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Pe ae | Anténio Maximo Beatriz Alvarenga | | 8 gad YEE editora scipione i | | { i | i | | | i | | | | | i j { | | Fisica, em dois volumes, do Fisica — volume tinico, editora scipione Ao estudante A. preparar este texto, uma de nossas preocupagées foi tornar © seu curso de Fisica interessante e agradavel, tentando evitar que vocé © considere apenas como mais uma de suas obrigacées escolares.Julga- mos que ele poder entusiasmar tanto aos jovens que pretendam con- tinuar seus estudos em uma carreira ligada as cléncias exatas, como Aqueles que provavelmente no mais terao outro contato com o estu- do da Fisica. © conhecimento das leis ¢ fenémenos fisicos constitul um comple- mento indispensavel 4 formacao cultural do homem moderno, néo sé em virtude do grande desenvolvimento cientifico € tecnolégico do mundo atual, como também porque o mundo da Fisica nos rodeia por completo. De fato, a Fisica est totalmente envolvida em nossa vida didria: esta em nossa casa,no énibus, no elevador, no cinema, no campo de futebol etc. Assim, com a orientagao de seu professor, lendo com aten¢éo os textos de cada capitulo, discutindo com seus colegas e procurando rea- lizar as atividades sugeridas, esperamos que, ao final deste curso, vocé tenha conseguido compreender as leis fundamentals da Fisica, perce- bendo que elas representam modelos que procuram tradurir a harmo- ia © a organizacéo presentes na natureza. Esta visio, possivelmente, faré crescer dentro de voc8 0 amor e o respeito pelas coisas e fatos do mundo em que vivemos. Ao mesmo tempo, entre seus sentimentos passard a figurar, por certo, a admiracao aos grandes cientistas que, através de arduos esforcos, conseguiram edificar este importante ramo do conhecimento humano. Os autores Como usar esta obra Desenvolvemos os textos e as diversas atividades que compGem este livro tendo sempre em mente a produgao de um trabalho que se cons- titua um auxilio real a seus estudos e a sua aprendizagem. Esperando que este propésito possa ser concretizado, apresentamos,a seguir,algu- mas orientacées que, acreditamos, o levario a conhecer melhor seu livro e, conseqiientemente, a usé-lo com o maximo proveito: > Inicie sempre o estudo de um determinado assunto com a leitura da seco que 0 aborda.A linguagem simples e a divisio do texto em pequenos blocos, com titulos indicativos de seu contetido, facilitam esta tarefa. Procure compreender 0 tépico exposto e, se houver dit- vida, discuta-a com o professor e com seus colegas. Nao tente apenas memorizar eventuais formulas ali presentes, pois a férmula isolada pouco ou nada representa do conhecimento que ela sintetiza. A lei- tura ea compreensio do texto sio passos indispensiveis & constru- ‘sao deste conhecimento, > Depois de terminar a leitura de cada seccio, passe & solucio dos Exercicios de Fixacio apresentados logo apés cada uma delas. Esses exercicios serdo, geralmente, resolvidos com certa facilidade, colabo- rando para sedimentar 0 conhecimento em estudo e para incentivé- loa prosseguir em outras atividades. Nao passe para a seccio seguin- te nem tente resolver problemas mais sofisticados, antes de respon- der a todos os Exercicios de Fixacio. Seu raciocinio nio pode dar saltos muito grandes e estes exercicios foram propostos exatamente para vocé ir construindo seus conhecimentos passo a passo. > OTépico Especial, como indica o seu subtitulo, para vocé aprender um pouco mais, foi desenvolvido como uma extensio aos conhecimentos ali abordados. Usando uma linguagem simples e um tratamento qualita- tivo da matéria, com quase nenhum apelo a matematica, esse texto ora apresenta aspectos historicos do assunto, ora uma visio mais moderna dos conceitos e leis a ele relacionados ou, ainda, suas aplicacées tecnolégicas interessantes e atuais. Estamos convictos de que vocé iré apreciar a leitura de um desses topicos especiais e esteja certo de que a Fisica neles contida é de tio boa qualidade quanto a do restante do capitulo. > A Revisio, que aparece no final de cada capitulo, € uma espécie de estudo dirigido, proposto para que vocé obtenha uma visio global do assunto, apés ter estudado cada seceao separadamente. Ao completar essa atividade, vocé tera em mos um resumo deste capftulo,ao qual poderd recorrer quando desejar recapituld-lo rapidamente. > Outra atividade importante para facilitar a compreensao e a apren- dizagem dos temas apresentados em um capitulo sao as Experién- cias propostas no final de cada um. Escolhemos experiéncias bem simples, que, em geral, requerem material disponivel em sua pré- pria residéncia, possibilitando, assim, sua realizacio como tarefa para casa, Nao deixe de fazer essas experiéncias e leva-las a escola para serem discutidas com seu professor e seus colegas. Temos certeza de que essas atividades Ihe darao muitos momentos de prazer e Ihe permitirao uma visio mais clara e concreta dos fend- menos em estudo, > Os problemas, comumente usados nos cursos de Fisica para que os estudantes testem e apliquem seus conhecimentos, sio apresentados em trés séries em nosso texto: Problemas e Testes, Questées deVes- tibular e Problemas Suplementares. Sendo muito grande o nimero total desses problemas, vocé, provavelmente, nao ter tempo para resolver todos eles. Peca, entio, para seu professor selecionar aque- les que forem mais significativos para seu curso e para o seu préprio. contexto. Procurando solugdes para eles, vocé estar subindo mais alguns degraus em sua formagao cientifica. Sumario VOLUME 3 Ao estudante. a 3 Como usar esta obra = 4 Unidade 8 — Campo e Potencial Elétrico___ tt 17 Carga elétrica——___ = 2 17.1, Eletrizago___ ———EE 3B 17.2. Condutores ¢ isolantes S Sie 17.3. Indugao e polarizagao. 19 174, Eletroscépios —_ 175. Lei de Coulomb 17.6.As primeiras descobertas no campo da eletricidade_ Revisdo ‘Algumes Experiéncios Simples Problemas e Testes Problemas Suplementares 18 Campo Elétrico 18.1. © conceito de campo elétrico _ 182. Campo elétrico criado por cargas puntuais. 18,3. Linhas de forga— 184. Comportamento de um condutor eletrizado. 18.5, Rigldez dielétrica ~ Poder das pontas—_ Revisdo ———— ‘Algumas Experiéncias Simples Problemos e Testes Problemas Suplementores 19 Potencial Elétrico 19.1. Diferenga de potencial 19.2.Votagem em um campo uniforme 19.3.Voltagem no campo de uma carga puntual a 19.4, Superficies equipotencials——— lt 19.5.0 gerador deVan de Graaff 3 Revisdo ‘Algumas Experiéncias Simples = Problemas e Testes — Problemas Suplementares Unidade 9 — Circuites elétricos de corrente continua___107 20 Corrente Elétrica tt 20.1, Corrente elétrica —_____ios 20.2, Circuitos simples 13 203, Resisténcia elétrica - 116 20H, A lel de Of) ts 205. Associagio de resisténcias ae) 206, Instrumentos elétricos de medida 1% 207. Poténcia em um elemento do circuito 8 208, Varlagio da resisténcia com a temperatura 148 Revsdo Algumas Experiéncias Simples Problemas e Testes a Problemas Suplementares 21 Forga Eletromotriz ~ Equagao do Circuito 21.1. Forga eletromotriz 21,2. equaglo do cireuito 21.3.Voltagem nos terminals de um gerador 181 214,A valvula eletrénica e 0 transistor Revisdo = ‘Algumas Experiéncias Simples Problemas e Testes " Problemas Suplementares Unidade 10 — Eletromagnetisme = 204 22.0 Campo Magnético ~ |" parte _— 22.1. Magnetismo —_ 22.2.Eletromagnetismo 223, Campo magnético 22.4, Movimento circular em um campo magnético 22.5. Forea magnética em um condutor 226.0 ciclotron — Revisdo _ ‘lgumas Experéncios Simples Problemas eTestes —_ Problemas Suplementares — 23 © Campo Magnético~ 2° parte _ 23.1. Campo magnético de um condutor retiineo 23.2. Campo magnético no centro de uma espira circular 23,3. Campo magnético de um soleneide — 234, Influéncia do meio no valor do campo magnético__ 23,5.A descoberta do elétron a Revisdo = ‘Alumas Experéncias Simples Problemas e Testes Apéndice E E.L.Allei de Biot Savart E2.Aplicagdes da lei de Blot Savare 179 Problemas Suplementares —_ 283 24 Indugio Eletromagnética ~ Ondas Eletromagnéticas ee 24,1. Forga eletromotrizinduzida—____ 288 242.A lei de Faraday lt 243.A lei de Lenz z ee) 244.0 transformador - 302 245. Ondas eletromagnéticas — SSS 246.0 espectro eletromagnético — all 247.-Transmissio e distribuigdo de energia elétrica 318 Revisdo —— - 324 Algumas Experiéncias Simples SSS = 35 Problemas e Testes — 37 Apéndice F — — 332 Fl. Capacitores ——_____ 332 F2.Associagio de capacitores 338 3. Energia em um capacitor a r,s) Revisdo — 8 Problemas e Testes - 347 25 A Nova Fisica 349 25.1. Uma visio panoramica _ a 350 25.2. © mundo do muito pequeno ~ Quais sio as particulas elementares. 351 25.3, © mundo do muito grande — ———3 954 25.4.0 mundo das estruturas complexas Ss: Questies deVestibular 361 Questées de Interpretagao de Textos —_ a7, Respostas dos exerccios 8 Volores das Fungées Trigonométricas 8B Constantes Fisicos —___ tt VOLUME 1 Unidade | — Introdusao | Algarismos Significativos Unidade 2 — Cinematica 2. Movimento Retilineo 3.Vetores - Movimento Cur 120 Unidade 3 — Leis de Newton 4. Primeira e Terceira Leis de Newton 5. Segunda Lei de Newton 6. Gravitagio Universal 7.Hidrostatica Unidade 4 — Leis de Conservasao 8. Conservacio da ener; Questées de Vestibular Respostos Constants Fsicas Valores das Funcées rigonométrces VOLUME 2 Unidade 4 — Leis de Conservasio 9. Conservagio da Quantidade de Movimento Unidade 5 — Temperatura — Dilatagi0 — Gases 10.Temperatura e Dilatacio I. Comportamento dos Gases Unidade 6 — Calor 12. Primeira Lei da Termodinamica 13. Mudangas de Fase Unidade 7 — Otica — Ondas 14.Reflexao da Luz 15. Refragio da Luz 16.Movimento Ondulatério Questies de Vestibular Respostas Constantes Fisicas Valores das Funcées Trigonomeétricas SS carmen otimorr A) 10s fios de cabele desta garote forom ‘congas elétricas de ‘A esfera vista ne foto & parte da mat ‘tronsfere eletricidade para a pessoa. Carga elétriea a = Neste capitulo estamos iniciando o estudo da Eletrcidade, sto 6, vamos analisar procurar entender uma grande variedade de fendmenos, muito ligados a nossa vida digria, denominados fenémenos elétrics. Realmente,a todo instante estamos nos relacionando com fatos de natureza elétrica e nosso modo de vida depende acentu- adamente de técnicas e aparelhos elétricos madernos (fig 7-1). (© nosso curso de Eletricidade seré desenvolvido em trés etapas, correspon- dentes as unidades Vl, Xe X. Na unidade Vill (capitulos 17, 18 e 19) analisaremos sicuages nas quais vamos encontrar as cargas elétricas geralmente em repouso. Por este motivo, esta etapa ¢ habitualmente denominada Eletrostétca Na unidade IX (capitulos 20 e 21) estudaremos as cargas elétricas em mo mento, isto é,a5 correntes elétrcas e as propriedades dos circuitaselétricos que sio percorridos por estas correntes. Na tiltima etapa (unidade X: capitulos 22, 23 e 24) faremos uma andlise dos fe- rnémenos magnéticos que, como veremos, slo causados por cargas elétricas em mo- vimento. Esta parte da Eletricidade, envolvendo relagdes entre as cargas elétricas e (95 fenémenos magnéticos, é denominada Eletromagnetismo, 17.1. Eletrizagae INTRODUGAO As primeiras descobertas das quais se tem noticia, relacionadas com fend menos elétricos, foram feitas pelos gregos, na Antiguidade, O fildsofo e matema- tico Thales, que vivia na cidade de Mileto no século VIa.C., observou que um pedago de ambar* , apds ser atritado com uma pele de animal, adquiria a proprie- dade de atrair corpos leves (como pedagos de palha ¢ sementes de grama). Somente cerca de 2 000 anos mais tarde é que comegaram a ser feitas ob- servagdes sistematicas ¢ cuidadosas de fendmenos elétricos, destacando-se os trabalhos do médico inglés W. Gilbert. Este cientista observou que virios ou- {05 corpos, ao serem atritados, se comportavam como o Ambar e que a atracio bar € wna pera amarelada que se origina ma fssilizago de resins provenientes de vores dem lei macs, Fig. 17-1: Nosro vida exté intimamente relecionada com 05 fenémenos de no- tureza elética, exercida por eles se manifestava sobre qualquer outro corpo, mesmo que este nio fosse leve. ‘Como a palavra grega correspondente a mbar € eléctron, Gilbert passou a usar o termo “eletrizado” ao se referir Aqueles corpos que se comportavam como ‘Ambar, surgindo assim as expressdes “eletrizacio”, “eletricidade” ete, Fig. 17-2: Mlustragdo es ‘quemética. Qualquer subs- Rancia pode ser eletrizada 190 ser otritade com outro. Modernamente sabemos que todas as substincias podem apresentar com- portamento semelhante ao mbar, isto é, podem ser eletrizadas a0 serem atritadas com outra substineia. Por exemplo: uma régua de plistico se eletriza a0 ser atritada com seda ¢ atrai uma bola de isopor (fig. 17-2-a); um pente se eletriza a0 ser atritado nos cabelos de uma pessoa e atrai estes cabelos (fig 17-2-b) ou um filete de gua (fig. 17-2-c); uma roupa de ndilon se eletriza ao se atritar com nos- 80 corpo; um automével em movimento se eletriza pelo atrito com o ar etc. CARGA POSITIVA E CARGA NEGATIVA Realizando-se experiéncias com vérios corpos eletrizados, verificou-se que cles po- ddem ser separados em dois grupos distintos: [EEE constituido pelos corpos que tém comportamento igual ao de uma barra de vidro atritada com seda. Verifiea-se que Fig. 173: Mustrogdo exquemétice. todos os corpos eletrizados deste grupo Quando uma barra de vidro é atritada_repelem-se uns aos outros. Diz-se que estes , estéo separados por uma distancia r. Cada um & fentao eletizado com uma mesma carga Q, de tal ‘modo que a forca de repulsao elétrica entre estas cargas equilibre a atracao gravitacional entre os dois corpos. Determine o valor de Q em fungo da cconstante gravitacional, G, da constante k, (da lei ‘de Coulomb) e da massa m de cada corpo. 49. Sobre uma mesa lisa, isolante, nos vértices de um. quadrado de lado igual a 10 om, estdo fixadas as cargas puntuais Q, = 5,0 uC, Q, = -5,0 HC e ,=5,0 4C, mostradas na figura deste problema. No vértice restante do quadrado 6 abandonada uma pequena esfera de massa m = 100 ge eletr'- zada com uma carga q = 2,0 uC. Determine 0 ‘médulo, a diregao € o sentido da aceleragao que ‘seré adquirida por esta esfera. a oJ cam a@ Problema 19. Qa 20. Na figura deste problema a pequena esfera A e 0 ‘péndulo B possuem cargas de mesmo modulo © de sinais contrarios. Sabendo-se que 8 esté em ‘equilbrio que sua massa vale 10 g, determine o médulo da carga em cada um destes corpos (considere g = 10 ms’). 24. 22. 23, 24, Em um tomo de hidrogtnio, o elétron gira em tor no do proton em uma érbita circular cujo raio vale aproximadamente r= 5 x 10 m. Considerando {que a massa do elétron & m=9 x 10° kg, calcule fa velocidade com que ele est girando em tomo do Droton (lembre-se de que a forea centripeta no fletron é proporcionada pela atragao elétrica do proton sobre ele). Uma carga elétrica puntual +@ encontra-se fixada sobre uma mesa isolante (veja a figura). Um pe ‘queno compo C, eletrizado com uma carga também positiva +9, 6 abandonado sobre a mesa, nas pro- ximidades de +Q. Considere que a forga resultante que atua sobre C 6 devida apenas & carga Q. En- quanto C se desioca a a e o— é Problema 22 a) 0 médulo de sua acelerago aumenta, diminut ounndo se altera? »b) Eo médulo de sua velocidade? Uma barra isolante P, eletrizada positivamente, & ‘colocada nas proximidades de uma barra metalica 'B, nao eletizada, como mostra a figura deste pro- bloma. A pequena esfera condutora E esta tam- bbém descarregada, suspensa por um fio isolante, proxima de uma das extremidades de 8. Probleme 23. 8) Desoreva a dstnbuigdo de cargas nos corpos B €¢£, no momento em que o corpo P 6 aproxima 0 de 8, by A sfra Ese deslocaré? Expique. Em Fisica Modema, na andlise da interagdo entre partculas atémicas, a forga graitacional € consi- ‘derada uma interagdo fraca (comparada com a fr Ga elétic). A razdo desta denominagéo fcara cla ra se voc8 responder as seguintes questées: a) Caleule a forga elétrica de atragdo entre 0 proton @ 0 elétron em um étomo de hidrogénio. Considere os seguintes valores aproximados: carga do préton = 10°C raio do tomo de hdrogénio = 10° m constante dale de Coulomb, ky= 108 Nm?/C? ») Galoul, agora, a forga gravitacional entre aque- las partieuas, ainda no étomo de hidrogénio. Carga elétrica Considere os seguintes valores: massa do préton = 10 kg massa do elétron = 10°° kg ‘constante gravitacional, G = 10% N . m’/kg? ©) Qual dessas forcas ¢ maior? Quantas vezes? (oc8 percebe agora por que a forga gravitar ional é uma interagao fraca’) 25, Um nicleo de Pb" emite um elétron, transfor: mando-se em um nucleo de Bi. Levando em conta a conservagéo da carga elétrica, como se comparam as cargas elétricas dos nucieos de Bi" e Pom? 26. Uma esfera de cobre eletrizada ¢ ligada a um flo ‘metalico. Encosta-se a ponta livre do fio, sucessi- vamente, em uma esfera de borracha, uma de Isopor e outra de aluminio. AS esferas estao isola- das da terra e tém todas 0 mesmo didmetro, Qual 2 concluséo que podemos tirar sobre a carga que cada uma destas trés esferas recebe? 27. Duas esferas de mesmo raio possuem cargas elé- tricas iguais, uniformemente distribuidas em suas superficies. Colocando-se uma esfera proxima da ‘tra, cizer em qual dos dots casos seguintes a for {ga de repulséo entre elas serd maior: 11! —as duas esteras s40 de isopor. 2! —as duas esferas sao de lato. 28, Um basta eletricamente carregado atrai uma bol ‘nha condutora X, mas repele uma bolinha condu- tora ¥. Na auséncia do bastdo, verifica-se que Xe ¥ se atraem (as atragdes e repulsdes mencionadas 880 todas de origem elétrica). Responda, justii- cando sua resposta: 2) Abolinha X poderia estar descarregada? ) Abolinha X poderia estar eletrizada? (©) Abolinha ¥ poderia estar descarregada? 28. Thés pequenos objetos, com cargaselétricas idénti- cas, estéo alinhados como mostra a figura deste problema. 0 objeto C exerce sobre B uma forga iguel a 3,0 x 10" N. Qual & 0 m6dulo da orga elé- ‘ica resultante que atua sobre B, em vitude das ages dee C? a 8 ° Ot Llome 3am, 2 Problema 29, 30. Duas cargas e'étricas puntuais, de mesmo médulo ‘@ mesmo sinal, $30 mantidas a uma distancia fha uma da outra e estéo se repelindo com uma forga F, Uma tereeira carga, igual as anteriores, & colo- ‘cada no ponto médio entre elas. A forga F entre as ‘duas primeiras cargas ¢ alterada pela presenga da torceira? Explique 31. Verifica-se experimentaimente que aumentando-se ‘a temperatura de um dielético polar (como a agua, or exemplo), 0 valor de sua constante dielétrica se modifica. Vocé acha que o valor de K aumenta ou ‘iminui quando se aumenta a temperatura? Expique. on Ulae questées de vestibular questSes de vestildul: As questdes de vestibular se encontram no final do livro. problemas suplementares problemas suplemen 1. Caloule a carga elétrica total existente em 1 kg de elétrons, 2. Uma carga elétrica repele um péndulo elétrico, si- ‘twado a 5 om de distancia, com uma certa forca F. Para exercer sobre o péndulo a mesma forca F, uma segunda carga deve estar a 10 cm de distan- cia dele. Esta segunda carga é maior ou menor do ‘que a primeira? Quantas vezes? 3. Suponha que voc8 coloque uma colher de cloreto de sédio em um copo de éleo e outra em um copo de glicerina. Em qual deles o sal se apresentara mais dissolvido? Por qué? 4, Duas pequenas esferas, ambas carregadas positiva- mente, apresentam carga total de 5,0 x 10° C. Veritica-se que quando esto separadas por uma dis- ‘ncia de 2,0 m, elas se repelem com uma forga de 1,0.N. Determine 0 valor da carga em cada esfera. 5. Um nécleo de U™* emite uma particula a (néicleo do ‘tomo de He), dando origem a um nécleo de Th, Imediatamente apés a emisséo, a distdncia entre o nicleo de Th e a particula a € 9 x10" m. Caloule neste instante: 2) 0 valor da forga elétrica que atua na particulac. ) a aceleragéo desta particula. a a 6. Duas cargas puntuais A e 8, eletrizadas positiva- ‘mente com cargas Q, = 25 uC e Q, = 16 UC, estao {fxas, separadas por Uma distancia d = 9,0 cm. De- termine a que distancia da carga A deve ser coloca- {do um pequeno corpo eletrizado C para que ele f- ‘que em equilibrio (suponha que sobre C atuem ‘apenas as forgas elévicas devidas ae B). 7. Duas pequenas esferas condutoras idénticas, Ae B, de mesma massa m = 0,30 g, encontram-se nO ar suspensas por dois fios leves, isolantes, ambos medindo 1,0 m de comprimento e presos fem um mesmo ponto de suspensao 0. Uma das esferas € eletrizada com uma carga Qe, em seguida, é colocada em contato com a outra esfera. Elas se repelem, entdo, atingindo 2 po- sigdo de equiibrio quando estiverem separadas por uma distancia de 1,0 m (veja a figura deste problema). Determine o valor da carga Q, consi- derando g = 10 mis”. a Problema Suplementor 7. 8, No problema anterior, suponha que a carga Q seja positiva. Determine o sinal e o valor de uma carga q que deve ser colocada no ponto 0, a fim de que sejam nulas as tensdes nos dois fios de suspensao, 9. Uma particula de massa m = 10 g e corga q=-2,0 nC 6 presa a uma mola de masse despre- vel. 0 periodo de osciagao deste sistema 6 T= (0,40 m)s. Uma outra particula, de carga 9 = 0,20 UC, 6 fixada a uma distancia d da posi- (g80 de equilbrio O da carga q (veja a figura deste problema). Verifica-se que a nova posigéo de equi- lvio de q esté situada a uma disténcia X = 40 em {40 ponte 0. Calcular 0 valor da distancia d. 4 Problema Suplementar 9 10. Uma pequena esfera de massa m e carga +4, suspensa por um fio de comprimento L, gra em ‘movimento circular uniforme em tomo de outra car- a fixa igual a ela, da maneira mostrada na figura 11. 12, 13, deste problema. Caleular 2 velocidade angular w da esfera, considerando os seguintes valores: m = 65 g, ‘= 1,0 m, g= 10 mvs", Angulo do fio Problema Suplementar 10. Duas pequenas esferas metélicas idénticas $80, clotizadas com cargas Q, = 10,0 uC e Q, =-6,0 UC. Mede-se a forga de atragéo entre estas esferas quan- do elas esto separadas por uma oerta distancia d Em soguida, as esferas so postas em contato & novamente separadas, sendo colocadas & mesma ‘distinciad uma da outa, Nesta stuagéo, aforga entre las é novamente medida, a) Qual a carga de cada esfera apés ser estabele- ido 0 contato entre elas? (jembre-se que as esferas sao idénticas) ) Na situacéo final, as esteras estardo se atraindo ‘ou se repelindo? ©) Quantas vezes 0 médulo da forca inicial entre ‘as esferas € maior do que © médulo da fora ‘inal? Tiés pequenos corpos eletrizados, com cargas q., 4, € Gy, estdo situados sobre uma mesa horizontal ‘sem atrito. Estes corpos encontram-se em equil- brio nas posigdes mostradas na figura deste pro- blema, Sendo g, = +4,5 uC, determine: 2) Os sinais das cargas q, € dy. ) O valor destas cargas. a ss Problema Suplementar 12. Uma carga Q deve ser distribuida entre duas pe- ‘quenas esferas que estéo situadas a uma disténcia fixa uma da outra. Como deve ser feta esta distri- buigao para que a forca de repulséo entre as esferas tenha um valor maximo? Observagio: Vocb poderd resolver este problema usando conhecimentos de célculo diferencial (ma: ximos e rinimos) ou lembrando-se de seus estu- 0s do trindmio do 2° grau. Uma centetha elétrica saita entre a: duarerfetae Gletrizadas quando o campo elétrico entre elas & fia Intenso que faz 0 or tornarse um condutor de cletrieldade. 18.1.0 conceite de campo elétrico © QUE SE ENTENDE POR CAMPO ELETRICO Considere uma carga Q fixa em uma determinada posigio, como mostra a fig. 18-1. Ja sabemos que se uma outra carga q for colocada em um ponto P,, a uma certa distancia de Q, aparecers uma forga elétrica F atuando sobre q (fg. 18-1). Suponha, agora, que a carga q fosse deslocada, em torno de Q, para outros pontos quaisquer, tais como P,, P, ete. Evidentemente, em cada um destes pontos estaria também atuando sobre q uma forga elétrica, exercida por Q. Para descre- ver este fato, dizemos que em qualquer ponto do espago em torno de Q existe um ‘campo elétrico criado por esta carga. Podemos entio desta dizemos que em um ponto do espago existe um campo elétrico quando uma carga g, colocada neste ponto, for solicitada por uma forga de origem elétric: Voltando a fig. 18-1, devemos observar que 0 campo elétrico é criado nos pontos P,, P,P, ete. pela carga Qa qual, naturalmente, poderd ser tanto positiva (como a da figura) quanto negativa. A carga g que é deslocada de um ponto a ou- tro, para verificar se existe ou nao, nestes pontos, um campo elétrico, é denomi- nada carga de prova (ou carga de teste). COMENTARIOS 1) E importante salientar que a existéncia do campo elétrico em um ponto nao depende da presenga da carga de prova naquele ponto. Assim, existe um ‘campo elétrico em cada um dos pontos P,, P,, Pye P; da fig. 18-1, embora nao haja carga de prova em nenhum deles. Quando colocamos uma carga de prova ‘em um ponto, queremos apenas verificar se atua, ou nao, uma forga elétrica sobre ela, o que nos permite concluir se existe, ou no, um campo elétrico naquele ponto. 2) Estamos habituados a dizer que, na fig. 18-1, a forga elétrica F é exercida por Q sobre g. Com a introdugio do conceit de campo elétrico, podemos visualizar esta interacio de uma maneira diferente: dizemos que a carga Q cria um campo elétrico nos pontos do espago em torno dela e que este campo elétrico é 0 responsivel pelo aparecimento da forga elétrica sobre a carga q colocada naqueles pontos. Em outras palavras, consideramos que a forga elétrica que atua sobre q é devida.a agio do campo ettrio € nao ‘ agio direta de Q sobre g. 3) O conceito de campo no € restrito apenas ao estudo dos fenémenos elétricos. Assim, dizemos que em torno da Terra (ou em torno de.qualquer corpo material) existe um campo gravitacional, pois uma massa m, colocada em qualquer ponto do espago em tomo da Terra, fica submetida a agio de uma Fig. 18-1: Mustragdo esque- ‘matica. Em torno de uma carga elétrica,Q, existe um campo elétrice eriado por esto cargo. al (/ Camp stérice a a is forca exercida por ela (fig. 18-2). Da mesma forma, em um ambiente qualquer F (numa sala, por exemplo), podemos dizer que existe um campo de temperatura, pois em cada ponto do ambiente temos uma temperatura bem determinada, — —o propria daquele ponto. De um modo geral, sempre que a cada ponto de uma certa regio corresponder um valor de uma dada grandeza, dizemos que, naquela regio, exis- J te um campo associado aquela grandeza. Este campo poder ser um campo esca- lar (como o campo de temperaturas) ou um campo vetorial (como 0 campo elé- Fig 182: lutrosdo eave rico e o campo gravitacional). mmética. Em toro do Terra (ou em tomo de qualquer corpo material) existe um ‘compo gravitacionol. © VETOR CAMPO ELETRICO © campo elétrico pode ser representado, em cada ponto do espago, por um vetor, usualmente simbolizado por E e que se denomina vetor campo elétrico. Va- ‘mos apresentar, a seguir, as caracteristicas deste vetor, isto é, seu médulo, sua regio seu sentido. 1) Médulo do vetor E — © médulo do vetor E, em um dado ponto, costuma ser denominado intensidade do campo elétrico naquele ponto. Para definir este modulo, consideremos a carga Q, mostrada na fig. 18-3, criando um campo «létrico no espago em torno dela. Colocando-se uma carga de prova g em um ponto qualquer, como o ponto P,, por exemplo, uma forca elétrica F atuara sobre esta carga de prova. A intensidade do campo elétrico em P, seré, por definigao, dada pela expressio a E ficil perceber que a unidade para a medida de E sera, no S.L., % Poe INK _ A expresso E = F/y nos permite determinar a intensidade do campo elétrico em qualquer outro ponto, tal como P, ou P, ete. De maneira geral, o valor de E sera diferente para cada um desses pontos, a no ser em casos especiais, que analisaremos posteriormente. Observe que, de E= F/q, obtemos Fig. 18-3: lustragdo esque Pagk imética. Em cade panto do =a expese, em tore de ume isto é, se conhecermos a intensidade, E, do campo elétrico em um ponto, Sr itoce toe utescse poderemos calcular, usando a expressio anterior, o médulo da forga que atua compo elsrico,£. em uma carga qualquer, 4, colocada naquele ponto. 2) Diregao e sentido de E — A diregao e o sentido do vetor campo elétrico em um ponto sio, por definicio, dados pela diregio e sentido da forca que atua em uma carga de prova positiva colocada no ponto. Por exemplo: consideremos 0 ponto P, mostrado na fig. 18-4. Se uma carga de prova positiva fosse colocada em P,, ela seria, evidentemente, repelida por @ com uma forga horizontal para a direita. Portanto, em virtude do que acabamos de dizer, 0 vetor campo elétrico £,, naquele ponto, seria também horizontal e dirigido para a direita. De modo andlogo, podemos concluir que em P, temos um vetor E, dirigido verticalmente para cima; pois, se uma Mas carga de prova positiva fosse colocada neste ponto, ela ficaria sob a agio de uma forga com aquela diregio e naquele sentido. Vocé po- dera, entio, verificar facilmente que, em P, ¢ P,, os vetores E, e E, tém as direcdes ¢ os sentidos indicados na fig. 18-4 Suponha, agora, que a carga que cria 0 campo seja negativa, como mostra a fig. 18-5. Neste caso, se colocissemos a carga de prova positioa em P,, cla seria atraida por Q com uma forga para a esquerda. Portanto, 0 vetor campo elétrico estaria agora dirigido para a esquerda (sempre no mesmo sentido da forga que atua na carga de prova positiva). Seguindo esta orientagio, vocé poderé concluir que em P,, P, ¢ P, 0 vetor campo elétrico sera representado Fig. 18-4: llstrogo esquemética. A pelos vetores E,, £, e E, mostrados na fig. 18-5. ‘carga Q, pesitiva, cria nos pontos P,P, . impos elrcos EE, Resumindo 0 que foi dito, temos: "com dregs © sentidos indica sendo Fo médulo da forga elétrica que atua em uma carga de prova g, colocada em um ponto do espaco, 0 vetor campo elétrico E neste ponto tem uma intensidade obtida pela rela A diregio ¢ 0 sentido do vetor E'sio dados pela diregao ¢ sentido da forca que atua na carga de prova positiva colocada no ponto. MOVIMENTO DE CARGAS EM UM CAMPO ELETRICO Suponha que uma carga positiva g seja colocada no ponto P, da fig. 18-4, no qual existe um campo elétrico EZ, criado por Q. Como sabemos, a carga q serd repelida por Q com uma forca dirigida para a direita e, conseqiientemente, ela tenderd a se deslocar no sentido desta forga. J4 que o vetor E, tem o mesmo sentido desta forga, concluimos que a carga positiva q tende a se des- ocar no sentido do campo elétrico, Se esta mesma carga positiva q for colocada no ponto P, da fig. 18-5 (campo criado por carga negativa), cla sera atraida pela carga Q e tenderé, também neste caso, a se deslo- car no sentido do campo elétrico E,. De maneira geral podemos veri- ficar que, em qualquer ponto que a carga positiva g for abandonada, ela tendera a se deslocar no sentido do vetor campo elétrico existente naquele ponto (esta conclusio é uma conseqiiéncia natural do fato de termos definido o sentido do vetor E como sendo o mesmo sentido da forca que atua na carga de prova positiva). Imagine, agora, que coloquemos no ponto P, da fig. 18-4 uma carga negativa q (lembre-se que, em P,, existe um campo elétrico E, dirigido para a direita, produzido pela carga Q). Nestas condigdes, a carga 4 seré atraida por Q e tenderé, entio, a se deslocar em sentido Campo elétrice le contrdrio a0 campo E,. Se colocarmos a carga negativa q no ponto P, da fig. 18-5, ela serd repelida pela carga negativa Q e, da mesma maneira, ten- derd a se deslocar em sentido contritio ao do vetor E,. Em resumo: uma carga positiva, colocada em um ponto onde existe um ampo elétrico F, tende a se deslocar no sentido deste campo, e uma carga negativa tende a se deslocar em sentido contririo ao do campo. > Exemplo - Uma pessoa verificou que, no ponto P da fig. 18-6, existe um campo elérico E, hori- 2_£ zontal, para a direta,criado pelo corpo eletizado mostrado naquela figura. 2) Desejando medir a intensidade do campo em P, a pessoa colocou, neste ponto, uma car- 9 =2,0x 10” Ce venficou que sobre ela atuava uma forca F = 5,0 x 107 N. Qual é, ‘entéo, a intensidade do campo em P? Fig. 18-6: Esqueme pora 0 ‘exemple da seegdo 18.1. ') Retirando-se a carga q e colocando-se em P uma carga positive q, = 3,0 x 10" C, qual ‘ord 0 médulo da forga F, que atuaré nesta carga e qual o sentido do movimento que ela tenderé a adquinr? ©) Responda & questio anterior supondo que colocdssemos em P uma carga negativa cujo médulo 6 9, = 3,0 10" C. lus de fi So exel’Cicios de fixagae exel"Cicios de fia Antes de passar ao estudo da préxima sec¢do, responda as questées seguintes, | consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 1. Uma carga positva Qestéfixano centrode umamesa horizontal, como mostra a figura deste exerccio. Uma pessoa, desejando verificar se existe um campo elétrico em P,, coloca, neste ponto, uma cargaq. @) Por que a pessoa poderé concluir que ‘existe um campo elétrico em P.? ') Qual é a carga que eriou o campo elétrica em Py? (©) Gomno se denomina a carga q coloceda em P,? ©) Retirando-se a cargaq do ponto P,,o campo elét co continuaré existindo neste ponto? 2. Emma cépia da figura do exercicio anterior, dese- inhe o vetor campo elétrico em cada um dos pontos P,, Pa, Pye Pe 3. Supondo que, no exerccio 1, a carga Q fosse nega tiva, desenhe 0 vetor campo elétrico em cada um dos pontos P,, P,, P,€ Py 4. Verifica-se que uma carga positiva q = 2,5 1, ‘colocada em um ponto P, fica sujeita a uma force ‘elétrica F = 0,60 N, vertical, para bao (veja afi gura deste exercicio), a) Qual éaintensidade do campo elético no panto P? ) Mostre, em uma cépia da figura, a diregao @ 0 sentido do vetor E em P. ™ Exercelo 4. . Em um ponto do espace existe um campo elétrico E=5,0 x 10° NC, horizontal, para a esquerda. Co- locando-se uma carga q neste ponto, verifica-se que ola tende a se mover para a direita, sujeita a uma forga elétrica de médulo F = 0,20 N. 4) Qual 60 sinal da carga q? ) Determine, em uC, 0 valor de a. 18.2. campo elétrico criado por cargas puntuais CAMPO DE UMA CARGA PUNTUAL Acexpressio E'= F/q nos permite calcular a intensidade do campo elétrico, ‘quaisquer que sejam as cargas que criam este campo. Vamos aplicd-la a um caso particular, no qual a carga que cria 0 campo é uma carga puntual. Consideremos, entdo, uma carga puntual Q, no ar, € um ponto situado a < ‘uma distancia r desta carga (fig. 18-7). Se colocarmos uma carga de prova q — neste ponto, ela ficaré sujeita a uma forga elétrica F, cujo médulo poderé ser | calculado pela lei de Coulomb, isto é, teed Como E = F/g, obtemos facilmente Representasdo ex quemética de médulo, dire (G80. sentido do vetor campo ‘létrico, eriade pela cargo ‘puntuol Q,em um ponto cujo ‘ietancia & carga é igual a Portanto, esta expressio nos permite calcular a intensidade do campo em ‘um certo ponto, quando conhecemos o valor da carga puntual Q que criou este campo e a distincia do ponto a esta carga. Observe, entretanto, que esta expres- io $6 pode ser usada para este caso (campo criado por uma carga puntual). Para ‘outros tipos de cargas (n’io-puntuais) existem expressées apropriadas a cada caso e que no serio analisadas em nosso curso. COMENTARIOS Analisando a expressio E = k,Qh , podemes fazer as seguintes observagbes: 1)A carga de prova ¢ no aparece nesta expressio. Assim, concluimos que a intensidade do campo elétrico em um ponto nao depende da carga de prova g mit (ao contrério do que se poderia pensar, a primeira vista, analisando erroneamente a expressio E = F/4). 2)A intensidade E, em um dado ponto, € diretamente proporcional & carga Q que cria o campo. Entio, na fig. 18-7, fazendo variar 0 valor de Q, a intensidade do campo, no ponto mostrado, variaré de tal modo que o grafico Ex Qtera o aspecto mostrado na fig. 18-8-2, 3) A expressio nos mostra, também, que no campo elétrico de uma dada carga Q, 0 valor de E sera tanto menor quanto maior for a distincia r entre o ponto ea carga Q. Na realidade, tem-se E « I/r’, isto é, a intensidade do campo & 7 Wersamente proporcional a0 quadrado da distancia r. Sendo assim, temos r ‘um grifico EX como aquele mostrado na fig. 18-8-b. oe ‘CAMPO DE VARIAS CARGAS PUNTUAIS r Consideremos varias cargas elétricas puntuais Q,, Q;, Q, ete., como Fig, 18:8: Aspectos dos mostra.a fig. 18-9. Suponhamos que desejéssemos calcular o campo elétrico mopcosExQeE xr que 0 conjunto destas cargas cria em um ponto P qualquer do espaco. Para isto devemos calcular, inicialmente, 0 campo E, criado em P apenas pela carga Qy. Como Q, é uma carga puntual, o valor de E, poders ser calculado usando- sea expressio E=k,Q/r’. A diregio ¢ 0 sentido de E, , mostrados na fig. 18-9, foram determinados de acordo com o que estudamos na secgao anterior. A seguir, de maneira andloga, determinamos 0 campo E,, criado por Q,, 0 campo E,,eriado por Q, etc. O campo elétrico E, existente no ponto P, ser dado pela resultante dos campos E.,, E., £, etc. produzidos separadamente pelas cargas Q,, Qs, Q, ete. isto é, As corges Qn 0; © Q, eriam no. ponte’ Po vetores.compor elétricor eee Entio, o campo elétrico E, criado por varias cargas puntuais, é obtido por meio de uma soma vetorial, operagio esta que aprendemos a efetuar no capitulo 4de nosso curso. 009 Stee = = oa CAMPO DE UMA ESFERA Imagine, agora, que tivéssemos uma esfera eletri- zada, possuindo uma carga Q distribuida uniformemence em sua superficie. Supondo que o raio desta esfera no seja desprezivel, estaremos diante de uma situagao nova, isto é uma carga Q nao-puntual, criando um campo elétrico no espaco em torno dela. Para calcular o campo elétrico em um ponto P exterior a esfera (fig. 18-10-a), terfamos que usar um artificio: imaginarfamos a esfera dividida em pequenas porgées, de tal modo que a carga AQ existente em cada Fig. 18-10: Representasio do vetor campo elétrico Everiade por uma esfereeletizada, em um ponte P, situade a ume diténcia do centro do esfera. porgio pudesse ser considerada como uma carga puntual. Cada uma dessas pequenas cargas AQ criaria em P um pe~ queno campo A E (fig. 18-10-2), que poderia ser facil- a => mente calculado. © campo em P, devido a carga toral, Q, da esfera seria obtido somando-se vetorialmente estes pequenos campos. Realizando-se esta operago (que nao seré desenvolvida aqui por exigit cilculos matemiticos de nivel superior), chega-se ao seguinte resultado: 0 campo E, criado em P pela carga Q da esfera, tem a diregio ¢ 0 sentido mostrado na fig. 18-10-b e seu médulo é dado por onde ré a distincia do ponto P ao centro da esfera. Observe que esta ex- pressio ¢ idéntica Aquela que nos fornece o campo elétrico criado por uma carga puntual. Conchuimos, entao, que o campo criado por uma esfera ele~ trizada, em pontos exteriores a ela, pode ser calculado imaginando-se que toda a carga da esfera estivesse concentrada (como se fosse uma carga puntual) em sew centro. Se na fig. 18-10-b considerssemos um ponto situado bem préximo & super- ficie da esfera, sua distancia ao centro dela seria praticamente igual a R (raio da cesfera). Portanto, 0 campo neste ponto seria dado por E=k 2 Re Deve-se salientar que a anélise que acabamos de fazer s6 é vilida para pon- tos exteriores 3 esfera. A determinagio do campo elétzico em pontos no interior da esfera sera estudada na secgao 18.4. Exemplo Uma esfera de raio R = 8,0 om esta eletri- ° ‘zada_negativamente com uma carga de valor Q=3,2 UC, uniformemente distibuida em sua su- cle (Ng. 18-11). pesto ie 2 Fig. 18-11: Esqueme para Considere um ponto P stuado a 4,0 om da ‘exerplo do seegdo 18.2 superficie de ester. a) Qual éo sentido do campo elétrico criado pela esfera no ponto P? emp coc poe use garmin nit sence state pam ocmeeetaLti.e vetor E no ponto P terd a diregao eo sentido mostrados na fig. 18-11. ') Supondo a esfere no ar, qual serd a intensidade do campo elético no ponto P? A intensidade do campo elétrco criado por uma esfera & dada por E = K,Q/r?, onde ré a dis- tancia do ponto ao centro da esfera. Logo, temos 1=8,0cm+4,0em=12em oy r= 412x107 m Como Q=3,2 uC=3,2 x 10°C, vird Bak, 2 =9,0x10%x 32410" Yonge £=2,0 10° NC r (422x107)? Campo elétrice ©) Se uma carga puntual negativa, de valor .5 x 10” C, for colocada em P, qual seré 0 édulo, a dregdo © 0 sento da forga eléticaF que atuaré sobre ela? Como 4 & uma carga negative, sabemos que ela ficaré sujeita @ uma forga em sentido con- trério a0 do campo elétrico existente no ponto. Logo, quando q for colocada no ponto P da ‘ig, 18-11, atvard sobre ela ume forgaF dre pare a drive. O médulo desta forga poderd ser ealculado por F- = 06. Entdo, F=qE=3,5x107x2,0%10" conde F=0,70N deo @xelCicios de fiXagae exelcicics de { Antes de passar ao estudo da préxima sec¢ao, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 6. Uma carga elétrica puntual positva, Q = 4,5 uC, encontra-s@ no ar Considere um ponto P sitvad @ uma disténcia r= 30 om de Q. 2) Qual é a intensidade do campo elétrco criado or Q em P? b) Se 0 valor de Q fosse duplicado, quantas vezes maior se tornaria a intensidade do ‘campo em P? ©) Entdo, qual seria © novo valor do campo em PP 7. No exercicio anterior, ap6s duplicar 0 valor de Q, considere um ponto P” situado 2 90 om desta carga. a) A distancia de P’ a Q ¢ quantas vezes maior que a distancia de P a Q? ») Entdo, a intensidade do campo em P& quantas \ezes menor do que em P? ©) Logo, qual 6 aintensidade do campo em P°? 8. Considerando ainda o exercicio 6, apés duplicar 0 valor de @, imagine que esta carga e o ponto P es- tivessem mergulhados em gua (considere a cons- ‘ante dielétrica da gua igual a 80). 4) 0 valor do campo elétrico em P seria maior ou ‘menor do que no ar? Quantas vezes? ) Entdo, qual seria, agora, a intensidade do cam- poem P? Duas cargas puntuals, Q, = 8,0 x 107 Ce Q=-8,0 x 10°C, encontiam-se no a, distan- Ciadas de 20 cm (veja a figura deste exercico). 8) Desene, em uma cépia da figura, © vetor campo elético E, criado pela carga Q, no ponto P, situado no meio da distancia entre as duas carga. ) Qual é a intensidade deste campo €,? 10. a @ oe Exercicio 9. a) Na cépia da figura do exercicio anterior, dese- ne o veto, eriado por Q; no ponto . 1) Qual é a intensidade deste campo £,? €) Determine, entéo, o campo eléticd resultante ‘etiado por, € Q; em P. Uma estera unitormemente eletrizada cria, em um ponte P exterior @ ela, um campo elétrico E = 1,5 x 10" N/C, cuja diregdo e sentido esta mostrados na figura deste exerciio. A distancia de P & superficie da esferaé igual ao proprio raio da estera. 2) Qual 60 sinal da carga na estera? ) Considere um ponte P’ muito primo da super: ficle da esfera. A cistancia de P’ a0 centro da estera é quantas vezes menor que a distancia de Pa este centro? ©) Ent, a intensidade do campo em P’ 6 maior ‘ou menor do que em P? Quantas vezes? 1) Logo, qual seré a intensidade do campo em qualquer ponto préximo & superficie desta estera? Beoreeio 1. ry a sa 18.3. Linhas de forsa © QUE SAO LINHAS DE FORCA © conceito de linhas de forga foi introduzido pelo fisico Faraday, no século XIX, com a finalidade de representar 0 campo elétrico atra- vés de diagramas. Para que possamos compreender esta concep- ‘gio de Faraday, suponhamos uma carga puntual po- sitiva Q eriando um campo elétrico no espago em tor no dela. Como sabemos, em cada ponto deste espago temos um vetor £, cujo médulo diminui 4 medida que nos afastamos da carga. Na fig. 18-12-a esto re~ presentados estes vetores em alguns pontos em torno de Q. Consideremos os vetores £,, B,, B, ete., que tm a mesma diregao, ¢ tracemos uma linha passando por estes vetores ¢ orientada no mesmo sentido de- les, como mostra a fig. 18-12-b, Fsta linha é, entio, tangente a cada um dos vetores E,, E,, E, etc. Uma li- nha como esta € denominada linba de forga do campo elétrico, De maneira semelhante, podemos tragar vi~ rias outras linhas de forga do campo elétrico criado pela carga Q, como foi feito na fig. 18-12-b. Esta fi- gura nos fornece uma representagio do campo elétri- co da maneira proposta por Faraday. Se a carga criadora do campo for puntual nega- tiva, sabemos que o vetor £, em cada ponto do espa- 90, estard dirigido para esta carga, como mostra a fig. 18-13-a. Podemos tragar, também neste caso, as li- nhas de fora que representario este campo elétrico. Observe, na fig. 18-13-b, que a configuracio destas, linhas de forga € idéntica aquela que representa 0 campo elétrico da carga positiva, diferindo apenas no sentido de orientagio das linhas de fora: no campo () () ry \ aif ~\ e/ a ae MN JIN Pin Fig 18-12; Reprevetasdoexquemétice de inhos de forse cape elence code por am crge putea poste 1 — NEAL | ae fe ae a TK é | % Fig. 18-13: Representogdo esquemética das linhas de forgo -d9.compo elétrico eriado por ume corge puntual negative. ) ) Fig. 18-14: Representa (fo exquemética das Iie ‘has de forea do campo ‘tice criado por duos ‘args de sinals contrérios {ele por duas corgas de si al gucte (bp. 6 Fg 18-15: lustrocdo exque- rica. Duos placas planas, puralels, eletizedas unifor: Iremente com cargos de sk ais contrérios, etiam um capo uniforme no espaco tue eloe. — Ss a carga positiva as linhas divergem a partir da carga e no campo de uma ‘carga negativa as linhas convergem para a carga. ‘COMENTARIOS 1)As linhas de forga dos campos que acabamos de estudar apresentam uma configuragio relativamente simples. Outras distribuigées de ccargas criam campos cujas linhas de forga podem apresentar formas mais complicadas. Por exemplo: na fig. 18-14-a mostramos as linhas de forga do campo elétrico criado por duas cargas puntuais de mesmo médulo, mas de sinais contrérios, e na fig. 18-14-b vemos a confi- ‘guracio das linhas de forga para 0 caso em que as duas cargas tém 0 mesmo sinal. Em todos os casos, cada linha de forga deve ser tragada de maneira tal que, em cada ponto, o vetor E seja tangente a ela. 2) As linhas de forga podem ser tragadas de modo a nos dar informagdes no s6 sobre a diregio ¢ o sentido do vetor E, mas também sobre o mé: dulo deste vetor. Para isto, convenciona-se tragar as linhas de forga mais prdximas umas das outras nas regides onde a intensidade do campo for maior e, portanto, as linhas deverio estar mais separadas nos pontos onde a intensidade do campo for menor. Por exemplo: observando as figs. 18-12-b e 18-13-b, vemos que as linhas de forca estio mais juntas nas proximidades das cargas, indicando, como jé sabfamos, que o campo € mais intenso nestas regides. Observe também que, nestas figuras, 3 medida que nos afastamos das cargas, as linhas se apresentam mais separadas, mostrando que a intensidade do campo esta decrescendo. 3) Apés estas consideragies, fica claro que as linhas de forga fornecem um diagrama capaz de representar 0 campo elétrico, como desejava Faraday. De fato —sendo uma linha de forga tragada de tal modo que, em cada ponto, o vetor £ seja tangente a ela, é possivel determinar a diregao e o sentido do campo em um ponto, quando conhecemos a linha de forga que passa por este ponto, — como as linhas de forga so tragadas mais préximas umas das outras nas regides onde o campo elétrico € mais intenso, observando a separacio entre estas linhas é possivel obter informacées sobre 0 médulo do vetor campo e CAMPO ELETRICO UNIFORME Consideremos duas placas planas, paralelas, separadas por uma distincia pequena em relagio as dimensdes destas placas. Suponhamos que clas estejam ‘uniformemente eletrizadas com cargas de mesmo médulo e de sinais contrérios, ‘como mostra a fig. 18-15. Se colocarmos uma carga de prova positiva q em um ponto P, situado entre as placas (fig. 18-15), esta carga ficard sujeita 4 agao de uma forca Fr, devido a0 campo elétrico eriado pelas placas no espaco entre elas. A forga Fé perpen- dicular as placas ¢ esta orientada, como voce poderia prever, da placa positiva para a negativa. Deslocando-se a carga de prova q para outro ponto qualquer entre as placas (como o ponto P,, ou P, etc.) verifica-se que iré atuar sobre ¢ uma forca F de mesmo médulo, mesma diregao ¢ mesmo sentido que aquela que atuava quando q se encontrava em P,.Concluimos, entio, que o campo elé- trico existente entre estas placas tem, em qualquer ponto, o mesmo médulo (lembre-se de que E = F/), a mesma diregio e o mesmo sentido. Um campo como este é denominado campo elétric uniforme e pode ser representado por um vetorE, como aquele indicado no ponto Pda fig, 18-15. Portanto dizemos que um campo elétrico é uniforme, em uma dada regiio do espaco, quando ele apresentar 0 mesmo médulo, a mesma diregio e 0 mesmo sentido em todos os pontos desta regio. A fig. 18-15 mostra uma das maneiras de se obter um campo elétrico uniforme: entre as duas placas, o vetor E nao varia ao passarmos de um ponto para outro, estando sempre orientado da placa positiva para a negativa. Na fig. 18-16 estio tragadas as linhas de forca do campo existente entre as duas placas. Observe que estas linhas sio paralelas (a diregio de E no varia) e igualmente espagadas (o médulo de E é constante), indi- cando que o campo elétrico, nesta regio, é uniforme. Deve-se notar, entretanto, que estas consideragdes sio validas para pontos niio muito préximos das extremidades das placas. De ato, como mostra a fig. 18- 16, nestas extremidades as linhas de forga sio curvas, indicando que af o ‘campo deixa de ser uniforme. A fotografia da fig. 18-17 foi obtida colocando-se sementes de grama entre duas placas eletrizadas com car- gas de sinais contrérios. Como podemos observar, estas sementes se orientam na diregio do campo elétrico, apresentando, assim, uma con~ figuragio igual a das linhas de forga. Este artificio constitui, portanto, ‘uma “materializagao” das linhas de forca, possibilitando-nos “enxergat” ‘© campo uniforme entre as placas, jo aa | TT! Fig. 18-16: Esquema de I ‘ahas de forca do campo Uniforme existente entre ‘duat places eletrizadas com cargos de sinois con- trérlos. . Fig. 18-17: Mopeamento das linhos de oreo do compo elétrico existente entre Exemplo ‘duos placa eletrizados com carga desi- ‘nals contrrios. (© campo elétrico entre as placas mastradas na fg, 18-16 vale E = 2,0% 10" NC € a disténcia entre elas 6 d = 7,0 mm. Suponha que um elétron seja liberado, a parti do repouso, nas proximidades da placa negativa, 2) Qual é o médulo, a diregio eo sentido da fora elétrica F que atua no elétron? Como sabemos, 0 elétron tem carga negativa. Entao, a forga F que atvard sobre ele teré a mesma direcao e sentido contrério ao do campo elétrico E, Isto é, a forga F estaré orientada da placa negativa para a positiva, como mos- traa fig. 18-18. aun i (0 médulo de F serd dado por F = gE, onde q é a carga do elétron cujo valor consta na tabela que se encontra no final deste volume: q = 1,6 x 10" C. Logo, 18-18: Esqueme pare 0 exemy F=qE=1,6%10"%2,0%10" donde F=3,2x10°N cnbecede 183 a Campo elétrico «de (INaGac exel"Cicies de fiXagao exe a 7 ) Sabendo-se que o peso do elétron & desprezivel em comparagao com a forga elética que ‘lua sobre ele, diga qual é 0 tipo de movimento que esta particulairé descrever Como © campo entre as placas é uniforme, a forga elgtrica F que atua no elétron permane- ‘ce constante enquanto ele se desioca. Logo, esta force imprimiré ao elétron uma acelera- {gdo também constante, isto 6, 0 movimento do elétron serd retlineo e uniformemente ace- lerado, «) Qual é 0 valor da aceleragao adquirda pelo elétron? Esta aceleragéo poderd ser calculada pela 2* Lei de Newton, F = ma, onde m é a massa do ‘elétron, também encontrada na tabela no final deste volume: m = 9,1 x 10" kg. Logo, F_ 32107 a=—=————_—s tone. = 3,5 x 10" m/s? m” 94x10 i a Observe que, embora a forga sobre o elétron sejarelativemente pequena, ele adquire uma aceleragdo de valor extremamente elevado. 1) Quanto tempo o elétron gastaré para se deslocar da placa negativa até a placa positive? Como o movimento & uniformemente acelerado, sabemos que a distancia d que o elétron percorreré serd dada por d = (1/2) at” (lembre-se que v, = 0). Em nosso caso, temos d = 7,0 mm = 7,0x 10° mea=3,5 x 10" mvs’. Entéo, loa _ foxtoxan™ sl a 2x7,0x10 Seni Ode ¢=20%10%s €) Qual a velocidad do elétron a0 chegar & placa positva? ‘No movimento uniformemente acelerado, com v, = 0, sabemos que v= at. Assim, v=3,8x10%%2,0x10% donde v= 7,010" m/s iCios de fiXA¢: “Antes de passar ao estudo da préxima sec¢do, responda as questdes seguintes, | consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 12, A figura deste exercicio apresenta as inhas de forea do campo eriado por dues Pe cargas puntuals +9 e~Q. Consiere os pontos P eP, da fu. 2) Desenhe, em uma eépia da figura, os vetores Ee E, que representam 0 campo elétrico em cada um desses pontes. b) Observando a separagdo das linhas de forga, vocé poder conciuir que E, é maiog, menor ov igual a €,? Exereiio 12 sn — 13. a) Na fig. 18-15, seja ra distancia do ponto P, & placa positiva. O valor do campo neste ponto ppoderia ser caleulado usando-se a expresséo =k, Qi? Por que? ») 0 valor do eampo em P, paderia ser ealculado pela relagdo E = Fig? Por qué? 14. No exemplo resolvido no final desta seceao (fig. 18-48), suponha que, em lugar do eiétron, fosse abandonado um proton nas proximidades da placa positva 16. ') Entéo, 0 tempo que o proton gastaria para ir de ‘uma placa & outa seria maior, menor ou igual 30 tempo gasto pelo elévon neste mesmo percurso? Um feve de particulas, consttuido de protons, néu- ‘rons e elétrons, penetra em um campo uniforme criado entre duas placas eletrzadas. Observa-se que o exe se divide em trés outros, A, Be C, como mostra a figura deste exercicio. 2) Qual das panticulas ctadas constitu o feixe A? & o feixe B? € 0 feixe C? ) Por que a cunvatura do fee A mais acentuada €) Qual seria 0 sentido da forga elétrica que atuaria | ‘que a do fexe C? no préton? 'b) 0 valor da forca no préton seria maior, menor ‘ou igual ao da forga que atuou no elétron? Por qué? ©) A medida que 0 préton se deslocasse, a forca eléwrica sobre ele aumentaria, diminuiria ou per- ‘maneceria constante? 4d) Entéo, que tipo de movimento seria deserito pelo proton? 15. Considerando 0 préton mencionado no exercicio anterior, responda: |) Aaceleragao que ele iria adquirr seria maior, | | ‘menor ou igual aquela adquiida pelo elétron? Por que? A Exerciclo 16 18.4. Comportamente deum condutor eletrizado A CARGA SE DISTRIBU! NA SUPERFICIE DO CONDUTOR Suponha que um corpo condutor como, por exemplo, um blo- etilico, seja atritado em uma determinada regido de sua super- ficie, adquirindo uma carga negativa. Evidentemente, esta carga apa- rece na regio que foi atritada, como mostra a fig. 18-19. Entretanto, estas cargas, constitufdas por um excesso de elé- trons, repelem-se mutuamente e atuam sobre os elétrons livres do condutor, fazendo com que eles se desloquem até atingir uma dis- tribuigio final, denominada situasao de equilibrio eletrostdtico, na qual as cargas no condutor apresentam-se em repouso. Ao ser atingida esta situagao final de equilibrio eletrostitico (0 que ocor- re em um intervalo de tempo extremamente peque- no), verifica-se experimentalmente que a carga nega- tiva adquirida pelo condutor apresenta-se distribuida em sua superficie (fig. 18-20). Se 0 condutor fosse eletrizado positivamente, observariamos o mesmo resultado final. A carga posi- Fig. 18-19: llustragdo esquemética. 0 ‘corpo mostrado, co ser atritado, adqu- re carga negativa. Fig. 10-20: lustragio ex quemética. Os elétrons I. res adquirides pelo con- ‘étco,énul. Exta vélvula, utada no cir- ‘uito de sintonia de um ‘eparelho deT esté binda- ‘da pelo cilindro metélico ‘que a envolve e asim, pro= teglda de efeltor elétricos Desta maneira, uma eavidade no interior de um condutor é uma regio que niio sera atingida por efeitos elétricos produzidos externamente, pois 0 campo elétrico nesta cavidade é sempre nulo € nio hé carga elétrica distribuida em sua parede (a carga se localiza na superficie externa do condutor). Por este motivo, ‘um condutor oco pode ser usado para produzir uma “blindagem eletrostitica”: quando queremos proteger um aparelho qualquer contra influéncias elétricas, rds envolvemos este aparelho com uma capa metilica, isto é, nés 0 colocamos em uma cavidade no interior de um condutor. Nestas condigdes, dizemos que 0 Campo etétrica Fig. 18-25: Umo estruturo ‘metélica blinda o seu Inte- Her contra efeitos eléricos aparetho esté hlindado, porque nenhum fenémeno elétrico externo afetaré o seu funcionamento. Se vocé observar o interior de um aparetho de TV, por exemplo, poderé notar que algumas vilvulas (e outros dispositives) se apresentam envolvi- das por capas metilicas, estando, portanto, blindadas por estes condutores. poder de blindagem de uma capa metilica jé era conhecido por Faraday que, para comprové-lo experimentalmente, realizou uma experiéncia que se tor- nou famosa. Tendo em suas maos um eletroscépio, Faraday entrou no interior de uma gaiola metilica, a qual foi, a seguir, altamente eletrizada por seu auxiliar (fig. 18-24). Apesar de a superficie da gaiola nao ser continua, ela constitui uma blindagem bastante eficaz, de modo que Faraday nada sofreu, nem observou qualquer deflexao nas folhas do eletroseépio. strap esque- ‘mética. Faraday comprovou ‘efelto da bindogem eletro- ‘tévea colocando-se no inter ‘or de ume gaiola metdlica ak tomente eletrizada. A fotografia da fig. 18-25 mostra uma experiéncia, realizada em ‘um moderno laboratério, que também comprova a existéncia da blin- dagem eletrostética. Uma maquina elétrica langa um poderoso raio so- bre a capota metdlica de um automével e o cientista, no interior do carro, encontra-se totalmente protegido contra os efeitos deste raio artificial. © fio interno do cabo coaxial (no lt) ¢ envolvide por um tecido entre- meade com fines fos metélices,além dde uma capa de aluminio, que podem ser vstos na fotografia. Procuro-se,o5- sim, bindar 0 flo interno contra efei- tos elétrcos externos. Exemplo Uma esfera metalica oca, de raio R, encontra-se no ar, eletrzada positivamen te com uma carga Q. 2) Desenhe o vetor campo elétrico em um ponto exterior bem préximo da superficie desta estera. Vimos ave o camo etrico ribo @ spe de um conto 6 perpend Hier ecaevanerase: tae re cate a exe E deve tera direcéo radial, ‘como mostra a fig. 18-26-a. 'b) Qual é a expresso que nos permite calcular a intensidade do campo elétrico em: um ponto extemo préximo a superficie da esfera?- Seboos gm sr puter xa pats co , ist 6, para estes pontos valida Fa eate oe nant ies ee Cea ee Profs Mean A CarerivGOPEFPUCS MMs. — Entdo, em um ponto préximo & superficie, temos r= R e, assim, neste ponto, a in: tensidade do campo seré 1826: Esquemo pore o exempla do seccd0 18.4 ©) Qual o valor do campo elésco em ports do interior da esfera? Nestes pontos, a exeressdo E= KF nd 6 mais vdlida, pois sabemns que no interior de um corpo metélico qualquer (em equilforio eletrostatico) temos E = 0. «) Mostre, em um diagrama, 0 aspecto do grafico E x r, onde E 6 a intensidade do campo criado pela esfera e é a distancia do ponto ao centro da esfera. Este cagrama tem 0 aspecto mostad na Ng, 18-26. Observe que, de r= 02 = R (interior dt ester) tomos E = 0. Para ponte exteriors, 0 campo tem o valor E = QI" pix 2 su perce diminui a medida quer aumenta (iversamente proporcional ao quadrado de. de fi co @xel’Cicios de fiXAg4o exelClcios icios de f1Xag Antes de passar ao estudo da proxima secgao, responda as questées seguintes, consultando o texto sempre que julgar necessario. 117. Um pedago de borracha é atritado em uma certa, re@iao de Sua superficie, adquinindo uma carga ne- gativa naquela regio. Esta carga se distribuiré na superficie de borracha? Por qué? Um recipiente metdlico, de forma cilincrica, est ‘letrizado positivamente. Uma pessoa, segurando por meio de um cabo isolante uma pequena esfera também metdlica, encosta esta esfera nos pontos, 4.@ B do recipiente, como mostra a figura deste exercicio. {) Quando 0 contato 6 feito em A, a esfera se ele- trizaré positvamente, negativamente ou no iré adquirr carga elética? ») Quando 0 contato ¢ feito em B, a esfera se ele- trizard? Por qué? iw 2 Exercicio 18. 18, 19. A figura deste exercicio 6 uma fotografia que mos- ‘ra um cilindro oco e uma placa, ambos metalicos, cletizados com cargas de sinais contrarios, AS I= ‘nhas de forga do campo elétrico criado por estes dois objetos podem ser vistas na fotografia gragas ‘a pequenas fbras suspensas em éleo que ée orien ‘tam nas diregSes destas linhas de forga. Observe a figura e responda: £2) No interior do cilindro as fibras se apresentam corientadas? Por qué? Qual o Angulo que as linnas de forga foram cam cada uma das su- perficies dos ob- Jetos? Por qué? Exereilo 19. ) ee Campo etitricg 22 pe ae relic po ue expec ese | Ue cca vena ere esas Sore brio eletrostatico. Duas pessoas, A e B, encon- carga Q estava perturbando o funcionamento de ‘tram-se em contato com a gaiola nas posigées ‘um aparelho elétrico P (préximo de Q). Desejando mostradas na figura deste exercicio. evitar estas perturbagées, ele envolveu a carga Q ee Se ina maa saree ee 2 Formos cats d As aprrtam ete? Seats cents feta doe rela se fs consegulu seu objetivo. Como deveria ter ele pro- ‘cedico (sem afastar Q do aparelho)? Exerciio 21. Fig. 18-27: Representordo squemética de substéncia hnolante colocada em um campo elérico uniforme. a ca ‘materiais suportam campos muito intensos mantendo-se ainda como isolantes, cenguanto outros tornam-se condutores mesmo sob a acZo de campos elétricos de intensidades relativamente baixas. Assim, verifica-se experimentalmente que a rigidez dielétrica do vidro pirex z €14x 10° N/C, enquanto a da mica (malacacheta) pode atingir 100 x 10° NA Jia rigidez dielétrica do ar é bem menor, valendo cerea de 3 x10 N/C. Entio, ‘| ¢—> ‘enquanto a intensidade do campo elétrico aplicado a uma massa de ar for inferior 3 x 10° N/C, este ar serd isolante. Quando o campo aplicado ultrapassar este va-_ | PE - lor, oar se tornaré um condutor. — — A CENTELHA ELETRICA Estas idéias permitem-nos entender um fendmeno que observamos muito freqiientemente em nossa vida diaria: uma centelha elétrica que salta de um cor- a po eletrizado para outro, colocado préximo a ele, Consideremos, por exemplo, duas placas eletrizadas com cargas de sinais contrérios, separadas por uma ca- — mada de ar, como mostra a fig. 18-28. Se o campo elétrico criado por estas pla- cas for inferior a 3x 10° N/C, 0 ar entre elas permanecers isolante e impediri F','6, haverce cane. {que haja passagem de carga de uma placa para outra. Entretanto, se 0 campo. ivico ene o places exe ‘elétrico tornar-se maior do que este valor, isto é, se a intensidade do campo ul-_¢* » valor da rigidez dieléw trapassar o valor da rigider dielétrica do ar, este se tornara condutor. Como dis- <2” me" foracondix semos, nestas condigées o ar possuiré um grande nimero de elétrons livres, apresentando fons positivos e negativos. Estes fons sfo atrafdos pelas placas e movimentam-se através do ar fazendo com que haja uma descarga elétrica de uma placa para a outra (fig. 18-28). Esta descarga vem acompanhada de uma centelha (emissio de luz) e de um pequeno rufdo (um estalo) causado pela ex- pansio do ar que se aquece com a descarga elétrica Portanto, sempre que observamos uma “faisca elétrica” saltar de um corpo para outro (do pente para o cabelo, de ‘uma roupa de ndilon para o corpo, entre os terminais de um interruptor elétrico etc), podemos concluir que a rigidez dielétrica do ar situado entre estes corpos foi ultrapassada ¢ ele se tornou um condutor. © RELAMPAGO E 0 TROVAO ‘A situagio que acabamos de analisar é semelhante a0 ‘que ocorre no aparecimento de um raio em uma tempestade que, como vocé sabe, ver acompanhado de um relimpago ¢ de um trovio. Durante a formacio de uma tempestade, verifica-se que ‘ocorre uma separacio de cargas elétricas, ficando as nuvens mais baixas eletrizadas negativamente (como a nuvem A da fig. 18-29), enquanto as mais altas adquirem cargas positivas (nuvem B da fig. 18-29). Varias experiéncias, algumas reali- zadas por pilotos voando perigosamente através de tempes- CLG girs fensse cas: tades, comprovaram a existéncia desta separacio de cargas beloce de. forme sine, (@s processos que provocam esta separacio sio complicados buscendo sempre 0 come ¢ no nos preocuparemos em descrevé-los). ee Eee conte: Fig. 18-29: © reldmpago & tuna enorme centetha elétri= 2 que solta de uma nuvem pera outra ou de uma nuver ora o Terra. i! . if ae i conga copa t= Cidade denver Tea inn de un ors SA a termina em uma no mostra a eae tee 1 0 local onde o code eect a ees Se a See ee eee ionize, tmmano-s cule See c ccesse através destas pontas. Em outras palavras, rraio “cair” (como se diz popularmente) no para-ra zinhanga. Naturalmente, como 0 que ele recebe da are ee ee ey estatisticos mostram que a aglo protetora pa a ! ‘incia aproximadamente igual ao dobro de sua aleura. a a Deeemnees 1h ager a RHO rien uo trac ‘matca. O péreroios exerce \ sue a¢do protetora contra ot anos cousodos pelos aioe Tope dacolna Campo aber Avoreisolada Bastanto Muto Perigo! Perigo! Perigo! seguro soguro © @xelCicios de fiXagao excell cio: Antes de passar ao estudo da préxima sec¢do, responda as questdes seguintes, * consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 22. a) Um material isolante elético pode tomar-se um condutor. Em que condigdes isto ocorre? b) 0 que se denomina “rigidez dielétrica’ de um isolante? 23. Observe os dados fornecidos nesta secgdo @ res- Ponda: 2) Qual a explicagéo para o fato de a mica ter sido Usada durante muito tempo como isolante elé- ‘rico em diversos apareinos (como, por exern= plo, em capacitores mais antigos)? ') Voce podera usar um vidro pirex como isolante ‘elétrco em um aparelno no qual ele estaria sub- metido a um campo elético de 2,0 x 10” NC? Por qué? 24, Sabe-se que quando uma esfera condutora, no a, recebe uma carga elética, que vai sendo aumenta- da gradualmente, hd um limite para o valor da carga que a esfera pode reter. Apds este limite ser atingdo: 2a) O que acontece com a carga que & transferida & esfera? ) 0 que se pode afirmar sobre o valor do campo elétrico na superficie da estera? 25. a) Em um dia em que a umidade relativa do ar é elevada, observa-se que o limite de carga que ma esfera metélica pode receber (mencionado 1 exercicio anterior) tama-se muito menor. Que conclusdo podemos tirar sobre a rigidez dielé trica do ar nestas condigées? ) Nos laboratérios de Fisica, quando se deseja ‘que uma esfera possa acumular cargas eléticas elevadas, ela é mergulhada em dleo. Que conclusao voce pode tirar sobre a rigidez ielétrica do deo? 26. a) Quando ocorre um raio em uma tempestade, & carga eléttica que é transferida de uma nuvem para a Terra ¢ de cerca de 10 C. Em uma peque- nna centelha que salta no interruptor de 1uz, {quando se abre ou se fecha um ciuito, a carga transferida 6 de apenas 10° C, aproximada- ‘mente. Quantas vezes aquela carga é maior do que esta? (Expresse este niimero em palavras.) Um estudante, ao perceber 0 grande valor da re- lagao entre 2s cargas obtida na questo (a), opi- nou que o campo elétrico na regiéo do raio seria muitas vezes maior do que na regido onde ocor- rea centelha. Voc® concorda com esta conclu- 's80? Explique. (Considere o ar em condigoes semelhantes nas duas regoes.) 27. Considere um corpo metalico, no ar, com a forma, mostrada na figura deste exercicio. Eletrizando-se ‘esse corpo, transferindo-se para ele uma carga que 6 aumentada gradualmente, observa-se que ha um, limite para a carga que pode ser armazenada no ‘corpo (como ocorreu na esfera mencionada no exercicio 24), 2) Ap6s este limite ser atingido, por qual regio do ‘corpo @ carga escoa para 0 ar? Por qué? ») Suponha que uma esfera metalica, no ar, tenha ‘uma superficie externa de érea igual & do corpo 5 28. 29. 30. > ¥eVisa0 FeV ise ¥ is rmostrado na figura deste exercicio. A carga mé- xima que pode ser armazenada nesta esfera seré maior, menor ou igual aquela que pode ser ~armazenads no corpo? Explique. a Exerccio 27. Uma pessoa encontra-se em um campo plano, ‘quando é surpreendida por uma tempestade. Para se proteger da chuva, ela se esconde sob a copa de uma drvore isolada no meio do campo. Isto & amtscado. Por qué? Um pdira-raios, no alto da tore de uma igeja, est situado a 30 m de attra. és pessoas, durante uma tempestade, estéo as seguintes distancias da base da torre: 50 m, 40 me 80 m. Hé alguma delas que no esté protegida pelo péra-raios? Por qué? Hé uma crenga popular segundo a qual “um ralo ro cal nunca duas vezes em um mesmo lugar”. Lembrando-se do “poder das pontas” e do que es- tudou nesta segdo sobre a formacao dos raios, ‘voce julga que esta crenga tem algum fundamento cientifico? As questdes seguintes foram formuladas para que vocé faga uma revisio" dos pontos mais importantes abordados neste capitulo. Ao respondé-las, volte ao texto sempre que tiver diividas. 4. Expique como devemos proceder para verificar se existe um campo elétrico em um certo ponto do espace. 2. a) Definir, em médulo, diregdo e sentido, 0 vetor campo elétrico em um certo ponto do espago. ») Qual 6, no S.L, a unidade de medida da intensi- dade do campo elétrico? ©) Conhecendo-se a intensidade £ do campo elé- trico em um ponto @ o valor de uma carga q co- Jocada neste ponto, como podemos calcular 0 valor da forga elétrica que atua em q? ‘Suponha que seja conhecido o vetor € em um pon- to. Diga em que sentido uma carga elética, colo- ccada neste ponto, tende a se movimentar, se 0 si- nal desta carga for: 2) Positno. b) Negative. ) Escreva a expresso que nos permite calcular a intensidade do campo elétrico criado por uma ccarge puntual. Explique o significado de cada simbolo que aparece nesta expressao. 'b) Descreva como devemos proceder para calcular ‘© campo elétrico F eriado, em um ponto P, por vérias cargas puntuas. Campo etrice 00g 5. a) Descreva com suas palavras 0 procedimento ilustrado na figura 18-40-a para calcular 0 cam- po elétrico criado em P pela carga distribuida na superficie da estera |b) Esoreva a expresso que nos permite calcular a intensidade do campo elétrico criado por uma csfera eletrizada em pontos exteriores a ela. Ex- plique o significado de cada simbolo que apare- | ‘ce nesta expresszo. ©) Qual é a intensidade do campo elétrco no inte- ‘ior de uma esfera metdlica maciga eletrizada? Ese estera for oca? ) Sendo E a intensidade do campo criado por | ‘uma esfera eletrizada e ra distancia de um pon- to ao centro desta esfera, faga um desenho mostrande 0 aspecto do grafico E x, (iniciar em r=0). 6. a) Conhecendo-se uma linha de forga de um ‘campo elétrico, explique como podemos deter ‘minar a diegdo eo sentido do vetor E em cada pponto desta linha, ') Como podemos obter informagbes sobre a in- tensidade de um campo elétrico observando um cdiagrama de suas linhas de forga? 7. a) O que é um campo elétrico uniforme? ) Faga um desenho mostrando uma distribuigao Para vocé fazer Primotra experiéncia Na secgdo 18.4 vimos que a carga elétrica en um corpo ‘metdlico elevizado se distribui em sua superficie externa, \Voc8 poderd verifcar este fato realizando a experiéncia soguinte: +#7Tome um recipiente metélico (como uma caneca, um op0 ou uma pequena lata) e coloque-o sobre um su- | pone de isopor, que é um bom isolante elétrico (veja a figura desta experiéncia). | Primeira experiéncia de cargas que nos fornece um campo elétrico uniforme, (©) Mostre, no desento da questo (b), a diregao e ‘sentido do vetorE. 8. Faca um desenho mostrando 0 aspecto das linhas de forca: 2) Do campo elétrico criado por uma carga puntual positva. 'b) Do campo elétrco criado por uma carga puntual negative. ©) De um campo uniforme, 9, Considere um condutor eletrizado em equilibrio eletrosttico. 4) 0 que significa dizer que 0 condutor esté em ‘equilorio eletrostatico? ) Onde estéo cistribuides as cargas elétricas nes- te condutor? ©) Qual 6 a intensidade do campo elétrico no inte- for deste condutor? 4) Qual é a direcdo do vetor E em pontos exteriores ‘20 condutor, préximos & sua superficie? 10. a) Explique com suas palawras o que voo8 entende Por *blindagem eletrostatica” ») Descreva a experiéncia da “galola de Faraday”. algumaS experi€ncias simples | 25)Cortealgumas tras bem finas de papel de sedae prenda ‘algumas destas tras na parte extema do recipiente € outrasem suaparte intema, como mostra a figura. ‘3? letrze um pente passando-o em seus cabelos. Encos- tando o pente no recipiente, este ficaré eletizado por Contato, como voce jé sabe. Repita esta operagao algu- ‘mas vezes, para que o recipiente adquira uma carga aprecidvel. .4°)0bserve que as tras da parte extema séo repelidas pela parede do recipiente, o que no acorre com as tras da Parte interna. Expique porque isto acontece ‘Segunda experiéncia (© fendmeno da biindagem eletrostétca foi também ana- lisado na secqdo 18.4. Para obsenaar e analsar este fe- ‘némeno, proceda da seguinte maneia: 415)Coloque pequenos pedacos de papel sobre uma placa | deisopore aproxime deles um pente etitado nos cabe- | 0s. Como voce ja sabe, 0 pent atrairé os pedacos de papel. |: portance liane ene Vemoeteuma | pequena peneira (coador) de pléstico, como mostra a 70 slemtas e figura desta experiéncia. Se este coador estier limpoe seco (bom isolante), vocé vera que os pedagos de papel continuardo a ser atraidos pelo pente eletizado. Entéo, 0 isolante produziu uma blindagem eletrostatica sobre os pedagos de pape!? '3?)Substitua a peneira de material isolante por uma penei: ra metdlica. Os pedagos de papel, neste caso, serao ainda atraidos pelo pente? Mantendo 0 pente em sua posigao, retire a peneira me- taliea e observe que o pente atrairé os pedagos de papel. Entdo, os pedacos de papel foram blindados, eletrostaticamente pelo meta? 1. Deseja-se determinar 0 campo elétrico que deve ser ‘apliado a um elétron de tal modo que a forga exer: ‘ida pelo campo equilib 0 peso desta partcula, a) Sabendo-se que a massa do elétron € 9,4 x 10" kg, qual é 0 seu peso? (Considere g=10 ms) ) Qual deve ser a diregao e o sentido do campo elétrico procurada? ©) Caleule a intensidade que deve ter este campo elétrico (sabe-se que a carga do elétron vale 1,6 x10 ©), 2. Considere as cuas cargas puntuais positvas Q, € @, mostradas na figura deste problems. Sabe-se ‘Que Q, > Qe que 0 campo elético criado por es- tas cargas nulo em um dos pontos mostrados na figura, Este ponto s6 pode ser: aa bB ac 0D ee a Pees. ‘ é Problema 2. 3, No problema anterior, suponha que a carga Q, seje negativa (considere ainda 0 médulo de Q, maior do que 0 médulo de Q,). Neste caso, 0 ‘campo elétrico criado pelas duas cargas $6 po- deria ser nulo no ponto: aa ne ac 00 ee Segunde experineta -ces problemas e testes [srolletiias e ti 4, Duos cargas punta, de mesmo valor ede sinis contro, eiam um campo elvc0 no ponto P mostrado na figura deste problema. Qual dos {etores indcados em P melhor representa o campo tlético neste ponto? aE, DE, Of oe oe, € | +0 Probleme 4 5. Uma esfera metélica, de 20 cm de aio, esta eletrizada positivamente com uma carga de 2,0 UC. Determinar a intensidade do campo elétrico Ciado pela carga desta esfera nos seguintes pontos 2) No centro da esfera. ) A410 cm do centro da esfera, ©) Em um ponto exterior, muito préximo da supert- ‘ie da esfera «) Em um ponto exterior, a 10 cm da superficie da esfera, Campo elétrice 6. Verifica-se que em pontos da atmosfera, proxi- mos & superficie da Terra, existe um campo elé- trico de aproximadamente 400 N/C, dirigido ver- ‘ucalmente para baixo. Sabendo-se que este cam- po € devido a uma carga elétrica existente na Terra, responda: a) Qual éo sinal desta carga? ') Qual € 0 seu valor? (Considere 0 raio da Terra igual a 6000 km.) 7.0 material que constitui a Terra nos. permite Considerd:la como um condutor de eletricidade. NNestas condigSes: a) Onde se localiza a carga elétrica que vooé caleu- lou no problema anterior? 1) Considerando que a érea da superficie terrestre vale cerca de 4 x 10" m’, caleule quantos 4C de carga elética existem em cada 1 m* da su- perficie da Terra, 8. Considere as informagbes relativas 20 campo ekétri- co terrestre fomecidas no problema 6. Uma peque- ra esfera eletrzada poderia se manter em equilrio, flutuando no ar, com seu peso equibrado pela a¢do {deste campo. Supondo a massa desta esfera igual a 41,5 millgzamas e g = 10 m/s’, responda: 4) Qual deve ser o sinal da carga na esfera? ) Qual deve sero valor desta carga? 9. Considere um corpo metalico eletrizado envolvide pelo ar atmosténco, Sabe-se que, se o campo elé- ‘ico préximo & superficie deste corpo tomar-se su- perior 2 3 x 10° NC, 0 ar passa a se comportar ‘como um condutor e, entéo, 0 corpo metélico se descarrega. Baseando-se nestas informagoes, cal- cule qual é a maior carga que pode ser dada a uma esfera metdlica, de raio R = 10 cm, no ar, sem que la se descaregue, 10. Uma particula com carga positiva é abandonada entre dues placas planas, vertcais, eletrizadas, como mostra a figura deste problema. Consideran- do que 0 peso desta particula néo é desprezivel, a ‘rajetéria que ela iré descrever seré melhor repre- sentada por VIANA Te 111. Um elétron é acelerade, a partir do rep0uso, por um ‘campo elétrico uniforme E = 5,0 10° NIC Consulte 2 tabela no final deste volume para obter os valores da carga e da massa do elétron e determine: 2) Aaceleracao adquirida pelo elstron. ') 0 tempo que o elton gasta para atingir uma velocidade igual a 10% da velocidade da luz. 412, Considere um corpo metalico descarregado, AB, colocado em um campo elétrico cujas linhas de for. {a estdo mostradas na figura deste problema, a) Em virude da indugdo eletrostética no corpo ‘metalico, qual seré o sinal da carga que aparece ‘em sua extremidade A? E em 8? ) A intensidade do campo elétrico nas proximida- des de A é maior, menor ou igual a intensidade préxima de B? ©) Quais os sentidos das forcas elétricas F, © Fy que atuardo nas extremidades A e &? 1) Entéo, sob a apo dessas forcas, 0 corpo perma- nreceri em repouso, tenderé a se deslocar para @ diet ou tenderé a se deslocar para a esquerda? Problema 12. 13, Responda as questdes formuladas no problema anterior supondo, agora, que 0 corpo metalico se tencontra em um campo elétrico cujs linhas de for- ‘ga estéo mostradas na figura deste problema. Problema 13, 114. Em uma repetigo das experiéncias de Milian (veja © Tépico Especial do capitulo seguinte), foi usada uma pequena gota de 6leo, eletrzada negativamen te, cuja massa era de 2,4 x 10° kg, Verficou-se que, para equilbrar 0 peso desta gota, era neces fio aplicar a ela um campo elétrico vertical de 5,0 x 10* NIC. Quantos eiétrons havia, em excesso, nesta gota de deo (considere g= 10 mys")? 215. Um pénduo simples esté osclando em uma regio ‘onde existe um campo elétrico uniferme, vertical ‘ido de cima para bebo. Iniciamente 2 esfera do péndiulo ndo estéeletizada, Dzer seo periodo des- te péndulo aumertaré, diminuia cu ndo softer al teragéo se sua esfra for eletizada com uma carga: 2) Positiva, ) Negative. 72 16. Os pontos assinalados na figura deste problema estdo igualmente espagados. Em qual deles € nulo ‘© campo elétrico eriado pelas duas cargas puntuais, ‘mostradas nesta figura? AB.¢ 0.8 F 90 3 Problema 16. 17. Uma placa isolante muito grande, uniformemente elevizada (como aquela mostrada na figura deste problema), cria, em pontos préximos a ela, um ‘campo eiétrco uniforme perpendicular 8 sua super- ficie. Suponta que esta placa esteja na posigao ver- tical, tendo presa a ela, por meio de um fio, uma pequena esferaeletrizada, em equilorio, na posicao indicada na figura. Sendo 10 g 2 massa da esfera e 3,0 uC a sua carga, calcule a intensidade do campo ‘riado pela placa (considere g'= 10 mv). + [+ — paca conta 1% Probleme 17. 418, Um estudante representou duas linhas de forga de ‘um mesmo campo elétrico, da maneira mostrada na figura deste problema. Hé um erro neste diagra- ‘ma. Qual 6 este ert? Por qué? Probleme 18, 19. Em um tomo de hidrogénio, considere a distancia 40 pr6ton ao elétron igual a5 x 10** m. 1) Qual 6 a intensidade do campo elético, criado pelo préton, em um ponto da érbita do elétron? 'b) 0 campo calculado em (a) 6 maior ou menor do que a rigidez delétrica do ar? Quentas vezes? ©) Usendo @ resposta da questéo (a), calcule 0 ‘médulo da forga que atua no elétron. 20. Ovas cargas puntuais posttvas, Q, = 1,5x 10*C e Q, = 6,0 x 10° ©, estao separadas de 15 cm. Determine a posicao do nico ponto em que 0 campo elétrico criado pelas duas cargas 6 nulo. 21. As trés cargas elétricas puntuais, mostradas na figura deste problema, estéo situadas nos vért ces de um tridngulo eqdilétero de lado L. Deter- mine @ intensidade do campo elétrico que elas, estabelecem no ponto M, indicado na figura (ponto médio do lado). Apresente a resposta em termos de ky, Qe L a +30 . v . Problema 21. 2. Na figura deste problema estéo representadas as linhas de forca do campo elétrico criado por duas ‘cargas puntuais. Observe a figura e responda: \ 3 o Problema 22. 2) Quais 0s sinais das cargas Q, €0,? ) 0 médulo de Q, é maior, menor ou igual’a0 ce 0, ©) A intensidade do campo elétrco nas proximida- des de Q, € maior, igual ou menor do que nes proximidades de Q.? 223, Suponha que um elétron tenha sido abandonado em uma regido onde existe um campo elétrico uniforme, cujo valor é E = 8,0 x 10° NC, Sabe-se que a raz8o a/m (carga/massa) do elétron vale 4,76 x 10 C/kg, Usando apenas estes dados, diga quais das grandezas seguintes, reerentes 20 elton, voc® poderd calcula e determine os seus valores: — sus massa; —a forga que tua sobre ele; — sue carga — a aceleragao que ele adaure. Campo elétrico 24. Duas placas condutoras eletizadas de comprimen- to L = 6,0 om, cada uma, estdo dispostas como mostra a figura deste problema. O campo elétrico no espago entre as placas vale E = 1,8 x 10 NC. Um elétron € lancado paralelamente as placas, com velocidade v, = 3,0 x 10” ms. a) Esboce a trajetéria descrita pelo elétron, en- ‘quanto ele atravessa 0 espago entre as placas. ) Quanto tempo o elétron gasta para se deslocar desde 0 ponto de langamento até emergir do outro lado? ©) Caleule 0 desvio transversal sofrido pelo elétron ‘20 atravessar o espaco entre as placas. Problema 24, 25, Duas esferas condutoras, A eB, eletizadas positva- mente, de raios R, @ Ry sendo R, > Ry, ctiam cam- os elétricos de mesma intensidade em pontos igualmente distantes de seus respectives centros. 1) A carga na esfera A é maior, menor ou igual & ‘carga na estera 8? b) A densidade superficial de carga (carga total’ 4rea da esfera) da esfera A é maior, menor ou igual da estera 8? ©) Sendo E, e E, a8 intensidades dos campos nas proximidades das supertices das esferas A e B, dizer se E, € maior, menor ou igual a E,. Ula queSt6es de vestibular queStGes de | 26. Na fig. 18-14, suponha que estivéssemos estudan- do 0 campo elétrica, para as duas situagdes ‘mostradas, em uma regiéo bastante afastada das cargas. €@) A intensidade do campo, nesta regio, seria maior para a configuragdo da figura (a) ou da figura ()? by No caso da figura (b), como seria o aspecto das, linhas de forga nesta regiao? 27. J8 vimos que quando ume esfera metalica, no ar, festé sendo eletrizada, de maneira que sua carga Seja_aumentada gradualmente, apos um certo tempo a carga da esfera atinge um valor maximo (apesar de continuarmos fornecendo carga a ela) Em que regiéo da superficie da esfera a carga esté ‘escapando para 0 ar? Por qué? 28. No problema 20, uma carga elética q, positiva, & colocada no ponte onde o campo elétrico é nulo, €@) Considere q desiocada ligeiramente de sua posi- {g80 de equiorio, ao longo da linha que une Q, e Qj (para um lado ou para o outro). A carga q tende a voltar para a posigao de equiliono (equi loro estével) ou tende a se afastar mais desta osigdo (equiliorio instavel)? 'b) Responda & questo (a) supondo, agora, que a ‘carga q foi desiocada ligeiramente em dirego Perpendicular & linha que une Q, € Q, 29. Responda as questdes (a) e (b) do problema ante ior, supondo que a carga q seja negativa. 30. Considere duas esferas metilicas de mesmo raio, uma oca e a outra maciga, ambas no ar. A carga ‘létrica maxima que pode ser armazenada na esfe- +a maciga ¢ maior, menor ou igual & que pode ser ‘armazenada na estera oca? Por qué? As questées de vestibular se encontram no final do livro. 1. Nos wértices de um quadrado, de lado igual @ 1,0 m, sao colocadas cargas elétricas Q,, Qs, Q,€ Q, da maneira mostrada na figura deste problema. Sabendo-se que Q, = + 1,0 10" C, Q,= + 2,0 40" C, Q=-1,0x 10" Ce Q,=-2,0x 10" C, calcule a intensidade do campo elétrico no centro 10 quadrado (suponha as cargas no ar). : problemas suplementares prob lerias °, oe som ee 9 Problema suplementar I. stibula Na figura 18-14-b suponha que uma das cargas ‘seja +0 e a outra +20. Faca um esquema das linhas {de forga do campo elétrico crado por essas cargas. [No problema 4 (da série Problemas e Testes, deste capitulo) suponha que © médulo da carga Q seja 2,010". Sendo de 20 cm a distancia entre as car ‘8, calcule a intensidade do campo elético no Ponto stuado a uma cisténcia de 30 cm de cada carga. Duas cargas elétricas puntuais, de mesmo médulo ‘@ com sinais opostos, encontram-se em dois dos vrtices de um trizngulo equilétero. No ponto mé- dio entre estes dois vértices, 0 médulo do campo elétrico resultante devido as duas cargas vale E,. Qual é 0 médulo do campo elétrico, E, eriado por esses cargas no terceiro vértice do tri8ngulo? (apresente a resposta em fungéo de E,.) Na figura deste problema, Q, € Q, representam uas cargas puntformes de mesmo sinal. Saben- do-se que o vetor campo elétrico resultante produ- ‘ido par essas cargas em 0 é nulo, determine a re- lagdo entre os valores de Q, € ,- pcmmans a No problema 9 (da série Problemas e Testes, deste capitulo), suponna que a esfera seja de cobre © ue esteja eletrizada positivamente com a carga ‘méxima possivel (solicitada naquele problema) a) Qual o niimero de elétrons que foi retirado da estera? ') Qual o nimero total de elétrons exstentes na es- fera, sabendo-se que cada Stomo de cobre pos- sui 29 elétrons? Considere os seguintes valores ‘aproximados: x = 3; densidade do cobre = 9 g/ ‘em?; massa molecular do cobre = 63 g/mol e 0 de Avogadro = 6 x 10” stomos/mol. ©) Qual a porcentagem dos elétrons da estera que foi retirada no processo de eletsizagao? o™ Problema suplementar 7. Considere um anel, de raio R (de espessura ces: prezivel), carregado com uma carga elétrica Q, coma mostra a figura deste problema. 2) Supondo que a carga Q esteja distribuida unifor- memente no anel, determine o valor do campo clétrica no cenivo O dese anel. ) Sea carga Q nao estivesse cistibuida uniforme- ‘mente (de maneira que parte desta carga est: vesse mais concentrada em uma certa regj8o do ‘ane!), campo elético em 0 teria 0 mesmo va- lor do que aquele determinado na questao (a)? Na figura deste problema, que mostra um anei ele- ‘rizado uniforrmemente com uma carga Q, a feta OX representa um eixo perpendicular 20 plano do ane!, passando pelo seu centro 0. Pode:se mostrar que fem um panto P, deste exo, situado a uma distancia x de 0, 0 valor do campo elétrico crado pela carga Q¢ cado por - A diregao © 0 sentido de E estao mostrados na ‘igura a) Usando @ equagao fornecida, determine 0 valor de E no centro 0 do anel e verifique se este re- sultado concorda com a resposta do problema suplementar 7. ') Se vocé ja possi, de seu curso de Matematica, Conhecimentos de calcula aiferencial (maximos. ‘@ minimos), determine em que posigao do eixo (0X0 valor do campo elétrico é maximo. Problema suplementor 8. ). No problema anterior, considere pontos do eixd OK muito préximos de O, de tal maneira que x seja ‘muito menor do que R. Para esses pontos, o valor de x° poderd ser desprezado em comparagao com RR? e, assim, 0 valor de E sera dado por ay & Fak a) Se uma carga q negativa for abandonada, no eixo OX, bem préxima de O, esta carge oscilaré ‘em tomo deste ponto, supondo-se que @ unica forga que atua sobre ela seja a forca devida & carga do anel. Procure entender por que isto ‘core. +b) 0 movimento oscilat6rio da carga q € harménico ‘simples? Explique. ©) Sendo m a massa da carga q, determine seu periodo de oscilagéo. Campo otétrico 10. Como informemos no problema 6 (da série Proble mas e Testes, deste capitulo), em pontos préximos: da superficie da Terra hé um campo elétrico de ‘aproximadamente 100 N/C, dirigido verticalmente para baixo. Deseja-se manter em equilrio, neste ‘campo, flutuando no ar, uma pequena esfera de massa igual a 40 miligramas. 4) Qual o valor da carga elétrica que deveria ser dada a esta esfera? (Considere g = 10 mvs") 'b) Supondo que a esfera fosse maciga, feta de uma liga metélica de densidade igual a 10 g/cm’, se- ria possivel manté-la eletizada com a carga cal- culaca em (a)? (Lembre que a rgidez dieltrica do aré3x 10° NCe tome n=3,) :14. Suponha que 0 péndulo simples considerado no pro- blema 15 (da série roblemas e Testes, deste capitulo) estejaeletrizado posivamente com uma carga de 4x +107 C. Suponha, ainda, que o campo ektrico menci- ‘onado tenfia uma intensidade E = 1,5%10°NIC, que a ‘massa do péndulo seja de 10 ge que seu comprimen- toseja de 1,0 m. Considerando g= 10 mvs", caleule 0 periodo de osclago do pénculo, = 412, Um elton 6 langado entre duas placaseletraaces, como mostra a figura. Sejam vy = 6,0 x 10° ms, 8-45", E=2,0% 10° NC, d=3,0emeL=12em. 2) O elton ating placa negativa? 8) Determiner a posigdo em que 0 elétron atinge uma das placas. Problema suplementar 12. gia elétrica 6 transportada pelos torres de trans~ 12 foto, sob “alta tens’o™. O significado desta expresido ficard claro apés o estudo deste copitul. Patencial elétrice 19.1. Diferenga de potencial © QUE EVOLTAGEM Suponha um corpo eletrizado criando um campo elétrico no espago em sua volta. Considere dois pontos, Ae B, neste campo elétrico, como mostra a fig. 19-1. Se uma carga de prova positiva q for abandonada em A, sobre ela atuaré uma fora elétrica F devida ao campo. Suponha ainda que, sob a acio desta forga, a carga se 4 desloque de A para B. Como sabemos, neste deslocamento a forga elétrica estard realizando wm trabalbo, que vamos designar por T,». Em outras palavras, T,, representa uma certa quan- tidade de energia que a forga elétrica F transfere para a carga g em seu deslocamento de A para B. ‘Uma grandeza muito importante no estudo dos fendmenos elétricos esti relacionada com este trabalho. Esta grandeza é denominada diferenca de poten- Gal entre os pontos A e B, sendo representada por V,~ V, e definida pela seguin- terelagio: A diferenga de potencial costuma também ser denominada voltagem ou tensio entre dois pontos, podendo ainda ser representada por V’,, ou simples- mente por V. Assim, quando se diz que a voltagem Vy entre dois pontos € muito grande (alta voltagem), isto significa que o campo elétrico realiza um gande trabalho sobre uma dada carga que se desloca entre estes pontos (2 carga recebe, do campo, uma grande quantidade de energia em seu desloca- mento). Observe que, como Ty e g sio ambos grandezas escalares, a potencial V,, é também uma grandeza escalar. Da equagio de definigio Vy) = Ty/g, vemos que, no S. I, a unidade de me- dida da voltagem é 1 J/C. Esta unidade é denominada 1 vole= 1 V, em homena- gem 20 fisico italiano Alessandro Volta, que viveu no século XVI. Portanto iva d es, | aus = Fig. 19-I: Mustragao exque- imética.A diferenca de po- ‘tenclal entre os pontor Ae B 6 dada pela expresso YW =Tale 73 - Em resumo Quando um campo elétrico realiza um trabalho T,,, sobre uma carga de prova positiva g, que se desloca de um ponto A para um ponto B, a diferenga de potencial (ou voltagem) V,, entre estes pontos ¢ obtida dividindo-se 0 trabalho realizado pelo valor da carga que foi deslocada, isto é, Ton ° Vga q re - : COMENTARIOS 1) O conceito de voltagem est muito relacionado com nossa vida didria. Vooé ja deve ter ouvido falar, por exemplo, que em nossas residéncias existem tomadas elétricas de 110 V. Como vimos, sendo 110 V = 110 J/C, isto Fig, 19.2; Esquema de ume significa que, se um aparelho elétrico for ligado nesta tomada (fig. 19-2-a), tenade 120. cada carga de 1 C que se deslocar de um terminal para outro (de A para B) receberé 110 de energia do campo elétrico existente na tomada (a carga, por sua vez, transfere ao aparelho esta energia que recebeu do campo elétrico). Se a tomada for de 220 V (como as tomadas de algumas cidades), podemos concluir que cada 1 C receberé 220 J de energia ao se deslocar de um terminal para outro nesta tomada. Do mesmo modo, quando dizemos que a bateria de um automével apresenta uma voltagem de 12 V, teremos uma energia de 12 J transferida para cada 1 C que se desloca de um pélo para outro desta bateria (fig. 19-2-b). 2)Na fig. 19-1, suponha que a carga q se deslocasse de A para B seguindo uma trajetdria qualquer, diferente daquela mostrada na figura. Se calculiéssemos 0 trabalho que a forca elétrica realiza sobre a carga a0 longo deste novo caminho, verificariamos que este trabalho seria 0 mesmo que o realizado na primeira trajet6ria. Portanto, o trabalho realizado pela forga elétrica, entre dois pontos, é 0 mesmo qualquer que seja a trajet6ria seguida pela carga. Como vimos no capitulo 8, quando isto acontece dizemos que a forga é conservativa (como € 0 caso do peso de um corpo e da forga elistica de uma” mola, analisados naquele capitulo). Logo, a forga elétrica é um exemplo de forca conservativa. Conseqiientemente, a diferenca de potencial entre dois pontos, em um dado campo elétrico, tem um valor nico, qualquer que seja a trajetria seguida pela carga de prova usada para calcular esta diferenca de potencial. SENTIDO DO MOVIMENTO DE UMA CARGA Consideremos dois pontos Ae B dentro de um campo elétrico criado por um corpo eletrizado (fig. 19-3). Abandonando uma carga positiva em A, jd sabe- ‘mos que a forga elétrica F que atua sobre ela estaré dirigida para B. Logo, quan- do esta carga se deslocar de A para B, a forga elétrica F realizaré, sobre ela, um trabalho positivo, isto é Ty, > 0. Como V,— V,= T,y/g, concluimos que a dife- renga de potencial entre A e B também é positiva, ou seja, V,~ V, > 0. Nestas condigées, dizemos que “o potencial de 4 € maior que o potencial de B” Potenciat elétrico eee Portanto, podemos observar, na fig. 19-3, que a carga positiva se deslo- cou, sob a agdo da forga elétrica, do ponto A, onde o potencial é maior, para 0 ponto B, onde o potencial é menor. Evidentemente, se abandondssemos uma carga negativa entre os pontos A e B da fig. 19-3, ela iria se deslocar, sob agio da forga elétrica (atraida pelo corpo eletrizado), no sentido de B para A. Em outras palavras, a carga negativa tende a se deslo- car de pontos onde 0 po- tencial € menor para pon- a tos onde ele é maior. Fig. 19-3: Representagdo esquemétice. Uma particula eletrizada positivamente desioca- 8 0b a a¢do da forca elétrca de um ponte, ‘onde o potencial é maior para um ponto, Bonde ele é menor Assim, podemos destacar: uma carga positiva abandonada em um campo elétrico tende a se deslocar de pontos onde o potencial é maior para pontos onde ele é menor. Uma carga negativa tender ase mover em sentido contrrio, isto é, de pontos onde o potencial é menor para pontos onde ele é maior. Exemplo 2) Suponha que, na fig, 19-3, uma carga posiva q = 2,0 x 10" C se deslocasse de A para B que o trabalho realizado pela forga elétca, sobre ela, foSS€ Ty = 5,0 x 10° J. Qual é a Giferenga de potencia Ventre Ae B? Adterenca de potencial entre Ae 8 é dada por Trg _ 50 x10? Vig = tit = BD HIO™ 28x 9” 20x10 ie Onsere que, como T, foi expresso em joule e q em coulomb, temos Vax expresso em volt (nmore-se de que 1 V= 1.40). 1) Se uma carga positiva q = 6,0 x 10° C for abandonada no ponto A da fig. 19-3, qual sera o vabalho que a forga elética realizaré sobre esta carga ao deslocé-a de A para B? Da expresso Vig = = + Obt0M05 Tay = Vg Como jé determinamos 0 valor de Vi teremes Tua QWg=6,0%109%2,5% 10" donde T= 0,15) 6) Anda na ig, 19-3, considere uma carga negativa desiocando-se, sob a ago da forga eéviea, de B para AO trabalho realizado por esta forga sobre a Carga serépositno ou negative? Aferga eldtrica que atua nesta carga negativa esté dirigida de B para A e 0 deslocamento da carga também se efetua neste sentido, Entdo, como a forca @ o deslocamento tém 0 mesmo sentido, 0 trabalho realizado seré positivo. de (age €xel’€icios de fixagao exc €lcies de fil Antes de passar ao estudo da préxima seccao, responda as questdes seguintes, consultando o texto sempre que julgar necessario. 1. Lembrando-se dos comentérios relacionados com @ fig. 19-2, fetos nesta seccéo, explique o que signifi ca dizer que entre 0s pélos de uma pilne de lanterna existe uma voltagem de 4,5 ¥. 2. Considere uma lampada ligada a tomada elétrica de ‘uma residéncia, Verifca-se que um trabalho de 44 Jé realizado sobre ‘uma carga de 0,20 C que passa, através da lémpa: a, de um terminal a outro desta tomada. 2) Qual é a aiferenca de potencial entre os terminais. da tomada? ) Um apareino ¢ ligado a esta tomada durante um certo tempo, recebendo 1 100 J de energia das ‘cargas elétrices que passam através dele. Qual é ‘valor total destas cargas? 3. a) Quando uma carga q se desioca de A para B 20 Tongo da trajet6ria | mostrada na figura deste cexerciclo, 0 campo elétrico realiza sobre ela um trabalho de 1,5 x 10° J, Se esta carga q se des- locasse de A para B a0 longo da trajetéria I, 0 tra- batho realizado pelo campo elétrico, sobre ela, seria maior, menor ou igual a 1,5 x 10° 3? by Se a carga q fosse transportada de B para A, 20 tongo da trajet6ria Ill (vela a figura), qual o traba- tho que seria realizado sobre ela pelo campo elé- ‘wico? ©) Entao, qual é o trabalho que o campo elétrico rea- liza sobre uma carga que sai de um certo ponto e volta novamente a ele apés percorrer uma trajet6- ria qualquer (trajetoria fechada)? Exerclelo 3 4, Uma carga de prove positiva q 6 transportada por uma pessoa, de A para B, dentro de um campo elt trico uniforme, a0 longo da tajetéria mostrada na fi- ‘gura deste exercicio. a) Desenhe, em uma cbpia da figura, o vetorforca elé- trica F que atua em q enquanto ela se destoce. ) Qual o trabalho Ty que esta forga elétrica realiza ho deslocamento de A para 8? ©) Entao, qual € a diferenga de potencial entre os pontos Ae 8? ‘pce Exercelo 4. 5. Considere 0s pontos A © B no campo elétrico eriado or um corpo eletrizado negativamente, como mos ‘ra.a figura deste exerccio. 8) Uma carga positiva q abandonada em um ponte situado entre A e B. Sob a ago da carga criadore {do campo, a carga q tende a se deslocar para A ou para 8? ') Entdo, podemos concur que o potencial de A é ‘maior ou menor que o de 8? Explique. Exercicio 5 6. No exerciclo anterior, suponha que a carga q, aban- donada entre A eB, soja negativa. 2a) Sob a go da carga que cria 0 campo, a carga @ ‘se deslocard para A ou para 8? ') Lembrando-se de sua resposta ao exercicio ante- flor, a carga q estd se deslocando para pontos ‘onde o potencial é maior ov menor? ©) Este resultado est de acoréo com a afrmagéo feita no final desta secgao? Patencial etétrico ee es 19.2. voltagem emum campo uniforme CALCULO DE V,, EM UM CAMPO UNIFORME A fig, 19-4 mostra duas placas paralelas, separadas por uma distincia d z ¢ eletrizadas com cargas iguais e de sinais contririos. Como sabemos, entre | 7 I. clas existe um campo uniforme £, dirigido da placa positiva A para a placa * negativa B. : ee Para calcularmos a diferenca de potencial entre estas duas placas, aban- donamos uma carga de prova positiva g junto a placa A ¢ procuramos determinar o trabalho Tg que o campo realiza, sobre esta carga, ao deslocé-la até a placa B. imos que, entio, a voltagem procurada sera dada por Vzp= Tp/4. No caso em questio (campo uniforme), 0 céleulo de 7, pode ser efetuado facilmente, pois a forga elétrica F que atua em q (fg. 19-4) permanece constan- te enquanto esta carga se desloca. De fato, como F = gE E nao varia, conclu mos que F também sera constante. Nestas condigdes, como a forga F tem a ‘mesma dirego e 0 mesmo sentido do deslocamento, temos Ty=Fd ou Tyy=qEd Ent 9, voltagem entre as placas seré Tay _ 94 4 Esta expresso nos permite calcular a diferenca de potencial entre dois pon- tos quaisquer de um campo uniforme. Deve-se observar, entretanto, que a dis- tinciad entre os dois pontos deve ser tomada na diregdo paralela ao vetor E. As- sim, na fig. 19-5-a, para calcularmos a diferenga de potencial entre os pontos Me! Nyusamos a expressio Vyy = Ed, onde d é a distancia indicada naquela figura. 4 V, donde COMENTARIOS 1) Aexpressio Vg= Ed nos mostra, entdo, que a voltagem entre dois pontos em ‘um campo uniforme seré tanto maior quanto maior for a intensidade deste campo. Além disso, para um dado valor de £, vemos que V sera diretamente proporcional a distancia d entre os dois pontos (distancia esta medida na) directo de E). Neste caso, 0 grifico Vig x d seré como aquele mostrado na Va fig. 19-5-b. 2)Da relagdo Vy = Ed, obtemos Esta expressio é de grande utilidade, pois nos permite obter 0 valor do campo elétrico através da medida da voltagem V’,». Esta utilidade decorre Fig. 19-5: lutragdo exque- do fato de ser a voltagem obtida facilmente, no laboratério, por meio de ™étia da dferenca de - fencial entre dols pontor, medidas diretas com aparelhos apropriados (voltimetro). Por outro lado, je N, de um compo clear. nio existem aparelhos que nos permitem medir diretamente a intensidade co unforme (a) e lograma do campo. Vaxd(b). MMMMHer 3) Vimos no capitulo anterior que, no S.L., a unidade de campo elétrico é 1 N/C. Entretanto, pela expressio E = V,y/d, vemos que é possivel medir o valor de E usando a unidade 1 V/m. E facil mostrar que estas unidades sio equivalentes, isto é, 1 V/m = 1 N/G. Assim, quando dizemos que a intensidade de um certo campo elétrico é, por exemplo, E = $00 V/m, isto equivale a dizer que temos E=S00N/C. Exemplo Usende um apareiho apropriado, mediu-se a ciferenca de potencial entre as placas mostradas na fig. 19-4, encontrando-se V,.= 300 V. Verficou-se, também, que a distancia entre A e B era d = 5,0 mm, 2) Baseando-se nestas medidas, calcula e ntensidade do campo entre as placas. Vimos que, neste caso, temos E = Vf Como Vg=300V @ d=5,0mm=5,0x40°m teremos \, Fg S0xa09 Poderfamos, também, escrever E= 6,0 x 10' NC. ®) Suponha que a carggq mostrada na fig, 19-4 tenha o valorq = tor 6a fora elticaF que atua nesta carga? J6 sabemos que a forga elérica que atua sobre uma carga , colocada em um cempo elét- 9 €, 6 dada por Fagé=2,0x10"%6,0x10" donde F=1,2x407N ©) Qual © trabalho T,, que © campo elétrico realiza sobre a carga q a0 deslocé-a da placa A para placa B? Este trabatno pode ser calculado da seguinte manera: T= Fd=1,2%107%5,0%10? donde T= 6,010") Poderiamos, também, caleular este trabalho partindo da definigéo de voltagem’ Viy= T/t Terlamos, entéo, T= Mg 2,0%10"%300 donde Ty=6,0%10") Evidentemente, em ambos os ¢as0s obtvem0s 0 mesmo valor para Tay donde = 6,0x 10" Wim 0x 10" C. Qual 60 va- POTENCIAL EM UM PONTO Aprendemos, até agora, como calcular a dferenga de potencial entre dois pon- tos em um campo elétrico. Entretanto, costuma-se empregar, com freqiiéncia, 0 conceito de potencial em um ponto, Mas o potencial em um ponto nada mais é do ‘que a diferenga de potencial entre este ponto ¢ um outro, tomado como referén- cia. Entio, para calcularmos o potencial em um ponto A, devemos escolher, arbi- trariamente, um outro ponto P, denominado nfvel de potencial, a0 qual se atribui ‘um potencial nulo (V/, = 0). Calculando-se, em seguida, a diferenca de potencial entre A e P, obtemos 0 potencial de A (V,) em relago a P. Consideremos, por exemplo, as duas placas da fig. 19-4, entre as quais existe uma diferenga de potencial , - V, = 300 V. Se escolhermos a placa B como nfvel de potencial, teremos V,=0'e, entio, vird V7, = 300 V, isto é, 0 potencial ded é 300 V em relagio a B (0 potencial de A esté 300 V acima do potencial de B). Pode~ Potencial eigtrico amos, contudo, ter escolhido a placa A como referéncia para cileulo dos poten- Ciais. Neste caso, teriamos V,, 0 (nivel) e, entio, Vy=~300 V, isto é, 0 potencial de B, em relagio a placa A, €~300 V (0 potencial de B esti 300 V abaixo do nivel). Observe que o potencial em um ponto tem um valor tinico. Natural ‘mente, este valor depende do nivel escolhido para referéncia, Antes de passar ao estudo da préxima sec¢do, responda as questdes seguintes, consultando o texto sempre que julgar necessario. 7. Ligando-se 0s polos de uma bateria a duas placas, rmetalicas paralelas M e N (veja a figura deste exercl- io), fcard estabelecida, entre estas placas, uma voltagem Vig = 12 V. a) Desenhe, em uma cépia da figura, 0 vetor E que representa o campo entye as placas. b) Supondo que a distincia entre Me Nsejad calcule a intensidade do campo entre elas. oy Ne Omm, bh ¢ — Exercico 7. 8. A figura deste exercicio mostra as linhas de forga de um campo elétrico uniforme, cuja intensidade vale E = 4,5 x 10° N/C. Observe a figura e deter- mine: My DVse OMe Exercieo 8. 9. Uma carga puntual Q estabelece, no ponto A, 0 campo elticaE, come mostra a figura deste exer ciclo. 2) Sendo ¢ @ distancia entre A e B, a voltagem entre estes pontos poderia ser calculace por Vig = £0? Exalique, 1) A expresso Vag = Tf Doderia ser usada para calcular esta ciferenga de potencial? } —! H—s1—4 Barc 410, Verifica-se que, aumentando-se a distancia d entre duas placas metdlicas eletrizadas (de tal modo que © valor de d permanega pequeno em relagéo ao ta- ‘manho das places), 0 campo elétrico entre elas no se altera. Entretanto, Ed nos mostra que Vig cresce 2 medida que d aumenta, Na tabela seguinte s80 apresentados valores de Vag entre duas placas metélcas, medidos em um labo- ratério, enquento a disténcla d entre as placas era 20 40 | 60 | 10 200 | 300 @) Com os dados da tabela construa 0 gréfico Vig. 0 aspecto do gréfico que voce obteve era o esperado? ) Qual a grandeza representada pela inclinagao deste grtico? 14. 2) Caleuie, em Vimm, a incinagso do gréfico obtido ‘No exereicio anterior. ) Expresse, em Vim e em N/C, a intensidade do campo entre as placas. a 2 = 12. Os pontas A, B, Ce P mostrados na figura deste exer- ciclo encontram-se em uma regido onde existe umn ‘campo elético. Considerando o nivel de potencial fem P, sabe-se que as patenciais dos demais pontos, 80 V, = 120 V, V,= 150 Ve Ve=80V. + Exercclo 12. ” a) Determine os valores das diferengas de poten- ial Vj Ve @ Va ~ Ve 13, 14, ) Considerando, agora, que o nivel de potencial passe a ser 0 ponto C, diga quais sero 0s va- lores V., V, € Vp em relagao a este novo nivel ©) Ainda como nivel em C, diga qual é o potencial, Vp. do pentoP. Considerando os pontos © 0s dados do exercicio anterior, calcule a diferenga de potencial V,~ V, sur pondo que 2) Onivel de potencial esteja em P. ») Onivel de potencial esteja em C. Observando 0s resultados dos exercicios 12 € 13, responda: €) 0 valor do potencial em um ponto depende do nivel escolhido para referéncia? ) 0 valor da diferenga de potencial entre dois ontos depende do nivel de potencial esco- Tpido? 19.3. voitagem no Campo de uma carga puntual VALOR DO POTENCIAL CRIADO POR UMA CARGA PUNTUAL Na secgio anterior aprendemos a calcular a diferenga de potencial em um campo uniforme. Suponhamos, agora, que desejéssemos calcular a voltagem Vy entre dois pontos 4 ¢ B do campo criado por uma carga puntual Q (fig. 19-6). Isto poderia ser feito usando-se a expressio Vizp= Ty/q que, como sabemos, €3 equagio que define a diferenca de potencial entre dois pontos, sendo vilida, por- tanto, em qualquer situagio. @ A - # e [ ~~ a Fig. 196: Exquema do voor daforca que atua Fig. 19-7: lustragdo exquemétic. O potenciel ‘a corga q varie ao Tongo de AB. ete ple cre ponte. & ded por Entretanto, a0 tentarmos calcular 0 trabalho Tp realizado pela forga elétr- ca sobre a carga de prova, encontraremos uma dificuldade: esta forga elétrica va- ria enquanto a carga de prova se desloca de A para B, pois o campo criado pela carga puntual Q nao é um campo uniforme. Nestas condigdes (F nio é constan- te), 0 céleulo do trabalho Ty. s6 pode ser feito usando-se métodos matemiticos que apenas serio estudados em cursos mais avancados. Patenclal etétrice Fazendo uso de tais métodos, podemos mostrar que uma carga puntual Q, no ar, estabelece em um ponto P, situado a uma distancia r desta carga, um po- tencial dado por (fig. 19-7) Esta expresso para o valor do potencial foi obtida considerando-se como referéncia um ponto muito afastado da carga Q ou, como costumamos dizer, esta expressio fornece o valor do potencial em relago a um nivel no infinito. COMENTARIOS 1) Ao usarmos a expressio V = k,Q/r, é importante observar que o sinal da carga, Q deve ser levado em consideragao. Assim, quando Q € positiva, o potencial em Pserd também positivo e, se Q for uma carga negativa, o valor de Vem P seri negativo, 2) Como jé sabemos calcular o potencial em um ponto do campo eriado por uma carga puntual, podemos facilmente calcular a voltagem entre dois pontos quaisquer deste campo. Por exemplo: voltando a fig. 19-6, obtemos o potencial Vem eo potencial V, em B (ambos usando a relagdo V= k,Q/r) ea diferenga centre estes valores nos forneceré a voltagem Vg, isto 6, Vyp=V.,—V Exemplo ‘Suponha que, na fig, 19-6, 0 valor da carga Q seja Q= 2,0 10. Suponha, ainda, que as <éstancias da carga Q 80s pontos A e B sojam r, = 20 cm e f_ = 60 cm. Caloular a diferenga e potencial iy Como vimos, devemos iniclamente caleular, usando a exoresséo V= kr, os potencas V, €V;dos pontos Ae B. Tabalhando comunidades do S., temos Q=2,0x 10*C,r 0,60 m, Entéio: Yaka 2 90x10" 20X30" onde Yaak 2 =90%10" 20220" donc i \ Potato, a dferenga de potencial entre AB sek: Vig= Vy~Vg= 9,0 x 10'-3,0% 10" donde: POTENCIAL ESTABELECIDO POR VARIAS CARGAS PUNTUAIS Na fig. 19-8 temos varias cargas puntuais Q,, Q, ¢ Q, € desejamos calcular o potencial que elas estabelecem no ponto P. Para isto, calculamos inicialmente 0 po- tencial V, que a carga Q estabelece em P, usando a expressio jé conhecida: = k,Q/r;. De modo andlogo, calculamos os potenciais V; e V7, que cada uma das, cargas Q; € Q, estabelecem em P, Somando algebricamente estes valores de V;, V;€ ¥, obtemos o potencial V, estabelecido no ponto P, pelo conjunto das trés cargas. Observe que devemos realizar uma soma algébrica porque 0 potencial & uma grandeza escalar. Como vimos no capitulo anterior, se desejéssemos calcular — 9, é 9 oe © potencial no eatabelecido simul- rente pelos cargos Ge Qy & igual 2 soma ‘algébrica "dos. potenciais ‘que cada carga produz no- ‘Quele ponte. llustracdo es co campo elétrico £ no ponto P da fig. 19-8, deverfamos efetuar uma soma vetorial que 6, sem diivida, uma operagio mais trabalhosa do que a soma algébrica. Ve~ mos, entio, que, quando estamos lidando com virias cargas, a determinacio do potencial em um ponto é feita muito mais facilmente do que a determinagio do campo elétrico. POTENCIAL DE UMA ESFERA ELETRIZADA Vimos no capitulo anterior que, para o céleulo do campo elétrico criado por «uma esfera uniformemente cletrizada, em pontos exteriores a ela, tudo se passa como se a carga da esfera estivesse concentrada em seu centro. Por este motivo, ‘quando vamos calcular 0 potencial estabelecido por uma esfera eletrizada, em umt ponto exterior a ela, podemos também usar a expresso que jé conhecemos e que ‘quemética. ‘nos fornece o potencial criado por uma carga puntual. Assim, na fig. 19-9, pode- ‘mos afirmar que a carga Q, distribuida na esfera, estabelece no ponto P um po- tencial (em relag3o a um nivel no infinito) dado por ven Vent onde r é distincia de P ao centro da esfera ° Se o ponto estiver situado bastante préximo da superficie da esfera, como o ponto C mostrado na fig. 19-9, € claro que teremos R, sendo R o raio da esfera. ae Desta maneira, o potencial de qualquer ponto da superficie desta esfera seré dado pela expressio 2 vat, & 42 ‘Vejamos agora 0 que se passa com o potencial de pontos interio- res & esfera. Supondo que a esfera seja metilica (em equilibrio eletrostitico), sabemos que o campo elétrico é nulo em seu interior, Entio, se imaginarmos uma carga de prova sendo deslocada de A para B na fig. 19-9, claro que o trabalho Tp realizado pelo campo elétrico sobre ela, sera nulo (pois ‘no hi forga elétrica atuando na carga). Portanto, como Ty=0,viri V,-Vj= Te donde V,-Vy=0 on V,=Vy q isto €, os pontos situados no interior de uma esfera metilica eletrizada esto to- dos no mesmo potencial. Evidentemente, se uma carga de prova fosse deslocada de A para C (fig. 19-9), nao haveria, pelo mesmo motivo, realizagio de trabalho, ou se, Tyc=0., entio, V,=Vq Podemos assim concluir que todos os pontos da esfera, quer estejam em Seu interior, quer estejam em sua superficie, esto em um ‘mesmo potencial. Portanto, como a expressio var9 nos fornece o potencial em um ponto da superficie, & claro que poderemos usé-la para calcular 0 potencial em qualguer ponto da esfera Potencial elétrico Exemplo Considere uma esfera metalica, de ralo R, eletrizada com uma car- 2 positiva Q. Sendo V o potencial estabelecido pela carga da esfera era distncia de um ponto qualquer ao seu centro, faga um desenho mos- trando 0 aspecto do gréfico V x r para pontos do interior e do exterior da estera (de r= 0 até r— =). ‘Sabemos que todos 0s pontos do interior e da superficle da esteratém o mesmo potencial, que é dado por V = k,QIR. Poranto, quando r varia de r= 0 atér=R, 0 potencal Vpermanece constante, como esté mostrado no gréfico da fig. 19-10. Para pontos exterores a esfera (7 > R), 0 potencal é dado por V=K,0/r, ito 6, V éloversamente proporcionalar(enquanto rcresce, Vaminuina mesma propor. 0). Entéo, para r > Ro gréico Vx rserd uma curva com 0 aspecto mostrado ra. 19-10 (sta cur, como sabernos, € denominada ipéoot). Antes de passar ao estudo da préxima sec: o7 F 7 Fig. 19-10: Gréfico pare 0 cexemplo do secga0 19.3. © exelCicios de fIXAg40 Exel ClClos Ke (La, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 415. Considere um ponto situado a uma distincia r de ‘uma carga puntual postive Q. Sendo Vo valor do po- tencial estabelecido por Q neste ponto,responda: 2) Duplicando-se r, quantas vezes menor torna-se ‘ potencial V? ) Ese o valor der for tiplicado? ©) Entao, faga um desenho mostrando 0 aspecto {do gréfico V x r. Como se denomina esta curva? 16. A.carga puntual Q, mostrada na figura deste exerci- io, vale Q= 3,0 uC, e as disténcias dos pontos A e B a esta carga séo r, = 15 om e ry = 45 om, Supo- ha a carga no ar e determine: 4) 0 potencial em A. ') 0 potencial em B. ©) Adiferenga de potencial V,. = 4‘ - - Exercilo 16, 417. Consider as cargas puntuais Q, @ Q,, tendo ambas iméculo igual @ 5,0 uC, porém de sineis contérios (veja a figura deste exercicio). 2) Qual opotencialV, que Q, estabetece em PP ) Qual opotencialV; que Q; estabelece em P? ) Endo, qual o valor do potencia V no ponto P? oe Lg [= 50cm ++ 10 cm ——>} mn 1B. A figura deste exercicio representa uma esfera me- talica eletrizada, em equilrio eletrostético. Consi- derando os pontos P e P” mostrados na figure, 1es- onda: a) Qual 0 valor da intensidade do campo elétrico emp? ») Opotencial em P é nulo ou diferente de zero? ©) Ea diferenga de potencial entre P e P’é nula ou diferente de 2er0? Exercclo 18, 19. Suponha que o valor da carga na esfera do exerci- cio anterior seja Q = 1,5 UC e que 0 seu raio seja R= 30 cm. Considerando a esfera no ar: 4) Calcule 0 potencial do ponto ¢, situado na su- perfcie da esfera. ) Entdo, qual é 0 potencial do ponte P? E do pon toP? ME co Energia potencial elétrica Como vimos, a diferenca de pote elétrico € dada por centre dois pontos em um campo Vy-V,= Tae 4 Entio, o trabalho que o campo realiza sobre a carga, deslocan- do-se de A para B, como na fig. I, é Tyy=Va~ Va Anteriormente, jf chamamos sna atengo para o fato de que este trabalho no depende do caminho que a carga iri percorrer de ‘A para B, isto €, 0 campo elétrico é um campo conservativo, Sabe- ‘mos, entretanto, que quando uma forga € conservativa, existe sem- pre associada a ela uma energia porencial B, que se relaciona com 0 trabalho da forga conservativa da seguinte maneira: Dy By Bo ‘Como voct provavelmente se lembra, vimos, no capitulo 8, que esta re- lagdo é verdadeira para a forca gravitacional, para a forca elistica e para qualquer forca conservativa. Como a energia potencial em cada ponto tem um valor bem definido, identificando as expresses Ta WVs- Vp © Tag=Ey Bp teremos ByaW, © Baa Vy | Assim, de um modo geral, podemos dizer que: se uma carga q é colocada em um ponto onde o potencial elétrico é V, ela possui nesta posicio uma energia potencial elétrica E=qWVv 4 Para tornar estas idéias mais claras, analisaremos a situagio re- presentada na fig. Il. Consideremos uma carga puntual Q, estabe- ecendo um campo elétrico, no qual é colocada uma carga, também. puntual, g, 2 uma distincia r de Q (veja a fig. TI). Sabemos que 0 potencial estabelecido por Qa distincia r € = k,Q/r. Portanto, a energia potencial de g, naquele ponto, é dada por Bq-¥ donde 2-112 Esta 6, entio, a expressio que fornece a energia potencial elétrica (em relagio ao infinito) de uma carga puntual g, no Figura, campo criado por uma carga puntual Q, a uma distincia r des- ta carga. 19.4. superticies eqitipotenciais © QUE E UMA SUPERFICIE EQUIPOTENCIAL Consideremos uma carga puntual Q e um ponto Psituado a uma distincia r desta carga (fig. 19-11). Sabemos que o potencial em Pé dado por vai,2 r Entiio, quaisquer outros pontos, como P’, P” etc., situados ‘mesma distancia r da carga Q, terio o mesmo potencial de P. E dlaro que estes pontos esto situados sobre uma superficie esféri- cade raio re com seu centro em Q. Uma superficie como esta, ‘ujos pontos possuem todos o mesmo potencial, € denominada superficie eqidipotencial (fig. 19-11). ‘Qualquer outra superficie esférica com centro em Q seri, também, uma super- fcie eqiipotencial, pois todos os seus pontos estio igualmente distanciados de Q. Assim, na fig. 19-12, as su- perficies estéricas S,, S,, S, ete. sio eqilipotenciais. Observe que, embora todos 0s pontos de S,, por exemplo, tenham o mesmo potencial, este valor é porém, diferente do potencial dos pon- rosdeS, oudeS,. Na fig. 19-12 estio repre- sentadas, também, algumas li- thas de forga do campo criado pela carga Q. Como sabemos, Fig. 19-11: llusracdo ey ‘quemética. Os pontos P,P, Pre”, que possuem o mes smo potencil, estdo situa dor sobre uma esfero de ‘centro om Q. Fig. 19-12: Esquema de su perficles eqlipotenciais do ‘campo eriade pela corge Q. essas linhas so radiais e, portanto, sio perpendiculares as superficies ej potenciais. Pode-se mostrar que esta propriedade é vilida no apenas para 0 campo criado por uma carga puntual, isto é, ela é uma propriedade geral: para qualquer campo elétrico, as linhas de forga so sempre perpendiculares as super- ficies eqiiipotenciais SUPERFICIES EQUIPOTENCIAIS EM UM CAMPO UNIFORME Na fig. 19-13 consideremos um ponto P, em um campo elétrico uni- forme criado pelas placas A e B. Como sabemos, a diferenga de potencial entre a placa d e 0 ponto Pé dada por Vn Vp= Ed ‘Vemos, entio, que o potencial do ponto P, em relagio a placa 4, de- pende apenas de sua distancia d 4 placa (lembre-se de que a intensidade do campo é constante). Assim, os pontos P, P’, P” etc. situados & mesma distancia da placa 4, possuem o mesmo potencial. E claro, pois, que uma mr) Vee superficie plana, paralela as placas, como a superficie S, mostrada na Fig. 19-13: llustragdo ex quemética. As superficies equlpotenclals (Sy Sy Sy) do perpendiculares os le nhas de forca do campo sletrice. ‘wiper ebipotercia Fig. 19-14: lustragdo esque ‘mética, Todor of pontor de lum condutor em equillorio ‘letrostético tém © mesmo potencial. fig. 19-13, ser4 uma superficie eqiipotencial. Da mesma forma, S, (01S) também seré uma superficie eqitipotencial, cujo potencial, entretanto, ¢ diferente do potencial de S,. Algumas linhas de forga do campo uniforme, eriado pelas placas, es tio representadas na fig. 19-13. Observe que estas linhas sio per- pendiculares 4s superficies eqiiipotenciais, em concordincia com o que afirmamos anteriormente. TODOS OS PONTOS DE UM CONDUTOR EM EQUILIBRIO ELETROSTATICO TEM O MESMO POTENCIAL ‘Jé aprendemos que, em pontos préximos & superficie de um condu- tor em equilibrio eletrostitico, o vetor campo elétrico é perpendicular esta superficie. A fig. 19-14 representa um condutor nesta situagZo. Ima- ginemos uma carga de prova q sendo transportada, 20 longo da superficie deste condutor, do ponto d para o ponto B. Neste movimento, a férga elétrica que atua em q ser sempre perpendicular ao seu deslocamento Por este motivo, o trabalho realizado sobre 4, pela forga elétrica, eri nulo, isto é, T,)= 0. Ento, como Ta q Logo, todos os pontos da superficie de um condutor em equilbrio ele- trostitico tém 0 mesmo potencial, isto , esta superficie é eqitipotencial. Lembrando-se de que o campo elétrico € nulo no interior de um condutor em equilibrio eletrostético, podemos concluir, como fizemos ao estudar o poten- cial de uma esfera, que os pontos C e D da fig. 19-14 estio no mesmo potencia, isto é, Vc = Vp. Do mesmo modo, é ficil mostrar que V, = Vo, ou seja, todos os pontos de um condutor em equilibrio eletrostético, quer sejam de sua superficie, quer sejam de seu interior, esto no mesmo potencial. J& haviamos mostrado que Patancial elstrico este resultado era vélido para um condutor esférico e, agora, acabamos de ver que ele é verdadeiro qualquer que seja a forma do condutor. DISTRIBUICAO DE CARGAS ENTRE DOIS CONDUTORES Suponha que dois corpos metalicos, 1 e 2, estejam eletrizados com car- ~ as Q, € Q (fig. 19-15). Seja V, 0 potencial do condutor 1, isto é, todos os pontos deste corpo possuem o mesmo potencial, cujo valor é V,, De manei- — 3B naaniloga, seja V, 0 potencial do condutor 2. Estabelecendo-se o contato elétrico entre estes condutores, como mostra a fig. 19-15, vamos analisar 0 que ocorrerd com o potencial e a carga de cada um deles. Lembrando-se de que as cargas elétricas tendem a se mover de um ponto pare outro quando existe uma diferenga de potencial entre eles, concluimos que seV, # V; havera passagem de cargas elétricas de um condutor para 0 outro. Sa- bemos que sio os elétrons livres que podem se deslocar em um condutor metil co ¢ que as cargas negativas tendem a se deslocar de pontos onde o potencial € menor para aqueles que possuem potencial maior. Portanto, ao serem ligados os dois corpos por meio de um condutor (fig. 19-15), os elétrons se deslocario do corpo de menor potencial para o de maior potencial. Em virtude desta transferéncia de elétrons, as cargas Q, € Q; e os potenciais V, eV, se alterarao e haverd um instante em que os potenciais dos dois conduto- res se tornarao iguais, isto é, teremos V,= V,, E claro que, a partir deste instante, nio havera mais passagem de cargas de um condutor para 0 outro ¢ eles terio atingido uma situagio final de equilibrio. Exemplo Uma esfera condutora 1, de ralo Re eletrizada positamente, ¢ligada a uma outa esfere 2, também condutora, de ralo Re descarregada. (0) a) Descrever o processo de transferéncia de cargas de uma esfera para a out, ‘Aesfera 1, estando eletrizada positivamente, possul um potencial V, superior 20 ‘ia esfera 2, que esté inicialmente descerregada (potencial inicial V, = 0). Haverd, entéo, passagem de elétrons de 2 (potencial menor) para 1 (potencial maior) como mostra a fig. 19-16-a. A esfera 2 acquire, assim, uma carga positva ea es: (®) fera 1, recebendo elétrons, terd reduzido o valor de sua carga positiva. O fluo de elétrons cessard quando as esferas atingirem 0 mesmo potential, Isto é, quando Vy=¥, (fig, 19-16-0). ) Qual seré a relagdo entre as cargas Q, @ Q, nas esferas quando for atingida a situ- 2480 final de equilorio? ‘Na stuagdo de equiloro sabemos que V, = V Lembrando-se de que o potencal de uma esfera & dado por V= k,QIR teremos, nesta situagao: ak % donde ae RR ee ers fera de maior rao fica eletrizada com carga melon), ©) Quando um condutoreletrizado ¢ligado a Terra, verfcamos que ele se descarrega. Explique este fato, tendo em vista a resposta da questao anterior. Fig. 19-15: Quando é esto- belecido 0 contato elétrico entre dols condutores, hd pessogem de carga elétrica deum para o outro até que ‘seus potencials se iguelem. trons Fig. 19-16: Exquema poro ‘exemple da secs 19.4. Esta ligagao equvale aquela mostrada na fig. 19-16, supondo que a esfera 2 seja a Tera [Neste caso, 0 raio R, (ralo da Terra) seré multas vezes malor do que R, (dimensdes de um condutor de tamanho normal). Entdo, para que a relagdo Q,/Q, = RyR seja verdadeira, devemos ter Q, muitas vezes mal or do que Q,, ou seja, Q, é desprezivel em relagéo a Q,. Isto equivale a dizer que pratica- ‘mente toda @ carga do corpo eletrizado se transfer para a Tera. © exelCicios de fiXagao cel CLCles ee t Antes de passar ao estudo da préxima seccao, responda as questées seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 20. Na figura deste exercicio, Se S, representam duas ‘superficies eqUipotenciais em uma regiao onde exis te um campo elétrico uniforme. Sabe-se que 0 po- tencial de S, € V; = 500 Ve o de S, € V,=300V (ambos em relagdo a um mesmo nv!) 42) Abandonando-se uma carga de prova positiva ‘em um ponto situado entre S, e S,, qual o senti- do de movimento desta carga? 'b) Desenhe, entéo, em uma cépia da figura, algu- rmas linnas de forga do campo elétrico existente ra regiao (ndo se esquega de indicar 0 sentido ‘estas lias) ©) Qual é a diferenga de potencial entre os pontos. AeB?EeneAec? Exercelo 20, 24. Considere um bloco metalico, eletrizado posiiva mente, em equillorio eletrostatico. Os pontos. B estao situados na superficie deste bioco eC 6 um ponto de seu interior (veja a figura deste exercicio). Sabendo-se que o potencial de A, em relagdo a um certo nivel, vale V, = 800 V, res- pponda: a) Qual € 0 potencial do ponto B (em relagdo a0. ‘mesmo nivel)? b) E 0 potencial do ponto C (considere ainda 0 ‘mesmo nivel)? 2. 23. 24, 25. ©) Se uma carga de prova for transportada de A para 8, qual seré 0 trabaino T,, realizado pelo campo elétrico sobre ela? Exerccio 21, No exempl resohido no final desta seczdo, suponta cue a carga incial na estera 1 fosse Q= 6,0 Ce ave R, =P, Qual seria, neste caso, a carga final em cada estera?| Suponha duas esferas metélices, 1. 2, de ros R,=20cme R, = 30 cm, eletrizadas ambas post vamente com cargas Q,= 4,8 uC-eQ,= 1,2 uC, si tuadas no ac 2) Calcule 0s potenciaisV,e V, de cada estera ) Lgando-se as duas esferas por meio de um fio condutor, em que sentido se dard ofuxo de elé trons que passa de uma estee pare outta? Considere as esferas do exercicio anterior. Apés ser estabelecida a ligagdo entre elas, responda: 2) 0 valor da carga na esfera 1 aumenta ou dim! ‘nui? Eo valor da carga na esfera 2? b) O valor do potencial da esfera 1 aumenta ou di- ‘minui? € 0 valor 60 potencial da esfera 2? Considerando ainda as esferas do exerccio 23, 20 ser atingida a situagao final de equilrio, isto é, _ap6s cesar 0 xo de elévons: €@) Ovalor do potencal de esfera 4 seré maior, me- or ou igual 20 valor do potencial da esfera 2? ) Sendo 0’, € 0’, as cargas finals em cada este ra, qual 80 valor de 0’, +015? Robert J. van de Graaff (1901-1967) Engenheiro americano que apés estudar alguns anos em Paris, onde teve a oportunidade de assistir a conferéncias de Marie Curie, passou a se dedicar pesquisa no campo da Fisica Atomica. Trabalhando na Universidade de Oxford, ‘Van de Graaff sentiu a necessidade, para desenvolver suas pesquisas, de uma fon- te de particulas subatémicas de alta energia. Criou entio o gerador de Van de Graaff,acelerador de particulas que recebeu seu préprio nom larga aplicacio, ndo s6 na Fisica Atomica, como também na tia. Mais tarde, voltando aos Estados Unidos, depois de se dedicar & pesquisa durante um certo tempo, montou uma indiistria para fabricar exemplares de seu Fig. 19-17: Quando o corpo Fig. 19-18: Um condutor ‘letrizade no interior do ‘condutor detcarregado D, for oparecer cargos indu- 3idas nas superficie inter- tna ¢ externa de D. lust Bo exquemética. Fig. 19-19: llurtragdo ex quemética, Quando o cor- po metéllco C eletrizado, ro interor de D, é posto em altura do aparelho atinge, as vezes, 15 m, Nestas condigées, é possivel obter vol- tagens de até 10 milhdes de volts. Observe que a voltagem obtida no aparelho cerca de mil vezes maior do que a voltagem fornecida pela fonte que alimenta a correia do gerador. © GERADOR DE VAN DE GRAAFF NOS LABORATORIOS DE ENSINO: O gerador de Van de Graaff pode ser construido em pequenas dimensdes para ser usado nos laborat6rios de ensino. A fotografia 19-22 mostra um des- ses geradores: o didmetro de sua esfera mede cerca de 20 cm e pode-se, com cle, obter potenciais de alguns milhares de volts, Geralmente, nestes gerado- res mais simples, a carga elétrica fornecida & correia nfo é obtida por meio de uma fonte especial de tensio. Esta carga é desenvolvida na base do préprio aparelho pelo atrito entre a polia e a correia. Além disso, em lugar do motor elétrico, costuma-se usar simplesmente uma manivela para movimentar a po- lia ea correia, Um gerador como este pode ser construido com relativa facili- dade, podendo-se obter, em manuais especializados (guias de laborat6rio, por exemplo), maiores detalhes sobre 0 material a ser utilizado ¢ amancira de Sorc‘ potenton de montar 0 aparelho. interes de vos. Acxperléncia de Millikan ‘A carga elétrica 6 “quantiz: Vimos, no infcio de nosso estudo dos fenémenos elétricos, que somente com o desenvolvimento da Fisica no século XX foi possivel entender o me- canismo pelo qual um corpo se eletriza. Como vocé sabe, apés serem estabelecidas as teorias sobre a constituigio do dtomo, os cientistas conclul- ram que a eletrizagio é devida simplesmente ao fato de um corpo ganhar ou perder elétrons. Por este motivo, o valor da carga elétrica que um corpo possui deve ser sempre um méltiplo inteiro do valor da carga do elétron, Em outras pala- ‘ras, se desejdssemos alterar 0 valor da carga de um corpo, a minima varia- 40 que poderia ser realizada seria ceder ou retirar dele apenas um elétron. Portanto, o valor da carga de um corpo munca poderia sofrer uma variacio cujo médulo fosse inferior a0 médulo da carga desta particula, isto 6, esta variagio nfo poderia ser igual a uma fragio da carga do elétron. Sempre | que isto ocorre com uma grandeza dizemos que ela € quantizada, 0 que | significa que o valor da grandeza s6 pode variar em saltas. O menor valor | desta variagio, isto €, 0 menor salto que o valor da grandeza pode sofrer, | €denominado quantum da grandeza, Assim, podemos dizer que a carga | clétriea € uma grandeza quantizada e que 0 quantum de carga elétrica é o valor da carga do elétron. Os cientistas do inicio do século XX jé sus- peitavam que estas idéias fossem verdadeiras. Nesta época, 0 cientista | americeno Robert Millikan realizou varias experiéncias que realmente | comprovaram a quantizagio da carga elétrica e conseguiu, ainda, deter- | minar o valor da carga do elétron. ME oc, Embora as experiéncias realizadas por Millikan tenham sido muito tra- balhosas, absorvendo um periodo de alguns anos de trabalho deste cientista, a8 idéias bésicas nas quais elas se apdiam sfo relativamente simples, como rmostraremos a seguir. Robert Andrews Millikan (1868-1953) Fisico americano que, apés estudar na Universidade de Berlim, voltando 4 sua terra natal tornou-se professor da Universidade de Chicago. Foi af que rea- lizou sua eélebre experiéncia da gota de éleo que the permitiu medir o valor da carga do elétron. Outro trabalho de Millikan de grande repercussio foi a verifi- cagio experimental da equacio de Einstein, do efeito fotoelétrico, Através des- te trabalho ele obteve um valor muito preciso para a constante de Planck. Millikan recebeu varias homenagens ¢ ocupou varios cargos importantes, sai- ‘entando-se a representacio de seu pais na Liga das Nacdes. Em 1923 recebeu © Prémio Nobel de Fisica por sous estudos sobre a carga elementar do elétrone | 0 efeito foroelétrico. ‘A fig. 19-23 apresenta um esquema da montagem usada por Millikan. Gotas de 6leo, muito pequenas, sio lancadas na cimara superior do disposi- tivo por meio de um pulverizador. Estas goticulas, no proprio processo de sua formagio, adquirem uma carga elétrica, geralmente negativa. Millikan desejava medir o valor da carga elétrica nestas goticulas e, para isto, esta- beleceu uma diferenca de potencial V,, entre as placas 4 e B mostradas na fig, 19-23. Desta maneira, entre estas placas foi estabelecido um campo elé- trico uniforme B, cujo médulo, como sabemos, é dado por E= Viy/d, onde d €a distancia entre as placas. Algumas goticulas, passando através do peque- no orificio existente na placa superior, penetram neste campo, ficando, en-_ ‘to, sob a agio de duas forgas: 0 seu ates prdprio peso, mg, dirigido para baixo, a forca elétrica, F = gE, dirigida para cima (veja a fig. 19-2: ‘Millikan fazia variar a voltagem Vy até que a goticula, observada através de uma luneta, ficasse em repouso entre as duas placas. Nesta situagio, o valor da forga elétrica era igual a0 peso da pequena gota de dleo, isto &, qE=mg donde g= = E Como a intensidade do campo sei otha siaieie ae pressio E = V,,/d ¢ como Millikan Fig. 19.23: Equema de montogem iod2. conhecia a massa m de cada goticula, por Milikon pera medira.carge deci ote conseguiu obter o valor da carga g Potancial elétrico So existente em cada pequena gota de dleo. A fotografia 19-24 mostra o proprio Millikan fazendo observagdes no aparelho que ele construiu para realizar a experiéncia que acabamos de descrever. Millikan determina o valor da carga do elétron No perfodo de 1906 a 1913 Millikan re- alizou um grande mimero de experiéncias, redindo o valor da carga elétrica adquirida por milhares de goticulas de éleo. Os resul- tados dessas experiéncias permitiram-lhe “concluir que, de fato, a carga elétrica € _guntiads,possbilitando também que le determinasse o valor do quentiom de carga seemless Usando a relagio q ‘para lar Leeper eacte gee hae ‘salores que eram sempre miltiplos es | dada carga. Esta, por sua vez, representava 0 menor valor obi, isto é nenhuma das govieuasanalisdasposu uma |code alr inferior ere minimo, Pas exlarecer conte Sadat _ pr Millikan, consieremos o dados segues, que representam poses aes earners sole 3? goticula—q, =1,6%10-"C 4 goricula — 9,=8,0% 10" C "St goticula — 9,=4,8 x10" C peeve seins got EL 6X10" Cte. ‘valor mfnimo. Millikan concluiu, a5- es ‘do elétron era 1,6 x 10°" C. Entio, nas demais adas em outros campos da Fisica, for- concordincia com as conclusdes obtidas ‘principalmente pela determinagio do rds en sae Prémio Nobel de Fisica 7 Fig. 19-24: Milken faxen- do observasdes no célebre ‘parelino da gota de dleo. “Clcios de fi Xagie exelCicios de fiXagao exelCicies de fl Antes de passar ao estudo da préxima sec¢do, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 26, Resolvendo este exerccio, oot tera déia das altas voltagens necesséas no campo da Fisica Moderna. Pare que um préton consiga penetrar no ndcleo de um atomo de ouro, ele deverd ter uma energia Cinética minima préxima de €, = 8 x 10" J. Esta ‘energi cinética 6 fornecida 20 préton por disposi ‘vos conhecidos como “aceleradores de partcul aque aplicam a ele uma diferenga de potencal Vr Determine 6 valor 62 Vie 27. Dezpequenas esferas metilicas, cada uma com carga de 0,1 UC, séo usadas para eletrizar uma estera ‘metélica 0ca maior, tocando-a sucessivamente com. cada uma das pequenas esferes.Dizer sea carga final naesfera grande serd menor ou igual a 1 uC, supon- do que os contatos sucessivos foram feitos: 2) Intemamente. by Externamente. 28. Conforme foi dito no texto, 0s geradores de Van de Graaff permitem obter potenciais de até 10 mihdes de volts. Suponha que a esfera de um certo gerador tenha um raio R = 4,8 m. 2) Qual a carga que deve ser fomecida a esta esfera para que ela adquira aquele potencial? ») Seaestera estivesse no ar, em condigdes normais, seria possivel que ela aciquirisse aquele potenci- al? Explique. ‘Sabe-se que a rigitez dielétrica do ar depende da ptessao a que ele esté submetido, sendo diretamente proporcional a esta pressao. Em virtude disto, as ‘esferas dos geradores de Van de Graaff costumam ser colocadas em c&maras pressurizadas (contendo ‘ar a alta pressio) para poderem atingir potenciais mais elevados. 29. a) No exercicio anterior, qual deve ser a presséo minima do arna cémara que ervolve @esfere, pare {que ela possa ating 0 potencial de 10 mihées de volts, mencionado? ) E qual seria a pressio minima deste ar para que © aparelho pudesse ser usado para acelerar 0 proton do exercicio 267 30. Suponha que a correia do Van de Graaff do exercicio 28 transporte cargas para sua esfera com uma taxa {de 50 Crs. Quento tempo seria necessério para 0 rela continuar a transportarcargas pare aestera. Qual deve ser a poténcia do motor que movimenta a cor rela, para manter a situagao descrita? (Despreze as forgas de atrito,) . 8) O que significa dizer que uma grandeza ¢ quan tlzada? Qual é 0 valor do quantum de carga elétrica? ‘Ao resolver este exercicio, vooé teré uma idéia de ‘como eram extremamente pequenas as gotas de {leo que Millikan usou em suas experiéncias para obter a carga do elétron. Suponha que em ume dessas experiéncias, Millikan tenha usado duss placas separadas por uma distancia d = 1,5 cm, submetidas a uma diferenca de potencial Vig= 600 V. Considerando que uma goticula com § elétrons em excesso tivesse ficado em equilioro entre as placas e lemrendo que a carga do el: ton 6 q= 4,6 x 10 ¢: 2) Determine o valor de massa, m, dessa gota (tome g= 10s’). ) Quantas destas goticulas Milliken poderia obter ‘com apenas 1 g de 6leo (expresse este nimero ‘em palavras)? CConforme mencionamos nesta seceéo, posteriormen: te 8 experiéncia de Milikan, varias outras experi cias foram feitas, fornecendo resultados sempre cconcordantes para o valor da carga do elétron. Este ‘exerccio Ihe permitiré tomar conhecimento de una dessas experiéncias. A figura deste exercicio masta um felte de elétrons, emitido por um canhéo elet= ‘nico, drigido para o interior de uma garrafa metal a, sendo recolhidos em suas paredes. Er vitude disto, a garafa val adquiindo uma carga eéticane gata. Em uma reprodugdo desta experiéncia, com ‘ispositives modemos (contador de elstrons), mediy- ‘se 0 nlimero de elétrons emitidos por segundo pelo canhao eletrOnico, encontrando-se 1,0 x 10° ‘elétrons/s. Apés decorrido um tempo t= 5,0 horas, ‘20 ser medida a carga acumulada na garrafa, veri. ‘cou-se que tinha um valor de 0,28 uC. Qual 60 valor ‘da cerga doelétron que fol obtido com os dados desta ‘experiéncia? VeriNque se este valor esté em concor 4, {figura deste problema representa as linhas de for- {de um campo elétrco, Probleme 3. =e eS Problema 4, ccs problemas e teStes 210° | Chics 6 vcs 4) Observando estas linnas de forca, diga se a in- tensidade do campo em A é maior, menor ou igual a intensidade do campo em 8. ) Imaginando uma carga positva abandonada en: tre Ae B, diga se 0 potencial de A & maior, ‘menor ou igual 20 de B. 5. Dissemos, neste capitulo, que as unicades 1. NIC fe 1 Vim, usadas para medir a intensidade co ‘campo elétrico, so equivalentes. Procure mos- {tar que esta afirmacao ¢ verdadeira, isto é, mos- {te que 1V/m = 1 NIC (lembre-se das definigoes. deived). 6. Considere @ fig. 19-4 e suponha que a distancia o entre as placas seja mantida constante. Aumen- ‘tando-se continuamente o valor da carga em cada placa, veriica-se que o campo entre elas também aumenta, 4) Faga um desenho mostrando o aspecto do graf £0 V,, x E (voltagem entre as placas em fungdo da intensidade do campo). ) 0 que representa a inclinagao deste grético? 7. 08 pontos A eB mostrados na figura deste probl ‘ma esto situados entre duas grandes placas p: ralelas, eletrzadas com cargas de mesmo valor € de sinais contrérios. Sabendo-se que os poten- clais de Ae B valem (ambos em relagdo a um mesmo nivel) V, = 500 Ve V, = 100 V e que a dis- tincia de A até B & de 2,0 cm, concluimos que as intensidades do campo elétrico em A @ B valem, respectivamente: 2) 500 Vim e400 vi. 'b) 500 Vim e250 Vim, ©) 800 Vim e 800 NIC. 0) 2,0 x10" Vim e 2,0 x 10* NIC. = @) 2,5 x10" Wim e 5,0 x 10° Vim. Problema 7 8. No problema anterior, suponha que uma parti- cule, eletrizada positivamente com uma carga q=4,5 UC, fosse abandonada (em repouso) no Ponto 4. Considere atuando sobre a particula apenas a forga devida a0 campo elétrico e cal- cule: 2) 0 trabalho realizado sobre ela, pela forga elétri- ‘ca, no destocamento de A para B. ) A energia cinética com que a particula chega em B. ©) A velocidade da particula ao passar por B, s2- bbendo-se que sua massa 6 m = 3,0 miligramas. 9. A figura deste problema mostra duas grandes pla- ‘cas metilicas A e D e uma calxa metdlica oca cujas faces B e C sao paralelas as places. Ouas baterias, R,, estéo ambas eletrizadas positvemente (veja‘ figura deste problema). Ligam-se as esteras or meio de um fio condutor. és ser atingico © equillrio eletrostétco, designemos por Q, € Q, 8 cargas em cada esfera'e V,e V0 potencial de cade lume, Podemos, entéo, afimmar que: 8), >VseQ,> Qs DV,=Vy 0Q,=0, Dd > Ve Q; =O, OM < V0 Q=% OM=%, €Q.> Qs ® @ Problema 14. Patencial siétrico 15. No exemplo resolvido no final da seccao 19.4, suponha que a carga inicial na esfera 1 fosse Q=6,0 uC (lembre-se de que a esfera 2 se encontrava inicialmente descarregada). Se R,=30 om e R, = 10 om, caloule os valores Q, ©, das cargas finals em cada estera, 46, $2 0 valor do potencal ¢ constante em todos os pontos de uma certaregiéo do espaco, o que se pode conclir sobre a intensidade do campo elétr- co nesta regao? 417. Costuma-se medir a energia de particulas atémicas, ‘em uma unidade denominada 4 elétron-volt (1 eV). Aunidade 1 eV 6 igual & energja adquirida por um elétron ao ser acelerado entre dois pontos entre os uals existe uma diferenca de potencial de 1 V. Con- sideranco esta informagdo, diga qual seré, em ev, a energia adquirda pelas particuas seguintes, a0 pas- sarem entre dois pontos A e 8, entre os quais exis- te uma voltagem V,~Vg=20 KV: Um elétron, 20 passar de B para A. Um préton, a0 passar de A para B. Um néutron, ao passar de A para B. ‘Uma particula alfa (dois protons e dois néutrons), 20 passar de A para B. A 8 418. Um conjunto de bate~ fias especiais esté l- ado 2 duas placas ‘metilicas, estabele- ccendo entre elas uma iferenga de potencial Vig = 3 600 V (veja 2 ‘igura_ deste proble- — mma). Sade-se que @ Yoltagem martida pe- los baterias & sempre 2 mesma, qualquer ‘que soja a dsténcia entre as placas. Prblegee 8 2) Se aproximarmos uma placa da our, 0 que aor teré com aintensidade do campo entre elas? ») Veriica-se que, se 0 campo entre as places al cangaro velo de 3x 10° NI, o a entre elas se ‘toma condutor e observa-se que uma faisca elé- tea sala de uma placa para a outa. Eno, sproximando-se a paca A da placa 8, para qual valor de d uma faisca elétrica saltaré entre elas? 419. Em um tubo de TV existem um flamento fe uma placa p (veja a figura deste problema), entre os uals 6 estabelecida uma certa voltager Vjq AO ser aquecido, 0 flamento emite eltrons (com veloc dade praticamente ula) que so acelerados pela : 4. Uma bolha de sabo, de raio r= 10 om e espessu- rae = (10/3) x 10° om, esta eletrizada sendo seu potencial V= 20 V. A bolha se arrebenta, formando uma gota com @ mesma massa e a mesma carga, da bolha original. Considerando a boiha e a gota Condutoras, calcule o potencial da gota formada (0 volume da pelicula esférica da bolna é dado pela formula: Volume = 4ar*»€) 2. Duas placas paralelas, eletrizades com cargas lguals e de sinais contrérios, esto separadas de 410 cm. Um elétron, abandonado préximo a placa negativa, gasta 5,0 x 10" s para atingtr a placa po- sitiva, Calcule a diferenca de potencial entre as duas placas. 3. Qual o méximo potencial que pode ser alcangado por uma esfera condutora, de raio R = 0,80 m, no ar? 4, Suponha que em um certo ponto do espago, onde thd um campo elétrico, o potencial tenha um valor negative. 2) Aproximando-se deste ponto uma carga puntual negativa, 0 valor do potential no ponto aumen- ‘a, diminui ou néo se modifica? ») E sea carga puntual fosse positive? 5. Considere uma esfera metélca, de rio, eletrza- do com a carga negativa -Q. a) A medida que nos afastamos da superficie da fesfera, 05 potencials dos pontos pelos queis ‘estamos passando sBo crescentes ou decres- ccentes? ) Onde se localiza 0 ponto de potencial méximo € ‘qua o valor deste potenciat? «) Faga um desenho mastrando 0 aspecto do gréf- 0 Vx, onde r 6 distancia de um ponto qual quer a0 centro da esera (de r= 0 atér— =), 6. Duss corgas puntuais, ambas positives, Q = 5,0 x x10 Ceq=2,0% 10" C, esto studes sobre um plano horizontal liso, separadas por uma distancia r=5,00m, 2) Qual a enersia potencial elétrica da carga 4, nesta posigéo? (Considereo nivel no infiito) ) Mantendo fix a carga Qe abandonando-se 4, qual ser sua energa cinética ao passer por um ponte a 15 em de Q? Blemas supleh 7. Para as cargas do problema anterior, respond 4) Sendo m = 10 ¢ a massa da partcula de carga 4, qual seré sua velocidade quando ela alca gar um ponto muito afastado de Q? ) Se a carga Q nao tivesse sido mantida fixa, 2 velocidade de q, naquele ponto, seria ‘maior, menor ou igual a0 valor obtido em (2)? Explique. 8. A figura deste problema mostra uma esfera A, ondutora, carregada com uma carga positiva Q,, tenvolvida por uma esfera oca, 8, também condu> tora, carregada com uma carga positive Q,. Sen do Rye Ry 0S rains das duas esferas: €@) Determine o potencial V, da esfera A. »b) Determine o potencial V, da esfera B. ¢) Usando as respostas das questdes (a) © (b), ‘explique 0 que ocorre com a carga Q, quan- do as duas esferas so ligadas por um fio condutor. 4) Qual o apareiho, descrito em nosso curso, cujo funcionamento utiliza 0 fato analisado na questéo (c)? G5 Problema suplementer' 9. Em um tubo de Tv, um elétron é acelerado hori- zontalmente, a partir do repouso, por uma dife- renga de potencial de 10 OVO V. Em seguid 6 langado entre duas placas horizontais, com '5,0 cm de comprimento, separadas de 1,0 cm (veja a figura deste problema). Sabendo-se que tenire as placas existe uma diferenga de poten- cial de 200 V, a0 emergir das placas, 0 elétron presenta um Sngulo de deflexdo @, em relagéo MMos 10, 11. 12, 8 virecdo inicial de seu movimento. Determine 0 valor do angulo 8. Problema suplementar 9 4) Um préton, apés ser acelerado por uma volta gem V,,, 6 usado para bombardear os atomos {de uma lmina de ferro. Qual deve ser 0 minimo valor de V,. para que 0 préton consiga penetrar no ndcleo de um atomo de ferro? (0 raio deste nucleo 6 4x10 me o niimero atémico do fer 10626.) 1) Qual deveria ser o valor de Vy Se a particula a ser ‘acelerada fosse uma particula ai? Em uma experiéncia, semeihante experiéncia de Milikan, analisada neste capitulo, as duas placas, estdo separadas por uma distancia d = 2 cm. As gotas, com raio R= 2% 10 om, eram obtidas com leo de densidade p = 0,8 glem?. Sabendo-se que fem uma dada gota havia 2 elétrons em excesso, responda: 2) Qual a diferenca de potencial que deveria ser aplicada as placas, para manter esta gota em cequilorio? (Tome 10 ms?) ») Esta diferenga de potencial poderia ser aplicada 8s placas sem que houvesse descarga elétrica no ar entre elas? Trés cargas positivas, Q,, Q, € Q,, 580 colocadas nas posigdes mostradas na figura deste problema © mantidas nessas posigdes. Calcule a energa potencial armazenada neste sistema, em relagao ‘2 um nivel no infinito. Considere os seguintes valores: Q, = 1,0 uC, Q, = 3,0 uC, Q, = 6,0 uC, 1, = 3,0 om, r, =5,0 om er,= 6,0 om, Observagéo: A energa potencial do sistema (a ener- ‘a que 0 sistema poder liberar se as cargas forem, abandonadas) ser obtida calculando-se 0 tra- Be cae een configuragéo mostrada (suponha as car- pa ei “0, sje 7 ~7a, Problema suplementar 12. Observagéo: Voce s6 poderé resolver os proble- caloulo dife- ‘encial em seu curso de re 13. Em um ponto, situado a uma distdncia x de uma ‘carga puntual positva +0, é estabelecido um po- tencial Vi), cujo valor, como sabemos, é fungao de x (veja a figura deste problema). 4) Usando seus conhecimentos de célculo diferen: obtenha a expresso de dV/ck (derivada de Vem relagao a). ) Comparando a resposta de (2) com a expressio {da intensidade do campo, E(x), no ponto x, es: tabelega uma relagao entre dV/ax e Et) ° e x vg Fe Problema suplementar 13. 114, A figura deste problema mostra um dipoio elético, Isto 6, duas cargas, +0 © -0, separadas por uma distancia d. Consideremos um ponte P, situado so- bre a reta que passa pelas cargas, a uma distancia x do ponto situado no meio das cargas. Pode-se mostrar que, se 0 ponto P estiver muito afestado do dipolo tx >> «), 0 valor do potencial estabelec 40 pelo dipolo em Pé: ve =, 2 Sabendo-se que @ relagao entre Ely) © Vax, estabelecida no problema anterior, ¢ geral, determ: ne a expresséo da intensidade do campo E(x), que ‘a cipolo ria no ponto P, suposto muito afastaco. Obsenagdo: Ao resolver este problema, vocé veré que 6 bastante fécl obter a expresso mateméti- ‘ca que fornece a intensidade de um campo eléti- 0, se for conhecida a expresso do potencial ‘neste campo (0 célculo direto do campo, geral- ‘mente, é mais trabalnoso). 90 Paces —— et Problema suplementar 14. 45. No problema suplementar 9, do capitulo anterior, vimmos que em um ponto situado sobre o ei de tum anel de rai R, eletizado com uma carga +9, 2 uma pequena distancia x do centro deste anel (<< R),a intensidade do campo € dada por e0)=% ‘Tendo em vista a relagdo fornecida no problema su: plementar 13 entre E(x) e dV/dx, procure determi- far, por tentativa, a expressao do potencial, Vix), fem um ponte qualquer do eixo do anel, préximo 20 seu centro (observe que a expresséo procurada deve ser tal que sua derivada, com 0 sinal trocado, foreceré a intensidade do campo). forabave » circuitos F 88 tes : elétricos de om i i corrente continua — capttule 20 Corrente ertrica Corrente elétrica 20.1. Corrente elétrica Conforme dissemos ao iniciar nosso curso de Eletricidade, na Unidade 8 que acabamos de estudar, lidamos com cargas elétricas quase sempre em re- pouso. Em outras palavras, até o capitulo anterior estavamos trabalhando com fenomenos que pertencem ao campo da Eletrostitica Neste capitulo, iniciaremos uma nova unidade, na qual analisaremos fe- némenos elétricos relacionados com cargas em movimento, isto é estamos comegando 0 estudo das correntes e citcuitos elétricos. © QUE E UMA CORRENTE ELETRICA Considere um fio metilico no qual foi estabelecido um cam- poclétrico £, como mostra a fig. 20-1. Este campo elétrico pode ser estabelecido, por exemplo, ligando-se as extremidades do fio aos pélos de uma pilha ou bateria, como veremos na secgio seguinte. Sabemos que no fio condutor existe um grande mimero de elécrons livres. Estes elétrons ficario sob a acdo de uma forga elétriea devida a0 campo e, sendo eles livres, entrario imediata- mente em movimento. Como os elétrons possuem carga negati- ¥, este movimento teré sentido contrério ao do campo aplicado, como mostra a fig. 20-1. Portanto, 0 estabelecimento de um campo elétrico em um fio metilico provoca um fluxo de elétrons neste condutor, fluxo este que € denominado corrente elétrica Una corrente elétrica pode ser estabelecida também em condutores liqui- dos, Consideramos, por exemplo, uma solugio de NaCl em Agua. Como voc’ ji deve saber de seu curso de Quimica, o sal dé origem a fons positivos (Na’) e fons negativos (CI? que ficam livres, podendo se deslocar no interior do liquid, Es- tabelecendo-se um campo elétrico na solugio (isto pode ser obtido introduzindo- se nela duas placas metilicas ligadas a uma bateria), os fons positivos passam a se deslocar no sentido do vetor £ € 0s fons negativos em sentido contritio (fig. 20-2). Portanto, a corrente elétrica em um condutor liquido é constituida pelo movimen- to de fons positivos e fons negativos, deslocando-se em sentidos contririos. E possivel, ainda, estabelecer correntes elétricas nos gases, como acontece nas limpadas de vapor de merctirio ou quando uma faisca elétrica salta de um corpo para outro através do ar. Nestes casos, a corrente & constituida pelo movi- mento de fons positivos, de fons negativos e também de elétrons livres. Em resumo, podemos entio dizer: quando um campo elétrico é estabelecido em um condutor qualquer, as cargas livres af presentes entram em movimento sob a agio deste campo. Dizemos que este deslocamento de cargas constitui uma corrente elétrica. Nos metais, a corrente elétrica é constituida por elétrons livres em movimento. Nos liquidos, as cargas livres que se movimentam sao ions positives e ions negativos enquanto, nos gases, sio ions positivos, fons negativos ¢ também elétrons livres. [fonsinegativos ¢ também elétrons'livres. oo Fig. 20-1: Em um metol o corrente elétrea 6 consti- tide por elétrons que se ‘mover em sentido contra rio @0 campo aplicade. Mustragao esquematica. Fig.20-2: llustracdo esque ‘matica. Em um eondutor i= qulde temos ions poskivor ovimentando-se no senti= do do campo e fons negat!- vos, em sentide contréri. equialentea CORRENTE CONVENCIONAL Suponha uma carga negativa movendo-se com uma @— _certa velocidade dirigida, por exemplo, para a esquerda (fig. 20-3). Verifica-se que este movimento é equivalente Fig. 203: Musracdo esquemétice. ma carge nega- a0 movimento de uma carga positiva, de mesmo valor, tive movendo-se em um certo sentido equiale © deslocando-se com a mesma velocidade, porém em luma carga positiva, de mesmo valor, movendo-se fem sentido contrério. t=] sentido contririo. Esta constatagio levou os fisicos a estabelecerem a convengio seguinte que iria facilitar 0 estudo das corren- tes elétricas: uma carga negativa em movimento serd sempre imaginada como se fose uma carga positiva movendo-se em sentido contrério. Em virtude desta convengio, em uma corrente elétrica qualquer, as cargas negativas em movi- mento deverio ser substituidas, em nossa imaginagio, por cargas positivas movendo-se em sentido contririo. Entio, pode-se supor que qualquer corrente elétrica seja Gere) Gormniscomiensionst) constitufda apenas por cargas positivas. Esta corrente Fig. 20-4: Esquema de corrente real em um liquide e imagindria, que ¢ equivalente a corrente real, é denomi- corrente convencional equivlente. carers |convencion Fig. 20-5: Exquema de corrente real em um sélido metéllco & corrente conveneional equiva lente. nada corrente convencional, A fig. 20-4 mostra a corrente elétrica real em um Iiquido, na qual ‘temos fons positivos e negativos em movimento, ea corrente convencio- nal (imaginéria) equivalente a real, constituida apenas por cargas positi- vvas em movimento. Em um condutor metélico, sabemos que a corrente real é constitufda por elétrons em movimento. Entretanto, vamos imagind-la substituida pela corrente convencional, de cargas positivas, movendo-se no sentido do campo elétrico, como mostra a fig. 20-5. Em nosso curso, quando nos referimos a uma corrente elétrica, fica estabelecido que estamos tratando da corrente convencional, a no ser que seja especificado o contririo, INTENSIDADE DA CORRENTE Na fig. 20-6 esti representado um fio condutor no qual foi esta- belecida uma corrente elétrica (na figura esti representada a corrente convencional). = 20-6: A intensidade da correnteelétrica 6a medida ‘porunidade de tempo través de uma secedo do condutor. Corrente elétrica. eS Considere uma seccio S qualquer do condutor e suponha que uma pessoa observasse, durante um intervalo de tempo Af, a quantidade de carga que passou através desta seego. Representemos por AQ esta quantidade de carga. Denomina- se intensidade da corrente através da seceio S a relagio entre a quantidade de carga AQ o intervalo de tempo Ar. Designando por j esta grandeza temos, entio. Observe que quanto maior for a quantidade de carga que passar através da secgio, durante um certo tempo, maior ser a intensidade da corrente naquela seco. Em outras palavras, a intensidade da corrente nos informa sobre a quan- tidade de earga que passa na secgio por unidade de tempo. E evidente que, no S.L, a unidade de intensidade da corrente ser 1 C/s, Esta unidade € denominada I ampére = 1 A, em homenagem ao fisico francés André-Marie Ampere, que viveu no século XIX e contribuiu significativamente para o desenvolvimento do Eletromagnetismo. Assim, temos 1© =1ampire=1A 3 Portanto, se em uma secgo de um condutor tivermos uma corrente de 1 A, isto significa que, nesta seccio, esti passando uma carga de 1 C durante 1s. E importante, pois, destacar: quando uma quantidade de carga AQ passa através da seceao de um condutor, durante um intervalo de tempo At, a intensidade i da corrente nesta secgao é a relagao entre AQe At, ou seja j= 40 At CORRENTE CONTINUA E CORRENTE ALTERNADA Vimos que a aplicagio de um campo elétrico £ em um fio condutor estabe- lece neste fio uma corrente elétrica, cujo sentido (convencional) é 0 mesmo do vetor E. Entlo, se o sentido do campo elétrico aplicado permanecer sempre 0 ‘mesmo, o sentido da corrente também se manterd inalterado, isto é, as cargas se deslocario sempre em um mesmo sentido 20 longo do fio. Uma corrente clétrica como esta & denominada corrente continna (fig. 20-7-a). As correntes continuas sio fornecidas, por exemplo, pela pilhas (usadas em lanternas,rii- 6s, et.) ou pelas baterias dle automdvel, Entretanto, as correntes elétricas distribuidas pelas grandes companhias lézricas, em quase todas as cidades do mundo, ndo sao correntes continua. ‘Quando voc® liga um aparelho elétrico em uma tomada de sua casa, o campo létrico estabelecido no fio condutor muda periodicamente de sentido (ig. 20-7-b). Conseqiientemente, as cargas elétricas no fio oscilario, deslocando- se ora em um sentido, ora em sentido contrario. Entao, a corrente elétrica (s- sim como o campo) muda periodicamente de sentido, sendo, por este motivo, denominada correntealternada. frequéncia de uma corrente alternada énor- malmente, igual a 60 here, isto €, nestas correntes as cargas elétricas no con- dutor executam 60 vibragdes completas (60 ciclos) em cada segundo. 5 No capitulo 24 veremos por que a distribuigio de energia pelas compa- Takerun common nhias de eletricidade € feita por meio de correntes alternadas e aprenderemos Continua fo), corrente ater como este tipo de corrente € produzido nos geradores das grandes usinas (geradorés nose (erento decor de corrente alterna). ic) reiicader Uma corrente alternada pode ser transformada em corrente continua por meio de dispositivos especiais, denominados retificadores. Estes dispositivos sio re- presentados pelo simbolo mostrado na fig. 20-7-c e quando séo introduzidos em um fio condutor no qual existe uma corrente alternada, esta se transforma em uma corrente continua. Lo @xel’Cicios de fiXAgaO excl Cicivs de {| Cicies de fix ‘Antes de passar ao estudo da préxima secgio, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 41. Um campo elétrico E, apontando para a esquerda, 6 aplicado em um fio condutor, como mostra a fi- gura deste exercicio, €@) Qual sero sentido da cortente de elétrons no fo? 'b) Qual 60 sentido da corente conencional neste fo? de) <<< 2. Suponha que fosse possfvel contar 0 nmero de elé= ‘vons que passam através de uma secgéo de um ‘conciutorn quel se estabeleceu uma comente eitica, ‘Se durante um intervalo de tempo At= 10 s passam 2,0 x 10 elétrons nesta secgSo, determine: @) A quantidade de carga AQ, em coulombs, que ccorresponde a este nimero de elétrons (carga do elétron = 1,6 x 10°C) b) A intensidade da corrente (em ampére) que passa na secc8o do condutor. 3, Aintensidade da corrente que foi estabelecida em Lum fig metslice 6/= 400 mA (1 mA = 4 miamppre = 10° A). Supondo que esta corrente fo! manti no fo, durante 10 minutos, calcule: a) A quantidade total de carga que passou através de uma seccé0 do fio. b) 0 nimero de elétrons que passou através deste sevqéo. 4, Na fig. 20-2, considere uma seogao plana passando pelo meio do recipiente que contém a solugSo. Durante lm intervao de tempo de 15 5, observase que os ors posttvas transportam 30 C de carga, da esquerda pare a dita, através desta secgéo, Neste mesmo itera {de tempo, 0s fons negativos transporter também 30 ¢ através da seccSo da dita para a esquerda, 2) Qual é 0 sentido da corrente convencional ne solugio? ) Qual é a intensidade desta corrente convencio- nal através da secqdo? Corrente elétrica—__ - 20.2.circuitos simples PILHA SECA, Dissemos, na seegio anterior, que um campo elétrico pode ser estabelecido no interior de um fio condutorligando-seas extremidades deste fio aos plos de uma pi- lha. Isto ocorre porque a pilha é um dispositivo capaz de manter uma diferenga de po- tencial entre estes pilos, gracasa reagGes quimicas que se processam em seu interior. Por exemplo, em uma pilha seca comum (usada em lanternas, rédios, ete.) aextremidade -f mostrada na fig. 20-8-a encontra-se em um potencial mais alto do que a base B desta pilha. Como vocé deve saber, a voltagem entre pontos, nesta pilha, é cerca de 1,5 V. A extremidade 4 & denominada pélo positive (po- tencial mais alto), enquanto a base B é o palo negative (potencial mais baixo). A titulo de ilustragio apresentamos, na fig. 20-8-b, um “corte” de uma pilha seca, no qual destacamos alguns de seus componentes. Observe que o pélo positive é um bastio de carvao e o polo negativo é o invélucro de zinco. Existem varios outros tipos de pilhas, nas) auais as mais diversas substincias so usadas em sva construgio. Entretanto, em geral, a diferenga A de potencial entre os pélos destas pilhas é mantida gragas & energia liberada em reagdes guimicas, como ocorre no interior da pilha seca. Na fig. 20-8-c mostramos o simbolo usado para s tepresentar uma pilha qualquer: 0 pélo positi- vo €¢ representado pelo trago maior, enquanto 0 trago menor representa o pélo negativo. . ASSOCIACGAO DE PILHAS Vimos que a voltagem fornecida por uma pilha seca € 1,5 V. Entretanto, épossivel associar varias pilhas secas de modo a se obter uma voltagem mais clevada. Esta associagio € obtida ligando-se as pilhas da maneira mostrada na fig, 20-9-a: 0 pélo positivo da pilha 1 € ligado ao pélo negativo da pilha 2; 0 pilo positivo desta é, por sua vez, ligado ao pélo negativo da pilha 3 e assim sucessivamente, Quando vérias pilhas sio ligadas desta maneira dizemos que las estao associadas em série. E facil perceber que, com esta associaglo, conseguimos obter voltagens ‘mais elevadas. De fato, na fig. 20-9-a, a0 passarmos do pélo (-) da pilha 1 para o seu pdlo (+), o potencial se eleva de 1,5 V. Como este pélo esté em contato como io (-) da pilha 2, eles estardo no mesmo potencial, Assim, a0 passarmos para 0 pélo (+) da pilha 2, teremos uma elevagio adicional de 1,5 V no potencial. Do ‘mesmo modo, o pélo (+) da pilha 2 esté no mesmo potencial que o polo (-) da pi- 1ha3 (estio em contato). Como o potencial se eleva de 1,5 V ao atravessarmos a pilha 3, € claro que a voltagem entre os pontos A e B da fig. 20-9-a sera: Vga 1SV+1SV415SV donde Vy=4,5V Uma associagio em série de pilhas, como esta que acabamos de analisar, 6 ‘epresentada da maneira mostrada na fig. 20-9-b. Voc8 certamente jé teve opor= ‘unidade de montar uma associacio deste tipo, em lanternas, rédios, brinquedos dlétrcos, et, cujo funcionamento exige uma voltagem superior a 1,5 V. tubo dezinco (Pate negativo) @ bastto de carvto (260 postive) aw Th bibldo de mangands (espolezante) lett conto em ‘matériagelatinosa (Cloreto de ani Fig. 2048: A pilha seco smostrada em (a) ¢ (b) & ro presentade da maneiro Imostrada em (¢). (o) Fig. 20-9: Esquemo de ar soclog80 de pilhas para ob- ‘tervoltagent mals elevades. -movels (foto abaixe) é uma essoclagto de pilhas de chumbo (esquema o). Fig. 20-11: Quando ligomos os pélos Vo, isto 6, o potencial decresce ao longo da resis téncia, desde o valor V, até 0 valor V7. Corrente elétrica Do mesmo modo que no trecho AB, no trecho CD nao haverd varia- siono potencial porque R= 0. Entio, teremos V_= Vy, Baseando-nos nesta anslise que acabamos de fazer, é ficil concluir que o grifico da variagao do potencial V, a0 longo do circuito, desde A até D, teréo aspecto mostrado na fig. 20-17. s 8 © 3 eee TERI) 162017: Grito ae von. Fatores que influenciam no valor de uma resisténcia a, do potencll ao longo do cicutto mortrado no fi. Para analisar os fatores que influem no valor da resisténcia de um fio | 20-16. metilico, consideremos 2 montagem mostrada na figura I: tr fios, de mesmo comprimento, sio fixados sobre um suporte de madeira, sendo M,N, e M,N, feitos de um mesmo material (uma liga de niquel e cromo) eMN, de cobre. Além disso, a drea da secgao reta de M,N, é maior que a reas de M,N, e de M,N,, que sio iguais entre si (isto 6, M,N, € mais grosso que os outros dois). Fagamos a seguinte experiéncia: 1) Ligando-se uma pilha e um amperimetro A ao fio M,N, (fig. 1), apenas aresisténcia do trecho M,P ser percorrida pela corrente fornecida pela pilha e indicada pelo amperimetro. Se deslocarmos o contato mével P 20 longo de M,N,, aproximando-o de N,, observaremos que a leitura do amperimetro vai tornar-se cada vez menor. Como a voltagem da pilha sempre a mesma, concluimos que a resisténcia do trecho M,Paumen- ‘ta A medida que aumentamos seu comprimento. Essa experiéncia nos mostra uma propriedade vilida para qualquer condutor: A resisténcia de um condutor é tanto maior quanto maior for seu comprimento. a de montagem que nos: os na Fi Esquama de mancagam que no parte anifieoe fetorer qu infuenclom 2) Suponha, agora, que a pilha e o amperimetro sejam ligados as extremida~ des M, e N, e que anotemos a indicagfo do amperimetro, Se, em seguida, ssa ligaglo fosse feita em M, e N,, isto 6, nas extremidades do fio mais. fino de nfquel-cromo, observariamos ume diminuigfo ne leitura 20 amperimetro, Portanto, a resisténcia de M,N, € maior que a de M,N. Lembrando que esses dois fios tém o mesmo comprimento, vemos que 3) eles diferem apenas pela érea de sua seceio reta e chegamos & seguinte propriedade, vélida para os condutores em geral: A resisténcia de um condutor ¢ tanto maior quanto menor for a 4rea de sua seceio reta, isto é, quanto mais fino for o condutor. Ligando, finalmente, o amperimetro e a pilha 3s extremidades do fio de cobre M,N,, vemos que a indicagio do amperimetro é maior que a dali- gagio feita em M,N,, isto é, a resistincia do fio M,N, é menor que a de M,N; Como esses fios tém 0 mesmo comprimento e a mesma area da seco reta, concluimos que: Aresisténcia de um condutor depende do material de que ele é feito. Portanto, alguns materiais sio melhores condutores que outros, Por exemplo: da experiéncia que acabamos de descrever, conclufmos que 0 cobre é melhor condutor que o nfquel-cromo. Na tabela, mostramos al- guns metais, colocados em ordem do melhor condutor (prata) para 0 pior (niquel-cromo).. Prata Cobre ‘Aluminio ‘Tungsténio ‘Chumbo Mercério Niquel-cromo, Nio deixe de realizar anona experitncia apresentada no final deste capitulo. RESISTIVIDADE DE UM MATERIAL A experiéncia nos mostra que se tomarmos um fio condutor, como 0 da fig. 20-18, o valor de sua resisténcia dependeré de seu comprimento e da érea de sua secgfo reta. Fig. 20-18: A ressténcla de um condutor & dade por .—__ —— LUA onde p & a resistividede do material Corrante stétrica_ Realizando-se medidas cuidadosas, verifica-se que a resisténcia, R, do fio é diretamente proporcional ao seu comprimento L, isto é, ReL Por outro lado, verifica-se que a resistencia do fio ¢ inversamente proporci- onal a érea, A, de sua secgao reta, ou seja Re + A Portanto, quanto mais grosso for o fio, menor seré a sua resistencia, Asso- ciando-se estes dois resultados, podemos escrever que iE Re a ‘Vemos que, se quisermos obter um fio condutor de baixa resisténcia, ele deve ser de pequeno comprimento e possuir grande dea de secgio reta (Fi gros- $0). Introduzindo uma constante de proporcionalidade apropriada, podemos transformar a relagio anterior em uma igualdade, Esta constante, que se repre- senta pela letra grega p, 6 denominada resistvidade. Vird, entio Aresistividade é uma grandeza caracteristica do material que constitu o fio, isto 6, cada substincia possui um valor diferente para a resistividade p. Na tabela 20-1 sio apresentados os valores das resistividades de algumas substincias. Tabela 20-1. Pela relagio R= p L/A, podemos ver que, tomando-se vérios fios de mesmo comprimento e de mesma érea, porém feitos de materiais diferentes, apresentard menor resisténcia aquele que possuir menor resistividade. Conclufmos, entio, que, quanto menor for a resistividade p de um material, menor serd a oposigdo que este material oferecers & passagem de corrente através dele. Assim, uma substincia sera tanto melhor condutora de eletricidade quanto menor for o valor de sua resistividade. Observando a tabela 20-1, vemos que todas as substincias ai apresentadas sio boas condutoras de eletricidade, pois possuem resistividades muito pequenas. Esta constataglo poderia ser prevista, pois as substancias apresentadas na tabela sio metilicas e, como sabemos, os metais sio bons condutores de eletricidade. ME 12> () i t Fagan 0 o oma aqua Fig. 20-19: A cirulasde do égua opre- senteda em (b) & semelhante ao elreu 10 elétrico mostrado em (a) Fig. 20-20: Fotografia de um reostato de cursor (a) ¢ maneira pelo qual re r= presenta um reostato em um dlegrama {de cireutoelétrico(b). Esquema e fotografia de um reostato ‘mutto usodo em ereutoseléreos.Ao gl ror volante do dapositivo, o cursor se V5, uma corrente elétrica é estaré passando, de A para B, através do aparelho. As cargas elétricas que constituem a corrente estario, totio, passando de um ponto onde elas possuem maior energia elétri- ca(ponto 4) para outro onde elas possuem menor energia (ponto B). Em outras palavras, as cargas elétricas estardo perdendo energia elétrica 20 passarem de A (potencial maior) para B (potencial menor). Esta «nergia que as cargas perdem, evidentemente, nao desaparece: ela é tmansferida para o aparelho, aparecendo sob outra forma de energia. (Como vimos, a forma de energia na qual a energia elétrica € transfor- mada dependeré do aparelho que estiver intercalado entre 4 e B. ‘Saal Fig. 20.33: Quondo os cargos elétr- cas passam de A pare 8, eles perdem tenergla elétrica que aparece sob ou- tro forma de energio no oporelho in- tercalado entre Ae & POTENCIA DESENVOLVIDA EM UM APARELHO ELETRICO A quantidade de energia elétrica que é transferida ao aparelho ligado entre os pontos 4 e B da fig. 20-33 pode ser calculada da maneira que mostra- remos a seguir. Considerando a corrente / que passa no aparelho durante um intervalo de tempo Ar, teremos uma carga Ag = iAt deslocando-se de A para B. Lembrando-se da definigio de diferenga de potencial, podemos concluir que 6 campo elétrico existente entre Ae B realizar, sobre a carga Ag, um traba- Tho Tyy= Aq - Vg. Portanto, a carga dy recebers, do campo elétrico, uma quan- tidade de energia AE igual a este trabalho, isto é, AE = Ag + Vy. Como nao hi aumento na energia cinética da carga, concluimos que a energia AE recebida por Ag sera transferida para o aparetho. Entio, a quantidade de energia que aparece no aparelho ligado entre A e B, durante o intervalo de tempo At, é dada por AB =A: Vay Geralmente, temos necessidade de conhecer a poténcia, P, desenvolvida pelo aparelho elétrico que, como vimos no capitulo 8, € dada por P= AE/At. Dividindo-se, entio, os dois membros da equagio AE = Ay - Vy, por At, viri see Chegamos, portanto, 20 seguinte resultado: se um aparelho elétrico, ao ser submetido a uma diferenca de potencial V,, for percorrido por uma corrente i, a poténcia desenvolvida neste aparelho sera dada por Exemplo 4 AA bateria de um automével aplica uma voltagem Vjq = 12 V nos terminais do seu motor {de arranque, 0 qual, 20 ser acionado, & percortido por uma corrente i= 50 A. Quel é, enti, ‘a poténcia desenvolvida por este motor elétrico? Esta poténcla serd P=N\_=50x12 donde P= 600W Como € Vj, foram expressas em unidades do S. I, evidentemente o valor de P seré expresso ‘em watts. E fécl verficar que realmente isto ocorre, lembrando-se que 1A=10'se1V= 40. Entdo: tarive 19.201! 1 wat=1W Portanto, o resultado P = 600 W significa que, a cada 1 s, 600 J de energia eltricaséo transtormados em energa mecénica de rotagéo do motor (estamos desprezando as periss por aquecimento no maton. Corrente elétriea Medida da energie elétrica usada em uma residéncia Na entrada de eletricidade de uma residéncia, existe um medidor, insta- lado pela companhia de eletricidade (procure observar 0 medidor de sua re- sidéncia). O objetivo desse aparelho é medir a quantidade de energia elétrica usada na residéncia durante um certo tempo (normalmente 30 dias). Sabe- mos que: Poténcia = 2°18! _, energia = poténcia x tempo, isto 6: ape gia = po P E=Pet Portanto, quanto maior for a poténcia de um aparelho eletrodoméstico e quanto maior for o tempo que ele permanecer ligado, maior seré a quantida- de de energia elétrica que cle utilizaré (transformando-a em outras formas). O valor registrado no medidor equivale & soma das energias utlizadas, du- rante um certo perfodo, pelos diversos aparelhos instalados na casa. Essa energia poderia ser medida em joules (unidade do $.1). Em pratica- mente todos 0s pafses do mundo, entretanto, as companhias de eletricidade usam medidores calibrados em kWh (quilowatt-hora). Sabe-se que 1 kWh é uma unidade de energia equivalente a 3600000 J. O seguinte exemplo ilus- tra 0 uso desta unidade de energia: a) Em uma casa hd um aquecedor elétrico de 4gua, cuja poténcia é P= 500 W ‘© que permanece ligado durante um tempo t= 4h diariamente, Determi- ne, em kWh, a quantidade de energia elétriea que esse aquecedor utiliza por dia. Para obter a resposta em kWh, devemos expressar Pem kW e t em horas. Como 1 kW = 1 000 W, é claro que P=0,5 kW. Entio, de B= P- t, vem: E=0,5kWx4h = E=2kWh (por dia). by Sabendo-se que 0 custo de 1 kWh de energia elétrica € R$ 0,08, quanto deveria ser pago 2 companhia de eletricidade pelo funcionamento desse aquecedor, nas condigdes mencionadas, durante 30 dias? A energia total utilizada pelo aquecedor seria E,=30x2KWh ou E,=60kWh O prego solicitado seria, entio: 60 x R$ 0,08=R$ 4,80. EFEITO JOULE Suponhamos que o aparelho ligado entre os pontos 4 e B da fig. 20-33 fosse uma resisténcia elétrica R. Verifica-se que, neste caso, a energia elétrica perdida pelas cargas, a0 passarem de A para 2, transforma-se integralmente em energia térmica, isto 6, a resistén- cia se aqueceré, podendo-se observar uma transferéncia de calor do resistor para o meio ambiente (fig. 20-34 da pagina seguinte). Este fendmeno foi estudado, no século XIX, pelo famoso cientista James PJoule e, em homenagem a ele, é denominado efeito Joule. Podemos entender por que ocorre o efeito Joule lembrando que os elétrons que constituem a corrente, ao passarem pela resis 0 ‘téncia, colidem sucessivamente com os étomos ou moléculas do ma- terial de que ela é feita. Estas colisdes provocam um aumento na cenergia de vibragio destes atomos, 0 que, como jé sabemos, causa ‘uma elevagio na temperatura da substincia. Assim, a energia elétri- cca dos elétrons da corrente é transferida, em forma de energia tér- mica, para a resisténcia.. ‘Vimos que a poténcia desenvolvida em um aparelho, pela pas- sagem de uma corrente elétrica através dele, é dada por ‘caso particular do efeito Joule, temos V’,4= Ri, uma ver. que € uma resisténcia R que esté intercalada entre A e B. Entio, a poténcia po- dera ser também expressa da seguinte maneira: PaVy=i-Ri ow Em resumo, podemos escrever: Fig. 20-34: Ao possor em tuma resistencia es cergos sterices perder energie 0 efeito Joule consiste na transformagio de energia elétrica tierce que se onsforme em energia térmica (calor) em uma resisténcia percorrida Rastae a cetooiness por uma corrente elétrica. Sendo R 0 valor da resistencia, ‘ue Vi,a voltagem nela aplicada e i a corrente que a percorre, a poténcia desenvolvida, por efeito Joule, nesta resisténcia, pode ser calculada pelas expressdes: RP Vy ow E importante observar que as expressGes P= iV, P= Ri’ fornecem a po- téncia desenvolvida no aparelho, isto €, a quantidade de energia produzida por unidade de tempo. Se o aparelho permanecer ligado durante um intervalo de tempo Ate desejarmos calcular a energia total AE nele desenvolvida durante este tempo, devemos multiplicar a poténcia P pelo intervalo de tempo At, isto 6, AE=P. At APLICAGSES DO EFEITO JOULE 1) Todos 05 dispositivos elétricos que sio utilizados para aquecimento se baseiam no efeito Joule. Assim, um ebulidor, um chuveiro, um ferro elétrico, um forno elétrico ete., consistem essen cialmente em uma resisténcia que € aquecida ao ser percorrida por uma corrente (fig. 20-35). Fig. 20.35: Tod het alleen unis bere Em olgunt paises, & muito comum o wo de equecimento se, baselam chuveiroreletrico. Esza fotografi mostra um 50 as nae. Bares corte de um chuveiro elttrico, podendo-se ver exquemstia, ‘ressténeleusade pore aquecer a dpue Corremte elétrien 00g 2) As lampadas de incandescéncia (lampadas de filamento), criadas no século XIX pelo inventor americano Thomas Edison, constituem também uma aplicagio do efeito Joule. Os filamentos destas limpadas sio geralmente feitos de tungsténio, que é um metal cujo ponto de fusio é muito elevado. Assim, estes filamentos, ao serem percorridos por uma corrente elétrica, se aquecem e podem alcancar altas temperaturas (cerca de 2500 °C), tornando- se incandescentes ¢ emitindo grande quantidade de luz (fig. 20-36). ‘Tengstinio Fig. 20.36: 0 filamento de ‘uma lampade alcanca al- ‘tas temperoturas tornen- dose incondescente. 5) Outra aplicagio do efeito Joule é encontrada na construgio de fusiveis, que sio dispositivos usados para limitar a corrente que passa em um circuito elétrico como, por exemplo, em um automével, em uma residéncia, em um aparelho elétrico ete. Este dispositive é constitufdo por um filamento metélico, geralmente de chumbo, que tem baixo ponto de fusio (fig. 20-37-a). Desta maneira, quando a corrente que passa no fusfvel ultrapassa um certo valor (proprio de cada fusivel), o calor gerado pelo efeito Joule provoca a fusio do filamento, interrompendo a passagem da corrente. Na fig. 20-38 mostramos um fusivel instalado no circuito elétrico de uma residéncia. A medida que os aparelhos 1, 2, 3 etc. vio sendo ligados, a corrente que entra na residéncia, através do fusfvel, vai se tornando cada vez maior. Se no existisse o fusivel e o mimero de aparelhos ligados fosse muito grande, a corrente que circularia na instalacZo poderia se tornar bastante intensa, Isto provocaria um aquecimento indesejivel e até mesmo perigoso dos fios de ligacio. O fusivel impede que isto aconteca porque, 20 se fundir, errompe a passagem da corrente quando ela atinge um valor dentro dos limites de seguranga. Atualmente, como vocé jé deve saber, os fusiveis nas residéncias sio substituidos por chaves automiticas, como aquela mostrada na fig. 20-37-b. Nestas chaves, 0 aquecimento de um dispositivo metélico provoca sua dilatacio, fazendo com que a chave se desligue. Entretanto, em muitos outros ircuitos elétricos como, por exemplo, nos automéveis, os fusiveis continuam sendo empregados como sistema de protegio. g (0) 3 Wade aluminio ouchumbo, Fig. 20.7: Ester interuptores de corrente (fsivel (9) ¢ chove eutomética (b) tam seu funcionamento boreado no efeto Joule. 4) O fusivel e a chave automética protegem também o circuito elétrico se ocorrer um curto-circuito. Este fendmeno acontece quando, por um motivo qualquer, a resisténcia total do circuito torna-se muito pequena, fazendo com que a corrente, naquele circuito, atinja valores pantor Me N eam flo de re- Firténcia desprezivel, © fust- vel sequela. as extremamente elevados. gs Consideremos, por exemplo, na fig. 20-38, os pontos M e N que estio #3 representando os terminais de uma tomada elétrica. Se ligissemos estes pontos por um fio de resistencia desprezfvel, a resistencia total do circuito praticamente se anularia. Nestas condigdes, o valor da corrente, se tornaria muito elevado, isto é, estarfamos provocando um curto- cireuito na instalagio elétrica da residéncia, Este clevado valor da corrente faz com que 0 fusivel ou a chave interrompam 0 circuito, impedindo que ocorram efeitos desagradaveis, como aquele mostrado na fig. 20-39. Fig, 20-39: Curto-eircuito rovocado por contate en- ‘re o8 fos delgado. Exemplo 2 Em uma lampada comum encontramos as seguintes especificagées do fabricante: 60; 120. 4) Qual é 0 significado destas especificagdes? Aespecificagao 120 V indica que a lémpada deveré ser submetida a uma voltagem com este vier, Nestas condigées, a lémpada dissiparé uma poténcia de 60 W, como indica a outra especificagdo, ‘Sea lémpade for ligada em uma voltagem superior @ 120 V (por exemplo, em uma tomada de 220 V), ela dissjoaré uma poténcia maior do que 60 We, provavelmente, se queimaré. Por outro lado, se a voltagem aplicada a lémpada for inferior a 120 ¥, ela apresentaré um bho inferior a9 normal, pots estaré dissipando uma poténcia menor do que 60 W. ) Supondo que esta lampada estejaligada & voltage adequada (120 V), determine a in- tensidade da corrente que passa em seu flamento, A expressio P = iV. nos permite determinar o valor de J, pols conhecemos P = 60 W e Vig 120 V. Entdo Pp Ve 82 donde = 0,508 120 9 Qual &a resisténcia do flamento desta lampada? Lembrancio da definicSo de resisténcie, teremos a R=2400 0) Se esta lémpade for ligada a uma voltagem tal que a corTente que passa em seu filamento seja/=0,25 A, qual seré a poténcia que ela dissipara? Supondo constante a resisténcia do filamento, a expresso P = Ri* nos fomecerd esta potén- cla: P=RF=240x(0,25) donde P=15W Observe que 0 fato de a corrente no flamento ter sido reduzida a metade (de 0,50 A para (0,25 A) fez com que a poténela da Iémpada se torasse 4 vezes menor (de 60 W para 115 W). Este resultado jé era esperado porque a poténcia aissipada em uma resisténcia cons tante é proporcional ao quadrado da corrente (P= Rf). Riscos e cuidados nas instalocbes elétricas > Os fios de cobre utlizados nas instalagdes elétricas residenciais ¢ comer- Ciais (fios de ligagiio) sio encontrados nas lojas especializadas com dife- rentes secgdes retas. Cada um deles costuma ser identificado por um nntimero, como esti mostrado na tabela 20-2 para os fios mais usados na- ‘quelas instalagdes, Essa numeragao nao é rigida, pois cada pals adota seu préprio cédigo. No Brasil, atualmente, os fios sto identificados pelos va- lores de suas secgiies retas. Entretanto, 0s técnicos e engenheiros ainda se referem aos mimeros que aparecem na tabela, os quais correspondem aproximadamente aqueles de um e6digo muito difundido nos Estados Unidos. Observe que o ntimero de um fio ¢ tanto menor quanto maior for sua secsio reta (por exemplo, 0 fio 14 & mais fino do que o fio 12). > Quando um engenheiro projeta a instalaglo elétrica de uma residéncia ‘como aquela da fig. 20-38, conhecendo a corrente que vai passar em cada aparelho e, conseqiientemente, a corrente total na ligacio principal, ele de- verd escolher adequadamente a secgio (ou mimero) de cada fio que ind usar Seo fio escolhido para a linha principal for muito fino (resistencia grande), quando a corrente que por ele passa for aumentando, em virtude de virios aparelhos serem ligados a rede, a queda de tensto neste fio poder niio ser desprezivel. Isto costuma acarretar um mau funcionamento daqueles aparelhos, pois eles ficario submetidos a uma voltagem inferior aquela para a qual foram projetados. Vocé jé deve ter observado este efeito, em uma residéncia, quando o brilho das Kimpadas diminui, a0 serligado um chuveiro clétrico, por exemplo, Quando a escola é bem feita, sendo usado um fio de ligagio com secgio maior (menor resistencia), a queda de.tensio nele tora- se desprezivel, e no ha alteragio sensivel em um aparelho quando outros so ligndos a rede, Evidentemente, esses cuidados devem ser tomados em. qualquer instalagio elétrca, inclusive nos fios que ligam uma residéncia & rede elétrica da rua. > A tabela 20-2 apresenta também a al cada fio pode transportar, sem aquecimento excessivo que pos- | ptdofio | Secsio | |, (A) ‘sa comprometer seu isolamento, (am’) isto 6, sem danificar a capa de “ 1s 1s plistico que o envolve. A danifi- % 3 cago deste isolamento pode tra- a 5 = zer sérias conseqiiéncias (curto- i circuitos, com possibilidades de 8 co 0. provocar incéndios). aa Antes de passar ao estudo da pré: ic @xelCicios de fiXAg4o Exel Cicivs ‘a secgao, responda as questdes seg consultando o texto sempre que julgar necessario. 35, Uma bomba d'égua é ligada a uma tomada que Ihe aplica uma voltagem V,, = 120 V. Sabe-se que, em funcionamento, 0 motor da bomba & Percortido por uma corrente i= 2.5 A. a) As cargas elétricas, ao atravessarem 0 motor ‘da bomba, perdem ou ganham energia elé- ‘rica? ) Para onde se transfere esta energia perdida plas cargas? ©) Qual a poténcia que é desenvoivida neste motor? ) Se a bomba funcionar durante 10 minutos, qual a quantidade de energia que sera desen- volvida nesta bomba? 36. Uma resisténoia elétrica R, na qual passa uma ccorrente |, dissipa, sob a forma de calor, uma po- téncia P = 2,0 W. a) Se a intensidade da corrente for duplicada, quantas vezes maior se tomaré a poténcia dis- sipada em R? ») Entéo, qual seré 0 novo valor desta poténcia? ©) Supondo que 0 valor de / fosse aumentado ‘continuamente, faga um desenho mostrando 0 aspecto do grafico P xi. 37. Em um ebulidor so encontradas as seguintes especiicagdes do fabricante: 960 W; 120 V. 2) Explique 0 significado destas especificagées (Veja 0 exemplo 2 resolvido nesta seccao). ») Supondo que o ebulidor esteja ligado a volta- gem adequada, qual é a corrente que passa através dele? ©) Qual é 0 valor da resisténcia elétrica deste ebulidor? 38, Uma pessoa verifica que 0 chuveiro elétrico de ‘sua residéncia nao esta aquecendo suficiente- mente a gua. Sabendo-se que a voltagem Vay aplicada ao chuveiro & constante e lembrando-se da relagdo P = My, respons a) Para aumentar a poténcia do chuveiro, a cor- rente que passa através dele deve ser aumen- tada ou diminuida? ») Entéo, para que haja maior aquecimento da ‘gua, 2 pessoa deveré aumentar ou diminuir a resisténcia do chuveiro? 40, a 42. €) Assim, quando a chave de um chuvelro & destocada da indicagao inverno para vero, ‘estamos aumentando ou diminvindo sua resis- téncia? ). Duas resisténcias, R, © Ry, tals que R, > Ry, $80 ligadas em sére. Lembre-se da relagéo P= Ri e responce: 2) Acorrente que passa em R, é maior, menor ou igual a corrente em R,? b) Entéo, em qual das duas resisténcias havers maior dissipagéo de color pelo efeito Joule? Considere, agora, as duas resisténcias do exer cio anterior ligadas em paralelo, Lembrando-se da relagdo P= V,,, responda: 2) A voltagem aplicada em R, 6 maior, menor ou igual 8 voltagem aplicada em R,? b) Acorrente que passa em R, & maior, menor ou igual 8 corrente em R,? ©) Entéo, em qual das duas resisténcias haveré ‘maior dissipagdo de calor pelo efeito Joule? 'No cireuito mostrado na fig. 20-38, 0 fusivel ins talado é de 30 A, isto ¢, ele queima se for percor. rido por uma corrente superior a 30 A. Suponha que as correntes que passam nos aparelhos ‘mostrados sejam as seguintes: lampadas: 2,0 A em cada uma chuveiro: 25 A geladeira: 2,54 a) A medida que aumentamas o niimero de apa- ‘ethos ligados na instalagao, a resisténcia total do circuito aumenta ou diminui? ) Nestas condigées, a corrente que passa no fu sivel aumenta ou diminul? ©) 0 fusivel queimard se ligarmos apenas o chu- voir @ uma das lémpadas? 4) 0 fusfvel queimaré se todos os aparelhos fo- rem ligados simultaneamente? ‘Suponhe que a diferenga de potencial entre os pontos A e B na fig. 20-38 seja Vp = 120V e que 0 fusivel seja de 30 A. Entéo, qual € 0 ‘menor Valor que pode adquirir a resisténcia to- tal dos apareihos ligados sem que o fusivel queime? Fig, 20-40; Reprosentasdo exquemética de elétrons eslocando-se no interior ‘de um sélido cristalino « 0. Este resultado nos mostra que a resisténcia elétrica de todos os metais auimenta quando sua * ‘temperatura é aumentada. Assim, o filamento de tungsténio de uma limpada ‘létrica comum, que tem uma resisténcia de aproximadamente 20 0 quando a lampada esté apagada, apresentarg uma resisténcia de cerca de 250 © quando ‘ela estiver acesa (temperatura de aproximadamente 2 500°C), Outras substincias, como osilicio, o germanio, o carbono etc., apresentam valores negativos para 0 coeficiente d. Portanto, a resisténcia elétrica destas substincias diminui quando elas so aquecidas. Nas limpadas de filamento de carbono, por exemplo, que eram usadas hé alguns anos, observava-se, entio, 0 feito inverso daquele que ocorre nas limpadas de tungsténio: quando acesas, as limpadas de carbono apresentavam uma resisténcia elétrica menor do que ‘quando apagadas. E interessante observar, ainda, que os cientistas conseguiram obter certas ligas metilicas, como o constantan, para as quais o valor de a é praticamente nulo, Isto significa que a resistencia elétrica destas ligas permanece aproximada- Corremte etéteica 2 ‘mente constante, mesmo quando suas temperaturas sofrem variagbes. Por este motivo, tas ligas sfo usadas na fabricagio de resisténcias de alta precisio (pa- drbes de resistencia) (O fato de a resisténcia elétrica variar com a temperatura encontra algumas aplicagGes interessantes como, por exemplo, na construgio dos termémetros de resisténcia, Nestes term6metros, obtém-se o valor da temperatura de um ambi- ente (um forno, por exemplo), medindo-se a resisténcia elétrica de um fio de platina ali colocado. Isto é possivel porque o valor da resisténcia do fio de plati- na €conhecido e bem determinado para cada temperatura. POR QUE A RESISTENCIA ELETRICA DOS METAIS AUMENTA QUANDO A TEMPERATURA AUMENTA Analisando a estrutura interna dos s6lidos é possivel entender por que a resisténciaelétrica destes corpos varia com a temperatura. Sob o ponto de vista da Fisica Moderna, a resisténcia elétrica de um sélido depende basicamente de dois fatores: do mimero de elétrons livres existentes em sua estrutura e da mobilidade destes elétrons ao se deslocarem através de sua rede cristalina. Evidentemente, quanto maior for o ntimero de elétrons li- vres (por unidade de volume) existentes no sdlido, menor sera sua resisténcia elétrica, Do mesmo modo, esta resisténcia seré tanto menor quanto mais fail- mente os elétrons se deslocarem através da rede cristalina, isto é, quanto maior fora mobilidade dos elétrons, Os cientistas, utilizando recursos experimentais de grande precisio, conse~ guiram medir o niimero de elétrons livres em diversas substincias. Os resulta~ dos destas medidas mostram que, nos metais, o niimero de elétrons livres prati- ‘amente nfo varia quando fazemos variar a temperatura destas substincias, En- tretanto, como sabemos, o aumento de temperatura provoca um aumento na agitagio térmica dos elétrons livres e dos fons da rede cristalina. Em vireude dis- 10, 0 se deslocarem, os elétrons sofrerfo um maior mimero de colisdes contra os fons da rede, isto 6, tero sua mobilidade reduzida. Entio, nos metas, nio havendo um aumento do niimero de elétrons livres e ocorrendo uma redugio na mobilidade destes elétrons, uma elevacio de temperatura acarretars, neces- sariamente, um aumento na resistencia elétrica. : POR QUE A RESISTENCIA ELETRICA DOS SEMICONDUTORES: DIMINUI QUANDO A TEMPERATURA AUMENTA ‘Outras substincias, 20 contririo dos metais, apresentam alteracSes apreci- {veis no mimero de seus elétrons livres quando sua temperatura & aumentada, Estes materiais apresentam um nimero relativamente pequeno de elétrons li- ‘res quando se encontram em baixas temperaturas. Portanto, nestas condigbes, eles se comportam praticamente como se fossem materiaisisolantes. Quando sua temperatura eresce, o aumento da agitagio térmica faz.com que um grande iiimero de elétrons se separe de seus étomos, tornando-se elétrons livres. En- tio, embora a mobilidade dos elétrons se torne menor, um aumento na tempe- ‘nturaprovorari uma diminusfo na resistnca ele destes materia, vito ‘que o miimero de seus elétrons livres aumenta consideravelmente. Pora ilustrar esta afirmagio, examinemos 0 caso do silicio puro. A temperatura ambiente, verifica-se que existem cerca de 10" elétrons livres por cm’ neste material ¢ que sua resisténcia clétrica é bastante elevada. Se a temperatura do silfcio for aumen- tada para 700 °C, o niimero de elétrons livres que ele apresenta aumenta 10 milhdes de vezes, passando a ser de 10" por cm’, Como conseqiiéncia disto, sua resisténcia elétrica diminui, tor- nando-se cerca de 1 milhao de vezes menor. Os materiais que apresentam comportamento semelhante sio_denominados semicondutores (silicio, germanio, selénio, Cu,O, PbS etc.). Representacdo de estrutu- re interna de um supercon” & QUE E A SUPERCONDUTIVIDADE ditor Or lero Ives que conten me corrente ‘Uma propriedade importante, relacionada com a variagio da resistencia eee ce Seeccam 2° elétrica com a temperatura, foi descoberta em 1911 pelo fisico holandés enh restancia Kamerlingh Onnes, que recebeu 0 Prémio Nobel de Fisica em 1913 por seus trabalhos no campo das baixas temperaturas. Este cientista verificou que algu- ‘mas substincias, a temperaturas muito baixas (préximas de zero absoluto), apre- sentam resist@neia elétrica praticamente nula, Em outras palavras, os elétrons livres da substincia, nesta situago, podem se deslocar livremente através de sua rede cristalina, Este fendmeno recebeu o nome de supercondutividade e, quando ‘0 material se encontra neste estado, ele denominado supercondutor. Se uma corrente elétrica for estabelecida em uma espira feita de material supercon- ‘Observe que em ambos os processos obtivemos 0 mesmo valor de P,, como nao podia dear de ser. Antes de passar ao estudo da pré: © @xel’Cicios de fiXagao ex. ‘a sec¢do , responda as questées seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 1. Observando a expressao que define ¢ forca eletro- ‘motriz de um gerador, diga se esta grandeza é vetorial ou escalar As informagées seguintes se referem aos exercicios 2, 3, 4e 5. Como voos deve saber, nos automévels existe lum gerador (dinamo) que, acionado pelo motor do car- ‘0, produz uma corrente continua usada para manter 2 bbateria constantemente carregada. A figura deste exer- ciclo mostra um gerador deste tipo, G, estabelecendo uma corrente em um circuit onde existe uma resis- téncia R e uma bateriarecebendo carga. 2. a) Indique, em uma cépia da figura, 0 sentido da ‘eorrente no circuito, ') Aa passarem no interior do gerador, as cargas ‘elétricas perdem ou ganham energia? ©) E a0 passarem no interior da bateria? a { WW ie f L ! Exercicior 205. 3. a) No gerador, qual 60 tipo de energja que se trans: forma em energia elévica? ») Qual é a transformagdo de energia que ocorre na bateria? 4, Suponha que a fe.m. do gerador seja e= 15 Vea f.c.e.m, da beteria sejae’ = 12 V, Considerando uma carga de 1 C passando pelo circuit, respondat a) Qual a quantidade de energia que esta carga re ccebe ao passar no gerador? ) Qual a quantidade de energia que esta carga per de ao passarna bateria? ©) Qual a quantidade de energja que esta carga per {de ao passar pela resisténcia (lembre-se do Prin cpio de Conservagéo da Energia)? 5, Sabe-se que a intensidade da corrente no circuito é 1=5,0 A. Nestas concigées: a) Qual é a poténcia que o gerador formece as car- gas? ) Qual éa poténcia que a beteria retra da corrente? ©) Entéo, qual é a poténcia dissinada por efeito Joule na resistencia? 6. Usando as conwengdes para representar os aiversos elementos que constituem um circuit elétrico, faga ‘um diagrama que corresponda ao circuito desenha- do na figura deste exercici. Exerccio 6. farsa slatrometrix - Equasio do circuite 72 | cos vém sendo desenvolvidos pela ciéncia ¢ pela tecnologia modernas para | atender essa grande demanda, De maneira geral, as baterias sfo classificadas em duas categorias: as ba- terias primdrias, que ap6s seu uso por um certo tempo se descarregam e sio descartadas, e as baterias secundérias, que podem ser recarregadas algumas vyezes, 0 que as torna mais econémicas. Ambas fornecem uma energia de prego muito mais elevado do que aquela que se pode obter nas tomadas de nossas casas, produzida nas grandes usinas e distribuida comercialmente. A energia elétrica obtida por meio de uma pilha priméria comum pode custar até cerca de 10 délares por kWh, enquanto esta mesma quantidade de ener- gia pode ser obtida de uma usina hidroelétrica por apenas 1 centavo de dé- lar, Apesar disto, a praticidade que as pilhas e baterias propiciam conduz a0 ‘seu amplo uso em nosso cotidiano, ‘J4 abordamos, no capitulo anterior, os tipos de baterias mais usados uni- ates pacer SS Sn nciecae 4 pie Shc s recht epi pment ee Salman reac ole Py versalmente: as pilhas secas e as baterias de automével, certamente aquelas | que sio produzidas industrialmente em maior escala em todo o mundo. Muitos outros tipos vém, entretanto, sendo pesquisados, apresentando ca- racteristicas proprias que as tornam adequadas a determinados objetivos. Analisaremos a seguir alguns destes tipos. . — Pilbas alcalinas: Nestas pilhas, a0 contrario do que ocorre com as pilhas secas de zinco-carbono e com as baterias de chumbo, o eletrélito nao é | Acido, sendo constitufdo por um hidréxido (élcali), que apresenta a van- | tagem de ser menos corrosivo. Sio encontradas tanto em versio seca, como com eletrélito aquoso. O eletrdlito alcalino apresenta geralmente menor resisténcia elétrica, possibilitando, entio, o fornecimento de cor- rentes de maior intensidade por essas pilhas. Um modelo muito difunc | do, conhecido como bateria de nfquel-cédmio, utiliza eletrodos destes materiais, envolvidos em solugao de hidréxido de potassio. Sua vantagem € ser bem mais leve e apresentar maior duragio do que as baterias de chumbo. Um outro tipo, tendo como eletrodos a prata e 0 zinco e, ainda, 0 hidréxido de potissio como eletrélito, € bastante usado por possuir uma elevada relagio entre a energia que ela pode fornecer € 0 seu peso, ‘ou quando a iluminagao que ela deve propiciar é mais importante do que a 74 —— © custo de energia. As pilhas alealinas secas de merctirio, ape- sar de apresentarem prego elevado em comparagao com ou- tros tipos de pilhas secas, so muito empregadas, pois mesmo em verses em forma de pequenos discos (ou botdes) sio ca- pazes de sustentar correntes elevadas e de grande duracio, re- lativamente ao seu tamanho e peso. So ento usadas em aparelhos que requerem estas caracteristicas, tais como flashes € aparelhos corretivos da audigio, Recomenda-se nio abrir este tipo de pilha, pois 0 éxido de merctirio que forma em seu funcionamento € altamente t6xico. i ~ Pithassolares: A luz solar que chega terra pode também ser usada. para obtencao direta de energia elétrica, por meio de dispositivos denominados pilbas ou bateriassolares. Elas sio construfdas com materiais semicondutores, como o silicio e 0 germinio, aos quais jifnos referimos no T6pico Especial do capstulo anterior (seccio 20.8). Conforme veremos na seceio 21.4, introduzindo pequenas impurezas formar o energie luminosa nestes materiais € possivel obter dois tipos de semicondutores: um denomi- em energie eétrico. nado tipo n e outro denominado tipo p. O niicleo da pilha solar & constitufdo por uma jungao n-p destes dois tipos de semicondutores (fig. 1). Quando a luz solar (ou de qualquer outra fonte) atinge essa juncdo, verifica-se que ‘corre uma separaciio de carga, de tal modo que a placa p se comporta como © polo positivo da plha e a placa m, como pélo negativo. Portanto, enquanto ‘houver incidéncia de luz, este dispositivo € capaz de fornecer uma corrente a uum circuito externo, Como esta corrente apresenta geralmente pequena in- tensidade, a pilha solar ¢ usada para alimentar certos circuitos eletrOnicos, cxjo funcionamento demanda pequena quantidade de energia, como caleu- Jadorase relégios de pulso (fig. I). Em outros usos, nos quais hi necessidade de correntes mais intensas, sio associadas varias células bésicas. Desta ma~ rneira, elas slo largamente empregadas em satélites artificiai, foguetes sem tripulagZo e até mesmo para acionar motores, como mostra a fig. I, na qual ‘vemos baterias solares sendo usadas para acionar uma bomba d’dgua em ‘Mali, na Africa Ocidental. ~ Pilbas nucleares: O funcionamento dessas pilhas tem por base a radioati- Piha solar, que pode tron Fig. I: llstrogd0_exquemétice. © Fig.l As phos solares do wiodas ‘constuinte prinepel de uma pho para 0 forneclmento de energio sronde flor’ é uma jungle de dole eltviea 0 pequenas caleulodors. far, como ¢ 0 caso do Afi Ranma Ce ar beter slr so vvidade de alguns elementos que emitem elétrons espontaneamente (F2- | mesmo motores elgueos diagao B, como vocé provavelmente jé ouvin falar). Na fig. IV mostra- ‘mos como uma pilha nuclear pode funcionar: 0 cilindro interno, Forsa etetromotrtz. ~ Equacio do cirewit@ zt Fig. Vs Exqueme de ume pike nuclear sendo wade fore acender ume lampo- (de bona poténcia). 21.2. A:equagao do cireuito RESISTENCIA INTERNA Sabemos que sempre que uma corrente elétrica passa por um condutor, ele oferece uma certa oposigao a sua passagem. Em outras palavras, todo condutor possui uma certa resisténcia elétrica. Quando uma corrente elétrica passa através de um motor, por exemplo, ela é obrigada a percorrer varios fios existentes no inte- rior deste motor. Entio, estes fios apresentario uma certa resisténcia 4 passagem da corrente, que & denominada resistencia interna do motor. E por este motivo que, quando um motor est em funcionamento, percebe-se um ligeiro aquecimento do, aparelho em virtude do calor gerado por efeito Joule em sua resisténcia interna, Do mesmo modo, uma bateria, uma pilha ou outro gerador qualquer ofere- cem uma certa oposi¢Go a passagem da corrente através deles, isto é, estes apare- Thos também possuem uma certa resisténcia interna. Quando uma bateria foi bem construida e possui pouco tempo de uso (bateria nova), sua resisténcia inter- nna € muito pequena, podendo, geralmente, ser desprezada. Entretanto, 4 medida que ela vai sendo usada, esta resisténcia interna aumenta, podendo aleangar valo- res bastante elevados. Nestas condigies, o calor gerado por efeito Joule no inte- rior da bateria torna-se apreciavel, fazendo com que ela perca sua utilidade como gerador de corrente. ANALISE DE UM CIRCUITO SERIE Consideremos 0 circuito elétrico mostrado na fig. 21-7, no qual temos uma bateria de f.e.m. ¢ ¢ cuja resisténcia interna vamos designar por r. Esta bateria esti ligada a um motor de f.c.e.m, e’, que apresenta uma resisténcia interna’, ea x & tuma resisténcia externa R (uma limpada ou um aquecedor, por exemplo). Observe que todos os elementos deste circuito estio ligados em série entre si, €,por isso, ele € denominado um circuito série. Evidentemente, no lugar da bateria poderfamos ter um outro gerador qualquer e, no lugar do motor, poderia existir Fig.21-7: Diograme de um uth receptor qualquer de f.c.e.m, (uma bateria recebendo carga, por exemplo). cireuito em sre simples. “I = Pela polaridade da bateria, podemos concluir que haveri uma corrente a 76 - elétrica passando no circuito no sentido mostrado na fig. 21-7. Entio, no inte- rior desta bateria, as cargas elétricas recebem energia ao passarem do pélo ne~ gativo para o pélo positivo, isto é, como ji sabemos, hd transformagio da ener- gia quimica da bateria em energia elétrica das cargas. A medida que estas car- gas circulam, transferem esta energia recebida aos diversos elementos que constituem 0 circuito, Assim, quando as cargas passam através do motor, parte de sua energia se transforma em energia mecinica de rotagio do motor (forga contra-eletro- motriz) e parte se transforma em calor, por efeito Joule, em sua resisténcia inter- na 7’, Na resisténcia externa R ha também transformagio de parte da energia das cargas em calor e isto ocorre ainda no interior da propria bateria, em virtude de sua resisténcia interna r. Em resumo, temos entao: na bateria — as cargas recebem energia (energia quimica se transforma em energia elérica) — as cargas perdem energia (energiaclérica se transforma em calor na resistencia interna) no motor ~ as cargas perdem energia (energia elérica se transforma em energia mecinica) ~ as cargas perdem energia (eneegiaclérica se transforma em ealorna resisténcia interna) tna resistencia R ~ as cargas perdem energia (energia elética se transforma em calor) A EQUAGAO DO CIRCUITO SERIE A anslise que acabamos de fazer do circuito da fig. 21-7 nos permitiré che- gar a.uma expressio com a qual & possivel calcular a intensidade da corrente i que passa por ele. Observando que, em um intervalo de tempo Ar, uma carga Ag passa em qualquer elemento do circuito, é ficil expressar matematicamente as quanti- dades de energia que a carga Ag ganha ou perde ao longo do circuito. Temos: ~ energia recebida na bateria = ey — energia perdida na resisténcia interna da bateria= rar ~ energia perdida para fazer girar 0 motor =e"Ay ~ energia perdida na resisténeia interna do motor —energia perdida na resisténcia R= Ri'At Pat Pelo Principio de Conservagao da Energia, sabemos que a quantidade de energia que a carga ganha na bateria deve ser igual & soma das energias que ela transfere aos elementos do circuito (estamos desprezando a energia perdida nos fios de ligacdo, pois eles possuem resisténcia praticamente mula). Podemos, en- tio, eserever: Ag =ri'At + e'Ag + 7iAt+ Ri'At Lembrando que, sendo i= Ag/At, temos Ay = iAt e substituindo esta relagio na expressio anterior, vird eiAt=ri'Ar+ eat + 7 P7At+ RPAE donde e=rite'+ri+Ri ou e-e=i(r+/+R) Portanto, obtemos 0 valor da intensidade da corrente no circuito: Fors, alatromotriz jquasie de cireutte. Observe que o numerador desta expressio representa a soma algébrica das fem. que aparecem no circuito (considerando negativa a f.c.e.m.) e o denomina- dor, a soma de todas as resisténcias (internas e externas) deste circuito. Podemos, pois, escrever a relacdo anterior da seguinte maneira: Deum modo geral, podemos entio destacar: quando em um circuito existem varios geradores de f.e.m., ligados em série a varios receptores (aparelhos que apresentam f.c.e.m.), ¢ a varias resisténcias elétricas, a intensidade da corrente neste circuito é dada por Ze IR onde Ye representa a soma algébrica das f.e.m. e f.c.e.m. do circuito (sendo estas iiltimas tomadas com sinal negativo) e ER representa a soma de todas as resisténcias, internas ¢ extemas, deste cireuito, A equagio? z édenominada “equagio do circuito série”. COMENTARIOS 1) A equagio do circuito é de grande utilidade porque nos permite caleular 0 va- lor da corrente que passa em um circuito série, quando conhecemos os valo- res da f.e.m., f.c.e.m. e resisténcias existentes neste circuito. Conhecendo 0 valor de i, podemos facilmente obter os valores de virias outras grandezas envolvidas no circuito, tais como a diferenga de potencial entre dois pontos Wig=Ri),a poténcia desenvolvida por efeito Joule (P= Ri) ete. 2) A equagio i= 5 aplica-se apenas 20s cireuitos de elementos ligados em sé- rie, Entretanto, existem certos circuitos, como o da fig. 21-8-a, que, embora possuam resisténcias dispostas em paralelo, podem facilmente ser reduzidos a um circuito série. Para o circuito da fig. 21-8-a, por exemplo, calcularemos a resisténcia R,, equivalente 3s resisténcias R, ¢ R, ¢ obteremos o circuito série Fig. 21-8: O circuto mos da fig. 21-8-b, que é equivalente ao anterior. Para este circuito da fig. 21-8-b, deem (equivalent a 0 cireuto em série opre- gota 2. os a equacio i = => pode, evidentemente, ser aplicada Exemplo 1 er No cicute movado ne 219, mes das betas cs fem aio hy 8 ty €,= 6,0 Vee, = 24 Ve cujas resistencias intemas s80 r, = 1,0 er, = 2,00. Existe ainda neste circuito uma resistencia externa R @) Qual é 0 sentido da corrente que passa no circuito? ‘ (De um modo geral, um gerador tende @ produzir uma corrente que sai de seu lo postive, Ent, a bate e,tende a produzr ima comente no sentido horério ® a bateria eno sentido ant:hordrio, & claro que 0 sentido da corrente Seré determinado pela fe.m. de mor valor Como e, >t, feremes, no eruto, uma comente no sentido anti haraio (como esté indeed na fg. 21-9). ') Qual das duas baterias esté funcionando como gerador de corrente? E qual esta funcio- nando como receptor? Vimos que o sentido da corrente é determinado pela bateriae,, isto é, no seu interior a cor- rente esté passando do pélo negativo para 0 positive. Logo, esta bateria é o gerador de fLe.m. do ciruito (bateria descarregando). Observe, entéo, na fig. 21-9, que no interior da bateria e, a corrente esté passando do polo positive para o negativo. Sabemos que, nestas condigées, e, esté recebendo carga, isto, la esté funcionando como um receptor (gerador de f.c.e.m.). ©) Calcule a intensidade da comente no circuit. A intensicade de corenteserd daca pela equagao do creuito sé: |= =. Como e,6 uma em, @¢,€ uma fc.eam., terem ja 878 24- = 24-60 donde i= 2,08 Rent 60+10+2,0 0) Veritque se a poténcia transferida as cargas pelo gerador de ‘éncias que as cargas transferem aos elementos do circuito. ‘A poténcia & transferica as cargas pela baterla e, Esta poténcla vale: Pr=es=24%2,0 donde P,= 4B W {As cargas transferem uma poténcia P, a0 receptor de f.c.e.m. €, @ uma poténcia P, a todas 1a resisténcias do circuito (efeito Joule). Temas: Pr=ei=60%20 donde P,=12W (Rr + HNP =(6,0+1,0+2,0) x(2,0)° donde Portanto, P, = P, + Py isto é, come néo podia deixar de ser, 0 Principio de Conservacéo da Energia foi verticado. 1m, 6 igual & soma das po- Exemplo 2 ‘Suponha que, no cireuito mostrado na fig. 2-8-2, tenhamos os seguintes valores dos elementos af representados: c=12V r=400 R,=600 R,=200 2) Qual 6 0 valor da resisténciaR,,, equivalente as resistencias R, © R,? Como R, @ R; esto em paratelo, temas Fig. 21-9: Poroo exempo |. Forsaetetrometriz -Equasio docireuite nr) © aa rensaze caren eb pl bt oes? Conoco go 21-8 enue rat st 21 8. poderos tra cameto i= 2 para tr ova cra es 12 ‘GR Rae Rer 18440010 O sentido desta corrente estd indicado na fig. 21-8-b. ©) Qual 6 corrente que passa em R,? E em R,? Devemos iniciaimente determinar a dferenca de potencial entre 0s pontos A e B mostradios 1a fig. 21-8-2. isto pode ser felto observando a fig. 21-8-b, na qual temos entre estes pon- tos a resisténcia equivalente R,. Entéo: Vig= R= 150,60 donde Vqg= 9,0 Voltando a fig. 21-8-a, como jé sabemos que V,.= 9,0 V, podemos calcular as correntes #1, que passam em R, @ Ry. Teremos: a) 1 60 donde 1,=0,15A qe 9.0 donde 1,=0,454 R20 ——<—$[ EEE Célculo de diferenga de potencial entre dots pontos de um circutto Suponha que desejéssemos calcular a diferenga de potencial entre dois Pontos 4 e B de um circuito qualquer (considere, por exemplo, o circuito mostrado na fig. 21-9), Para obter este valor, devemos imaginar que estivéssemos nos deslocan- do de A para B, ao longo do circuito, tanto no sentido da corrente, quanto em sentido contrério a ela. Neste deslocamento, a0 passarmos por elemen- tos do circuito, o potencial poderd aumentar, diminuir ou nao variar, depen- dendo dos dispositivos que estio presentes no circuito. Poderdo ocorrer, entio, as seguintes situagdes: Pi ‘ 15) Ao passarmos por um gerador, de seu pélo negativo para o plo positivo, © potencial aumentara de um valor igual a €. Se a passagem ocorrer em, sentido contrario, o potencial diminuira da mesma quantidade €, 2) Ao passarmos por uma resisténcia R (inclusive pela resisténcia interna do gerador), no mesmo sentido da corrente é, 0 potencial diminuirs de um valor Ri. Se a passagem ocorrer em sentido contrario, o potencial au- ‘mentaré da mesma quantidade Ri, 3°) Ao passarmos por um fio de resistencia desprezivel (fio de ligagao), nio havers variacZo do potencial. O valor da diferenga de potencial entre dois pontos quaisquer, A e B, seri obtido somando-se algebricamente ao potencial de A (V7) as varia- ‘ees de potencial que ocorrem no pereurso de A para B, tomando-se os ‘aumentos com sinal positivo e as diminuigdes com sinal negativo e igua-» Jando-se esta soma ao potencial de B (V;). O exemplo seguinte ilustraré este procedimento, eS ee ee haem ‘elcies de fA © exelCicios de fiXagao exelCicios def Antes de passar ao estudo da préxima seccdo, responda as questdes seguintes, consultando o texto sempre que julgar necessario. 7. Uma bateria, cua .e.m. = 6,0 Ve cua resistin Cia interna vale r= 0,20.0, est ligada a uma kim- ada, fomecendo- tne uma corrente /= 5,0 A. 2} Qual &a poténcia que a bateria transfere 8s car {gas que passam através dela? ) Qual é @ poténcia dssipada por efeito Joule no interior da bateria? ) Entio, qual 6 a poténeia que a bateria esté for. necendo& lémpada? ‘8. Uma bateria de f.e.m. e tem resisténcia intera desprezivel e estéligada a uma resisténcia externa RR, Examinando a equagio do circuito, dizer se a Corrente fornecida pela bateria aumenta, diminui ‘ou nao se modifica se: a) Uma resisténcia R for igada em série com R. ) Uma resistencia R’ for ligada em paralelo com R. 9. Af.e.m. de uma bateria vale 12 V e sua resisténcia interna ¢ igual 0,502. a) Qual o valor da resistncia R que deve ser ligada ‘ans polos desta bateria para que a intensidade da conente fomecida por ela seja amaior posshvel? ) Qual é 0 valor desta maxima corrente que a ba- teria é capaz de fomecer? 10. A figura deste exercicio mostra um circuito no qual uma bateria esté ligada em série com duas resi téncias R, € R, e com um motor elétrico M. Obser- vando os valores indicados na figura, determine: a) Aleitura do amperimetro. As leituras de cada um dos votimetros. My 2 Exercicio 10. 11. Observe o cicuito mestrado na figura deste exerci. (io e determine: . 2a) Atesisténcia R equivalente & associagao oe R, Re Ry (faca um desento do circuito série co: respondente ao circuto apresentado). ») Aintensidade da corrente fomecida pela bateria, ©) Adiferenca de potencal entre 05 pontos Ae 8. 6) As correntes lay h @ 1, que passam nas resisténcias Ry, RyRy. forsa.aatromotris - Equacho do cireutte te 21.3. Veitagentnos:terminais deum gerador Consideremos um gerador qualquer, de fe.m. € ¢ resisténcia interna r como, por exemplo, a bateria mostrada na fig. 21-10. Ligando-se este gerador a um circuito externo (uma resisténcia R, por exemplo), ele fara passar no ci cuito uma corrente i, Dissemos, no capitulo anterior, que esta corrente é estabelecida porque existe uma diferenga de potencial entre os pdlos (ou ter- minais) do gerador. No circuito mostrado na fig. 21-10, a bateria estabelece uma voltagem R Vg entre seus pélos (0 pélo positivo A e o pélo negativo B), isto é, Vx, repre- Fig.21-10: A voltogem ¥,, _senta a voltagem que a bateria aplica no circuito externo. Nestas condigées, sa- Poca boteriaé dodo hemos que o gerador transfere ao circuito externo uma poténcia, cuja expres- ‘onde ra resistencia inter. SA0.€ P= iV 4p. ine Gr bocerle en mis Fee: Algumas pessoas costumam confundir os conceitos de f.e.m. e diferenga de potencial, acreditando que a voltagem V,» existente entre os pélos de um gera- dor, é sempre igual 4 sua f.e.m, e. Entretanto, isto nao é verdade, como veremos na anilise a seguir. EXPRESSAO DA VOLTAGEM ENTRE OS POLOS DE UM GERADOR: Procuraremos obter uma expressio que relacione a voltage Vy entre os polos de um gerador com sua fem. €. ‘Sabemos que as cargas elétricas que passam no interior da bateria, deslocan- do-se do pélo negativo B para o pélo positivo A (fig. 21-10), recebem, em virtude da f.m. do gerador, uma poténcia ei. Entretanto, em conseqiiéncia da resistén- cia interna, parte desta poténcia é dissipada, por efeito Joule, no interior do pré= prio gerador. Esta poténcia dissipada é expressa, como sabemos, por ri’. Portan- to, a poténcia disponivel, que serd entregue pelo gerador ao circuito externo, seri igual a diferenca e/—ri'. Mas a poténcia transferida ao circuito externo é também. dada por iV, Entio, teremos: ) rente que passa em R varia de acordo com o grafico mostrado na fig. 21-19-b, mudando periodicamente de sentido, ou seja, a cor- rente passa através de R ora em um sentido, ora em sentido contrério. Se uma vilvula diodo for introdu- zida no cireuito, da manei- ‘ra mostrada na fig. 21-20-a, ela 86 permitiré a passa~ gem da corrente no sen- tido indicado, impedindo que ela circule no sentido contrério. Desta maneira, a intensidade da corrente, Fig. 21-20: Exqueme de ge rador de corrente alterna depois da introducio da Fig 2119; Exquema de groder de cone Tigodo a um cru conten: Péloula diods, ovarian eee sno) ue el oe acordo com o grifico da _sifico mosrando a ene cortahee. 16 iesaken a fig. 21-20-b. Coa ‘com 0 tempo da manele ‘mestroda no gréfico em (b, Forsacietremotetz - tquasio docimemite 7 ; Observe que esta corrente & inter- Fg 21-21: Eposive soot rompida periodicamente (pulsante) e € ort vel dodo certor di retificads, isto 6, ela estd passando no cir- pestivs (copactores) de cuito sempre no mesmo sentido. Apesar de modo 0 obter no creuito do i eee eodor de corrente aterm. tetificada, ela ainda no € uma corrente Soa conte dees ‘continua (constante), como aquela forne- Souewenne 7 | cida por pilhas ou baterias. Entretanto, € ossivel associar & vilvula diodo certos dis- positivos (capacitores), de modo a obter, no circuito, uma corrente retificada cuja intensidade € praticamente constante, apresentando apenas pequenas flutuagdes no decorrer do tempo, como aquela mostrada na fig. 21-21. OUTROS TIPOS DE VALVULAS ‘Com o desenvolvimento da eletrénica, surgiram, além do diodo, diversos tipos de vélvulas, destinadas a desempenhar as mais variadas fung6es. Na fig, 21-22 mostramos duas destas vélvulas, as quais tém grande utilidade em aparelhos que encontramos freqiientemente em nossa vida disria, o eo fexede esd i Fig 21-22 stag eaqveriica de Wve rmpificodora tied (ae villa que consti @ tubo deTV (b). Na fig. 21-22-a vemos uma valvula, que é denominada triodo (porque tem trés eletrodos). Observe que ela nada mais € do que um diodo no qual foi intro- duzido um terceiro eletrodo, denominado grade, indicado por G na figura e ge- ralmente constitufdo por uma rede metélica. Fsta vilvula tem a finalidade de amplificar sinais elétricos, isto é, com o triodo conseguimos tornar uma peque- na voltagem (ou uma pequena corrente) muitas vezes maior. ‘Na fig. 21-22-b apresentamos a vélvula que é encontrada nos aparethos de “TV, usada para produziras imagens sobre a tela. Esta vilvula, denominada tubo de TV ou cambio elerinic, € constituida essencialmente das seguintes partes: um filamento aquecido (catodo), uma grade, um anodo cilindrico, dois pares de pla- «as, P, e P, (dispostas como mostra a figura), e uma tela fluorescente, Os elétrons emitidos pelo filamento aquecido sio acelerados em dirego ao anodo por uma diferenga de potencial de virios milhares de voles (cerea de 15000 V). Apés atra- vvessar 0 anodo, o feixe de elétrons passa entre as placas P, ¢ P, e atinge a tela, provocando uma pequena luminosidade (fluoreseéncia) no ponto de impacto. Entre o par de placas P, existe um campo elétrico que desvia o feixe de elétrons para cima e para baixo, enquanto o campo elétrico entre o par P; desvia o feixe para direita e para a esquerda. Assim, o feixe de elétrons varre a tela totalmente ‘com grande velocidade, fazendo com que ela se apresente uniformemente ilumi- nada. Obedecendo aos sinais que chegam da antena a grade, o feixe de elétrons @r Fig. figura (0) @ corrente 6 nule ‘em (b), hé portogem de corrente. Fig. 21-25: Um transistor pode ter obtido por uma jungae npn como em (0), ‘upp coma em (t) Fig. 21-26: os rédios tran- sistorizados #80 mutto me nores do que os antigos rosa vlvuto. 190 = circuitos integrados (varios elementos, como resisténcias, transistores etc., agru- pados em uma tinica pega muito pequena), foi possivel atingir a fantéstica cifra de 30000 elementos por cm’, Sem este desenvolvimento tecnoldgico, que * permit tal miniaturizagio dos circuitos eletrOnicos, um maderno computador teria dimensGes tio exageradas que sua construgio seria inviavel. O circuito integrado costuma ser designado, na linguagem dos técnicos em eletronica, pelo termo chip, palavra de origem inglesa que significa “peque- na lasca”. Esta denominacio tem sua origem na maneira pela qual se obtém um 4 frrafiaoprenta ume chip: wma pequena placa (lasca) é cortada de um cristal de silfcio e minimas —Yatwuio wiodo um trons. quantidades de impurezas si0 colocadas em determinadas posigdes desta placa. tor que desempenha o mes- Estas impurezas so dispostas de maneira a dar origem a me Papal qualeres eifrete diodos, transistores, resistores, ¢, até mesmo, a capacitores € indutores (componentes do circuito que serao analisados poste riormente). Observe, entio, que os componentes tradicionais dos circuitos sio substituidos por seus equivalentes criados na propria placa do chip, tornando possivel a miniaturizagio, Um ¢bip de apenas 1 cm de lado pode conter centenas de milhares de transistores e seu custo € praticamente igual ao de um inico transistor isolado. 3 : Os clontirtas omericanos W. Shockley, W. Brattain & |.Bardeen receberom 0 Pré ‘mio Nobel de Fisica, em 1956, por seus trobalhos no desen- volvimento dotrantirtor BE Pequenos chs ou mio chips (em cor negra), le rador oo crcuito ele nico de um computador. ea Peete | a Ampliagdo de uma placa de silcio, mos Diogramas que mostram os trando sei ciruitorintegrados (cis). voltagens de entrada © de sida do chip (omplificada). Fora etetremetriz - Equasio do clremite. tye TVem cores Vimos, nesta seceo, como um feixe de elétrons, proveniente de um ex io cletrénico, varre a tela de um tubo de ‘TV para formar uma imagem ‘em preto e branco. ‘Nos aparelhos de TV em cores, o processo de formagao da imagem & muito semelhante 20 que descrevemos. Entretanto, neste caso sio necessé- ios trés canhées eletrénicos diferentes, cada um emitindo um feixe de elé- ‘trons, os quais atingem simultaneamente uma pequena regio da tela. Cada feixe atinge um ponto desta pequena regio, fazendo com. que um deles emita luz.vermelha, outro emita luz verde e o terceiro emita luz azul. ‘So usadas essas cores porque, a partir de sa superposiczo, € possivel obter ‘um niimero muito grande de cores com diversas tonalidades. Se vocé obser vara tela bem de perto (ou usando uma lupa), vocé percebera que toda ela é coberta por pontos com essas trés cores, como mostra a fig, I (em alguns aparelhos, em lugar dos pontos coloridos, a tela apresenta listas verticais, ‘muito proximas, com aquelas cores). A intensidade da cor emitida por cada ponto iri depender da intensidade do feixe de elétrons que o atinge. Cada Conjunto de trés pontos emitiré as trés cores bisicas, em intensidades dosa- das convenientemente. Observando a tela de uma certa distancia, nossos olhos nao distinguem os trés pontos separadamente ¢ perceberemos a cor correspondente 4 superposigao das cores que emitem, Desta maneira, € pos- sivel reproduzir aquele enorme conjunto de eoloragdes que vocé vé na tela de uma TV em cores (veja a fig. ID. Fig. I: A tela de uma TY em cores & coberta com um niimero muito grande de pontos que temitem as cores vermelho, verde e azul Fig. Ik: Superpondo convenlen- tomente as cares bésicas (verme- tho verde ¢ ex 6 posse re produzirum enorme conjunto de ‘cores diferentes. na ME 102 — icios de {iKagac exel Cicios de fiXagao ex Antes de passar ao estudo da préxima seccdo, responda as questdes seguintes, consultando o texto sempre que julgar necessério. 18, a) Explique, com suas palavras, 0 que é 0 efeito termoiénico. ') Por que, para que ocorra a emissao termoiénica, &necessério aquecer 0 metal? 19. Observe a fig. 21-17, que mostra a maneira usual de se representar uma vélula diado. Dizer 0 que & ‘e qual a fungéo dos dispostivos seguintes que es- to presentes na vail a) Dispositve F ) Dispositiv C. (©) Dispostive P. 20. Um estudante representou um circuito, contendo ‘uma valvula diodo ligada a uma bateria, ca mane ra mostrada na figura deste exercicio. ) 0 amperimetro indicaré passagem de corrente? Por qué? ) Se a polaridade da bateria for invertida, o senti- do da corrente convencional no circuito seré ho- ratio ou anti-horario? Exerciclo 20. 2. Suponha que, no crculte mostrado na fig. 21-20-a, 0 diode fosse ligado com a polaridade invertida (a placa P fosse ligada & extremidade onde est liga- do 0 catodo Ce vice-versa). Faga um diagrama ‘mostrando a forma do grfico ix t para este caso. 22. Considere uma pessoa situada na frente da tela do tubo de TV mostrado na figura 21-22-b, observan: doa imagem formada. Em relaao a esta pessoa, 0 Cconjunto P, consttuido de uma placa superior e {de uma inferior e 0 conjunto P, de uma placa & sua ‘esquerda e outra a sua direita, No momento em que o fexe de elétrons esté atingindo a extre- midade inferior da letra T, que aparece na tela, dizer quals 30 os sinais das cargas elétricas de cada uma das placas: a) Do conjunto P., +b) Do conjunto P,. 23. Em um apareino de TV, que funciona com um tubo ssemelhante Squele apresentado na fig. 21-22-b, & necessério aguardar um certo tempo, apés 0 ape relho ser ligado, para que a Imagem apareca na tela. Por que isto acontece? 24. a} Um semicondutor, & temperatura ambiente, nfo 6 um material bom condutor de eletricidade. 0 que pode ser feito para que ele se torne um ‘bom condutor (sem que sua temperatura seja alterada)? 1b) O que é um semicondutor do tipo n? ©) Edo tipo p? 25. 8) Qual o dispositive que um cristal n-p pode subst: ‘uir em um cicuito el6trico? ») Cite algumas vantagens dessa substitucso. 26. a) O que é um transistor? ) Qual o componente dos antigos circutos eletd ficos (usado como amplifcador) que o transis: ‘or substitui? 27. Aproxime da tela de um aparelno de TV, em fun: clonamento, qualquer objeto bem leve (pedacos equenos de isopor, de papel, de algodéo etc.) Observe que eles serdo atraidos pela tela, mostra: do que ela esta eletizada. Tendo em vista 0 que voc8 aprendeu nesta secgao, responda: a) Por que a tela fica eletrizada? 'b) Qual 6 o sinal da carga na tela? 28. A figura deste exercicio mostra a variagéo, com 0 tempo, da intensidade de cada uma das cores bi sicas em uma pequena regiao da tela de um apare- lho de TV em cores. Observando estes graficos & ‘consultando a fig, dizer qual a cor que seré ob- servada nesta pequena regio em cada um €os Instantes: aA bs ac aD Exercico 28. Forsaghetremetyiz -Equasiodociemite 20 sempre que tiver dividas. » FEVisao reVisse re As questdes seguintes foram formuladas para que vocé faca uma revisio dos pontos mais importantes abordados neste capitulo. Ao respondé-las, volte ao texto 4. 8) 0 que vocé entende por um gerador de f.e.m.? Cite alguns exempios de tals geradores. ) Escreva a equacdo que define a f.e.m. de um .erador. Explique o significado de cada termo que ‘aparece nesta equagao. ©) Qual é, no SL, unidade de medida de Le.m.? 2. a) O que voce entende por um gerador de f.c.e.m.? Cite alguns exemplos de tais dispositvos. ) Esoreva a equago que define a f.c.e.m. de um receptor. Explique 0 significado de cada termo ‘que aparece nesta equagéo. 3. Descreva como devemas proceder para dar carga a uma bateria. 4.) Procure reproduzi o raciocino feito para se chegar A expressto da poténcia que um gerador de .e.m. transfere &s cargas que passam através dele. ) A expresso que vocé obteve em (a) pode ser sada para calcular a poténcla transferida a um receptor pelas cargas que passam através dele? Explique. 5. a) O que 6 resisténcia interna de um gerador ou receptor? algumaS experi@ncias Para vocé fazer | Primeira experiéncia | 0 primero aisposito com 0 qual se conseguiu obter | uma conente ett de duragdo apreciével fia pina de | ot, inventada, em 4.800, pelo cientista italiano Ales- sandfo Volta, Esta pha era consttuida por duas places, uma de zineo e outra de cobre, mergulhadas em uma solugao de dcidosulireo. Nesta experiéncia, vamos constuir algumas_pilhas semelnantes & pilha de Volta, mas usaremos outres substincias em lugar do écido sulirico J que este dc ‘do exige um certo cuidado em seu manuselo. +) 0 &cidosulfrco pode ser substtuido peo decid exis- tente, por exemplo, no caldo de um limo. Pare veri cast, introduza uma pequena placa de cobre eoutra de zinco em um limo, como mostra a figura (a) desta cexperiéneia. Usando Um voltimetro, mega e anote a ttexm.desta pa, ») Analise a fig. 21-7 e diga em quais elementos do circuito as cargas ganham energia. E em ‘quais elementos elas perdem energie? 9) Escreva as expresses mateméticas das quan- tidades de energia recebidas ou perdidas pelas ccargas ao passarem pelos diversos elementos do circuito da fig. 24-7. ») Lembrando-se do Principio de Conservagao da Energia, obtenha a expresséo da equagéo do Circuito (para 0 circuito da fig. 24-7), ©) Esoreva a expresso generalzada da equacao do Circuito © explique o significado dos termos que ‘aparecem nesta equagéo. 7. a) Procure reproduzir 0 raciocinio feito na secgéo 21.3 para se obter a relagao Va, = €~ 11 (expli- ‘que claramente o significado de cada termo desta expressao). ») Voce acha que a voltagem entre os pélos de um gerador é sempre igual & sua f.e.m.? Explique. ©) Cite duas situagdes nas quais a voltagem entre ‘5 pélos de um gerador é igual ao valor de sua fem. simples 22) Para verticar que a fe.m, da pla depende da solucdo ‘na qual as placas esto mergulnadas, inroduza as pla- ‘cas de cobre ezinco em uma solugdo de sal de cazinha {figura (b) desta experiéncia), Mega, com ovoltimetro, afe.m. desta pihaeveriique seela, de ato, édiferen- tedafiexm.obtidanoiter 1°. 39) Verifique, agora, que a f.e.m. depende também do ma- ‘terial que constitul cada placa. Pera isto, substitua a placa de zinco por uma de ferro (na solugao de sal de Cozinha) e meca a f.e.m. desta nova pilha. Compare coms resultados anteriores. 49) Voc’ poder construir uma bateria, semelhante aquela ‘eita por Volta, empithando pequenos discos de ferro {arrveias, por exempio) e cobre, separados por um pa- peel poroso embebido em égua com sal de cozinna. Este empithamento deve ser feito na ordem indicada EE 1 01 | na figura (c) desta experiénca. Usando um voltimeto, mega fe.m. de cada elemento (erro, papel e cobre) etambémat.e.m. do conjunto queconstitulabateria ‘Obsenragéa: Sendo cispuser de um votimetro para medir 2 fem. des pihas constudas, voo8 poderé perceber que realmente exste uma vollagem entre seus los colocan- 1400s fios que esto lgados aeles em contato com sua lingua (fechando o circuito através da salva). Vooé sen- tic um lige formigamento causado pela passagem da conente. (0) cote ® | Primeira experince. | Sexunda experiéncta | Conte lateraimente o invélucro de uma pilna seca e, | abrindo-a totalmente, observe sua consttuigao interna | Procure identficar cada uma das seguintes partes que constituem a pha: — um invéluero de zinco, que é 0 pélo negativo, em cuja base se faz 0 contato para o cicuito extemo; — uma camada de substncia gelatinosa cobrindo inter- ramente o invéluero de 2inco. Esta sudstdncia gotat- rosa contém cloreto de aménio © constitui 0 letrdito da pitha, desempennando 0 mesmo papel «da solugao de dcido sulfurico na pilna de Volta; ~ um bastdo central de carvdo, que € 0 pdlo posttvo, em cuja extremidade superior se faz 0 contato para o cir cutto externo; — uma substancia escura envolvendo 0 bastio de car- vo, Esta substéncia é constituida por uma mistura de carvao em p6 e bidxido de manganés. A fun¢ao do bidxido de manganés ¢ impedir que o hidrogénio se de- osite no polo posit, o que afeta o funcionamento a pilha. Observe a fig. 20-8:b, do capitulo anterior, cue apresenta ‘um corte da pilha seca, onde estio indicadas estas par tes que voce observou: Terceira experiéncia 41!) Como dissemos no texto deste capitulo, a fe.m. de uma pitha depende apenas das substéncias que 3 Constituem. Assim, uma pilha seca grande e outa pequena, que so fabricadas com as mesmas substancias, devem apresentar a mesma fem. Verifique este fato, medindo com um voltimetro (de grande resisténcia interna) a fe.m. de plhas secas de diversos tamanhos. As medidas que vocé obte- ve estdo de acordo com a afirmacao felta? 22) Usando omesmovoltimetro, mecaa e.m.de cadaele- ‘mento (cada caisotinho) de uma bateria de automéve! eanateestes valores. 39) Baseando-se nas medidas feitas na 2: parte desta ex. pperiéncia, calcule qual deve ser a f.e.m. da bateri Medindo diretamente com o voltimetro esta .e.m., ve rifique se 0 resultado esta de acordo como céleulote toporvocé. Quarta experiéncia Podemos medir a resisténcia intema de uma pilha veca ‘montando 0 circuito apresentado na figura desta expe- riéncia. Observe que ele é constituido pela pia cujare- sisténcia interna desejamos determinar, por um volt ‘metro ligado aos pélos desta pha, por uma resisténcia (que poderd ser 0 fio de niquel-cromo ou ago usado em texpeniéncias anteriores) e por um amperimetro que per rite a letura da corente fomecida pela plha. 12) Com a chave C desligada, anote a indicagao do voltimetro. Como sua resisténcia é muito grande, essa indicagao representa af.e.m. eda pilha. 2!) Feche 0 circuito, anote a nova indicago Vyy do voltimetro e a corrente i indicada pelo amperimetro (como sabernos, Vi, deve ser um pouco inferior ae). 3!) Vocé aprendeu na secgéo 21.3 que a indicagao do voltimetro ligado aos pélos da pitha é dada por Vigze-rh cireaite Forsa cletremeatrtz - Equasio. onde ré a resisténcia interna da pha. Usando os valoresde V,,,€@/ que voc8 mediu, calcula resis ténciainternadestapilha. ‘Quarta experiéncia. Quinta experiéneia Como vocé deve saber de seu curso de Quimica, quan- do um sal 6 dissolvido na Agua ele se separa em fons Positivos e negativos, fazendo com que a solugao se ome condutora de eletricidade. Entdo, se introduzir- ‘mos nesta solugo duas placas metalicas e aplicarmos alas uma diferenga de potencial, os fons se desloca- ‘Bo para estas placas. Se um destes ions for metAlico {lon positivo), ele se depositaré sobre a placa negativa (menor potencial). Este fato é utilizado na indistria para recobrir pecas com finas camades metdlicas obtendo-se, assim, pecas niqueladas, prateadas, dou radas, cobreadas etc. Nesta experiéncia, vocé vai cobrir uma pega metdlica ‘qualquer como, por exemplo, uma chave, com uma camada de cobre (cobrear a chave).. Faga uma solugao aquosa de sulfato de cobre (CuSO, que vocé pode conseguir no laboratbrio de Quimica ou ad- ‘uit a baixo custo em casas comerciais especialzadas). blemas 1. £m uma pequena lantema é usada uma pha, cula | "fem. 64,5 V, ue fornece & impada uma corrente Constante de 200 mA. Supondo que a limpada per- | manega acesa curate 50 ors, detemine 2) A poténcia que a pina transtere as cargas que passam em seu interior |b) A enersa quimica de pha que se transforma em | energia etic durante este tempo. 2. Uma pessoa possui duss plhas secas comuns, sen- éo uma pequena e a outra grande. Os elementos ‘empregadios na construgéo destas plhas, como vo- 8 sabe, sé0 0s mesmos. 2) Af.e.m. da pilha grande 6 maior, menor ou igual & sa Introduza, no recipiente que contém a solucéo, uma pla- cca de cobre e 0 objeto a ser recoberto (veja a figura desta cexperiéncia). Este objeto deve estar desengordurado (use {icoo)) e bem limpo, Associe duas ou trés plas secas e ligue © pélo positno desta associagdo a placa de cobre © pio negativo 20 objeto. Como © sulfato de cobre, na solugéo, encontrava-se dlissociado em ions Cu @ SO, , estes ions se movimen- tam nos sentidos indicados na figura: 0s ons Cu drigem- se para 0 objeto (a chave) e depositam-se sobre ele, en- {quanto 0s ions $0, deslocam-se para a placa de Cu e, reagindo com ela, regeneram 0 CuSO,. Assim, 0 cobre da placa passa para a solucao e, portanto, através deste pro- essa, ele val sendo transferido para o objeto. Mantenha ligado durante alguns minutos 0 circulto que vvocé montou. Depois deste tempo, observe o objeto & veriique que realmente uma cariada de cobre se depo- sitou sobre ele. tes problemas e testes pprol3eiias «da pha pequena? ») Ligando-se uma lampada a pilha grande, o britho que ela apresentaré seré maior, menor ou igual a0 que ela apresenta quando ¢ ligada a pilha equena (considere despreziveis as resistencias Internas das pilhas)? ©) Qual das duas pithas seré capaz de manter a lampada brilhando durante mais tempo? 3. Analisando o circuito mostrado na figura deste pro- blema, determine: a) A leitura do amperimetro. ) As leituras dos voltimetros.. Problema 3. 4, Consideranco os dados apresentados na figura deste problema, determine as leituras do amper metro e do voltimetro mostrados. 20a @- 5. A bateria que alimenta o circuito da figura deste problema tem = 18 Ver=0,20. SeR,=1,50 © R, = 3,0 Q, quais seréo as leituras dos ‘amperimetros e voltimetros ligados no circulto? Problema 4. r Problema 5. 6. As afirmativas seguintes esto relacionadas com © circuito apresentado na figura deste problema. Assinale aquelas que esto corretas: 2) A resisténcia equivalente do circuito externo & igual a 4,00. ) A corrente que passa pela bateria vale 9,0 A. ©) Avoltagem Vig é igual a voltagem Vac. 4) Acorrente em R, é igual & corrente em Ry. ) Accorrente em R, & quatro vezes maior do que a corrente em Ry Problema 6. Pe= 10 A leitura do amperimetro mostrado no circuito da figura deste problema ¢ 0,80 A. Analise as afirma- tivas seguintes, relativas a este circuito, e assinale ‘aquelas que esto corretas: 2) Acorrente em R, vale 1,6 A. b) Acorrente em R, vale 1,2 A. 1) A poténcia gerada, por efeito Joule, no circuito fexterno, 6 12 W. @) Avoltagem Vig vale 12 V. €) Af.e.m. da bateria vale 12 V. = i-osa Problema 7. . No citcuito mostrado na figura deste problema te : £= 36 V; Ry = R, =R,= 60 Ne R, = 1000. Considere desprezivel a resisténcia interna 8a ba teria. Entre as afirmativas seguintes, assinale aquelas que estéo corretas: a) Ry, R, € R, esto ligadas em paralelo. ) A resisténcia total do circuito vale 120 0. ©) Alleitura do amperimetro A, é 0,30 A, 4d) Avoltagem entre A e B vale 6,0 V. @) A leitura do amperimetro A, é 0,10 A. Problema 8. Forsachetrometrts,-Equasic dochremite 17 ©. Trés resisténcias, R,, R, € R,, estavam inci mente ligadas em série a uma pilha de f.e.m. e= 1,5 V (veja a figura deste problema). Os pon- tos A’e B mostrados na figura foram, entao, liga ‘408 por um fio de resisténcia desprezivel (como é costume dizer, estabeleceu-se um curto-circuito entre A e B). Nestas condigées, determin 42) A leitura do amperimetro A,. b) Aleitura do amperimetro A,. ©) Alleitura do amperimetro A,. env ro R160 Rj=100 Probleme 9 10. No circuito mostrado na figura deste problema, 2 fre.m. da bateria 6 desconhecida e sua resistencia, intera é nula. Observando o circuito, responda: 2) Em qual das resisténcias hd maior dissipagéo de poténcia por efeito Joule? ) Supondo que em nenhuma das resisténcias a poténcia dissipada possa ser superior a 20 W, QUalovlor maximo qe pose tera em. Satan? too {uit soa aoa oa iy soa Lip} Problem 1 11. Uma bateria, de f.e.m. = 12 Ve resisténcia in- temna r = 0,5 , € ligada em série com uma re- sisténcia A'= 4,0 0 e com um motor elétrico de fic.em. e = 6,0 V, cuja resisténcia intera & P2150, a) Faga um esquema deste circuito. ') Qual o valor da corrente que passa no motor? ©) Qual a poténcia dissipada, por efeito Joule, no motor? 12. 13. 14, ‘Suponha que, em virtude de um defeito mecani- ‘0, 0 motor mencionado no problema anterior pa~ rasse de giar (no entanto, a corrente elétrica con- tinua passando no motor). a) Qual seria, nestas condigdes, o valor da cor- rente que iria passar no motor? ) Qual seria, entéo, a poténcia dissipada por feito Joule neste motor? ©) Comparando as respostas deste problema com {as do problema anterior, explique por que um motor elétrico pode se queimar quando ele é impedido de girar (sem que a corrente seja ‘desligada). Abateria mostrada na figura deste problema tem fle.m. ¢ resisténcia interna r. Ela esté ligada a ‘um reostato @ a uma chave S que pode abrir ou fechar o circuito. Entre as afirmativas seguintes, assinale aquela que esté errada: a) Sea chave S estiver aberta, a leitura do volt metro seré igual ae b) Se S estiver fechada e o cursor em C, a leity ra do voltimetro serd maior do que e. ©) Com $ fechada e o cursor em B, a leitura do voltimetro seré menor do que e. 6) Estando § fechada e o cursor em A, a leitura do amperimetro serd maxima. ©) Estando $ fechada e o cursor em A, a leitura do voltimetro serd nula. 41 i ® L__tyannSonnd Problema 13. Observe com atengéo 0 cifcuito apresentado na figura deste problema. Ligando-se a chave C para acender @ lémpada L,, responde: 2) Aleitura de V aumenta, diminui ou ndo se attra? ») Altura deA, aumenta,diminui ou néo seater? «) Aletura de A, aumenta, diminui ou no se aera? Problema 14. 15. Responda as questdes do problema anterior su- pondo que a resisténcia interna da bateria néo ‘soja desprezivel 16. 0 gréfico deste problema representa a voltagem lente 0s polos de uma bateria em fungao da cor- rente que ela fornece quando ¢ ligada a diferen- tes resisténcias externas. A partir destas informa- (GOes, determine: 2) A f.e.m. da bateria. b) A resisténcia interna da bateria. Probleme 16. 17. Um motor eltrico, cuja f.c.e.m. & € = 12 V, pos- ‘sui uma resisténcia interna r= 0,50 Q. Sabendo- ‘se que ele € percorrido por uma corrente i= 4,0 A, ual é a diferenga de potencial V,, que esta apl cada nos terminais deste motor? 118, Na figura deste problema, 0 motor M, de f.c.e.m. ,,6 alimentado por uma bateria de f.e.m. €,..Ob- sservando os dados fornecidos na figura e que a bateria de f.e.m. e, esta em circulto aberto, cal- cule a diferenga de potencial, Vis, entre os Pontos A e B. ge2v ectoaT 119. A figura deste problema representa um circuito elé~ ‘tico constituido de trés lampadas, L,, L; € Ly, ali- mentadas por uma bateria de f.e.m.e=32Ve resistencia intema r= 0,50 ©. Obsena-se, ao fe- ‘char-se 0 cirouto através da chave S, que as lampa- das dissipam as seguintes poténcias: P, = 30 W, Probleme 18. 20. 24. P, = 45 We P, = 45 W. Sabendo-se que, em cade 10 s, a bateria transforma 1280 J de sua energie Interna em energia elétrica das cargas, calcule 8 Corrente j, que passa na lampada Lo valor dare sisténcia, R, desta lémpade, “hae Problema 19. As resisténcias mostradas na figura deste problema valem R, = 6,0 2, Ry = 6,0 2e R, = 3,0 Q. Determine a corrente que p: cada uma destas resisténcias. Problema 20. No eircuito da figura deste problema, B,¢ 8, sto baterias de automével e M € um motor elétrco, to- dos de resisténcia intema nula, A corrente cicula 1no sentido indicado. Dizer se, em cada um dos ye- cchos seguintes do circuto, as cargas perdem, ga- nham ou nao perdem nem ganham energa: 2) Na bateria B,. 16) No motor M. b) Na bateria B. ©) No fio entre Ce. ©) Na resisténcia R. Problema 2. 22. No problema anterior, indicar qual a transforma- cao de energia que ocorre em cada um dos tre- chos menclonados. 23. Considere, para o circuito mostrado na figura des- te problema, os seguintes valores: Bateria B, (conjunto) > ¢,=10V,1,=0,59 Boteria B, + e=2Vn=19 Motor > G24V,14=059 Lampada L > R,=5a Reostato > R,-3a 0 amperimetro e 0 voltimetro sao ideais. Calcule: a) As leituras do amperimetio e do voltimetro. b) Adiferenga de potencial V.,, percorrendo o cit- cuito no sentido da corrente. ©) Repita o célculo de Vj», percorrendo 0 circul- to no sentido contrario ao da corrente. Verifi- que se 0 resultado é 0 mesmo obtido em (b).. Problema 23, 24. Uma bateria, de f.e.m. e, = 220 Ve resisténcia interna r, = 10 ©, esté colocada em um circuito, ligada em série com um motor de f.c.e.m, e,= 180 Ve resisténcia interna r, = 10.0. 4) Determine a poténcia util do motor, isto 6, a poténcia elétrica que ele converte em trabalho mecanico, ) Qual é a poténcia total que fornecida ao mo- tor pela bateria? ‘¢) Chama-se rendimento de um motor o quociente entre a sua poténcia util e a poténcia total fomecida a ele, Determine o rendimento deste motor, expressando-o sob forma percentual. 4) Chama-se rendimento de um gerador de fe.m. 2 relacao entre sua poténcia iti (potencia que fle entrega ao circuito) sua poténcia total (poténcia que ele transfere as cargas). Caleule © rendimento da bateria que esta alimentan- do 0 circuito, expressando-o sob forma percentual 25, Na figura deste problema temos duas baterias, de ‘mesma f.e.m. igual a € ¢ resisténcias interas r, © ‘5, associadas em paralelo. A f..m. da associagao igual a fe.m. de uma cas bateras, isto &, seu va- 26. 27, lor 6 igual ae. Portanto, esta associagao no ¢ feta ‘com 6 abjetivo de obter uma f.e.m. maior (como & © caso da ligagdo em série). a) Vocé consegue, entao, perceber alguma van- tagem na associacao de baterias, de mesma feum., em paralelo? b) Na figura, considere e = 12, r,=4,r,=6.2 R= 7,6 Q. Determine o valor da corrente na resistencia R, Problema 25. Sels pilhas secas idénticas, cada uma de f.e.m. gual a 1,5 Ve resistencia interna 0,4 2, s80 as- sociadas da maneira mostrada na figura deste problema. Esta associacao 6 usada para fazer funcionar um pequeno motor de f.c.e.m. igual a 41,5 V e resisténcia interna 1,4 0 (voce ja deve ter tido oportunidade de ver uma associagao ‘como esta em brinquedos, gravadores etc.). Ten= do em vista 0 que vocé aprendeu no problema 25, determine a intensidade da corrente que pas- sa no motor. Probleme 26, ‘Sabe-se que no circuito elétrico de um automé- vel, 0 cabo que leva a corrente para 0 motor de arranque (partida) esta ligado diretamente & ba- teria, ndo tendo parte em comum com os fios ‘que ligam os fardis a ela. Apesar disso, quando ligamos © motor de arranque com 0s faréis ace- ‘305, notamos uma sensivel diminuigao em sua intensidade luminosa. Por que isto ocorre? MMMM not 7 28. No circuito mostrado na figura deste problema, @ 2.9, 0 circuito foi aterrado no ponto P, © qual serd considerado como nivel de potencial (este procedimento ¢ usual na andlise dos circui- tos elétricos). Qual sera entao: a) 0 potencial do ponto A? ') 0 potencial do ponto 8? ©) O potencial do panto C? Oo Problema 29. 30. Um certo tipo de “pei elétrico”¢ capa de api car um chogue com uma voltagem de 60 V e uma corrente de 16 A, durante ms. Em cada célla 29. Duas lampadas, LL, so ligadas a uma bate- deste peixe existe uma diferenca de potencial de ria de fem, €= 12 Ve resisténcia intema r= 1.9, aproximadamente 100 mV. Geralmente, ele apii- de duas maneitas diferentes, como mostram as a uma série de choques sucessives, com uma figuras (a) (b) deste problema. Em ambos os ‘requéncia mécia de 75 hertz (sto €, 75 choques casos, os bores da ldmpada L, esto igados por por segundo). Problema 28 um fio de resisténcia desprezivel (curto-circuito) 2) Quantas células do peine estdo ligadas em sé- @.2 resisténcia de cada lémpada ¢ R= 5.0. rie para proporcionar a voltagem que ele &ca- 2) Determinar a intensidade da corrente em L, € paz de aplicar? fem L, para o caso da figura (a). ) Qual é a energia que o peixe transfere pare a ) Faga 0 mesmo para 0 caso da figura (b). vitima em cada 1s? ©) Qual é 0 valor da corrente no fio que liga L, & ©) Quantas lampadas de 60 W, 60 V, poderiam Bateria, no circuito da figura (b)? Ser mantidas acesas por este peixe? ves As questdes de vestibular se encontram no final do livro. cs problemas suplementares proc! | 1. Uma pliha seca, de f.e.m. €= 4,5 ¥, quando nova tem uma resisténcia intema de 0,05 Qe, apés um certo ‘tempo de uso, esta resisténcia aumenta para 0,25 2. Uma lampada, cujo filamento tem resisténcia igual 2 0,25 Q, 6 ligada & pilha nova e, em seguida, & pilha usada. forsactetrometrtz - Equasio docirembte a) Calcule a poténcia dissipada na lampada em ‘cada um dos dois casos mencionados. ) Quantas vezes menor tornou-se @ poténcia desta lampada ao ser ligada & pilna usaca? 2. Quando a chave C da figura deste problema esta aberta, a poténcia dissipada na resisténcia R, 6 P. Quando C esté fechada, a poténcia total dissipa- {da nos dois resistores R, 6 ainda P. Calcule o valor de R, em fungao de Ry, para o qual esta situagao, 6 observada (a resisténcia interna da bateria é des- prezivel) ‘" — Probleme suplementar 2. 3. Um motor elétrico, igado a uma tomada de 120 \, 6 percorride por uma corrente de 2 A. Travando-se (© motor, de modo que ele seja impedico de girar a corrente nele aumenta para 20 A. Caicule, para este motor: 2) O valor de sua resisténcia interna. ) Ovalor de sua f.c.e.m. 4, Um estudante desejava medir a tensao entre os ontas A e B mostrados na figura deste problema. Para isto, ele ligou entre esses pontos um voltimetro de resisténcia interna igual a 1 2. Con- siderando 0s dados constantes na figura, determi re 0 valor do erro cometido nesta medida, expres- sando-o em forma percentual ska 1 Qro Problema suplementar 4. 5. Dado o circuito apresentado na figura deste probie- ‘ma, determine o valor da resisténcia R do reostato de tal modo que seja nula a voltagem entre os pontos A e B. Problema suplementarS. 6. Uma pessoa tem a sua disposigao os elementos ‘mostrados na figura deste problema. Ela deve mon- tar um circuito em que a limpada funcione de aco do com suas especificagdes e © amperimetro indi- {que a corrente que passa por ela €) Qual a corrente que seré indicada pelo am- perimetro? ») Desenhe o cicuito que a pessoa deve montar. ww ——e " RiaRe200 7. Considere o circuito mostrado na figura deste pro- blema, onde ¢ = 10 Ve R= 10 2. Suponha que Co voltimetro e 0 amperimetro so aparelhos ide- Determine a leitura: a) Do amperimetro A, ') Do voltimetro Vv. Problema suplementor 7. 8. A figura deste problema representa 0 circuto elé- ‘rico de uma enceradeira em funcionamento. A poténcia elétrica total dissipada por ela é de 60 W sua f.c.e.m. 6 ¢= 110 V. Determine a resistén- cia interna da enceradeira. M202 10. 1. 12. Problema suplementar 8, Uma bateria, de tem. ¢ = 12 Ve resisténcia inter nna r= 20.0, fornece corrente ao condutorciinarico ‘mostrado na figura deste problema. Sabendo que a Ieitura do milamperimetvo 6 de 100 mA, determi- nea resisividade do condutor ciindrico. —— osen! & (0 three-way ov interruptor paralelo nos permite opazere ‘acendero ldmpada, quer estejamos no alto, quer no pé do ‘cada (vei 0 probieme suplementr 12). 200 e-nv Problema suplementar 9. ‘A carga total que uma bateria nova é capaz de for rnecer 6 dada, pelo fabricante, em A h (ampere hora}, como provavelmente vooé ja deve ter obser. ‘vado em uma loja especializada. Suponna uma ba- teria nova, cuja carga é de 6A: hee=12V. €) Qual é, em coulomb, a carga total que esta ba: tenia pode fomecer @ um crculto? ») Durante quantas horas esta bateria seria capaz ‘de manter acesa uma ldmpada de 60 W, 12 V, ligada aos seus terminais (suponha que a cor- rente na lampada permaneca constante)? ‘Um motor, igado @ uma bateria de f.m.e=10Ve. resistencia intema desprezivel, esta levantando um peso P = 4,0 N com uma velocidade constante v= 2,0 mvs. A poténeia dissipada por efeito Joule, ‘no motor, 6 2,0 W. Determine, para este motor: 2) Acorrente que passa por ele. ») Sua resisténcia interna. ©) Sua f.cem. Um circuit elétrieo muito comum em residéncias & Co circuito de um interruptor, denominado three-way u interruptor paralelo, usado para que seja possi- vel ligar ou destigar urna lampada L, tanto utilzan- {do um interruptor A, quanto um interruptor B, situ- ‘ados em posigdes distanciadas uma da outra. Ana- lise 0s circultos apresentacos na figura deste pro- bblema e indique aquele que corresponde 20 three- way. A 8 m . {+ Problema suplementar 12. Forsnctetremotriz -tquasiodocinemite 13, 0 circuito mostrado na figura deste problema, de- nominado circuito do potenciémetro, 6 um dis- Positive que nos permite medir com preciséo a f.e.m. &, de uma bateria X, comparando-a com a fem. e, de uma bateria padrao P. Para realizar esta medida, procede-se da seguinte maneira 1 Liga-se apenas a chave C, e desloca-se 0 cursor C ao longo do fio uniforme AB (eostato), até que a leitura do galvand- metro G se anule. Seja L, 0 valor do com- primento AC nesta situacao, ~ Abre-se a chave C, ¢ fecha-se a C,. Deslo- ca-se novamente 0 cursor C até que a lei- tura de G tome a se anular. Seja L, 0 com- primento de AC nesta nova situagéo. ‘Supondo que em uma experincia foram obtidos os valores &»= 1,48 V, Le= 32,0emeL, = 48,0¢m, determine o valor de e,. ——_ tr ei} Problema suplementar 13. 14. No circuito mostrado na figura deste problema, 0 gerador de f.e.m. e = 10 V tem resisténcia inter nna nula e a bateria, de f.e.m. e’ desconhecida, tem resistencia intema r= 1,5 0. 0 fio AB é ho- mogéneo e de secgéo reta constante. Sabendo- '8e que o amperimetro A ndo indica passagem de Corrente em uma posigao X tal que BX = (2/5) AB, determine o valor da f.e.m. e', ex10v [ * @ Problema suplementar 14. . 15. Uma bateria, de f.e.m. e e resisténcia intema r, esta ligada a uma resisténcia externa R varidvel. 8) Qual deve ser a relacdo entre R e r para que a poténcia dissiada na resistencia externa seja méxima? b) Qual é 0 rendimento da bateria nas condigaes da questao (a)? Observagéo: Para resolver este problema, voce pode- ar S2us conhecimentos de céleulo diferencial ‘@ minimos) ou relembrar seu estudo do “tindmio do 2! rau. ____ 20: UNIDADE 10 eletromagnetismo "Aurora boreol (nos céus da regiao artic), podendo-se ver também a Luo, Jipiter(ponto brhante,ne centro, deta), Morte (no centre) e Saturme (pequeno ponte brithante, mois aboixo, d direta). O belo espeticulo de «aurora (borea! ou oustral) & causado por particulas eletizadas que se ‘movimentam no campo magnético da Tera, ome veremos neste capitulo EEE 206 22.1 Magnetismo INTRODUGAO As primeiras observagdes de fendmenos magnéticos sio muito antigas. Acre- dita-se que estas observacoes foram realizadas pelos gregos, em uma cidade da Asia, denominada Magnésia. Eles verificaram que existia, nesta regifio, um certo tipo de pedra que era capaz de atrair pedagos de ferro. Sabe-se atualmente que es- tas pedras, denominadas mas naturats, sio constituidas por um certo 6xido de fer- ro. O termo “magnetismo” foi, entao, usado para designar o estudo das proprieda- des destes imas, em virtude do nome da cidade onde foram descobertos. ‘Mopa da regio onde su- postamente foram obser~ Vados os primelrosfendme- nos magnéticos. Observou-se que um pedago de ferro, colocado nas proximidades de um ima natural, adquiria as mesmas propriedades deste ima. Assim, foi possivel obter imis nao-naturais (imas artificiais) de varias formas e tamanhos, utilizando peda- ‘¢0s de ferro de formas ¢ tamanhos variados. Com o decorrer do tempo, varias outras propriedades dos imas foram sendo descobertas, algumas das quais descreveremos a seguir. POLOS DE UM iMA Verificou-se que os pedagos de ferro eram atrafdos com maior intensidade por certas partes do fa, as quais foram denominadas piles do fma. Se tomarmos, por exemplo, um fm em forma de barra ¢ distribuirmos limalha de ferro (pequenos pedagos de ferro) sobre cle, notaremos que a limalha se acumulard nas extremidades da bar- 3 ra (fig. 22-1), isto é, ela € atraida com maior intensidade para estas. §) extremidades. Portanto, um imi em forma de barra possui dois pé- los, situados em suas extremidades. y O) NL Fig. 22-1: lustragdo esquemét- ca. Um ima em forme de bare Observe onde estdo local possul dois pélos, situados en ados ot péos dese m8. suas extremidades. 0 camape magnético — 1* parte 2 Suspendendo-se um fma em forma de barra, de modo que possa girar livre- mente em torno de seu centro, observa-se que ele se orienta sempre ao longo de uma mesma diregao (fig. ). Tal dirego coincide aproximadamente com a diregdo norte-sul da Terra. Esta propriedade dos mas foi utilizada na construcio das biissolas magnéticas (fig. 22-2-b), as quais tornaram possivel a re: cextensas viagens maritimas desde tempos muito remotos. instramentos continuam sendo amplamente empregados até nossos dias. @ o N (geogratco) Fig. 22.2: Um ma (ou ogu- ( ) the magnética) suspense criento-te na diregdo nor su te-tl Mlustragdo exquemé- bee tea Os polos de um ima recebem as denominagies de“ palo norte magnético” ¢ “pélo sul magnético”, de acordo com a seguinte conver polo norte de um ima é aquela extremidade que, quando 0 ima pode girar livremente, aponta para o norte geografico da Terra. A extremidade que aponta para o sul geogrifico da Terra é 0 pélo sul do ima (fig. 22-2). sae es P Um ima suspensotiremente 4 Eorientado ma direcdo nor teu pelo campo mognético = : - E possivel que vocé jé tenha observado experimentalmente que, ao tentarmos aproximar o pélo norte de um imi do pélo norte de outro ima, notaremos que haverd uma forga magnética de repulsio entre estes pélos (fig. 22-3-a). Do mesmo. modo, observaremos que ha uma forca de repulsio entre os pélos sul de dois mas, (Gig. 22-3-b), enquanto entre o palo norte de um imi e o polo sul de outro havers MEE 208 a = uma forga de atragio magnética (fig. 22-3-c). Em re- sumo: plas magnétieas de mesmo nome se repelem epélos amagétios de nomes cntrias se atraem. A TERRA £ UM GRANDE iMA Durante muitos anos, virios filésofos e cien- tistastentaram encontrar uma explicacio para o fato deum imi (como a agulha magnética de uma bissola) se orientar na diregio norte-sul da Terra. Entretanto, a explicagdo que hoje sabemos ser correta s6 veioa ser . formulada no séoulo XVII pelo meédico inglés W. Gilbery, cients a cujos trabalhos Fil 22 Pélor moandte no campo da Eletricidade jé nos referimos no capitulo 17. Emsua obra, denominada elem e denomes contr. De magnete, publicada em 1600, Gilbert descreve um grande niimero de proprieda- 9### ¢ta=m. des dos mis, observadas experimentalmente por ee, e formula hipéteses procuran- do expliar estas propriedades. ‘Una das principais idéias que ele apresenta em sua obra é a de que a orien- tagio de uma agulha magnética se deve ao fato de a Terra se comportar como um grande ima, Segundo Gilbert, o polo norte geogréfico da Terra seria também um polo magnético que atrai a extremidade norte da agulha magnética. De modo se~ melhante, 0 pélo sul geogréfico da Terra se comporta como um pélo magnético (que atrai o pélo sul da agulha magnética. Em virtude destas forcas de atrago, a agulha magnética (ou qualquer outro ima em forma de barra) tende a se orientar 20 longo da diregio norte-sul E facil perceber, de acordo com esta explicagio, que o pélo norte geogrifico da ‘Terra é um pélo sul magnético (pois ele atrai o pélo norte da agulha) e o pélo sul geo grifico é um pélo norte magnético. Entio, para efeitos magnéticos, podemos imaginar a Terra representada por um grande ima, como se procura ilustrar na fig. 22-4. INSEPARABILIDADE Dos POLOS magne» ul pom = ‘Uma outra propriedade interessante dos {mas consiste na inseparabilidade de seus pélos: verificou-se experimentalmente que nio se consegue obter um polo magnético isolado. Qualquer {ma apresenta sempre, no minimo, dois pélos. Assim, se tomarmos um ima em forma de barra, como o ima AB da fig. 22-5, € 0 partirmos em dois pedagos, obteremos dois novos fmas, como mostra a figura. Observe que as extremidades 4 e B continuam a se comportar como um pélo sul ¢ um pélo norte, respectivamente. Entretanto, na regio em que 0 {mi foi corta- do, aparecerio dois novos pélos: em Cum pélo norte (originando um novo ima AC) em Dum pélo sul (originando outro ima DB). a a coo 8 Fig.22-5: £ impossivelobter um pélo mage néticoirolodo. © campo magnético 1° parte os de HhKAE: © @xel’Cicios de fiXagao exc! = Antes de passar ao estudo da préxima sec¢Ao, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. en ee -exercicio esté nascendo, responda: gdes, vocé pode concluir que B é um pélo norte ou a) Dos pontos M, P, Qe R, qual deles indica 0 sen- um pélo sul? wales o Graneginar a Brccinratinaee | > Una dawg py corm diga qual deles € 0 pdio norte e qual é 0 pélo sul exercicio). Indique, em uma cépia da figura, 0 da aguiha magnética, nome (norte ou sul) de cada um dos pélos A, C, D, E, Fe B assim obtidos. LS ° i ' 2. Suponha que vocé possua alguns ims nos quais. Exercicio 3. assinalou quatro pélos com as letras A, B, Ce D. Vocé veriica que: 4, 2) 0 polo norte de uma agulha magnética 6 atraldo — op6ioA repele 0 pélo 8; 0u repeldo pelo pélo norte geografico da Terra? — opéioA atrai o polo C; 1) Entéo, 0 polo norte geogréfico da Terra é um — opélo C repete 0 pbto D; pélo norte ou um pélo sul magnético? 22.2. letromagnetismo O Magnetismo foi se desenvolvendo com o estudo das propriedades dos mis, algumas das quais foram descritas na seco anterior. Nao se suspeitava, ‘entio, que pudesse existir qualquer relagio entre os fendmenos magnéticos e os fendmenos elétricos. Em outras palavras, o Magnetismo e a Eletricidade eram considerados dois ramos da Fisica totalmente independentes e distintos um do outro, Entretanto, no inicio do século XIX, um fato notivel determinou uma mu- danga radical neste ponto de vista. Este fito, observado pelo professor dinamar- qués H.C. Oersted, veio mostrar que hé uma intima relagio entre a Eletricidade eo Magnetismo, ao contrério do que se pensava até entio. A EXPERIENCIA DE OERSTED Em 1820, trabalhando em seu laboratério, Oersted montou um circuito elétrico, tendo nas proximidades uma agulha magnética. Nao havendo corrente no circuito (circuito aberto), a agulha magnética se orientava na diregao norte- sul, como ji sabemos. A montagem apresentada na fig. 22-6-a é semelhante Aquela feita por Oersted. Observe que um dos ramos do circuito (0 fio AB) deve ser colocado paralelamente a agulla, isto &, deve ser orientado também na dire~ lo norte-sul. ‘Ao estabelecer uma corrente no circuito, Oersted observou que a agulha magnética se desviava, tendendo a se orientar em uma direcao perpendicular 20 22-6-b). Interrompendo-se a corrente, a agulha retornava 3 sua posi- , 20 longo da diregio norte-sul. Estas observagdes realizadas por Cersted mostravam que uma corrente elétrica podia atuar como se fosse um imi, provocando desvios em uma agulha magnética. Verificava-se, assim, pela primei- ra ver, que existe uma relagio entre a Eletricidade e Magnetismo: uma corrente elétrica €capaz de produzir efeitas magnético. () N 1=0 Percebendo a importincia de sua descoberta, Oersted divulgou o resultado de suas observagdces, que imediatamente atraiu a atencio de grandes cientistas da Epoca. Alguns deles passaram a desenvolver pesquisas relacionadas com o fend- ‘meno, destacando-se o trabalho de Ampére. Em pouco tempo, gragas a estas pes- uisas, verificou-se que qualquer fendmeno magnético era provocado por cor- rentes elétricas, isto é, conseguia-se, de modo definitivo, a unificagio do Magne~ tismo ¢ da Eletricidade, originando 0 ramo da Fisica atualmente denominado Eletromagnetismo. Fig. 22-6: Uma opuhe mognética, colocada’ net proximidades de um flo que cconduz ume corrente ele. ‘rica tende o 4 posiconar pperpendieviarmente co fo Mustragdo esquemétice. ‘erga magnon Fig.22-7: lustragdo exque- mmatlea. Quando duge cor sas eldeleasext80 em mo- ‘mente, manifertone entre as olém da forca eléuiea, ‘ume forga magnética, parte © FATO BASICO DO ELETROMAGNETISMO ‘Como resultado dos estudos que acabamos de citar, fi possivel estabelecer © principio basico de todos os fendmenos magnéticos: quando duas cargas elétricas estdo em movimento, aparece entre elas unta forga que é denominada forga magnetica. ‘Ja sabemos que quando duas cargas elétricas estio em repouso, existe centre elas uma forga, denominada forga eletrostética, que foi estudada no ca~ pftulo 17 (Lei de Coulomb). Quando as duas cargas esto se movendo, além da forga eletrostitica, aparece entre elas uma nova forca, que é a forga magné- tica. Por exemplo: na fig. 22-7, a carga Q em movimento exerce sobre a carga 4, também em movimento, além da forga eletrostética, uma forga magnética F, como esti indicado na figura. “Todas as manifestagdes de fendmenos magnéticos sio explicadas através desta forga entre cargas em movimento. Assim, 0 desvio da agulha na experi- éncia de Oersted € devido & existéncia desta forca; € também ela a responsével pela orientagio da agulha magnética na dirego norte-sul; a atragdo e repulsio entre os pélos de fmas & ainda uma conseqiiéncia desta forca magnética. Conforme veremos no capitulo seguinte, existem cargas em movimento na estrutura atémica de um ima que sio responsiveis pelas propriedades magnéticas que ele apresenta. Podemos, entio, salientar o seguinte fato basico, que é o fundamento dos fendmenos magnéticos: quando duas cargas elétricas esto em movimento, manifesta-se entre elas, além da forca eletrostatica, uma outra forga, denominada forca magnética. Antes de passar ao estudo da préxima seco, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 5, Na figura deste exercicio, uma corrente de grande {es um flo no qual passa uma corrente continua de intensidade esté passando por um flo, situado act- grande intensi . Voce acha que a bissola in- ‘ma de uma agulha magnética, Hé um erro nesta f- ‘icaré & pessoa a orientagéo coreta? gure. Qual é este erro? Exercci 5, 7. Um flo condutor de eletricidade esté embutido em uma parede. Uma pessoa deseja saber se existe, ‘ou no, ume corrente continua passando pelo fio. Explique como ela poderd verificar este fato usando ‘uma egulhe megnétice. 8, Considere dues cargas elétces Q, © Q,, préximes uma da outre. Diga Se exists entre elas uma forga eletrosthtica ¢ uma forge megnétice em cada um dos sequintes casos: 2) Q,€ Q,estdo ambas em repauso, 6. Uma pessoa esté usando uma bissola magnética ©) Q,estd em movimento e Q, est em repouso. para se orienta. Entretanto, existe nas proximida- ©) Qe Q, esto ambes em movimento. M212 — = 22.3. Campo magnético © QUE SE ENTENDE POR CAMPO MAGNETICO ‘Vimos, na secgZo anterior, que uma carga elétrica em movimento exerce uma forca magnética sobre outra carga que também esteja se movendo (fig. 22-7). Po- demos deserever este fato de uma outra maneira, dizendo que uma carga em ‘movimento cria no espago em torno dela um campo magnético, o qual araa sobre a ‘outra carga também em movimento, Como voce deve estar lembrado, um proce- ;mento semelhante foi usado no capitulo 18, quando estudamos o campo elério. Diziamos, naquele capitulo, a0 analisarmos a interagao eletrostitica entre duas ‘cargas Q eg, que a carga Q cria um campo elétrico, o qual exerce uma forga eletrostitica sobre g ‘Assim, na fig. 22-7, podemos dizer que a carga Q, em movimento, cria um campo magnético no espaco em torno dela e este campo atua sobre a carga 4 também em movimento, Portanto, dentro deste ponto de vista, a forga magnéti- ca em 7é devida & existéncia do campo magnético criado por Q. Podemos, pois, destacar: ‘uma carga em movimento cria, no espago em torno dela, um campo magnético que atuara sobre outra carga, também em movimento, exercendo sobre ela uma forga magnética. Deve-se observar entio que, se existir uma corrente elétrica passando por ‘um fio, havera um campo magnético no espago em torno deste fio, pois uma cor- rente elétrica, como sabemos, é constituida por cargas elétricas em movimento. Da mesma forma, no espago em torno de um ima também existe um campo mag- nético, pois, como ja dissemos, no interior do ima temos cargas elétricas em mo- vvimento que estabelecem este campo. © VETOR CAMPO MAGNETICO Consideremos uma regio do espago onde existe um campo magnético. Este campo pode ter sido criado tanto por uma corrente vamos definir um vetor, representado por B ¢ denominado vetor campo magnético (ou vetor inducio magnética), que sera usado para caracterizar 0 campo magnético em cada ponto do espaso. 1) Diregao e sentido de B — O ima cujo pélo norte esté mostrado na fig. 22-8 cria um campo magnético no espago em torno dele. Colocando-se no ponto P, uma pequena agulha magnética, o campo magnético af existente atuard sobre as cargas méveis desta agulha, fazendo com que ela tome uma certa orientagio. A diregio do vetor campo magnético B, neste ponto ¢ por definigdo, a diregao na qual a agulha se orienta e 0 seu sentido é 0 em um fio quanto por um ima. De modo semelhante ao que foi feito para o campo elétrico, | Ps => Ps “= Fig. 2248 O compo mognético ‘um ponto exté orlentado na direcdo © sentido aul-norte de uma agulh meg- nética colocada neste ponte. sentido para o qual aponta 0 pélo norte da agulha. Observe entio, na fig. 22-8, o vetor B, que representa 0 campo mag- nético existente em P, De maneira andloga po- demos colocar pequenas agulhas magnéticas nos pontos P,, P, etc,, € assim obter a direcio € 0 sentido dos vetores campo mag- nético B,, B, etc., em cada um destes pontos (veja a fig. 22-8), ‘A agulha mognética indica, em cada posledo,« deed eo sentide do can- po magnéticeeriado pelo m8. 2) Médulo do vetor B — Suponhamos que no ponto P mostrado na fig. 22-9 exista um campo magnético B com a diregio ¢ o sentido indicados na figura (que jé sabemos como determinar). Se uma particula, eletrizada com uma carga posi- tivag, for langada de maneira a passar no ponto P com uma velocidade ©, sabe~ ‘mos que o campo magnético exercerd sobre esta carga uma forca magnética F Verifica-se que esta forga é perpendicular ao plano determinado pelos vetores 8 eB, como esté mostrado na fig. 22-9. Realizando medidas cuidadosas, os cientistas verificaram que o médulo da for- ga magnética F depende do valor da carga y, do médulo da velocidade 3 e do Angulo @ formado pelos vetores 1 e B (veja a fig. 22-9), tendo sido obtidas as seguintes relagOes: Feqg Fev Fesen@ Foi possivel, entio, concluir que Fequsen® — donde g =comstante qusen ( valor desta constante foi tomado, por definigo, como sendo 0 médulo de B no ponto P, isto é, Ag baparn defo Mretocnpel mee Secs ents oa ov [eBresene | Deve-se observar que o valor de B constante para um dado ponto, mas para pontos diferentes teremos em geral valores diferentes de B. Em outras pala- vras, o médulo do campo magnético é bem determinado para um dado pon- to, podendo, entretanto, apresentar valores diferentes em diferentes pontos do espaco (como vimos, 0 mesmo ocorre com a intensidade de um campo elétrico) 214 DIREGAO E SENTIDO DA FORGA MAGNETICA Na fig. 22-9 vimos que a diregio da forga que um campo magnético exerce sobre uma carga em movimento é perpendicular ao plano determinado pelos vetores 3 ¢ B. Logo, a forga magnética F é perpendicular a cada um destes vetores, isto 6, Fils oe FiB Quanto ao sentido da forga F, existem varias regras priticas que nos permitem determiné-lo. Vamos descrever uma delas, denominada “regra do tapa”, com a qual trabalharemos em nosso curso. De acordo com esta regra, para obtermos o sentido da forga magné- tica que atua em uma carga positiva em movimento, devemos proceder da seguinte mancira: dispomos a mao direita aberta da maneira mostrada na fig. 22-10, com o dedo polegar dirigido ao longo do vetor @ e os demais dedos orientados a0 longo do campo magnético B; 0 sentido de F sera aquele para onde fica voltada a palma da mio, isto &, 0 sentido do movi- mento que deveria ser feito para dar um tapa com a palma desta mio (veja Fig. 22:10; Diposcio a fig. 22-10). ie areas pars phase ‘Se a carga lancada no campo magnético for negativa, o sentido da forga Siman sens, seri contririo Aquele da forga que atua na carga positiva, Neste caso, voce poders ainda usar a regra do tapa, mas ndo deverd se esquecer de inverter 0 sentido indicado por ela. Resumindo que estudamos sobre a forga magnética, temos quando uma particula eletrizada positivamente com uma carga q passa com uma velocidade em um ponto onde existe um campo magnético B, ela fica sob a a¢io de uma forga magnética F com as seguintes caracteristicas: médulo: F = Bqv sen 0, onde 0 € 0 angulo de # com B diregio: F é perpendicular aie B sentido: dado pela regra do tapa, ilustrada na fig. 22-10 Se a carga q for negativa, o sentido da fora magnética sera contrario aquele que é observado para a carga positiva. (0 campo magnético — 1° parts SEE 2 COMENTARIOS 1) Da definigio do médulo do vetor B podemos obter sua unidade de medida no S.I. Teremos, evidentemente, a partir desta expressio ¢ lembrando que sen € adimensional (no possui unidades): et N__,N CHm/s)(C/s)-m Asm Esta unidade € denominada | tesla = 1 T, em homenagem ao cientista iugoslavo Nikola Tesla, responsivel por importantes descobertas tecnol6gicas, no campo do Eletromagnetismo. Por razbes que poderio ser entendidas ‘quando 0 capitulo 24 for estudado, esta unidade costuma também ser denomi- nada 1 weber/m Am © — @+—* 2) Suponha que uma carga g seja langada em um campo magnético de tal modo . 2 . que a direcio de sua velocidade 3 coincida com a diregio de B. Se o sentido <2_g—__8, de # for o mesmo de B (fig. 22-11-a), teremos 0 = 0 ¢, se & tiver sentido con- : trio a B (fig. 22-11-b), teremos 8 = 180°, Em ambos 0s casos tem-se sen € a expressio F= Bgv sen @ nos mostra que a forca magnética sobre a particu- Fig, 22: quemétice. Um ‘campo la ser nula. Portanto, um campo magnético nio atua em uma carga quando Imainduce nde ota sm ela esté se movendo paralelamente 20 vetor B. raelamente a8. 3) Sabemos que uma agulha magnética, colocada em qualquer ponto da superficie terrestre, orienta-se na direio norte-sul. Assim, podemos concluir que existe ‘um campo magnético em todos os pontos da superficie da Terra, orientado do sul geogrifico para o norte geogrfico. Este campo, denominado campo mag- nético terrestre, existe em virtude de a Terra se comportar como um grande fra. Tesla endo colmamente sob at cantehes que soltam de dispo- sitvoselétrices construldos por ‘lemesme, MMMM ai O valor do campo magnético criado pela Terra é pequeno, comparado com © campo magnético da maioria dos {mis com os quais lidamos normalmen- te. O campo magnético terrestre tem médulos diferentes em diferentes re- gides, apresentando um valor em torno de 10° tesla. Apesar de no ser mui- 10 intenso, nio devemos nos esquecer de que o campo magnético da Terra é suficiente para atuar sobre as agulhas magnéticas, orientando-as na direga0 norte-sul, LINHAS DE INDUGAO De maneira semelhante ao que foi feito no capitulo 18, quando representamos 0 campo elétrico por meio de linhas de forga, também se usa tracar linhas para representar 0 campo magnético. Estas linhas, denominadas linbas de inducdo, devem ser tragadas de tal modo que 0 vetor B seja sempre tangente a elas em qualquer um de seus pontos. Além disso, nas regides onde o campo magnético € mais intenso, as linhas de indugdo devem ser tragadas mais prOximas umas das outras. Lembre-se de que estas mesmas convengdes eram adotadas para se tragar as linhas de forga de um campo elétrico. Na fig, 22-12-a mostramos as linhas de indug&o do campo magnético A diresdo.eo rentido des Ie criado por um ima em forma de barra. Deve-se observar que, a0 contrério das "has de Indugde de um linhas de forga, as linhas de induglo sfo fechadas: elas emergem do pélo norte, Fd) Na questo anterior, determinara clregdo e o sentido da forga que etua no elétron. Para tanto, devemos usar novamente a regra do tapa: o polegar da méo airelta orlentado a0 long de (sindo da tha de papel eos demas dedos apontando no santo de B (ig, 22-15) K Vemos que, assim, a palma da méo direlta estd voltada para o lado esquerdo da figura. Y Como a carge do elétron & negatha, concluimos que atvaré sobre ele uma forga F vottada Fig. 22-15: Esquema para ara a dlrelt, como mostra a fig, 22-15 (observe que a diregéo de F perpendicular a Ve ‘exemple da secede 22.3. _, estando, portanto, no plano da folha de papel). © @xel"Cicios de fiXAgao exelCicios de Antes de passar ao estudo da préxima sec¢ao, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 9. Nos pontos P,P, € P, existe um campo magnéti- 0 criado pelo ima cujo polo sul esté mostrado na figura deste exercicio. Observe as orientagoes das Pequenas agulnas magnéticas colocadas nestes Pontos e desenhe, em uma cépia da figura, 0 vetor que representa o campo magnético em P,, em P eemPy, Exerciio 9. 10. A figura deste exerciclo apresenta algumas linhas. {de incugéo do campo magnético terestre. Mostre, ‘em uma cépia da figura, 0 sentido destas linhas € responda: no pélo norte geogréfico elas estéo centrando na superficie da Terra ou saindo dela? Bpique. 4141. Suponha que no cho de uma sala estejam tragadas duas linhas perpendiculares, CD e EF, ‘sendo que EF indica a diregdo oeste-leste (veja a figura deste exercicio). Desenhe, em uma cépia da figura, o vetor que representa o campo magnético {a Terra no ponto P. Exereielo 11. 42, Uma paricula élangada em um campo magné- tico uniorme com uma velocidade ¥,formando Um angulo 6 com o vetor 8, Diga qual deve ser © valor de 6 para que a forga magnética na parila sea: 2) ula, ) Maxima, 13. Uma pantcula, de carga q= 2,0 10°C, élangace ‘em um campo magnético uniforme B = 0,30 T, com ‘uma velocidade v = 5,0 x 10° m/s, que forma um ‘ngulo 8 com B. Calcule o valor da forga magnét cca que atuaré na particula suponde que o valor de Oseja: ao" ©) 90° ) 30° 9) 180° 14. Considere um ima de pélos planos e paralelos, como mostra a figura deste exercicio. Supon- do que a distancia entre estes polos seja pe- quena: a) Desenhe, em uma cépia da figura, algumas li thas de indugao do campo magnético criado pelo ima no espaco entre os pélos.. ) Ao nos deslocarmos, neste campo, de C pare D, para E € para F, 0 vetor 8 varia ou permane: ce constante? Explique. ° I | : Exerceio 14, 415. Na figura do exerccio anterior, considere que uma particula eletrizada positivamente tenha sido Tangade entre 08 pOlos do ima. Use 2 regra do ‘apa para determinar a diregdo e o sentido de for 2 magnética que atuaré sobre @ particula em cada um dos seguintes casos: @) Apartcula & langada de C para €. ») Apartculaé langaca de D para F. ©) Apartcula € langada penetrando na folha de papel. 416. Responda as questées do exerciclo anterior su: ondo que a partculalangada entre 0s pblos do im estea eletrizada negativamente. © campo magnético — 1 part 22.4.Mevimento circular em @ w x um €aimpe magnético Freqiientemente trabalhamos com vetores perpendiculares a um certo p no que podem estar penetrando no plano ou saindo dele. Por exemplo: na seccio anterior, encontramos situagdes nas quais ora um vetor, ora uma forga, ora uma velocidade, ora um campo magnético, se apresentava perpendicular ao plano da Fig.22-16: Representacao de vetores perpendiculores 2 fotha de papel; em (a) pe- netrendo e em (b) saindo a fotha. indicada na fig. 2. da folha de p idéia de uma flecha vista pela sua parte posterior, isto é, se afastando do leitor. Em (b) esta representado um vetor saindo da folha de papel, isto é, procura-se folha de papel. Nestas condigdes, os vetores costumam ser representados da maneira 16, Em (a) esté representado um vetor perpendicular ao plano apel e penetrando nela. Esta maneira de representar procura dar a dar a idia da ponta de uma flecha que esté voltada para o leitor. a @ xX ex «x x x x x x x Px x Fig. 22:17: Esquema de particule cletrizada desere~ vendo trejetéria circular no Eampe magnétco, CARGA LANGADA COM ¥ PERPENDICULAR A 5 Na fig. 22-17 representamos um campo magnético uniforme B usando a convengio que acabamos de descrever. Observe que este campo esti penetrando na folha de papel. ‘Uma particula eletrizada positivamente com uma carga € langada, do ponto P, no interior do campo, com uma velocidade 3. Como mostra a fig. 22-17, esta velocidade, estando no plano do papel, é perpendicular 20 campo magnético, isto 6, o vetor 3 é perpendicular ao vetor B. Usando a regra do tapa, verifica-se que a forga magnética F que atua sobre a particula no ponto P tem o sentido mostrado na figura. Como sabemos, esta forca é sempre perpendicular ao vetor 3. Entio, a forga F provocar uma ‘modificagio na dire¢io da velocidade da particula sem, entretanto, alterar 0 seu médulo, Assim, a particula descreveré uma trajetéria curva ¢ a forca magnética atuard continuament ;obre ela, mantendo-se sempre perpendicular a sua vel dade. Como conseqiiéncia disto, a trajetéria da particula seri uma circunferén- cia, 0 6, 0 movimento desta particula, dentro do campo magnético (Gob a agio apenas da forga magnética), ser um movimento circular uniforme (fig. 22-17). Fig 22-1 ‘ia. do campo magnético e, em (b), sob a agdo de campo mognético. Feixe de elétrons lancados por um canho eletrénico.Em (a),na ausén- As fotografias apresentadas na fig. 22-18 confirmam experi- mentalmente 0 que acabamos de afirmar. Em (a) vemos um feixe de elétrons, lancados vertical- mente para cima por um dis- positive especial denominado “canhfo eletrdnico”. Aplicando- se, na regio onde existe o feixe, um campo magnético uniforme, perpendicular ao plano da foto- grafia, o feixe se curva e os elé- trons passam a descrever um mo- vimento circular, como mostra a fig. 22-18-b. = 2 G20 RAIO DA TRAJETORIA DESCRITA PELA CARGA Podemos calcular facilmente o raio R da trajetéria circular que a particula eletrizada descreve dentro de um campo magnético uniforme. Para isto, basta observar que a forga magnética F proporciona a forga centripeta necesséria para 4 particula descrever o movimento circular. Entio, podemos escrever: Fem onde —m€amassa da parieula, Por outro lado, sabemos que a forga magnética é dada por F = Bgy sen 8 ¢, como neste caso tem-se @ = 90° (pois @ perpendicular a B), vird ge Igualando estas duas expresses de F, teremos: mia Bq donde [3] Este estudo que acabamos de fazer encontra uma importante aplicagio na Fisica Moderna, que seré descrita no Tépico Especial apresentado no final deste capitulo. Exemplo Suponha que o raio da trajetdria descrita pelos elétrons na fig, 22-28 seja R= 5,0 om. SSabendo-se que 0 médulo do campo magnético aplicado ao feixe é B = 6,0 x 10* T, deter- rminar a velocidade com que o¢ elétrons so emitidos pelo canhdo eletrdnico. fata veloldade & mesma que os eétons posevem ao descr 0 movimento cular Assim, R=™ vem v= Bah ‘Na abel que 0 encontre no fal deste volume, otemos a arg qe massa m do tron: q=16x10%C © m=91x10%Kg v= Bah Su see X50%107 onde v25,2% 10" ms Como vocé pode perceber, a velocidade dos elétrons, nesta experiéncia, é multo levada. : Clos de f1MAGA0 exe Cicios de f1XAg&o exel’Cicios de fi; Antes de passar ao estudo da préxima seco, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 17. Analise os diagramas apresentados na figura deste b) Qual 6 a diregdo e 0 sentido da forga magnética ‘exerccio e responds: que atua na carga q negatva, movendo-se com 2) Qual 6 a diregéo € 0 sentido da forga magnétioa a velocidade 7 no campo magnético B mostra | ue atua na carga q positva, movendo-se com dos no diagrama (b). | @ velocidade 7 no campo magnético 8 mostra- ©) Qual é a diregdo e 0 sentido do campo magnéti- dos no diagrama (a). co que exerce carga positiva q a fore magnética F mostrada né diagrama (c). Sabe- se que 6 6 perpendicular & velocidade 7 da carge a. ) i @ x x x a o) v@a = Cc) * Exerccio 17 18. Uma particula eletrzada positivamente, colocada ‘em um campo magnético uniforme, é lancada para a direita com uma velocidad 7, como mostra a figu- ra deste exercicio. Desenhe, em uma cépia da figura, a trajetéria que a particula descreverd. 19, 20. 21. Ocampo magnético—1* parte Exerciio 18. 'No exercicio anterior, desenhe a trajetoria da part ‘ula suponde que sua carga seja negativa, Na fotografia da fig. 22-18, dizer se 0 campo mag- Nético que foi aplicado ao feixe de elétrons esta ‘entrando na folha de papel ou saindo dela. Considerando 0 movimento das elétrons mostrados ra fig. 22-18, dizer se 0 raio da traet6ria descrta pelo feixe aumenta, diminui ou néo se altera em ‘cada um dos seguintes casos: 4) 0 canhao eletrbnico passa a emitir 08 elétrons com uma velocidade duas vezes maior ') 0 valor do campo magnético aplicado ao feixe ‘duplicado. ©) As moditicagoes descritas em (a) e (b) sao feitas simultaneamente. 22.5.For¢a magnética em um comdutor FIO CONDUTOR EM UM CAMPO MAGNETICO Consideremos um fio retilineo, de comprimento L, percorrido por uma corrente i, colocado em um campo magnético em uma direglo perpendicular a0 vetor B, como mostra a fig. 22-19. Sabemos que a corrente elétrica no fio pode ser considerada, para todos 0s efeitos, como sendo constitu/da por eargas posit ‘vas em movimento. Entio, 0 campo magnético B atuara sobre estas cargas m« veis, exercendo em cada uma a pequena forga f.. Usando a regra do tapa, vocé podera encontrar facilmente o sentido de. Aplicando esta regra a situagio mostrada na fig. 22-19, vocé verificard que a forca que atua em cada carga mével da corrente tem o sentido ali indicado. a @® OF Problema I7. 48. a) Descreva qual a ofientagéo que uma apulha ‘magnética tomaria se fosse colocada exatamen- te no po sul magnético da Terra. ) Entéo, qual é a diregao e 0 sentido do campo ‘magnético terestre neste porto? 419. Considere um ciclatron, como aquele que foi des- certo na Topco Especial deste capitulo. Moste que 0 tempo decorrido entre a entrada e a saida de un fon em um D do ciclotron 6 dado por At = nm/Bq, onde m e q so a massa © a carga do fon e B60 valor do campo magnétco existent no citation 20. No problema 17, supanha que, apés a bara inc ar seu movimento (partinda do repouso), a co rente através dela seja mantida constante, com 0 valor = 10 A. Se 0 coeficiente de atito cinétco entre a barra © 0s fos & u, = 0,20, calle a cs- ‘ncia que esta barra percorre em 0,60 s (con sidere g= 10 mis). Ocampo magnético = 1 parte 0 21. Explique por que as linnas de indugao nao devem ser chamadas de linhas de forga do campo magné- to. 22. Suponha que a resisténcia intema (das espiras) do amperimetro mostrado na fig. 22-22 seja igual a 2,0 2. Como podemos obsenvar na figura, a méxi- ‘ma deflexdo do ponteiro (a partir do zero central) corte quando ele 6 percorrido por uma corrente de 5A. 2) Procure descobrir como se provede, na prética, para que seja possivel usar este aparelho para ‘medi correntes superiores a 5 A (mantendo a posigo do 2er0 central. ') Caleule 0 valor da resisténcia que deve ser asso- clad @ resisténcia interna do aparelho para que ele seja capaz de medir correntes de até 25 A (mantendo 0 zero central). 23. Uma particula de massa m, eletrzada negativa- mente, é langada com velocidade 7 em um campo uniforme, cujas linhas estéo representadas na figura deste problema (V ¢ paralela as linnas do ‘campo). Suponha que nenhuma outra forga, além daguela que poderia ser exercida pelo campo, atue sobre a particula. Diga 0 tipo de movimento (ue a particula tera, supondo que as linhas repre- sentern um 4) campo e'étrico. ) campo magnético. ©) campo gravitacionel. Problema 23. 24, Uma placa metélica é ligada, nos pontos Pe Q, aos polos de uma bateria (veja a figura deste probie- ma). Aplicando-se & placa o campo magnético uni- forme 8, vertica-se que uma diferenca de potenc- al Va aparece entre as laterai, M e N, da placa. Analise a siuagio apresentada ¢responda: 4) Qual € 0 sentido do movimento dos eons ra placa, em vitude da vltagem apicada pela ba- ters? 2) Qual é0 sentido do daslocamento dos elton, ‘causado pelo campo magnético 5 ? 25, ©) 0 potencial de M 6 maior ou menor do que o po: tencial de N? Problema 24. Suspendendo-se uma pequena berra magnética por seu centro de gravida, usando-se um fo fe- 1, verfica-se que ela tome uma posigéo inclna- da em relagdo & supericie da Tera (fig. |, deste problema), sto é, ele forma um certo nut ® com 2 horizontal, Isto mostra que o campo magnético terrestre possui uma componente herzontal 8, € ‘uma componente vertical. 0 magnético Problema 25. Observe a fig, I deste problema, que mostra a5 I- nas do campo magnético da Tera, e respond 2) Qual o valor da componente 6, deste campo, no pélo norte magnéteo. Na posigéo P, mostrada na fig. I, a componente &, aponta para cima ou para bai? ©) Seabaramagnétca forsuspensa demanciramos- trada na fi. |, posigéo Q dag I el fcard inc- nada com seu po norte para cma ou para bebo? 27. 26, A figura deste problema apresenta um aparelho de- ‘ominado espectrémetro de massa, muito usado nna Quimica e na Fisica Modema para se medir a ‘massa do tomo de um elemento quimico. Uma fonte F produz étomos ionizados, com carga +4, praticamente em repouso, que $80 acelerados por uma voltagem V, adquirindo uma velocidade v. Es- ses fons penetram em uma regiao onde existe um ‘campo magnético uniforme 8, na qual descrevem uma tajetéria semicircular de raio R, atingindo uma chapa fotogrética, em um ponto que fica ali registrado. a) Mostre que a velocidade v com que um fon penetra no campo magnético € dada por v=, 2qvim. ) Observou-se que um feixe de ions, de mesma carga +a, constituido por is6topos de um mes: ‘mo elemento, ao penetrar na regjao onde existe © campo magnético, dividiu-se em dois feixes, ‘coma mostra a figura. Explique por que ocorreu. esta separagao. ©) Deduza uma expresso que fornega @ massa m de cada is6topo quando ¢ conhecido 0 valor da carga q e sdo medidos , Re V. Problema 26, Um aispositivo muito encontrado em antigos la- boratérios de ensino de Fisica, denominado roda de Bariow, 6 representado na figura deste pro- blema. Ele 6 consttuiéo por uma roda dentada metdlica, que pode girar em torno do eo 0, por um recipiente contendo mereurio, no qual hi sempre um dente mergulhado, Um dos p6los de uma bateria € ligado a0 eixo O da roda, en- ‘quanto o outro pélo & posto em contato com 0 mercirio, que, como vocé sabe, 6 um metal I- quido. Um campo magnético B'é aplicado per- pendiculermente 20 pleno da roca, na regiéo MNPQ mostrada na figura (por exemplo, por meio de um fm em forma de U, que abarca a rode entre seus pélos). 2) Observando a figura, descreva 0 que ocorre com @ roda dentada quando a chave C & fe- chada. ') A roda de Bariow funciona de maneira semé Inante a um aparelho estudado neste capitulo, Qual é este aparelho? c. Problema 27. 28. Um fio metéico MIN € ligado a uma bateria e colo: cado verticalmente dentro de um campo magné Co uniforme B, da maneira mostrada na figure des te probiema, €) Trabalhando com a corrente conwencional, de- termine a diego e 0 sentido da forga magrét ‘ca F que atua no fio MN. ') Como sabemos, a corrente real que existe en MN 6 constituida por elétrons em movimento Qual € 0 sentido da corrente de elétrons em MN? €) Trabalhando com a corrente de elétrons, deter mine a diregao e o sentido da forga magnética F ‘que atua em MN. ) Sua resposta & questo (c) concorda com ares posta encontrada na questéo (a)? Problema 28. 9A Solugdo desse problema é uma con- firmagéo do que fol dito anteriormente: @ corrente de elétrons em um fio & equivelente a corrente convenciona, 29. Um fede de elétrons, cada um com energs Cinética €,, penetra em uma regiao MNFQ, onde existe um campo magnético 8, como mostra a f- gura deste problema. A uma distancia d do ponts onde os elétrons entram no campo, existe ume placa NP. Determine o minimo valor do médilo de Ocampo magnético para que nenhum elétron do feixe atinja a placa, Expresse sua resposta em termos de E., de d, da massa m do elétron e do modulo q de sua carga. Problema 29, Uh: queStGes de vestibullar (west 30. 0 condutorrigido MN, com a forma mostrada ne f- ura deste problema, esta colacado em uma regibo ‘onde existe um campo magnético uniforme 8, per- PPendicular ao plano da figura e saindo da pagina. O ‘condutor € percorido por uma corrente i, no senti- do mostrado. Sendo d 0 comprimento do lado de ‘cada matha,calcule o médulo da forca magnética re sultante F que atua no condutor MIN, {jw {| iw Probleme 30. |_ As questdes de vestibular se encontram no final do livro, problemas suplementares | 1. Um préton é langado com velocidade V, dentro de um campo magnético uniforme, 6, vertical, para cima. A velocidade 7 do préton forma um angulo @ com a horizontal e, nessas condigées, a particula descreve uma trajetéria helicoldal (hélice), como | aauela_mostrada na figure deste problema (apresente as respostas das questées seguintes. ‘em fungao de v, 8, B e da massa m e da carga q do préton), a) Determine o raio r da trajetiria helicodal ') Calcule 0 periodo do movimento do préton.. ©) Adisténcia p, mostrada na figura, 6 denominada ppasso da hélice. Determine seu valor, Problema suplementar I. 2. Supona que uma pessoa decidisse caractenzar 0 ‘campo magnétice por meio de um vetorD, em lu {ar do vetor 8 que jé conhecemos. Este vetor fo! detirido pela reiagdo O = Fi, onde F & a forca magnética que atua na carga q (observe que a det niga ce 6 fi feta por analog com a defnigéo do vetor eampo eli E) Explaue por que o vetorD, assim defrido, ndo seria adequado para caracte- rear um eampo magnetic. 3. Uma partcula neutra (carga total nula) est em re- Pouso em um campo magnético uniforme 8, Em Um dado instante, ela se desintegra em duas parti- ‘uias eletrzadas, Pe P,, de mesma massa m, que Partem em sentidos opostos com velocidades per- pendiculares a B. Decorrido um intervalo de tempo At apés a desintegragao, P, e P, colidirdo, sem ter ssaido do campo. Obtenha a formula que fornece At fem termos de B, de m e do médulo q da carga de cada particula. ‘A figura deste problema representa as trajetérias de duas particulas eletizadas, P, e P,, que pene- tram num campo magnético uniforme orientado PPerpendicularmente para dentro do plano do papel. os Ges de vestildull: jas suplemen A particula P, penetra no ponto A € sai em C, en- ‘quanto P, penetra em B e sai em A, a) Quais so 0s sinais das cargas a, © q, dessas particulas? b) Sendo fal = lal vs =v, @AB = BC, qual & a rela- (G20 entre as massas m,e m, das particulas? ° Problema suplementar 4. ‘Uma barra condutora metélica MN est apoiada sobre dois thos, também condutores, separados por uma distancia ¢ = 1,0 m (veja a figura deste problema). Os trlhos sao muito lisos e formam ‘com a horizontal um angulo © = 45°. Existe na re- ‘0 um campo magnético vertical, para cima, de médulo 8 = 0,20'T. A bateria forece uma corrente 7 2 barra, tal que ela permanece em equilibrio na posigao mostrada. Sabendo que a massa da barra 6 m = 100 g, determine a intensidade e 0 sentido dda corrente i (considere g = 10 mvs"). Problema suplementor 5 Uma barra metalica, de comprimento £ = 20 cme de massa m = 60 g, 6 articulada sem atrito em um onto 0, como mostra a figura deste problema. Na regiéo onde a barra se encontra ha um campo magnético de médulo B = 0,20 T (veja a figura. (Quando a barra toca a superficie do Hg contido no Problema suplementar 6. recipiente mestrado, uma corrente i, fomecida pela bateria, éestabelecida nessa barra. Verifica-se, en- to, que ela fice em equilbrio nesta posigao, for ‘mando um Angulo 0 = 30° com a vertical. Conside- anda g = 10 ms', calcul o valor de. ‘Uma barra condutora, de 1,0 m de comprimenta e 2,0 N de peso, encontra-se suspensa em uma mola Vertical, merguihada em um campo magnético (0,10 T, como mostra a figura deste problema, Nestas condigdes, a mola est deformada de 0,20 m. Fazendo-se passar uma corrente i= 10.8 pela barra, ela ¢ trazida para uma nova posigéo de equllro, situada abaixo da anterior. Desligando-se a corrente, qual serd a amplitude do movimento ha ménico simples que a barra passa a executar? re Problema suplementor 7. Suponha que uma espira de forma quadrade, transportando uma corrente, seja colocada em um ‘campo magnético uniforme, com seu plano parale- loaovetor B. a) Ao ser abandonada, a espira comeca a gra, ‘mas em virtude de forgas de atrito ela tence a cchegar ao repouso em uma certa posicao. Qual 6.0 Angulo entre B e 0 plano da espira nesta po- sigdo? 'b) Supondo que a espira seja fexivel, qual seria 8 forma que ela tenderia a tomar naquela po- ‘igo de repouso sob a acao das forgas mas: néticas? {A figura deste problema apresenta um dispostva com 0 qual se consegue medir a intensidade de lum campo magnético com grande preciso. Reso ‘vendo este problema, vocé entenderé como esta medida ¢ feta [Na figura, 0 reténgulo suspenso em um dos pratos da balanga é, na realidade, constituido por 10 cespiras superpostas, cada uma percorida por uma corrente | = 0,10 A. A parte inferior das espiras ‘esté mergulhada no campo magnético 8, que se deseja medir, ¢ a balanga foi equilibrada nessas ccondigées. Invertendo-se o sentido da corrente nas pias, verifica-se que uma massa m = 8,6 g deve ser colocada no prato da esquerda para restaurero Ocampo magnético — 1: parte 0, 14 2, ‘equilvrio da balanga. Sabendo-se que a largura da espira 6a = 10 cm, determine o médulo de 8 (con- sidere g = 10 mis?) Problema suplementar 9. Na figura 22-21 deste capitulo, o plano da espira «std paralelo ao vetor B. Calcule o valor do momen- to M (torque) que atua na espira, em relagio a0 ‘e80 OP, devido & acao das forcas magnéticas sobre: ela. Expresse sua resposta em fungao de B, dee a rea A da espira. Em uma certa experiéncia, um feixe de particulas eletrizadas 6 lancado dentro de uma regiéo onde ‘existe um campo magnético uniforme B. Obsenva-se ‘que 0 fee se divide em varios outros, cada um de {forma circular (de raios diferentes). Sabendo-se que ‘valor da razBo carga/massa é o mesmo para todas a particulas do fete incidente, responda: 2) AS partculas desse feixe possuem a mesma ve- locidade? ») As particulas, nas diferentes trajetbrias circula- res, possuem periodos diferentes? Na linha do Equador, 0 campo magnético da Terra 6 Praticaente horizontal, aponta para o norte, e seu ‘médilo € cerca de 1,0 107, Um trecho retilineo de uma linha de transmisséo, situada nas proxi dades do Equador, com 100 m de comprimento, transporta uma corrente continua de 700A, dirigida de leste para oeste. Determine o médulo, 2 ‘rego e 0 sentido da forca exercida pelo campo magnético da Terra sobre este trecho da linha de transmisséo. 24; 413. Uma espirarigda, em forma de um midngulo retin- Bulo isésceles, encontra-se imersa em um campo ‘magnético uniforme 8, perpendicular ao seu plano, como mostra a figura deste problema. Sabe-se que 8 =0,107, que o lado menor da espra vale = 30 om le que ela 6 percorrda por uma comente/= 10 A. 4) Determine 0 médulo de cada uma das forgas magnéticas que atuam nos lados menores MN e MP da espira, ) Qual é o médulo da forga magnética que atua no lado maior NP? ©) Calcule 0 médulo da resultante das forgas mag- néticas que atuam na espira. 4 \ ° ; i os ™~ Probleme splementr 13. 14. Um feixe de particulas eletrizadas, aceleradas a partir do repouso por uma diferenga de potencial de 320 V, penetra em um campo magnética unifor- ‘me, de médulo B = 6,0 x 10°, orientado perpen- dicularmente & velocidade das partculas do feixe. Obsenva-se que a trajetina das particulas no ‘campo magnético tem um raio R = 10,0 om. Pro- ‘cure identicar qual o tipo de particulas que consti- tui o fete, sabendo-se que se trata de uma das ‘seguintes particulas: pésitrons (elétrons positives), ‘protons ou déuterons (néicleo do deutério). 15, Uma gominha eldstica fexive! ¢ coberta com uma ‘camada de tinta condutora de eletriidade ¢ colo- ‘cada em um campo magnético uniforme, da ma- ‘ira mostrada na figura deste problema. Por meio de conesées elévicas, faz-se passar uma corrente na gominha com o sentido indicado na figura. Qual ‘forma que a gominha iré adquiir sob a aco das forgas magnéticas que nela atuam? Probleme suplementar 15. © campa magnétice — 2: parte = No capitulo anterior vimos que a experiéncia de Oersted levou a conclusio de que as cargas elétricas em movimento (uma corrente elétrica) criam um campo magnético no espaco em torno delas. Entretanto, nio nos preocupamos, até agora, em analisar a relagio entre o ‘campo magnético e as correntes elétricas que originaram este campo. Neste capi- tulo,estudaremos os campos magnéticos que slo estabelecidos por alguns tipos par- ticulares de condutores percorridos por uma corrente elétrica. Analisaremos, inicialmente, o campo criado por um condutor retilineo; em seguida, o campo esta- belecido no centro de uma espira circular;e,finalmente,o campo magnético no inte- rior de um certo conjunto de espiras, denominado solendide. Scone de um DIREGAO E SENTIDO DO VETOR & Consideremos um condutor retilineo AC bastante comprido, percorrido por uma corrente, como mostra a fig. 23-1. Em torno deste condutor existe um eampo tmagnético B que estudaremos a seguir. Para isto, vamos colocar uma agulha ‘magnética em diversas posigdes em torno de AC, Como sabemos, a orientagio da agulha nos indicars a direc%o e o sentido do campo magnético em cada ponto. Na fig. 23-2-a vemos um corte do condutor AC, com a corrente i que 0 percorre saindo da folha de papel e agulhas magnéticas colocadas em alguns pontos préximos ao condutor. Observando a orientac3o que a agulha toma em cada ponto, podemos tragar 0 vetor B que representa 0 campo magnético, ctiado pelo condutor, naqueles pontos (veja a fig. 23-2-a). Assim, a experiéncia ‘hos mostra que a corrente no fio cria um campo magnético cujas linhas de indugio envolvem 0 condutor, apresentando uma forma circular, com centro sobre ele (fie. 23-2-b). 23. © cdo na fig. 23+, visto agore em direcbo perpendi popel. S80 virtos tombém os vetores 8 que @corrente cri em tomo do fie. E fécil perceber que podemos tragar varias linhas de indugio para repre- sentar 0 campo magnético a diversas distincias do condutor, como foi feito na fig. 23-3-a, Para materializar estas linhas de indugao, podemos usar limalha — 2 Fig. 231: Esquema de flo retiline, compride, condu- indo ume corrente elétre- cca de intensidade Fig. 23-3: Representorao das linhas de indusdo do ‘campo mognético criado por um condutor retilineo, Perpendicular @ folho de papel esainde dela. Fig, 23-4: Representarao ‘dat linha de indugao do campo magnético criedo por um condutor relia perpendicular @ folho de papel e penetrando nela. Fig. 23-5: Esquema do oplicacdo da regra de Am pére para obter o sentido do compo magnético crio- ddo.em torno de um flo que onduz ume corrente elé- trica. de ferro, como jé descrevemos no capitulo anterior. A fig. 23-3-b é uma foro- ¢grafia das linhas de indugo do campo criado por um fio reto comprido, obti- da desta maneira. ®cb fay [> The ww «| oOo A fig. 23-4 nos mostra o que acontece quando o sentido da corrente no condutor é invertido (penetrando na folha de papel). Podemos observar que, nestas condigoes, as linhas de indugio continuam com a mesma forma, poréin sentido do vetor B se inverte (veja a fig. 23-4 e compare com a fig. 23-2-b). REGRA PRATICA PARA DETERMINAR © SENTIDO DE 5 Como acabamos' de ver, as linhas' de inducio em torno de um condutor retilineo sio sempre circulares, mas o seu sentido (portanto, co sentido de B) depende do sentido da corrente no fio. Uma regra pritica muito usada, que cos- uma ser denominada regra de Ampere, nos > permite facilmente obter 0 sentido do campo magnético em torno do fio. ‘A fig. 23-5-a ilustra 0 uso desta regra: pondo o polegar da mio direita ao longo do condutor, no sentido da corrente, ¢ os demais dedos envolvendo o condutor, ¢s- tes dedos nos indicario o sentido das linhas de indugio (observe a figura). Na fig. 23-5-b, a mesma regra esti sendo usada com a corrente no:condutor em sentido contrario ao da fig. 23-5-a. Observe que a regra de Ampere nos indica ‘quea orientagio das linhas de indugao é contréria aquela da fig. 23-5-a, como jé ‘tinhamos visto anterior mente. campo magnético 2: parte FATORES QUE INFLUENCIAM 0 MODULO DE 5 Uma vez conhecida a maneira de determinar a diregio e o sentido do campo magnético criado por um condutor retilineo, os cientistas pro- curaram realizar experiéncias que Ihes fornecessem informagdes sobre 0 méitulo deste campo. Para apresentar as conclusdes a que estes cien- tistas chegaram, consideremos a fig. 23-6. Sendo Bo médulo do campo magnético que a corrente i estabe~ Iece a uma distincia r do condutor, eles verificaram que: 19 B édiretamente proporcional ait Be j 29) B éinversamente proporcional ar: Be W/r Logo, podemos escrever: Assim, em resumo, temos: as linhas de inducao do campo magnético criado pela corrente em um fio condutor reto e comprido sio circulos com centro sobre 0 condutor e orientadas com um sentido que pode ser determinado pela regra de Ampére (fig. 23-5). O médulo B deste campo, em um ponto, ¢ diretamente proporcional a intensidade da corrente i no fio ¢ inversamente proporcional 4 distincia do ponto ao condutor, isto é, Bet r Exemplo Um fi retineo trnsporta uma corrente / com 0 sentido indicado na fig. 23-7-2, a) Indique, na figura, a diregao e o sentido do campo magnético criado pelo fio nos Pontos MeN. ‘olcando @ regra de Ampére, concluimos faciimente que em M temos um campo magnético perpendicular & folna de papel e penetrando nela, como mostra a fig. 23-7-b, Vemos, ainda, que no ponto Na valnc# eth st ii de pepe! (jaa fg. 23-7-0). seri ) Sabendo-se que o médulo do campo magnético nos pontos Me N 6 B= 4,0 x 107, ‘ual seré 0 médulo, a diregdo e 0 sentido do campo magnético nos pontos Pe Q? Atria rear de Ampere nos mostra que em Pe Q teres o veto com as onentagees mosradas na fig. 23-7-b. tseriemos, agora, que os pontos P e Q estéo situados a uma distncia do flo duas ve- {rr do eo pnts MeN. Cano 8 = i oncsinos ave em Pe Qo mito de 8 serdduas vezes menor do que em M e N. Logo, nitico riedo por uma | tics peesesereeeey Um flo metélico FG tem suas extremidades prosasa dois suportes isolantes, como mostra a figura deste problema, 0 fio esta eletrizado uniformemente com uma carga positva. Este fio estabelecers no espago fem torno dele: a) Um campo elétrico? 'b) Um campo magnético? 2. Um elétron é langado com uma velocidade v parale- lamente a um fo reto e comprido ligado a uma bate- fia (ja a figura deste problema). © campo magnético — 2° parte 2} Qual seré a cirecdo @ 0 sentido da forga magnét (ca que atuaré no elétron? 'b) Responda a questao anterior, supondo, agora, ue 0 elétron fosse lancado penetrando na folha de papel. Probleme 2. ‘A figura deste problema representa 0 chao de uma ‘Sala, na qual estao indicadas as diregoes norte-sul € leste-oeste. Um fio reto é colocado verticalmente nesta sala, conduzindo uma corrente i drgida para ‘cima. Suponha que uma pequena agulha magnéti- a seja colocada no ponto P indicado na figura. Diga qual arientacao que a agulha tomaré nos se- guintes casos: 2) A intensidade da corrente no flo 6 muito elevada, ) 0 campo magnético da corrente tem um valor aproximadamente igual 20 campo magnético ter restre. Problema 3. |. Na tabela deste problema, B representa 0 médulo do. ‘campo magnético em um ponto, criado pela corren- te que passa em um fio retiineo, er é a distancia deste ponto 20 fo. 2) Copie a tabela em seu cademo e [J ‘complete-a, ey a b) Com os valores da 10 6.0 x 107 tabela, constuao [20 ‘yalico B xr. 30” ©) Como se denomi a nna (na Matema- M tica) a cua que [_S: voc8 obteve? Problema. 7 5. Dois fios retilineos, (1) e (2), percorridos pelas cor- rentes i, € j, 830 perpendiculares & folha de papel, como est mostrado em corte na figura deste pro- bblema. 0 campo magnético no ponto P 6 podera ser nulo se |, € /, forem tals que: a) I, =/,e tiverem sentidos opostos. ) i, > i,¢ tiverem ambos o mesmo sentido, ©) i, > ie tiverem sentidos opostos. 0) /, < ize tiverem ambos 0 mesmo sentido. €) /, < i tiverem sentidos opostos. e- @--= o 2 Problema 5. 6. No problema anterior, assinale a opcao que po- deria resultar em um campo magnético nulo no ponto @. 7. Dois fos retos paraleos, (1) e (2), s8o percort- dos pelas cortentes j,e /, de mesmo sentido, come mostra a figura deste problema. a) Desenhe, em uma eépia da figura, o campo magnético B, que a corrent i, ria nos pontos onde esta situa o fo (2). ) Desenhe 0 campo magnético 8, que a corren- te ria nos pontos onde esta situado o fo (1). ©) Qual é 0 sentido da forca que o campo 6, exer- 0 sobre 0 fio (2)? 4) Qual € 0 sentido da forga que o campo 6, exer G2 sobre 0 fo (1)? ©) Entdo, quando dois condutores paraleios sao percarridas por correntes de mesmo sentido, es se atraem ou se repelem? 4 4 Probleme 7. 8. Suponha que, no problema anterior, a corrente |, tenha sentido contrério &quele mostrado na fi- ura. Nestas condigées, responda as questies (a), (0), (c) @ (@) formuladas naquele, problema, €€) Ent8o, quando dois condutores paralelos so Percorridos por correntes de sentidos contrérios, eles se atraem ou se repelem? EE 27> 9. Ao fecharmos as chaves C, @ C,, mostradas na fi- dura deste problema, os eletroimas irdo se atrair ou se repel? Problema 9 10. Duas bobinas, (1) ¢ (2), de mesmo didmetro e de ‘mesmo comprimento L, sd0 fetas com um mesmo tipo de fio e estao ligadas a uma bateria, como ‘mostra a figura deste problema, O nimero de espiras na bobina (1) € 0 dobro do numero de espiras da bobina (2). Analise as altenativas se- guintes e assinale aquelas que sao corretas: 2) As duas bobinas esto submetidas 8 mesma vol- tager. b) Aresisténcia elética da bobina (1) € duas vezes. ‘maior do que a da bobina (2). ©) A corrente elétrica da bobina (1) 6 duas vezes ‘menor do que a corrente da bobina (2). 4) 0 nimero de espires, por unidade de compri- ‘mento, da bobina (1) é duas vezes maior do que (da bobina (2). .) 0 valor do campo magnético no interior da bobi- ‘na (1) 6 igual ao valor do campo no interior da bobina (2). Problema 10. 411. A figura deste problema mostra uma pequena agu- tha magnética colocada no interior de um solendt de. Com a chave C desligada, a agulha toma a crientagdo indicada na figura. Fechando-se a cha- ve Ce alustando-se 0 reostato, obtemos, no Interior do solenside, um campo magnético muito ‘maior do que o campo magnético terrestre. 12. 13. 14, Nestas condigdes, indique, entre as alternativas seuintes, aquela que melhor representa a orienta 80 final da aguina magnética: ® © NON (a) 4:29 Vo @ © Probleme I. Resolva 0 problema anterior, supondo, agora, que 0 reostato tenha sido ajustado de tal modo que o ‘campo magnético da Terra no seja desprezivel em relagdo ao campo magnético do solendide. a Problema 13. I Na figura do problema 14, suponha que a corrente no solenéide tenha sido ajustada, por meio do reostato, até que a agulha magnética tenha se desiado de 45° partir de sua posiga0 incial ve ‘a figura deste problema). Nesta situagdo, sabe-se ‘que 0 campo magnético do solendide vale B = 2,7 10°, Ento, qual 6 0 valor do campo magnética da Terra, ,, no local da experiéncia? cena 20 Problema I. Considere um cilindro oco, de ferro, apresentanco tuma fenda, como aquele mostrado em corte na f ‘gura deste problema. Um condutor retiineo, con ‘duzindo uma corrente / que penetra na folha de pa- el, 6 colocado ao longo do elxo do ciindro (veja a © campo magnétice. figura). © campo magnético da corrente provocaré fa imantagao do clindro, e as faces Fe G da fenda se comportaréo como os pélos de um ima. Diga qual dessas faces ¢ 0 pélo norte e qual € 0 polo sul 415. O circuto de uma campainha de corrente continua festé mostrado esquematicamente na figura deste problema, Neste circuito, P é uma plaqueta de fer- toe C 6 um contato que abre ou fecha 0 circuito quando P se encosta ou se afasta dele. Acompa- ‘nhando a corrente fomecida pela bateria, explique ‘como funciona esta campainna elétrica. |e | Problema 15. 416. Em uma regio onde o campo magnético da Terra é horizontal, 6 colocado um fio, também horizontal, ‘concuzindo uma corrente de oeste para leste. Ver- fica-se que em certos pontos, préximos a0 fi, 0 ‘campo magnético € nulo. Onde estéo situados estes pontos? 117. Quando a face do pélo de um ima é muito grande, verfica'se que 0 campo magnético préximo a este pélo é praticamente uniforme. Suponha que o plo ‘norte mostrado na figura deste problema satisfaca esta condigéo. Se um pedago de ferro FG for colo- ccado préximo a este polo (veja a figura): 2) FG se imantars? ») FG sera atraido pelo polo do ima? Expique. Problema 17, || 18. P, Qe R sao fos retilineos, longos e paralelos, con- | duzindo as correntes indicadas na figura deste pro- 272 biema. Qual é 0 médulo, a diredo e 0 sentido da resultante das forgas magnéticas que P e Q exer- com sobre R? oa} As Problema 18, i +19. Nos motores elétricos, em geral, o campo magnéti- 0 € produzido por eletroimas. A figura deste proble- ‘ma mostra um motor em série, isto 6, um motor no ual ocircuito das espiras que entram em rotagaoesta fem série com a bobina do eletroima. Invertendo-se 2 polaridade da bateria que alimenta 0 motor, o que ‘acontecerd com seu sentido de rotagao? =! Probleme 19. 20, No problema 18 sabe-se que a comente de 20 A, emQ, estabelece na posigéo onde esto flo Rum campo magnético cujo médulo € 8,0 x 10° T. Su- ondo que o sentido da corente do fo Pfosse in’ Nerido, determine 0 médulo, a dregdo e 0 sentido da forge magnética resutante que atua em um comprimento igual 820 em do fo R. 24, A figura deste problema mostra tts fs paralelos retos e longos, espostos perpendicularmente a0 piano do papel, cada um dele perconido por uma Comente/, nos senitdos indicados na figura. Cada fo, separadamente, cia em um ponto a 20 em de dstncia dele um campo magnético igual 25,0 x 410° Determine o médulo do campo magnética ‘esultante, criado pelos us fos, no ponto P. ° pen + a0en oem Probleme 21. SE a7 22. As figs. |e ll deste problema representam circuitos elétncos nos quais existem fos suspensos, cujas extremidades estao merguihaias em merci. Sa- bendo:se que os fios suspensos podem mover-se livtemente, dizer 0 que ocorrerd com esses fios ‘quando as chaves C, e C; forem fechadas: 2) Para 0 caso da fig. |. ») Para 0 caso da fig. o a a le ia > Problema 22, 23, Trés flos, M, Ne P, retos e compridos, paralelos en- tte si, estdo dispostos perpendicularmente ao pla- no da figura deste problema, nas posicdes ali mos tradas. 0 valor e 0 sentido da corrente em cada fio esto também indicados na figura. Sabendo-se ue 0 campo magnético que o flo M cria na posi 80 onde esté colacado 0 fio N vale 2,0 x 10° T, calcule a forca por unidade de comprimento que atua em N, devida as correntes em Me P. I " Ls Probleme 23. 24. Uma mola metélca ¢ suspensa verticalmente, estan do distendida por um pequeno peso também metélico que, nestas condigdes, esté em contato ‘com a superficie do merctirio cantido em ur recipi- lente (veja a figura deste problema). Ligando-se 2 ‘mola em uma bateria, da maneira mostrada na figu- ra, verfica-se que ela passa a osciiar verticalmente, ‘com o peso abrindo e fechando o cicuito através do ‘mercario. Explique por que isto acontece. ‘Sugestdo: Observe o sentido da corrente em duas espires adjacentes ¢ lembre-se da solugao do pro- blema 7 deste capitulo, Problema 24 25. A figura deste problema repre- ssenta um fio reto e comprido, Percortido por uma corrente i, ~ ‘com o sentido indicado. A uma distincia r do flo, a0 longo da diregao.norte-sul, coloca-se uma pequena agua magné- tica, observando-se que ela forma um angulo 6 com esta diregéo. 2) A medida que aumentamos ‘a dsténcia r, 0 valor de @ + ——@ ‘aumenta, diminui ou no se altera? 8! ) Um estudante, realizando cesta experiéncia, mediu di- versos valores de ©, corres- pondentes a diferentes valores de r. Como se denomina (na Matemética) a curva que ele ob- teve 20 tracar o gréfico tg 0 xr? 26. Em um automével, 0 funcionamento do motor de arranque exige uma corrente de grande intensidade (100 A, ou mais), que deve, entdo, ser transportada or fos grossos e curtos (pequena resisténcia. Por este motvo, para liga este motor, uiiza-se um outro Circuito (de fos mais fnos € longos), que ¢ perconido or corente de pequena intensidade e faz funcionar uma chave magnética, denominada rele A figura deste problema mostra 0 circuito de um motor de arranque e do relé usado para acioné-o (quando 0 motorista gia a chave do carro, para dar ‘a partida do moton. 28) Os dois cicultos mencionados estéo ligados em série ou em paralelo & bateria? ) Observance a figura, explique como funciona o rlé para ligar e desiigar 0 motor de arranque. Problema 25. Problema 26 27. O diagrama do circuito de um alarme contra ladrao, Proprio para residéncias, é apresentado na figure campo magnético — 2° parte deste problema. Examine os circuitos mostrados, ro diagrama e explique como funciona este tipo de alarme artcuiagdo da contatos da janota chave magnetica _ 9 = campainna cates da porta Problema 27 28. A figura deste problema apresenta o esquema de um alto-alante que, como vocé deve saber, ¢ usado em radios, TVs e aparelhos de som, em geral, para produzr uma onda sonora a parti de osclagbes elétricas. Em sintese, ele é constituido de um ima permanente fa ede um cone de papetio que pode oscilar ao longo Ge seu proprio exo. Em tomo da base do cone, e presa ela, ha uma bobina que é alimentada por uma cor rente elétrica variavel (de acordo com 0 som que se Ceseja reproduzir. 2a) Descreva 0 que acontece com o cone de papeléo quando uma corrente alternada (C.A.) € estabe lecida na bobina, Exolique por que Isto acontece. ') A onda gerada pelo cone & transversal ou long)- tudinal? ©) A frequéncia do som produzido & maior, menor ou igual a frequéncia da corrente da bobina? 0) Ao se varar a intensidade média da corente na bbobina, qual a caracteristica da onda sonora em: tide que é alterada? bopina an. Problema 28 29. Uma pessoa, tentando construir um eletroima, rolou um fio|em tomo de um nicloo de ferro em forma {Je U, de modo a obter vérias espiras em cada ramo do U, da maneira mostrada na figura deste proble- rma. Ao ligar as extremidades do fio a ura batera (em ‘bom estado), observou que o campo magnético otido ula 30. queStGes de vestibular questé 2 fra praticamente nulo, Observando com atengio a figura, procure explicar por que 2 pessoa nao obte- ve éxito em sua expenénci Problema 29. ‘A figura deste problema mostra 0 esquema de uma “maquina de pegarbela-lor (a vicuo)",projetada por G. Ricci, quando estudante da Escola de Engenha- fia da UFMG, e publicado no jomal dos alunos dessa ‘escola. Apos analisar o esquema: 2) Kdentiique um dispositno, presente nesta maquina, ue voo8 estudou neste capitulo. ) Procure explicar qual a fungao da bobina de reatancia vardvel, usada no projeto da maquina (consulte textos didaticos, seu professor ou um téc- rico em eleticidade. (©) Descreva, com detalhes, 0 funcionamento da ‘maquina, destacando cada aspectofsico que apa rece em seu projeto, ane oe aan sevenon avicu) As questdes de vestibular se encontram no final do livro. Fig. E-l: © elemento A, do elrculto, percorride por ‘uma corrente |, ria um ‘campo elementorA8,em apéndice E A lei de Biot-Savart Ao longo deste capitulo, analisamos os campos magnéticos criados por con- dutores de corrente elétrica, em algumas situagGes particulares, e afirmamos que € possivel, por meio de experiéncias, estabelecer as seguintes relacdes para os médulos desses campos magnéticos: campo de um condutor retilineo: Bs i ‘campo no centro de uma espira circular: Be 4 P tr spira circular: Boe campo de um solendide: Bs ni Nesta seccdo, vamos determinar as expresses matemiticas que forne- cem os médulos desses campos, a partir de uma lei geral do Eletromag- netismo, que a maioria dos autores de textos de Fisica denomina lei de Biot- Savart, em homenagem aos cientistas franceses Jean-Baptiste Biot (1774- 1862) e Felix Savart (1791-1841). Essa lei foi proposta por eles e seus resul- tados foram experimentalmente comprovados pouco tempo depois de os re- feridos cientistas tomarem conhecimento da experiéncia de Oersted (que analisamos no capitulo anterior). A.LEI DE BIOT-SAVART A fig. E-I esté representando um circuito elétrico, percorrido por uma corrente i, fornecida por uma bateria. Fixemos nossa aten- 20 em um trecho muito pequeno do circuito, de comprimento Af, isto é, um elemento A€ do circuito. O elemento A¢ estabelece em um ponto P, situado a uma distincia r de A€, um campo magnét- co AB de pequena intensidade (ou um campo elementar AB). A di- regio € o sentido do vetor AB podem ser obtidos por meio da re- gra de Ampére que estudamos na secgio 23.1. Vocé pode usar esst regra para verificar que, na fig. E-1, 0 vetor AB, no ponto P, esti entrando na folha de papel, conforme esté mostrado. (Se a corrente tivesse sentido contrério a0 mostrado na fig. E-1, 0 vetor AB es- taria saindo da folha.) Para determinar 0 médulo de AB, os cientistas estudaram os campos magnéticos criados por condutores de diversas formas ¢ coneluiram que: 12) AB é proporcional & intensidade da corrente i, que passa pelo elemento A€: AB « i. (campo magnético — 2: parte es 27 2) AB depende do comprimento A€ e do Angulo 0 formado pelo elemento com o segmento que une esse elemento ao ponto P (veja a fig. E-1), chegando a seguinte relacio: AB = Ae sen 6 39) AB é inversamente proporcional ao quadrado da distancia r, entre A€ e P: Associando esses resultados em uma tinica relagio, temos: ape iAfsend a ‘Como sabemos, uma relagio de proporcionalidade pode ser transformada numa igualdade pela introdugao de uma constante apropriada. Considerando 0 circuito da fig. E-I no vacuo (ou no ar), isto é, sem a influéncia de meios materiais, vamos designar por Cy constante correspondente a essa situagio, Teremos, entio: Essa expresso, que fornece 0 médulo do campo magnético criado por um elemento da corrente, € a expressio matemitica da lei de Biot-Savart, de grande importincia no estudo do Eletromagnetismo, pois a partir dela € possivel caleu- lar 0 campo magnético estabelecido por condutores diversos (io retilineo, solendide etc.). Ffetuamos esse cilculo aplicando a lei de Biot-Savart a cada ele- mento que constitui o condutor ¢ adicionando vetorialmente os resultados, para obter 0 campo estabelecido pelo condutor como um todo, conforme veremos na secsio seguinte. COMENTARIOS 1) Conforme vimos, 0 médulo do campo magnético, criado em um ponto por ‘um pequeno elemento, é inversamente proporcional ao quadrado da distancia do elemento 20 ponto (AB = 1/r). E interessante observar que esse tipo de dependéncia € vilido também, como jf estudamos, para 0 campo elétrico (criado por uma carga puntual) e para o campo gravitacional (criado por uma massa puntual) 2) Devemos destacar que AB depende do Angulo @ mostrado na fig, E-1. Pela lei de Biot-Savart voc? pode ver que, se @= 0° ou 8 = 180°, temos sen 8=0e, portanto, AB = 0. Entio, o elemento A€ nao cria campo magnético em pontos situados sobre sua reta suporte (fig. B-2). Para um dado valor de r, 0 maior valor de AB ocorreré quando ® 90°, on seja, para pontos tais que o segmento r seja perpendicular .A€, como esti indicado na fig. E-2. 3)]4 dissemos que a constante C, que aparece na equagio AB= C,iACsen O/ se refere 3 situagio em que o condutor que cria ‘o campo magnético esti situado no vécuo (ou no ar). Nesse caso, o valor da constante C,, no S.L, € Cy= 107 N/A? Fig.E-2: AB depende do angule&. ‘Na presenga de meios materiis jd sabemos que o médulo do campo eFElclos A consultando o ‘to sempre que julgar necessario, magnético se modifica e a constante C, é substituida por uma constante C, cujo valor depende do meio no qual o condutor esté mergulhado. 4) Com o objetivo de simplificar algumas equagdes do Eletromagnetismo, costu- troduzir uma constante 4, denominada permeabilidade do vicuo, cujo ou y= 4x 107 N/A? Portanto, Cy = w/4n ea lei de Biot-Savart, quando se usa essa nova constante, toma a seguinte forma Hy iAfsen® nor Evidentemente, na presenga de um meio material, a constante 1, devera ser substituida por uma constante t, denominada permeabilidade do meio. No nivel deste curso, ¢ indiferente trabalhar com a lei de Biot-Savart usando a constante C, (AB= Cyidt sen 6/7*) ou a constante Ui, [AB = (1,/4m)iA€ sen 8/r © @xel’Cicios de fiXAG4o exe!" Cicivs ve ntes de passar ao estudo da préxima sec¢ao, responda as questdes seguintes, 1. a) A partir da expresso matematica da lei de Biot: Savart, determine, no S.l., @ unidade da cons- tante G, (lembre-se que no S... @ unidade de AB @1NA-m). ) Determine também, no S.l,, @ unidade da permeabilidade 1, 2, Medindo-se a permeabllidade magnética p de tres Imeios materiais M,N'eP, encontrou-se: meio M: 1 um pouco menor do que Hy meio N: 1 um pouco maior do que jy meio P: u muito maior do que H, Code um dos meios MN € P & paramagnétc, magne o teromagnétic? Epa wont Uma espira circular, de raio R = 10 cm, situada no ar, é percorrida por uma corrente i = 5,0 A. Cons dere 0 elemento A¢ = 1,0 mm dessa espira e o po: to F situado a uma disténcia Pde Af, como mosta a figura deste exercicio. Qual 0 valor do campo mag niético AB que A¢ estabelece em F? . . Considerando a situagao descrita no exercicio anter fr, determine 0 médulo, a diregdo e o sentido do ‘campo magnético que Aé estabelece no centro C da spire, Considerando, ainda, a situagao do exercicio 3, determine 0 médulo do campo magnético AB que A€ estabelece no ponto D mostrado na figura do exercicio. Na figura do exercicio 3, tomemos outro elemento de espira At’ = 0,80 mm. 2) Qual 0 médulo, a dirego e 0 sentido do cameo AB’ que A€’ estabelece no centro C da espira? ) Qual € 0 médulo do campo magnético que Ate AC, em conjunto, estabelecem no centro ée espira? (© campo magnética — 2: parte E.2. Aplicagdes da tei de Biot-Savart CAMPO MAGNETICO NO CENTRO DE UMA ESPIRA CIRCULAR Consideremos uma espira circular, de raio R, percorrida por uma corren- tei, como a da fig. E-3. Na secgo 23.2, vimos que o médulo do campo mag- nético B, criado pela corrente no centro da espira, € tal que B = i/R. Vamos agora, usando a lei de Biot-Savart, obter a expresso matemética que fornece 0 médulo de B. Tomando um elemento A€ qualquer da espira, observando 0 sentido da corrente usando a regra de Ampére, vemos que esse elemento cria, no centro da espira, um campo magnético AB entrando no plano da fig. E-3. Algm disso, a figura nos mostra que @= 90° (sen = 1) e que r= R. Assim, a lei de Biot-Savart nos fornece: AB=C, ide e Qualquer outro elemento A€ da espira cria, no seu centro, um campo mag- nético AB que tem a mesma diregio e o mesmo sentido daquele elemento consi- derado (mostrado na fig. E-3). Portanto, para obtermos o campo magnético B, criado por toda a espica em seu centro, devemos somar algebricamente os médulos dos vetores AB, pois sio vetores de mesma diregio ¢ sentido. Realizando essa soma, obtemos: B=EAB ou Barc, Observando que para todos os elementos A/ da espira os valores de Cy, ie R sio 0s mesmos, podemos colocé-los em evidéncia na soma anterior, isto é: B= Sb sae # E claro que ZAf representa o comprimento total da espira, ou seja: EAL=2nR Essa é a expressio procurada. Observe que ela esti de acordo com aquilo que foi visto na seceo 23.2, isto & temos B = i/R. Se desejarmos trabalhar com a constante Hy, em lugar de Cy, basta lembrar que C= H/4r. Logo, Fig. E-3: Para 0 célcul campo magnético n tro de uma expira circular, percorrida por uma corren= Fig.E-4: Para o céleulo do ‘campo mognétice criade por lum fio reta« comprido, per- quemética. A propogosto, através de expaco, de un distro constituide pelt campos variéveis Ee 8 ¢ As ondas eletromagniéticas usadas pelas emissoras de TV tém as mesmas caracteristicas das ondas de radio. Entretanto, como ve- ‘mos na fig. 24-25, elas apresentam freqiiéncias mais elevadas do que aquelas normalmente usadas pelas estagies de rédio. MICROONDAS Considerando freqiiéncias mais elevadas do que as ondas de io, encontramos ondas eletromagnéticas denominadas microon- das. Estas ondas tém freqiiéncias compreendidas, aproximadamen- te, entre 10° hertz.e 10!" hertz, como indica a fig. 24-25. Atualmente as microondas sio usadas amplamente, em quase todo * Atenas de tramsminsde ¢recepyde de ‘mundo, em telecomunicagdes, transportando sinais de TV via sa- croondes de uma estagdo de comuniogte ‘élite ou transmiss6es telefénicas,ligando cidades e paises (fig. 24-27). porsatéltes. Fig. 24.27: lustracdo esquemética. Asm croondes so utilizedes para tronsmisber deTV ou tolefoniaetravés de sales ete clonérios. © forne de microondos ¢ atualmente muito uzado para cozinhar e aqueceroll- _mentos. Iss0 ocorre porque suas microondas s80 absorvides pelas moléculas de ‘gua exlstentes nos substincias. A absorgo das microondas provace aumento da ‘ogitazdo molecular, causando, entéo, elevacde da temperatura do ellmente. Rec- plentes de vidro, cerdmica e outros materials, nos quals os allmentos estdo cont ‘dos, ndo s80 aquecidos pelos microondas porque no os absorvem (ndo contém 0 ferro elétrico fo fotogrofodo _molécules de égue). Observe, na figura esquemética, detalhes de funcionamente ‘em ume sala totalmente excu- ‘deste forme, reelda, usando um filme sens velo radiacSes infravermelhos RADIAGAO INFRAVERMELHA ‘emitidas por ele. A regido seguinte do espectro eletromagnético é constitufda pelas radiagdes infravermelbas, que sio ondas eletromagnéticas com freqiéncias desde cerca de 10” hertz até 10" hertz (vejaa fig. 24-25). A radiagio infravermelha € emitida em grande quantidade pelos stomos de ‘um corpo aquecido, os quais se encontram em constante ¢ intensa vibragio. O calor que sentimos quando estamos préximos de um metal aquecido é, em gran- de parte, devido aos raios infravermethos que so emitidos por este metal e ab- sorvidos por nosso corpo. Este processo de transmissio de calor foi citado no ca- pitulo 12 e denominado radiagéo térmica. Indugie sletromagnética— Ondas elstromagnéticas__ 33 RADIAGAC VisivEL ! As ondas eletromagnéticas cujas freqiiéncias estio }é compreendidas entre 4,6 x 10! hertz. ¢ 6,7 x 10" hertz I constituem uma regido do espectro eletromagnético de importincia especial para n6s. Estas radiagdes sio capa- zes de estimular a visio humana; sio as radiagies lumino- sas (luz). Observe, na fig. 24-25, que as radiagoes luminosas constituem uma faixa muito pequena do espectro eletro- UUme exposisto frequent ou i de gronée duragée da pele ™agnético. Portanto, nossos olhos nao sio capazes de perceber a grande mai- humona a rodiagées ultro- ria das radiagdes integrantes deste espectro. violeta pode dar oigem au soot teenies Cons vimos né capitalo'16, aa menores fequéncias dav rediagses'vist- queer mortrados nesta fo- eis nos dio a sensagao de vermelho. Aumentando a freqiiéncia das radiagBes, tegrfia. A lz solar contém — ceremos, sucessivamente, as Fadiagées correspondentes as cores laranja, amarelo, tina quantdadeoprecioel TEFEEMOS, SUCESSH bes ene dauosrodogSes que oem verde, azul, anil e, no final da regio visivel, a radiagao violeta. Pode-se per- ‘pode porte,absoridaspelaceber, agora, que a denominagio infravermelbo foi usada porque as freqiién- See ee cias desta radiago esto situadas em uma faixa logo abaixo da freqiiéncia cor- (locestacamode(queong. Tespondente & cor vermelha. ‘a"buracor da comade de xéno") &couzeda por uma Iibmancia quimica (CFC), secontn dornuedspan RADIAGAO ULTRAVIOLETA cpemene om existe, As radiagdes eletromagnéticas com freqiiéncias imediatamente superiores drevewusbis(spo Oddo 28 da regio visivel sio denominadas radiagées ultravioleta, Esta denominacao de CFC 6 lberade quando indica que as freqiiéncias destas ondas sio superiores a frequiéncia da luz vi- ene gés tinge ar okorcomo- oleta. Observe, na fig. 24-25, que a regio ultravioleta alcanca freqiiéncias de dos do atmosfera (pela ré-—o19" heres pria radiagdo ultravioleta), . embinandose entdo com 0 5 raios ultravioleta sio emitidos por étomos excitados como, por exem- aero eeincw tee. plo, em Limpadas de vapor de Hg (acompanhando a emissio de luz). Como dis- ‘ruigdo pode farercomqueo SeMOs, estas radiagdes nao so visiveis, podendo mesmo danificar os tecidos do cancer de pele se ome um oho humano. Elas podem ser detectadas por outros processos como, por exemn- epee Pate, Sie plo, a0 impressionarem certos tipos de chapas fotogrificas. deo redagdo ulvevioleta ver ‘apar de motor clues vvas toma essa rodiogdo Gt no RALOS X Este tipo de radiagao é constituido pelas ondas eletromagnéticas de fre- ‘iiéncias superiores as radiagdes ultravioleta (veja a fig. 24-25). Os raios X foram descobertos em 1895 pelo fisico alemao W. Réntgen, que recebeu o Prémio Nobel de Fisica, em 1901, por esta descoberta. A denominagio raios X foi usada por Réntgen porque ele desconhecia a natureza das radiagBes que acabava de descobrir (raios X = raios desconhecidos). as X), como aquele mostrado na fotografia da fig. 24-28-a. Nestes tubos, um feixe de elétrons é emitido pela placa A, indicada na fig. 24-28-b. Estes elétrons sio acelerados por meio de uma voltagem elevada, existente entre a placa Ae um alvo de tungsténio B. Ao atingirem este alvo, os elétrons sio bruscamente retar- dados, isto é, sofrem uma desaceleraco muito intensa. Em virtude disto eles -as de alta freqiiéncia, situadas na faixa correspon dente aos raios X (vejaa fig. 24-28-b) " ” emitem ondas eletromagné foe Fig. 24.28: A coneta na fotogroia (2 esquerda) serve de comparacdo para que se tenha uma idéia Réntgen verificou que os raios X tém a propriedade de atravessar, com certa facilidade, os materiais de baixa densidade (como os miisculos de uma pessoa) e de ser methor absorvidos por materiais de densidade mais elevada (como 0s ossos do corpo humano). Em virtude desta propriedade, logo apés a sua descoberta os raios X passaram a ser amplamente usados para se obter as, radiografias (fig. 24-29). O proprio Réntgen foi o primeiro a fazer uso dessas radiagdes com esta finalidade, conseguindo obter a radiografia dos ossos da mio de uma pessoa Modernamente, os raios X encontram um campo muito vasto de apli- cagdes além do seu emprego nas radiografias. Assim, eles so usados no tra- tamento do cincer (fig. 24-30), na pesquisa da estrutura cristalina dos s6li- dos, na indiistria e em quase todos os campos da ciéncia e da tecnologia. 128 como exta da fotografia @ direiza auxliom os médicos no extu- Fg. 24-30: Terapla cam do. prevencio de varias onomolias dos oss0s, como as lesbes por esforco repetitive. utlizagdo dos ralos X

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