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Enquadrando a visita
À semelhança do que acontece na série televisiva, a Berlenga parece ter “vontade própria”! Quis a ilha que no dia 3 de Junho tudo
se conjugasse para que os alunos do 8.º Ano de escolaridade do Colégio, por lá se "perdessem". Se não, vejamos:
● um mar chão na ida e na volta impediu que houvesse uma “partilha do interior de cada um” (receio esse que, à partida,
todos tinham – alguns muniram-se de Vomidrine e mezinhas de avós e pais – que logo se verificou não serem necessárias –
ninguém vomitou!);
● um dia que ameaçou ser nublado mas que acabou com um Sol radioso (apesar dos insistentes alertas feitos pelos
professores – que, inclusive, deram o exemplo de como se proteger – e da colaboração dos encarregados de educação, alguns
alunos gostaram tanto, tanto do Sol desse dia que se quiseram lembrar dele durante mais uns quatro ou cinco – e como gato
escaldado de água fria não teve medo, esperamos que a lição tenha sido aprendida – escaldões não!);
● os físicos de alunos, oficiais e professores não cederam ao cansaço e reinou sempre um espírito de aprendizagem,
diversão, respeito e companheirismo.
Ali, no cais de embarque de Peniche, havia um bom prenúncio: a Vera Cruz estava ancorada! Esta réplica ( aproximada ) de uma
caravela da época dos Descobrimentos, construída em madeira, por especialistas navais, segundo as técnicas do século XV. Tem
24 metros de comprimento e o mastro grande atinge os 18 metros. Embarcámos no Cabo Avelar Pessoa e, em pleno século XXI,
também criámos a nossa própria época de Descobrimentos: conquistámos a Berlenga.
A embarcar no Cabo Avelar Pessoa, um herói que Alguns alunos e professores
defendeu a ilha dos espanhóis no momento da partida
A Berlenga quer tornar-se uma ilha auto-sustentável e já há muitos esforços para que tal aconteça num futuro próximo. Vai ser
candidata às 7 Maravilhas da Natureza de Portugal e, no último trimestre deste ano, vai ser proposta para integrar a Reserva da
Biosfera da UNESCO, por iniciativa da Câmara Municipal de Peniche.
Atracando. Acabados de chegar à ilha,
Quase, quase a chegar à ilha...
Uma Aventura na Berlenga! começavam a criar-se pontes!
Fauna e Flora
A saída de campo realizou-se no âmbito da área curricular de Ciências Naturais do 8.º Ano e subordinou-se à
temática: “Áreas Protegidas em Portugal”, um dos últimos temas a ser abordados no programa da disciplina.
A importância das Berlengas enquanto ecossistema insular, o valor biológico da área marinha envolvente, o elevado interesse
botânico, o papel da ilha em termos de avifauna marinha e a presença de interessante património arqueológico subaquático foram
factores que pesaram na classificação do arquipélago como Reserva Natural em 1981 (Decreto-Lei nº 264/81, de 3 de
Setembro).
O arquipélago fica situado na Plataforma Continental da fachada oeste da Península Ibérica, cerca de 6 milhas
para ocidente do Cabo Carvoeiro, junto da cidade de Peniche. É constituído por três grupos de ilhas: Berlenga
Grande, Estelas e Farilhões-Forcadas. A maior ilha do arquipélago, a que se visitou, chama-se Berlenga
Grande. Nela distinguem-se duas partes: a maior é chamada Berlenga e representa mais de 2/3 da superfície
total da ilha e a outra chama-se Ilha Velha. Esta ilha é um rochedo gigante com cerca de 4 km de perímetro,
1500 metros de comprimento por 800 metros de largura. No cimo da ilha existe um planalto que se situa a cerca
de 92 metros de altitude. A ilha é formada, essencialmente, por uma rocha magmática intrusiva: granito de cor
rosada e tem cerca de 288 milhões de anos.
O símbolo da Reserva Natural das Berlengas é uma ave chamada Airo (Uria aalge). Mas a ilha é
o reino das gaivotas. A população atinge números tão elevados que já se tornou indispensável
a intervenção humana no sentido de corrigir o efectivo da espécie para evitar a degradação do
ecossistema insular. Os alunos puderam observar coelhos e as respectivas tocas bem como as
espécies endémicas da Berlenga: Armeria berlengensis, Echium rosulatum, Scrophularia
sublyrata e a espécie invasora que adquiriu o estatuto de praga: Carpobrotus edulis,
vulgarmente conhecido por chorão.
Aspectos históricos
Os alunos puderam observar o Farol do Duque de Bragança (construído em finais de 1841) e o Forte de S. João Baptista
(edificado em 1655).
Farol do Duque de Bragança, após Almoço no Forte - repõem-se as Alunos fortes
a subida íngreme e a volta pela ilha Velha energias para subir os "afamados" degraus! a banhos no Forte!
Na última página do Guião da Visita pedia-se a opinião dos alunos sobre a visita. Partilha-se, em seguida, as perguntas feitas e
algumas das respostas dadas.
1 Do passeio pelas grutas, nos barcos dos pescadores, o que MAIS gostei de ver foi…:
A rocha da Baleia e Tromba de Elefante porque estas rochas têm formas fora do vulgar e têm mesmo o formato de uma baleia e
da cabeça de um elefante.
300, Santos, 8.º C
Da Gruta Azul porque é a mais bonita, especialmente o fundo azul clarinho.
132, Nápoles, 8.º A
Adorei a caminhada até ao forte e gostei especialmente de perceber como pode ser feito o controlo do excesso populacional de
gaivotas.
Foi gratificante o convívio entre professores e alunos. Gostei da praia e de fazer snorkling.
245, Matos, 8.º B
(…) Gostei da vegetação endémica e mesmo os chorões que cobriam a ilha eram bonitos, apesar de infestantes.
414, Ferraz, 8.º A
Um ninho de gaivota com 16h 00min. Praia do Carreiro do Mosteiro. Voleibol na praia
os seus 3 ovos típicos O barco chegaria às 16h 30min… (sem incomodar ninguém)
O que mais gostei foram os momentos de lazer e, claro, os momentos científicos – ver o granito róseo, os líquenes, as gaivotas, os
ninhos e os coelhos. Também gostei muito de saltar no forte.
32, Fialho, 8.º A
Gostei muito de tomar banho na praia do Forte de S. João Baptista e no Carreiro do Mosteiro. Também gostei do passeio de barco
com os pescadores e de encontrar os ovos.
285, Ferreira, 8.º B
“Do Guião!”
417, Núncio, 8.º B
“De ser muito curta. Devia ser mais de um dia!”
248, Duarte, 8.º C
Não gostei de ser picado por insectos.
245, Matos, 8.º B
O que menos gostei foi do escaldão que apanhei e do facto de se destruir ovos de gaivota para controlar a população e, claro, da
abertura da cloaca da gaivota – quase que me apanhava mas foi o Hilário que levou com o presente!
32, Fialho, 8.º A
O granito róseo e o mal-afamado Improviso – o Guião Ouvindo as explicações do professor de Ciências
Guião da Visita preenche-se onde se puder junto ao Bairro dos Pescadores
Das brincadeiras na praia e de tudo. Foi a melhor visita de todas e já está na minha memória!
245, Matos, 8.º B
Quando o professor soube que o seu filho ia nascer!
248, Duarte, 8.º C
Quando caí e parti um ovo com a mão. O passeio pelas grutas. As paisagens excelentes. E, principalmente, o espírito de
brincadeira e camaradagem durante toda a visita (quer entre os alunos quer com os professores) mas sempre com respeito.
285, Ferreira, 8.º B
Sem dúvida que vai ser o convívio e o divertimento entre todos (alunos e professores). Conseguimos divertir-nos e aprender
bastante.
16, Silva, 8.º A
Vou recordar os momentos de lazer, o facto de ninguém ter vomitado no barco e saber que o filho do professor Farinha nasceu no
dia em que estivemos juntos.
32, Fialho, 8.º A
“Foi o sacrifício que o professor Rui Farinha fez ao ter ido à Berlenga sabendo que o seu filho podia nascer a qualquer momento.
191, Sousa, 8.º C
“…quando, na Ilha Velha, fui bombardeado por dejectos de gaivota!!”
154, Ferreira, 8.º C
Do convívio, da viagem, das paisagens, da flora e fauna e do professor de Ciências em pulgas para ver nascer o filho.
390, Leitão, 8.º C
A terminar, aqui fica uma fotografia que pode bem representar a sensação que todos os participantes tiveram no final do dia…
Personagens:
Sargento-Ajudante Oliveira