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dxQuem Morre? (Pablo Neruda) Morre lentamente...

Quem no viaja; Quem no l; Quem no ouve msica; Quem no encontra graa em si mesmo. Morre lentamente... Quem destri o seu amor-prprio; Quem no se deixa ajudar. Morre lentamente... Quem se transforma em escravo do hbito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos; Quem no muda de marca, no se arrisca a vestir uma nova cor ou no conversa com quem no conhece. Morre lentamente... Quem faz da televiso o seu guru. Morre lentamente... Quem evita uma paixo; Quem prefere o "preto no branco" e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoes, justamente, os que resgatam os brilhos dos olhos, sorrisos dos bocejos, oraes aos tropeos e sentimentos. Morre lentamente... Quem no vira a mesa quando est infeliz com seu trabalho; Quem no arrisca o certo pelo incerto, para ir atrs de um sonho; Quem no se permite, pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente... Quem passa os dias queixando-se da sua m sorte ou da chuva incessante. Morre lentamente... Quem abandona um projeto antes de inici-lo, no pergunta sobre um assunto que desconhece ou no responde quando lhe indagam sobre algo que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que, estar vivo exige um esforo muito maior que o simples fato de respirar. Somente a PERSEVERANA far com que conquistemos um ESTGIO ESPLNDIDO DE FELICIDADE.

O Amor (Lus de Cames) Amor fogo que arde sem se ver; ferida que di e no se sente; um contentamento descontente; dor que desatina sem doer. um no querer mais que bem querer; um andar solitrio entre a gente; nunca contentar-se de contente; um cuidar que se ganha em se perder. querer estar preso por vontade; servir a quem vence o vencedor; ter, com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode, seu favor, Nos coraes humanos, amizade; Se to contrrio a si o mesmo amor?

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