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FUNDAÇÃO VISCONDE DE CAIRU

FACULDADE DE CIENCIAS CONTÁBEIS


CEPPEV – CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA VISCONDE DE CAIRU
CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE – CRC
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC
ESPECIALIZAÇÃO EM CONTROLADORIA

CONTRIBUIÇÃO DO SETOR TERCIÁRIO PARA A


ECONOMIA EM VITÓRIA DA CONQUISTA

MIZAEL BISPO DA SILVA

VITÓRIA DA CONQUISTA - BA
OUTUBRO DE 2005

2
FUNDAÇÃO VISCONDE DE CAIRU
FACULDADE DE CIENCIAS CONTÁBEIS
CEPPEV – CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA VISCONDE DE CAIRU
CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE – CRC
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC
ESPECIALIZAÇÃO EM CONTROLADORIA

CONTRIBUIÇÃO DO SETOR TERCIÁRIO PARA A


ECONOMIA EM VITÓRIA DA CONQUISTA

MIZAEL BISPO DA SILVA

VITÓRIA DA CONQUISTA - BA
OUTUBRO DE 2005

3
352.942 SILVA, Mizael Bispo da
S596p Contribuição do Setor Terciário Para Em
Vitória da Conquista./Mizael Bispo da Silva. -
Vitória da Conquista, 2005.
75p.
Monografia (Especialização) – Fundação
Visconde de Cairu.

1 - Setor Terciário – Vitória da Conquista. 2-


Economia Regional – Vitória da Conquista.3-
Setor Terciária – análise. I A. II – T.

4
CONTRIBUIÇÃO DO SETOR TERCIÁRIO PARA A
ECONOMIA EM VITÓRIA DA CONQUISTA

5
MIZAEL BISPO DA SILVA

PARTICIPAÇÃO DO SETOR TERCIÁRIO LOCAL


NA ECONOMIA DE VITÓRIA DA CONQUISTA

Monografia apresentada ao curso de


Especialização em Controladoria da Fundação
Visconde de Cairu, Salvador-Bahia, como parte
dos requisitos para obtenção do título de
Especialista em Controladoria.

Orientadora:

Profa. Dra. Ana Elizabeth Santos Alves

VITÓRIA DA CONQUISTA -BA


OUTUBRO DE 2005
6
CONTRIBUIÇÃO DO SETOR TERCIÁRIO PARA A
ECONOMIA EM VITÓRIA DA CONQUISTA

Aprovado em ___ / ________ / ____

BANCA EXAMINADORA

______________________________
Examinador

______________________________
Examinador

______________________________
Examinador

7
RESUMO

O censo de 1985 do IBGE, na região Sudoeste revelou quase 5.000 estabelecimentos do setor
terciário, de todos os tamanhos, vale dizer 11% do número total dos estabelecimentos baianos
de comércio. O Sudoeste ainda empregava, no período, aproximadamente 9% dos
comerciários da Bahia. Esses números, proporcionais à participação da região na população
estadual, confirmavam em certa medida o papel tradicional de centros comerciais importantes
como Vitória da Conquista. Com tudo isso, uma análise mais aprofundada revela que em
Vitória da Conquista houve uma considerável expansão e diversificação do setor terciário na
década de 1990. Visto que, enquanto o censo econômico de 1985 registrava a presença de
pouco menos de 5.000 estabelecimentos comerciais no conjunto do Sudoeste, um
levantamento realizado em 1992 pelo SEBRAE revelou a presença de 4.812 estabelecimentos
comerciais e de serviços apenas em Vitória da Conquista. Além disso, é visível a
multiplicação de atividades (oficinas, clínicas, escolas, faculdades, farmácias, padarias,
delicatessens, lojas de conveniência, minimercados, construção de um shopping na Zona Sul
da Cidade etc.). Dessa forma, o setor terciário se destaca na composição do PIB municipal e é,
portanto, o setor da economia que vincula Vitória da Conquista a cidades de outras regiões do
Estado da Bahia com seu raio de abrangência chegando até ao Norte de Minas Gerais.

PALAVRAS CHAVE – Setor Terciário, Economia Regional, Análise do Setor Terciário.

8
SUMMARY

The census of 1985 of IBGE, in the Southwest area almost revealed 5.000 establishments of
the tertiary section, of all the sizes, it is worth to say 11% of the total number of the
establishments from Bahia of trade. The Southwest still used, in the period, approximately 9%
of the commercial employees of Bahia. Those numbers, proportional to the participation of
the area in the state population, they confirmed in certain measure the traditional paper of
important commercial centers like Vitória da Conquista. With all this, an analysis more
deepened she reveals that in Vitória da Conquista there were a considerable expansion and
diversification of the tertiary section in the decade of 1990. Because, while the economical
census of 1985 registered the presence of little less than 5.000 commercial establishments in
the group of the Southwest, a rising accomplished in 1992 by SEBRAE he revealed the
presence of 4.812 commercial establishments and of services just in Vitória da Conquista.
Besides, it is visible the multiplication of activities (workshops, clinics, schools, universities,
drugstores, bakeries, delicatessens, convenience stores, construction of a shopping in the
South Zone of the City etc.). In that way, the tertiary section stands out in the composition of
municipal and it is, therefore, the section of the economy that links Vitória da Conquista to
cities of other areas of the State of Bahia with your inclusion ray arriving to the North of
Minas Gerais.

9
LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - Municípios e grau de urbanização: Bahia, 2000................................................33


TABELA 2 – População 1970 - 1980 - 1991 – 2000..............................................................40
TABELA 3 – Relação de pessoas ocupadas por empresa em Vitória da Conquista...............43
TABELA 4 – Mão de obra empregada em Vitória da Conquista............................................44
TABELA 5 – Empresas por faixas de ocupados, 1999.............................................................44
TABELA 6 - Pessoal ocupado assalariado e remunerações pagas, 1999................................45
TABELA 7 - Consumidores de energia elétrica por setor da economia em Vitória da
Conquista 2000 e 2001.............................................................................................................45
TABELA 8 - Consumo de energia elétrica (mwH) por setor da economia em Vitória da
Conquista 2000 e 2001.............................................................................................................45
TABELA 9 - Consumo de energia elétrica (mwH) por setor da economia em Camaçari-Ba e
Barreira-Ba ano 2001...............................................................................................................46
TABELA 10 - Variação do rendimento médio real mensal das pessoas responsáveis pelos
domicílios, segundo os municípios: Bahia, 1991-2000............................................................48
TABELA 11 – PIB Per capto 1996. Brasil. Bahia. Vit. Da Conquista, 1996...........................49
TABELA 12 – PIB por Setor da economia 1970 a 1996 - Deflacionado pelo Deflator
Implicito do PIB Nacional ano 2000.........................................................................................49
TABELA 13 - Produto Interno Bruto Municipal 1970 a 1996 - Deflacionado pelo Deflator
Implicito do PIB Nacional ano 2000.........................................................................................61
TABELA 14 - PIB do Setor Terciário 1970 a 1996 - Deflacionado pelo Deflator Implicito do
PIB Nacional ano 2000.............................................................................................................62
TABELA 15 - PIB do Setor Primário 1970 a 1996 - Deflacionado pelo Deflator Implicito do
PIB Nacional ano 2000.............................................................................................................66
TABELA 16 - PIB do Setor Secundário 1970 a 1996 - Deflacionado pelo Deflator Implicito
do PIB Nacional ano 2000........................................................................................................66
TABELA 17 - PIB por Setor da economia 1970 a 1996 - Deflacionado pelo Deflator Implicito
do PIB Nacional ano 2000................................................................................................67

10
LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 – Produção Municipal de Café – (1996).............................................................39


QUADRO 2 - Valor do rendimento nominal médio mensal, valor do rendimento nominal
mediano mensal das pessoas com rendimento, responsáveis pelos domicílios particulares
permanentes, segundo municípios selecionados: Bahia, 2000.................................................47
QUADRO 3 - Valor do rendimento nominal médio mensal, valor do rendimento nominal
mediano mensal das pessoas com rendimento, responsáveis pelos domicílios, segundo os
municípios: Bahia, 2000...........................................................................................................48
QUADRO 4 - Quantidade de empresas, de acordo com as faixas de ocupados, 1999............61
QUADRO 5 -Pessoal total ocupado em empresa locais, segundo as faixas de ocupados,
1999...........................................................................................................................................62
QUADRO 6 - Pessoal ocupado e assalariado em unidades locais, 1999.................................63
QUADRO 7 – Quantidade de empresas por bairro...................................................................63
QUADRO 8 – Estrutura setorial das atividades em Vitória da Conquista- Total de unidades
cadastradas................................................................................................................................64
QUADRO 9 - PIB por Setor da economia 1970 a 1996 - Deflacionado pelo Deflator Implicito
do PIB Nacional ano 2000........................................................................................................66
QUADRO 10 – Estimativa do PIB municipal ano 2000.........................................................67
QUADRO 11 - Pessoas ocupadas e numero de estabelecimento do setor Terciário no
municipio de vitória da conquista ano 2001.............................................................................68
QUADRO 12 – Total de alvarás liberados pela Prefeitura Municipal, por atividade, no
período 1995/2002....................................................................................................................72

11
LISTA DE ABREVIATURAS

BACEN – Banco Central do Brasil


FMI – Fundo Monetário Internacional
GATT – Acordo Geral de Tarifas e Comércio
IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica
JETRO – Organização de Comercio Exterior do Japão
OCDE – Organização Para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
ONU – Organização das Nações Unidas
OMC – Organização Mundial do Comércio
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SEI – Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia
UNIDO – Organização das Nações Unidas Para o Desenvolvimento Industrial
UNCTAD – Conferência das Nações Unidas Para Comércio e Desenvolvimento

12
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... .14
1.1 Tema da pesquisa..........................................................................................................15
1.2 Justificativa...................................................................................................................15
1.3 Problema.......................................................................................................................15
1.4 Objetivos.......................................................................................................................15
1.4.1 Objetivo geral................................................................................................................16
1.4.2 Objetivo específico........................................................................................................16
1.5 Método e técnica de pesquisa........................................................................................16
1.6 Organização do trabalho................................................................................................18
2 REFLEXÕES SOBRE A ECONOMIA DO SETOR TERCIÁRIO.......................19
2.1 Definindo o setor terciário.............................................................................................19
2.2 Principais teorias sobre a economia do terciário...........................................................23
2.2.1 O Mercantilismo e a Economia do Terciário................................................................24
2.2.2 Os Fisiocratas e a Economia do Terciário.....................................................................25
2.2.3 Os Economistas Clássicos e a Economia do Terciário - Adam Smith..........................26
2.2.4 Os Economistas Clássicos e a Economia do Terciário - David Ricardo.......................27
2.2.5 As Atuais Abordagens Sobre a Economia do Terciário................................................28
3 O MUNICÍPIO DE VITÓRIA DA CONQUISTA..................................................33
3.1 Aspectos gerais de Vitória da Conquista.......................................................................33
3.2 As primeiras atividades econômicas.............................................................................33
3.3 A cidade e o comércio no começo do Século XX.........................................................36
3.4 A expansão da cidade a partir do surgimento de novas estradas..................................37
3.5 A década do café...........................................................................................................38
4 O SETOR TERCIÁRIO EM VITÓRIA DA CONQUISTA...................................40
4.1 Fatores determinantes para o desenvolvimento do setor terciário................................40
4.2 Composição do setor terciário do município.................................................................41
4.3 A renda local e o setor terciário................................................................... ................46
4.4 A nova tendência do setor terciário local......................................................................50
5 CONCLUSÃO.............................................................................................................53
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................56
Anexos......................................................................................................................................60

13
1 INTRODUÇÃO

Segundo Christaller, citado por Corrêa (1989), em sua Teoria das Localidades
Centrais, os núcleos de povoamento, ou seja, grandes, médias e pequenas cidades e até
pequenos núcleos rurais, são considerados como localidades centrais. Todas dotadas de
atividades de distribuição de bens e serviços para uma população que não é da mesma
localidade em relação à qual a localidade central tem uma posição central. Para ele a
centralidade de um núcleo refere-se ao seu grau de importância a partir de suas funções
centrais como comércio, serviços, indústrias etc. Quanto mais funções houver, maior a sua
região de influência, maior a população atendida pela localidade central, e maior a sua
centralidade.
Por exemplo, Vitória da Conquista, nesta acepção, é um centro regional, devido o
grande potencial econômico do setor terciário local, pois este, possibilita o fornecimento de
bens e serviços, a exemplo da venda de caminhões, carros, microcomputadores, educação,
consultorias e outras especialidades médicas etc. Diversas outras cidades da região Sudoeste e
norte de Minas Gerais são centros locais, sendo que a atuação de Vitória da Conquista
engloba todos esses centros, visto que, muitos bens e serviços demandados nessas cidades só
são ofertados neste município.
Polarizando uma área com mais de 200Km de circunferência atingindo uma população
de mais de 2 milhões de habitantes na região sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista é o
município que possui maior infra-estrutura comercial e de serviços na região.Contribui com
uma variedade de serviços, como também uma intensa atividade comercial tanto atacadista
quanto varejista. Destacam-se as empresas de alimentos e bebidas, café, cereais, insumos
agropecuários, gado bovino, como também, empresas de Vestuário (lojas e butiques),
calçados, móveis, colchões, insumos agropecuários, materiais de construção, aparelhos eletro-
eletrônicos, armarinhos, alimentos e outros (armazéns e supermercados), carne (açougues),
bebidas, brinquedos, papelaria, ferragens e ferramentas, livrarias, bancas de revistas, materiais
esportivos, artigos de caça e pesca, loterias, veículos, peças e acessórios, postos de gasolina,
grandes eventos musicais, farmácias, entre outras atividades.
Na agricultura, somente o município de Vitória da Conquista contribuiu na década de
1990 com mais de 20 mil empregos diretos na cafeicultura, com uma produção média de mais
de 500.000 sacas ao ano, o que representou 10% do PIB municipal em 1996 que foi da ordem
de R$ 760.000.000,00.

14
1.1 Tema da pesquisa

Nosso objeto de estudo é o setor terciário, cujo tema é a CONTRIBUIÇÃO DO


SETOR TERCIÁRIO PARA A ECONOMIA EM VITÓRIA DA CONQUISTA. O período
principal considerado para a pesquisa compreende, à partir da década de 1990, todavia, não
deixamos de considerar partes e períodos importantes que pudessem auxiliar na compreensão
da dinâmica atual do setor terciário. Fatores que contribuíram para explicar o Setor Terciário
local e a capacidade de desempenho do crescimento econômico da cidade motivado pelo setor
comercial.

1.2 Justificativa

O estudo do setor terciário no município de Vitória da Conquista se justifica pela sua


dimensão e pela falta de pesquisa especifica sobre os setores da economia local, e
principalmente, sobre a contribuição de cada setor para o crescimento economico do
municipio, portanto existe uma lacuna que pretendemos começar a preencher à partir de
estudos que possam clarear um pouco mais como se processa a economia regional. Este é
apenas um passo pequeno, junto com outros estudos que estão sendo produzidos no momento
pelos estudantes de graduação e pós graduação dos diversos cursos oferecidos atualmente na
cidade que, com certeza, resultarão em um melhor arcabouço para compreendermos a
dinâmica da economia regional.

1.3 Problema

Sendo a área de serviços, a monocultura cafeeira e o comércio os elementos mais


importantes na formação da economia local, a problemática imposta para que fosse
desvendada foi: Qual a contribuição do setor terciário para o crescimento econômico do
município de Vitória da Conquista, visto que até o momento não existem estudos
comparativos que dimensionem os setores econômicos de forma a verificar a contribuição de
cada setor da economia separadamente?

1.4 Objetivos

15
1.4.1 Objetivo Geral

Analisar em que dimensão o setor terciário contribuiu para o desempenho econômico


da cidade, em termos de crescimento econômico e a sua dimensão em relação a outros setores
também importantes para a economia local.

1.4.2 Objetivo Específico

• Descrever as principais atividades componentes do setor terciário;


• Dimensionar os setores primário, secundário e terciário da economia local;
• Comparar o setor terciário com o setor primário e o setor secundário.

1.5 Método e Técnica Utilizada

O maior obstáculo enfrentado foi quanto à coleta de dados sobre o objeto de estudo
pois muitas fontes cadastrais estão desatualizadas ou incompletas. Procurou-se coletar o maior
número de informações possíveis, principalmente através das pesquisas já realizadas por
alguns órgãos públicos e instituições públicas e privadas. Com os dados levantados foram
elaborados diversas tabelas e quadros para que o objetivo fosse atingido, ou seja, melhor
conhecer o setor terciário local.
Para explicar a contribuição do setor de serviços, partimos das seguintes premissas:
• Que o crescimento do setor terciário é decorrente, em um primeiro momento, da
construção de rodovias, que fizeram com que a cidade passasse a ser uma porta de
entrada e de saída para o litoral e o sertão através das BA 262 e BA 114, como
também da BR 116. A BR 116 foi a principal rodovia que contribuiu de forma
decisiva para a interligação da cidade com outras regiões do país. Foi o primeiro
elemento dinâmico do crescimento da cidade e expansão da economia;
• Que o café foi outro fator decisivo para o crescimento do setor terciário, uma vez que,
quando o café passou a ser implantado trouxe para a região muitos pessoas em busca
de trabalho na lavoura cafeeira, como também cafeicultores desejos em lucrar
compraram muitas terras. O município tornou-se um polo atrativo regional passando a
desenvolver um forte comercio que abastece grande parte das regiões oeste, sul e
sudoeste da Bahia, chegando até o norte de Minas Gerias.

16
Para que pudéssemos atingir o nosso objetivo utilizamos a seguinte metodologia e
procedimentos:
• Procuraremos conhecer o Setor terciário local, utilizando como base as principais
variáveis : as Guias de Informação Anual do ICMS; a arrecadação de ICMS (Imposto
Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) e ISSQN (Imposto Sobre Serviços de
Qualquer Natureza); o fluxo de pessoas que compram no comércio através de
consultas ao SPC e o Sitema CHEQUE – CHEQUE; A quantidade de empresas
cadastradas no Cadastro nacional de Atividades Econômicas – CNAE e no Cadastro
Municipal de Atividades Econômicas – CAE; População existente no município e na
região Sudoeste etc.
• Verificamos a potencialidade de consumo do município através dos seguintes
elementos: dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – PNAD e Censo
IBGE, pelo PIB municipal calculado até 1996 pelo IPEA e estimado até 2000 no
decorrer da pesquisa, Atlas do Mercado Brasileiro da Gazeta Mercantil, pessoal
ocupado no comércio através de levantamento do SEBRAE e da Sec. De Finanças da
Prefeitura Municipal.
• Verificamos o porte e a categoria das empresas de acordo com o Cadastro de
Atividades Econômicas da Prefeitura municipal.
• Verificamos o total de estabelecimentos do setor terciário em relação ao total de
estabelecimentos dos outros setores da economia.
Como meio de investigação utilizamos os seguintes procedimentos:
• Pesquisa em livros e documentos
• Cadastro Técnico Municipal com dados referente a todas as empresas que possuiem
alvará de funcionamento por ativiade empresarial.
• Internet para buscar dados comerciais e econômicos sobre a Cidade e a região nos
sites do Banco Central, Caixa Econômica Federal, IPEA, IBGE, SEI etc.

Fontes de Informações:

• Prefeitura Municipal : Coletamos o total de empresas comerciais por atividades à


partir do Cadastro Mobiliário e Cadastro Imobiliário; a quantidade de alvarás
emitidos para novas empresas em cada ano; a quantidade de imóveis comerciais e

17
residenciais; a quantidade de pessoal ocupado em cada comercio;o número de imóveis
transacionados no município.
• Biblioteca Municipal, Biblioteca da UESB e Bibliotecas Particulares : Verificamos
livros, jornais, monografias, teses que apresentem dados econômicos e históricos sobre
o comércio local.
• Jornais e revistas: Pesquisamos matérias e publicações sobre o comércio em jornais
como Gazeta Mercantil, diário do Sudoeste, jornal A Tarde e jornais locais, fora de
circulação, como Tribuna do Café, FIFÓ e a revista Conexão.
• Conversamos com moradores para obter informações sobre o objeto em estudo.

1.6 Organização do Trabalho

A monografia esta dividida em três capítulos principais, sendo que, no primeiro,


buscou-se caracterizar o setor terciário, também foi elaborada uma rápida reflexão buscando
demonstrar alguns pressupostos da economia que contribuíram para compreensão desse setor.
No segundo capítulo, seguiu-se a análise da evolução das atividades econômicas surgidas no
município até os anos noventa, com o objetivo de extrair cada vez mais elementos necessários
para a compreensão do tema.
No terceiro capítulo foi trabalhado o setor terciário na década de 1990. Essa análise mais
recente do setor terciário é a parte principal da monografia. Procurou-se nesta parte
aprofundar no tema afim de que alcançássemos os objetivos definidos. Diversas tabelas são
utilizadas para auxiliar a reflexão, inclusive nos anexos estão relacionadas tabelas e quatros
que, embora, não citados expressamente no texto, são complementos importantes que podem
ser utilizadas para auxiliar na compreensão das argumentações, visto que, estas, são bastante
objetivas e possibilitam um maior aprofundamento sobre o tema.

18
2 REFLEXÕES SOBRE A ECONOMIA DO SETOR TERCIÁRIO

“Um serviço é qualquer coisa transacionada no mercado que não pode


cair em seus pés” (TÉBOUL, 1999:8).

2.1 Definindo o Setor Terciário

As atividades econômicas, basicamente, são realizadas em três setores, de acordo


com a sua natureza, a saber, primário, secundário e terciário.
O setor primário reúne as atividades agropecuárias e extrativas. O setor secundário
engloba a produção de bens físicos por meio da transformação de matérias-primas, realizada
pelo trabalho humano com o auxílio de máquinas e ferramentas. Este setor inclui a produção
fabril, a construção civil e a geração de energia. O setor terciário abrange todos os serviços
em geral: o comércio, serviço de armazenagem, transportes, sistema bancário, saúde,
educação, telecomunicações, fornecimento de energia elétrica, serviço de água e esgoto e
administração pública (SANDRONI, 1999).
Com a reestruturação produtiva imposta pelas recentes mudanças na economia
mundial, ocorre uma maior interação entre os setores produtivos e, pode-se dizer, uma
interpolação entre eles. A introdução de novas tecnologias nas indústrias, a evolução da
Internet e das telecomunicações multiplicam as atividades ligadas ao Setor Terciário
dificultando cada vez mais sua conceituação.
Na literatura não existe ainda consolidado uma teoria para a economia dos serviços,
embora, diversos autores tenham buscado construir uma base teórica mais homogênea para
esse setor da economia. Ainda não houve o aprofundamento necessário para que se pudesse
ter uma definição mais clara acerca da composição do setor terciário.
Fisher em 1930 foi o primeiro autor a propor uma classificação das atividades
econômicas em primárias, secundárias e terciárias, identificando-as para cada caso concreto.
Para Fisher, o setor terciário caracteriza-se, sobretudo, pelo fato de produzir e ofertar bens
intangíveis. A partir de então os serviços começaram a fazer parte da análise econômica,
primeiramente sob a denominação genérica de “Terciário” (BELL, 1997).
Clark em 1940 reafirma as idéias de Fisher quanto à divisão da produção econômica
em três grandes setores. Além disso, ele introduz a expressão “Serviços” em substituição à
classificação “Terciário”. Isto porque a considerava muito mais adequada para expressar a
grande variedade de atividades aí incluídas (BELL, 1997).

19
A definição do setor serviços esbarra em dificuldades de mensuração e na falta de
base estatística para o processamento de análises quantitativas. Sobre os setores primário e
secundário, diferentemente, existe um debate teórico vasto e uma base de dados sólida.
Os serviços adquiriram relevância como sendo uma atividade de apoio à produção
manufatureira e agrícola. Sua importância crucial reside na geração de emprego, trabalho e
renda, bem como nas transações econômicas gerais. Seu crescente peso está nas transações
comerciais internacionais e no fato de as empresas dos setores financeiros e de comunicações
terem se constituído num dos espaços privilegiados da economia de serviços.
Outro espaço onde o setor Serviços é relevante é o da microeletrônica, da Internet e
das telecomunicações. A heterogeneidade dos serviços e, conseqüentemente, as
especificidades de suas questões têm sido potencializadas por um processo de transformação
introduzido pelo novo paradigma econômico-tecnológico, no centro do qual está a revolução
microeletrônica que introduziu novos produtos e gerou um processo de reestruturação
industrial caracterizado por avanços significativos de produtividade e pela globalização das
atividades econômicas.
O fluxo internacional de serviços assumiu uma dimensão significativa nos últimos
anos. A preocupação com outras atividades econômicas, além do comércio de mercadorias,
objeto de regulamentação do Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT), colocou os
serviços na ordem do dia das negociações. Assim, a classificação dos serviços tornou-se o
ponto central de muitas discussões nos órgãos de regulamentação.
A grande maioria dos serviços, diferentemente da atividade industrial, não podem ser
estocados, ou seja, os serviços são prestados e demandados quase que ao mesmo tempo em
que são produzidos, a exemplo dos serviços de transporte, comunicação, diversões,
restaurantes, etc.
Com a importância dos serviços para as economias mais modernas, e os fluxos cada
vez mais crescentes no mundo globalizado, o desenvolvimento de uma classificação mais
homogênea para o mercado internacional tornou-se urgente, em substituição às classificações
alternativas existentes.
Segundo Berger e Offe os serviços classificam-se em três categorias (ROGEERO,
1997):
a) Serviços comerciais: São prestados por empresas autônomas que se
encarregam de gerá-los e vendê-los comercialmente, e estão submetidos às decisões do
consumidor quanto ao tipo, momento e local da prestação do serviço;

20
b) Serviços internos à organização: Consistem nas atividades realizadas no
interior das empresas produtivas, voltadas ao preenchimento de funções necessárias ao
acompanhamento do processo de produção;
c) Serviços públicos e estatais: Consistem nas atividades realizadas pelo setor
público e dependem de decisões políticas que abrangem premissas da economia de mercado,
por um lado, e necessidades de utilização, por outro, quanto à sua alocação e valor de uso.
Alguns autores constataram que os serviços são classificados por exclusão, ou seja,
toda a atividade que não pode ser agrupada no setor manufatureiro ou na construção civil, na
agropecuária ou na mineração em geral, é classificada no setor de serviços.
A Classificação de Ronald Shelp também sugere que o comércio internacional de
serviços seja classificado em três grupos( MELO, 1998):
a) serviços mais relacionados a investimentos diretos;
b) serviços relacionados exclusivamente ao comércio; e
c) serviços relacionados tanto ao comércio quanto ao investimento direto.
Por outro lado, Gary Sampson e Richard Snape, propõem uma classificação
dos serviços em quatro grupos (MELO, 1998):
a) serviços em que nem os produtores nem os consumidores precisam se
locomover — como aqueles que podem estar embutidos em bens — a exemplo de programas
de software em disquetes;
b) serviços em que os consumidores se locomovem para o mercado produtor, a
exemplo do turismo;
c) serviços em que os produtores se locomovem para o mercado consumidor, ou
seja, serviços fornecidos através de investimento direto e de movimentos temporários de mão-
de-obra, especializada ou não; e
d) serviços em que produtores e consumidores se locomovem, como por exemplo,
turistas que se hospedam em hotéis pertencentes a corporações.
Observando a principal fonte de dados sobre comércio internacional de serviços, isto
é, as estatísticas de balanço de pagamentos publicadas pelo FMI (2003), não existe
identificação explícita do que se constitui o comércio de serviços em nível de conta corrente,
sugerindo apenas, a divisão das rubricas em “mercadorias” e “não-mercadorias”, e
classificadas na seguinte ordem:
1 – Embarques;
1.1 – Fretes;
1.2 - Seguros e outros serviços distributivos;

21
2 - Outros transportes;
2.1 - Serviços de passageiros;
2.2 - Serviços portuários etc.;
3 – Viagens;
4 - Rendas de investimentos;
4.1 - Rendas de investimentos diretos;
4.2 - Rendas de outros investimentos;
5 - Serviços oficiais;
6 - Outros bens, serviços e rendas privadas;
6.1 - Renda do trabalho;
6.2 - Renda de propriedade;
6.3 - Outros serviços;
7 - Transferências unilaterais.
A classificação dos serviços utilizada em outras economias é, muitas vezes, diferente
da utilizada pelo Banco Central do Brasil na consolidação das contas nacionais (BACEN,
2003).
Em geral, os dados referentes às transações internacionais de serviços são
classificados em dois grandes grupos:
a) serviços de fatores, que se referem à remuneração de fatores de produção:
renda de investimentos, renda de propriedade e remuneração do trabalho; e
b) serviços de não-fatores, que englobam embarques, outros transportes, viagens,
serviços oficiais e outros serviços.
A partir dos anos 1980, assistiu-se a uma efervescência de classificações sobre o
setor Serviços. A OCDE e alguns organismos vinculados a esta organização estimularam
pesquisas e estudos sobre classificação ou tipologias das atividades de serviços. Browning e
Singelman propuseram uma divisão dos serviços em quatro grupos, identificados segundo a
orientação da demanda (MELO, 1980):
a) Serviços Produtivos: utilizados pelas empresas durante o processo produtivo,
atividades intermediárias por natureza (seguro, serviços bancários, serviços jurídicos,
propaganda e publicidade, comunicação, corretagem);
b) Serviços Distributivos: após completado o processo produtivo são as atividades
de distribuição dos bens (transporte, comércio, armazenagem);
c) Serviços Sociais: atividades prestadas à coletividade (educação, saúde, lazer,
administração pública);

22
d) Serviços Pessoais: atividades prestadas aos indivíduos (hotelaria, restaurantes,
bares, cabeleireiros, domésticos).
Percebe-se, dessa forma, que uma das principais razões para o quase esquecimento
do setor Serviços na agenda de pesquisadores repousa em questões metodológicas no que diz
respeito a definição e classificação satisfatória dessa atividade e na conseqüente dificuldade
em mensurá-la.
O desenvolvimento industrial do pós-guerra relegou os estudos sobre as atividades de
serviços a segundo plano. Só a partir de meados dos anos 1970, quando ficou provada a
importância dos serviços nas economias industriais e o seu potencial de crescimento,
começaram a surgir estudos e classificações sobre o setor (HORTA,1998).
A classificação de serviços mais utilizada atualmente é a formulada por Browning e
Singelmann. Na prática, o que se observa, particularmente a partir da denominada Revolução
Tecnológica, é que as fronteiras entre as atividades de serviços e as dos demais setores estão
desaparecendo, pois algumas empresas manufatureiras também produzem e ou ofertam
serviços (MELO, 1998).
Outro exemplo está no agronegócio. Sua estrutura, além das instituições que o
coordena, é composta de uma cadeia produtiva que se estende da produção primária à
comercialização de serviços.
Dessa forma, pode-se concluir que “não existe um setor de Serviços”, mas sim uma
série de atividades que aumentaram em diversidade ou especialização com a evolução da
sociedade (HORTA, 1998).
Os problemas de definição e classificação que prejudicaram no passado o estudo sobre
serviços, sem dúvida persistirão. Porém, o que deve ser enfatizado quanto às novas
características ligadas ao setor Serviços, trazidas pela revolução da microeletrônica, é que as
novas tecnologias tendem a afetar tal setor de maneira inteiramente diversa da ocorrida
anteriormente.

2.2 Principais Teorias Sobre a economia do Terciário

O setor terciário sempre esteve presente na teoria econômica, mesmo que não fosse o
setor de serviços o principal elemento da reflexão teórica.
Para os fisiocratas, a agricultura é o setor fundamental de qualquer economia. Para os
mercantilistas, o principal setor econômico de um país é o comércio. Por último, para os

23
teóricos ligados à teoria da produção, a manufatura e a indústria é que desempenham papel
decisivo na formação da riqueza de uma nação.
Em todos os casos, a economia de serviços sempre esteve presente, mesmo que de
forma subsidiária.

2.2.1 O Mercantilismo e a Economia do Terciário

Os descobrimentos marítimos do século XVI ampliaram a economia européia e, como


conseqüência, conduziu os governantes a adotarem a política econômica mercantilista, que
consiste no fortalecimento do Estado nacional por meio da posse de metais preciosos, do
controle governamental da economia e da expansão comercial. Tais idéias foram
sistematizadas e proporcionaram muitos debates posteriores (ROSTOW, 1975).
Segundo o mercantilismo, a economia local tinha que se transformar em nacional e
para isso o lucro individual deveria desaparecer em proveito do fortalecimento do poder
nacional, sendo que todos os outros interesses deveriam ser relegados a segundo plano. O
comércio (Setor Terciário) e a indústria (Setor Secundário) manufatureira são mais
importantes para a economia de um país que a agricultura (Setor Primário).
O poder do Estado dependia diretamente de suas reservas monetárias. Dessa forma,
um dos objetivos básicos daquela política econômica era acumular o maior estoque de moeda.
Caso uma nação não dispusesse de minas, deveria buscar o ouro necessário em suas colônias
ou adquiri-lo por meio do comércio internacional no sentido de obter saldo favorável na sua
balança comercial (ROSTOW, 1975).
Quanto ao setor produtivo, os recursos utilizados deveriam ser de origem nacional, em
especial o fator trabalho. Todo país que pretendesse ser forte precisava possuir uma população
grande, pois, com isso, teria muitos trabalhadores e mercado consumidor. As colônias
deveriam fornecer metais preciosos e matérias-primas para as manufaturas nacionais e, em
contrapartida, consumir os produtos manufaturados da metrópole. Não podiam realizar
atividades manufatureiras, pois o comércio era monopólio da metrópole.
Entre as ações do mercantilismo europeu verificava-se: o desaparecimento das
alfândegas interiores, a supressão ou redução dos entraves à produção forçados pelas
corporações de ofício, a criação de uma fiscalização centralizada, o emprego de sistemas de
contabilidade e acompanhamento das contas de receitas e despesas do Estado (ROSTOW,
1975).

24
Mesmo com todas as críticas ao mercantilismo, independentemente das diversas
análises econômicas às quais fora submetido, foi o instrumento econômico prático que
assegurou a possibilidade, e as condições econômicas e financeiras necessárias para garantir a
acumulação e expansão do capitalismo industrial posterior e, basicamente, também, o início
da economia de serviços de forma mais organizada.

2.2.2 Os Fisiocratas e a Economia do Terciário

Para os fisiocratas, o comércio possuía uma função secundária na economia, pois a


produção existia primeiro para o consumo de subsistência e somente depois para o comércio.
Estes possuíam uma concepção natural do excedente: as trocas só seriam realizadas pelos
homens que possuíssem produtos “supérfluos” ou que excedia a subsistência. O excesso de
produção agrícola sobre as necessidades imediatas é que permitiria o desenvolvimento do
comércio, a existência de artesãos e a organização governamental (QUESNAY, 1996).
O papel principal na economia era dado à produção agrícola (Setor Primário). Em
última análise, as necessidades da população eram satisfeitas com produtos agrícolas,
apropriando-se deles em proporção variada, conforme sua participação na produção e nas
relações de propriedade.
Para os Fisiocratas, o excedente é sempre excesso de produção sobre os custos diretos
e indiretos de subsistência. Apenas o trabalho agrícola é produtivo, no sentido de ser capaz de
gerar excedente sobre os custos. O trabalho não-agrícola, como o setor secundário e terciário,
é considerado estéril, pois o valor do produto manufaturado, a custo de matérias-primas mais
custo de remuneração do trabalho, seu preço final, corresponderá, necessariamente, ao que foi
consumido no processo. Em suma, o valor de produtos não-agrícolas equivale meramente às
“despesas em encargos” ( QUESNAY, 1996).
Os fisiocratas defendiam a liberdade comercial e a organização do sistema tributário, o
livre comércio sustentaria os preços e a organização do sistema tributário permitiria tributos
adequados que não deprimissem a renda dos produtores e, em conseqüência, sua capacidade
de efetuar adiantamentos. O objetivo do movimento fisiocrata foi o livre comércio em
oposição ao pensamento mercantilista. Defendiam que o preço de mercado tinha que ser livre,
ou seja, determinado pela concorrência.
Os fisiocratas dividiam a sociedade em três classes sociais distintas: os proprietários
de terra (que incluí o soberano, os donos das terras e os cobradores dos dízimos), a Classe

25
produtiva (constituída pelos arrendatários de terra), e a Classe estéril (formada pelos cidadãos
ocupados em outros serviços e trabalhos que não eram os da agricultura).
A Classe dos proprietários de terra subsiste do rendimento ou produto líquido que lhe
é pago anualmente pela classe produtiva, depois que esta classe retira antecipadamente da
produção que ela faz renascer cada ano as riquezas necessárias para manter as suas riquezas
de exploração.
A Classe produtiva, segundo os fisiocratas, é a classe que faz renascer pelo cultivo da
terra, as riquezas anuais da nação, que realiza os adiantamentos das empresas dos trabalhos da
agricultura e que pagam anualmente os rendimentos dos proprietários da terra. Encerram-se
na dependência desta classe todos os trabalhos e todas as despesas feitas até a venda das
produções em primeira mão, é por esta venda que se conhece o valor da produção anual das
riquezas da nação (QUESNAY, 1996).
A Classe estéril para os fisiocratas é assim denominada porque não produz excedente e
suas despesas são pagas pela classe produtiva e pela classe dos proprietários, que retira, por
sua vez, os seus rendimentos da classe produtiva. Esta classe sobrevive dos gastos das duas
classes anteriores.

2.2.3 Os Economistas Clássicos e a Economia do Terciário - Adam Smith

Smith, como os fisiocratas, e diferente dos mercantilistas, defendia uma atitude liberal
contra o intervencionismo nas relações de mercado, pois ele acreditava que o
intervencionismo prejudicava bastante as relações comerciais. Ele entendia que o mercado se
auto regulava. A riqueza das nações cresceria somente se os homens, através de seus
governos, não inibissem este crescimento concedendo privilégios especiais que iriam impedir
o sistema competitivo de exercer seus efeitos benéficos.
Com esse pensamento, Smith elaborou a chamada "Teoria da Mão Invisível". Ele dizia
que quando o investidor aplica o seu capital para que ele renda o máximo possível, este não
leva em conta o interesse geral da sociedade, mas sim o seu próprio interesse. Ao promover o
interesse pessoal, o indivíduo acaba por ajudar no interesse coletivo. Dizia, que não é pela
benevolência do padeiro ou do açougueiro que nós temos o jantar, mas é pelo egoísmo deles,
pois e quando os homens agem segundo seus próprios interesses é que todos se ajudam
mutuamente. Neste caminho ele é conduzido e guiado por uma espécie de Mão Invisível
(NAPOLEONI, 2000).

26
Ele considerava que devido a essa mão invisível, reguladora do mercado, não havia
necessidade de intervenção do Estado para fixar o preço. A Inflação seria corrigida por um
equilíbrio entre Oferta e Procura, equilíbrio esse que seria atingido e conduzido pela Mão
Invisível.
O comércio implicava para ele liberdade de circulação. Considerava o comércio como
o principal elemento que deu origem à divisão do trabalho. Sem a disposição dos homens
para o comércio e para a troca, cada um se veria obrigado a satisfazer por si mesmo todas as
necessidades e comodidades da vida. Todos teriam que realizar a mesma tarefa e não se teria
produzido esta grande diferença de ocupações que é a única que pode engendrar a grande
diferença de talentos. E, assim como é essa propensão para a troca que engendra a diversidade
de talentos entre os homens, é também essa propensão que faz útil tal diversidade
(NAPOLEONI, 2000).
Acreditava que a propensão para a troca dá origem à divisão do trabalho, o
crescimento desta divisão estará sempre limitado pela expansão da capacidade de trocar ,ou
seja, pela expansão do mercado. Que, se o mercado é muito pequeno, ninguém se animará a
dedicar-se inteiramente a uma única ocupação, frente ao temor de não poder trocar aquela
parte da sua produção que excede às suas necessidades pelo excedente da produção de outro
que desejaria adquirir. E que, todo homem vive da troca e se converte em uma espécie de
comerciante e a própria sociedade é realmente uma sociedade mercantil (NAPOLEONI,
2000).
Para os Mercantilistas, a riqueza era formada pelo comércio e para os Fisiocratas pela
agricultura. Já Adam Smith admitia entre outros elementos o papel fundamental do Trabalho
no processo de formação da riqueza. O ponto de partida da teoria do valor trabalho de Smith
foi estabelecido da seguinte forma: O trabalho era o primeiro preço, o dinheiro da compra
inicial que era pago por todas as coisas. Assim, Smith afirmou que o pré-requisito para
qualquer mercadoria ter valor era que ela fosse produto do trabalho humano.

2.2.4 Os Economistas Clássicos e a Economia do Terciário - David Ricardo

Para David Ricardo, também economista clássico, o Comércio tem pouca importância
para o Crescimento Econômico, sem, contudo deixar de ser necessário. O crescimento
econômico depende da acumulação de capital, logo, depende da sua taxa de crescimento, isto
é do Lucro. Ricardo defende que enquanto existir evolução da taxa de lucro, o crescimento
estará assegurado. Para Ricardo a existência de uma taxa de lucro elevada, implicaria um

27
maior crescimento econômico. Esse maior crescimento econômico levaria a existência de uma
poupança mais abundante, que permitiria a sua canalização para o Investimento, sendo que o
desenvolvimento econômico é assegurado pelo aumento do emprego e também pela melhoria
das técnicas de produção (NAPOLEONI, 2000).
Para ele a importância do comércio decorre das vantagens comparativas, pois permite
que com a maior exportação o país possa importar mais e mais barato. Por isso, o Comércio é
muito importante, sem, contudo, representar um papel muito relevante para o Crescimento
Econômico.
A teoria das Vantagens Comparativas de Ricardo esclarece que cada região possui
determinadas vantagens naturais ou não na produção de algumas mercadorias em relação a
outra região ou país. A vantagem que tem um país na produção de uma determinada
mercadoria em menores custos proporcionará menores preços favorecendo o consumidor que,
devido a liberdade de mercado e concorrência, poderá comprar produtos de melhor qualidade
a preços mais baixos, mesmo em uma região onde não haja produção daquele tipo de produto.

2.2.5 As Atuais Abordagens Sobre a Economia do Terciário

As teorias mais recentes sobre o serviço, principalmente as neo-schumpeterianas,


explicam o crescimento dessa atividade a partir da desindustrialização ou da transição para
uma economia da informação (KON, 2000). De acordo com estas teorias, as indústrias de
serviços pertencem ao estágio mais avançado de desenvolvimento de uma economia, tendo
como antecedentes (KON, 2000):
• Estágios anteriores de soberania da agricultura e da manufatura;
• Substituição das ocupações dos trabalhadores manuais pelos de escritório e
burocráticos;
• Tendência à maior qualificação e promoção da força de trabalho como recurso
chave;
• Disponibilidade e maior acesso à informação como o principal fator de
produção em vez da matéria-prima ou do trabalho.
A "economia da informação” é descrita como uma fase recente do desenvolvimento
econômico, em que a produção de bens e serviços de informação dominam a criação de
riquezas e de empregos, e os computadores e as telecomunicações fornecem potencial
tecnológico para a inovação de produtos e processos. "Por trás da expansão do setor de

28
serviços, diretamente em termos de emprego, e indiretamente em termos de seus efeitos sobre
o produto, está o desenvolvimento da economia da informação" (KON, 2000).
As atividades de serviços, em suas formas mais sofisticadas, como serviços industriais,
de profissionais liberais, financeiros e de formas superiores de entretenimento foram
concentradas em grandes áreas metropolitanas e cidades de porte médio (KON, 2000).
Uma das funções das atividades de serviços nas economias nacionais, além de sua
localização urbana, é o fato de que elas têm sido reconhecidas como facilitadoras ou
reforçadoras do impacto sobre os pólos de crescimento, ou seja, sobre as atividades que
lideraram tanto de forma quantitativa quanto qualitativa a determinação dos padrões de
expansão a nível nacional. A capacidade dos serviços de desempenhar função semelhante no
processo de desenvolvimento depende da espécie de atividades dos pólos, de seu tamanho,
força e de sua dominância local, regional, nacional ou internacional ( KON, 2000).
As tecnologias da informação e das comunicações têm conduzido à industrialização
dos serviços, à inovação organizacional e a novas formas de comercialização dos serviços, no
que se refere aos relacionamentos entre produtor e consumidor, como por exemplo, nas
atividades bancárias, de venda e turísticas via telefone ( KON, 2000).
Estas abordagens partem do princípio de que, mesmo quando as atividades terciárias
se caracterizam por uma produção imaterial, são consideradas produtivas, desde que qualquer
atividade que exige uma recompensa monetária é considerada produtiva por definição (KON,
1992). Dessa forma, agregam valor ao produto da economia, ao gerarem seja a remuneração
do trabalho apenas, seja esta remuneração acrescida de um excedente operacional ou lucro.
A evolução do setor Terciário de uma economia está relacionada por um lado, a
fatores intrínsecos ao desenvolvimento destas atividades, particularmente no que se refere à
demanda por serviços da economia, e que teriam como resposta o reinvestimento, no próprio
setor, do excedente operacional gerado, e por outro lado, também ao comportamento de
fatores exógenos, como (KON, 2000)
a) Volume e velocidade de liberação da mão-de-obra das atividades rurais da
região e de outras regiões, que se dirigem às áreas urbanas;
b) Nível de habilitação da mão-de-obra rural que se dirige à zona urbana;
c) A evolução quantitativa e qualitativa das atividades do setor Secundário, que
requerem a ampliação e a modernização de serviços complementares;
d) Capacidade do setor Secundário do país de absorver esta mão-de-obra rural
liberada;

29
e) Geração de um excedente operacional de outros setores econômicos que deve
ser realocado para as atividades de serviços;
f) Existência de uma infra-estrutura econômica concentrada em uma região, que
oferece economias externas para a localização de novas atividades econômicas.
Estes fatores exógenos encontram respaldo na capacidade do setor Terciário de uma
economia absorver a mão-de-obra oriunda de outros setores, tanto a não-qualificada quanto a
de maior qualificação, e na possibilidade do setor expandir as atividades informais em
períodos de menor atividade econômica ou de recessão (KON, 2003).
É discutido na literatura econômica o papel das atividades secundárias enquanto
indutoras do desenvolvimento, para as quais se dirigiriam inicialmente o capital e a mão-de-
obra oriundos do meio rural; a dinâmica de transformações na estrutura produtiva assim
iniciada se difundiria posteriormente para o setor Terciário da economia, induzido pelo
desenvolvimento. Este fenômeno foi amplamente comprovado nos países mais avançados,
mas alguns teóricos defendem a idéia de que em economias em desenvolvimento o imigrante
rural dirige-se primeiramente ao setor terciário, para atividades que não exigem alta
capacitação, no sentido de adquirir o preparo adequado para assumir atividades que
requisitam maior habilitação, deslocando-se posteriormente para o setor Secundário (KON,
2003).
A teoria dos estágios de desenvolvimento econômico, que salienta o papel indutor de
desenvolvimento econômico exercido pelo setor Terciário, faz parte de um grupo de teorias
que são classificadas como fundamentadas nos fatores de produção. Salienta que o progresso
tecnológico teve impactos crescentes no processo de desenvolvimento que envolve uma
mudança de ênfase da formação de capital fixo nas plantas das manufaturas e na infra-
estrutura, para formação de capital fixo em empresas de serviços (KON, 2003).
Outra teoria baseada nos fatores de produção é o princípio das vantagens
comparativas, que explica os padrões de comércio exterior de bens e mostra como as
diferenças entre os países no que se refere ao capital fixo e infra-estrutura bem como nos
recursos humanos, como na qualificação e educação, são responsáveis pelas variações nos
padrões do comércio exterior de serviços.
Finalmente, duas outras teorias que procuram explicar as causas da expansão do setor
serviços baseadas nos fatores de demanda, são encontradas na literatura. Uma é o nível de
urbanização, e a segunda é o comércio internacional ou o crescimento voltado para a
exportação (KON, 2000).

30
O importante a destacar é que, com a expansão do setor de serviços e a difusão de
novas tecnologias, o mercado cada vez mais globalizado passou a exigir cada vez mais
elevados níveis de qualificação dos trabalhadores. Inclusive, a própria competitividade das
empresas no plano nacional e internacional depende da capacidade da força de trabalho
utilizar essas novas tecnologias.
Os trabalhadores a partir do Fordismo, passaram a ser especializados na produção com
máquinas específicas que buscavam sempre a repetição. O trabalhador passou a ser altamente
especializado em tarefas simples e repetitivas.
Todavia, a partir da reestruturação produtiva engendrada pela globalização, à medida
em que novas tecnologias passaram a fazer parte do processo de produção, o trabalho, por sua
vez, tornou-se mais complexo, passando a exigir dos trabalhadores melhor qualificação
profissional, sob pena de ficarem fora do mercado. Passando a fazer parte do mundo do
trabalho qualidades como: autonomia, visão de conjunto, motivação, comunicação etc., antes,
somente exigidas para uns poucos dentro da empresa.
Nas teorias mais antigas de desenvolvimento regional a localização dos investimentos
dependia da localização da matéria prima e de boas malhas rodoviárias. Hoje depende mais do
que tudo de estarem instaladas em regiões com oferta de bons profissionais, de bons centros
de pesquisa, elevado número de pesquisadores com alta qualificação e capacidade de geração
de novos conhecimentos. Esses fatores são essenciais a uma economia que se pretenda
qualificar-se como moderna. Isto, na prática, corresponde a dizer que, na vizinhança de um
segmento industrial e agropecuário moderno, há necessidade da existência de um ambiente de
pesquisa e de desenvolvimento competente e articulado, integrando institutos de pesquisas e
universidades com empresas e empreendimentos produtivos os mais variados.
“Os Serviços estão transformando as economias dos paises da Organização para a
Cooperação e o Desenvolvimento Econômico”. Foi a conclusão principal chegada por
participantes em um Foro organizado pela OCDE em setembro de 1999. O Foro foi
organizado pelo Comitê de Indústria com o objetivo de identificar e explicar as diferenças
existentes em desempenho e crescimento econômico entre os países ligados à OCDE.
Reuniram-se nesse foro funcionários dos governos, pesquisadores e entidades ligadas ao setor
terciário para discutir o Potencial da Economia de Serviços (OCDE, 2003).
O Foro identificou que a evolução da economia de serviço foi baseada,
particularmente, em áreas de conhecimento. Em alguns países analisados a economia de
serviços chega a 70% da economia total. Os serviços assumiram um papel preponderante
nessas economias. Verificou-se também que os dois setores, secundário e terciário, nesses

31
países, são cada vez mais interdependentes. Há uma relação dinâmica crescente entre serviços
e produtos, a exemplo da produção de software e computadores (OCDE, 2003).
O Desenvolvimento da Internet e do comércio eletrônico está difundindo
conhecimento e fortalecendo a presença internacional e a competitividade de empresas
pequenas e médias nesses países.
Dessa forma, o setor de serviços torna-se cada vez mais importante para uma
economia que pretenda se desenvolver. A produção de bens finais requer indústrias modernas
e flexíveis, muitas das quais demandantes de pessoal altamente qualificado e,
simultaneamente, sujeitas a intensa competição com produtos de origem externa. Mas também
requer uma economia de serviços dinâmica e com profissionais habilitados que corresponda
às demandas fomentadas pela produção.

32
3 O MUNICÍPIO DE VITÓRIA DA CONQUISTA

3.1 Aspectos gerais de Vitória da Conquista

Vitória da Conquista localiza-se no Sudoeste da Bahia, à 509 Km de Salvador, capital


do Estado. Tem uma área de 3.743 Km2, distribuída em 12 distritos: Iguá, Inhobim, José
Gonçalves, Pradoso, Bate-pé, Veredinha, Cercadinho, Cabeceira da Jibóia, Dantelândia, São
Sebastião, São João da Vitória e o Distrito Sede. Limita-se com os município de Anagé, Belo
Campo, Encruzilhada, Planalto, Barra do Choça, Cândido Sales, Itambé e Ribeirão do Largo.
O município apresenta dois tipos de relevos predominantes, o planalto, até 1054
metros de altitude, e as chamadas depressões sertanejas a 600 metros nas partes mais baixas.
A zona urbana esta entre 900 e 1000 metros de altitude, no planalto. Possui temperatura média
anual em torno de 18º C. ,neblinas intermitentes no inverno e chuvas de trovoadas no verão.
Polariza uma área com mais de 200 Km de circunferência que atinge uma população
de mais de 2 milhões de habitantes na região sudoeste da Bahia. Vitória da Conquista é a
Cidade que possui maior infra-estrutura comercial e de serviços na região, é a terceira cidade
com maior população na Bahia, participa com aproximadamente 2 % da população total do
Estado.
A primeira cidade com maior número de habitantes é a capital do Estado, Salvador,
com uma população em torno de 2.443.107 habitantes. A segunda cidade mais habitada é
Feira de Santana com aproximadamente 480.949 habitantes. Logo a seguir encontra-se Vitória
da Conquista com 262.494 habitantes registrada pelo IBGE no censo do ano 2000. Mais de
65% dos municípios do Estado possuem menos que 100 mil habitantes.
O IBGE detectou que a maioria da população baiana concentra-se na zona urbana.
Salvador possui o maior grau de concentração urbana, cerca 99,96% de sua população.
Vitória da Conquista possui 85,92 % da sua população habitando em área urbana.

TABELA 1
Municípios com populações superiores a 260 mil habitantes e grau de
urbanização: Bahia, 2000.
Participação no Grau de
Município População
Estado (%) urbanização
Salvador 2.443.107 18,68 99,96
Feira de Santana 480.949 3,68 89,77

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Vitória da Conquista 262.494 2,01 85,92
Total 3.186.550 24,37 88,97
Fonte: IBGE, 2002.

Em 1950, a população do município era de aproximadamente 20 mil habitantes,


grande parte residia na Zona Rural. Em 2000 o número total de habitantes elevou o município
para o terceiro mais populoso do Estado, como podemos constatar na Tabela 1.

3.2 As primeiras atividades econômicas

Os primeiros colonizadores empreenderam diversas batalhas para conquistar a região.


O português João da Silva Guimarães esteve pela primeira vez no planalto de Conquista por
volta de 1730, encarregado pelo Rei D. João V de combater os indígenas e abrir uma estrada
ligando o litoral ao Estado de Goiás. Não obtendo êxito, retornou novamente em 1752 e foi
pela segunda vez derrotado. Somente em 1782 a região foi definitivamente tomada dos
indígenas com a morte de muitos deles. A partir de então, o planalto começou a ser repovoado
pelos novos colonizadores.
A atividade econômica principal, de imediato, foi a criação de gado bovino, com
algumas fazendas sendo formadas, como também, o algodão, em partes da caatinga começou
a ser cultivado. No começo do século XIX formou-se um pequeno arraial, rodeado por
algumas fazendas de gado. O acesso à região era bastante difícil. A pequena localidade passou
a ser um entreposto, parada obrigatória, para as tropas que conduziam boiadas vindas do Vale
do Rio São Francisco para Salvador.
A economia, a partir de então, começou a se desenvolver com a venda de gado, com o
cultivo de algodão e aluguel de pastos. Um pequeno comércio começou a ser formado devido
a constante presença de viajantes e tropeiros que passavam pela região.

“[...] independentemente dos recursos que a cultura dos campos fornece para a
subsistência dos habitantes, a venda do algodão e a passagem das boiadas [...] lhes
proporcionam outros meios de vida; as boiadas que vêm do Rio São Francisco
passam também por essa localidade; algumas vezes vêem-se chegar numa mesma
semana para mais de mil bois que se destina a capital. O gado comumente emagrece
durante o longo trajeto que tem que percorrer, motivo pelo qual deixam-no
descansar aí durante algum tempo, e mandam-no refazer nos pastos mais próximos”
( NEUWIED, CITADO POR VIANA, 1987) .

34
As residências, em sua grande maioria de taipa ou de barro batido, foram durante
muito tempo abrigos de vaqueiros, tropeiros, artífices e pequenos negociantes-viajantes que
passavam pela localidade.
O arraial servia como entreposto comercial e como ponto de encontro das pessoas que
moravam nas fazendas circunvizinhas, com o objetivo de vender e comprar produtos vindos
de Portugal e de Salvador ou mesmo de algumas regiões mais prósperas como Ilhéus.
Devido à sua localização e à passagem de tropas, surgiram os primeiros caminhos
interligando o Arraial da Conquista ao vale do São Francisco, Salvador e ao Sul da Bahia.
Isso possibilitou a abertura das primeiras estradas, ainda de forma bastante precária,
utilizando-se de trilhas indígenas e picadas abertas na passagem do gado.
A zona urbana surge em torno de um córrego nascido na encosta da Serra do Peri-Peri
que vai constituir-se uma das nascentes do córrego verruga, que por sua vez deságua no rio
Pardo.As casas mais antigas seguem o contorno desse riacho que durante muito tempo foi
utilizado para uso doméstico e para os animais.
Em 1817 o arraial possuía, aproximadamente, 60 habitantes, inclusive escravos, com
exceção dos que habitavam as fazendas. Estavam edificadas 40 casas e uma igreja em
construção. Muitas casas eram utilizadas como arranchamento apenas temporariamente por
tropeiros (VIANA, 1987).
Em 1841, começaram a surgir as primeiras preocupações com o futuro crescimento da
localidade. O então intendente, nomeou uma comissão para delimitar os lugares próprios para
ruas, travessas e becos que fossem surgindo. O relatório apresentado pela comissão citava,
além das ruas já existente, a criação de três becos, uma rua direita e quatro travessas (VIANA,
1987).
A rua principal, conhecida como rua Grande, começava na Igreja Matriz, passando
pelo espaço onde está instalado atualmente a Praça Tancredo Neves, Praça Barão do Rio
Branco, até a atual primeira igreja Batista.
Em 1888 a vila foi descrita da seguinte forma:

“[...] A Vila está edificada em terrenos acidentados ao pé da serra denominada Peri-


peri. As casas são térreas e a maior parte de telhas.A praça é quadrilonga e de
ladeira; ficando no centro a matriz [...] O comércio é pequeno e também o mercado
da feira; e conquanto figure no movimento comercial a compra e venda do café;
fumo, açúcar, farinha, etc. Tudo isso não tem desenvolvimento pela falta de meios
de exportação” ( AGUIAR CITADO POR VIANA, 1987).

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O que impedia o desenvolvimento, segundo o Coronel Durval Vieira de Aguiar, era a
falta de estradas que ligassem a vila a outras regiões. Todavia, já era possível verificar a
presença de um pequeno comércio principalmente de café, fumo, açúcar e farinha.
Em 1893 começaram a surgir os primeiros sobrados:

“A cidade edificada em terreno acidentado é formada de casas térreas e envidraçadas


em sua maioria e de poucos sobrados, caiados a tabatinga ou a cal, formando onze
ruas e duas praças [...] duas escolas públicas, além de seis particulares” (VIANA,
1987).

Embora incipiente, a cidade começava a ostentar maior atividade econômica,


principalmente na Rua Grande, onde as casas trabalhadas e decoradas contendo na frente data
da construção do prédio com as iniciais do proprietário, começaram a ter assoalho como piso,
forro de madeira e janelas com venezianas, frutos do pequeno comércio.

3.3 A Cidade e o Comércio no Começo do Século XX

No começo do século XX, a zona urbana já era um pouco maior. Todavia, persistia
ainda o mesmo arranjo espacial em torno da Rua Grande, centro econômico da pequena
cidade. Para ela, dirigiam-se várias pessoas da região com o objetivo de trocar e vender
mercadorias na feira, pequenos comerciantes, boiadeiros, trabalhadores das fazendas
próximas, fazendeiros entre outros. Vendia-se feijão, banana, farinha, açúcar, arroz, café,
fumo em rolo, requeijão, carne, entre outros produtos regionais.
Nesse período, as atividades mais importantes da região ainda eram a pecuária e a
produção de algodão, mas já começava a se forma o setor terciário local consorciado com
uma pequena produção artesanal, principalmente ao longo da rua grande, nas proximidades da
feira. Começaram a surgir pequenas oficinas de artesãos que produziam por encomenda,
sapatos, selas, arreios, chapéus, entre outros assessórios de couro utilizados na época.
A partir de 1920, o crescimento da cidade tornou-se um pouco mais evidente devido à
valorização do couro no mercado internacional, como também uma maior ligação a outras
regiões.
Na década de quarenta, com a Segunda Guerra Mundial, cresceu demasiadamente as
exportações do Brasil. A cidade já polarizava uma certa área devido à venda de carne, couro
e algodão. Foi favorecida economicamente com o conflito através da exportação desses e

36
outros produtos locais. Tudo isso se refletiu no setor terciário local, que começou a se
especializar no fornecimento de produtos e serviços para toda a região Sudoeste e Sul da
Bahia.
“Correndo aquela praça de cima a baixo via-se uma simples arborização
representada por três frondosos genipapeiros [...] e ao longo no alto magestosos
pinheiros [...] todas essas arvores serviam de pontos de bate papo [...] aquela época
era o centro comercial da cidade, funcionando ali o mercado municipal e a feira livre
em toda sua extensão [...] Prosseguindo na descrição do centro comercial,
encontramos a casa de Josias Leite [...] a alfaitaria de Chico Assis e o
estabelecimento do velho Chico Piloto, que se estendia ao beco que tinha o seu
nome, [...] hoje Alameda Ramiro Santos, naquela época com algumas casas
comerciais, destacando-se entre elas, a loja de Rodrigo Santos, [...]mais adiante, já
na praça da piedade, hoje Praça Nove de Novembro, o grande estabelecimento do Sr
Cesarinho Brito, que com as suas numerosas portas ocupava todo o quarteirão até a
esquina da Rua do Espinheiro, atual Rua Francisco Santos [...] voltando da Rua do
Espinheiro à praça da Piedade , chegamos a casa da esquina do outro lado,
residência do Maj. Alfredo Prates, com duas portas onde funcionava a agência do
Correio [...] temos na antiga praça da piedade com a antiga Rua do Cemitério, hoje
Rua Monsenhor Olimpio, a casa comercial de Marcolino Amabeiro e mais adiante o
açougue de Antonio de Honório e a casa de Dona Fulo da Panela, cujo marido, o Sr.
Alfredo Trindade era negociante de portas abertas, no mais existiam naquela Rua
Alguns botequins de cachaça e bananas. Chamava-se Rua do Cemitério porque ao
longo da mesma uns cem metros era o cemitério da cidade [...] só vindo a ser
destruído em 1955 [...] colocando exatamente naquele lugar o nome de Praça
Coronel Pompilho Nunes” (NOGUEIRA, 1988).

Nesse período, a economia local tinha uma forte influência da economia do Sul da
Bahia. Devido à rica produção de cacau da região Sul do Estado, outras regiões mais
próximas começaram a suprí-la de gêneros alimentícios como farinha, carne, requeijão, feijão
fumo entre outros produtos. Vitória da Conquista, com os seus produtos, também se
beneficiou muito nesse período hegemônico do cacau.

3.4 A expansão da cidade a partir do surgimento de novas estradas

Embora a feira trouxesse pessoas de várias partes do planalto, e de outras regiões, a


cidade ainda estava isolada devido à falta de estradas. Os viajantes que vinham à localidade,
chegavam por velhos caminhos ou picadas sinuosas.
A cidade começou a se destacar como um pólo regional sobretudo quando a estrada de
Ilhéus a Lapa foi construída, ligando Conquista ao sertão e ao litoral, facilitando o transporte
de produtos e o trânsito de pessoas em busca de serviços.
A Construção da Rodovia Rio-Bahia iniciada em 1936 no governo do Presidente
Getulio Vargas foi terminada sem asfalto no governo do presidente Dutra, começando a ser
asfaltada no governo de Juscelino Kubitschek e terminando completamente no Governo de

37
João Goulart em 1963, essa rodovia foi fundamental para o fortalecimento da economia local
(VIANA, 1987).
A partir de 1940 começou uma nova dinâmica econômica no município. O comércio
se expandiu e a população urbana começou a crescer devido às ligações rodoviárias com
outros centros, influenciando diretamente no crescimento da cidade.
Até 1940 existia apenas uma malha urbana central. De 1944 até 1955 a expansão
começou a se desenvolver em direção à rodovia BR 116 e também à BA 262, que liga
Conquista ao vale do São Francisco, induzindo o crescimento da malha urbana para aquela
direção. Outro prolongamento do tecido urbano ocorreu em direção ao Leste.

3.5 A Década do Café

A partir de 1970, o café foi introduzido em Vitória da Conquista e na vizinha cidade,


Barra do Choça. A implantação da cultura cafeeira foi financiada pelo Governo Federal à
partir do Plano de Renovação e Revigoramento de Cafezais , cujo objetivo foi a disseminação
de novos cafezais em outras regiões do país para evitar a quebra de safra provocada pelas
geadas ocorrida no Sul do Brasil (UESB, 1996).
O programa, além de buscar uma nova regionalização do café no país, buscava
também o revigoramento do café com o objetivo de obter maior competitividade no mercado
externo.
Em 1975, ocorreram geadas no Paraná, que comprometeram toda a lavoura cafeeira
no Sul do País. Dessa vez, a quebra da safra na região Sul favoreceu o café produzido em
Vitória da Conquista e Barra do Choça pois o preço do café no mercado internacional chegou
em 1977 próximo de US$ 500,00 a saca, fomentando com isso, a produção local.
Como existiam recursos para investir em máquinas e terras na região, vieram muitas
pessoas de outras regiões para investirem na lavoura cafeeira. Dessa forma o café começou a
proporcionar o crescimento da região, vindo a surgir diversos empreendimentos no município
por conta do café.
A lavoura cafeeira em Vitória da Conquista, inicialmente, proporcionou uma redução
no tamanho da propriedade agrária, uma vez que grandes fazendas da região foram compradas
em pequenos lotes de 30 a 40 hectares por pequenos produtores e profissionais liberais que se
aventuraram na lavoura cafeeira. A partir do final da década de 1980, esse processo já começa
a se inverter pois os produtores que conseguiram manter-se na lavoura passaram a comprar as
terras dos que estavam endividados.

38
O preço do café possui uma história de variados ciclos econômicos. Em Vitória da
Conquista, o café foi a principal atividade econômica da região até meados da década de
1980.
Em 1985 o café foi cotado a 400 dólares a saca. A partir de 1987 até 1992 o café
começou a declinar mais ainda o seu preço. Muitos investimentos nessa área ficaram sem
conclusão. Já em 1993 muitas lavouras foram abandonados pois o preço do café já não era
mais interessante para os produtores devido o longo tempo de baixa na cotação. Em 1995
começou uma pequena reação no preço do café, mas já não havia mais financiamento para a
modernização da lavoura. Em 2001 ocorreu o pior preço do café dos últimos 50 anos, a saca
chegou a 20 dólares. Em 2002 muitas lavouras foram erradicadas.
A partir do final de 2002, o preço do café começou a melhorar. Aqueles que não
planejaram durante a alta e a baixa, que não fizeram poupança e que não quiseram ou tiveram
a capacidade de trabalhar com o ciclo econômico do café, abandonaram a lavoura.
O café foi muito importante para o crescimento econômico do município, se refletindo
no crescimento do comércio local e no setor de serviços. Produziu efeitos mais expressivos na
dinâmica econômica da cidade até o final da década de 80, com a queda nos preços
internacionais e a falta de modernização da produção, a economia local passou a ser
sustentada praticamente pelo comércio varejista e o setor de serviços.
Em 1996, mesmo com todos os problemas pelo qual passava a lavoura cafeeira, a
região possuía uma produção anual de café de aproximadamente 10.353 toneladas em uma
área de 6.902 hectares (SEBRAE, 1998).

QUADRO 01
PRODUÇÃO AGRÍCOLA MUNICIPAL – (1996)
Rendimento
PRODUTO Produção (t) Área (há)
(kg/há)
CAFÉ 10.353 6.902 800
Fonte: IBGE, 2002; SEI, 2000.

O café foi responsável, no período de 1970 a 1995, por aproximadamente 20 mil


empregos diretos, gerando uma produção média, ao longo desse espaço de tempo, de 500.000
sacas por ano, o que corresponderia a um incremento de, aproximadamente, R$ 75.000.000,00
(setenta e cinco milhões de reais) no período (SEBRAE, 1998). Dessa forma o café foi
fundamental para a criação de uma poupança local, que anteriormente não existia.

39
4 O SETOR TERCIÁRIO EM VITÓRIA DA CONQUISTA

4.1 Fatores Determinantes Para o Desenvolvimento do Setor Terciário

Vitória da Conquista na década de 1990 apresentou um crescimento demográfico


urbano bastante acentuado, e praticamente estabilizando a população rural. Nesse período, a
população urbana elevou-se de 188.158 habitantes em 1991 para 225. 545 habitantes em
2000, uma taxa de urbanização de 85,92%. A zona rural, praticamente, manteve a mesma
população, de 36.738 habitantes em 1991 para 36.949 habitantes em 2000. Assim, o
crescimento urbano a partir de 1990 foi proveniente de pessoas vindas de outras regiões e não,
propriamente dito, da zona rural de Vitória da Conquista.
No auge da lavoura cafeeira, na década de 1970, a população rural tinha uma
tendência de crescimento, com a crise do café. Em meados da década de 1980, a população
rural passou a cair. O fundamental é que na década de 1990 a zona rural parou de perder
população, revertendo a tendência dos anos 1980, conforme é possível constatar na Tabela 2.

TABELA 2
CRESCIMENTO POPULACIONAL EM VITÓRIA DA CONQUISTA
1970 - 1980 - 1991 – 2000
ANO POPULAÇÃO RESIDENTE TAXA DE
TOTAL URBANA RURAL URBANIZAÇÃO
1970 125.573 84.346 41.227 67,2%
1980 170.624 127.454 43.170 74,7%
1991 224.896 188.158 36.738 83,7%
2000 262.494 225.545 36.949 85,92%
FONTE: IBGE, 2002

Em 2000 o número total de habitantes elevou-se para 262.494 habitantes,o terceiro


município mais populoso do Estado da Bahia. A maioria da população reside na Zona Urbana.
Muitos fatores foram fundamentais para que houvesse esse crescimento:
a) O fato de Vitória da Conquista ser um importante entroncamento rodoviário, a
exemplo da BR 116, da rodovia 262, que liga Conquista ao Oeste e ao Centro-Oeste da Bahia
e da rodovia 114 em direção ao litoral.
b) Um outro fator foi a inserção da monocultura cafeeira no início da década de 1970.
Esses fatores conjugados foram fundamentais para o crescimento da cidade e do setor
terciário local.
Observando as fases de crescimento da economia local constata-se que até
praticamente a década de 1940, a base econômica de Vitória da Conquista estava voltada
40
unicamente para a pecuária extensiva e um pequeno comércio. O primeiro núcleo urbano da
cidade foi formado em torno de uma fazenda onde os tropeiros que passavam do vale do São
Francisco, Norte de Minas e outras regiões arranchavam, alimentavam o gado e
posteriormente seguiam viagem.
A partir dos anos 1940 a estrutura econômica e social da cidade entrou em um novo
estágio, com o comércio começando a ocupar um lugar de destaque na economia local,
sendo o primeiro posto de gasolina justamente inaugurado em 1940. Nessa fase, o principal
ponto de comércio era a Rua Grande que começava na igreja matriz, passando pela atual
praça Tancredo Neves, Praça Barão do Rio Branco, até abaixo do prédio de Paulino Fonseca,
onde Funciona atualmente o Banco do Brasil. Formava-se nesse local uma grande feira que
se estendia por outros pontos comercias na praça Nove de Novembro e no Beco da Tesoura,
atual alameda Ramiro Santos.
Na década de 1970, a lavoura cafeeira foi responsável pela dinâmica da economia
regional, o que se refletiu no crescimento e diversificação do comércio e das atividades de
prestação de serviços. Com o café, muitos investimentos vieram para o município,
solidificando a condição de pólo regional.
Já na década de 1990, o crescimento do setor comercial e dos serviços, tornou-se mais
dinâmico devido a poupança gerada pelos empreendimentos que surgiram a partir da
implantação da lavoura cafeeira. Com o fim da hegemonia do café, novas atividades
começaram a se desenvolver, já voltadas para o setor terciário.

4.2 Composição do Setor Terciário no município

A partir da década de 1990 a cidade passou por um maior incremento na atividade


comercial e de serviços. O município tornou-se um importante pólo regional, servindo a
vários municípios da Região, não só com relação ao comercio varejista e atacadista, também
em relação ao oferecimento de diversos tipos de prestação de serviços, tais como: na área
médica, na área de consultoria, educação, serviços mecânicos, entre outros.
A cidade, que na década de 1970 e 1980 foi mantida, principalmente, pela lavoura
cafeeira passou a sobreviver mais ainda das atividades comerciais, tanto atacadistas quanto
varejistas, possuindo, ainda, uma enorme variedade de serviços de profissionais liberais e
escritórios especializados.
Em 1998 o município possuía 6.958 unidades empresariais, das quais, 616 eram do
setor industrial, 2.842 empresas do setor comercial, e 3.500 unidades do setor de serviços.

41
Portanto, constata-se uma predominância absoluta do setor terciário na economia do
município, ou seja 6.342 empreendimentos do setor terciário e 616 do setor secundário da
economia (SEBRAE, 1998).
Nesse período, 62,2% das empresas possuíam menos que cinco anos de constituídas,
sendo que 18,3% possuíam entre 06 e 10 anos, e 19,2% existiam há mais de 10 anos. A
grande maioria das empresas locais surgiu na década de 1990 e, desse total, em 1998, 33,5%
possuíam até um ano de existência (SEBRAE, 1998).
As empresas constituídas a partir da década de 1990 passaram por um processo de
grande mobilidade no espaço urbano. Verificou-se que o tempo de existência do negócio no
mesmo local é bastante curto para muitas empresas, 46,4% possuem dois anos ou menos no
mesmo local, 19,8% estão no local a um período de três a cinco anos, 18,6% têm seis a dez
anos de atividade no local e somente 14,0% estão estabelecidos no mesmo local há mais de
dez anos (SEBRAE, 1998).
As atividades que possuem maior mobilidade são as de prestação de serviços,
principalmente de consertos em geral, assessoria e consultorias, representação, consórcios,
pequenas atividade do comércio varejista e especialmente aquelas cujo imóvel não é
propriedade da empresa.
Em 1998 constatou-se, também, um grau de informalidade muito grande dentre as
atividades, ou seja, 39,8% de todas as atividades eram informais, estando assim compostos,
quanto ao grau de formalidade e informalidade, os setores da economia (SEBRAE, 1998):
• No setor industrial, em um total de 85,4% de industrias pesquisadas, 49,5% não
estavam formalizadas e somente 35,9% possuíam registro, sendo que 19,8% com
Firma Individual e 15,8% com natureza sociedade limitada.
• No setor comercial, em um total de 85,5% empresas pesquisadas, 28,1% dos
estabelecimentos não eram legalizados e 57,4% possuíam registro, sendo que 31,4%
possuem registro como firma individual e 21,0% como sociedade limitada.
• Já no setor de serviços, em um total de 78,9% de empresas pesquisadas, 47,7%
das empresas estavam no setor informal, principalmente relacionada a pequenas
atividades, na sua maioria, borracharias, bares, lanchonetes, oficinas de conserto em
geral, oficinas para autos e salões de beleza. Dentre as empresas legalizadas, 22,2%,
eram firmas individuais e 9,0% possuíam sociedade limitada.
Outro dado importante revelado pela pesquisa, foi quanto à experiência na atividade
(SEBRAE, 1998):

42
• No setor industrial constatou-se que 55,1% dos industriais estavam a mais de
cinco anos nos ramos em que atuam, sendo que 33,3% destes possuíam tempo de
experiência inferior ou igual a dois anos.
• No comércio, 30,8% eram empreendedores com até dois anos de experiência e
33,5% tinham experiência de mais de dez anos.
• Na prestação de serviços, encontrava-se o maior número de empresários com
pouca experiência empresarial, ou seja 33% com até um ano de experiência na
atividade e 30,5% com mais de dez anos de experiência.
Esses dados reforçam ainda mais a idéia de que a partir de 1990 o município começou
a fortalecer-se, ainda mais, como pólo regional, de serviços, devido ao surgimento de novas
atividades, especialmente relacionadas ao setor terciário da economia.
Nas atividades pesquisadas, constatou-se que existiam aproximadamente 25.084
pessoas ocupadas, com predominância de pequenos empreendimentos de natureza familiar,
visto que 88,3% destas possuíam menos de 5 pessoas ocupadas (SEBRAE, 1998).
Na tabela 3 pode-se analisar melhor a relação total de pessoas ocupadas por empresa e
por setor da economia. Constata-se que havia em 1998 uma média de 3,6 pessoas ocupadas
por empresa, sendo que, o setor industrial apresentava a maior média entre os setores, com
5,4 pessoas ocupadas por empresa, e no setor de serviços,a mais baixa média, com apenas 3,0
pessoas ocupadas por empresa.

TABELA 3
RELAÇÃO DE PESSOAS OCUPADAS POR EMPRESA EM
VITÓRIA DA CONQUISTA (1998)
POSIÇÃO SETORES DE ATIVIDADE GLOBAL
INDÚSTRIA COMÉRCIO SERVIÇOS
Total de pessoas ocupadas 3.328 11.155 10.601 25.084
Número de empresas 616 2.842 3.486 6.944
Pess. Ocupadas P/ Empresa 5,4 3,9 3,0 3,6
FONTE: SEBRAE/BA - Pesquisa Direta, 1998.

A maior parte das pessoas que trabalhavam nessas empresas eram da própria família
pois, 99,5% das empresas cadastradas possuíam algum parente na atividade. Por outro lado,
mesmo as empresas sendo ocupadas especificamente por familiares, em 99,7% delas, havia
pelo menos um empregado não pertencente à família. Dessa forma, com exceção dos
familiares empregados, 84,5% dos estabelecimentos empregavam até dois funcionários não
pertencentes à família (SEBRAE, 1998).

43
TABELA 4
MÃO-DE-OBRA EMPREGADA EM VITÓRIA DA CONQUISTA (1998)
SETORES DE
FAIXA DE OCUPAÇÃO GLOBAL
ATIVIDADE
INDÚSTRIA COMÉRCIO SERVIÇOS
Até 02 72,5% 82,5% 88,7% 84,5%
03 a 05 13,3% 9,5% 6,6% 8,4%
06 a 10 9,1% 4,4% 2,5% 3,9%
11 a 19 2,8% 6,7% 0,9% 1,5%
Mais de 20 2,3% 1,7% 1,2% 1,5%
% de Empresas que empregam mão-
de-obra 99,8% 99,7% 99,7% 99,7%
FONTE: SEBRAE/BA - Pesquisa Direta,1998.

Na indústria, 99,8% das empresas empregavam pelo menos um funcionário, sendo que
destas 72,5% utilizavam até dois funcionários. No setor de serviços, 99,7% das empresas
possuíam empregados, destas, 88,7% empregavam até dois funcionários. Também, no
comércio, 99,7% das empresas possuíam empregados, sendo que 82,5% destas até dois
funcionários e somente 1,7% possuíam acima de vinte empregados.

TABELA 5
Quantidade de empresas, de acordo com as faixas de ocupados, 1999
Número de empresas locais
Setores 1a4 5a9 10 a 19 20 a 29 30 a 49 50 a 99 100 ou mais Total
Primário 50 5 49 38 0 2 0 144
Secundário 462 91 43 10 9 11 2 628
Terciário 3646 453 183 46 39 25 15 4407
Total 4158 549 275 94 48 38 17 5179
Fonte:Elaborado pelo autor a partir de dados do IBGE, 2002.

Já pelo levantamento do IBGE, o município em 1999, possuía 5.179 atividades


cadastradas, sendo que 4.407 unidades faziam parte do setor terciário, 628 unidades do setor
secundário, e 144 estabelecimentos cadastrados no setor primário. O terciário representava
nesse período, a maioria das atividades localizadas no município, aproximadamente 85% do
total dos estabelecimentos produtivos.
Como é possível verificar na tabela 6, o setor primário representava 17,06% dos
salários e outras remunerações pagas aos trabalhadores do campo e possuia 15,25% do
pessoal ocupado. O setor secundário participava com 13,19 % dos salários e das
remunerações e 11,47% do pessoal ocupado assalariado, enquanto que o setor terciário
participava com a maior remuneração e salários pagos de todos os setores, ou seja, 69,75%
das remunerações e salários e 73,28% do pessoal ocupado assalariado.

44
TABELA 6
Pessoal ocupado assalariado (Poa.) e salários e outras remunerações pagos
segundosetores da economia, 1999

Setores Total R$ % Total Poa %


Primário 25.809.492 17,06 4223 15,25
Secundário 19.949.140 13,19 3176 11,47
Terciário 105.496.218 69,75 20288 73,28
Total 151.254.850 100,00 27687 100,00
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados do IBGE, 2002.

A participação do Setor terciário também é bastante relevante, em relação aos outros


setores, quanto ao consumo de energia elétrica no município. Em 2000 verificava-se no
município a existência de 8.743 consumidores de energia elétrica. Desse total, 70,32% eram
estabelecimentos relacionados ao setor terciário, um total de 6.743 empresas. Enquanto que os
setores primário e secundário participavam, somente com 22,88% e 6,81% dos Consumidores,
respectivamente (SEI, 2003).
Em 2001 houve um crescimento no total de consumidores de energia elétrica
basicamente nos três setores da economia, para 10.155 consumidores, mas manteve-se ainda,
a hegemonia do setor terciário, conforme as Tabelas 07 e 08.

TABELA 7
Consumidores de energia elétrica por setor da economia em Vitória da
Conquista 2000 e 2001

Ano 2000 Ano 2001


Setor Consumidores % Consumidores %
Primário 2.000 22,88 2.389 23,53
Secundário 595 6,81 741 7,30
Terciário 6.148 70,32 7.025 69,18
Total 8.743 100,00 10.155 100,00
Fonte: Elaborado a partir de dados da SEI, 2003

TABELA 8
Consumo de energia elétrica (mwH) por setor da economia em Vitória da
Conquista 2000 e 2001
Ano 2000 Ano 2001
Setor Consumo % Consumo %
Primário 9.414 10,00 9.641 10,70
Secundário 14.707 15,62 16.874 18,72
Terciário 70.023 74,38 63.608 70,58
Total 94.144 100,00 90.123 100,00
Fonte: Elaborado a partir de dados da SEI, 2003.

45
O consumo de energia em muitos casos demonstra claramente qual é o tipo de
economia predominante em dada região, sendo um bom indicador da dinâmica econômica
local. Ao comparar-se o consumo de energia por setor da economia em Vitória da Conquista
com o consumo de energia em outros municípios da Bahia, que possuem suas economias
voltadas para outros setores, é possível perceber melhor essa realidade.
Constata-se na Tabela 9, que em Camaçarí, município baiano localizado na região
metropolitana de salvador, que o setor secundário é o maior consumidor de energia entre os
demais setores, por sua vez o setor mais dinâmico da economia desse município é justamente
o setor industrial. Já em Barreira, município do oeste baiano, o setor que mais consome
energia é o setor primário, que na realidade é o mais dinâmico do município.

TABELA 9
Consumo de energia elétrica (mwH) por setor da economia em Camaçari-Ba e Barreira-
Ba ano 2001
Camaçari Barreiras
Setor Consumo % Consumo %
Primário 1.259 0,24 101.265 48,88
Secundário 460.831 89,27 69.368 33,49
Terciário 54.156 10,49 36.528 17,63
Total 516.246 100,00 207.161 100,00
Fonte: Elaborado a partir de dados da SEI, 2003

Em Vitória da Conquista o maior consumo de energia esta no setor terciário, portanto,


levando-se também em consideração o fator energia para definir a dinâmica econômica de
uma dada região, além do PIB e da Renda entre outros fatores, podemos considerar o setor
mais dinâmico da economia de Vitória da Conquista como sendo o terciário.
O Município possuí uma variedade de serviços na área da saúde como hospitais novos
laboratórios e clínicas especializadas, serviços de tomografia computadorizada, mamografia,
ultra-sonografia entre outras especialidades, serviço educacional de nível superior, e diversos
serviços mecânicos e de máquinas pesadas que atende toda a região, como também uma
intensa atividade comercial tanto atacadista quanto varejista. No Comércio atacadista
destacam-se as empresas de alimentos e bebidas, café, cereais, insumos agropecuários, gado
bovino, madeira e no Comércio varejista a empresas de Vestuário (lojas e butiques), calçados,
móveis, colchões, insumos agropecuários, materiais de construção, antenas, aparelhos eletro-
eletrônicos, armarinhos, alimentos e outros (armazéns e supermercados), carne (açougues),
bebidas, brinquedos, papelaria, ferragens e ferramentas, livrarias, bancas de revista, materiais

46
esportivos, artigos de caça e pesca, loterias, veículos, peças e acessórios, postos de gasolina,
discos e fitas de música, farmácias.

4.4 A renda local e o setor terciário

Embora a economia tenha agregado novos investimentos, principalmente a partir do


terciário, a média do rendimento mensal das pessoas com rendimentos em Vitória da
Conquista ainda é muito baixa, aproximadamente R$ 533,13 por cada pessoa responsável por
domicílios. Na Bahia, o município encontra-se na décima primeira colocação, todavia, não
muito distante dos primeiros colocados. Estes não chegam a mil reais de rendimento médio
mensal. O município de Lauro de Freitas é o que possui maior rendimento médio mensal, R$
977,50. Logo a seguir encontra-se Salvador com R$ 893,89, Barreiras com R$ 777,34 e,
assim sucessivamente, conforme podemos verificar no Quatro 2.

QUADRO 2
Valor do rendimento nominal médio mensal, valor do rendimento nominal mediano mensal
das pessoas com rendimento, responsáveis pelos domicílios particulares permanentes,
segundo municípios selecionados: Bahia, 2000
Valor do rendimento (R$) Classificação
segundo o
Municípios Rendimento nominal Rendimento nominal rendimento nominal
médio mensal mediano mensal médio mensal

Os 15 municípios com maior nível de rendimento


Lauro de Freitas 977,50 300 1
Salvador 893,89 380 2
Barreiras 777,34 300 3
Itabuna 589,30 250 4
Mucuri 565,73 200 5
Feira de Santana 561,86 280 6
Porto Seguro 556,21 300 7
Eunápolis 555,67 240 8
Teixeira de Freitas 544,08 250 9
Paulo Afonso 539,11 250 10
Vitória da Conquista 533,13 200 11
Alagoinhas 520,37 250 12
Madre de Deus 517,29 300 13
Dias d'Ávila 495,69 300 14
Ilhéus 486,62 196 15
Fonte: IBGE, 2002.

47
No Quadro 2, ao se observar o rendimento nominal mediano1 mensal dos quinze
principais municípios da Bahia percebe-se que esse rendimento é maior, R$ 380,00, em
Salvador e apenas R$ 196,00 em Ilhéus. Vitória da Conquista possuí rendimento mediano de
R$ 200,00.
Um rendimento mediano tão baixo assim, possibilita inferir o grau de pobreza em que
estão inseridos esses municípios. Além de possuírem um grau muito elevado de pobreza ainda
existe uma forte concentração na renda, até mesmo nos municípios mais industrializados.
Atualmente são 56.936 pessoas responsáveis por domicílios em Vitória da Conquista. A
média de rendimento mensal já foi bem pior, R$ 384,26 em 1991. No ano 2000, o rendimento
médio mensal das pessoas responsáveis por domicílios passou para R$ 533,13.Uma variação
de 38,7 %.
QUADRO 3
Valor do rendimento nominal médio mensal, valor do rendimento nominal mediano
mensal das pessoas com rendimento, responsáveis pelos domicílios, segundo os
municípios: Bahia, 2000

Valor do rendimento (R$)


Pessoas com rendimento
responsáveis pelos
Município domicílios particulares Rendimento nominal Rendimento nominal
permanentes médio mensal mediano mensal

Vitória da Conquista 56.936 533,13 200,00


Fonte: IBGE, 2002.

O rendimento médio dos responsáveis por domicílios na Bahia, como um todo,


também é muito baixa. Em 1991 representava R$ 318,00, em 2000 passou para R$ 460,00,
um aumento de 44,7 %. Constata-se que, embora baixo, o rendimento médio no município
ainda é maior que a média Baiana.

TABELA 10
Variação do rendimento médio real mensal das pessoas responsáveis
pelos domicílios, segundo os municípios: Bahia, 1991-2000
Variação
Valor do rendimento médio (em R$)
Município (%)
1991 2000 1991/2000
Vitória da Conquista 384,26 533,13 38,7
Bahia 318,0 460,0 44,7
Fonte: IBGE, 2002.

1
A mediana é o valor em uma seqüência de dados que não é afetada por observações abruptas, ou seja,
no calculo da mediana são eliminados as discrepâncias que possam “mascarar” a realidade.

48
Vitória da Conquista possuía, em 1970, um PIB de aproximadamente 224 milhões de
reais. Em 1996 o PIB foi da ordem de 551 milhões, o que representava uma renda total
municipal ainda muito baixa, comparando-se com outros municípios do mesmo porte
localizados na região Sul e Sudeste do Brasil.
A renda per capita municipal em 1996 era de R$ 2.278,20, pouco maior que a renda
per capita do Estado da Bahia (R$ 2.253,61). Todavia, muito inferior à renda per capita
nacional, que no período foi R$ 4.958,85.

TABELA 11
PIB Per capitã 1996

Região Valor R$
Vitória da Conquista 2.278,20
Bahia 2.253,61
Brasil 4.958,85
Fonte: IPEA, 2003

Considerando os cinco municípios com maior população na Bahia: Salvador, Feira de


Santana, Vitória da Conquista, Itabuna e Ilhéus, a renda total de Vitória da Conquista seria a
terceira do Estado da Bahia. Todavia, outros municípios com maior capacidade industrial,
principalmente na região metropolitana de Salvador possuem renda mais elevada, como é
possível verificar no Quadro 10 em anexo, onde consta todos os municípios e seus
respectivos PIBs.
Em Vitória da Conquista, a participação do setor terciário na constituição do PIB é
predominante. Em 1970, o setor terciário representava 78,79% do PIB municipal. O setor
secundário, 12,90 %, e o setor primário, apenas 8,31% do total da renda municipal.

TABELA 12
PIB por Setor da economia 1970 a 1996 - Deflacionado pelo Deflator
Implícito do PIB Nacional, ano 2000
em %
Vitória da Conquista 1970 1975 1980 1985 1996
Setor Terciário 78,79 69,46 70,45 61,04 64,20
Setor Secundário 12,90 17,62 17,36 20,31 29,60
Setor Primário 8,31 12,92 12,19 18,65 6,20
Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Fonte: IPEA, 2003

49
A partir de 1975, quando a lavoura cafeeira foi implantada, o PIB agrícola sofreu um
maior incremento, chegando a uma participação de 18,65% na renda total do município em
1985. E novamente começou a cair, chegando em 1996, com apenas 6,2% de participação na
formação da renda local.
O incremento do setor primário no período 1975 a 1985 induziu o crescimento dos
demais setores da economia a partir do momento em que propiciou o surgimento de novos
investimentos direta e indiretamente ligados ao setor agrícola.
Dessa forma, mesmo com a queda de participação do setor primário no PIB local, os
outros setores continuaram em plena elevação pois já havia poupança regional constituída no
setor primário, mas repassada para os demais setores através do efeito multiplicador da
economia, permitindo, assim, que o setor secundário e terciário praticamente passassem a ser
independentes do setor primário a partir da década de 1990.

4.3 A nova tendência do setor terciário local

A difusão de novas tecnologias exige cada vez mais elevados níveis de qualificação
dos trabalhadores. Inclusive a própria competitividade das empresas no plano nacional e
internacional depende da capacidade da força de trabalho utilizar essas novas tecnologias.
Os trabalhadores a partir do Fordismo, passaram a ser especializados na produção com
máquinas específicas que buscavam sempre a repetição. O trabalhador passou a ser altamente
especializado em tarefas simples e repetitivas.
Todavia, a partir da reestruturação produtiva engendrado pela globalização, na medida
em que novas tecnologias, como a micro eletrônica, passaram a fazer parte do processo de
produção, o trabalho, por sua vez, tornou-se mais complexo passando a exigir dos
trabalhadores melhor qualificação profissional sob pena de ficarem fora do mercado de
trabalho. Passaram a fazer parte do mundo do trabalho qualidades como: autonomia, visão de
conjunto, motivação, comunicação etc., antes, somente exigidas para uns poucos dentro da
empresa.
Isto, na prática, corresponde a dizer que, na vizinhança de um segmento industrial
globalizado, há necessidade da existência de um ambiente de pesquisa e de desenvolvimento
competente e articulado, integrando institutos de pesquisas e universidades com empresas e
empreendimentos produtivos os mais variados.

50
Dessa forma, a educação tornou-se cada vez mais importante para uma economia que
pretenda se desenvolver. A produção de bens finais requer indústrias modernas e flexíveis,
muitas das quais demandantes de pessoal altamente qualificado e, simultaneamente, sujeitas a
intensa competição com produtos de origem externa. Mas também requer uma economia de
serviços dinâmica e com profissionais habilitados que corresponda às demandas fomentadas
pela produção.
As desigualdades sociais, a exemplo da concentração da renda muito significativa no
Brasil, podem ser combatidas com a educação. O país apresenta desigualdades regionais tão
absurdas que produzem em um mesmo território a Somália e a Bélgica, ou seja, cidades muito
mais empobrecidas. Recentemente o IPEA publicou um estudo que coloca o Brasil como o
penúltimo colocado em distribuição de renda entre 130 países pesquisados, só não esta pior
que Serra Leoa.
Por outro lado é possível citar, em algumas regiões do país, cidades de porte médio
como, São Carlos, Campinas e Ribeirão Preto no Estado de São Paulo, Juiz de Fora e Viçosa,
em Minas Gerais, que buscam o desenvolvimento não somente com base na indústria, mas
também com a renda gerada pela oferta de serviços de educação.
O caso especificamente de São Carlos é um bom exemplo. A concentração de doutores
por habitantes é uma das maiores da América Latina. A tecnologia atualmente é o principal
veiculo de desenvolvimento do município.
O processo de desenvolvimento ocorrido nessas cidades é fruto, basicamente do
investimento no ensino superior e no conhecimento. A educação superior fomentou a
economia de serviços que criaram condições para o surgimento de novos empreendimentos.
Os investimentos que mais crescem no mundo, estão na área da economia de serviços, são
atividades que dependem de alta tecnologia e de uma gama muito grande de conhecimento
regional aplicado.
O ensino superior na região sudoeste da Bahia esteve sempre dependente da
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, que desde quando foi criada, na década
de 1980, busca se fortalecer para que possa exercer uma maior influencia no fomento do
desenvolvimento regional.

“O corpo docente da UESB é formado, atualmente, por 643 professores, sendo 544
efetivos, 82 substitutos e 17 visitantes. No campus de Vitória da Conquista, há 338
professores, sendo 279 efetivos, 52 substitutos e 7 visitantes. Dos professores
efetivos, 11 são graduados, 224 especialistas, 253 mestres e 56 doutores. A UESB.
A UESB tem investido bastante, nos últimos anos, na qualificação do seu corpo
docente. Atualmente, são 37 mestrandos e 73 doutorandos.

51
O corpo discente é formado, principalmente, por alunos oriundos de toda a região
Sudoeste e do Norte de Minas Gerais. Atualmente, estão matriculados na UESB
5.746 alunos nos diversos cursos de graduação, 686 nos cursos de especialização e
74 nos cursos de mestrado. No campus de Vitória da Conquista estavam
matriculados, no ano de 2002, 3.451 alunos, dos quais estima-se que 32% são
oriundos de outros municípios. Nos seus 22 anos de existência (1980 – 2002), a
UESB habilitou mais de 4.000 profissionais.
O número de candidatos inscritos no vestibular cresceu 868% nos últimos dez anos,
passando de 1.942 candidatos em 1990 para 18.796 em 2002. A relação
candidato/vaga cresceu no mesmo período de 4,74 para 13,14. Isto mostra, por um
lado, uma maior aceitação da universidade na comunidade regional e, por outro, um
enorme mercado potencial para o crescimento tanto da UESB quanto de instituições
privadas de ensino superior. Atualmente, a UESB oferece, por ano, 1.430 vagas,
preenchidas através de vestibular. No campus de Vitória da Conquista são oitocentas
vagas.” (LOPES, 2003:150)

Atualmente, chama-se atenção para um novo movimento em direção à ampliação do


ensino superior, com faculdades privadas, que começa a tomar impulso. Fazem parte desse
novo conjunto, mais três instituições, a Faculdade de Tecnologia e Ciências - FTC, o Instituto
de Ensino Superior Juvêncio Terra e a Faculdade Independente do Nordeste - FAINOR.
Na esfera Federal está previsto a descentralização do ensino superior para o interior da
Bahia, com a implantação de um Campus da Universidade Federal da Bahia – UFBA e
Implantação de Novos Cursos, como o de Engenharia Elétrica, no Centro Federal de
Educação Tecnológica da Bahia – CEFET, unidade de Vitória da Conquista.
O investimento educacional pode mudar a realidade verificada em uma dada região. O
ensino superior pode criar novos horizontes e qualificar melhor os empresários locais dando a
eles melhores condições de gerenciamento, melhorando a qualificação dos empregados e
abrindo caminho para novos empreendimentos.
De acordo com o Censo empresarial realizado no Município, pelo SEBRAE, em 1998,
foi verificado que 38,3 % da classe empresarial tem formação educacional mínima, sendo
26% com 1º grau incompleto, 9,4% com 1º grau completo e 2,9% com 2 º grau incompleto.
Todavia, 29,3% não responderam o questionário. Se eliminarmos estes da apuração, teremos
mais de 55% dos empresários locais com um grau de escolaridade mínima. O fato é que do
total geral de empresários apenas 6,7% possuem o 3º grau completo e 6% ainda são
analfabetos.
Devido a pouca formação o SEBRAE comprovou que os micro e pequenos
empresários, em grande maioria, iniciam o seu negócio com pouca ou nenhuma experiência
gerencial, o que leva muitos deles a não utilizarem registro ou controle contábil, incorrendo,
desta forma, na improvisação administrativa, o que é prejudicial para os resultados
operacionais das empresas, levando até, em muitos casos, à mortalidade precoce do negócio.
É no setor comercial que se encontra o maior percentual de empresários que utilizam algum

52
registro ou controle. Todavia 40,6 % não utilizam controle nenhum. Na prestação de serviços,
59,5 % não utilizam controle ou registro
A expansão e a implantação de instituições de ensino superior em Vitória da
Conquista não só representará a melhoria da economia local e regional a longo prazo, mas
também a curtíssimo prazo introduz novos recursos com a movimentação do setor hoteleiro,
aluguéis, restaurantes, entre outros, além de induzir outros tipos de investimentos. Como
também evita a saída de recursos com a ida de alunos para outras regiões em busca de cursos
que as instituições locais não oferecem.
Só para se ter uma idéia, em pesquisa realizada por Passos (1995), verificou-se que
existiam de 1500 a 2000 jovens conquistenses de classe média estudando em outras cidades
como Belo Horizonte, Alfenas, Viçosa e Salvador. Partindo de uma estimativa de custo, na
época, para famílias da ordem de 400 reais/ mês por cada jovem, ao ano a saída de recursos
seria da ordem de 7,2 milhões que deixavam a economia local.
O autor constatou que a causa disso era o fato de que o sistema de educação
universitária de Vitória da Conquista ainda exercia fraca atração sobre a juventude de outras
regiões devido ao número reduzido de cursos oferecidos. Em Vitória da Conquista, apenas 15
% dos vestibulandos eram oriundos de outros municípios de 1991 a 1993, sendo que a maioria
da região sudoeste.
Com a implantação de novos cursos nas instituições públicas, o crescimento e
solidificação das instituições privadas, o município e a região só fazem ganhar, não só em
mais recursos e investimentos, mas também em melhoria da qualidade de vida.
O ensino superior possibilita, antes de tudo, a criação de poupança na região através da
atração de capital de fora e manutenção da renda gerada no município devido os serviços
demandados pelos alunos que chegam de outras regiões e por aqueles que deixam de ir para
outras instituições, inclusive em outros Estados.
À medida que mais pessoas acessem o ensino superior, novas tecnologias vão sendo
criadas, melhora a qualificação dos trabalhadores e dos empreendedores, criando condições
para que ocorra, não apenas crescimento econômico, mas também o desenvolvimento local e
regional.

53
5 CONCLUSÃO

Como é possível concluir, o comércio se fortificou em função da localização


geográfica, a partir da abertura da BR 116 e das rodovias estaduais BA 415 e BA 262. O café
na década de 1970, foi responsável pelo grande dinamismo da economia regional, o que se
refletiu no crescimento e diversificação do comércio e das atividades de prestação de serviços.
O café produziu efeitos até o final da década de 1980. Com a queda nos preços internacionais
e a falta de modernização da produção, a economia local passou a ser sustentada praticamente
pelo comércio varejista e o setor de serviços.
O comércio foi afetado no início de 1990 pela crise do café devido ao baixo preço do
produto e a seca que abalou a produção e a partir de 1994 até 1996, pelo impacto negativo da
recessão que seguiu a partir do Plano Real e da queda relativa dos preços agropecuários com
a chamada "âncora verde" do plano.
Com tudo isso uma análise mais aprofundada revela que em Vitória da Conquista
houve uma considerável expansão e diversificação da atividade comercial na década de 1990.
Visto que enquanto o censo econômico de 1985 registrava a presença de pouco menos de
5.000 estabelecimentos comerciais no conjunto do Sudoeste, um levantamento realizado em
1992 pelo SEBRAE revelou a presença de 4.812 estabelecimentos comerciais apenas em
Vitória da Conquista (UESB, 1996).
Com o café, muitos investimentos vieram para a cidade, solidificando a condição de
pólo regional do município. O crescimento do setor comercial e dos serviços na década de
1990 se alimentou exclusivamente dessa condição e da localização geográfica do município.
Sobretudo, percebe-se que no contexto geral o setor terciário é o mais dinâmico da
economia local, com grande potencialidade de crescimento devido a muitos empreendimentos
novos sendo implantados, como o shopping Conquista Sul..
Polarizando uma área com mais de 200 Km de circunferência atingindo uma
população de mais de 2 milhões de habitantes na região Sudoeste da Bahia, Vitória da
Conquista é a Cidade que possui maior infra-estrutura comercial e de serviços na região.
Na agricultura, somente o município de Vitória da Conquista, contribuiu na década de
90 com mais de 20 mil empregos diretos na cafeicultura, com uma produção média de mais de
500.000 sacas ao ano, que representou 10% do PIB municipal em 1996.
Dessa forma sendo a área de serviços, a monocultura cafeeira e o comércio os
elementos mais importantes na formação da economia local, constata-se que o setor terciário é
atualmente o setor econômico mais dinâmico da economia em Vitória da Conquista.

54
É visível a multiplicação de microempresas do setor terciário em Vitória da Conquista
(farmácias, padarias, delicatessens, lojas de conveniências, minimercados, clínicas
especializadas, faculdades particulares, etc.). Dessa forma, a hipótese estabelecida esta
confirmada, de fato, o setor terciário, a partir da década de 1990, passou a ser o pólo que mais
contribuiu na composição do PIB municipal e, portanto, o setor mais importante da economia
em Vitória da Conquista e o elo que vincula a cidade a outras regiões do Estado da Bahia,
chegando a sua influência, até o Norte de Minas Gerais.

55
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59
ANEXOS

60
QUADRO 4
Quantidade de empresas, de acordo com as faixas de ocupados, 1999
Número de empresas locais
Sem 1a4 5a9 10 a 19 20 a 29 30 a 49 50 a 99 100 ou Total
ocupação mais
Agricultura, pecuária,
silvicultura e exploração 17 27 5 48 38 0 1 0 54
florestal
Indústrias extrativas 4 2 0 1 0 0 1 0 8
Indústrias de transformação 28 374 78 40 9 7 7 1 544
Produção e distribuição de 1 1 1 0 0 0 2 0 5
eletricidade, gás e água
Construção 4 54 12 3 1 2 2 1 79
Comércio; reparação de
veículos automotores, 234 2.390 322 105 25 19 13 1 3.109
objetos pessoais e
domésticos
Alojamento e alimentação 14 162 35 18 5 3 1 0 238
Transporte, armazenagem e 20 83 14 8 1 12 0 4 142
comunicações
Intermediação financeira 5 29 5 6 2 1 1 1 50
Atividades imobiliárias,
aluguéis e serviços prestados 28 294 8 18 1 0 1 1 391
às empresas
Administração pública, 1 0 0 1 1 0 0 1 3
defesa e seguridade social
Educação 5 48 19 6 3 2 4 2 89
Saúde e serviços sociais 13 61 23 4 3 2 3 4 113
Outros serviços coletivos, 92 167 27 17 5 0 2 1 311
sociais e pessoais

TABELA 13

Produto Interno Bruto Municipal 1970 a 1996 - Deflacionado pelo Deflator


Implicito do PIB Nacional ano 2000
R$ Milhôes
Muncípio 1970 1975 1980 1985 1996 2000
Feira de Santana 416,19 543,34 923,34 1.031,51 1.050,00 1.140,20
Ilhéus 352,28 388,03 752,54 1.751,81 377,99 462,64
Itabuna 220,76 292,42 459,89 597,86 516,04 468,12
Salvador 3.637,28 4.800,23 9.061,61 8.564,51 12.960,00 9.947,31
Vitória da Conquista 224,41 259,84 409,16 468,32 551,68 567,73
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados do IPEA de 1970 a 1996;CEI ano 2000.

61
QUADRO 5
Pessoal total ocupado em empresa locais, segundo as faixas de ocupados, 1999
Pessoal ocupado
1a4 5a9 10 a 19 20 a 29 30 a 49 50 a 99 100 ou mais Total
Agricultura, pecuária,
silvicultura e exploração 52 35 47 0 2.513 1.650 0 218
florestal
Indústrias extrativas 3 0 12 0 0 56 0 71
Indústrias de 704 492 548 205 231 457 487 3.124
transformação
Produção e distribuição
de eletricidade, gás e 2 5 0 0 0 140 0 147
água
Construção 102 75 34 21 88 112 383 815
Comércio; reparação de
veículos automotores, 4.190 2.110 1.377 595 739 856 194 10.061
objetos pessoais e
domésticos
Alojamento e 261 227 257 114 109 62 0 1.030
alimentação
Transporte,
armazenagem e 152 87 109 28 446 0 1.775 2.597
comunicações
Intermediação 70 31 91 46 46 69 109 462
financeira
Atividades imobiliárias,
aluguéis e serviços 578 303 230 23 0 60 170 1.364
prestados às empresas
Administração pública,
defesa e seguridade 0 0 13 0 0 0 2.406 2.419
social
Educação 92 129 73 75 67 239 871 1.546
Saúde e serviços 2.406 1.546 55 69 72 206 964 1.635
sociais
Outros serviços
coletivos, sociais e 263 168 212 135 0 172 209 1.159
pessoais

TABELA 14

PIB do Setor Terciário 1970 a 1996 - Deflacionado pelo Deflator


Implicito do PIB Nacional ano 2000
R$ Milhôes
Muncípio 1970 1975 1980 1985 1996
Feira de Santana 277,44 340,10 552,75 556,19 613,20
Ilhéus 226,15 190,35 355,91 648,59 226,04
Itabuna 164,26 188,22 304,20 359,50 380,33
Salvador 2.674,19 3.321,75 6.750,33 6.311,22 8.825,76
Vitória da Conquista 176,81 180,48 288,25 285,85 354,18
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados do IPEA, 2003

62
QUADRO 6
Pessoal ocupado e assalariado em unidades locais, 1999
Número de pessoas por Unidades Número de pessoas Pessoal ocupado Salários e outras
unidades locais ocupadas assalariado remunerações
Sem pessoal ocupado 466 - - -
1 1.782 1.782 560 1.241.824
2 1.204 2.408 722 1.713.622
3 416 1.248 663 1.396.870
4 290 1.160 596 1.275.265
5 198 990 655 1.796.178
6 130 780 504 1.209.443
7 118 826 574 1.501.197
8 81 648 432 2.108.134
9 62 558 297 745.473
1a4 3.692 6.598 2.541 5.627.581
5a9 589 3.802 2.462 7.360.425
10 a 19 231 3.058 2.367 8.000.275
20 a 29 55 1.311 1.025 3.846.665
30 a 49 48 1.798 1.590 6.784.998
50 a 99 38 2.513 2.650 15.590.457
100 a 249 10 1.650 1.446 9.452.315
250 a 499 2 870 864 3.980.454
500 a 999 4 2.642 2.639 21.082.775
1000 ou mais 1 2.406 2.406 10.831.730
Total - 26.648 - -

QUADRO 7

Quantidade de empresas por bairro


BAIRRO Qtd. BAIRRO Qtd.
ALTO MARON 382 MIRO CAIRO 12
BELA VISTA 05 N. SENHORA APARECIDA 47
BOA VISTA 53 OUTROS 423
BRASIL 1.182 PATAGÔNIA 460
CAMPINHOS 21 PRIMAVERA 02
CANDEIAS 89 RECREIO 171
CENTRO 2.440 SANTA CRUZ 19
CRUZEIRO 38 SÃO PEDRO 01
DEPARTAMENTO 10 SENHORIA CAIRO 01
ESPÍRITO SANTO 01 UNIVERSIDADE 02
FELÍCIA 141 URBIS III 01
GUARANY 203 URBIS V 07
IBIRAPUERA 335 VILA SERRANA 18
JATOBÁ 06 VILA SERRANA 01
JUREMA 134 ZABELÊ 284
KADIJA 182
FONTE: SEBRAE/BA – Pesquisa Direta, 1998.

63
QUADRO 8

Estrutura setorial das atividades em vitória da conquistatotal de unidades cadastradas

ATIVIDADES DE ATIVIDADES DE ATIVIDADES DE


COMÉRCIO SERVIÇO INDÚSTRIA
Açougues 184 Academias de 11 Açúcar 01
Ginásticas
Açúcar 01 Advocacia 57 Alambique 01
Animais 03 Agência de Empregos 01 Alimentos 01
Aparelhos Auditivos 02 Alfaiates 15 Artefatos de Alumínio 01
Armarinhos 67 Alugueis de Roupas 03 Artesanatos 06
Armazens 91 Arquitetos 02 Artigos de Couro 03
Artigos p/ Decoração 13 Artesanato 01 Blocos 01
Artigos Esportivos 09 Assistência Técnica 20 Bolsas 02
Artesanatos 37 Auto-Elétricas 28 Bordados 01
Artigos p/ Festas 03 Auto- Escola 03 Box e Esquadrias 04
Artigos Fotográficos 01 Bancos 11 Brindes 01
Artigos Religiosos 10 Bar 1288 Calçados 05
Autopeças 88 Barbearia 10 Carimbos 01
Cortinas 01 Boate 02 Carpintaria 23
Banca de Revistas 09 Borracharia 44 Carrocerias 05
Bazares 04 Capotaria 10 Casa de Farinha 117
Bicicletas 11 Chaveiro 10 Cerâmicas 01
Bijuterias 08 Cinema 01 Colchões 03
Biscoitos 50 Clínica Médica 111 Condimentos 03
Bolsas 03 Clínica Odontológica 08 Canos e Conexões 01
Bombonnieres 08 Clube Recreativo 06 Construção Civil 08
Café 04 Cobranças 01 Cosméticos 01
Calçados 74 Coleta de Lixo 01 Doces 08
Carvão 01 Comunicação Visual 02 Embalagens 01
Cereais 129 Conserto de Máquinas 03 Gelo 01
Chapéu 01 Consultório 64 Gráfica 21
Odontológico
Colchões 06 Consertos em Geral 39 Lages 01
Concessio. de Veículos 15 Consultoria 16 Laticínios 11
Condimentos 16 Consultório Médico 13 Máquinas Agrícolas 01
Confecções 316 Contabilidade 43 Máquinas em Geral 01
Cosméticos 05 Cooperativa 01 Marcenaria 63
CDs e K7 08 Corretor de Café 06 Marmoraria 07
Dist. de Água Mineral 03 Corretor de Imóveis 02 Metalúrgica 16
Distribuidor de 11 Corretor de Seguros 02 Gesso 01
Álimentos
Distribuidor de Bebidas 15 Costureiras 45 Moínho 04
Distribuidor de Gás 27 Creche 02 Móveis 08
Distribuidor de Fermento 01 Cursos 24 Olaria 10
Distribuidor de Livros 01 Casa Lotérica 08 Ourivesaria 02
Doces 02 Decorações 01 Panificadora 92
Eletrodomésticos 10 Despachante 05 Artefatos Plásticos 01
Embalagens 11 Conserto de Relógios 03 Postes 01
Extintores 05 Eletricista 08 Produtos Naturalistas 01
Farmácias 64 Eletrônica 57 Pré-Moldados 08
Ferragens 18 Engenharia 06 Produtos de Limpeza 01
Ferramentas 03 Emplacadora 15 Produtos Químicos 01
Floriculturas 14 Encadernações 02 Refrigerantes 01
Frios 24 Energia Solar 01 Sabão 01
Granjas 36 Engenharia Rural 01 Salgados 01

64
Importados 04 Escola 94 Selaria 03
Joalherias 08 Esportivos 01 Serralharia 48
Laticínios 04 Estacionamento 04 Serraria 03
Livrarias 18 Feiras / Eventos 04 Sorveteria 99
Madeireiras 23 Fotografia 27 Toldos 02
Magazines 26 Funerária 16 Torrefação de Café 04
Máquinas Agrícolas 08 Funilaria 05 Utilidades Domésticas 01
Máquinas de Costura 03 Hospital 05 Vassouras 01
Máquinas em Geral 07 Hotel 32 Velas 01
Materiais Agrícolas 02 Imobiliária 23
Materiais de Construção 147 Informática 24
Materiais Elétricos 13 Instalações 01
Mel 02 Irrigação 01
Mercadinhos 181 Jogos 27
Mercearias 291 Jornal 04
Mosquiteiros 01 Laboratório 11
Móveis 60 Lanchonete 207
Óticas 20 Lava-Autos 26
Ouro 01 Lavanderia 04
Pães 03 Limpeza e Conservação 03
Papelarias 28 Locadora de Games 20
Parafusos 04 Manicure 18
Peças p/ Bicicletas 07 Motel 08
Peixarias 06 Naturalistas 01
Perfumarias 05 Oficina de Autos 224
Plásticos 01 Oficina de Bicicletas 39
Pneus 11 Oficina de Motos 02
Postos Combustíveis 29 Oficina de Tratores 03
Presentes 08 Pensionato 01
Produtos Agropecuários 37 Pinturas 18
Produtos Alimentícios 13 Planos de Saúde 02
Produtos p/ Apicultura 02 Pousada 02
Produtos Farmacêuticos 02 Publicidade 01
Produtos Descartáveis 02 Purificação de Água 01
Produtos Naturalistas 07 Reformas em Geral 13
Produtos Odontológicos 05 Reformas de Pneus 02
Quitandas 225 Reforma de Móveis 14
Rações 04 Refrigeração 14
Relojoarias 12 Reprografia 05
Reservatório 01 Representação 15
Comercial
Sacarias 02 Restaurante 91
Sementes 01 Rádio Difusora 05
Sorvetes 08 Salão de Beleza 309
Sucatas 05 Sapataria 24
Supermercados 84 Segurança 01
Tabacarias 20 Seguros 19
Tecidos 27 Serigrafia 04
Tintas 05 Shoping 01
Utilidades Domésticas 20 Tapeçaria 02
Vidraçarias 16 Telecomunicações 07
Torno 01
Transportes 35
Turismo 06
Veterinário 01
Videolocadora 59

65
TOTAL 2842 TOTAL 3500 TOTAL 616
FONTE: SEBRAE/BA – Pesquisa Direta, 1998.

TABELA 15

PIB do Setor Primário 1970 a 1996 - Deflacionado pelo Deflator


Implicito do PIB Nacional ano 2000
R$ Milhôes
Muncípio 1970 1975 1980 1985 1996
Feira de Santana 31,04 30,70 26,33 35,81 23,10
Ilhéus 70,21 117,43 147,53 314,08 57,46
Itabuna 27,45 57,92 72,27 91,78 6,71
Salvador 7,95 8,41 4,29 6,67 -
Vitória da Conquista 18,64 33,58 49,86 87,35 34,21
Fonte: Elaborado pelo autor a parti de dados do IPEA, 2003

TABELA 16

PIB do Setor Secundário 1970 a 1996 - Deflacionado pelo Deflator


Implicito do PIB Nacional ano 2000
R$ Milhôes
Muncípio 1970 1975 1980 1985 1996
Feira de Santana 107,71 172,54 344,26 439,51 413,70
Ilhéus 55,92 80,25 249,10 789,14 94,49
Itabuna 29,05 46,28 83,42 146,58 129,00
Salvador 955,14 1.470,07 2.306,99 2.246,62 4.134,24
Vitória da Conquista 28,96 45,78 71,05 95,12 163,29
Fonte: I Elaborado pelo autor a parti de dados do IPEA, 2003

QUADRO 9

PIB por Setor da economia 1970 a 1996 - Deflacionado pelo Deflator


Implicito do PIB Nacional ano 2000
R$ Milhôes
Vitória da Conquista 1970 1975 1980 1985 1996
Setor Terciário 176,81 180,48 288,25 285,85 354,18
Setor Secundário 28,96 45,78 71,05 95,12 163,29
Setor Primário 18,64 33,58 49,86 87,35 34,21
Total 224,41 259,84 409,16 468,32 551,68
Fonte: Elaborado pelo autor a parti de dados do IPEA, 2003

66
TABELA 17

PIB por Setor da economia 1970 a 1996 - Deflacionado pelo Deflator


Implicito do PIB Nacional ano 2000
em %
Vitória da Conquista 1970 1975 1980 1985 1996
Setor Terciário 78,79 69,46 70,45 61,04 64,20
Setor Secundário 12,90 17,62 17,36 20,31 29,60
Setor Primário 8,31 12,92 12,19 18,65 6,20
Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Fonte: Elaborado pelo autor a parti de dados do IPEA, 2003I

QUADRO 10

Estimativa do PIB Municipal Baiano ano 2000

Produto Municipal
Município (R$ Milhões) Classificação
Salvador 9.947,31 1
Camaçari 3.724,87 2
Candeias 3.212,27 3
Simões Filho 1.911,99 4
Pojuca 1.402,41 5
Paulo Afonso 1.391,04 6
Feira de Santana 1.140,20 7
Mucuri 720,49 8
Barreiras 675,28 9
Lauro de Freitas 660,24 10
Dias D´Ávila 651,12 11
Sobradinho 608,96 12
Vitória da Conquista 567,73 13
Itabuna 468,12 14
Ilhéus 462,64 15
Catu 449,88 16
Juazeiro 448,95 17
São Francisco do Conde 360,81 18
Porto Seguro 320,48 19
Alagoinhas 289,3 20
Jequié 280,93 21
Brumado 241,07 22
Teixeira de Freitas 240,34 23
Fonte : SEI, 2000.

67
QUADRO 11

Pessoas ocupadas e numero de estabelecimento do setor


Terciário no municipio de vitória da conquista ano 2001

Atividade de Serviço Pessoas Estabelecimentos


Ocupadas
ACADEMIAS E SIMILARES 72 26
ADMINISTRAÇÃO DE BENS 93 31
ADMINISTRADOR 3 2
ADVOGADO 126 102
AGENCIA DE TURISMO 19 8
AGENCIAMENTO E CORRETAGEM 24 14
AGRONOMO 1 1
ALFAIATARIAS 22 17
ARQUITETO 6 5
ASSESSORIA E CONSULTORIA 57 26
ASSIST.TECNICA EM GERAL 97 40
AUTO ESCOLA 19 4
BANCOS E FINANCIAMENTO 348 13
BARBEARIAS E SALOES DE BELEZA 635 402
BILHARES E OUTROS JOGOS 29 9
BIOQUIMICO 1 1
BORRACHARIAS 71 59
BUFFET 2 2
CAPOTARIA 14 12
CARPINTARIAS E MARCENARIAS 199 104
CASAS LOTERICAS 39 12
CHAVEIROS 7 7
CLINICA MEDICA 178 48
CLINICA VETERINARIA 6 3
CLINICAS E SIMILARES 251 45
COBRANÇA 3 1
COMINICAÇÃO VISUAL 46 21
COMPANIA DE ELETRICIDADE 1 1
COMUNICACAO E INFORMACAO 19 6
CONSERTO DE CALÇADOS 19 19
CONSTRUCAO E ENGENHARIA 113 19
CONSULTORIA 34 14
CONSULTORIO ODONTOLOGICO 63 56
CONTABILIDADE 238 74
COOPERATIVA DE CRÉDITO 36 5
COOPERATIVA 57 4
CORRETAGEM DE CAFE 25 15
CORRETAGEM DE IMOVEIS 38 21
68
CORRETAGEM DE SEGUROS 31 14
CORRETOR DE IMOVEIS 20 8
COSTUREIRA 31 21
CRECHES E BERCARIOS 249 14
CURSOS PREPARATORIOS 86 12
DEDETIZACAO E LIMPEZA 9 4
DENTISTA 66 46
DIVERSOES ELETRONICAS 1 1
ELETRÔNICA 56 34
EMPLACADORAS E SIMILARES 42 23
EMPREITEIRAS E INCORPORADORAS 109 12
EMPRESA DE TRANSPORTES 666 29
EMPRESA FUNERARIA 48 18
ENCADERNACAO E PLASTIFICACAO 3 3
ENCANADOR 2 2
ENGENHARIA E TOPOGRAFIA 11 7
ENSINO DE QUALQUER GRAU 1.523 150
ENSINO SUPERIOR 66 2
EST. DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA 21 12
ESTACIONAMENTOS PARA VEICULOS 61 24
ESTUDIO DE TELEVISÃO 5 1
EVENTOS E ARTES 80 14
FISIOTERAPEUTA 1 1
FOTOCOPIADORAS 16 12
FOTOGRAFO(A) 6 4
GEOLOGIA E GEOFISICA 1 1
GRAFICAS 139 34
GUINCHOS E REBOQUES 5 2
HOSPITAIS 814 11
HOTEIS, PENSOES E SIMILARES 260 49
INSTALACAO EQUIPAMENTOS 5 2
JORNAL 40 5
LABORATORIOS DE ANALISES CLINICAS 211 18
LABORATORIOS FOTOGRAFICOS 28 10
LIMPEZA DE PREDIOS E FIRMAS 6 2
LOCACÂO DE SNOOKER 2 1
LOCACAO VEICCULOS E EQUIPAMENTOS 23 7
MANUTENCAO DE EXTINTORES 19 4
MEDICO 107 88
MONTAGEM DE BOX 5 3
MONTAGEM ELETRICA E HIDRAULICA 501 3
MOTEIS 143 12
OFICINAS DE CONSERTOS EM GERAL 1.242 533
OUTRAS ATIVIDADES SERVIÇOS 12 9
PEDREIRO 2 1

69
PINTURA EM GERAL 25 15
PLANOS DE SAUDE 42 4
POSTO MÉDICO PÚBLICO 13 1
POSTO TELEFÔNICO 8 5
POSTOS DE SERVICOS PARA VEICULOS 98 44
PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE 13 1
PROCESSAMENTO DE DADOS 28 14
PROVEDOR INTERNET 5 2
PSICOLOGO 9 9
QUAISQUER ESPETACULOS,DIVERSOES 6 4
RÁDIO 46 4
RECAUCHUTAGEM DE PNEUMATICOS 90 5
REPRESENTACOES COMERCIAIS 132 37
SEGURADORAS 11 6
SERRALHARIAS 138 81
SERVIÇO DE MENSAGENS 1 1
SERVIÇO DE SEGURANÇAS 1 1
SERVICOS POSTAIS E TELEGRAFICOS 54 9
TELECOMUNICAO 120 5
TELEVISÃO 83 2
VIDENTE/TAROLOGA 2 2
VIDEO CLUBES 94 86
Subtotal 10.804 2.850

Atividade Comercial Pessoas Estabelecimentos


Ocupadas
ACOUGUES 138 120
ARMAZENS GERAIS 414 68
ARTEFATOS DE ALUMINIO 21 5
ARTIGOS DE CACA E PESCA 5 2
ARTIGOS ESPORTIVOS EM GERAL 9 7
ARTIGOS PARA DECORACAO 45 28
ATACADISTA 232 39
BARES 1.062 1.006
BAZAR 25 23
BOTEQUIM 20 19
BOUTIQUES 3 2
CEREAIS E ESTIVAS 5 5
CHURRASCARIAS 128 32
COMERCIO DE AGUA DE CÔCO 5 1
COMERCIO DE ARTESANATO 62 53
COMÉRCIO DE ARTIGOS MÉDICOS 10 7
COMERCIO DE ARTIGOS USADOS 18 8
COMERCIO DE BEBIDAS 3 1

70
COMERCIO DE BIJUTERIAS 40 24
COMERCIO DE CALCADOS 280 84
COMERCIO DE CALCADOS E CONFECCOES 80 16
COMERCIO DE CARVAO 3 3
COMERCIO DE CONFECCOES 666 301
COMERCIO DE CONGELADOS 10 10
COMERCIO DE COUROS,PLASTICOS,ETC. 124 61
COMERCIO DE ELETRO-ELETRONICOS 45 23
COMERCIO DE GELO 2 1
COMERCIO DE PNEUS 31 11
COMERCIO DE PRODUTOS QUIMICOS 5 3
COMERCIO DE SUCATAS 45 21
COMERCIO DE TECIDOS 83 13
COMÉRCIO DE TEMPEROS 13 11
COMERCIO DE VEICULOS 430 29
COMPRA E VENDA DE CAFE 24 9
DEPOSITOS 159 110
DERIVADOS PETROLEO 112 27
DISCOS E TAPES 5 3
DISTRIBRIBUIDORA COMERCIAL 261 55
DOCERIA E BOBONIERE 18 10
DOCES, BALAS E CONGENERES 27 13
FARMACIA 226 74
FLORICULTURA 13 9
FRIGORIFICO 1 1
GRANJAS 23 18
JOALHERIAS E OURIVERSARIAS 36 18
LANCHONETES 390 307
LIVRARIAS E PAPELARIAS 157 62
LOUCAS UTILIDADES DO LAR 72 13
MADEIREIRAS 109 28
MAGAZINES E ARMARINHOS 211 104
MATARIAL CINE-FOTO 25 11
MATERIAL DE CONSTRUCAO 524 196
MATERIAL ELETRICO 46 13
MERCEARIAS 515 456
MOVEIS E ELETRODOMESTICOS 330 118
OTICAS 116 33
OUTRAS ATIVIDADES COMERCIAIS 11 7
PANIFICADORAS E CONFEITARIAS 315 99
PEIXARIA 1 1
PERFUMARIAS 98 32
PIZZARIAS 42 9
POSTO DE GASOLINA 287 33
PRONTA ENTREGA 19 11

71
QUITANDAS 91 75
RELOJOARIA 10 9
RESTAURANTES 638 112
REVENDA IMPLEMENTOS AGRICOLAS 51 10
REVENDA DE PEÇAS PARA VEICULOS 198 15
REVENDA DE PRODUTOS DE ALUMINIO 3 3
REVENDA DE TINTAS E ART.P\ PINTURA 11 7
REVENDA PECAS EM GERAL 765 201
SORVETERIA 65 54
SUPERMERCADO 762 128
TAPECARIAS 7 7
TECIDOS E CONFECCOES 305 72
TINTURARIAS E LAVANDERIAS 23 6
VAREJISTA ANIMAIS VIVOS PLANTA 8 7
VAREJISTA DE LATICINIOS 9 5
VENDA PROD.AGROPECUARIOS 134 67
VENDAS DE PASSAGENS 48 23
VIDRACARIAS 49 23
Subtotal 11.412 4.741
Total do setor terciário 22.216 7.591
Fonte: Elaborado a partir do Cadastro de Atividades da Prefeitura Muncípal de Vit. Da Conquista- SEFIN, 2003

QUADRO 12

Total de Alvarás Liberados Pela Prefeitura Municipal por atividade no período


1995/2002

Atividade 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002


ACOUGUES 4 1 2 1
ACOUGUES,FRIG.CASAS 1 1 2 1 1
ADMINISTRACAO DE BEN 2 1 2 1 2 3
AGENCIA DE TURISMO 1 1 1 4 3 3 2
AGENCIAMENTOS/CORRET 1 2 5 6 6 12
ALINHAMENTO E BALANC 1
ARMAZENS DE COMPRA E 2 1 2 1 1 1
ARMAZENS GERAIS 26 13 13 11 2 9 1 2
ARQUITETO 1
ARTIGOS DE CACA/PESC 1
ARTIGOS ESPORTIVOS E 2 3 2 2 2 2
ASSESSORIA/CONSULTOR 2 6 6 6 7 7 6 4
ASSOCIACAO BENEFICEN 1 10 4 8 2 3 2
AUTO ESCOLA 1 1 1
BANCOS SANGUE/LEITE/ 1
BARBEARIAS E SALOES 1 1 3 1 2
BARES 6 5 2 2 1 2 1 1

72
BARES E LANCHONETES 10 9 1 5 1 1
BARRACA, QUIOSQ.,TAB 1
BAZAR 3 2 1 1 1
BILHARES E OUTROS JO 1 1 2
BOLICHES 1
BORRACHARIAS 2 2 2 1 1
BOTEQUIM 1
BOUTIQUES 1
BUFFET 1 1 2
CALCADOS 1 1
CAPOTARIA 1
CARPINTARIAS E MARCE 2 1 1
CASA DE MOVEIS E ELE 15 12 20 13 25 18 9 2
CASAS LOTERICAS 1 1 1 1 1 2 1
CEREAIS E ESTIVAS 1
CHAVEIROS 1 1 1 2 1
CHURRASCARIAS 2 2 3 1 1 2 1
CLINICA MEDICA 2 13 10 5 5 4 5
CLINICA VETERINARIA 1 1 1
CLINICAS E SIMILARES 3 3 9 6 3 7
COM. DE ADUBOS E/OU 1 1
COM. DE COMBUSTIVEIS 5 4 3 2 4 6 5 4
COM. DE DOCES, BALAS 1 1 2 1
COMERCIO ATACADISTA 12 13 22 20 14 24 17 23
COMERCIO DE ARTESANA 1 2 2
COMERCIO DE ARTIGOS 4 3 2 3 1 4 1 1
COMERCIO DE CALCADOS 4 7 11 3 9 5 4 3
COMERCIO DE CONFECCO 54 40 53 35 48 41 32 35
COMERCIO DE CONGELAD 2
COMERCIO DE COUROS,P 2 2 2 5 3 3 2
COMERCIO DE PNEUS 2 1 2 3 2 2 1
COMERCIO DE SUCATAS 1
COMERCIO DE TECIDOS 1 4 2 1 2 2
COMERCIO DE VEICULOS 1 4 2 3 1 3 2
COMERCIO LOUCAS UTIL 1 1 1 2 1
COMERCIO MANUTENCAO 3 1 1
COMERCIO VAREJ.ANIMA 1 3 3 1 1
COMERCIO VAREJISTA D 2 1 1 2
CONSTRUCAO,INCORP.EN 5 3 9 7 12 7 8 10
CONSULTORIO ODONTOLO 1 1 1 3 1 1
CORRETAGEM DE IMOVEI 2 1 9 1 1
CORRETAGEM DE SEGURO 2 3 9 11 15 3 1
CORRETOR DE AUTOMOVE 1
CRECHES E BERCARIOS 1 1 1
CURSOS PREPARATORIOS 2 7 3 2 3 2 1 1
DEDETIZACAO E LIMPEZ 2 1 2 1
DEMAIS ATIVIDADES CO 42 48 38 23 25 37 36
DEMAIS ATIVIDADES SU 83 56 42 28 36 17 19
DEMAIS ESTAB.INDUSTR 25 22 43 27 21 8 8 12
DEMAIS PRODUTOS DERI 3 1 2 3
DENTISTA 1
DESPACHANTES 1 1

73
DISCOS E TAPES 6 2 2 3
DIVERSOES ELETRONICA 1 1 1
DOCERIA E BOBONIERE 1 2 2
EMISSORA DE RADIO E 1 1
EMP.TERRAPLANAGEM/EN 1 4 4 6 2 1 2 5
EMPLACADORAS E SIMIL 1 2 1 2 1
EMPREITEIRAS E INCOR 1 1 1 7 9
EMPRESA DE ASSIST.TE 15 2 2 2 8 9 8 2
EMPRESA DE COMUNICAC 1 1 1 3
EMPRESA DE PROCESSAM 13 5 2 2 5 3 3
EMPRESA DE TELECOMUN 3 1 2
EMPRESA DE TRANSPORT 8 10 14 9 16 15 8 10
EMPRESA FUNERARIA 3 1 5 4 3 1 2 2
EMPRESA MONTAGEM ELE 2 1 1 1
ENCADERNACAO E PLAST 1 1 1 1
ENSINO DE QUALQUER G 6 5 10 8 6 13 9 9
EST. DE PUBLICIDADE 9 4 6 9 9 4 8 3
EST.BANCARIO/CRED./F 1 1 3
EST.BANHOS/DUCHAS/MA 2 1 1 5
EST.DE GUARDA DE VEI 1 1 1
ESTABEL. DE CORRETAG 1 2 2 4 2 1 1
ESTABEL.DISTRIB.E RE 2 4 3 9 7 5 2 3
ESTABEL.REPRESENTACO 24 26 28 39 44 33 31 31
ESTABELEC. VENDA PRO 5 5 5 4 12 11 1 4
ESTABELECIMENTO INDU 7 2 1
ESTABELECIMENTO MAT. 1 4 1 2 1 1 2
ESTABELECIMENTO PINT 1
ESTABELECIMENTO VEND 2 2 3 1 5 3
ESTABELECIMENTOS GRA 3 2 5 4 3 2 3 4
ESTABELECIMENTOS HOS 1 1
EVENTOS E ARTES 8 3 4 8 6 4
FARMACIA 2 4 11 9 10 8 10 7
FLORICULTURA 2 5 1 1
FOTOCOPIADORAS 1 1 4 2 2
FOTOGRAFO(a) 1
FRIGORIFICO 1
GRANJAS 3 3 1
GUINCHOS E REBOQUES 3 1 2
HOTEIS, PENSOES E SI 3 3 7 3 1 3 3 4
INDUSTRIA ALIMENTICI 15 19 17 16 15 5 3 5
INDUSTRIA TEXTIL 7 7 1 1
INSTALACAO SOM/MAQUI 1 1 1 1
JOALHERIAS E OURIVER 3 2 1 1
LABORATORIOS DE ANAL 1 2 3 1 2 1 2
LABORATORIOS FOTOGRA 1 1 1 1 2
LANCHONETES 9 8 9 6 10 5 6 6
LIVRARIAS E PAPELARI 5 10 13 6 9 6 4 9
LOCACAO VEIC./MAQUIN 2 4 4 2 1 3 2
MADEIREIRAS 3 2 6 5 3 3 2 4
MAGAZINES E ARMARINH 18 16 27 16 14 8 10 10
MATERIAL DE CONSTRUC 22 16 17 28 24 14 17 11
MATERIAL ELETRICO 5 1 3 1 3 1

74
MERCEARIAS 17 22 22 24 28 13 7 7
MOTEIS 1 1
OFICINAS DE CONSERTO 18 8 21 13 13 10 12 13
OTICAS 1 2 4 2 4 3 3
PANIFICADORAS E CONF 13 7 9 10 6 10 2 2
PERFUMARIAS 1 4 4 3 3 5 4 3
PINTURAS DE FAIXAS/L 1 1 1 3 2 2 2
PIZZARIAS 1 1 1 2
PLANEJAMENTO,CONSULT 3 6 3 2 5 3
PLANOS DE SAUDE 2 1 2 1
POSTOS DE SERVICOS P 3 3 4 4 3 1 2 2
PRONTA ENTREGA 2 3 5 8 6 2 2
QUAISQUER ESPETACULO 1 1 4 1
QUITANDAS 1
RECAUCHUTAGEM DE PNE 1 3 1
REPRESENTANTE COMERC 3 5 6 3
RESTAURANTES 7 13 14 4 7 3 4
RESTAURANTES DANCANT 1 10 1
RESTAURANTES E CHURR 1
REVENDA DE PRODUTOS 1 2 1 1
REVENDA DE TINTAS E 1 1
REVENDA MAQ.E IMPLEM 2 1 1 2 2 1
REVENDA PECAS E ACES 32 22 38 27 26 28 16 18
REVENDEDORES DE VEIC 1 1 2 3
SEGURADORAS 2 1
SERRALHARIAS 4 2 3 2 3
SERV.CONSERV.LIMPEZA 2 2 1 2 2
SERVICO ARTEFATOS DE 1
SERVICO MANUTENCAO,I 1
SERVICOS POSTAIS E T 1 2
SOCIEDADE DE PROFISS 1 2 1 4
SORVETERIA 2 5 1 1 1
SUPERMERCADO 13 19 16 18 12 15 13 9
TECIDOS E CONFECCOES 4 2 3
TECNICO CONTABIL 1
TINTURARIAS E LAVAND 1 2 1 1
TRAILLERS ANUAL 1
VENDAS DE PASSAGENS 1 1
VIDEO CLUBES 5 11 9 4 4 5 4 1
VIDRACARIAS 2 4 1 1 2 6 1 1
Total em cada ano 601 590 774 628 634 573 448 462
Fonte: Elaborado a parti do Cadastro da Sec. De Finanças da Prefeitura Municipal, 2003

75

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