Você está na página 1de 2

No sou de tempo algum, Sou de todos De todos os momentos sonhados por todos os homens de f De todos os versos dos tristes

poetas E no sol poente Sou o derradeiro suspiro de adeus

Em sonhos depositados nas ondas rasas De mares profundos Meu cu, meu mar e as areias de nunca mais Sou os passos que no so meus E uma tristeza sem fim Da felicidade to procurada e alcanada jamais

Em todas as estrelas do mundo Sou o espao entre todas elas Uma solido que no se descreve Se aprende e se aceita

Passam as idias de Deus Bem na frente dos meus olhos Sou imune e cego a tal ddiva

Diludo em minha falta de dom pela vida Sobrevivo

No sou de tempo algum

E no sou impune Sofro em fim do mais comum e triste processo Envelheo annimo e deixo sonhos Morro aos poucos de no deixo versos Perco o nexo

No sou de tempo algum E no sol poente Me desfao nas guas rasas de lugar nenhum

Você também pode gostar