Você está na página 1de 1

A CARTA DA TERRA

A terra o nosso lar e o lar de todos os seres vivos. A prpria Terra est viva, fazemos parte de um universo em evoluo. Os seres vivos so membros de uma comunidade de vida interdependente dotada de uma diversidade magnfica de formas de vida e de culturas. Sentimo-nos humildes ante a beleza da Terra e compartilhamos da reverncia vida e s fontes do nosso ser. Damos graas pela herana que recebemos das geraes passadas e abraamos nossas responsabilidades para com as geraes presentes e futuras. A comunidade da Terra vive um momento de definio. A biosfera governada por leis que desprezamos a nosso risco. Os seres humanos adquiriram a capacidade de alterar radicalmente o meio ambiente e os processos de evoluo. O tecido da vida e os alicerces da segurana local e global so ameaados pela falta de viso e pelo mau uso do conhecimento e do poder. H muita violncia, pobreza e sofrimento em nosso mundo. Uma mudana fundamental em nossa rota se faz necessria. A escolha est diante de ns: cuidar da Terra ou participar de nossa autodestruio e da destruio da diversidade da vida. preciso reinventar a civilizao industrial tecnolgica e encontrar novas formas de equilbrio entre o indivduo e a comunidade, o ter e o ser, a diversidade e a unidade, o curto prazo e o longo prazo, o gastar e o nutrir. Em meio a toda nossa diversidade, somos uma humanidade e uma famlia Terra com um destino comum. Os desafios que defrontamos impem uma viso tica abrangente. imperioso forjar parcerias e promover a cooperao nos nveis local, bioregional, nacional e internacional. De forma solidria entre todos e com a comunidade de vida, ns, os povos do mundo, ao abraarmos os valores desta Carta, poderemos formar uma famlia de culturas que permita o pleno desenvolvimento do potencial de todas as pessoas em harmonia com a comunidade da Terra. Temos de manter viva a f nas possibilidades do esprito humano e um profundo senso de pertencimento ao Universo. Nossas melhores aes ho de concretizar a integrao do conhecimento com a bondade.
Texto extrado do Jornal Estado Ecolgico, Edio: Toda Lua Cheia, nmero 48, de 24/03/98.

Você também pode gostar