Você está na página 1de 2
 
eram um relógio ao Joca. O primeiro. Ele queria umde mostrador irrequieto, sempre com os segundos aossaltinhos, mas o padrinho deu-lhe um de ponteiros, àantiga. – É um relógio do meu tempo – disse o padrinho. – Então não me serve disse o Joca. Estás sempre adizer que, no teu tempo, não havia tanta pressa. Ora eu nãoquero chegar atrasado à escola.O padrinho achou muita graça ao afilhado e explicouque o tempo, embora não pareça, é igual para todos. Todosos relógios estão acertados uns pelos outros. – E quem os acerta? – quis saber o Joca. – É o Sol e somos nós, que estabelecemos esta regra – respondeu o padrinho com pouca paciência para maisexplicações.
1
© APENA - APDD – Cofinanciado pelo POSI e pela Presidência do Conselho de Ministros
O RELÓGIO DOJOCA
António Torrado
escreveu eCristina Malaquias ilustrou
D
 
Quando se viu sozinho, o Joca pôs-se a regular o tempo,à sua conta. Decidiu que era hora de almoço e impôs aos ponteiros o meio– dia e trinta minutos. Mas ninguém ochamou para almoçar.Passou, então, os ponteiros para as cinco. Hora dolanche. Esperou que o chamassem. Nada.Assim entretido, esqueceu-se das horas. – Anda-te deitar, Joca – chamou a mãe.Como podia ser? – O teu relógio deve estar escangalhado disse o Joca para a mãe. – No meu ainda falta muito.A mãe espreitou para o relógio do filho. Marcava duashoras em ponto. – Mas é tardíssimo. Duas horas da manhã? fingiu quese assustava a mãe. – Tão tarde e tu ainda a pé? Não podeser. – Duas horas da tarde – protestou o Joca.Mas não levou a dele avante. Aqueles relógios de ponteiros, afinal, ainda eram muito imperfeitos...FIM
2
© APENA - APDD – Cofinanciado pelo POSI e pela Presidência do Conselho de Ministros

Recompense a sua curiosidade

Tudo o que você quer ler.
A qualquer hora. Em qualquer lugar. Em qualquer dispositivo.
Sem compromisso. Cancele quando quiser.
576648e32a3d8b82ca71961b7a986505