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Joo Nuno Pinto 41613 Prof.

. Maria Manuel Baptista Cultura Portuguesa I 14 de maio de 2013 Fantasia Lusitana Joo Canijo

A primeira impresso do filme, que Fantasia Lusitana, no bem um filme porque de fico no tem nada, uma vez que constitudo por uma colagem de imagens reais retiradas de arquivo, imagens essas que mostram a populao em festividades, desfiles da Mocidade Portuguesa, Salazar e Carmona em cerimnias oficiais e as organizaes militares que ocupavam as ruas, que eram bem recebidas por parte da sociedade. No auge da guerra, o regime orgulha-se de ser um imprio colonial (que na realidade, na altura, j no tinha condies militares ou polticas para manter). Em 1941, numa Lisboa cheia de refugiados, Salazar manda montar beira do Tejo uma grande exposio para mostrar todo o mundo portugus. Fazem-se cortejos com lees e indgenas africanos. Tal como hoje, o regime apreciava pompa e circunstncia nos actos oficiais. Fantasia Lusitana mostar uma nao em delrio. Promove-se o culto do passado histrico de Portugal. beira Tejo, erguem-se esttuas gigantes de reis e navegadores. Constri-se at de propsito uma rplica de uma nau, que acabou por tombar quando lanada gua. Havia fado, festas e folclore. No entanto, enquanto as imagens consolidam a representao de um pas pacfico, as narraes trazem tona a verdadeira situao da Europa, prova disso so os testemunhos escritos por Erika Mann, Alfred Dblin e por Antoine de Saint-Exupry, refugiados em Portugal na poca da Segunda Guerra Mundial. Os depoimentos, lidos pelos atores Hanna Schygulla, Rudiger Vogler e Christian Patey, resumem a relao dos portugueses com os imigrantes e como a propaganda salazarista conseguiu convencer grande parte da nao de que o pas vivia distante da Grande Guerra. Nesta iluso, tambm defendida pela igreja, as oposies ao regime estavam totalmente reprimidas e a realidade da guerra era algo totalmente distante. O que importava para o Estado era glorificar os valores resumidos nos lemas "Deus, Ptria, Famlia" e "tudo pela nao, nada contra a nao" por meio de cartazes, filmes e educao civil.

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