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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO MARANHÃO

DIRETORIA DE ENSINO SUPERIOR


DEPARTAMENTO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

FERNANDO ANTONIO DE MELO LIMA

ESTUDO DOS ACIDENTES DE TRABALHO PESSOAIS OCORRIDOS


EM UMA EMPRESA DE LOGÍSTICA NO ANO DE 2008

São Luís
2008
RESUMO

A empresa tem como meta atingir a Excelência em Saúde e Segurança, zerando os


acidentes fatais e diminuindo as doenças e a ocorrência dos demais acidentes, por
meio da evolução do comportamento dos seus empregados e prestadores de
serviço e da melhoria contínua de suas instalações. Em consonância com essa
meta, o presente trabalho objetivou contribuir, através de um estudo dos acidentes
ocorridos em 2008 (até setembro) para redução do número de acidentes de
trabalho. Os acidentes foram estratificados por gerência, tipo (típico ou trajeto), mês,
dia da semana, classificação da lesão e parte do corpo atingida e foi feito diagrama
de causa e efeito para se chegar as causas principais. A partir dos dados levantados
observou-se que 53% dos acidentes ocorreram na gerência de manutenção, e que a
grande maioria dos acidentes ocorreram com empregados das empresas
terceirizadas. De acordo com os dados levantados, a principal parte do corpo
atingida foram os dedos das mãos. E esses acidentes estão relacionados às
atividades de levantamento, descarga e/ou transporte manual de cargas. As
principais causas dos acidentes estão relacionadas com o fator humano como
descuido e desatenção, quebra de procedimento e falta de percepção de riscos.
Para evitar a reincidência de acidentes é necessário: acompanhar o cumprimento
das ações propostas nos planos de ação; atuar preventivamente através da
antecipação e reconhecimento dos riscos associados às atividades, equipamentos e
instalações; garantir a participação de todos empregados, inclusive da liderança, em
campanhas educativas e de conscientização sobre a atuação prevencionista;
premiar e disseminar as boas práticas desenvolvidas no âmbito da empresa;
estender seus programas de saúde e segurança aos empregados das empresas
contratadas ou fazer com que elas tenham seus próprios programas; estabelecer
regras contratuais (administrativas) que possibilitem a empresa contratante cobrar
ações de saúde e segurança da contratada; e por fim estabelecer medidas que
visem regular a contratação de empregados e empresas que tenham seus valores
em consonância com os valores de saúde e segurança que a empresa preconiza.

Palavras-Chaves: Acidentes de Trabalho, Fator humano, Causas dos Acidentes.


LISTA DE FIGURAS

Figura 01 – Ciclo PDCA ............................................................................................17

Figura 02 – Gráfico de Pareto dos Acidentes por Gerência ......................................19

Figura 03 – Nº de Acidentes com empregados próprios e terceiros..........................20

Figura 04 – Pirâmide de Bird - Logística ...................................................................24

Figura 05 – Pirâmide de Bird – Manutenção .............................................................25

Figura 06 – Pirâmide de Bird - Engenharia ...............................................................26

Figura 07 – Pirâmide de Bird - Operação..................................................................27

Figura 08 – Diagrama de causa e efeito para os acidentes ocorridos na atividade de

manutenção de via permanente - Manutenção .........................................................31

Figura 09 – Diagrama de causa e efeito para os acidentes ocorridos na atividade de

construção de dreno profundo - Engenharia .............................................................32

Figura 10 – Diagrama de causa e efeito para os acidentes ocorridos na atividade de

movimentação de cargas - Engenharia.....................................................................33

Figura 11 – Diagrama de causa e efeito para os acidentes ocorridos na atividade de

acoplamento/desacoplamento de vagões e locomotivas – Operação.......................34


LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Estratificação dos acidentes por mês ....................................................21

Tabela 02 – Estratificação dos acidentes por dia da semana ...................................22

Tabela 03 – Estratificação dos acidentes por turno de trabalho................................23

Tabela 04 – Nº de acidentes por gerência de acordo com a gravidade da lesão

(OSHA)......................................................................................................................23

Tabela 05 – Relação entre os acidentes - Logística..................................................25

Tabela 06 – Relação entre os acidentes - Manutenção ............................................26

Tabela 07 – Relação entre os acidentes da Engenharia...........................................26

Tabela 08 – Relação entre os acidentes da Operação .............................................27

Tabela 09 – Partes do corpo atingidas – Manutenção ..............................................28

Tabela 10 – Partes do corpo atingidas – Engenharia................................................29

Tabela 11 – Partes do corpo atingidas – Operação ..................................................30


LISTA DE SÍMBOLOS E SIGLAS

% Percentual
APR Análise Preliminar de Risco
CAF Acidente de Trabalho com Afastamento
CF Coeficiente de Freqüência
CG Coeficiente de Gravidade
DD Dias Debitados
DP Dias Perdidos
FAC First Aid Case (Primeiros Socorros)
FAT Fatalidade
HAZOP Hazardous and Operability
HHER Horas-Homem de Exposição ao Risco
IA Índice de Acidente
INSS Instituto Nacional de Seguridade Nacional
LWC Lost Workday Case
MTC Medical Treatment Case
NA Número de acidentes
NBR Norma Brasileira
NR Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego
PDCA Ciclo de Deming (Plan, Do, Check e Act)
QA Quase Acidente
RWC Restricted Workday Case
SAF Acidente de Trabalho sem Afastamento
S&S Saúde e Segurança
SRTE Superintendência Regional do Trabalho e Emprego
TF Taxa de Freqüência
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................6

1.1. OBJETIVOS ........................................................................................................7

1.1.1. Objetivo Geral .................................................................................................7

1.1.2. Objetivos Específicos ....................................................................................7

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................................8

3. METODOLOGIA DA PESQUISA .....................................................................16

3.1. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA ................................16

3.2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS APLICADOS ....................................16

4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................................19

4.1. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DO PROBLEMA..............................19

4.2. ANÁLISE DOS ACIDENTES PESSOAIS ..........................................................21

5. CONCLUSÃO...................................................................................................35

6. RECOMENDAÇÕES DE AÇÕES DE MELHORIA...........................................38

REFERÊNCIAS.........................................................................................................40
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1. INTRODUÇÃO

Trabalhar em um local sadio e seguro é o que todos os trabalhadores


desejam, independentemente da sua área de atuação. O empregador, por sua vez,
deve garantir um ambiente de trabalho adequado às condições psicofisiológicas dos
trabalhadores.
Essa condição ambiental é garantida por lei aos trabalhadores,
começando pela Lei Maior, passando pelas leis infraconstitucionais e chegando até
as leis infralegais (Decretos, Portarias Ministeriais, Normas Regulamentadoras
(NR’s) e instruções normativas). E são fiscalizadas pelas Superintendências
Regionais do Trabalho e Emprego (SRTE’s) através de auditorias, nas empresas,
pelos Auditores Fiscais do Trabalho.
Um ambiente de trabalho desorganizado, com condições inseguras,
contribui para a ocorrência de acidentes de trabalho. E esses acidentes de trabalho
impactam a produtividade da empresa, bem como sua imagem e credibilidade frente
a seus clientes e empregados.
Outro fator que contribui para a ocorrência de acidentes de trabalho é a
negligência de questões relacionadas à segurança das atividades, em detrimento da
produtividade.
Historicamente, as causas dos acidentes de trabalho têm sido entendidas
como as circunstâncias ou os fatores que, se retirados a tempo, teriam evitado a
ocorrência do infortúnio laboral. Por décadas, as causas acidentárias têm sido
agrupadas em duas categorias básicas: Condições Inseguras e Atos Inseguros.
Na empresa de logística em estudo, muitos acidentes de trabalho vêm
ocorrendo. As causas são várias e para evitar a ocorrência desses infortúnios é
necessário estudar as causas dos acidentes, atuar preventivamente e eliminar os
agentes causadores de acidentes.
Com base no exposto o presente trabalho é um estudo dos acidentes de
trabalho pessoais ocorridos em uma empresa de logística, no ano 2008 (até
setembro), e visa identificar e entender suas causas fundamentais. E assim atuar
preventivamente fazendo o gerenciamento dos riscos e evitando a reincidência de
acidentes.
7
1.1. OBJETIVOS

1.1.1. Objetivo Geral

 Estudar os acidentes do trabalho pessoais ocorridos no ano 2008 (até


setembro).

1.1.2. Objetivos Específicos

 Estratificar os acidentes por gerência geral, gerência de área, tipo


(típico ou trajeto), mês, dia da semana, classificação da lesão e parte do corpo
atingida;
 Verificar a relação entre os acidentes de gravidades diferentes;
 Identificar e analisar através de diagrama de causa e efeito e
metodologia dos 6M’s (Mão de Obra, Materiais, Método, Meio Ambiente, Medida e
Matéria-Prima), as causas dos principais acidentes;
8
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nos últimos anos, tem surgido um amplo debate em relação à qualidade


de vida no trabalho, como forma de propiciar ao trabalhador condições de poder
exercer sua função dentro de um ambiente sadio, seguro e que seja adequado às
suas necessidades, não somente laborais, mas também no aspecto humano, de
forma que o trabalhador possa desempenhar suas atividades de forma prazerosa e
produtiva.
As pessoas, em particular as adultas, costumam passar uma boa parcela
de suas vidas trabalhando. Para uma jornada de 44 horas semanais, são cerca de
2.200 horas por ano e 77.000 horas ao longo dos 35 anos necessários para se
aposentar. Tanto tempo, em ambiente e situações muitas vezes insalubres e
perigosas, certamente irá influenciar na qualidade de vida dessas pessoas (UCHÔA
et al., 2000 apud ARAÚJO, 2003).
O trabalho em condições sadias e seguras é garantido por lei. É possível
afirmar que o Brasil possui uma das melhores e mais abrangentes legislações de
segurança e saúde no trabalho do mundo, o que se evidencia não só porque nossa
Lei Maior contém vários dispositivos que, de maneira direta ou indireta, guardam
correlação com a segurança e saúde no trabalho, mas principalmente, pela
existência de vários diplomas legais infraconstitucionais, decretos regulamentares,
portarias ministeriais e normas regulamentadoras específicas, assim como um
respeitável acervo jurisprundencial já sedimentado por nossas mais altas Cortes de
Justiça e pertinente a essa temática (GONÇALVEZ, 2006, p.31).
De acordo com Zócchio apud Campello (1987) “segurança do trabalho é o
conjunto de medidas técnicas, administrativas, educacionais e psicológicas,
empregadas para prevenir acidentes, quer eliminando condições inseguras do
ambiente, quer instruindo ou convencendo pessoas na implantação de práticas
preventivas”.
A segurança é, na sua mais ampla acepção, um conceito
substancialmente unido ao do ser humano, individual ou socialmente considerado. O
seu desenvolvimento e evolução circunscrevem-se ao progresso humano com a
mesma relevância de outros aspectos que são facetas do mesmo poliedro, tais
como a Ecologia, o bem-estar social, a estabilização das pressões sociais; em suma,
a qualidade de vida em todas as suas componentes e circunstâncias.
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Historicamente, a segurança como sinônimo de Prevenção de Acidentes evoluiu de
uma forma crescente, englobando um número cada vez maior de fatores e
atividades, desde as primeiras ações de reparação de danos até um conceito mais
amplo onde se buscou a prevenção de todas as situações geradoras de efeitos
indesejados para o trabalho (LAGO, 2006).
Acidente de Trabalho significa qualquer acidente que ocorre pelo
exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho (art. 19 da Lei n. 8.213/91).
O acidente de trabalho é uma cadeia de eventos que freqüentemente tem
como ponto de partida um incidente, uma perturbação do sistema no qual estão
inseridos o trabalhador e sua tarefa, e que, após uma série mais ou menos longa de
sua ocorrência termine por determinar uma lesão ao indivíduo (COLETA, 1991).
Sob o aspecto prevencionista, acidente de trabalho pode ser definido
como a ocorrência não programada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere
no processo normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil e/ou lesões
nos trabalhadores e/ou danos materiais (GONÇALVEZ, 2006, p.1050).
O conceito prevencionista é mais abrangente do que o conceito legal, pois
este último se restringe apenas às hipóteses de ocorrência de lesões e/ou
perturbações funcionais ou mentais nos trabalhadores, enquanto que o conceito
prevencionista contempla, além das hipóteses legais, as situações de perda de
tempo útil e/ou danos materiais para a empresa.
O acidente de trabalho pode ocorrer no próprio ambiente de execução da
atividade ou durante o percurso casa-trabalho-casa; pode ser conseqüência de uma
doença adquirida no exercício do trabalho, ou pela exposição do trabalhador a
condições inadequadas de saúde e higiene.
De acordo com a NBR 14.280 de 2001, os acidentes de trabalho podem
ser pessoal ou impessoal. Os acidentes pessoais podem ser típicos, quando
ocorridos durante a execução de sua atividade laboral, ou de trajeto quando
acontece durante o percurso da residência para o trabalho ou do trabalho para
residência, sendo esse percurso habitual e considerando ainda a distância e o
tempo gasto no percurso. O acidente inclui tanto ocorrências que podem ser
identificadas em relação a um momento determinado, quanto ocorrências ou
exposições contínuas ou intermitentes, que só podem ser identificadas em termos
de período de tempo provável, como são os casos de doenças profissionais e
10
doenças do trabalho. A lesão pessoal inclui tanto lesões traumáticas e doenças,
quanto efeitos prejudiciais mentais, neurológicos ou sistêmicos, resultantes de
exposições ou circunstâncias verificadas na vigência do exercício do trabalho. Vale
salientar que no período destinado a refeição ou descanso, ou por ocasião da
satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este,
o empregado é considerado no exercício do trabalho.
Os acidentes de trabalho, para fins de análise, são agrupados em duas
categorias básicas: Acidentes sem Afastamento e Acidentes com Afastamento. Os
acidentes sem afastamento verificam-se quando o acidentado retorna ao trabalho no
mesmo dia ou no dia seguinte, no início do expediente normal de trabalho; pelo que
se diz que não houve dia perdido de trabalho, pois, sabidamente, o dia da ocorrência
do acidente é considerado como dia trabalhado integralmente, independente da hora
em que tenha ocorrido, se no começo, no meio, ou no fim da jornada laboral.
Quando, porém, do infortúnio resultar incapacidade temporária ou permanente do
trabalhador para exercer a mesma ou outra atividade profissional, resultando na
impossibilidade de trabalhar no dia seguinte, configura-se a hipótese de acidente de
trabalho com afastamento. Em qualquer hipótese, o dia do acidente é considerado
trabalhado por inteiro, independentemente da hora de sua ocorrência
(GONÇALVEZ, 2006).
A incapacidade temporária para o trabalho é aquela que impossibilita o
acidentado de desenvolver atividades profissionais pelo menos no dia seguinte ao
do acidente e que após recuperado das lesões o trabalhador tem condições de
desempenhar suas atividades habituais. Durante a incapacidade temporária, o
trabalhador perceberá sua remuneração diretamente da empresa como se estivesse
em atividade e caso ultrapasse quinze dias, o trabalhador fará jus ao Auxílio-Doença
a partir do décimo sexto dia.
A incapacidade parcial e permanente para o trabalho é aquela em que o
acidentado tem a perda de um membro e/ou função que reduza parcialmente sua
capacidade produtiva, e nesse caso fará jus ao Auxílio-Acidente.
Já a incapacidade total e permanente é aquela em que o acidentado é
considerado pela perícia médica oficial, definitivamente incapacitado de exercer
qualquer atividade laboral, e nesse caso fará jus à Aposentadoria por Invalidez.
Na empresa em estudo, as lesões decorrentes dos acidentes de trabalho
são classificadas segundo a NBR 14280.
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O acidente do trabalho interfere diretamente no processo produtivo, além
de prejudicar a imagem e a credibilidade da empresa. Gonçalves (2006) aponta, em
uma análise mais ampla, que as conseqüências dos acidentes são múltiplas e
variadas para os três segmentos envolvidos na relação trabalhista: Empregado,
Empregador e Governo Federal.
As conseqüências dos acidentes para o Governo Federal, através do
INSS, são:
 Pagamentos de benefícios previdenciários como: Auxílio-Doença,
Auxílio-Acidente, Aposentadoria por Invalidez, Pensão por Morte;
 Despesas médico-hospitalares do trabalhador acidentado;
 Despesas com a reabilitação profissional do acidentado, inclusive
fornecendo-lhe aparelhos de prótese e/ou órtese, conforme o caso.

Para o empregador, as conseqüências mais visíveis são:

 Pagamento salarial ao trabalhador acidentado durante os quinze


primeiros dias subseqüentes ao do acidente;
 Danos ou avarias nos equipamentos, máquinas e ferramentas;
 Paralisação do processo produtivo gerando lucro cessante;
 Reflexos negativos no ambiente de trabalho onde ocorreu o acidente,
com a conseqüente queda de produtividade;
 Reflexos depreciativos na imagem e credibilidade da empresa.

Todavia, a parte mais afetada com a ocorrência de acidentes do trabalho


é o empregado, em razão de seus prejuízos extrapolarem a órbita essencialmente
material ou financeira, em face das possíveis conseqüências graves para sua saúde
física e mental como também para sua família como um todo, como decorrência de
eventuais transtornos resultantes de seqüelas (incapacidade permanente) ou
mesmo na morte do próprio trabalhador, normalmente um chefe de família. Em
síntese, os prejuízos para o trabalhador podem ser resumidos nos seguintes fatores
(GONÇALVEZ, 2006):

 Sofrimento físico, dor, lesão incapacitante, parcial ou total, temporária


ou permanente, quando não ocorrer a própria morte;
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 Reflexos psicológicos negativos decorrentes de eventuais seqüelas
acidentárias, inclusive propiciando distúrbios familiares, dependendo
do grau da incapacidade sofrida;
 Redução financeira no orçamento familiar, pois os benefícios
previdenciários normalmente são pagos em valores inferiores à
remuneração auferida em atividade.
Os acidentes de trabalho devem ser evitados a todo custo. E para evitar a
ocorrência desses infortúnios é necessários estudar as causas dos acidentes, atuar
preventivamente e eliminar os agentes causadores de acidentes.
Historicamente, as causas dos acidentes de trabalho têm sido entendidas
como as circunstâncias ou os fatores que, se retirados a tempo, teriam evitado a
ocorrência do infortúnio laboral. Por décadas, as causas acidentárias têm sido
agrupadas em duas categorias básicas: Condições Inseguras e Atos Inseguros.
Segundo Cox apud Melo (1989), “os atos inseguros são as causas que
residem exclusivamente no fator humano, isto é, aqueles que decorrem da execução
de tarefas de uma forma contrária as normas de segurança”.
São vários os elementos que podem acarretar o surgimento de disfunção,
e conseqüentemente os acidentes de trabalho. Todo e qualquer elemento que
participe do processo de trabalho é potencialmente gerador de disfunção, sendo
assim, as causas dos acidentes de trabalho podem advir de três fatores de ordem
geral:

 Pessoal;
 Equipamentos e Instalações;
 Procedimentos.

Para uma se chegar às causas fundamentais dos acidentes de trabalho,


ferramentas e metodologias de análise e investigação de acidentes de trabalho são
utilizadas e planos de ação são elaborados para evitar a reincidência desses
acidentes. Por isso uma investigação eficiente é primordial para que as medidas
mitigadoras adotadas atuem nas verdadeiras causas dos acidentes.
No Brasil, grande parte das investigações de acidentes, realizadas por
força de normas legais pela maioria das empresas, ainda baseia-se na concepção
dicotômica de ato inseguro e de condições inseguras, freqüentemente
desembocando na atribuição de culpa ao trabalhador pelo evento que o vitimou e
13
recomendando medidas de prevenção orientadas para mudanças de
comportamento, sabidamente as mais frágeis (BINDER e ALMEIDA, 1997).
Todos os acidentes devem ser investigados, mesmo os de menor
gravidade, apontando no mínimo: o que o trabalhador estava executando no
momento do acidente; de que forma aconteceu o acidente; quais foram as
conseqüências; que causas contribuíram direta ou indiretamente; quando e onde
ocorreu; quanto tempo na função tinha o acidentado; qual a fonte da lesão; qual o
agente da lesão; qual a natureza da lesão; qual a(s) parte(s) atingida(s); quais os
fatores pessoais de insegurança e de meio ambiente; e etc.
É importante que a empresa, além de fazer os registros dos acidentes,
fazer também um controle estatístico dos acidentes. Esse controle estatístico
permite a empresa traçar comparativos das taxas de acidentes do ano corrente com
anos anteriores, fazer estudos sobre as causas e os custos dos acidentes e
desenvolver programas que visem à redução do número de acidentes, gerenciando
os riscos.
A metodologia mais elementar e mais utilizada no estudo estatístico de
acidentes de trabalho são os Coeficientes de Freqüência e de Gravidade. Esses
coeficientes permitem verificar a eficácia ou não dos programas de prevenção de
acidentes desenvolvidos na empresa e são obtidos pelas seguintes fórmulas:

CF = (NA x 1.000.000) / HHER


CG = ((DPxDD) x 1.000.000) / HHER

Onde:
 NA = Número total de acidentes com afastamento ocorridos durante
o período que se quer calcular.
 DP = Somatório de dias não trabalhados de cada trabalhador
acidentado; conta-se a partir do dia seguinte ao do acidente, até o
dia imediatamente anterior ao retorno do trabalhador à atividade na
empresa.
 DD = São dias estimados, como forma de representar a gravidade
das lesões. São considerados nos casos em que se verifica a perda
de membro ou órgão funcional do trabalhador, ou, ainda, quando
resultar na sua morte. Os dias debitados são obtidos diretamente
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da Tabela de Dias Debitados contida na redação anterior da NR-05:
CIPA, ou do Quadro 1 da NBR 14.280.
 HHER = Horas-Homem de Exposição ao Risco correspondem ao
total de horas efetivamente trabalhadas por todos os empregados,
considerando-se as horas normais, acrescidas das horas extras,
porventura ocorridas.

O Coeficiente de Freqüência indica o número de acidentes do trabalho


com afastamento possível de ocorrer a cada um milhão de horas-homem
trabalhadas, desde que mantidas as mesmas condições existentes. Por sua vez o
Coeficiente de Gravidade estima a gravidade dos acidentes ocorridos pela perda de
tempo total (dias perdidos e dias debitados), considerando-se, também, um milhão
de horas-homem trabalhadas, desde que mantidas as mesmas condições de
trabalho existentes.
Outras Variantes dos Coeficientes Acidentários são a Taxa de Freqüência
de Acidentes e o Índice de Acidente.
A Taxa de Freqüência (TF) considera como número de acidentes (NA)
todos os acidentes ocorridos, Com e Sem Afastamento e em nada difere do
Coeficiente de Freqüência, aplicando-se a mesma fórmula no seu cálculo; Já o
Índice de Acidente corresponde tanto a freqüência quanto a gravidade dos
acidentes, servindo apenas como referencial na estatística acidentária, uma vez que
não é reconhecido oficialmente. O Índice de Acidente (IA) pode ser calculado
através da seguinte fórmula:

IA = (CF x CG) / 1.000

Onde:
 CF = Coeficiente de Freqüência
 CG = Coeficiente de Gravidade

Na empresa em estudo, várias ferramentas da Qualidade são aplicadas


no estudo dos acidentes de trabalho. E o uso correto dessas ferramentas garante
um eficiente gerenciamento dos riscos e, por conseguinte contribui para a prevenção
de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.
15
De maneira geral quando os conceitos e ferramentas da Qualidade são
aplicados, resultam, além de uma considerável e contínua melhoria de produção e
serviços, em otimização, integração e efetivo controle dos fatores humanos e
operacionais da empresas, de modo a atender o objetivo de satisfazer as
necessidades de seus empregados, independentemente da atividade-fim
(PACHÊCO JR., 1995).
16

3. METODOLOGIA DA PESQUISA

3.1. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA

Os procedimentos metodológicos aplicados no presente estudo, baseado


nas considerações de Gil (2002), classificam este trabalho como bibliográfico,
documental, descritivo, qualitativo e quantitativo.

a) Bibliográfico e Documental, pois foi realizada pesquisa


bibliográfica e documental, com o intuito de dar o embasamento teórico
adequado ao tema e levantar os dados necessários do cenário deste
estudo.

b) Descritivo, pois foram descritas as características do


cenário estudado, possibilitando e estabelecendo as relações entre as
variáveis.

c) Qualitativo, pois o enfoque deste estudo foi identificar o


perfil dos acidentes pessoais ocorridos na empresa no período
estudado.

d) Quantitativo, pois foram levantadas e mensuradas as


ocorrências de acidentes pessoais, a fim de possibilitar o entendimento
do cenário.

3.2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS APLICADOS

Para realização do estudo dos acidentes pessoais ocorridos, seguiu-se a


metodologia do PDCA (Plan, Do, Check e Act) e foram utilizadas as ferramentas de
17
gerenciamento da Qualidade (Estratificação, Gráfico de Pareto e Diagrama de
Causa e Efeito).
O conceito de melhoria contínua implica literalmente num processo sem
fim, questionando repetidamente e requestionando as atividades detalhadas de uma
operação. A natureza repetida e cíclica da melhoria contínua é melhor resumida pelo
que é chamado ciclo PDCA (ou ciclo de Deming) (Figura 01). É a seqüência de
atividades que são percorridas de maneira cíclica para melhorar atividades
(PESSOA, 2008).

Figura 01 – Ciclo PDCA1

Os procedimentos adotados nesse estudo foram:

 Pesquisa bibliográfica através de uma revisão da literatura nacional,


especialmente a Legislação brasileira de Segurança e Medicina do
Trabalho;
 Levantamento dos registros dos acidentes pessoais ocorridos no ano
2008 (até setembro);
 Estratificação dos acidentes por gerência, classificação da lesão,
mês, dia de semana, turno e tipo (típico ou trajeto);
 Gráfico de Pareto e Pirâmide de Bird a partir das estratificações;
 Verificação de quais as atividades tem maior ocorrência de acidentes
pessoais;

1
Ciclo PDCA. Disponível em Fonte: http://www.cefet-ma.br/imagens. Acessado em 22 de outubro de
2008.
18
 Análise das causas dos principais acidentes, através de diagrama de
causa e efeito e metodologia dos 6M’s (Mão de Obra, Materiais,
Método, Meio Ambiente, Medida e Matéria-Prima), identificando os
fatores comportamentais, de ferramentas e procedimentos;

A metodologia do PDCA e as ferramentas gerenciais da Qualidade


utilizadas nesse trabalho objetivaram refinar os resultados por meio de uma eficiente
identificação, observação e análise do problema.
É importante salientar que a utilização da metodologia do PDCA para
esse estudo refere-se apenas à etapa de Planejamento (identificação, observação
do problema e a elaboração de propostas de melhorias).
19
4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

4.1. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DO PROBLEMA

A partir do levantamento dos registros dos acidentes pessoais ocorridos


no ano 2008 (até setembro), foram feitas estratificações, gráficos de pareto e
construidas pirâmides de Bird, com o intuito de identificar onde e quais os acidentes
que ocorrem com maior frequência.
É importante ressaltar que não é objetivo desse trabalho avaliar/identificar
qual a gerência onde mais ocorreu acidentes, mas sim buscar um relação entre as
causas a fim de entender e então atuar na prevenção desses infortúnios.
Até o final de setembro ocorreram 115 acidentes pessoais envolvendo
empregados próprios e de contratadas. A Figura 02 apresenta o Gráfico de Pareto
desses acidentes por gerência.

Figura 02 – Gráfico de Pareto dos Acidentes por Gerência

Gráfico de Pareto

100,0
100 90,0
80,0
70,0
% acumulado
80
Freqüência

60,0
60 50,0
40,0
40
30,0
20 20,0
10,0
0 0,0
Manutenção Engenharia Operação Outras

Total 61 28 21 5
% acumulado 53,00 77,30 95,60 99,90
Gerências

O gráfico de pareto mostrado na Figura 02 indica que 53% dos acidentes


ocorreram na gerência de manutenção, e que 24% dos acidentes ocorreram na
20
gerência de engenharia, totalizando, nessas duas gerências, 77% dos acidentes
pessoais ocorridos no período estudado.
Vale salientar que o efetivo da gerência de manutenção é cerca de 50%
do total da empresa, e por ter um maior HHT (Homem Hora Trabalhada) existe um
maior números de trabalhadores expostos aos riscos e consequentemente há uma
maior probabilidade de ocorrência de acidentes nessa área.
Sabendo-se que o efetivo de terceiros é consideravelmente maior que o
efetivo próprio das gerências de manutenção e engenharia, a probalidade dos
acidentes terem ocorrido com terceiros é maior que com empregados próprios.
Enquanto que na gerência de operação, por ter seu efetivo total quase todo
composto por próprios, é esperado os acidentes dessa gerência tenham ocorrido
apenas com empregados próprios, inclusive porque nessa gerência os terceiros não
estão diretamente envolvidos com a operação.
A fim de atestar as informações citadas anteriormente, os acidentes
dessas gerências foram estratificados, separando-os em acidentes com empregados
próprios e acidentes com terceiros, conforme apresentado no gráfico da Figura 03.

Figura 03 – Nº de Acidentes com empregados próprios e terceiros

Conforme observado na Figura 03, todos os acidentes da gerência de


operação ocorreram com empregados próprios. Na gerência de engenharia, a
maioria dos acidentes ocorreram com terceiros, porque, além do efetivo de terceiros
ser maior, as atividades de mão de obra operacional são todas executadas por
empregados das empresas contratadas. Já na gerência de manutenção, 61% dos
21
acidentes ocorreram com empregados terceirizados, conquanto que 39% dos
acidentes ocorreram com empregados próprios. Esse pequeno equilíbrio, inexistente
nas outras gerêcias gerais, ocorre devido à gerência de manutenção, embora com
efetivo de empregados próprios menor que de terceiros, possuir empregados
próprios dividindo a mão de obra operacional com os empregados de terceiros,
estando os dois efetivos, próprios e terceiros, expostos aos mesmos riscos, estresse
e fadiga inerentes às atividades operacionais.

4.2. ANÁLISE DOS ACIDENTES PESSOAIS

Os acidentes ocorridos em cada gerência no ano de 2008 (até setembro)


foram estratificados por mês e por dia da semana, conforme apresentado nas
Tabelas 04 e 05.

Tabela 01 – Estratificação dos acidentes por mês


Gerência JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET

MANUTENÇÃO 4 6 8 5 9 16 1 5 7

ENGENHARIA 1 1 1 3 2 8 7 3 2

OPERAÇÃO 2 3 1 2 2 3 5 1 2
SMS E
0 0 1 0 0 0 1 0 0
QUALIDADE
OUTRAS 0 0 0 0 0 2 0 0 1

TOTAL 7 10 11 10 13 29 14 9 12

De acordo com a Tabela 01, ficou evidenciado que a média foi de 13


acidentes por mês. Porém no mês de junho ocorreram 29 acidentes, sendo 24
acidentes nas gerências de manutenção e engenharia. Analisando esses 29
acidentes, verificou-se que 12 acidentes foram por picada de abelha ou
marimbondo, sendo 8 só na gerência de manutenção.

Com relação ao número de acidentes ocorridos por dia da semana, a


Tabela 02 apresenta a estratificação dos acidentes de cada gerência por dia da
semana.
22
Tabela 02 – Estratificação dos acidentes por dia da semana

Gerência Geral SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

MANUTENÇÃO 10 11 7 13 8 9 3

ENGENHARIA 6 3 2 4 9 2 2

OPERAÇÃO 3 2 4 2 5 2 3
SMS E
QUALIDADE 1 0 1 0 0 0 0

OUTRAS 0 2 0 0 1 0 0

TOTAL 20 18 14 19 23 13 8

De acordo com a Tabela 02, os dias da semana em que mais ocorreram


acidentes em todas as gerências foram na segunda-feira e sexta-feira, com exceção
da gerência de manutenção em que os acidentes ocorreram com maior frequência
na quinta-feira.
É necessário um estudo mais aprofundado para atribuir de forma correta
a(s) razão(ões) pela qual os acidentes ocorreram com maior frequência em dias de
segunda-feira e sexta-feira. Entretanto é suscitado a hipótese dos acidente que
ocorreram com maior frequência nas segundas e sextas-feira sejam atrubuidos à
fatores psicofisiológicos como raciocínio lento, falta de atenção e falta de dinamismo
para os acidentes ocorridos nas segundas-feira, e ansiedade, pressa e também falta
de atenção para os acidentes ocorridos nas sextas-feiras
É importante observar também que o número de acidentes ocorridos em
dias de sábado ou domingo é menor, pois nesses dias o efetivo é reduzido,
principalmente no domingo, com exceção da gerência de operação onde uma
grande parte do efetivo trabalha em turnos e por isso não há alteração significativa
no seu efetivo nos finais de semana.
Com relação aos períodos diários de trabalho, os acidentes foram
estratificados por turno de trabalho (manhã, tarde e noite) para cada gerência geral,
conforme Tabela 03.
23
Tabela 03 – Estratificação dos acidentes por turno de trabalho
Gerência Geral Manhã Tarde Noite

MANUTENÇÃO 27 28 6

ENGENHARIA 14 11 3

OPERAÇÃO 6 8 7
SMS E
2 0 0
QUALIDADE
OUTRAS 2 1 0

TOTAL 51 48 16

De acordo com a Tabela 03, 86% dos acidentes ocorreram nos períodos
da manhã e da tarde, que são os períodos com maior número de atividades e por
conseguinte um maior efetivo nesses períodos.
A gravidade do acidente está diretamente relacionada com a gravidade da
lesão e com o potencial de gravidade do acidente. Os acidentes pessoais são
classificados quanto à gravidade da lesão, segundo critérios da OSHA2 e estão
apresentados na Tabela 04.

Tabela 04 – Nº de acidentes por gerência de acordo com a gravidade da lesão


(OSHA)
FAC (nº de MTC (nº de RWC (nº de LWC (nº de FAT (nº de
GERÊNCIA GERAL acidentes) acidentes) acidentes) acidentes) acidentes)

MANUTENÇÃO 39 10 8 4 0

ENGENHARIA 19 2 5 2 0

OPERAÇÃO 12 1 5 2 1

SMS E QUALIDADE 1 0 1 0 0

OUTRAS 2 1 0 0 0

TOTAL 73 14 19 8 1

Legenda:
FAC – First Aid Case (Primeiros Socorros)
MTC – Medical Treatment Case (Tratamento médico)
RWC – Restricted Workday Case (Com restrição ao trabalho)
LWC – Lost Workday Case (Afastamento do trabalho)
FAT – Fatalidade

2
Occupational Safety and Health Administration (OSHA)
24
De acordo com a Tabela 01, a maioria, 63% dos acidentes ocorridos no
período estudado, são FAC, 29% MTC e RWC e quase 8% LWC e FAT.
Após os acidentes terem sido estratificados de acordo com a gravidade
da lesão e com base no nº de quase acidentes, foi possível traçar correlações e
verificar as proporções entre os tipos de acidente e os quase acidentes, através da
Pirâmide de Bird. A Figura 04 apresenta a pirâmide de Bird dos acidentes.

Pirâmide de Bird - Logística

9
33
450
73
400
350
Nº de Acidentes

300
250
303
200
150
100

50
0
DILN
QA FAC MTC + RWC CAF

Figura 04 – Pirâmide de Bird - Logística

Legenda:
QA – Quase Acidente
FAC – First Aid Case (Primeiros Socorros)
MTC – Medical Treatment Case (Tratamento médico)
RWC – Restricted Workday Case (Com restrição ao trabalho)
CAF - Acidente com Afastamento (LWC e FAT)

De acordo com a pirâmide de Bird mostrada na Figura 04, os quase


acidentes e os acidentes se correlacionam na seguinte proporção apresentada na
Tabela 05.
25
Tabela 05 – Relação entre os acidentes - Logística
Relação entre os acidentes
1 Acidente FAC 1 acidente MTC ou RWC 1 Acidente CAF
Nº de QA's 4,2 9,2 33,7
Nº de FAC's 2,2 8,1
MTC + RWC 3,7

Os dados da Tabela 05 indicam que para ocorrência de 1 acidente com


afastamento (CAF) se tem 34 quase acidentes (QA), 8 acidentes tipo FAC e 4
acidentes tipo MTC e/ou RWC.
Estratificando os quase acidentes e os acidentes por gerência geral foi
possível contruir a pirâmide de Bird para cada gerência.
Haja vista que as gerências de manutenção, engenharia e eoperação
tenham apresentado quase o total de acidentes ocorridos na empresa no período
estudado, decidiu-se trabalhar apenas com essas gerências, já que elas retratam a
realidade da empresa.
A Figura 05 mostra a pirêmide de Bird da gerência de manutenção e a
Tabela 06 apresenta as proporções entre os Quase Acidentes e os Acidentes.

Pirâmide de Bird - Manutenção

18

200 39
180
160
140
Nº de Acidentes

120
100
136
80
60
40
20
0
GEMEG
QA FAC MTC + RWC CAF

Figura 05 – Pirâmide de Bird – Manutenção


26

Tabela 06 – Relação entre os acidentes - Manutenção


Relação entre os acidentes
1 Acidente FAC 1 acidente MTC ou RWC 1 Acidente CAF
Nº de QA's 3,5 7,6 34,0
Nº de FAC's 2,2 9,8
MTC + RWC 4,5

De acordo com a Figura 05 e a Tabela 06, 1 acidente com afastamento


(CAF) corresponde a ocorrência de 34 quase acidentes (QA), 10 acidentes FAC e
aproximadamente 5 acidentes MTC e/ou RWC.
Com relação a gerência de engenharia, a Figura 06 mostra a pirâmide de
Bird da gerência de engenharia e a Tabela 07 apresenta as proporções entre os
acidentes.

Pirâmide de Bird - Engenharia

2
7
100
19
90
80
70
Nº de Acidentes

60
50
67
40
30
20
10
0
GEENG
QA FAC MTC + RWC CAF

Figura 06 – Pirâmide de Bird - Engenharia

Tabela 07 – Relação entre os acidentes da Engenharia


Relação entre os acidentes
1 Acidente FAC 1 acidente MTC ou RWC 1 Acidente CAF
Nº de QA's 3,5 9,6 33,5
Nº de FAC's 2,7 9,5
MTC + RWC 3,5
27
De acordo com o gráfico da Figura 06 e os dados da Tabela 07, podemos
inferir que a proporção entre os acidentes da gerência de engenharia, também é
bem semelhante ao da empresa e da gerência de manutenção.
Na gerência de engenharia, para a ocorrência de 1 acidente CAF, tem-se
a ocorrência de aproximadamente 34 quase acidentes (QA), 10 acidentes FAC e 4
acidentes MTC e/ou RWC.
Com relação à gerência de operação, a Figura 07 e a Tabela 08
apresentam, respectivamente, a pirâmide de Bird e as proporção entre os acidentes
no período estudado.

Pirâmide de Bird - Operação

3
6
12
120

100
Nº de Acidentes

80

60 94

40

20

0
GENOG
QA FAC MTC + RWC CAF

Figura 07 – Pirâmide de Bird - Operação

Tabela 08 – Relação entre os acidentes da Operação


Relação entre os acidentes
1 Acidente FAC 1 acidente MTC ou RWC 1 Acidente CAF
Nº de QA's 7,8 15,7 31,3
Nº de FAC's 2,0 4,0
MTC + RWC 2,0

De acordo com a pirâmide de Bird, apresentada na Figura 07 e com os


dados da Tabela 08, para a ocorrência de um acidente CAF, tem-se
aproximadamente 31 quase acidentes(QA), 4 acidentes FAC e 2 acidentes MTC
e/ou RWC.
28
Na gerência de Operação a proporção entre acidentes CAF e quase
acidentes (QA) é aproximadamente a mesma que nas outras gerências e também
na empresa como um todo. No entanto a proporção entre acidentes CAF e acidentes
FAC, assim como entre acidentes CAF e acidentes MTC/RWC é menor quando
comparada com a empresa como um todo e com as outras gerências. Isso indica
que na gerência de operação esses infortúnios acontecem de forma mais fortuita
que nas outras gerências e são um tanto mais críticos, pois a relação entre entre os
acidentes CAF e RWC/MTC e entre RWC/MTC e FAC é menor que nas outras
gerências.
Os acidentes também foram estratificados por parte do corpo atingida,
com a finalidade de fazer associações entre a atividade executada no momento de
atividade e a parte do corpo atingida.
A Tabela 09 apresenta a estratificação dos acidentes ocorridos na
gerênciade manutenção por parte do corpo atingida.

Tabela 09 – Partes do corpo atingidas – Manutenção

Parte do corpo atingida Quant. Total

Dedo 12
15
Mão 3
Cotovelo 3
Antebraço 2
10
Braço 2
Ombro 3
Face 6
Testa 1
Supercílio 1 13
Mandíbula 3
Boca 2
Joelho 4
8
Perna 4
Pé 3 3
Tornozelo 3 3

Outros (Pescoço, Quadris, Dorso,


9 9
Parte Múltiplas)
29
De acordo com os dados da Tabela 09, as principais partes do corpo
atingida foram os dedos e as mãos. E essas partes do corpo estão relacionadas,
principalmente, com as atividades de transporte, carregamento e armazenamento
manual de materiais, ocorrendo na maioria das vezes prensamento e corte. Houve 3
acidentes envolvendo entorse do pé, lesionando a articulação do tornozelo, sendo
que dois deles ocorreram durante deslocamento sobre o lastro.
Na gerência de Engenharia, as principais partes do corpo atingidas são
apresentadas na Tabela 10.

Tabela 10 – Partes do corpo atingidas – Engenharia

Parte do corpo atingida Quant. Total

Dedo 9
13
Mão 4

Braço e Antebraço 2
3
Ombro 1

Face 3
4
Supercílio 1

Tronco 1 1

Joelho 1
3
Perna 2

Tornozelo 4 4

Na gerência de Engenharia, as principais partes atingidas são dedos e


mãos. E assim como na gerência de manutenção, esses acidentes também ocorrem
principalmente nas atividades de transporte,carregamento e armazenamento manual
de materiais, ocasionando na maioria das vezes prensamento e corte. Já os
acidentes em que tiveram o tornozelo como parte do corpo lesionada ocorreram com
empregados durante deslocamento.
Já na gerência de operação, as principais partes do corpo atingidas são
apresentadas na Tabela 11.
30
Tabela 11 – Partes do corpo atingidas – Operação
Parte do corpo atingida Quant. Total

Dedo 8
9
Mão 1

Braço e Antebraço 3 3

Face 2 2

Joelho 1
5
Perna 4

Tornozelo 2 2

De acordo com a Tabela 11, os acidentes ocorridos na gerência de


operação tiveram como principais partes do corpo atingidas, também, as mãos e os
dedos. Esses acidentes ocorreram principalmente por prensamento e por batida
contra. E diferentemente das outras gerências nenhuma das lesões nas mãos ou
dedos se relacionam com atividades de carregamento e/ou transporte manual de
materiais, mas sim com prensamento em portas de veículos e ao bater contra.
Os acidentes que ocorreram com maior frequência nessas 3 gerências
Engenharia, Manutenção e Operação, tiveram suas principais causas relacionadas
com o fator humano comportamento, segundo os relatórios de investigação desse
acidentes.
Os principais acidentes ocorridos na empresa de logísticao no ano 2008
(até setembro), foram analisados através de Diagrama de Causa e Efeito e utlizou-
se a metodologia dos 6M’s (Materiais, Método, Matéria-Prima, Meio Ambiente, Mão
de Obra e Medida) a fim de facilitar a elaboração de medidas mitigadoras para
eliminação de cada causa específica.
Haja vista o grande número de acidentes para análise, foram
identificados, nas gerências de Manutenção, Operação e Engenharia, as atividades
com maior frequência de ocorrências de acidentes ou a atividade em que os
acidentes apresentaram maior grau de gravidade ou potencial de gravidade, e a
partir dessas atividades foram elaborados diagramas de causa e efeito, tendo como
base o registro das investigações dos acidentes, e em seguida foram feitas a
identificação de cada causa de acordo com a metodologia 6M’s (Materiais, Método,
Matéria-Prima, Meio Ambiente, Mão de Obra e Medida).
31
Na gerência de Manutenção, a atividade em que ocorreu mais acidentes
foi na manutenção da Via Permanente (27 acidentes), principalmente nas trocas de
dormentes, trilhos e na fixação/retirada de grampos.
Na Figura 08 é mostrado o diagrama de causa e efeito para a macro
atividade de manutenção de via permanente que compreende fixação e retirada de
grampos, troca de trilhos e dormentes, e todas outras atividades que direta ou
indiretamente contribuem para realização da atividade de manutenção da via
permanente.

Figura 08 – Diagrama de causa e efeito para os acidentes ocorridos na atividade de


manutenção de via permanente - Manutenção

De acordo com o diagrama de causa e efeito mostrado na Figura 08, a


maioria das causas são relacionada com o fator humano e com procedimento.
Já na gerência de Engenharia, os acidentes pessoais que mais
chamaram atenção, não pela frequência com que ocorreram, mas sim pelo potencial
de gravidade , foram as atividades de construção de dreno profundo e
32
movimentação de cargas. Na gerência de Engneharia, os acidentes que ocorreram
com maior frequência foram acidentes envolvendo picadas de abelha ou
marimbondo e foram todos FAC (First Aid Case – Primeiros Socorros). Logo, devido
a maior importância dos acidentes ocorridos na atividades de construção de dreno
profundo e na atividade de movimentação de cargas, essas atividades foram
analisadas por diagrama de causa e efeito, conforme mostrado nas Figuras 10 e 11
respectivamente.

Figura 09 – Diagrama de causa e efeito para os acidentes ocorridos na atividade de


construção de dreno profundo - Engenharia

De acordo com a Figura 09, as principais causas então relacionadas ao


procedimento que, ou não conteplava todos os riscos da atividade ou que o método
era arriscado e faltou a aplicação de métodos de bloqueio/eliminação do risco, nesse
caso, o risco de desmoronamento.
33

Figura 10 – Diagrama de causa e efeito para os acidentes ocorridos na atividade de


movimentação de cargas - Engenharia

De acordo com a Figura 10, a maioria das causas dos acidentes nas
atividades de movimentação de cargas tiveram causas relacionadas com o fator
humano. No entanto, a causa relacionada ao meio ambiente, espaço restrito, foi a
causa raíz desses acidentes, uma vez que essa causa, por si só, teria potencial para
gerar o acidente. Ao passo que as outras causas desse acidente, embora
isoladamente não tenham potencial para gerar o acidente, juntas contribuem para
que o acidente tenha potencial de ocorrer, não significando dizer que pelo fato delas
estarem presentes, o acidente deverá acontecer.
Com relação a gerência de Operação, os acidentes que ocorreram com
maior frequência e que merecem mais atenção por envolver quebra de
procedimento por parte dos empregados e também por ter ocasionado dois
afastamentos, são os acidentes que ocorreram na atividade de “Acoplamento/
Desacoplamento de Vagões e/ ou Locomotivas”.
A Figura 11, mostra o diagrama de causa e efeito para os acidentes
ocorridos nessa atividade.
34

Figura 11 – Diagrama de causa e efeito para os acidentes ocorridos na atividade de


acoplamento/desacoplamento de vagões e locomotivas – Operação.

De acordo com a Figura 11, a grande maioria das causas estão


relacionadas com o fator humano, comportamento. Nesse caso, embora exista um
procedimento onde há regras que visam garantir a segurança do empregado, ele é
ignorado e os acidentes são recorrentes.
35
5. CONCLUSÃO

Com base nas estratificações verificou-se que a quantidade de


ocorrências de acidente de trabalho da empresa de logísticas é ditada pelo
desempenho da gerência de manutenção. Pois, foi nessa gerência onde ocorreu
mais acidentes (53%) e é a gerência com maior efetivo total, considerando próprios
e terceiros.
O desempenho das gerências, por sua vez, é muito influenciado pelo
desempenho de suas contratadas, que geralmente possui um efetivo maior que as
gerências a que prestam serviço. No caso da gerência de manutenção, 61% do total
de acidentes ocorreram com empregados das contratadas. Já na gerência geral de
engenharia, 86% dos acidentes ocorreram com empregados de contratadas. A
exceção é a gerência de operação, onde todos seus acidentes ocorreram com
empregados próprios, pois ela tem um número bastante reduzido de empregados de
contratadas e que não participam diretamente das atividades operacionais.
Até setembro, a média foi de 13 acidentes por mês. Porém no mês de
junho ocorreram 29 acidentes, sendo 24 acidentes nas gerências de manutenção e
engenharia. Analisando esses 29 acidentes, verificou-se que 12 acidentes foram por
picada de abelha ou marimbondo, sendo 8 só na manutenção.
Os dias da semana em que mais ocorreram acidentes foram na segunda-
feira e sexta-feira, com exceção da gerência de manutenção, em que os acidentes
ocorreram com maior frequência na quinta-feira. É necessário um estudo mais
aprofundado para atribuir de forma correta a(s) razão(ões) pela qual os acidentes
ocorreram com maior frequência em dias de segunda-feira e sexta-feira. Entretanto
é suscitado a hipótese de que estejam ligados à fatores psicofisiológicos, como
raciocínio lento, falta de atenção e falta de dinamismo para os acidentes ocorridos
nas segundas-feira, e ansiedade, pressa e também falta de atenção para os
acidentes ocorridos nas sextas-feiras.
Com relação aos períodos de trabalho, foi verificado que 86% dos
acidentes ocorreram nos períodos da manhã e da tarde, que são os períodos com
maior efetivo e maior número de atividades, logo há uma maior probabilidade de
ocorrência de acidentes nesses períodos.
Quanto a estratificação por classificação da lesão, foi observado que 63%
dos acidentes ocorridos são FAC, 29% MTC e RWC e quase 8% LWC e FAT.
36
Com base nesses números e no nº de quase acidentes ocorridos,
verificou-se através da pirâmide de Bird que para ocorrência de 1 acidente com
afastamento (CAF) se tem 34 quase acidentes (QA), 8 acidentes tipo FAC e 4
acidentes tipo MTC e/ou RWC.
Foi observado também que, as gerências de manutenção e engenharia,
apresentaram proporções bem semelhantes entre esses indicadores. Porém na
gerência operação, a relação entre entre os acidentes CAF e RWC/MTC e entre
RWC/MTC e FAC foi menor que nas outras gerências. Isso é um indicativo de que
na operação esses infortúnios acontecem de forma mais fortuita que nas outras
gerências e são um tanto mais críticos.
Com relação à parte do corpo atingida, verificou-se que dos 115 acidentes
ocorridos na empresa de logística, 30 acidentes tiveram como parte do corpo
lesionada, o dedo da mão. E esses acidentes ocorreram, em sua grande maioria, em
atividades relacionadas com levantamento, descarregamento ou transporte manual
de cargas. Já os acidentes que tiveram como parte do corpo lesionada a articulação
do tornozelo (9 acidentes), ocorreram durante deslocamento a pé.
Os acidentes que ocorreram com maior frequência nas três principais
gerências, manutenção, operação e engenharia, tiveram suas principais causas
relacionadas com o fator humano comportamento, segundo os relatórios de
investigação desse acidentes.
Na gerência de manutenção, a atividade em que ocorreu mais acidentes
foi na manutenção da Via Permanente (27 acidentes), principalmente nas trocas de
dormentes, trilhos e na fixação/ retirada de grampos. E através do diagrama de
causa e efeito dessa atividade, foi observado que a maioria das causas são
relacionadas com o fator humano e com procedimento.
Já na gerência de engenharia, os acidentes pessoais que mais chamaram
atenção, não pela frequência com que ocorreram, mas sim pelo potencial de
gravidade , foram as atividades de construção de dreno profundo e movimentação
de cargas. Os acidentes que ocorreram durante a construção de dreno profundo
tiveram suas principais causas relacionadas ao procedimento que não conteplava
todos os riscos da atividade e com a falta de métodos de bloqueio/eliminação do
risco, nesse caso, o risco de desmoronamento. Já os acidentes que ocorreram na
atividade de movimentação de cargas tiveram suas principais causas relacionadas
com o fator humano. No entanto, a causa relacionada ao meio ambiente, espaço
37
restrito, foi a causa raíz desses acidentes, uma vez que essa causa, por si só, já
teria potencial para gerar o acidente.
Com relação a gerência operação, os acidentes que ocorreram com maior
frequência e que merecem mais atenção por envolver quebra de procedimento por
parte dos empregados e também por ter ocasionado dois afastamentos, são os
acidentes que ocorreram na atividade de “Acoplamento/ Desacoplamento de Vagões
e/ ou Locomotivas”.
38
6. RECOMENDAÇÕES DE AÇÕES DE MELHORIA

As recomendações suscitadas nesse capítulo são de ordem geral e


pretendem ajudar na elaboração de propostas mais específicas para cada ponto
problemático que venham a ser elaborados.
A fim de reduzir, senão evitar a ocorrência de acidentes de trabalho no
contexto deste estudo, algumas recomendações de ordem geral são:

 Realizar um estudo mais aprofundado das causas dos acidentes


de trabalho;
 Melhorar a qualidade das investigações de acidentes, para que as
ações não sejam nos efeitos, mas sim nas causas;
 Revisar os procedimentos sempre que houver necessidade, quer
seja pela ocorrência de acidente, quer seja pela percepção de
algum risco que não era contemplado anteriormente;
 Acompanhar o cumprimento das ações propostas nos planos de
ação das investigações;
 Atuar preventivamente através da antecipação e reconhecimento
dos riscos associados às atividades, equipamentos e instalações,
principalmente através das ferramentas de análise de riscos, APR
e HAZOP, e em seguida atuar no gerenciamento dos riscos;
 Realizar e acompanhar programas periódicos de treinamentos
(específicos e de segurança) e reciclagem dos empregados e
garantir a participação de todos;
 Elaborar campanhas educativas e de conscientização sobre a
atuação prevencionista, garantindo a participação de todos,
inclusive da liderança, enfatizando, premiando e disseminando as
boas práticas desenvolvidas no âmbito da empresa;
 Estender seus programas de S&S às empresas contratadas ou
incentivar que elas elaborem seus próprios programas e que
garantam a participação de todos os seus empregados;
 Estabelecer regras contratuais (administrativas) que possibilitem a
empresa contratante cobrar ações de saúde e segurança por parte
da contratada; e
39
 Possuir um programa de contratação de empregados e empresas
terceirizadas que tenham seus valores em consonância com os
valores de saúde e segurança que a empresa preconiza e garantir
que esses valores sejam valorizados e seguidos.
40
REFERÊNCIAS

ARAÚJO, A. K., Avaliação dos riscos ambientais da divisão de produtos do


laboratório central de saúde pública do ceará – LACEN/CE. 2003. 74 f.
Monografia (Especialização) – Universidade Federal do Ceará. 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 14280:


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BINDER, M. C. P., DE ALMEIDA, I. M., Estudo de caso de dois acidentes do


trabalho investigados com o método de árvore de causas, Cad. Saúde Pública.,
Rio de Janeiro, 13(4):749-760, out-dez, 1997.

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da Previdência Social e dá outras providências. Brasília. 1991.

CAMPELLO, F. C. B., Aspectos de segurança e medicina do trabalho: nos arranjos


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PRODUÇÃO,VII,1987.São Carlos, Anais...São Carlos. Associação Brasileira de
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DA COSTA, FLÁVIO MARTINS. Absenteísmo e rotatividade de pessoal. Gestão e


Sucesso. 2004. Disponível em:
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PESSOA, Gerisval Alves. Gestão da Qualidade Total. Curso de Pós-Graduação em


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LAGO, E. M. G., Proposta de sistema de gestão em segurança no trabalho para


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Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), 2006.
41
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edifícios, Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção, Universidade
Federal da Paraíba (UFPB), 1989.

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SHT 9000, Normas para a gestão e garantia da segurança e higiene do
trabalho. São Paulo/SP, Atlas, 1995.

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