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MPI—Movimento Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente Ano 4, N.

º 12

BOLETIM Fevereiro de 2008

INFORMATIVO
CONVOCATÓRIA
De acordo com os estatutos do MPI·Movimento Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente, convoco a
Assembleia Geral Ordinária desta Associação, que se realizará na sede social, sita no edifício da Junta de Fre-
guesia do Vilar, Largo 16 de Dezembro, n.À 2, dia 12 de Abril, sábado, pelas 21.00 horas, com a seguinte ordem
de trabalhos:
Ponto 1·Votação do Relatório e Contas de 2007
Ponto 2·Discussão e votação do Plano de actividades e Orçamento para 2008
Ponto 3·Outros assuntos
Não havendo número legal de associados para a Assembleia funcionar, fica desde já marcada uma segunda con-
vocação para meia hora depois, funcionando com qualquer número de associados.

Vilar, 21 de Fevereiro de 2008


Nuno Pereira Azevedo

PROJECÇÃO DO FILME “A CARNE É FRACA”


Domingo, 13 de Abril de 2008
16:00
Documentário sobre Alimentação e seus impactos na saúde e no ambiente
(duração: 50 minutos), seguido de DEBATE

Sede da Associação Cultural e Social da Tojeira


(Actividade conjunta entre MPI e Associação Cultural e Social da Tojeira com o apoio da Junta de
Freguesia do Vilar, no âmbito do processo de Agenda 21 Local da freguesia)

Tome nota: Editorial Nesta edição:


Qualquer
pessoa pode ter Nesta edição chamo particular atenção para o pro- O que é 2

uma estação de cesso de Agenda 21 da freguesia do Vilar. a Agenda 21?


tratamento de Sendo um dos pressupostos das Agendas 21 Locais
a participação dos cidadãos, apelo para que aprovei- Encontro Agricul- 3
lixo doméstico
tura Biológica
com minhocas, tem as iniciativas em preparação e que contribuam
em casa ou no com mais ideias.
quintal. Destaco ainda a realização da assembleia-geral para
(ver pág. 4) a qual espero a vossa participação.
Minhocas limpam 5
O novo site do O Presidente da Direcção lixo doméstico
MPI já está em Breves 7
funcionamento: Humberto Pereira Germano
www.mpica.info
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Página 2 BOLETIM INFORMATIVO MPI n.º 12 - Fevereiro de 2008

O que é a Agenda 21? E a Agenda 21 Local?

A Agenda 21, é um documento das Nações Unidas assinado na primeira Cimei-


ra da Terra que decorreu no Rio de Janeiro em Junho de 1992, que indica um pro-
cesso conducente ao desenvolvimento sustentável assente em 4 pilares: ambiente,
economia, sociedade e político/institucional. Por exemplo, a protecção ambiental
tem de ser integrada nas necessidades básicas das populações (emprego, habita-
ção, condições sanitárias), sendo por sua vez a satisfação destas necessidades com
respeito pelos valores ambientais.

A pela as autoridades locais de cada país a desenvolverem um processo con-


sultivo e consensual com as suas populações sob a forma de uma versão
local da Agenda 21 – Agenda 21 Local, num modelo de democracia participativa, Portal da Agenda 21 Local
de modo a se alcançar o desenvolvimento sustentável à escala planetária através em
da acção local, voluntária, de indivíduos, empresas, cidades, autarquias locais, www.agenda21local.info

regiões e países, sob o lema „Pensar global, agir local‰.

O que é o Desenvolvimento Sustentável?


Entende-se por Desenvolvimento Sustentável aquele que satisfaz as necessidades presentes sem comprome-
ter as necessidades das gerações futuras. (em, Realtório „O Nosso Futuro Comum‰, 1987)

Actuais consumos dos países industrializados são insustentáveis


Os actuais níveis de consumo dos países industrializados não podem ser alcançados por todos os povos que
hoje vivem na Terra, e, muito menos, pelas gerações futuras, uma vez a taxa de consumo de recursos renováveis,
nomeadamente água e energia, exceda a sua taxa de reposição e o grau de consumo de recursos não-renováveis
excede a capacidade de desenvolvimento de recursos renováveis sustentáveis. Ou seja, há grandes desigualda-
des no uso dos recursos do planeta uma vez que os países sub-desenvolvidos têm níveis de consumo muitíssimo
inferiores, e estão a sofrer duplamente pelos níveis de consumo dos países industrializados, por um lado devido
aos problemas gerados, como por exemplo as alterações climáticas, e por outro, pela exploração dos seus recursos
naturais (petróleo, madeira, biodiversidade).

Mantendo a população humana, a viver com o seu actual estilo de vida, seria necessário 1,3 planetas Terra!

As alterações climáticas, a falta de água, a má qualidade da água disponível, a desertificação, a perda de biodi-
versidade, a poluição atmosférica, etc, são os problemas mais relevantes que afectam o nosso ambiente, devido
ao nosso estilo de vida insustentável.

Agenda 21 – Ponto da situação


Em todo o Mundo, actualmente 6416 municípios em 113 países, dos quais 5292 pertencem à Europa, imple-
mentaram um processo de A21L. Infelizmente, Portugal é do país da Europa com menos A21L!!
Em Portugal, no ano 1997 (5 anos após a Cimeira da Terra) e 2000, 10 e 27 municípios, respectivamente esta-
vam a trabalhar em processos de „Agenda 21 Local‰. Até 2006, esse n.À era de 61, (Fonte: Marta Pinto, 14/12/2006,
http:www.agenda21local.info/dmdocuments/agenda21local.pdf (consultada em 30/3/2007) ou seja, apenas 20% dos municípios (o
n.À total de municípios portugueses é de 261)
Infelizmente também, muitas das Agendas 21 criadas em Portugal não passam de documentos, em vez de
serem um processo com acções concretas, e ainda por cima documentos muito extensos, envolvidos num com-
plexo processo burocrático com excessiva participação das entidades públicas.

Agenda 21 no Vilar
O MPI e a Junta de Freguesia tomaram a iniciativa de lançar um processo de Agenda 21 da Freguesia do
Vilar, mas que responda genuinamente ao desafio da Cimeira da Terra, assim estão a ser planeadas sessões
públicas nos lugares da freguesia com a colaboração das colectividades sobre diversos assuntos, com a apresenta-
ção de filmes, para que de forma simples e agradável a informação chega às populações e esperemos que da par-
ticipação das pessoas resultem várias iniciativas e acções de que a freguesia necessita.
n.º 12 - Fevereiro de 2008 BOLETIM INFORMATIVO MPI Página 3

Encontro sobre Agricultura Biológica


Concluímos nesta edição as comunicações do encontro sobre a Agricultura Biológica que se realizou no Vilar a
23 de Junho de 2007 começando pela conclusão da comunicação do Eng.À José Carlos Ferreira (Vice-presidente
da AGROBIO – Associação Portuguesa de Agricultura Biológica).

Abordagem global da qualidade


Para uma abordagem objectiva da qualidade dos produtos biológicos têm sido realizados vários estudos quer
em seres humanos quer em animais, sendo que os estudos em animais são considerados de referência, uma vez
que permitem uma avaliação mais precisa dado que é mais fácil restringir a alimentação ao(s) alimento(s) que se
pretende(m) estudar.

Estudos em humanos
Um dos primeiros estudos foi realizado na década de 40 (época em começaram a ser comercializados os pesti-
cidas de síntese) numa escola na Nova Zelândia em que ao fim de 3 anos de servir refeições com produtos bioló-
gicos detectou nos alunos:
- Menos problemas de garganta
- Menos gripes
- Convalescenças mais rápidas
- Melhor saúde dentária (Daldy, 1940)

Noutro estudo verificou-se uma concentração de espermatozóides muito superiores no esperma de homens
que se alimentavam de produtos biológicos comparativamente aos de homens que se alimentavam de produtos
convencionais (quadro 4).
Quadro 4: Comparação na contagem de espermatozóides
NÀ espermatozóides / ml de esperma
Consumidores de produtos biológicos 127 milhões
Consumidores de produtos convencionais 55 milhões
(Jensen et al, 1996): The Lancet nÀ 347

Estudos em animais

Para avaliar se os animais têm preferência pelos produtos biológicos em detrimento dos convencionais, foram
realizados 6 estudos, tendo-se verificado que em 5 os animais preferiram os produtos biológicos e apenas num
estudo não houve diferença entre os biológicos e os convencionais (Heaton, 2001). Porque é que os animais pre-
ferem os produtos biológicos? Através do seu instinto e sensibilidade de algum modo eles conseguem ter a per-
cepção daquilo que é melhor.

Foi possível verificar maior taxa de fertilidade, de prolificidade e menor incidência de infecções em coelhos
criados em modo de produção biológica comparativamente ao modo de produção convencional.

Em resumo
É possível fazer agricultura biológica como o provam os 1300 agricultores em Portugal
Existem culturas mais fáceis de produzir em agricultura biológica do que outras
Existem vantagens para o ambiente, os agricultores e os consumidores
Os produtos biológicos são melhores para a saúde porque:
São mais seguros (- pesticidas, - nitratos, sem OGM, - antibióticos, - aditivos)
Têm mais qualidade (+ Matéria seca (isto é, menos água), + minerais, + vitaminas, + ómega 3, + anti-
oxidantes e são melhores para a saúde dos animais)

Curiosamente a esta conclusão também chegaram muitos consumidores de produtos biológicos que, sem
conhecerem estes estudos, dizem que optam por gastar um pouco mais na alimentação para depois pouparem na
farmácia.
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Encontro sobre Agricultura Biológica - conclusão

VALE POÇOS, Sociedade Agrícola


Por Eng.À João Pedro Oliveira

A sede da empresa é na localidade de Vila Nova da Serra, freguesia do Vilar, concelho do Cadaval. A área total é de 32,38
ha, sendo o cultivo de hortícolas em modo de produção biológica em cerca de 4ha numa propriedade junto à localidade de
Ventosa, freguesia de Lamas, desde o ano de 2005.

Comparando com a Agricultura Convencional, a Agricultura Biológica é um modo de produção com:


 Mercado por explorar

 Grande Potencial de Crescimento

 Diferenciação dos Produtos

 Modo de Vida

 Preservação Ambiental

 Respeito Entre os Diferentes Sectores da Fileira, remunerando-se de forma mais justa os produtores biológicos

A sua experiência tem revelado que os consumidores de produtos biológicos toleram uma apresentação menos
„perfeita‰ dos produtos, obviamente dentro de certos limites, pois são pessoas melhor informadas e reconhecem a superior
qualidade destes produtos.
São objectivos da empresa:
 Aumento da Rendibilidade

 Diferenciação

 Profissionalismo

 Sustentabilidade Ambiental e Social

 Recuperação de Saberes Locais

 Relações de Confiança Com os Clientes

 Promoção da Agricultura

Constatam que agricultores mais velhos esqueceram práticas agrícolas mais sustentáveis, sendo por isso importante recu-
perar esses saberes para que não fiquem condenados ao esquecimento.
Porquê pagar mais pelos produtos biológicos?
Porque há vários factores que contribuem para o preço dos produtos biológicos serem em geral mais caros do que os pro-
duzidos em modo convencional, tais como:
 Elevados Custos de Distribuição

 Mercado Insípido

 Preço Ambiental

 Falta de Informação Técnica

 Maiores Custos Produção

Fizeram um cálculo dos custos de produção num talhão de 3500m2 e chegaram à conclusão que os custos de produção
em MPB (Modo de Produção Biológica) são superiores em cerca de 40%, devido essencialmente a mais mão-de-obra (nas
sachas) e aos fertilizantes utilizados neste modo de produção.
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Hortícolas em produção integrada Hortícolas em Modo de Produção Biológica

Total dos custos 1.106,50 euros Total dos custos 1.510,00 euros

O escoamento dos seus produtos é através de:


 Parcerias, nomeadamente com a BIOFRADE

 Venda Directa

 Mercados de produtos biológicos

Possuem um site na Internet com o seguinte endereço: www.dahorta.com.pt , onde é possível aceder a informação
actualizada dos preços dos produtos, fazer encomendas, etc.

BIOFRADE, agropecuária, Lda.


Por Eng.À Vítor Gomes

A sede da BIOFRADE é no Casal Frade, concelho da Lourinhã. A partir dos finais da década de 80 e princípio da déca-
da de 90 começaram a sentir dificuldade em escoar os produtos, que até então produziam apenas em modo convencional,
devido à concorrência dos espanhóis. Assim, no início da década de 90 começaram a produzir também em MPB (Modo de
Produção Biológica) para exportação. Até 1998 mantiveram os dois modos de produção, convencional e biológica, mas a par-
tir desse apenas produzem em MPB, explorando actualmente 22 ha.
No início começaram a produzir em MPB apenas as culturas que conheciam melhor, como a batata, couve e alface, agora
produzem o que o mercado solicita. Desde 2001 começaram a desenvolver a área comercial através da venda e distribuição
directa. De modo, a rentabilizar esta área começaram também a comprar a outros produtores aquilo que não têm capacidade
de resposta na produção.
Actualmente a quantidade de produto que apenas comercializam é superior à que conseguem produzir, tendo 5-6 fun-
cionários na comercialização e 10-12 funcionários na produção.
Como praticamente não existem produtos alimentares biológicos transformados no nosso país, tais como, iogurtes, mas-
sas, etc., estão a iniciar este ramo.
Têm assistido a um grande aumento do mercado nacional, no início da produção de produtos biológicos o volume da
facturação anual da empresa era de 20.000 euros, em 2006 a facturação foi de meio milhão de euros e na primeira metade de
2007 já excederam este valor.

Sistema de tratamento não deixa resíduos - Minhocas limpam lixo doméstico

S e pensa que as minhocas servem para pouco mais do que isco


para a pesca desengane-se. Este pequenos bichos, nojentos dirão
alguns, estão na iminência de assumir um papel fundamental no trata-
mento do lixo doméstico. Portugal, neste particular, vai ser pioneiro
no uso destes animais para processar os Resíduos Sólidos Urbanos
(RSU), no sentido de obter um aproveitamento quase total de todo o
lixo.
O conceito é simples: as minhocas têm um apetite voraz por tudo o
que é orgânico; logo, vamos dar-lhes todo o lixo que produzimos para
que limpem, literalmente, embalagens de plástico, vidros, cerâmicas e
outros objectos, permitindo a sua reciclagem e evitando a sua coloca-
ção em aterros.
A empresa portuguesa Lavoisier, sob o lema de ÂNada se Perde,
Tudo se TransformaÊ, pretende aplicar, pela primeira vez no Mundo,
um sistema de tratamento de RSU, desde a recolha do lixo até à sua
reciclagem, recorrendo ao trabalho das minhocas. „Elas basicamente Visita à Unidade de vermicompostagem: Elemen-
estão no paraíso, pois têm condições de excelência para viver e repro- tos do MPI e da Comissão de Acompanhamento
duzir‰, afirmou ao CM João Completo, gerente desta empresa, afir- do Sistema de Tratamento de RSU do Oeste visi-
mando que a meta de todo este trabalho é „obter zero resíduos no taram a Unidade piloto de vermicompostagem da
final do processo‰. empresa Lavoisier em Palmela, a 18 de Novembro
[continua na página seguinte] de 2007.
Página 6 BOLETIM INFORMATIVO MPI n.º 12 - Fevereiro de 2008

„Como as minhocas devoram toda a matéria orgânica existente no lixo comum das nossas casas, transformando-a em
húmus, elas limpam os objectos que não conseguem comer, como o plástico ou o vidro, que podem ser separados e utiliza-
dos na reciclagem‰, explicou.

Rui Berkemeier, responsável pelo departamento de resíduos da Quercus, não poupa elogios ao sistema, esclarecendo que
„de outra forma, estes objectos teriam como destino os aterros ou a incineração‰. „Já sem referir os problemas da incinera-
ção, os cheiros dos ate-rros e as águas residuais altamente tóxicas‰, acrescentou.

A inexistência de cheiros é, de acordo com João Completo, uma das grandes vantagens do sistema. Durante a segunda eta-
pa deste processo, o cheiro característico do lixo é eliminado de forma natural. „Cerca de 80 por cento do odor desaparece
no processo de compostagem. Depois, as minhocas tratam do resto‰, sublinhou, destacando também que a matéria produzi-
da pelas minhocas, o húmus, e o próprio líquido que escorre durante a terceira fase é aproveitável na agricultura ou na jardi-
nagem. „Todo o composto resultante da transformação dos resíduos orgânicos em húmus é utilizável na agricultura como
adubo, tal como as águas, que funcionam como um corrector natural de solos‰.

AS CINCO FASES DO TRATAMENTO


1- Recepção do lixo, tal e qual como ele sai das nossas casas. É depois depositado em pilhas com cerca de um metro de
altura.
2- Nestas pilhas começa a fase de compostagem, na qual o odor desaparece naturalmente e se eliminam bactérias.
3- Após cerca de três semanas, as minhocas são introduzidas, para transformarem o composto em húmus.
4- Nesta fase, apenas existe húmus e material que pode ser separado e reciclado sem conter resíduos orgânicos.
5- Separação do material orgânico dos objectos existentes no lixo. Limpos, podem ser utilizados na reciclagem.

MINHOCA ESPECIAL
De fácil reprodução, a minhoca vermelha da Califórnia adapta-se melhor às condições meteorológicas do nosso País.

FAÇA VOC¯ MESMO


Qualquer pessoa pode ter uma estação de vermicompostagem em casa ou no quintal. Basta ter uma caixa com furinhos,
uma rede e um recipiente que recolha algum líquido.

TUDO MATERIAL ORG˜NICO


Estas minhocas devoram tudo o que seja material orgânico como restos de comida, flores e plantas. O líquido e o húmus
produzido pode ser usado no jardim ou na agricultura.

SAIBA MAIS
5000 minhocas por metro quadrado, para uma ÂcamaÊ com 25 centímetros de altura.
60 000 toneladas de Resíduos Sólidos Urbanos que uma central de vermicompostagem pode tratar por ano.
4,7 milhões de toneladas de RSU produzidos em Portugal durante 2005, segundo o Instituto dos Resíduos.

SUINICULTURAS
O lixo das explorações pecuárias, muitas vezes despejados em rios, também pode ser tratado pelas minhocas.

LAMAS DAS ETARES


O cheiro intenso destes resíduos pode ser eliminado por este sistema.

HÐMUS
É a matéria resultante da transformação dos resíduos orgânicos, aplicável na agricultura e correcção de solos.

(Fonte: http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=254407&idCanal=219, 2007-08-18)

Empresa Weber estuda a solução da vermicompostagem para os resíduos do Oeste

A empresa elaborou um estudo sobre o futuro da gestão dos resíduos na região Oeste concluído em Junho de
2006, que aposta no Tratamento através produção de biogás. A Resioeste e a Valorsul apresentam uma contrapro-
posta com a fusão das duas empresas alegando que assim as tarifas irão baixar, mas sem alterar o modelo de ges-
tão, ou seja, a maioria dos resíduos seriam enterrados sem qualquer tratamento ou incinerados tal com acontece
actualmente.
Com os resultados promissores da utilização da vermicompostagem aplicada aos resíduos indiferenciados, a pedi-
do da Associação de Municípios do Oeste a empresa Weber está a estudar esta solução complementando o seu
anterior estudo. Espera-se assim que seja implementada na região uma gestão mais adequada dos resíduos com o
menor custo possível.
n.º 12 - Fevereiro de 2008 BOLETIM INFORMATIVO MPI Página 7

BREVES

Actividades de reflorestação na Serra de Montejunto


No ano de 2007 realizaram-se duas actividades de reflorestação na Serra de Montejunto.
A 25 de Novembro numa organização conjunta do MPI e da Associação Real 21, procedeu-se a uma visita guiada
pelo Prof. Emanuel Vilaça, biólogo e vice-presidente da Real 21, para identificação das várias espécies de vege-
tação que ocorrem na bela Mata Municipal do Bombarral, seguida de sementeira em baldio público na Serra de
Montejunto próximo da Tojeira, das bolotas e outras sementes recolhidas na Mata, por um grupo de 16 pessoas.
A 16 de Dezembro, organizado pelo FAPAS (Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens), um grupo de cer-
ca de 40 pessoas, principalmente provenientes de Lisboa, e que contou também com a presença de um elemen-
to do MPI e da ALAMBI (uma associação de defesa de ambiente do concelho de Alenquer), foram semeadas
bolotas de carvalho cerquinho ou português (Quercus faginea) e sobreiro (Quercus suber) e plantadas algumas
dezenas de carvalhos cerquinhos.

CREIAS Oeste
No âmbito da década da Educação para o Desenvolvimento Sus-
tentável 2005-2015 instituído pela UNESCO, o Instituto de
Estudos Avançadas da Universidade das Nações Unidas (UNU)
promove a criação de Centro Regionais de Excelência (RCE)
com o objectivo é reunir contributos para a educação formal e não
formal uma vez que integram escolas, universidades e organiza-
ções da sociedade civil.
Em Portugal, apenas existe um RCE, e abrange a região Oeste, a
que se deu o nome de CREIAS-Oeste. Foi oficialmente inaugu-
rada no dia 7 de Dezembro de 2007, no Auditório Municipal do Bombarral.
Fazem parte do CREIAS– Oeste inúmeros parceiros como o Instituto Superior Técnico (Universidade Técnica
de Lisboa), várias escolas da região, associações de defesa do ambiente, associações profissionais (como a APAS e
a AERO), empresas, câmaras municipais.
Em reunião de direcção o MPI deliberou por unanimidade a sua adesão à candidatura da criação do RCE no
Oeste, deliberou ainda nomear Alexandra Azevedo como sua representante, caso seja aceite a candidatura, o
que veio a acontecer.

2008 vai ser um dos dez mais quentes


Em consequência das alterações climáticas, o ano 2008 vai ser ligeiramente mais fresco que os sete anos mais
recentes, mas entrará no grupo dos dez mais quentes desde meados do século XIX. A estimativa foi feita pelo
instituto de meteorologia do Reino Unido e por especialistas em clima da Universidade de East Anglia. Eles
admitem que a temperatura média global registada no planeta seja 0,37 graus acima da média que se registou
entre 1961 e 1990 (que foi de 14 graus).
http://jn.sapo.pt/2008/01/05/sociedade_e_vida/2008_ser_dos_mais_quentes.html

Portugal no topo da Europa na pesca de tubarões


Portugal é a terceira nação europeia que mais pesca tubarões, capturou 15 360
toneladas de tubarão em 2005. Na maioria dos casos, o destino desta espécie pas-
sa pelo mercado asiático, onde as sopas de barbatana de tubarão são consideradas
uma iguaria culinária.
O tubarão apesar de predador é cada vez mais a presa e está ameaçada a nível
mundial.
Também várias espécies capturadas em Portugal evidenciam sinais de sobreex-
ploração, pois chegam em quantidades cada vez menores às lotas.
Medidas de protecção como quotas e limites de captura são urgentes.
(Fonte: Lusa)
MPI - Movimento Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente
Edifício da Junta de Freguesia do Vilar,
Largo 16 de Dezembro, n.À 2, 2550-069 VILAR
tel./fax: 262 771 060
e-mail: mpicambiente@gmail.com
site: www.mpica.info

Pela Defesa do AMBIENTE e da QUALIDADE DE VIDA!!

DENÚNCIAS - AMBIENTE
Sempre que testemunhe uma agressão ambiental deve
denunciá-la de um dos seguintes modos:

 Telefonar para a linha SOS Ambiente:


Papel 100%Reciclado
808 200 520
A linha funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana e encaminha as
denuncias para a IGA (Inspecção Geral do Ambiente) e para o SEPNA
(Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente) da GNR.

 Aceder ao site:
www.gnr.pt/portal/internet/sepna

AVISO
PEDE-SE A TODAS AS PESSOAS COM QUEIXAS SOBRE O MAU FUNCIO-
NAMENTO DO ATERRO SANIT˘RIO DO OESTE A FAZ¯-LAS POR
ESCRITO, ENTREGANDO-NOS UMA CŁPIA, COMO FORMA DE CONSEGUIRMOS
PROVA DESTA QUEIXA, UMA VEZ QUE A INSPECÇ‹O GERAL DO AMBIENTE
RECUSA-SE A FORNECER UM RELATŁRIO COM TODAS AS QUEIXAS RECEBI-
DAS. ATRAVÉS DE UMA DAS SEGUINTES FORMAS:
- POR FAX N.À 213 432 777
NOTA: QUEM N‹O POSSUIR APARELHO DE FAX, PODE DIRIGIR-SE ¤ JUNTA DE FREGUESIA DO
VILAR PARA O SEU ENVIO.
- POR CARTA PARA A MORADA:
RUA DE O SÉCULO, N.À 63
1249-033 LISBOA

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