Liberdade… Ser livre! É tão bom ser-se livre! Não se é perseguido,
pode-se escrever ou falar sobre tudo o que se quiser! Hoje, temos esse direito! Felizmente cresci e espero continuar a crescer em liberdade; liberdade essa cada vez mais em demasia. Existe, na minha opinião, liberdade a mais! Isto verifica-se e, se pensarmos bem… basta olhar à nossa volta! Há cada vez mais crimes e menos justiça! Há cada vez mais desrespeito! Não posso falar por mim, mas acho que deveria respeitar mais os outros. Mas há pior, muito pior… Durante o período de ditadura Salazarista não existia, de facto, liberdade, o que é bastante triste, mas existia, certamente, mais respeito entre todos! Nomeadamente, entre jovens e os mais velhos, com mais experiência de vida e que poderiam ensinar-nos outras coisas. E, pensando bem, não me estou a imaginar a viver no período de Salazar… Eu que não consigo ficar calada… Seria um inferno! Ainda há pouco referi que existia pior e, de facto, existe mesmo. Não me considero como tal, pois, também, não tenho a liberdade de fazer tudo aquilo que quero! Existem muito jovens que são eles próprios que ditam as regras em casa! São situações tristes em que os pais já não conseguem controlar os seus filhos. O que será mais triste? Não ter liberdade ou não saber respeitar? São os pais que devem ditar as regras e não os filhos! Eu, nem sempre posso ir ao cinema ou comprar certas coisas de que gosto… Não me é dada essa liberdade… É-me ensinado que se deve saber fazer escolhas e ter em consideração todos os aspectos envolvidos nessa escolha. Por exemplo: quando quero comprar uma peça de roupa de que gosto, tenho de ter em consideração o preço, a qualidade, se irei mesmo vesti-la, se gosto mesmo (e não só porque alguém tem…), se vale mesmo a pena! Conheço raparigas que têm a liberdade comprar tudo aquilo que querem! E é por isso que temos uma sociedade cada vez mais consumista! Penso que é bom existirem regras para que haja respeito! E a liberdade, sim, é fundamental! Não deve existir liberdade a menos nem a mais! Nem oito nem oitenta! A liberdade tem que ser vivida na medida certa para que se possa voar…!
Beatriz Mendonça, 9ºB
EM DEFESA DA LIBERDADE
Comecemos pela Liberdade
Palavra difícil de alcançar Sem ela, a comunidade Não se podia manifestar
Sem direito à expressão
Nem escrita, nem falada Assim era para o cidadão A palavra censurada Havia muito por dizer Mas, nada era o que se dizia Com os capitães de Abril Chegou a Democracia
Em Abril, com a revolução
Em Portugal tudo mudou Deu-se uma democratização E a censura acabou
Chegou o que mais se esperava
A todo o lugar e cidade Aquilo que mais se desejava A tão doce Liberdade
Sofia Belchior, 9ºD
LIBERDADE
Liberdade, democracia, que palavras são estas?
Palavras mortais divididas em peças, Peças essas destruídas, peças que estão presas. Ardem, ardem dentro das pessoas como velas acesas. Fazem parte de um sonho, sonho de cada cidadão, Mas sendo faladas, apenas morrem em vão. Pessoas esquecidas, pessoas na solidão. A liberdade torna-se na luz de cada coração; Pensar ou senti-la é apenas uma ilusão, Nada mais do que uma grande paixão. Fogem à realidade, fogem aos polícias, Tiram partidos e formam milícias. Juntam forças e formam uma união, Juntam esperanças para servir de inspiração, Para derrubar o Governo e os seus ideais, Enganando Portugal nos pontos vitais, Enganando os cidadãos, enganando os portugueses, Confundindo as suas ideias, confundindo os seus interesses. E ao fim de tantos anos de tristeza e amargura, Finalmente chegara a hora de pôr fim à ditadura. Tanto sangue, tantas lágrimas derramadas, Mas dentro dessas almas, a chama ainda ardia, A chama da esperança de, um dia, serem libertadas. E o dia 25 de Abril de 1974 chegara finalmente, Aquele dia por que os portugueses lutaram firmemente. Aquele dia em que olharam em frente e sorriram, Em que puderam sentir a liberdade como nunca sentiram.
André Santos, nº2, 9ºB
HINO À LIBERDADE
Desde os tempos mais remotos
O homem viveu em sociedade Mas procurou vários modos Para viver em liberdade.
Foi escravo e sofreu
À vontade de seus senhores Com castigos obedeceu Diante de inúmeros horrores.
As eras foram passando
E sonhando a vontade iça Nas lutas e alegrias buscando O sentido da palavra justiça.
Destas palavras: justiça e liberdade
Apareceu o que o grego já sabia E o mundo com muita vontade Aceitou a palavra Democracia.