Você está na página 1de 2

O Poeta da Roa Patativa do Assar Sou fio das mata, cant da mo grosa Trabaio na roa, de inverno e de estio A minha

chupana tapada de barro S fumo cigarro de paia de mio.

Sou poeta das brenha, no fao o pap De argum menestr, ou errante cant Que veve vagando, com sua viola, Cantando, pachola, percura de am.

No tenho sabena, pois nunca estudei, Apenas eu seio o meu nome assin. Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre, E o fio do pobre no pode estud.

Meu verso rastero, singelo e sem graa, No entra na praa, no rico salo, Meu verso s entra no campo da roa e dos eito E s vezes, recordando feliz mocidade, Canto uma sodade que mora em meu peito.

Você também pode gostar