro relato conhecido de telemedicina ocorreu na Europa durante as grandes


pragas que assolavam o continente durante a idade média em que por causa dos riscos de
contaminação um médico se posicionou na beira de um rio enquanto um agente comunitário
se posicionava na outra beira do rio e se comunicando através da voz o agente descrevia ao
médico os sintomas e a evolução da doença que assolava a cidade.

Carta - Esse provavelmente foi o primeiro meio de comunicação utilizando a escrita


para prática da medicina à longas distâncias, sendo realizado principalmente entre os próprios
médicos para troca de experiências e relatos de casos assim como informações e notícias
sobre epidemias sendo que a sua origem remonta na própria origem do papel no Egipto antigo
onde já seriam escritos com hieróglifos os processos de mumificação.

Telégrafo - Telegrafia - sinais através de fios - começaram nos meados do século XIX
e era usado para medicina à distância. Por exemplo o laudo de um raio x pode ser transmitida
através de telégrafos. Em um famoso episódio o telégrafo foi utilizado para instruir um
carteiro em como fazer uma incisão perineal e subsequentemente uma colecistomia supra
púbica em um paciente com sério trauma pélvico localizado em uma região de difícil acesso
ao noroeste da Austrália.

Telefone - O telefone tem sido usado como meio de comunicação de voz no trabalho
médico desde a sua invenção no final do século XIX e ainda é largamente utilizado para esse
propósito nos dias de hoje. Outras utilizações do telefone comum é a criação de redes
baseadas em linhas telefónicas para transmissão de dados como o Electrocardiograma (ECGs)
utilizando um modem de computador e/ou uma máquina de fax já foi usado em casos de
emergência na zona rural. Actualmente as informações médicas são largamente utilizadas
utilizando para tanto as redes de comunicação global como a Internet.

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Rádio - Comunicação através de rádio foi possível em meados do final do século XIX
primeiramente através do código morse e posteriormente através da voz. Durante a segunda
guerra mundial, nos anos de 1946 o rádio foi utilizado para conectar médicos em estações
costeiras ou frente de batalhas, com hospitais de retaguarda ou navios em busca de apoio e
informações logísticas.

Televisão e Monitores — Sistemas de circuito fechado foram usadas em 1950 em


consultas entre especialistas e pacientes no Instituto de Psiquiatria em Nebraska. Também foi
usado para avaliação médica de viajantes no aeroporto Internacional de Bóston de Médicos
situados no hospital. Posteriormente veio o desenvolvimento de tecnologias de
videoconferência. Actualmente com a queda dos custos e a popularização muitos dos
equipamentos de comunicação são baseados actualmente em Personal Computers (PCs)

Comunicação sem-fim (Wireless) — O desenvolvimento dos telefones celulares e


pesquisas actuais sobre transmissão de vídeo de imagens de ambulâncias assim como um
electrocardiograma de emergência através da telefonia celular. Comunicação sem-fim inclui
também o uso de satélites de comunicação sendo que as primeiras implementações de
telemedicina no terceiro mundo é utilizando a Internet via sistema de satélites de baixo custo.

Nos anos 60 ocorreram as primeiras aplicações com o uso de vídeo, e o grande


impulso ocorreu com o advento dos voos espaciais, com as experiências da NASA, com envio
de sinais fisiológicos dos Astronautas em órbita para os centros espaciais da Terra.

Evolução da Telemedicina

A ciência médica e a engenharia tecnológica estão cada vez mais integradas e


caminhando juntas a fim de proporcionar recursos para a melhoria do sistema de saúde no
mundo. Uma das áreas da engenharia que tem colaborado muito para esses avanços é a
telecomunicação, que direccionada a medicina passa a se chamar Bio telemetria ou
Telemedicina. A telemedicina envolve desde envio remoto de dados, sinais e imagens
médicas, até monitoração à distância de parâmetros vitais, chamado telemonitorização; é uma
tecnologia inovadora na qual quem viaja é a informação e não o paciente; se avaliada em seu

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sentido mais amplo, a TELEMEDICINA pode ser feita por qualquer um dos meios de
comunicação disponíveis, rádio, telefone, etc.

No Brasil ela pode proporcionar, por exemplo, recursos remotos e móveis


especializados às zonas menos dotadas, oferecendo medicina de qualidade a áreas mais
remotas. Seu mercado é promissor, considerando factores como o aumento da idade média da
população, a descentralização do atendimento médico-hospitalar e a própria necessidade de
diminuir o tempo entre um evento e o diagnóstico médico. A telemedicina é, hoje, não só um
neologismo na complexa área de tecnologia de saúde, mas uma inovação considerável que
promete revolucionar a prática médica no futuro.

Definição de Telemedicina

A definição de TELEMEDICINA é simplesmente a aplicação da arte médica a


distância sem que haja contacto físico directo para criação, manutenção ou complementação
da relação médico-paciente utilizando para tanto um meio de comunicação entre os pontos
interessados. Essa é uma definição extremamente abrangente que começa relacionando a arte
médica que envolve contacto com o paciente, diagnóstico, tratamento ou até intervenção
cirúrgica com qualquer meio de comunicação que possa unir dois ou mais pontos distantes
fisicamente desde cartas escritas até prontuários de pacientes electrónicos interligados por
rede wireless (sem fio). Ao contrário do que se possa pensar que a relação médico-paciente
não possa ser estabelecida de uma maneira satisfatória devido a distância entre as duas partes
para um paciente é muito importante que se possa contar sempre com a opinião,
aconselhamento ou intervenção de médicos escolhidos por ele por exemplo durante uma
viagem.

Abaixo estão as definições de telemedicina dadas pelas mais respeitadas associações e


grupos de estudo sobre a aplicação dos serviços de saúde à distância:

De acordo com a ATA (American Telemedicine Association), a Telemedicina é "o uso


de informação médica veiculada de um local para outro, por meio de comunicação
electrónica, visando à saúde e educação dos pacientes e do profissional médico, para assim
melhorar a assistência de saúde" (http://www.ata.com).

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De acordo com Current Medical Diagnosed & Treatment 2000, Telemedicina é "o
uso de informação electrónica e outras tecnologias de comunicação para proporcionar e dar
suporte à saúde quando a distância separa os participantes do processo"
(http://www.matmo.org).

Considerações sobre a Implementação da Telemedicina

Avaliar as tecnologias mais apropriadas considerando-se viabilidade técnica e social.


Até tecnologias simples podem ser adoptadas (como um telefone).

Universalizar os recursos tecnológicos para melhorar a colecta de informações,


processamento, análise e o uso da informação.

Objectivos para Implementação da Telemedicina

1. Reduzir transferências, tempo e custos de transporte de pacientes;


2. Aperfeiçoar a gerência dos recursos de saúde através da avaliação e triagem por
especialistas, diminuindo a pressão sobre hospitais;
3. Intensificar a cooperação e integração de pesquisadores na partilha de registos
clínicos;
4. Permitir o processo rápido a especialistas em caso de desastres e emergências;
5. Aumentar a quantidade de programas educacionais para médicos e residentes
localizados em zonas fora de centros especializados;
6. Desenvolver tecnologias para transmissão de áudio, vídeo e imagens na área da
saúde;
7. Construir modelos de informação na Web para melhorar a comunicação e
integração dos serviços de saúde.

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Principais Problemas para a Implementação da Telemedicina

• Pagamento por serviços de telemedicina;


• Licenciamento e credenciamento;
• Potencial para má-prática médica;
• Confidencialidade.

Equipamentos e Utilidades

Informações digitais apresentam a vantagem da fácil reprodução, pequeno volume de


armazenagem (fitas magnéticas, etc. em relação a documentos em papel), e transmissão, que
pode ser em tempo real ou não através de redes, respeitando-se claro, questões de qualidade
da informação, ética, segurança e sigilo. A viabilidade de implantação destes processos na
prática clínica depende directamente da utilização de recursos tecnológicos especiais
(equipamentos e software), do uso adequado de sistemas de telecomunicação, e da
capacitação de recursos humanos para sua instalação, utilização e manutenção. A infra-
estrutura tecnológica necessária varia de acordo com a complexidade do processo, podendo-se
utilizar desde sistemas de telefonia convencional até sistemas de redes digitais de alta
velocidade, permitindo a troca de grandes volumes de informações em tempo real entre os
usuários do sistema. As aplicações em Telesaúde necessitam de um conjunto de ferramentas
que, juntas, possibilitarão o sucesso de uma interacção à distância. Este processo envolve
diversos aspectos, tendo início no paciente, passando pelo usuário (médico, profissional de
saúde ou técnico) e, em seguida, pelos equipamentos de captura, tratamento, transmissão e
arquivo de dados. Resume-se, enfim, a uma combinação do factor humano, aparelhos
(hardware) e programas (software).

Sistemas Integrados em Telemedicina

São requerimentos básicos de um sistema de telemedicina:

1. Fontes de vídeo e áudio: câmeras (digitais ou analógicas) de alta resolução,


gravadores de vídeo e som. No caso de câmeras analógicas é necessário o uso de equipamento
de digitalização (conversores analógicos / digitais – ADC).

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2. Compressor de Imagens: equipamentos compostos por hardware e software (codec


– compressor-decompressor) capazes de promover a compressão de imagens estáticas e vídeo
de acordo com os padrões utilizados (JPEG e H.320).

3. Computador: responsável pelo controle de todo o sistema. O tipo de processador


principal não é crítico, mas obviamente máquinas com maior velocidade têm melhor
performance. Particularmente, atenção especial deve ser dada à quantidade de memória RAM
(acima de 32 Mbytes) e de vídeo, sendo recomendável a utilização de placas com capacidade
de exibir profundidade de pixel de 24 bits (aproximadamente 16 milhões de cores).

Alguns opcionais podem fazer parte da configuração básica, na dependência do tipo


de utilização que se pretende. Imagens radiológicas, ultrassonografia, eletrocardiogramas
devem ser digitalizadas para transmissão, requerendo equipamentos específicos para tal. Em
telepatologia, por exemplo, há necessidade do microscópio ser acoplado à câmera de vídeo
para captura das imagens. Além disso, um sistema adicional de teleconferência pode ser muito
útil para orientar eventualmente um técnico à distância sobre o melhor corte a ser realizado ou
mesmo para a discussão interactiva das imagens com outro profissional. Isto sem contar com
a possibilidade de operação de um microscópio robotizado. Esta última situação também é
lembrada nos casos de cirurgias realizadas à distância. Para tanto, sistemas mais sofisticados e
velozes de transmissão de dados devem ser considerados para operar sincronizados em
"tempo real".

Vantagens e desvantagens da telemedicina

Vantagens da Telemedicina Global

• Evita problemas de processo contra erros médicos;


• Evita regulamentação estrita de uso de medicamentos, procedimentos e dispositivos
médicos;
• Contorna problemas de ética de pesquisa com seres humanos;
• Contorna problemas de licenciamento/credenciamento profissional

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Vantagens Económicas da Telemedicina

• Expansão da base de mercado;


• Expansão da clínica privada;
• Optimização dos recursos humanos especializados;
• Diminuição dos custos;
• Utilização da capacidade ociosa;
• Venda de conhecimento;
• Oferta diferenciada por planos de saúde e hospitais (segunda opinião médica).

Desvantagens da telemedicina

Como qualquer novo processo existem sim inúmeras desvantagens que envolvem a
utilização da Telemedicina, abaixo são descritos alguns dos factores que mais devem ser
ponderados:

• Apesar das informações ignorem fronteiras, as licenças médicas não o fazem;


• Alterações importantes da relação médico paciente;
• Possibilidade de falhas tecnológicas;
• Projectos complexos têm lenta implementação e carecem de falta de
padronizações.

Aplicação da Telemedicina

A telemedicina é aplicável a todos os campos médicos, incluindo cirurgia. No entanto


se esqueceram as aplicações mas singelas e que permitem a maior redução de custos com
contundentes melhoras em eficiência, qualidade e cobertura.

A base da medicina é o diagnóstico, sem o qual não é possível estabelecer o tratamento


adequado e é no diagnóstico precisamente onde é mais simples aplicar a telemedicina.

Com a telemedicina se consegue o seguinte:

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• Incrementar a eficiência dos serviços;


• Incrementar a qualidade dos serviços;
• Agilizar os resultados;
• Beneficiar a economia com as poupanças de tempo;
• Reduzir o tempo e custos em transporte dos doente;
• Reduzir o tempo e custos em transporte de médicos, especialistas, etc.;
• Reduzir os custos em equipe.

Sabemos que o médio diagnóstico mais eficiente é a ecografia e esta é facilmente


empregada em telemedicina. A ecografia poupa muitíssimos exames e procedimentos
dispendiosos e sua tecnologia é ideal para a telemedicina. Outros campos ainda
desaproveitados em Telemedicina e aos quais sabemos como aplicar a telemedicina são:

Laboratório clínico, citológico e histopatológico, Radiologia e TAC, Ultrasom,


Gamagrafía, Ressonância Magnética, Electroencefalografía, Electrocardiografía, Endoscopia,
Termografia, Consulta médica urgente a distância, Cuidado intensivo, Treinamento médico e
paramédico, Consulta médica e outras.

A telemedicina é aplicável a todo ramo médico e sua implementação é muito menos


custosa do que se pensa. Tecnologia como a Internet via Modem analógico, cabo, ISDN, WAP
e ADSL, PCS, LAN e WAN têm extensa aplicação em medicina, mas requerem de
criatividade, conhecimento e experiência para pô-las em funcionamento.

Infortunadamente o conhecimento da telemática (telecomunicações informática)


médica é muito limitado e quando se apresentam as soluções estas são usualmente recusadas
por assessores que carecem do conhecimento requerido. Isso impede as rebaixas de custos e o
incremento em qualidade eficiência e cobertura que as telecomunicações permitem.

Serviços disponíveis abaixo relatam alguns exemplos isolados da aplicabilidade da


telemedicina que já estão a disposição no Brasil, tendo sempre em mente que a Telemedicina
ideal seria a junção de todas essas funções em um único sistema remoto.

Electrocardiografía (ECG) pelo telefone

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Um exemplo simples de assistência à distância é a tecnologia conhecida como


"monitoração cardíaca transtelefônica". O paciente (geralmente um cardiopata crónico ou
recém-infartado), usa um cardiobipe, um pequeno aparelho electrónico.

Depois de colocar três eléctrodos em contacto com o corpo, o paciente pressiona um


botão no cardiobipe e recolhe alguns segundos do seu eletrocardiograma, que é armazenado
na sua memória electrónica. Em seguida, telefona para uma central de atendimento, se
identifica, encosta o aparelhinho no bocal do telefone e pressiona outro botão, enviando o
electro pelo telefone. Em questão de poucos minutos, recebe pela mesma ligação uma
orientação do médico de plantão, que analisou seu ECG e dá recomendações.

Outra aplicação interessante do cardiobipe ocorre no consultório de médicos e


dentistas que realizam cirurgias ambulatoriais. Antes de realizar a anestesia, realizam um
electro à distância e podem operar com mais segurança, evitando ocorrências cardíacas
durante a mesma.

Teleconferência

Outra forma muito utilizada de telemedicina é o intercâmbio de informações sobre um


paciente entre dois ou mais médicos. É a teleconferência, ou teleconsulta, que pode assumir
muitas formas. A tecnologia mais sofisticada, denominada videoconferência, permite que os
médicos conversem entre si, usando câmaras de vídeo e microfones, e um software especial
de comunicação. Também podem ser enviadas imagens médicas de vários tipos (radiografias,
tomografias, etc.), captadas através de um scanner, câmera fotográfica digital ou
equipamentos médicos como otoscópios, oftalmoscópios, etc., cuja saída de imagem já pode
ser enviada directamente pelo sistema. Esses recursos são muito utilizados actualmente para
sistemas de segunda opinião médica em contacto com centros mais desenvolvidos, no Brasil
ou no exterior.

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Conclusão

A tecnologia que nos é disposta agora com a disponibilidade de altas taxas de


processamento numéricos, em equipamentos extremamente miniaturizado e em tempos
recordes nos auxilia a transpor as barreiras da medicina, o Espaço, o Tempo mas não substitui
a mais importante das características da profissão médica – A ARTE – actualmente – os
estudos relativos ao efeito da informática nas relações humanas e uma das coisas mais
importantes a serem evitadas é a depreciação da relação médico - cliente.

Entretanto a Telemedicina não precisa necessariamente ser instalada utilizando a


última palavra em tecnologia, principalmente tratando-se de países do terceiro mundo, pois se
lembrarmos da história da assistência médica à distância a aplicação da medicina pode ser
feito até mesmo através de cartas, sendo substituído gradativamente, de uma maneira mais
suave por meios mais modernos e ao alcance de um grande número de pessoas - A Internet.

O principal problema na Telemedicina não é a falta de novas tecnologias e sim a falta


de estudos sobre como utilizar a tecnologia que é actualmente utilizada para os melhores
resultados e de uma maneira racional.

Telemedicina basicamente significa medicina à distância, a aplicação da arte médica


sem necessidade da proximidade física. Em outras palavras Telemedicina é uma técnica e não
uma tecnologia como muitos pensam.

Os computadores pessoais e a Internet trouxeram para a telemedicina um


avanço notável no uso, transmissão e partilha de informações. Com a disseminação e
a implantação da telemedicina é esperado que a qualidade da assistência ao doente
seja aprimorado.

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Bibliografia

http://www.ata.com

http://www.matmo.org

SEABRA, André Luís Ramires. Telemedicina. [Acesso em 25 de Março de


2009]: [Aproximadamente 13 páginas]. Editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia
ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL:
http://www.lava.med.br/livro.

SÃORTIGA, Keylla, LOUZADA, Luiz, COSTA, Carmen. Telemedicina:


uma visão geral do estado da arte. [Acesso em 25 de Março de 2009]:
[Aproximadamente 6 páginas]. Editores: Universidade Federal de São Paulo / Escola
Paulista de Medicina (UNIFESP/EPM), Brasil. Disponível em:
http://telemedicina.unifesp.br/pub/SBIS/CBIS2004/trabalhos/arquivos/652.pdf.

SOIREFMANN, Mariana, BRAUNER, Melissa Blom, LEOPOLDO, Larissa,


CESTARI, Tania F.. Telemedicina: Uma revisão da literatura. [Acesso em 25 de
Março de 2009]: [Aproximadamente 4 páginas]. Disponível em:
http://www6.ufrgs.br/seermigrando/ojs/index.php/hcpa/article/view/2973/3212.

SANTOS Celso A. S., NETO, Almerindo N. Rehem. Uma abordagem para


anotação em vídeos digitais com aplicações em telemedicina. [Acesso em 25 de
Março de 2009]: [Aproximadamente 10 páginas]. Editor: Núcleo Interdisciplinar de
Pesquisa em Redes de Computadores – NUPERC, Universidade Salvador
(UNIFACS), Salvador – BR. Disponível em:
http://www.ime.uerj.br/professores/cecas/IV%20WIM/WIM02_Santos.pdf.

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