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Técnicas Para Aumentar a Concentração

Palestra de Aldomon Ferreira proferida em 27/12/2000


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Hoje o nosso tema é Técnicas para Aumentar a Concentração. Nossa, como é difícil a gente ter
concentração quando a mente está tumultuada! Muitas vezes a gente não quer pensar em determinada coisa
e a gente pensa. È muito difícil controlar o pensamento que se tem, e a concentração é justamente esse
poder, o poder de se controlar o que se pensa. Essas técnicas aqui ajudarão, mas se a pessoa estiver
apaixonada, aí não tem jeito, ela só vai pensar no objeto da paixão dela. Então, não tem técnica à prova de
paixão, porque a paixão desestrutura totalmente o pensamento da pessoa, ela não consegue concentrar em
mais nada, só num foco.

A concentração é muito importante pra nós mentalizarmos, e a mentalização é importante pra dar alma a
tudo o que nós fazemos. Nós vamos estudar, darmos alma ao estudo; vamos namorar, alma ao namoro;
vamos trabalhar, alma ao trabalho; vamos descansar, alma ao descanso. A alma é um molde espiritual que
nós fazemos nas ações, esse molde é feito com a mentalização. Uma pessoa quando vai fazer, por exemplo,
uma prova... se ela faz a prova sem alma, provavelmente, mesmo que ela tenha estudado muito, ela não vai
ter todo o rendimento que ela poderia ter se fizesse a prova com alma. Vestibulares, concursos, exames os
mais diversos, que dependam de nossas habilidades ou conhecimentos, se são feitos com alma, têm mais
poder de perfeição, e a alma, um dos componentes importantes é a mentalização. Depois é a atitude...
mentalização e atitude. Se a nossa é apoiada por certos princípios de vida, junto com uma boa mentalização
daremos uma alma à ação. A atitude pode vir com orações, com um comportamento digno, entre outras
coisas...

A mentalização é a capacidade de concentrar em imagens, em situações criadas pela nossa mente, O que
fixa, o que alimenta continuamente uma mentalização é a concentração. Às vezes a gente fala ‘imagine’...
imaginar é criar com a mente uma imagem... ‘visualize’ é ver a imagem que imaginou, isso é visualizar.
Então, imagine um cachorro... ainda não está vendo o cachorro, está só imaginando, mas aí quando passou
a ver o cachorro correndo pelos cantos, o tipo do cachorro, a cor do pelo dele, o tamanho dele, o humor
dele... e sustentou isso na mente, teve imaginação, que é criar o cachorro; visualização, que é ver o
cachorro; concentração é sustentar a visão do cachorro andando. Essa mentalização é apoiada pela
concentração.

Quando nós aprendemos a concentrar na nossa vida é uma coisa interessante. Se uma pessoa nos perturba, a
gente não desconta em todo mundo, a gente isola, porque a concentração faz a gente criar uma parede de
isolamento de outras situações. Quando uma pessoa não consegue se concentrar direito, se alguém a
aborrece, ela sai descontando em todo mundo... isso é um problema também de concentração, não é só de
descontrole das emoções não... O descontrole emocional rompeu a concentração da pessoa, mas não
consegue isolar, delimitar o descontrole dela, ela deixa o descontrole contaminar todos os setores da vida
dela. Isso não é bom. Porque não é bom? Quando alguém tenta descontar em nós algo que nós não temos
nada a ver, a gente não gosta, ninguém gosta disso, de pagar por aquilo que não deve, ou de ser cobrado
aquilo que não deve... mesmo que não pague, mas não gosta de ser cobrado o que não deve.

Quando a gente perde a concentração, a gente perde o raciocínio também. Porque? A concentração é como
se fosse o chão onde o raciocínio pisa, onde ele caminha. Se o chão estiver irregular, o raciocínio fica ruim
também, porque ele não consegue caminhar com clareza, com lógica, com sequência. Porisso a
concentração é algo tão importante. Quando nós não conseguimos nos concentrar na vida, somos
prejudicados em diversos setores, não apenas num ou noutro. Muitas vezes a pessoa pensa ‘a concentração
só atrapalha na hora de estudar, se eu não tenho concentração, eu não consigo aprender direito, em outros
momentos não’... a concentração é importante em todos os aspectos de nossa vida. Já pensou um rapaz
beijando uma moça pensando em outra? Falta de concentração...

A falta de concentração, quando ela vai contaminando diversos aspectos de nossa vida, ela vira até um
vício, e se ramifica em outros aspectos de nossa vida. Um dos exemplos é a pessoa que nunca se contenta
com o que tem e sempre busca o que não tem. Ela deixa de usufruir o que tem porque ela sempre quer o
que ela não tem, e nunca se contenta, por mais que ela tenha. Então, ela tem um bom namorado, não se
contenta com ele; tem uma boa namorada, não se contenta; tem uma boa esposa, um bom marido, um bom
emprego, e não se contenta. Nós não estamos falando de comodismo, nós estamos falando de uma pessoa
que está com a boca cheia de alimento mas está pensando no que está no prato, não no que está na boca,
porque não se concentra no que está acontecendo, vive com a mente longe do momento presente. A
concentração é a gente viver o presente, isso é que é concentração. Quem vive lembrando do passado ‘ah, a
minha vida foi tão boa e agora não é’... está com falta de concentração. Quem fica pensando ‘minha vida
vai ser boa ainda, vai ser boa ainda, agora não é’... A concentração é enfocar com toda a atenção, com todo
o desejo, com todo o pensamento, com todo o sentimento o momento presente. Passado é uma ilusão,
futuro é uma ilusão, o presente é a realidade. Porque? O passado e o futuro, quando se juntam, viram o
presente. É um pouco difícil de compreender de início, mas quem fica vivendo o que já passou ou o que
não aconteceu ainda, na verdade está anulando a sua própria manifestação de vida.

A concentração vem pra nos dar o poder de manifestação e de percepção dessa manifestação. Quando uma
pessoa está brincando com uma coisa, ela só está brincando com aquilo; quando está fazendo outra coisa,
fazendo essa outra coisa. Senão a gente vive com a sensação de que não viveu, e isto nos faz ter desejo de
viver por inúmeras vezes a mesma ilusão, a mesma coisa transitória, porque não estávamos completamente
ali, e vamos ficar cheios de lacunas, de perguntas, de interrogações... ‘será como é aquilo?’... ‘como é sentir
determinada coisa, ou fazer determinada coisa?’ Até em nossos erros precisamos estar de olhos bem
abertos, bem lúcidos, bem conscientes, bem atentos para que a gente elimine erros pela consciência, pela
lucidez, pra que não venha novamente o desejo mistificado de vivenciar o erro, a mística de que ‘nossa, vai
ser maravilhoso fazer determinada coisa’. Não é... quando a gente vivencia com plena concentração naquilo
que está fazendo, a gente chega no limite e transcende.

Pensar o que se quer é muito importante. Conseguir criar uma estrada, uma ponte tão sólida, tão bem
transitável que possa com perfeição manifestar o sentir, o pensar, o falar, o agir... depende muito da
concentração. Vamos dar um exemplo de concentração. Se eu pedir pra uma pessoa pensar num objeto, não
pode pensar em mais nada, absolutamente nada, por um minuto... daqui a pouco nós vamos fazer algumas
técnicas que estimulam o desenvolvimento da concentração. Como nós vamos fazer algumas visualizações,
muitas vezes a pessoa pensa em muitas coisas, no que vai comer depois da palestra, no que vai fazer, no
que não fez hoje durante o dia, nas frustrações, nos desejos, nos medos... a mente fica divagando, fica
pensando em coisas que não têm a ver com a palestra... isto é prejudicial.

Como seria bom se nós tivéssemos um poder. Num determinado momento a gente pensa em nossos
problemas, noutro momento a gente não permite que os nossos problemas habitem em nossa mente,
problemas de nenhuma ordem. Se nós conseguirmos aumentar a nossa concentração, podemos ter o poder
de controlar o pensamento. Controlar o pensamento não é só pra seres muito evoluídos não, é
principalmente pra seres que disciplinaram a mente. A nossa mente pode ser educada, disciplinada, ao
ponto de pensar só o que quer, e não o que as situações provocam em nós. O mundo está com uma grande
tempestade, são os mais diversos conflitos ameaçando os interesses de cada um, sejam eles de ordem
afetiva, profissional, material, principalmente material, visto que o ponto mais sensível do corpo humano é
o bolso J não é, aqui debaixo das costelas, né J é o bolso... Quando a gente faz uma sonda mental nas
pessoal que passam pela rua, a gente vê que a maior preocupação é o lado material... depois é o lado
afetivo, o lado familiar... Quando eu falo afetivo envolve a esposa, o marido, o namorado, a namorada, o
filho, o irmão, a mãe, o pai... Preocupação espiritual é coisa rara, ver alguém falando ‘nossa, eu preciso
melhorar aquele defeito que eu tenho, aquela falha... preciso acabar com determinada ignorância do meu
espírito, me aprimorar.’ Isso é coisa rara!

Quando a gente vai trabalhando o nosso aprimoramento espiritual, vamos desenvolvendo certas
percepções. Entre essas percepções, o quê as pessoas sentem e pensam, a natureza desses pensamentos e
desses sentimentos, qual é a origem delas... serão elas coisas materiais ou espirituais? Isso nós podemos
perceber. Mas tudo começa dentro da gente. Tem dois aspectos que precisam ser compreendidos pra
aumentar a concentração. Um aspecto é o desejo, a mente... o primeiro aspecto: desejo e mente. Outro
aspecto: o corpo. Pra nós controlarmos os nossos pensamentos com a imposição da concentração,
precisamos melhorar nosso corpo e melhorarmos a mente, senão é impossível. Um corpo incômodo
impossibilita a pessoa de se concentrar. Porisso quando alguém fica doente, fica chato... vocês já viram que
quando a gente fica doente, fica chato? Porque não tem lugar bom pra gente, a gente não consegue
estabilizar o que a gente sente e o que a gente pensa, porque o nosso corpo está em desarmonia, em
desequilíbrio. É muito importante que o nosso corpo esteja bem, pra exercitarmos. Depois de aprender a
concentração, o corpo pode até eventualmente, esporadicamente viver alguma desarmonia, mas não passa a
ser predominante no tempo, só esporádicas desarmonias no máximo.
Depois da mente há outro aspecto mais importante do que o corpo, é o segundo aspecto que nós vamos
analisar. Se uma pessoa tem desejos muito fortes e descontrolados, ela não terá como concentrar-se porque
os desejos irão em várias direções, muitas vezes direções opostas, e isso impedirá que ela se concentre
adequadamente. O desejo pode gerar o medo, o medo pode gerar a insegurança, ansiedade, preocupação, e
a famosa ansiedade e preocupação desestabilizam qualquer concentração. Imagine que alguém trabalhou
muito pra conseguir uma coisa e tem medo de perder aquilo que conseguiu. Esse medo vai ser cheio de
angústia, cheio de ansiedades, de receios, o que não deixará ela concentrar-se em nada, ficará sempre com
aquilo perturbando a mente dela. Um descuido na mente fica batendo... imagine alguém que vai fazer
alguma coisa com alguém que fica batendo na sua porta, batendo na janela, e você ‘nossa, mas eu não
consigo concentrar com essa pessoa batendo na parede, batendo na porta, batendo na janela’... Se nós temos
alguma preocupação, ela é inimiga da concentração.

Se a pessoa quer se concentrar é preciso aprender a solucionar as preocupações, não se preocupar, se


ocupar, jamais se preocupar, e sim se ocupar de forma muito raciocinada, coerente, confiante, Uma coisa
muito importante é ter fé raciocinada, uma fé raciocinada. Uma pessoa ansiosa, insegura, com conflitos
internos, não tem como ter concentração, não tem. O medo precisa ser combatido, precisa ser vencido,
senão não há concentração onde há medo. Medo de qualquer coisa. Então quer dizer que a gente não deve
ter medo de nada? Precisamos evitar qualquer tipo de medo porque senão não consegue se concentrar, o
medo impede isso porque tem uma reação em cadeia, ele produz uma reação em cadeia, que é angústia,
ansiedade, inseguranças... e aí deixa a pessoa preocupada. Aquela coisa: ‘será que vai dar certo, será que
vai dar errado?’ Isto é angustiante.

Porisso, se nós conseguirmos evitar o medo, evitar as preocupações... É um exercício diário, é um exercício
pra séculos, em alguns casos milênios... são muitas e muitas encarnações que precisarão ser gastas pra uma
pessoa conseguir de fato adquirir a concentração ao ponto de pensar só o que quer. ‘Não quero pensar isto
agora’... e não pensa. De repente daqui a três horas ele tem esse pensamento... ‘não, não, não, eu não
quero’... e depois ele não vem mais. Olha... a liberdade de pensar apenas o que se quer, não é pouca coisa
não! É uma coisa maravilhosa, que transforma a nossa vida. Você vê muitas vezes a pessoa assim de bem
com ela... ‘mas porque você está tão bem assim?’... ‘não, porque eu estou de bem com a vida, não estou
preocupado com nada, nada está me incomodando’... Ela não tem a vida dita maravilhosa, aquela vida sem
problemas de nenhuma natureza... não, as dificuldades podem vir como pra qualquer pessoa. A questão é
que ela consegue isolar-se de suas dificuldades.

Fé raciocinada, isto é muito importante. Porque nós estamos aqui por um breve tempo para aprender
determinadas coisas, no final não ficará nada a não ser o que nós aprendemos, nada. Nem conhecimentos,
nem pessoas, nem família, nem nada. Ficou o que... parece bolinha de sabão... por um breve instante existe,
depois deixa de existir. Sabe que esse breve instante pode ser de décadas, algumas vezes até mais de um
século... mas é breve para o espírito. Nesse breve instante, se nós aprendermos a ter a fé de que existe uma
ordem maior na vida, que é justa, amorosa e sábia, e que o chamado mal é apenas aparente, e que o caos é
apenas aparente, que ninguém paga sem dever e que ninguém deve sem pagar, e que no final a gente não
fica com nada porque a gente não é dono de nada, que a gente não perde nada porque a gente não é dono de
nada... O que mais impede a gente de conseguir se concentrar é o apego, isso é o que mais impede.

Uma moça sai para o shopping, olha na vitrine e vê uma roupa que muito lhe agradou, ela gostou do estilo
da roupa. Viu o preço... ‘hum, não disponho desse dinheiro agora’... aí tem muita gente que fala ‘cartão’. O
cartão dela já está estourado, ou não podia usar o cartão. Ela se controlou ‘não, mês que vem eu compro
essa roupa’... Mas talvez no mês que vem não tem mais ela... Ela já começou a ficar ansiosa, porque ela
queria era aquela, não servia outra, tinha que ser aquela. Porque não servia outra? Servia, mas ela se apegou
precisamente naquela. E começou a ficar com medo, começou a ficar com ansiedade, começou a ficar
preocupada. Ela ficou preocupada que se ela gastasse, ela ia se endividar de uma forma que iria perturba-la,
ia tirar o equilíbrio econômico dela... Ela ficou preocupada que se ela não comprasse, ela não saciaria seu
desejo. Comprando ou não comprando, ela estava perturbada... Muito difícil... por causa de uma simples
roupa... simples pra quem está de fora, mas pra ela, ela se sentiria muito bem dentro daquela roupa, e essa
idéia de se sentir bem... Se ela não conseguisse aquela roupa, ela não teria esse prazer que pra ela era como
um troféu, uma coisa que lhe faria muito bem. Mas ela se sentiu muito mal pra conseguir esse bem. Chegou
no outro mês e ela foi lá, e comprou a roupa, vestiu a roupa, se sentiu bem, e dali a pouco apareceu outra
roupa mais interessante, dentro dos seus conceitos, e tudo recomeçou novamente em outros aspectos. Falta
de flexibilidade, ela tinha falta de flexibilidade.

A nossa vida vem sempre nos mostrar a importância da flexibilidade. Ser flexível não é se corromper, não é
mudar seus conceitos, é deixar abrir para o novo. Quando nós não somos flexíveis, nós não lidamos muito
bem com as chamadas perdas porque a mudança representa uma perda. E isso atrapalha a concentração, a
possibilidade de perder, de mudar. Como a pessoa tem medo de perder o emprego, como a pessoa tem
medo de se separar, como a pessoa tem medo de que a sua vida mude... e esse medo que assombra,
atrapalha a concentração. O medo de ser punido, o medo da dor, o medo da falta do prazer com o qual já
está acostumado. Isto é prejudicial. Porisso nós precisamos aprender a desenvolver uma compreensão sobre
o que temos e sobre o que não temos, porque através dessa compreensão é que a gente saberá no que
podemos nos apegar para substituir outros apegos prejudiciais. Porque não dá pra gente simplesmente
desligar de tudo, a gente precisa ir substituindo por coisas que os efeitos colaterais não sejam tão ruins
como os outros, até que um dia poderemos nos libertar completamente de todos os apegos. Mas ainda há
necessidade muitas vezes na vida de alguém de se apegar a determinadas coisas, aquilo é o que compõe o
seu mundo, seu universo, é o que reflete em si a sua noção de identidade, é o que faz a pessoa perceber que
existe, por isso é importante.

A questão, é que uma coisa tem seu limite que precisa ser conhecido. A mudança, quando nós trabalhamos
o raciocínio, do papel da mudança, a gente coloca assim na cabeça ‘eu vou lá procurar aquela roupa, se não
tiver, vou procurar alguma que me agrade.’ Porque? Porque neste mundo nenhum dia é como o outro, nada
é como a outra. Se a gente pegar uma máquina fotográfica e fotografarmos a mesma paisagem, a cada
segundo veremos que aquela paisagem já mudou, porque cada uma é única, não temos como deter o tempo,
ele é um devorador. Isso faz parte da vida. Se nós não tivermos como aceitar a mudança, não
conseguiremos nos concentrar. Se a gente aceitar a mudança que passa em volta de nós, dentro de nós, com
naturalidade, nós conseguimos nos concentrar no foco único, no presente único. A onipresença é
importante, mas nós só conseguimos a onipresença de fora pra dentro e não de dentro pra fora. Nós
precisamos sair desse mundo externo e entrar dentro de nós, e é dentro do nosso espírito que a gente
consegue a onipresença. Até então, com nosso ego, nós precisamos estar presentes não em todas as
direções, porque isto nos fragmenta mais ainda, nos tira mais ainda a lucidez e atrapalha mais de vivermos
aqui.

Portanto, vamos ver um exemplo típico de concentração. Uma pessoa está concentrando-se em alguma
coisa. Digamos que em sua casa, vai conversar com alguém. Naquele momento que está conversando com
aquela pessoa, digamos que ela se entregue completamente àquela pessoa. Naquele momento, ela não
percebe nada mais à sua volta, nada mais, apenas aquele momento. E aquele momento se torna tão denso,
tão completo, que há uma fusão ali. Saiu dali, não pensa mais naquele momento. Mas ela se apegou, porque
aquele momento foi muito agradável... aí já atrapalha a concentração. Por isso, alguém que se concentra é
alguém que dá uma prova de desapego, porque para estar aqui ela deixou de estar em muitos lugares. Tem
muita gente que está andando aí e parece só teleguiado, porque está longe, a pessoa está longe, o corpo está
ali mas ela está longe, ela não está presente. A mente dela está longe. Isso, na família, na vida afetiva, a
gente percebe muito. Você está namorando alguém e você percebe que o corpo dela está ali, mas o espírito
dela está longe... o amor acaba. Tem muita gente que pensa que está casado, mas o casamento já acabou faz
tempo, porque eles não concentram um no outro mais, não concentram. A pessoa está ali ‘oi, tudo bem... o
que você estava falando mesmo?’... está longe, não... vive com a pessoa, não... na verdade nem vive, os
corpos estão ali, mas se ignoram.

A capacidade de estar presente, ela é muito importante para nosso crescimento espiritual, material, em
qualquer aspecto... estar presente. Aí tem outros aspectos, como corporal, os vírus mentais... Nossa, os vírus
mentais são terríveis. São formas-pensamento que ficam em nosso chacra Coronário e Frontal que
perturbam o fluxo da energia dos pensamentos. Quando a gente assiste televisão e vê um filme violento,
uma pessoa batendo na outra, machucando outra e a maldade, a perversidade, a tendência é que aquelas
imagens quando vêm, entram em nossa aura e se misturam com a nossa energia vital, aquelas imagens
influenciam a nossa energia vital e fazem a nossa energia vital funcionar numa certa desarmonia que cria
(criaturas?) perturbadoras. Essas criaturas passam a comer a energia vital do nosso corpo, e ficam entrando
na nossa cabeça e se alimentando das nossas energias vitais. Quando a gente vai pensar, a estrada pela qual
o pensamento passa fica obstruída por essas criaturas, e quando a energia do pensamento passa, essas
criaturas contaminam essa energia, e a energia chega tendenciada no local onde ela devia exercer alguma
influência, e nós passamos a não ser completamente nós, passamos a ser o produto da influência dessas
criaturas chamadas vírus mentais, formas-pensamento perturbadoras que se alojam em nosso cérebro,
alimentando-se de energias etéricas, de energias vitais.

Uma pessoa com vírus mentais, dependendo da quantidade e da natureza de tais vírus, não consegue se
concentrar, enquanto não limpar não consegue. Precisa se livrar completamente desses vírus, senão não vai
conseguir se concentrar. Nossa, ver esses vírus na cabeça de alguém é uma coisa muito chata. Ainda bem
que nem todo mundo tem em evidência, porque se tivesse... tem gente que não ia conseguir comer mais,
não ia. Muita coisa que a gente faz é por pura ignorância, porque se soubesse não faria. Muitas vezes a
gente está comendo um pastel num lugar aí, um salgadinho, que na verdade não tem só o que parece que
tem ali não, tem muita porcaria que vem e enche o nosso corpo de coisas, coisas que os olhos não vêm mas
que existem. Será que só existe o que nossos olhos vêm?

Certa vez eu vi um vírus mental terrível. Ele era terrível porque ele comia os outros e ficava grandão perto
da cabeça da pessoa. E a pessoa tinha pego esse vírus mental de uma forma boba. Ela tinha andado pela
rua, na rua ela pisou nessa coisa e essa coisa (energética, não é física)... é uma coisa energética, não é
espiritual também não, ela não é um espírito, é uma forma-pensamento, é uma criatura gerada pelas
emoções perturbadas das pessoas. Essa pessoa pisou e aquela coisa ficou grudada no sapato dela. Ela foi
pra casa... Em casa, ela entrou com o sapato dentro de casa, foi no quarto dela, tirou o sapato, deixou o
sapato debaixo da cama, e a coisa conseguiu se libertar do sapato dela e ficou andando pelo quarto... e a
coisa subiu na cama, entrou pela orelha, pelo ouvido e ficou lá até pouco tempo atrás, estava lá. Nem pra
pagar aluguel nem nada... Só atrapalhava os pensamentos da pessoa.

Porisso, tem certos hábitos tão simples, como não entrar em casa de sapatos, de guardar os sapatos de
preferência num lugar onde não tenha tanto contato contigo, limpa-los mais vezes durante a semana, com
determinadas coisas psíquicas que ajudam. Nossa, como isto ajudaria, higiene! A gente às vezes tem muito
cuidado com a higiene física, mas esquece a higiene energética. Uma pessoa sensível energeticamente, se
ela vai num shopping cheio, num supermercado cheio, numa feira cheia, depois de meia hora a pessoa
começa a sentir tonteiras, começa a sentir mal estar. Depois de uma hora, a pessoa parece que bebeu
alguma coisa, que ela está tontinha, está com mal estar, parece que alguma coisa lhe embrulha o estômago.
Isso é vulnerabilidade? Não, isso é sensibilidade.

Tem muita gente que não sente porque a coisas está tão suja, está tão imunda que criou um cascão, não
consegue perceber nada espiritual. Como é que vai conseguir se está cheio de coisa grudada nos chacras?
Está tudo sujo, não consegue concentrar a mente, só fica pensando em besteira. Tenta visulizar uma coisa e
só fica pensando em violência, em mulher pelada, em homem pelado, não consegue pensar em nada
transcendental, em nada espiritual, em nada sutil, não consegue! Só consegue lembrar de alguém que
ofendeu, de uma mágoa, de uma raiva, de um medo, de uma frustração, de uma tristeza. Não lembra de
nada bom, não consegue se concentrar em nada positivo. Isso é um problema causado pelos vírus mentais,
causado por uma atitude apegada a vaidades, orgulhos, a rigidez de temperamento, que não possibilita a
flexibilidade suficiente pra se adaptar a uma nova situação, nova situação essa que é muito importante.

Tem gente que acha que Deus é mau por permitir a morte, que Deus é mau por permitir a destruição das
coisas. Mas não é. Tem uma ordem suprema muito sábia, justa e amorosa sustentando toda a destruição,
porque é destruindo o velho que se dá a possibilidade do novo surgir. Mas esse novo vai se transformar no
velho que será destruído, pra nos libertar dessa ilusão. Se essa ilusão fosse eterna, não fosse destruída
jamais, nós ficaríamos pra sempre escravos de uma mesma coisa, sempre, sem expansão, sem crescimento.

Porisso, a concentração... Nossa... você tem aquela conta pra pagar, nesse momento não pense em nenhuma
conta... ‘Nossa, eu ofendi aquela pessoa, será que ela ficou magoada?’... não pense em nenhum remorso,
nenhuma culpa. ‘Nossa, eu tenho que comer aquilo, está tão gostoso, queria tanto comer aquele bolo, e
agora surgiu a oportunidade de ir lá e eu vou comer agora... poxa, mas agora eu tinha que estar visualizando
uma cachoeira de luz sobre o meu corpo... mas é muito melhor pensar naquele pudim que eu vou comer...
hum... não, não posso pensar nisso não’... E vai pensando... isso é falta de concentração. O desejo não pode
estar assim igual serpente picando em todas as direções.

Na maior parte das pessoas, os desejos são como serpentes que ficam picando tudo que se movimenta à
volta da pessoa. Nós precisamos hipnotizar os nossos desejos. Quando eles começam a despertar a gente
fala ‘não, neste momento eu quero isto, só isto, não quero mais nada, preciso só disto’... Ah, mas tem outra
coisa que você pode perder: ‘não, eu confio na vida, eu confio em Deus, o que é meu é meu, por algum
tempo, não pra sempre, mas por algum tempo.’ Aceitar a transitoriedade das coisas, isso é dar consistência
na atitude raciocinada, na fé, isso é muito importante. Os medos e os desejos precisam ser renunciados. Se
nós renunciamos a uma coisa, não há sacrifício algum em sua perda, só há sacrifício quando não há
renúncia. Precisamos renunciar ao apego das coisas que não nos pertencem, e nas que nos pertencem
aceitar a transitoriedade dessa ordem, que é transitória.

Isto vai dar uma fé raciocinada para suportarmos a perturbação dos medos e dos desejos que ficam batendo
à nossa porta dos sentidos, da inteligência, dos pensamentos, das emoções, dos sentimentos. Porisso, vai
fazer qualquer coisa, feche a sua mente pra todas as outras coisas naquele momento. Se precisa de completa
atenção para o que se está fazendo. Vamos agora pra uma técnica que vai ajudar no desenvolvimento da
concentração. Quem desejar fazer essa técnica, pode fazer, quem não desejar não precisa.

Nós vamos estimular energeticamente a palma das mãos; vamos fazer uma elasticidade magnética para
sensibilizarmos psiquicamente as mãos... aproxima a palma das mãos e afasta. Quando aproximar, procure
concentrar magnetismo, você vai sentir uma repulsão quando aproximar. Quando afastar, vai sentir atração.
Isto é para ativar os chacras, os centros de força das mãos. Vamos fazer uma limpeza do nosso chacra
Coronário e Frontal. Vamos mentalizar uma lâmina de luz prateada raspando a pele de nossa cabeça...
passando pelo topo da cabeça, a testa, o rosto... Agora aqui nós vamos segurar a energia que foi limpa,
vamos mentalizar que ela está sendo queimada, que as nossas mãos estão queimando esta energia, como se
as nossas mãos fossem brasas incandescentes, que queimam a energia. Agora vamos raspar com nossas
mãos... raspa as mãos energeticamente... Volta... Agora a cor violeta, a lâmina na cor violeta, vai limpar o
Coronário, o Frontal, o rosto... Abaixo do queixo nós vamos puxar a energia e mentalizar as mãos
incandescentes queimado. Raspar novamente as mãos... Agora nós vamos estender as mãos pra baixo...
Vamos mentalizar como se fosse um chuveiro de energia prateada saindo das mãos. Tudo o que está nas
mãos é projetado pra fora, e as mãos ficam limpas.

Agora vamos passar uma mão na outra e vamos mentalizar uma energia prateada derretendo nas mãos, e as
mãos vão ficar molhadas de energia prateada, como se fosse prata derretida. Agora vamos colocar sobre a
cabeça, suavemente sobre a cabeça, mentalizar que o líquido prateado que está jorrando das mãos é
absorvido pelo crânio e vai pra dentro da cabeça, e o cérebro fica dentro desse líquido, flutuando dentro do
líquido, no crânio, e o cérebro absorve esse líquido prateado luminoso, e começa a brilhar como se fosse
uma lâmpada prateada. Voltemos... um líquido prateado vai minando das mãos... A gente faz esse
movimento (de friccionar as mãos) pra gente estimular os chacras numa densidade maior, pro líquido ser
mais denso... Denso não é negativo, nunca tenha denso como sinônimo de negativo, denso é mais próximo
do corpo.

Vamos mentalizar novamente o cérebro absorvendo... Esse exercício não deve ser feito logo antes de
dormir porque ele pode gerar insônia, porque deixa o Coronário muito ativado, o chacra fica muito forte.
Vamos voltar... Sempre mentalizando o líquido minando das mãos... O cérebro brilha intensamente como
uma lâmpada prateada e desintegra qualquer micro-organismo, só fica os neurônios como se eles fossem
limpados. Vamos voltar... Os neurônios vão sendo limpados... Vamos agora baixar os braços um pouco.
Esse exercício é útil para, na cor prateada, para queimar os vírus mentais. Na cor dourada, vitaliza o
cérebro. Na cor violeta, só pessoas com muita prática no movimento de energias psíquicas pode fazer. Eu
falo logo, porque se alguém não tem muita prática na movimentação de energia psíquica fizer a
visualização dessa energia violeta, pode sobrecarregar o chacra Coronário e desenvolver dor de cabeça. A
energia violeta é muito poderosa e pode, em alguns casos, perturbar a pessoa, porque ela limpa demais e
pode limpar os neurônios junto.

Vamos agora para o próximo exercício: estimular o chacra Frontal. Vamos fazer pressão magnética, só que
ao invés de ser uma mão na outra, vai ser no Frontal. Você vai comprimir o centro da testa com as mãos e
vai comprimir as mãos com o centro da testa. Depois você solta... Você faz pressão, você não vai puxar a
testa, só vai empurrar magneticamente a testa e empurrar as mãos magneticamente com a testa. É um cabo
de guerra magnético das mãos com a testa. Para quê isso? Você vai fortificar o chacra Frontal, depois eu
explico a importância de fortificar o chacra Frontal. Vamos lá...
Pode ser de olhos abertos ou fechados, depende de como se sentir melhor... (faz o processo de pressão
magnética com as mãos voltadas para o chacra Frontal, a uma distância de aproximadamente um palmo do
Frontal, por uns dois ou três minutos) Vamos cessar o exercício...

Nós temos aqui, energeticamente, uma tela cor cristal, uma lente. Quando nós visualizamos alguma coisa,
nós projetamos para o Frontal a visualização. Quando nós desenvolvemos o Frontal, nós podemos ver essa
visualização, ver de fato, a cores ou preto e branco, depende da riqueza, da qualidade da energia que já
estamos irrigando o chacra Frontal, o centro de força Frontal. Se nós energizarmos mais ainda, nós estamos
abrindo a terceira visão, e poder ver não apenas as energias, mas mundos etéricos, astrais, mentais. E se nós
abrirmos mais ainda, nós podemos desenvolver a onipresença, que é pelo chacra Frontal que nós saímos em
projeção mental. Quando a pessoa tem dificuldade pra se concentrar ou pra visualizar alguma coisa, é
porque esse chacra está pouco desenvolvido. Esse exercício ajuda, só que é recomendável que não seja
feito demais, que seja feito diariamente mas por cinco minutos, dez minutos no máximo, senão depois dá
dor de cabeça, a pessoa fica com uma dorzinha de cabeça muito ruim.

Uma coisa que estava meio atrofiada, de repente põe pra correr, as perninhas não vai dar conta. Precisa ser
gradativo, fazer uma fisioterapia primeiro pra depois por pra correr, desatrofiar primeiro. Esse exercício
ajuda, mas muitas coisas que nós pesquisamos estatisticamente e verificamos, uma das grandes causas da
humanidade não conseguir se concentrar muito bem é a manipulação mental. É, manipulação mental. A
maior parte dos seres humanos são como gado no pasto. Existem seres que manipulam completamente,
fisicamente, mentalmente, os seres encarnados. Essa manipulação é feita por irradiação que acabam criando
cordões energéticos, e esses cordões energéticos precisam ser rompidos, e nós podemos contribuir para
esses cordões energéticos serem rompidos. Alguns deles são magnéticos, outros são materiais, matéria
etérica, matéria astral. Como é que nós podemos rompe-los? Arrebentando-os.

Vamos novamente passar suavemente a palma das mãos uma na outra. Agora vamos olhar pra palma das
nossas mãos e na nossa mente vamos procurar vê-las como brasa incandescente. Olhe para suas mãos e
imagine que elas sejam brasas alaranjadas. Você não sente elas queimando você, mas elas estão
extremamente quentes como brasas. Agora mentalize que elas continuam incandescentes como brasa, vá até
o chacra Frontal e pense que você está segurando alguns fios de energia, vários fios... você está segurando e
derretendo esses fios, esses fios que tendenciam o seu pensamento. Você está arrebentando, eles estão
derretendo nas suas mãos. Solta... Mentalize a brasa novamente, segura os fios, derrete mais fios... eles
arrebentam. Solta... Derrete novamente... Faz umas três vezes, depois, com a mão direita sobre a testa,
energize e faça o movimento de aparafusar, como se você estivesse aparafusando alguma coisa na sua testa.
Você está fechando. Imagine que os talinhos, os talos de energia, você está derretendo... A sua pele está
ficando perfeita, como a pele física. Agora mentalize, continue com a mão aí na testa, mentalize que uma
energia cria uma segunda pele no seu corpo, uma pele blindada, nada consegue entrar por essa pele, uma
pele prateada e espelhada. Seu corpo inteiro está espelhado. Pode baixar a mão... Seu corpo inteiro está
espelhado. Mentalize que qualquer cordão de energia que tente entrar no seu corpo não consegue perfurar
essa pele prateada.

Quais são os locais mais visados para manipulação energética nos seres humanos, e que atrapalha na
concentração? Porque muitas vezes nós pensamos o que os nossos “donos” (entre aspas) querem que nós
pensemos. Eles manipulam muito. O chacra Frontal, o Plexo Solar e o chacra Básico. O Plexo Solara fica
na boca do estômago e o Básico fica na região do órgão sexual. As entidades do governo oculto negativo do
planeta, elas gostam de manipular as pessoas principalmente por esses chacras, por esses centros de
energia, e atrapalham no desenvolvimento da concentração. Fazer por alguns dias esse exercício de cortar
os fios, ajuda a se libertar. Esse ajuda a limpar e esse ajuda a desenvolver o Frontal.
Desenvolvendo o Frontal, a pessoa consegue visualizar melhor, consegue, um indivíduo que só tinha
sonhos preto e branco começa a ter sonhos coloridos. Qualquer dificuldade de imaginar coisas está
associado ao bloqueio do chacra Frontal, esse centro de força psíquico que fica na testa. Esse exercício aqui
estimula, desatrofia, fortifica o chacra Frontal. Não adianta fazer demais de uma vez, é um pouquinho dia
após dia. Desatrofia, depois faz mais e fortifica. Fortificando, a facilidade de mentalizar se torna enorme.
Toda vez que eu falo do governo oculto eles me esperam depois à noite pra ter uma conversinha nada
amistosa comigo, mas faz parte do trabalho da gente falar sobre eles. Eles têm o direito cármico de resgatar
o carma das pessoas, mas nós temos o direito de conscientizar as pessoas, visto que a maior parte dos seres
humanos aqui não têm livre-arbítrio presente... têm livre-arbítrio passado. No passado, tiveram o seu livre-
arbítrio e cometeram uma série de erros que geraram carmas, e esses carmas deram poder a entidades mal
intencionadas de usar o seu poder para manipular aqueles que têm carma, e essa manipulação mental ocorre
demais, demais mesmo! E atrapalha na concentração, porque se você se concentra numa coisa que vai ser
importante pra sua libertação espiritual, as entidades de baixo nível evolutivo vão fazer você dormir, vão
fazer você pensar em outra coisa, vão fazer você se desligar do que está sendo colocado. Porque? Porque aí
você não se esclarece. A ignorância é a principal aliada do medo, do sofrimento e da manipulação.

Porisso, a concentração, nós estimulamos o desenvolvimento dela é pra que ela sirva de grande auxiliar da
lucidez, da consciência, que irão forjar a libertação espiritual da pessoa, de toda a servidão emocional e
material, porque o carro é para nos servir e não para nós vivermos anos pensando no carro, na casa, na
esposa, no marido, nos filhos. A gente precisa pensar em primeiro lugar na evolução de todos os seres, na
evolução, no crescimento da vida. Mas quando a gente esquece que os meios são para alcançar determinada
finalidade e vive pelos meios, isso é servir à matéria, é servir às emoções egoístas. E a concentração pode
nos ajudar a aumentar a lucidez que alimenta a consciência, e nós termos uma vida de fato melhor. Se nós
agora conseguimos pensar nisto que está sendo dito, no significado disso, e não nos desejos ou medos que
nos assombram lá fora, isto já é um princípio de liberdade, de ser livre para pensar o que o seu espírito
deseja e não aqueles que se alimentam de sua vitalidade desejam.

Por hoje vamos ficar por aqui.

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