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Estatutos do Sport Lisboa e Benfica

CAPÍTULO I

Denominação, sede e fins

ARTIGO 1º

O Sport Lisboa e Benfica, designado


abreviadamente por S.L.B., fundado em 28 de
Fevereiro de 1904, é uma pessoa colectiva de
direito privado e de utilidade pública, com sede
em Lisboa, no Estádio do Sport Lisboa e
Benfica, Avenida do General Norton de Matos,
freguesia de São Domingos de Benfica, que se
rege pelos presentes estatutos, respectivos
regulamentos e legislação aplicável.

ARTIGO 2º

1. O Sport Lisboa e Benfica tem por


finalidade principal o fomento e a prática do
futebol, nas suas diferentes categorias e
escalões, e por finalidade complementar o
desenvolvimento das diferentes modalidades
desportivas, bem como proporcionar aos seus
associados meio de convívio desportivo, social,
cultural e recreativo.

2. O S.L.B. poderá explorar jogos de azar


legalmente autorizados, nomeadamente o jogo
do bingo, destinando-se as respectivas receitas
ao desenvolvimento dos seus objectivos, nos
termos que venham a ser estabelecidos nos
contratos da respectiva adjudicação.
3. O S.L.B. poderá igualmente explorar
directa ou indirectamente, actividades de
carácter comercial, destinando-se as
respectivas receitas ao desenvolvimento dos
seus objectivos.

ARTIGO 3º

Ao S.L.B. são interditas actividades de carácter


político ou religioso.

CAPÍTULO II

Constituição e símbolos

ARTIGO 4º

O S.L.B. é constituído por um número


ilimitado de sócios, filiais, casas do Benfica e
delegações.

ARTIGO 5º

1. O S.L.B. tem como símbolos


fundamentais a águia e as cores vermelha e
branca e adopta a divisa "E Pluribus Unum"
para definir a união entre todos os associados,
como condição primeira da sua grandeza,

2. Constituem também símbolos do clube


o emblema, o estandarte, a bandeira, os
galhardeies, os guiões e os equipamentos, que
terão a norma e a composição descritas em
regulamento.

3. Será ainda permitida, no âmbito da


comercialização de produtos com a
denominação de marca do Sport Lisboa e
Benfica, a utilização de logótipos, cores, divisas,
tipos de letra ou quaisquer outros elementos
característicos da marca, mas sempre
mantendo como base símbolos fixados em 1.

CAPÍTULO III

Dos sócios

SECÇÃO I

Admissão, classificação e readmissão

ARTIGO 6º

1. Qualquer pessoa pode solicitar a sua


admissão como sócio do S.L.B.,
independentemente da idade, sexo, raça,
religião ou nacionalidade, por si ou pelo seu
representante legal e sob proposta de um sócio,
salvo as restrições previstas no número
imediato.

2. Não pode ser admitido como sócio do


S.L.B. quem se encontre em qualquer das
seguintes situações:
a) Ter contribuído, por qualquer forma, para
o desprestígio do S.L.B.;
b) Ter sido afastado de qualquer instituição
desportiva, cultural ou recreativa, por
motivos que se considerem indignos;
c) Ter praticado actos que a moral repudia.

3. Será também admitida a filiação de


pessoas colectivas. cujo regime obedecerá a
regulamentação especifica a fixar pela direcção.

ARTIGO 7º

1. Os sócios classificam-se em efectivos e


auxiliares.
2. São efectivos os sócios de idade superior
a 18 anos, que usufruem de todos os direitos e
ficam sujeitos a todos os deveres estatutários.
3. São auxiliares os sócios a quem apenas
são concedidos alguns direitos e ficam
submetidos a alguns dos deveres estatutários.
4. será ainda admitida a criação de outras
categorias de sócios, pela direcção, com
atribuição discriminada de direitos e deveres
complementares.

ARTIGO 8º

Os sócios auxiliares podem ser:


a) Correspondentes nacionais - os que
residam em localidade que diste mais
de 50 Km da periferia da cidade
de Lisboa, desde que não tenham a
qualidade de sócios efectivos;
b) Correspondentes Internacionais - os que
residam em território estrangeiro,
desde que não tenham a qualidade
de sócios efectivos;
c) Infantis - os que tenham idade inferior a
14 anos:
d) Menores - os que tenham Idade inferior
a 18 anos e superior a t4 anos:
e) Atletas - os que, representando
oficialmente o clube em actividades
desportivas, sejam considerados pela
direcção isentos do pagamento de
quotas e de outras contribuições
obrigatórias.

ARTIGO 9º

Os sócios Infantis poderão ser dispensados


do pagamento de quotas e de outras
contribuições obrigatórias. nos termos a fixar
em regulamento.

ARTIGO 10º

1. Os sócios que tenham pedido a demissão


ou que tenham sido excluídos poderão solicitar
a sua readmissão.
2. A readmissão pode conferir ao sócio o
direito de recuperar o número de origem,
sempre que a Direcção considere
fundamentadas as razões apresentadas pelo
sócio como motivo da sua saída.
3. Não poderá ser readmitido o individuo
que, tendo perdido a qualidade de sócio, tente
fraudulentamente readquiri-la.

ARTIGO 11°

1. A direcção poderá reconhecer a figura


de simpatizante a quem, não tendo qualidade
de sócio, possa usufruir de alguns direitos
equivalentes, pelo período de tempo e demais
condições convencionadas.
2. No caso de emissão de titulas por parte
do S.L.B., os seus subscritores, que poderão
não ter a qualidade de sócio, gozarão dos
direitos estabelecidos nas respectivas
condições de emissão.

SECÇÃO II

Direitos e deveres

ARTIGO 12º

São direitos dos sócios:


a) Frequentar a sede e as instalações
sociais e desportivas do clube, nas
condições regulamentares;
b) Representar o clube na prática de
educação física e dos desportos, em
actividades recreativas e culturais
e praticar essas actividades, ainda que
sem carácter de competição e
sujeitando-se às condições e requisitos
específicos que a direcção fixar para a
prática de cada actividade:
c) Participar nas assembleias gerais:
d) Ser eleito para os órgãos sociais do
clube;
e) Ser nomeado para cargos ou funções
no clube;
f) Requerer a convocação de assembleias
gerais extraordinárias;
g) Examinar as contas, os documentos e
os livros relativos às actividades do clube,
antes da assembleia geral ordinária,
convocada com a finalidade prevista na
alínea a) do artigo 45º, nos termos e
condições do nº 9 art. 68º.
h) Solicitar aos órgãos sociais informações
e esclarecimentos e apresentar
sugestões de utilidade para o clube;
i) Propor a admissão de sócios e recorrer
das deliberações da direcção que a
tenham rejeitado ou anulado;
j) Solicitar à direcção a suspensão do
pagamento de quotas;
l) Inscrever os seus filhos, netos ou
tutelados, enquanto menores, nos
cursos desportivos, recreativos e
culturais do clube, sujeitando-se às
condições e requisitos específicos que
a direcção fixar para a prática de cada
actividade;
m) Receber e usar as distinções honorificas
previstas nos estatutos;
n) Recorrer para as entidades
competentes, em caso de discordância
das decisões dos dirigentes do clube;
o) Pedir a demissão.

2. Os direitos consignados nas alíneas c),


f) e g) do número anterior só respeitam aos
sócios efectivos e correspondentes com mais
de um ano de filiação associativa. Só os sócios
efectivos com mais de cinco anos consecutivos
de filiação associativa gozam do direito
consignado na alínea d). Só aos sócios
efectivos com mais de um ano de filiação
associativa gozam do direito consignado na
alínea e).

3. Ao sócio auxiliar que passe a efectivo são


concedidos todos os direitos inerentes a esta
categoria, desde que naquela qualidade
preencha as condições previstas no numero
anterior.
4. O disposto no número anterior aplica-se
também aos sócios honorários ou beneméritos
que adquiram a qualidade de sócios efectivos.

5 Os sócios correspondentes nacionais e


internacionais usufruem do direito a ingressos
nas competições desportivas em condições a
definir pela direcção.

ARTIGO 13º

São deveres dos sócios

a) Honrar a sua qualidade de sócios do


clube o defender intransigentemente o
prestigio e a dignidade do S.L.B.,
dentro das normas da educação cívica e
do desporto;
b) Cumprir os estatutos, os regulamentos
e as deliberações dos órgãos sociais;
c) Votar nos actos eleitorais;
d) Aceitar o exercício dos cargos do clube
para que tenham sido eleitos ou
nomeados, desempenhando-os com
aprumo que dignifique o S.L.B. e dentro
da orientação estabelecida;
e) Efectuar, dentro dos prazos fixados. o
pagamento das quotas e de outras
contribuições obrigatórias;
f) Prestar ao clube toda a colaboração
possível que lhe seja solicitada,
g) Manter impecável comportamento moral
e disciplinar dentro das instalações do
clube, conduzindo-se por norma a não
deslustrar a sua qualidade de sócio e
identificar·se quando lhes for solicitado;
h) Exercer cargos nos organismos da
hierarquia desportiva, cultural e
recreativa, em representação do S.L.B.
ou de organismos em que o mesmo se
encontre filiado, actuando de maneira a
honrar essa representação:
i) Representar o S.L.B, em reuniões dos
organismos da hierarquia desportiva,
cultural e recreativa, procedendo em
harmonia com a orientação definida
pelos órgãos sociais do clube;
j) Prestar aos órgãos sociais as
informações que lhes sejam pedidas
no âmbito das actividades do clube e
na defesa dos seus legítimos interesses:
l) Indemnizar o clube de quaisquer danos
ou prejuízos causados.

2. O dever de votar referido na alínea c) do


numero anterior apenas respeita aos sócios
efectivos e correspondentes e os deveres
consignados nas alíneas d) e h) aos sócios
efectivos, que para tanto se encontrem nas
condições estatutariamente exigidas

CAPÍTULO IV

Filiais, casas do Benfica e delegações

ARTIGO 14º
1. Quando o entenda convenientemente o
S.L.B. pode aceitar ou patrocinar a constituição
de filiais casas do Benfica e delegações, sob
proposta e responsabilidade de sócios do clube,
em qualquer lugar onde esses organismos
tenham ou venham a ter a sua sede social
cumpridas as condições estatutárias.
2, As filiais, cujos fins se identificam com os
do S.L.B.. devem manter as características
deste, em todas as actividades e
representações, usando os mesmos símbolos
e a mesma designação, substituindo porém, a
palavra 'Lisboa" pelo nome da localidade em
que tenham a sua sede.
3. As casas do Benfica são centros de
cultura, recreio e convívio, Social e desportivo,
onde se procura dignificar o nome do S.LB.,
em perfeita confraternização benfiquista
4. As delegações são colectividades que,
não obstante a sua independência associativa
e jurídica em relação ao S.L.B., pretendem
integrar-se no espírito de solidariedade e
amizade benfiquista, procurando realçar,
respeitar e fazer respeitar o nome e prestigio
do Benfica, obrigando-se a usar, em seguida à
sua própria denominação, o indicativo de
"Delegação do Sport Lisboa e Benfica".
5. É admitida a possibilidade de as filiais,
casas do Benfica e delegações se agruparem
em termos a regulamentar pela Direcção.

ARTIGO 15º
Em face da inexistência manifesta de
actividade desportiva, pode a direcção do S.L.B.
promover a transformação de qualquer filial em
casa do Benfica.

ARTIGO 16º

As filiais, casas do Benfica e delegações


obrigam-se a manter a mais estreita
colaboração e solidariedade com o S.L.B. e a
respeitar os seus estatutos, regulamentos e
deliberações, tomando sempre a defesa do seu
prestigio e dos seus interesses,

ARTIGO 17º

Como corolário da afinidade e comunhão


de ideias que ligam as filiais, casas do Benfica
e delegações ao S.L.B., podem os seus sócios,
devidamente identificados, frequentar as
respectivas instalações sociais,

ARTIGO 18º

A direcção do S.L.B., sempre que o entenda


conveniente ou lhe seja solicitado, far-se-á
representar nas assembleias gerais das filiais,
casas do Benfica e delegações, podendo
intervir nos respectivos trabalhos e apresentar
as propostas que tiver por melhores.

ARTIGO 19º

As filiais, casas do Benfica e delegações estão


sujeitas à acção disciplinar do S.L.B.,
constituindo motivo para a sua aplicação, em
especial:
a) A falta de cumprimento de qualquer das
obrigações que lhes estejam
determinadas pelos estatutos e
regulamentos do S.L.B.:
b) A prova de que a instituição ou as suas
actividades deixaram de corresponder
aos objectivos propostos em relação ao
S.L.B.;
c) A punição disciplinar imposta por
qualquer entidade oficial por motivos
estranhos ao seu relacionamento com
o S.L.B..;
d) Os actos ou manifestações que se
considerem desprestigiantes para o
S.LB., qualquer que seja a sua causa;
e) O descrédito moral e social da instituição.
o deixar de ter sede adequada ou a falta
de meios económicos que lhes permitam
o regular desempenho das suas
actividades.

ARTIGO 20º

A dissolução de qualquer filial, casa do


Benfica ou delegação processar-se-á, nos
termos estabelecidos nos respectivos estatutos,
mas o S.L.B. constituir-se-á fiel depositário dos
troféus e demais prémios existentes, que serão
devolvidos se o organismo dissolvido se
reconstituir e retomar a posição anteriormente
existente em relação ao clube-sede.

CAPÍTULO V

Orgânica do clube

SECÇÃO I

Disposições comuns

ARTIGO 21º

1. O S.L.B. realiza os seus fins por


intermédio dos órgãos sociais, que são a
assembleia geral, o conselho fiscal e a direcção.
2. Os órgãos sociais, quando reúnem em
sessão conjunta, constituem o plenário dos
órgãos sociais.

ARTIGO 22º

1. Os órgãos sociais, no desempenho das


respectivas atribuições regem-se pela estrita
obediência aos princípios e normas dos
estatutos do S.L.B.
2. Os membros dos órgãos sociais
exercerão os cargos para que forem eleitos com
a maior dedicação e o mais exemplar
desinteresse, não podendo directa ou
indirectamente ser remunerados ou estabelecer
com o S.L.B. relações comerciais ou de
prestação de serviços ainda que por interposta
pessoa
3 O disposto no número anterior aplica-se
igualmente aos membros das comissões
permanentes nomeados pela direcção, bem
como aos SÓCIOS a quem tenham sido
confiadas, por mandato directivo, funções de
carácter permanente nas actividades do clube,
ou em sua representação nos organismos da
hierarquia desportiva, cultural ou recreativa
4. O disposto nos nºs 2 e 3 aplica-se
igualmente aos seus ascendentes e
descendentes e cônjuges, bem como às
sociedades em que tenham interesses.
5. A infracção ao disposto nos números
anteriores implica a imediata perda do mandato
do membro do órgão social em causa e a
impossibilidade de, durante seis anos poder
desempenhar qualquer cargo social
6. É expressamente vedada a concessão
de empréstimos, adiantamentos ou créditos a
membros dos órgãos sociais, efectuar
pagamentos por conta deles emprestar garantias
a obrigações por eles contraídas
7. A dispensa da aplicação do disposto nos
nºs. 2 3 e 4 só pode acontecer
excepcionalmente em situação ele inequívoca
vantagem para o clube, mediante deliberação
da assembleia geral

ARTIGO 23º

Os cargos dos órgãos sociais são


desempenhados por sócios efectivos que, à
data da eleição, perfaçam pelo menos cinco
anos de filiação associativa ininterrupta nessa
categoria, gozem de todos os seus direitos
estatutários e não sejam funcionários do clube,
empregados ou dirigentes de organismo da
hierarquia desportiva, cultural e recreativa,
cujas actividades estejam conotadas com as
do S.L.B.

ARTIGO 24º

1. O mandato dos órgãos sociais tem a


duração de três anos e cessa com a posse dos
novos órgãos sociais eleitos.
2. A eleição realiza-se por escrutínio
secreto, entre os dias 24 e 31 do mês de
Outubro do ano em que deva ter lugar

ARTIGO 25º
1 As candidaturas para as eleições serão
apresentadas no período correspondente aos
primeiros dez dias do mês de Outubro e serão
subscritas por um mínimo de 250 sócios
efectivos ou correspondentes, com mais de um
ano de filiação associativa, sem o que não
poderão ser aceites
2 Nenhum sócio poderá pertencer ou
subscrever mais de uma candidatura, sendo-lhe
vedado propôr aquela a que pertença.

ARTIGO 26º

1. As listas respeitantes às candidaturas,


designadas por listas eleitorais são
apresentadas ao presidente da mesa da
assembleia geral no período relendo no nº 1
do artigo 25º e, sob pena de não serem
recebidas, serão acompanhadas de declaração
do sócio proposto que expressamente confirme
a aceitação do cargo a que se candidata
2 As listas eleitorais indicarão o cargo
destinado a cada um dos candidatos e são
designadas pelas letras do alfabeto, segundo
a ordem da sua apresentação

ARTIGO 27º

1. Se no período estabelecido no nº 1 do
artigo 25º não tiver sido apresentada qualquer
candidatura, o presidente da mesa da
assembleia geral prorrogará por mais dez dias
todos os actos do processo eleitoral.
2. Se findo o prazo da prorrogação não tiver
sido apresentada qualquer candidatura, a mesa
da assembleia geral, elaborará, no prazo de
dez dias, a lista a submeter ao sufrágio da
assembleia geral.

ARTIGO 28º

Os prazos lixados nos artigos anteriores são


peremptórios, sendo nulas as eleições que os
não respeitem.

ARTIGO 29º

É permitida a reeleição uma e mais vezes


de todo e qualquer membro dos órgãos sociais,
desde que contra ele não haja pendente
qualquer processo disciplinar ou não lhe tenha
sido aplicada qualquer das sanções previstas
nas alíneas d) a g) do nº1 do artigo 78º, que
ainda perdure.

ARTIGO 30º

Nenhum sócio poderá candidatar·se,


simultaneamente, a mais de um cargo dos
órgãos sociais.

ARTIGO 31º

1. Se, em qualquer dos órgãos sociais, se


verificar a ocorrência de vagas que excedam a
terça parte dos seus membros, já depois de
chamados os suplentes à electividade, ou se
se verificar a demissão colectiva de algum dos
citados órgãos sociais, proceder-se-á a eleições
para a sua substituição.
2. As eleições referidas no numero anterior
deverão estar obrigatoriamente concluídas no
prazo de trinta dias a contar da demissão, não
podendo o prazo pala a apresentação de
candidaturas ser inferior a dez dias.
3. Os membros dos órgãos sociais eleitos
nos termos deste artigo exercerão os seus
cargos até final do mandato em curso, salvo
no caso da eleição prevista no nº 1 abranger a
totalidade dos órgãos sociais, situação em que
considera iniciado um novo mandato, nos
termos do nº 1 do artigo 24º, bem como se
tivessem sido eleitos em Outubro desse ano.

ARTIGO 32º

1. O mandato da direcção ou do conselho


fiscal, ou de ambos conjuntamente, será extinto,
se ainda não tiver terminado, se a entrega do
relatório e das contas da primeira e o respectivo
parecer do segundo, não for efectuada a tempo
de poderem ser submetidos, dentro do prazo
estatutário, a discussão e votação da
assembleia geral.
2. Compete ao presidente da mesa da
assembleia geral a averiguação das
responsabilidades emergentes do atraso
referido no número anterior.
3. Os membros da direcção ou do conselho
fiscal ou de ambos conjuntamente, abrangidos
no disposto no nº 1, ficam impedidos de
desempenhar cargos dos órgãos sociais
durante um período de seis anos.

ARTIGO 33º

1. Quando os órgãos sociais estejam


demissionários, atinjam o final do seu mandato
ou este esteja extinto nos termos dos estatutos,
os seus membros continuarão a desempenhar
os respectivos cargos, até serem substituídos.
2. Do incumprimento do disposto no número
anterior resultará a impossibilidade de, durante
seis anos, poder desempenhar qualquer cargo
nos órgãos sociais, salvo se, para tanto, hajam
concorrido razôes de força maior, devidamente
justificadas

ARTIGO 34º

1. Perdem o mandato os membros dos


órgãos sociais que abandonem o cargo, peçam
a demissão ou a quem sejam aplicadas
quaisquer das penas previstas nas alíneas d)
a g) do nº 1 do artigo 78º.
2. Considera-se abandono do cargo a
ocorrência de cinco faltas consecutivas, sem
justificação, às reuniões do respectivo órgão.

ARTIGO 35°

O elemento dos órgãos sociais que perca o


seu mandato, nos termos do artigo anterior, não
fica isento da responsabilidade decorrente das
deliberações que, com a sua concordância,
tenham sido tomadas.

ARTIGO 36º

1. As reuniões dos órgãos sociais são


privadas, a elas só podendo assistir membros
de outro órgão social, cuja presença. a título
excepcional, seja expressamente solicitada
2. Exceptua-se do estabelecido no nº 1 o
Presidente do Conselho Fiscal que poderá
assistir às reuniões da direcção sempre que o
entenda.
3. A direcção remeterá ao conselho liscal,
no prazo de cinco dias, cópias das actas de
cada uma das suas reuniões, contendo as
deliberações tomadas.

ARTIGO 37º

1. Cada um dos órgãos sociais só poderá


reunir e deliberar desde que esteja presente a
maioria absoluta dos seus membros.
2. Aos membros dos órgãos sociais não é
permitido, sob pena de demissão, divulgar a
matéria dos debates e opiniões emitidas nas
reuniões nem especificar a natureza e
qualidade dos respectivos votos, salvo quando
responderem a inquéritos do clube.

ARTIGO 38º

1. Os membros de cada um dos órgãos


sociais são, solidária e colectivamente,
responsáveis pelas respectivas deliberações,
salvo quando hajam feito declaração de voto
da sua discordância, registada em acta da
sessão em que a deliberação for tomada ou da
primeira que assistam, se não tiverem estado
presentes naquela.
2. A responsabilidade a que se refere o nº 1
cessará logo que em assembleia geral sejam
aprovadas tais deliberações, salvo se,
posteriormente, se verificar terem sido
praticadas com dolo ou fraude.
3. Cada um dos membros dos órgãos
sociais pode requerer certidão da acta, da parte
de que conste a sua declaração de voto e o
assunto a que esta se refere.

ARTIGO 39o

1 O plenário dos órgãos sociais, sob


convocação do presidente da mesa da
assembleia geral, reúne em sessão ordinária
quadrimestralmente, a fim de apreciar a
situação geral do clube nas suas diferentes
actividades e ainda para exercer a competência
consultiva que estatutariamente lhe é conferida.
2. Pode também reunir em sessão
extraordinária, por iniciativa do presidente da
mesa da assembleia geral ou sob proposta do
conselho fiscal ou da direcção.
3. A competência consultiva respeita
nomeadamente às matérias seguintes:
a) O tratamento de assunto urgente que,
não estando expressamente atribuído à
assembleia geral, a direcção não queira
decidir sem consultar o plenário;
b) Aquisição ou alienação de bens
imobiliários;
c) Concessão de distinções honorificas;
d) Dissolução do clube nos termos do artigo 100º;
e) A aprovação das propostas de revisão,
total ou parcial, dos estatutos a submeter
à assembleia geral;
f) Apreciar a proposta apresentada por
qualquer dos órgãos sociais, destinada a
conceder as águias de ouro, de prata, e
de cobre, os títulos de sócio honorário,
benemérito e as medalhas de mérito
social e desportivo e de honra, proposta
que, ulteriormente, será submetida
à votação da assembleia geral;
g) Apreciar petições que, com o objectivo
identificado na alínea anterior, lhe
possam ser dirigidas pelos sócios nos
termos estatutários;
h) A interpretação dos regulamentos
previstos estatutariamente;
i) Os assuntos de excepcional gravidade e
importância.

SECÇÃO II

ASSEMBLEIA GERAL

ARTIGO 40º

A assembleia geral é o órgão em que reside


o poder deliberativo soberano do clube, dentro
dos limites da lei e dos estatutos.

ARTIGO 41º

1. A assembleia geral é constituída pelos


sócios efectivos e correspondentes, com mais
de um ano de filiação associativa e no pleno
gozo dos seus direitos, reunidos nos termos
estatutários e regulamentares.
2. As filiais, casas do Benfica e delegações
poderão tomar parte nas reuniões da
assembleia geral, representadas por um
delegado, devidamente credenciado.
3. O representante das filiais e delegações
tem direito a 10 votos e as casas do Benfica a
20 votos.
4. As reuniões da assembleia geral terão
lugar na sede ou em qualquer outra Instalação
do clube, mas poderão, excepcionalmente, e
por causa de força maior, realizar-se fora das
instalações do clube.
5. Nas reuniões da assembleia geral
destinadas à eleição dos órgãos sociais poderá
a respectiva mesa determinar a instalação de
tantas secções de voto quantas as necessárias
à mais ampla participação dos sócios e a um
normal desenvolvimento do acto eleitoral,
sendo pelo menos uma obrigatoriamente na
sede do clube.

ARTIGO 42º

À assembleia geral pertence, por direito


próprio, apreciar e decidir, sobre todos os
assuntos de interesse para o clube,
competido-lhe, designadamente:
1. Apreciar e votar o relatório da gestão e
as contas do exercício, bem como o parecer
do conselho fiscal, relativamente a cada ano
social,
2. Eleger e demitir os membros dos órgãos
sociais:
3. Fixar ou alterar a importância das quotas
e outras contribuições obrigatórias;
4, Aprovar os estatutos e zelar pelo seu
cumprimento, interpretá-los, alterá-los e revogá·
los, bem como resolver os casos neles omissos;
5. Votar o orçamento anual, com a
respectiva justificação relativa às actividades
do clube, e os orçamentos suplementares,
quando os houver;
6. Autorizar a direcção a realizar
empréstimos e outras operações de crédito,
cujos prazos de liquidação ultrapassem o do
mandato da direcção e excedam dez por cento
do orçamento de despesa do ano transacto;
7. Decidir da aquisição, alienação ou
operação de bens imóveis, podendo autorizar
a direcção a praticar tais actos dentro dos
montantes e finalidades que a própria
assembleia geral deliberar.
8. Julgar os recursos para ela interpostos;
9. Conceder, nos termos estatutários e
regulamentares. as distinções honorificas
instituídas pelo clube;
10. Deliberar sobre a readmissão de sócios,
que tenham sido expulsos;
11. Deliberar sobre a extinção e/ou
suspensão de qualquer modalidade desportiva.
12. Autorizar a direcção, quando já
terminado o seu mandato, a tomar as
deliberações que impliquem para o clube
responsabilidades financeiras, cujo montante
exceda cinco por cento do orçamento em vigor.

ARTIGO 43º

1. O produto das operações de alienação


de bens imóveis deliberadas pela assembleia
geral ou pela direcção nos termos do nº 7 do
art. 42º será sempre consignado a acções de
natureza estrutral como tal definidas
anualmente aquando da aprovação do
orçamento, ou a operações da diminuição do
passivo do S.L.B.
2. A violação do disposto neste artigo por
parte da direcção implica a perda imediata do
mandato.
ARTIGO 44º

1. As reuniões da assembleia geral são


ordinárias ou extraordinárias e delas se lavrará
acta, no respectivo livro.
2. As reuniões ordinárias, ou de carácter
obrigatório, são aquelas que se realizam em
épocas prefixadas e para os fins
estatutariamente previstos. Todas as demais
são extraordinárias.

ARTIGO 45º

As reuniões ordinárias da assembleia geral


serão sempre convocadas pelo presidente da
mesa e, no seu impedimento, por quem o
substitua no lugar:
a) Anualmente, até 30 de Setembro, para
aproovar e votar o relatório da gestão e
as contas do exercício, relativas
ao exercicio anterior, apresentadas pela
direcção, bem como o parecer do
conselho fiscal;
b) Anualmente, até 15 de Junho, para
apreciar e votar o orçamento ordinário e
o plano do investimento para o
exercicio seguinte, elaborados pela
direcção;
c) Trienalmente, entre 24 e 31 de Outubro,
para a eleição dos órgãos sociais.

ARTIGO 46º

As reuniões extraordinárias da assembleia


geral são convocadas pelo presidente da mesa,
ou por quem o substitua, por sua iniciativa ou a
pedido da direcção, do conselho fiscal ou de
um numero de sócios efectivos com mais de
um ano de filiação associativa e no pleno gozo
dos seus direitos estatutários, correspondentes
a 0,5% dos sócios em tais condições existentes
em 31 de Dezembro do ano anterior àquele em
que tiver lugar a requerida assembleia.

ARTIGO 47º

1. A reunião extraordinária da assembleia


geral, convocada nos termos da parte final do
artigo 46º, só poderá realizar-se se estiverem
prosentes, pelo menos, quatro quintos dos
sócios que a requererem.
2. Os sócios requerentes da reunião
extraordinária da assembleia geral que a ela
não compareçam ficam, durante o prazo de dois
anos, contados desde a data da reunião,
inibidos de requerer novas reuniões, e de votar
em outras reuniões ordinárias ou
extraordinárias que se realizem dentro do
mesmo período de tempo.

ARTIGO 48º

1. Será nula a reunião da assembleia geral


convocada que funcione em contravenção das
normas estatutárias e regulamentares, sendo
de nenhum eleito as suas deliberações.
2. A declaração de nulidade poderá ser
pedida no decurso da própria reunião, com
indicação imediata dos preceitos infringindos.
3. Neste caso, competirá ao presidente da
mesa apreciar a nulidade invocada, cabendo-lhe
decidir se a mesma é, ou nao, insanável.
Em caso afirmativo, proclamará nula a reunião
e de nenhum efeito o que haja sido deliberado;
em caso negativo, a reunião prosseguirá, mas
é reconhecido a qualquer associado,
participante na reunião, o direito de tentar obter,
judicialmente, a impugnação das deliberações
que sejam tomadas.

ARTIGO 49º

1. Nas reuniões da assembleia geral apenas


podem ser tomadas deliberações sobre
assuntos que façam parte da ordem de
trabalhos, salvo as de simples saudação ou
pesar.
2. Nas reuniões da assembleia geral pode
o presidente da mesa conceder um período de
tempo limitado, durante o qual poderão ser
apresentados quaisquer assuntos estranhos à
ordem de trabalhos.

ARTIGO 50º

1. O presidente da mesa, perante motivo


justificado, pode suspender os trabalhos,
marcando, desde logo, a data da sua
continuação.
2. O presidente da mesa, perante
circunstâncias excepcionalmente graves, pode
interromper a reunião, declarando-a terminada
antes de esgotados os assuntos incluídos na
respectiva ordem de trabalhos. A qualquer sócio
presente na mesma é, porém, reconhecido o
direito de recorrer, judicialmente, dessa decisão.

ARTIGO 51º
As deliberações da assembleia geral são
tomadas por maioria absoluta de votos
representados nessa assembleia, salvo quando
os estatutos exigirem maioria qualificada.

ARTIGO 52º

Nas eleições dos órgãos sociais, os


resultados serão obtidos através de um só
escrutinio, considerando-se eleita a lista mais
votada.

ARTIGO 53º

Nas assembleias gerais, os sócios nelas


participantes terão direito ao número de votos
seguintes:
a) Com mais de um ano do filiação
associativa e até cinco anos - um voto;
b) Com mais de cinco anos de filiação
associativa e até dez anos· cinco votos;
c) Com mais de dez anos de filiação
associativa - vinte votos.

ARTIGO 54º

A participação dos sócios nas reuniões da


assembleia geral é pessoal, não podendo em
caso algum, o sócio fazer-se representar, sem
prejuízo do disposto no nº 2 do art. 41º.

ARTIGO 55º

Todas as situações criadas no decurso de


qualquer reunião da assembleia geral,
envolvendo aspectos não instituídos ou
regulamentados, serão resolvidas na própfla
assembleia geral.

ARTIGO 56º

1 A assembleia geral é dirigida pela


respectiva mesa, que é constituída por um
presidente, um vice-presidente e dois
secretários, competindo-lhe representar a
assembleia geral, no intervalo das reuniões, em
todos os actos externos ou internos que se
efectuem no decorrer do mandato.
2. Nas suas ausências ou impedimentos, o
presidente será substituido pelo vice-presidente,
este pelo secretário, e este por um
secrelário suplente, também eleito.

ARTIGO 57º

o Presidente da Mesa da Assembleia Geral.


como garante da legalidade no seio do clube.
cumprirá e fará cumprir, com todo o rigor, os
preceitos estatutários.

SECÇÃO III
Direcção

ARTIGO 58º

1. O clube é dirigido e admnistrado por uma


direcção, constituída por um Presidente e
quatro ou seis Vice-Presidentes.
2 Haverá ainda dois Vice-Presidentes
suplentes, que apenas entrarão em funções nos
casos de impedimento delinitivo dos efectivos
3. Deve o Presidente designar para o
período do mandato o Vice-Presidente que o
substituirá nos seus impedimentos bem como
decidir a distribuição interna das
responsabilidades do cada um dos membros
da direcção.

ARTIGO 59º

Compete à direcção dirigir e administrar o


clube, prestigiá-lo, zelar pelos seus interesses,
impulsionar o progresso das suas actividades
e, designadamente:
1. Aprovar, rejeitar ou anular a admissão e
a readmissão de sócios, salvo o disposto no nº
10 do artigo 42º
2. Propor à assembleia geral a fixação ou
alteração de quotas e quaisquer outras
contribuições associativas:
3. Propor à assembleia geral a concessão
das distinções honorificas referidas nas alíneas
a) a f) e j) do nº1 do artigo 82º
4. Atribuir as distinções honoríficas referidas
nas alíneas g), h), i). l) e m) do nº1 do artigo 82º;
5. Solicitar a convocação da assembleia
geral e do plenário dos órgãos sociais;
6. Fomentar o desenvolvimento da iniciação
desportiva e de outras iniciativas, tendentes a
proporcionar às camadas juvenis, e aos filhos
dos sócios em especial, a aprendizagem
desportiva, de forma a criar as bases de
apetrechamento das equipas do S.L.B.;
7. Fomentar a edição e publicação da
imprensa própria do clube e de outros
elementos de informação clubista e divulgação
cultural;
8. Fomentar as relações com as filiais, casas
do Benfica e delegações, de forma a
proporcionar-lhes todo o possível apoio e
fazendo com que estas se estabeleçam e
desenvolvam os princípios que orientam o
S.L.B.;
9. Adoptar formas de auxilio social aos
atlelas, proporcionando-lhes, dentro do
possível., meios que lhe facilitem ocupar, na
sociedade, situação compatível com as suas
habilitações;
10. Colaborar com os poderes públicos em
tudo quanto contribua para atingir e
desenvolver os fins do clube;
11. Deliberar sobre reclamações a
entidades oficiais, representações,
protestos de jogos e recursos e outros
actos do contencioso administrativo e
desportivo;
12. Comparticipar nas reuniões e
assembleias dos organismos da hierarquia
desportiva, cultural ou recreativa;
13. Dispensar os sócios do pagamento de
quotas e de outras contribuições obrigatórias,
nos casos previstos nos estatutos e nos
regulamentos;
14. Aceitar ou recusar a constituição de
filiais, casas do Benfica e delegações;
15. Solicitar pareceres ao conselho fiscal;
16. Elaborar os regulamentos que se
mostrem necessários à vida do clube:
17. Nomear, de entre os sócios efectivos
com mais de um ano de filiação associativa,
sócios para o exercício do cargo de Director
não profissional.
18. Nomear de entre os sócios efectivos
com mais de um ano de filiação associativa as
comissões e colaboradores, que julgue
convenientes para a boa execução das
actividades do clube;
19, Determinar a suspensão preventiva de
sócios ou atletas, em caso de infracção
disciplinar;
20. Facultar ao conselho fiscal o exame dos
livros de escrituração e contabilidade e a
verificação de todos os documentos;
21. Facultar ao exame dos sócios as contas,
os documentos e os livros relativos às
actividades do clube, nos termos estabelecidos
na alínea g) do nº1 do artº 12;
22. Comparecer a todas as reuniões da
assembleia geral, para prestar os
esclarecimentos que se mostrem necessános;
23. Representar o Sport Lisboa e Benfica
na administração ou gerência das sociedades,
ou outras entidades. em cujo capital o Sport
Lisboa e Benfica participe.
24. Fornecer à empresa de auditoria todos
os elementos que esta necessite para o
desenvolvimento do seu trabalho.

ARTIGO 60º

Após terminado o mandato, a direcção não


pode tomar deliberações que envolvam
responsabilidades financeiras superiores ao
limite previsto no nº 12 do artigo 42º.

ARTIGO 61º

1. Os membros da direcção respondem


pessoal e solidariamente para com o clube
pelos danos a este causados por actos ou
omissões praticados com preterição de deveres
legais ou estatutários.
2. Não são responsáveis pelos danos
resultantes de uma deliberação colegial os
membros da direcção que nela não tenham
participado ou hajam votado vencidos, podendo
neste caso fazer lavrar, no prazo de cinco dias,
a sua declaração de voto, quer no respectivo
livro de actas, quer em carta dirigida ao
conselho fiscal.

3. A acção de responsabilidade pode ser


proposta pelo clube, através de deliberação dos
sócios em assembleia geral, que pode designar
um ou ma

ARTIGO 62º

1. A direcção não pode comprometer a


utilização de receitas antecipadas resultantes
de actos ou situações que ocorram após o
termo do respectivo mandato, desde que
excedam três por cento do orçamento do clube
do exercício do ano transacto.
2. A dispensa da aplicação do disposto no
numero anterior só poderá acontecer
excepcionalmente em situações de inequívoca
vantagem para o clube, mediante parecer
favorável do conselho fiscal
3. A violação do disposto neste artigo
implica a perda imediata do mandato e a
impossibilidade de, durante seis anos, poder
desempenhar qualquer cargo nos órgãos
sociais.
ARTIGO 63º

A direcção é responsável por todos os


encargos contraídos para além das
competentes dotações orçamentais, cessando
essa responsabilidade se a assembleia geral
sancionar os excessos verificados.

ARTIGO 64º

1. Pode o clube, quando obrigado a


indemnização por prejuízos resultantes de
deliberação conjunta ou isolada dos órgãos
sociais violando as normas estatutárias e
regulamentares, exercer o direito de regresso
contra os respectivos órgãos, para o reembolso
da indemnização prestada.
2. Compete ao presidente da mesa da
assembleia geral tomar as providências
necessárias à execução do estabelecido no
numero antenor, convocando uma reunião
extraordinária da assembleia geral, onde a
proposta respectiva será objecto de votação
nominal.

ARTIGO 65º

Para obrigar o clube será necessária a


assinatura de dois membros da direcção, uma
das quais será obrigatoriamente a do presidente
e a de um dos vice-presidentes por aquele
especialmente mandatado para o efeito.

ARTIGO 66º

1. A direcção deve apresentar todos os anos


à assembleia geral, dentro do prazo estatutário,
para apreciação e votação a proposta do
orçamento anual, o relatório da gestão, as
contas do exercício e os demais documentos
de prestação de contas, incluindo o mapa de
origem e aplicação de fundos.
2. Os documentos previstos no numero
antenor devem ser acompanhados do parecer
do conselho fiscal e do relatório dos auditores
previstos no artigo 71º.
3. No relatório da gestão e nas contas do
exercício devem ser totalmente separadas as
actividades do S.L.B. relativamente ao futebol.
As receitas por ele geradas não podem servir
para financiar as restantes modalidades
desportivas do Sport Lisboa e Benfica.

ARTIGO 67º

A direcção remeterá ao conselho fiscal os


documentos previstos no nº1 do artigo 66º até
ao dia 31 de Agosto de cada ano, para os eleitos
previstos na alínea c) do nº 1 do artigo 70º.

ARTIGO 68º

1. O relatório da gestão e as contas do


exercício devem ser assinados por todos os
membros da direcção em exercicio de funções
no momento da sua apresentação.
2. A recusa da assinatura por qualquer
membro da direcção deve ser justificada em
documento, a juntar ao relatório de gestão.
3. Os membros da direcção que se tenham
demitido ficam obrigados a prestar todas as
informações que lhes forem solicitadas
relativamente ao período em que exerceram
funções.
4. O relatório da gestão deve conter uma
exposição fiel e clara sobre a evolução das
actividades do SLB., reflectindo com exactidão
as alterações patrimoniais e a evolução da
estrutura dos custos e das receitas.
5. Caso as contas apresentadas pela
direcção sejam reprovadas, total ou
parcialmente, pela assembleia geral, a direcção
tem um prazo de 15 dias para proceder à
elaboração de novas contas
6. A reprovação das novas contas,
resultantes da situação prevista no nº 5 deste
artigo por parte da assembleia geral implica a
imediata demissão da direcção, procedendo-se
a eleições intercalares para este órgão, nos
termos do artigo 31º.
7. A direcção intercalar eleita dará
cumprimento a todos os votos, conclusões e
propostas constantes do relatório de gestão o
contas rejeitado, com excepção do que possa
colidir com a decisão da assembleia geral.
8. Fará transitar nos livros do S.LB. para o
ano seguinte todos os saldos contabilísticos ou
verbas inseridas no relatório do gestão e contas
rejeitado com as modificações, alterações ou
rectificações que tenham sido aprovadas pola
assembleia geral.
9. O relatório de gestão e as contas devem
estar patentes aos sócios na sede do S.L.B. e
durante as horas de expediente, a partir do
oitavo dia antecedente à data designada para
a realização da assembleia geral, constante no
aviso convocatório destinada a apreciá-los. Os
sócios serão avisados deste facto na própria
convocação, devendo a consulta ser feita
pessoalmente pelo sócio.

SECÇÃO IV

Conselho Fiscal

ARTIGO 69º

1. Para assegurar a fiscalização da


actividade do S.L.B. e zelar para que o mandato
directivo se conduza sempre em estreita
obediência aos estatutos e regulamentos, bem
como às deliberações da assembleia geral, o
S L.B disporá de um conselho fiscal, composto
de um presidente, um vice-presidente e três
vogais, sendo um destes preferencialmente
revisor oficial de contas.
2 Nas suas ausências ou impedimentos, o
presidente será substituído pelo vice-presidente
3. Haverá ainda um vogal suplente que
apenas entrará em funções nos casos de
impedimentos definitivos dos vogais efectivos
eleitos.

ARTIGO 70º

1. No exercício das suas funções, compete


ao conselho fiscal:
a) Fiscalizar os actos da direcção;
b) Vigiar pela observância da lei e dos
estatutos;
c) Dar parecer sobre o relatório da gestão,
as contas do exercício, e ainda sobre
os orçamentos ordinários e
suplementares propostos pela
direcção;
d) Verificar a regularidade dos livros,
registos contabilísticos e documentos
que lhes servem de suporte;
e) Verificar, quando o julgue conveniente,
e pela forma que entenda adequada,
a extensão da caixa e as existências
de qualquer espécie de bens ou valores
pertencentes ao S.L.B. 0u por ele
recebidos em garantia, depósito ou a
qualquer outro título:
f) verificar a exactidão do balanço e da
demonstração dos resultados:
g) verificar se os critérios valorimétricos
adoptados pela direcção conduzem a
uma correcta avaliação do património e
dos resultados;
h) Elaborar anualmente um relatório sobre
a acção fiscalizadora, que deve ser
presente à assembleia geral juntamente
com o parecer relativo às contas do
exercício;
i) Dar parecer sobre as transferências de
verbas orçamentais propostas pela
direcção;
j) Solicitar a convocação da assembleia
geral e do plenário dos orgãos sociais;
k) Dar parecer sobre os actos da direcção
previstos nº 2 do art. 62º

2. Os membros do conselho fiscal devem


proceder, conjunta ou separadamente e em
qualquer época do ano, a todos os actos de
verificação e inspecção que considerem
convenientes para o cumprimento das suas
obrigações de fiscalização.
ARTIGO 71º

1. O relatório anual da gestão e o parecer


do conselho fiscal devem ser acompanhados
por um relatório de uma empresa especializada
de auditoria, que se deve pronunciar,
nomeadamente, sobre se os critérios
valorimétricos adoptados pela direcção
conduzem a uma correcta avaliação do
património e dos resultados do S.L.B.
2. O relatório da empresa de auditoria
constituirá, obrigatoriamente, um anexo ao
parecer do conselho fiscal.

ARTIGO 72º

1. O conselho fiscal reunirá trimestralmente


com a direcção, pala apreciar as contas do
clube e a execução orçamental.
2. Desta reunião será lavrada acta, da qual
constará, obrigatoriamente, o parecer do
conselho fiscal sobre a situação económica e
financeira do clube.

ARTIGO 73º

1. O conselho fiscal participará à direcção


as irregularidades de que tenha conhecimento,
para imediato apuramento das
responsabilidades.
2. A participação prevista no número
anterior será feita ao presidente da mesa da
assembleia geral, se as irregularidades tiverem
sido praticadas por membros da direcção.
3. Os membros do conselho fiscal são
pessoal e solidariamente respoosáveis com o
infractor pelas respectivas irregularidades, se
delas tiverem tomado conhecimento e não
adoptarem as providências adequadas.

CAPÍTULO VI

Actividades do clube

ARTIGO 74º

As actividades do Sport Lisboa e Benfica


serão desenvolvidas nos planos desportivo,
social, cultural, recreativo e comercial,
orientadas em harmonia com os seus fins e com
o propósito de promover a expansão e prestígio
do clube.

ARTIGO 75º

A actividade desportiva tem por finalidade


o desenvolvimento da prática de diversas
modalidades de educação fisica e de desporto
por praticantes profissionais ou amadores,
cabendo a sua organização interna e
funcionamento a regulamentos aprovados pela
direcção.

ARTIGO 76º

As actividades social, cultural e recreativa


têm por fim desenvolver o espírito de
solidariedade entre os sócios e satisfazer as
suas necessidades intelectuais e de lazer,
cabendo a sua organização interna e
funcionamento a regulamentos aprovados pela
direcção.

CAPÍTULO VII

Disciplina

ARTIGO 77º

1. Os sócios do S.L.B., os seus atletas e


outros colaboradores estão sujeitos ao poder
disciplinar do clube.
2. A disciplina dos atletas e empregados
do clube constará dos respectivos
regulamentos, contratos e legislação aplicável.

ARTIGO 78º

1. As infracções disciplinares, que


consistem na violação dos preceitos
estatutários e regulamentares, serão
punidas,conforme a sua gravidade, com as
seguintes penas:
a) Admoestação:
b) Repreensão registada;
c) Suspensão simples;
d) Suspensão até 30 dias;
e) Suspensão de 30 dias a um ano:
f) Suspensão de um a três anos;
g) Expulsão;
2. A aplicação de qualquer das penas
referidas no número anterior poderá ser
acompanhada de indemnização devida pelos
prejuízos causados ao clube
3. São circunstâncias atenuantes
a) O registo disciplinar isento de qualquer
pena:
b) Os serviços relevantes prestados ao
clube;
c) Em geral, qualquer facto que diminua a
responsabilidade do infractor.
4. São circunstâncias agravantes,
unicamente:
a) A qualidade de membro dos órgãos
sociais ou de colaborador nomeado por
qualquer deles;
b) A reincidência;
c) A acumulação de infracções;
d) A premeditação;
e) O resultar de infracção de desprestigio
público para o S.LB..
5) Oualquer pena. salvo a de admoestação,
só pode ser aplicada medianle processo
disciplinar, nos termos a filiar por regulamento,
aprovado pela direcção.

ARTIGO 79º

1. À falta do cumprimento do estabelecido


na alínea o) do nº 1 do artigo 13º, serão
aplicadas, nas condições estabelecidas por
regulamento, as seguintes penas:
a) Suspensão simples;
b) Expulsão.
2. A aplicação das penas previstas não
depende da organização de processo
disciplinar formal, não podendo, porém, ter lugar
sem prévia notificação ao sócio faltoso para
proceder à liquidação das importâncias em
dívida no prazo de 15 dias, com expressa
cominação das consequências resultantes da
falta de pagamento
ARTIGO 80º

Às filiais, casas do Benfica e delegações


podem ser aplicadas as penas seguintes:
a) Admoestação;
b) Repreensão registada

ARTIGO 81º

1. A aplicação aos sócios das alíneas a) a


d) do nº 1do artigo 78º e do nº 1do artigo 79º
às Filiais, casas do Benfica e Delegações,
das alíneas a) e b) do artigo 80º, são da
competência da Direcção, sempre com
possibilidade de recurso para a Assembleia
Geral.
2. A aplicação das restantes penas aos
sócios é da competência da assembleia geral.

CAPÍTULO VIII
Distinções honoríficas

ARTIGO 82º

1. Para premiar os bons serviços, a


dedicação e o mérito associativo e desportivo,
o clubo instituiu as seguintes distinções
honoríficas:
a) Águia de ouro;
b) Águia de prata;
c) Águia de cobre;
d) Titulo de sócio honorário;
e) Titulo de sócio de mérito;
f) Titulo de sócio benemérito;
g) Anel de platina de dedicação;
h) Emblema de ouro de dedicação;
i) Emblema de prata de dedicação;
j) Medalha de mérito social e desportivo;
l) Medalha de honra;
m) Medalha de prata.
2. A concessão da águia de ouro confere,
Simultaneamente, o titulo de sócio honorário e
a concessão da águia de prata o de sócio de
mérito.
3. A concessão do anel de platina de
dedicação dispensa o sócio distinguido do
pagamento de qualquer contribuição
associativa e desportiva.

ARTIGO 83º

A concessão de qualquer distinção


honorífica visa exclusivamente galardoar,
premiar ou recompensar o sócio distinguido,
não produzindo quaisquer outros eleitos, salvo
o referido no nº 3 do artigo anterior.

ARTIGO 84º

1. As águias de ouro, prata e cobre só


podem ser propostas pela direcção ou por 150
sócios efectivos com mais de um ano de filiação
associativa.
2. As propostas que visem a concessão das
águias de ouro, prata e cobre serão objecto de
votação secreta em assembleia geral.

ARTIGO 85º

As distinções honorificas das alíneas d) e


f) do art. 82º poderão ser concedidas a
entidades públicas ou privadas e a
individualidades estranhas ao clube, não
implicando para os distinguidos o pagamento
de qualquer contribuição.

ARTIGO 86º

As distinções honorificas das alíneas a) e


e) do artigo 82º não podem ser atribuídas a
atletas profissionais ou subsidiados do clube,
enquanto nessa qualidade o representarem,
nem baseados em motivos decorrentes dessa
actividade desportiva.

ARTIGO 87º

As distinções honoríficas poderão ser


concedidas a titulo póstumo.

ARTIGO 88º

1. Ao sócio distinguido ser-lhe-á retirada a


respectiva distinção honorifica quando:
a) Peça a demissão de sócio;
b) Seja expulso;
c) Se revele, posteriormente à concessão,
indigno da sua posse;
d) Passe a representar outro clube, como
praticante desportivo, sem autorização
da direcção, salvo se a sua colaboração
tiver deixado de interessar ao S.L.B.
2. Não é permitida, em caso algum, a
recuperação das distinções honoríficas, que
hajam sido retiradas nos termos do número
anterior.

ARTIGO 89º
1. A concessão das distinções honorificas
das alíneas a) a f) e j) do nº 1 do artigo 82º é da
competência da assembleia geral; as restantes
distinções honoríficas são atribuídas pela
direcção.
2. A retrrada de qualquer distinção
honorifica é da competência do órgão social
que a tiver concedido.

ARTIGO 90º

Compete à assembleia geral a aprovação


do regulamento de concessão das distinções
honorificas.

CAPÍTULO IX

Instalações sociais e desportivas

ARTIGO 91º
Consideram-se instalações sociais e
desportivas do S.L.V. todas as edificações e
recintos onde se exerçam, sob a jurisdição do
clube, as suas actividades.

ARTIGO 92º

Sem prejuízo da utilização das instalações


sociais e desportivas pelos atletas do S.L.B.,
tanto em provas como na sua preparação, será
assegurada aos sócios, quanto possfvel, a
frequência das mesmas instalações na
prossecução dos fins do clube.

CAPÍTULO X
Disposições finais e transitórias

ARTIGO 93º

São susceptíveis de recurso para a


assembleia geral as deliberações de qualquer
dos órgãos sociais, quando seja invocada a
violação da lei, dos estatutos ou dos
regulamentos.

ARTIGO 94º

Todas as deliberações da assembleia geral


são susceptíveis de recurso para os tribunais
competentes, nos termos gerais de direito.

ARTIGO 95º

O ano social do Sport Lisboa e Benfica tem


inicio no dia 1 de Julho de cada ano civil,
estendendo-se alé ao dia 30 de Junho do ano
civil seguinte, salvo no que não for autorizado
pelas entidades oficiais competentes.

ARTIGO 96º

1. A numeração respeitante aos sócios será


actualizada de 10 em 10 anos, mas a
assembleia geral, por proposta da direcção,
poderá autorizar a sua realização com intervalo
mais curto, se for conveniente.
2. A actualização da numeração de sócios
nunca terá lugar em ano anterior ao das
eleições para os órgãos sociais.
ARTIGO 97º

1. Os sócios maiores, com pelo menos 10


anos de filiação associativa, que se encontrem
reformados da respectiva actividade
profissional e que aufiram uma pensão de
reforma mensal inferior ou igual ao montante
fixado em regulamento pela direcção, poderão
passar a pagar apenas metade do valor da
quota respectiva, desde que possam provar a
situação de reformados, mediante
documentação adequada.
2. Será aplicada a pena de expulsão ao
sócio que se socorrer de meios fraudulento
para obter a regalia prevista no número anterior.

ARTIGO 98º

1. Os sócios maiores, com pelo menos 10


anos de filiação associativa, que se encontrem
desempregados poderão solicitar a suspensão
do pagamento da sua quota, enquanto perdurar
essa situação.
2. A situação de desempregado terá de ser
devidamente provada.
3. Será aplicada pena de expulsão ao sócio
que se socorrer de meios fraudulentos para
obter esta regalia.

ARTIGO 99º

É mantida a regalia conferida pelo § 1 do


nº 10 do artigo 17º dos estatutos aprovados
por despacho do Subsecretário do estado da
Educação Nacional de 8 de Setembro de 1948
aos sócios honorários, beneméritos e de mérito
que, na data da aprovação destes estatutos,
dela estejam beneficiando.

ARTIGO 100º

1. O S.L.B. só poderá ser dissolvido por


motivos de tal forma graves e insuperáveis que
tornem impossível a realização dos seus fins.
2. A dissolução só poderá ser votada em
reunião da assembleia geral, expressamente
convocada para esse efeito, e que só poderá
funcionar com a presença da maioria absoluta
dos sócios existentes.
3. A deliberação de dissolução será tomada
por votação nominal, e terá de ser aprovada
por três quartos de número de todos os
associados.
4. A assembleia geral que votar a
dissolução do clube deliberará também quanto
ao destino a dar aos valores do S.L.B.
5. Se a deliberação que votar a dissolução
do clube vier a ser impugnada em juízo, a sua
execução ficará suspensa até que a respectiva
decisão judicial transite em julgado.
6. Sendo dissolvido o S.L.B., os seus
troféus, prémios, recordações. registos, livros,
arquivos e demais património desportivo,
cultural e histórico serão entregues à Câmara
Municipal de Lisboa. como sua fiél depositária,
mediante auto do qual constará a expressa
proibição da sua alienação e ainda a obrigação
de serem restituídos ao S.L.B., se este voltar a
constituir·se.
7. A reconstituição referida no número
anterior só terá lugar se, na reconstituição do
S.L.B., se verificar a existência de idoneidade,
afinidade, fins e tradições. Que têm
caracterizado e definido o clube na sua gloriosa
história elonga vivência, as quais se procurarão
salvaguardar para honra e glória dos
benfiquistas e do desporto português.

ARTIGO 101º

1. Os estatutos serão revistos de 10 em 10


anos e nenhum dos seus preceitos poderá ser
suspenso.
2. A titulo excepcional, poderá a revisão,
quando parcial, ser antecipada se for requerida
por um mínimo de 500 sócios efectivos no gozo
de todos os seus direitos sociais ou se o
plenário dos órgãos sociais apresentar para
tanto proposta devidamente fundamentada.
3. Em ambos os casos previstos no número
anterior, a antecipação terá de ser previamente
autorizada pela assembleia geral, em votação
nominal.

ARTIGO 102º

1. O Sport Lisboa e Benfica pode promover


a constituição de sociedades e fundações, nos
termos legais em vigor.
2. A constituição de sociedades carece de
deliberação, por voto secreto, da Assembleia
Geral, sob proposta da direcção, acompanhada
de parecer favorável do Conselho Fiscal.
3. No caso das sociedades desportivas a
constituir, os estatutos deverão,
obrigatoriamente, assegurar que o Sport Lisboa
e Benfica lerá a maioria dos direitos de voto na
respectiva Assembleia Geral.
ARTIGO 103º

1. É permitida a realização de referendo aos


sócios do S.L.B. sobre assuntos concretos e
de carácter excepcional do clube.
2. Cabe exclusivamente à assembleia geral
e sempre mediante proposta da direcção,
autorizar o mesmo relerendo.
3. Decidindo a assembleia geral negar
autorização de referendo para o assunto que
lhe loi proposto, não pode o mesmo ser objecto
de nova proposta de referendo no prazo de um
ano.

ARTIGO 104º

Os regulamentos previstos nos presentes


estatutos deverão ser aprovados pelos órgãos
sociais competentes no prazo máximo de cento
e oitenta dias após a sua entrada em vigor.

ARTIGO 105º

Os presentes estatutos entram


imediatamente em vigor, implicando a cessação
do mandato em curso dos actuais orgãos
sociais, e a realização de eleições no prazo
máximo de cento e oitenta dias.

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