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DISPEPSIA

FUNCIONAL
DR. ALEXANDRO VAESKEN ALVES
DISPEPSIAS

• INTRODUÇÃO
• CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO
• SINTOMATOLOGIA
• EPIDEMIOLOGIA
• FISIOPATOLOGIA
• DIAGNÓSTICO E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• TRATAMENTO
DISPEPSIAS

• Introdução

Dispepsia – palavra derivada do grego que


significa “Má Digestão”
dys = má, peptien = digestão.
DISPEPSIAS

• Conceito

Dor ou desconforto no epigástrio, contínua ou


recorrente por pelo menos 12 semanas nos últimos 12
meses.Ausência de doenças orgânicas e de
alterações bioquímicas que expliquem os sintomas.
Roma III recomendou a seguinte definição
pragmática:
Dispepsia é definida como a presença de
1 ou mais sintomas dispépticos que são
considerados como originários da região
gastroduodenais, na ausência de qualquer
doença orgânica, sistêmica, metabólica ou que
seja provável em explicar os sintomas.
 Roma III critérios de diagnóstico da dispepsia
funcional

- Pelo menos 3 meses, com início no mínimo 6


meses antes, de 1 ou mais dos seguintes
procedimentos:

- Plenitude pós prandial

- Saciedade precoce

- Dor epigástrica

- Epigastralgia em queimação

- Não existe evidência de doença estrutural


(incluindo na endoscopia digestiva alta), que é
susceptível como explicação para os sintomas
DISPEPSIAS

• Classificação

- Dispepsia funcional

- Dispepsia orgânica
DISPEPSIAS

• Classificação

- Dispepsia tipo dismotilidade


- Dispepsia tipo ulcerosa
- Dispepsia tipo essencial ou idiopática
DISPEPSIAS

• Classificação

- Dispepsia tipo dismotilidade


- Empachamento (plenitude) pós-prandial
- Má-digestão
- Saciedade precoce
- Náuseas e Vômitos
DISPEPSIAS

• Classificação

- Dispepsia tipo úlcera


- Dor ou queimação no epigástrio
- Ritmo
- Periodicidade
DISPEPSIAS

• Classificação

- Dispepsia tipo essencial ou idiopática


- Sintomas não enquadráveis nas
categorias anteriores
DISPEPSIAS

• Epidemiologia

A dispepsia funcional representa uma das


condições mais freqüentes responsável por 20 a
25% das consultas ambulatoriais em
Gastroenterologia.
DISPEPSIAS

• Epidemiologia

- Prevalência global da dispepsia funcional 7 a 41%


- Inglaterra, Alemanha e EUA, prevalência 20 a 40%
- Japão, prevalência de 13%
- Austrália, prevalência de 12 a 34%
DISPEPSIAS
• Sintomatologia

- Dispepsia é normalmente poli-sintomática.

Dispepsia tipo úlcera


- Sintoma fundamental é a DOR
- Localizada no epigástrio
- Melhora com a refeição em pelo
menos 25% das vezes
- Aparece com o estômago vazio
- Desperta o paciente durante o sono
- Ritmo e periodicidade
DISPEPSIAS
• Sintomatologia

Dispepsia tipo dismotilidade


- Empachamento após as refeições
- Saciedade precoce
- Náuseas e Vômitos
- Roncos ou borborigmo no abdome superior
- Desconforto abdominal agravado pelas
refeições
DISPEPSIAS
• Sintomatologia

- Critérios de Roma II
• Dispepsia tipo essencial ou idiopática
- Sintomas não se enquadram nos dois
subtipos acima descritos
DISPEPSIAS

• Fisiopatologia

- Intolerância e alergia aos alimentos


- Secreção ácida
- Alterações na motilidade gastrointestinal e
na sensibilidade visceral
- Fatores psicológicos
- Inflamação da mucosa
DISPEPSIAS

Fatores psicossociais

SNC

Vago
simpático

SNE

Alterações na motilidade Alterações na sensibilidade


Fisiopatologia
 Função motora gástrica: controvertida.
Estudos mostram que 50% dos
dispéoticos têm algum grau de
retardamento do esvaziamento gástrico.
Mas é discutível o fato de a dispepsia ser
intermitente e a dismotilidade ser
constante.
 Sensibilidade visceral: pesquisas têm se
voltado a este tema. Inapropriada
resposta à dor. Os pacientes podem ter
hiperalgesia ou alodínia, limiar reduzido
para dor.
 Helicobacter pylori: participação
Fisiopatologia

 Disfunção autonômica: disfunção de


nervos eferentes e aferentes vagais pode
levar a exacerbação de sensações
viscerais e, assim, a sintomatologia.
 Atividade gástrica mioelétrica: disritmias
gástricas podem originar-se no antro ou
corpo. Tais alterações poderiam ser
responsáveis por sintomas tipo
dismotilidade, mas a exata prevalência
neste grupo de pacientes e falta de
correlação sintoma-alteração motora
levanta dúvidas quanto à importância
destas alterações.
Fisiopatologia
 Alterações hormonais: vários hormônios têm
sido estudados, tentando-se estabelecer
alguma relação entre suas alterações e a
dispepsia funcional. Entre os provavelmente
implicados podemos citar: motilina, gastrina,
CCK, prolactina, opiáceos endógenos e
outros. Até o momento, contudo,
anormalidades hormonais não parecem ter
importância na fisiopatologia da dispepsia
funcional.
 Fatores psicossociais: nenhuma
personalidade específica tem sido
relacionada à dispepsia funcional, embora
ansiedade, neuroticismo e depressão
possam estar aumentados nestes
pacientes, quando comparados a doentes
Fisiopatologia
 Secreção de ácido gástrico: contorverso
 Acomodação: o estômago proximal
acomoda os alimentos e regula a
transferência para o estômago distal.
Este tritura e mistura o conteúdo
gástrico, além de participar da saída dos
nutrientes para o duodeno. Há
evidências de que há alterações no
relaxamento do estômago proximal.
 Provavelmente a dispepsia funcional é
resultado de interação complexa de
fatores psicossociais e fisiológicos.
DISPEPSIAS
• Diagnóstico e Diagnóstico Diferencial
- Parasitose intestinal
- Doença do refluxo gastroesofágico -
Câncer gástrico -
Cálculo da vesícula biliar -
Pancreatites -
Medicamentos -
Doenças sistêmicas -
Síndrome do intestino irritável
DISPEPSIAS
• Tratamento

- Relação médico – paciente


- Dieta, hábitos de vida
- Pró-cinéticos
- Inibidores da acidez
- Antidepressivos
- Psicoterapia
- Erradicação do H. pylori

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