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Não Suporto Mais!

"Não suporto mais! Só escuto falar de dinheiro, e dinheiro...não existe mais outra
mensagem não?" É isso que ouvi de um amado irmão, porque o assunto estava sendo
tratado nas questões de dízimos e ofertas, e que havia uma grande necessidade
(havia não;há) de se repensar sobre estas questões. Eu entendo que nosso dinheiro
é para ser realmente usado na obra de Deus, mas não defendo o terror psicológico
que vejo e ouço muitas vezes. A maioria dos textos usados esta no V.T., e a menção
de "dinheiro" se encontra meio desfalcada, mesmo porque os dízimos tinham a ver
com alimentos. Temos uma menção de ofertas no N.T., isto é verdade, mas o apóstolo
Paulo esclarece bem esta questão...inclusive morreu decapitado e pelo que bem sei,
sem nada guardado, ou que tenha deixado alguma "prosperidade" para alguém... A
única riqueza que deixou foram seus escritos! E que riquezas! Sou a favor das
ofertas sim, dos dízimos sim, mas entendo que devem ser entregues por amor a Deus
e a Sua obra, e não por pressões externas. Além do mais ele deveria e deve ser
usado NÃO SÓ PARA OS SACERDOTES, como é de costume, mas para aonde houver uma
necessidade, principalmente para os pobres e mais necessitados de uma ajuda
urgente. É claro que depende muito e muito da administração que é feita pela
própria igreja, e deveria haver um "ministério" específico para isso. O pastor
precisa? Claro, como toda a igreja também! Tudo bem que o PR., precisa estar "em
tempo integral", mas não deve ser tornar um peso para os irmãos. Eu entendo que
quem tem compromisso com o Senhor, não precisa "ser lembrado" pelo pastor local
das suas responsabilidades. Agora também Deus NÃO VAI MATAR OU CASTIGAR NINGUÉM,
porque em um momento de extrema necessidade "se tocou no dízimo"...isso não é o
Evangelho da Graça que eu conheço, e sim o da lei(com "l"minusculo mesmo, dos
homens), que ao invés de trazer uma mensagem libertadora, traz opressão e medo! O
dizimo é importante, as ofertas também o são, mas da forma que são usadas(os) é
que se necessita ter muita sabedoria, porque Deus também vai cobrar tudo isso de
seus ministros, de uma forma ou de outra. Isto é um assunto ruim de se falar,
delicado pra se pensar e de extrema importância pra se deixar de lado. Vou mais
além: O dízimo NÃO É OBRIGATÓRIO, porque quando passa a ter seu significado
distorcido pelo medo, pela opressão psicológica, deixa de ser bênção para àqueles
que o entrega, e sim maldição. Entendo que é aí que Deus prova nossa "fé
material", mas Ele não deseja que isso seja feito de uma forma mecânica e com
intenções diferentes daqueles que o recebem, nem tampouco por um sentido de
obrigatoriedade por partes de quem o dá. Creio que está na hora de muitos líderes
entenderem esta questão, para que a proclamação de nossos irmãos passem a ser
diferentes, daquela que no começo deste artigo reproduzi. É hora de re-pensarmos o
Evangelho com o olhar de Jesus, olhar da Graça e não meramente sermos papagaios de
imitação, com todo o respeito ao leitor, "vaquinhas de presépio", e substimar a
inteligência das pessoas. Deus vos abençõe. Shalom!

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