Você está na página 1de 248
ESTAGIO 85/86 1. Introduce 3 Semintice« Seniotoaie 23.1; Ganeei tos Bébicos «1.2. a Teoria aa Comumicasdo 1.3, A Seniologie e 08 Ausio-Visuais 2. 0 Cinens 2.1. A Teoria da Montagem Cinenatogréf ico 2.2, Histéria das Teorias 2 Cinema 3, A Televisto 3.1. A Televisio a Cores 3.2. AS Cinaras, os Monitores os Gravadores 3.3. A Gravayde dz Imagen © oo Som 3.4, Progugda e Realize;a0 4. 0 Grafisno Sintetizado 5. A Réaio (Teorta a Rédio) 6. 0 Som 6.1. A Construgso de un Discurso Sonora 6.2. Os Tipos Raciofénicos. 6.3. 0 Som, Alta-FiceTigade e a5 Transmissdes Radiofanicas 6.4, A Gravagao @ a Reproducao do Som 7.8 Fotografie 7.1, Prinefpios Bésicas ae Optica 7.2, Fotagratia Elenentar 7.3, Fotagraf ie Nocturna 7.4. Huninagae 7.8. Sensitonetria Fatondtrica 8, andlise © Exenplos Pracicos ¢e: 8.1. 0 Argunento , 8.2. 0 Guide Ba. A Placificacio 8.4, A Rogagen: 8.5, 4 Hontagen 9. 05 Audio-visuais + SUED So terme técnica usado pare designas o estude dy signit cade ou, por outras pale- veas, cefererse b “cigncia” do significads. Leado & usado ew relagdo @ sinais~canto convencionats como naturais: © temo stgat sinais que apontaa para qualquer colse que ests ou vis Lecer, ou qualquer coise que Com de ser feito ,(sinals de Léusite, por exeaplo). Quando dasey ua significado, sonics obrigudos @ waar un terse que seja mals conhect do do que aquele cujo signiticade se pretende suber (os dictondrios dio definicden a través de palavras ou frases que, segundo nos ¢ dado entender, téa um significado “L- aéncico"). Existem, no entanco, significados diferentes de usa pelavra, do seu significado “iieerai", Essen vignificados advan dos sinais extcalingufsticos (gestes,ece...) ave Utilizenos a0 expriairuos esse palevra. A Senintica €, portento ¢ auis uaa vez, uma parte da Tingufstica, aquela que faz da neu wbsecto o estudo clentifico de significado. A Linguagen pode ser encarada como ue sistem de comumicugdo que extabelecu a re lugMo enrve alge que se quer cominicar € algo que comunica, entre a wensagem, por um lado, © ua conjunte de signos ou sfabolos, por outro NEo obstunte, a livgusges aez sempre ¢ portadora de una "mensagea" propriawente di- fa, © muito menos se dermos & "nensage: do de inforwagBo; parte da sua fungRo remetense para as relagSes sociais. Na linguages, 08 elementos PROSODICOS © PARALINGUSTICOS devem ser considerados como caracterfacicus da fale. by elemencos prosddicos incluem tudo o que dix respeito & entoagho e & acentuasto. SBo elementos paralingufsticos © ritmo, 0 cempo, @ altura do som, ete. Haswo que ponnasus de parte os elementos prosddicos © puralingufstices, teaos de reconhecer que, entre @ linguages falada ¢ 9 Linguagem escrita, existe uma grande di- ferenga, tanto formal, como ea relacdo aos fing com que silo usadas, Suber 0 significads de wun pelavra quer dizer que podemos usd-lu corvectamente ¢ explicd-Le 2 outras pessoas por aeio de pardfrases o4 sindnimos. Mas isso no nos o~ betge a conslderar que aje una encidade que ¢ 0 SICNIFICADO, ov um conjunto de enti dades que so, no seu todo, o significado das palavras. Ter significado, para uma pales vee, é de certs wodo seaelhante uo que se passa com uma Cabuleta que apanta em deter~ uinada direcsBo — somos capazes de coupreender o sigalficude de una palaves cai como souos capares de ler uns tabuleca. Max ako fas sentido perguntar o que é que a pales vras significau, tal cowo 0 nbo faz perguntar para onde ¢ que es cabuletas apontam. Ov melhor, no faz sentido perguatar pa gengralidade o que é que as palavras significam ou para onde ¢ que as cabuletas apontaim, apenas fx sentido perguncar: "o que signt- fica esta palavea?", “para onde sponce esta catulets?” © problens da sendntice, poreante, abo 2, nea pode ser, a busca de waa _catidade fugidia chamige "significdo”.£, sia, uaa tentative no Sentide de perceber cope é que as palyvees © oo froses te signif gado, oy aelhor, como ¢ que podem yer siznificutivur, Se consideraruos 0 ficado em termos de referéncia, Comando "referéacia” em sentido leto, ou seja, algo que se diz Acerca do mundo que nos rodeia, parece que sé os Erases podem cer significado, As palavras cém significado referencial na medida em que 0 adquirem, ou como partes consticuintes de uma frase, ou, wes expect ticamen- ce, aediance detiniges ostensivas. (12) © signi ticude ew cemios de sentido parece, pelo wenos em parte, pertencer sobrecudo palavra. ae sd palavra pode considerar-se cowo uaa Frave incouplera,(alguns yramiticos re~ 3 forem-se @ este caso couo "frases afninas"). Por outro lado, © significads de se frase € 0 resultado da seu dos sigaificadoe das palavras. (cerca do significado “cognitive! ou "proposicional’ No se pode pretender que a principal ou Gnica fung&o da Linguagen seja fornecer informagées, informar 05 interlocutores ou os leitores accrca de "factos" que eles ain= da no conhecea,(embora alguns linguistas e fildsofos assim penser). Una grande parte dos nossos significades nko é “cognitive, gas sim “interpesseai” ou "social", na aedida em que nos relaciona com 0s outros. Existe, de facto, wie gran~ de variedade daquilo a qua hoje chananos "actos de fala". “Persuadines, avisamos, insinusnos: usanos a linguagem, por assin dizer, para ine fluenciar de vérias maneiras as outras pessoas. (...)Na Lfngus, a fungfo das palavras que possuen carga eaotiva (cono no caso de "polftico™ ou “liberdade") é, evidenteaente, influencier comportamentos", Nao podemos, pois, considezar completo o estudo da seniintica sem uta investigagio dos componentes prosddicos ¢ paralingufsticos da Lingua. As palavras © as fra FRASE IDIOMATICA ~ # una sequéncia de palaveas cujo significado global nllo pode ser deverminado a partir do significado das palavras que o constituen, © significade das palavras no é apenas una questo de factos “objectivos"; hd nele uivo de "Subjective", e nfo & possfvel distinguir claramente entre uma coisa e outa. Muitas palavras céa significades auito préximos que se intersectam. Extste, por as sim dizer, um sentido, un tanto frouxo, de sinonfmia,(igualdade de significado). Una palavra comacse desagraddvel por estar relacionada com algo de socialuente desagradivel e surge entdo outra palavra, ua “eu femisuo", que vai ocupar o lugar da anterior. Gn dos eipos de relacionamento de significado wais conhecido & a METAFORA, onde una palavra comporta un significade “Literal” fe un ou mais significados “eransferidos” TEORTA DA COMUNICAGAO 0 sistema de comunicagéo vefcula infommacdo © pode sex julgado de acordo com a sua eflciéneia om transmitir essa informaglo Ua sistema que se queixa eficiente, deverd ter ua mfnino de REDUNDANCIA (as partes da mensagen que se poden omitir se que a infornag%o seja afectada) e un wfnino de RULDO (tudo aquile que possa interferir com a transmissio). Na LINGUAGEM HA IMENSA REDUNDANCIA £ muito RUfDO, En senfntica, o rufde pode ser consticuide pelas discrepancias que acaso existe entre @ conpreensdo da mensagen, tanto por parte do enissor como do receptor. A informagio, no entanto, em sentide vgenico, nfo ¢ significado. Eq sendatica, ndo interessa tanto 0 rigor com que a infommagdo ¢ teansmitida, como aquilo que a inforuasto ¢ qual o seu fim, TEORIA DA NOMINALIZAG: A Linguagen & un sistema de comunicagzo, tendo de un lado © significante e, do ou- tro, 0 Significados0 significance corresponde a uns palavre da Lingua e 0 significado “ substitu", "refere" ou “denotal™.As pa a0 objecto do “mundo real” que o significance Lavras s#o,por assim dizer, “nomes" ou "rétulos" das coisas. No aundo de nossa experi’ncia, os objects fo esto, de maneira nenhuma, agrupa- dos, prontos a serem rotulados por uma palavra.Ndo existem, de facto, no mundo que nes rodela, classes “naturais” de objectos n{tidamente definidas, & espera que se Thee po ‘oha ua xétulo ~ EM PARTE, 0 PROBLEMA DA SEMANTICA CONSISTE EM ESTABELECER QUAIS AS CLASSES QUE EXISTEM, A adopgo do sistena classificative nfo resolve o problema: porque essas classes no silo Ufplcas de experténcta du Lodey ox dias.A wefurta dus colsay que cunhecemos alo se pode taser rfgidamente nus ou noutva Classe. A Linguagea corrence difere da cient{fica precisamente porque os seus Cermos no se podem definir cow clareza, ¢ nfo é poss{vel dividi-le ew classes rigorosas. Todas as prdticuy huaanas so tipos de linguagea visto tere a fung¥o de de de sigalficar, de comuntear. A dpoca crise, até ao século XVII, ch uma visBo teoldgice da guages, colo- cando em primero luger o proviesa de sua origes, ou/e, em rigor, es regras univer suis da sua Logie. © século XIX, douluado pelo historicivao, considerava ¢ Linguagew como um desen= volvimento, uaa audanga na sua evolugde através dos ceapos, Hoje, 5&0 as concepgbes da Linguagem como na ¢ 0S problemuy de funcionamente dese sistene que predoninan. A LINGUAGEM £ UMA CADEIA DE SONS AKTICULADOS,~ MAS TAMBEM UMA "REDE" DE MARCAS ES~ CHITAS (UMA ESCRITA) OU UM JOGO DE GESTOS (UMA CESTUALIDADE) Queis so as relagdes entre a vox, # escrite eo gento? “bata materialidade enunciada, escrite ou gesticulads, produc © exprime (Lute é, con aunica) aquilo # que chanenos pensanento", A Linguagen & siaultineanence o Unico odo de ser do pensunento 4 sua realizagto. (WAS colcoRDO) veTUPIDS LINGUAGEN - £ um processo de comunicacdo de nensagens encre dois suleitos falantes Lidade ¢ pelo menos, Sendo un 0 destinads ou o eaissor € 0 outro o destinatdrlo ou o receptor. mensagem destinade ————_——_» destinatario wensayes destinedoe * Sestinoesrie stinador = Uescinatdrio 7 Falar é faler-se "0 homes f4la",— “o howen é um aniaal social" so propasigfes taucoldgicas em si mesmas ¢ sindniaas, audigBo fonasae em eet tonsgte adi sho b= Sagem audiziva © = concetto Livcua - £9 “parte social" da linguages. = da Linguagem apenas retém um siszeas de signos em que o essencial ¢ séaen- ce @ unio do sentido © da imagen actstica. A Mfngua € wa sistema endniuo conseituide por signos que se combina, segundo lets espectficas. Fala - "E seupre individual eo individuo decém a sua caracterizagho", £ portanto, ua acto individual de vontade © inceligéncia. = Pode taubéa considerar-se como: - As combinagSes pelas quais © sujeito falente utilize 0 cédigo da Ifngua = 0 wecaniswo psicoffsico que lee persite (so sujelee falance) excerlorizar evsas combinagSes. ravés de Cibemnécice transaite-se una mensagem cou o aurfllo de us cdizo (iste é, de un niwero wfniso de decisdes bil tas), 0u, por outras palavras, com 0 auxflio de us sistema de classiticagde ( de um esquena, digauos) que representa as estruturas invaridveis e fundsnentais da mcnsagen,~ estrucures prdprias do enisser e do receptor e segundo as quais,e receptor pode reconstituir # prdpria wensazen. A oxisténcia de ux cédigo comun fundanenta a couunicage 2 torna possfvel @ troca de mensagens. 0 DISCURSO implica a participagae de sujeito na sua Linguagen stravés da fale de vidue. Lingua - Recobre a Linguagem enquanto conjunto de signos fornais (conjunto estra~ tificado em escaldes sucessives que forman sistemas e estruturas). No discurso , a ifngua comun a todos torna-se o vefculo de wna mensagea dinica pré- pria da estrutura particular de un determinado sujeite que imprime sobre @ estrutura obrigetéria da Lingua una aarca especffica (que , no fundo, @ sua marce particular) © tal sucede sen que se manifeste forgosamente qualquer intencionalidade. 0 terao “discurso” designa qualquer enunciagBo que integre nas suas esteuturas 0 locutor ¢ 0 suditor, desejando o primeiro Influenciar 0 segundo. ‘4 LINGUAGEM SIMBOLIZA E REPRESENTA, NOMEANDO-OS, 0S FACTOS REAIS! As palavras sdo os elementos da cadeia falada que significan os objectos. SUGNO - € aquilo que, para slguén, significe qualquer coisa. © signo significa "in absentia". © signo representa o conceito do objecto. oujecte LZ» Signo (relagdo Trideica) Representante Taterprecante © prineire acto de sinbolizaao estd nae é a linguagen. Ieone = refere-se ao objecto pela semelhanga. fadice - Porque ¢ afectado pelo objecto, estd com ele relactonado. Sfabole - Refere-se ao objecto por ua lei de convengéo,(acravés da ideia), © signo g arbitrérin, isto & nfo hé nenhuna relacdo necessdria entre o signifi- cante € 9 significado. © signo € inotivads, quer dizer: no hd nenhuma necessidade natural ou real que Ligue significance e significado. ‘A PALAVRA SO GANHA A SUA SIGNIFICAGAO COMPLETA NUMA FRASE, OU SEJA, NUMA RELAGEO sinrérica. A cinta dos signos & @ Seniologia, Sendntica geral trata do sentido das significages . Por essa razlo, ela trans- cende ¢ ultrapassa @ Lingufstica, A sua ideia essencial é que una significasBo sé pode ser compreendida se tivermos em conta o sistent nervoso e © sistema de percep~ so humanos que se tormaran os vectores e os filtros. Assim, em razo das limitagges do seu sistema nervoso, 0 honem sé pode apreender uma parte da realidade ¢ nunca a sua totalidade’ ALS.Van Vogt "World of Null~ "Un aithfo de ailhtes de pensacentos. Cone poderta o erebro humane extrair algun sentido de tante infomagae? Todos os sexes vives so confrontados, an cada motente, por milhées de wilhées de dados separa- dos , Nun simples olhar de relance, 0 olhe huang abraga metade do cfu ¢ metade do ho- rizonte visfvel. Mas o cérebro sdmente toma nota de um ponto escolhido, definide por alguns mithdes de pontos de infornagao". ALE Van Yogt “The Anarchistic Colossus” wo ave vA (2 The sconnecide), partinds seapre de “0 espirite humane x assoc lagdes pessoeis” A.E.an Vogt, “The Anarchistic Colossus" SEMIOTICA - Estudo dos wodos de comunicaso ou seaioves. seaioses: - cddigos siaples = Linguagens ‘A cowunicag¥o pressupse o estabeleciments de una corrente de informagao entri ealssores, destinadores ou fontes (que originum 49 mensagens) © ov receptores, destinatdrios ou leitores (que us recedem, decifrun- 5) do-as ou les Para o estabelecimento da comunicayke ou ligesto & necessdrio exiscir: luu_suporte naterial ou canal portadar « fendaenos primirion com of respectivos processos) © ua process de codificagio, de simbolizaghe ou de wouulaczo. SINTAGHA, mensagem presente PARADIGMA: Lnformico cujo entendimenco pressupSe conheciaentos }é adguiridos, Se & possfvel trocar entre si os estatutos de enlssor e receptor, surge um wodo de comualcago de duplo~sentide. E necessério procurar os carecceres essencials de uae Linguazew ( 04 daqueles a quew essa men pagen € dirigida) de aod @ tornar eficas u sus lettura € 0 eteite que com ela se pretende. DEFINTgOES Goditicagdo: Processe pelo qui se craduz ums aensagen nts cddigo, ou seja, un sis- tema de convengdes explfeitas ¢ soclalizedns ( 4 escala dum determinads grupo hussno). ©, motivade). Simbolizagio: Relaso de cédigo nacural ( 2, porca: abinagdo, en grau vacidvel, de codificagho ¢ sia- Existe sempre usa bolizagilo ex qualquer seaios: Modulaca de mais do que wma) de um suporce ascerial de acorde com detersinada (Teoria das comunicag8es)~ Codificagle dusa qualquer (sinal de aodulagdo). Comuntcante: que comunica a aensages através das sensagdes do receptor. ar por inceraéd! Comuntcada: que o eutssor deseja com do couunicante © segundo aiscico. wma relagko entre os dois elementos estabeleciaa por um processo Objecto # que se refere, consideraiy Independente da concepgho de un comunicade @ comunicante e até do préprie acto de comunicer Fungi referencial: Define as relagies en a aensages © 0 objecto a que se refere, 0 valor seuiético deriva da efic: ja relative da transmisse da wensagew, da sua clareza informativa ( em oposig&o com 4 cedundincia), da maicr ou menor quantidede de informagSes transmitida como esto niinero de unidades de base. Classificagses da seaigcicar glenentar - estude de cédigos, de simbiclogias, de conbinasées codificadas. desenvolvida ~ estuds dos restantes tipos de fend= menos semidticos, caracterizados pelos seus elementos de base ~ os "signos", Fenduenos semiSticos avangados + /expressivos ou estéuscos [Lingufseicos ou significativos Expressade ~ Refere-se 0 conteddo estético Expressante - Refere-se & forma estética ou artfatica: NIVEIS DE_gTENGKO + = Institive ~ Aguele que realiza a imagem ao nivel da percepgio. Slementos enptivos - cor formas expressdes evovases imediacas = © que resulta das primeiras impressdes = Descritive - Determina o "tempo de leitura” « segue a percepgdo sunéria, quando se analisam os elewentos que coupfem 0 quadro. = Sinbélico - Peraite da leitura extrair un simbolisse, wma tase de apreciacto vinculada aos mecaniswos do conhecinente e processa-se, portanto, # nfyel vacional. Q simbolisno deve ser sempre considerade ¢ definige num contexte de guadros, a descodificagto de va uensagen sempre relacionada vivéneias dos sujeites Yisdo do Mundo (em termes sociolégicos): .Crengas: Expressan as idelas sobre a realidade ( na esfera intelectual ~ proce- dendo, portente, do conhecimento). wWalorizaglo: Efectua una projecglio hiposdcica da realidade relacionada com os nosses desejos. PRODUGAO DE UM FILME - £ a codificagHo de una mensagen. Leitura de um quadro - £ a andlise da sua estrutura, composig&o © significadys sim vélicos. Signi ficados ocultos subjacences: = Desvio personalizado - 0 espectador vi-se obrigado a re- construir 0 sentido do que vé @ inser{-Lo mum contexte ew que pode ligé-lo & sua criarividade. = bé-se una recepgHo © menorizasHo melhores da trana (dra~ advica ou de qualquer outre natureza) quando funciona 0 aecenismo de identificasio. = A estrutura espacio-tesporal (passe 0 terme) ffimica é diferente da teatral e da da vida real. = 0 sistema de vinculages ¢ muito variado: - Linguagen felada = Linguagen eserita = Lnguagen pléstica = Linguager pogeica/ausical (OS MECANISNOS ESTRUTURAIS DOS AUDIO-VISUAIS TEM POR MISSAO MANTER VIVOS 0 INTERESSE E A PARTICIPAGKO DO ESPECTADOR DURANTE TODO © TEMPO EM QUE ‘RANSCORRE A ACGKO. - No disfrutar de un espectéeudo aé-se un fendmeno de identificaglo (ffsica e incelectual). = As condigSes especiais do meio de transmiss%o valorizan a mensagen, "0 espectador audio-visual tem @ sensago de poder conservar 0 anonimate ¢ isso li- berta-o de muitas das inibigBes © cendicionamentos da existéncia social" (sendo-Ihe, portento, peraitide tomar parte mais activa no espectéeule). Virtualidades dos audio-visuais: = Diversificagdo do tipo de Linguagem utilizada = Englobar uaa grande quantidade de informagtes ( de natureza diversa) = Foder de penetragdo ¢ condicienanento imediatos (superior a qualquer outo meio) Maximo de participagio da parte do espectador ( em resultado das condiges es- peciais de transmissHo © assimilagzo — focalizasdo da atengho) = Estimular a criatividade do espectador ( por forga das variantes de descodi- ficago/Interpretasdo dos conteddos) = Exigix @ operacio de meios sofisticados © a diversificasde da tarefas (optimi~ 2agho de rendimentos ~ Conservar-se dispontvel para consulta (em qualquer momento), EM AT OCB SPECS bab taSeeeSnd babes 1008. Eade fac. No cinema mudo: Na criugo do filme, © realizador © o actor sJ utilizes os wowen- tus de vida real em que a palavra § supérélua, em que a acco se desenvolve substencialmente em siléncio - quando a palavra pode a- conpanher talvez o novinento aas milo Ihe dé origen. Eypovern, "0 processo de representagto ffimica pode nfo consistir nuna simples fixacto do acontecimento que se desenrola perante s objectiva, mas ser mais: una ferns de representaco desse aconcecinento. Entee o acontecimente real _e a sua apargncia no Gcran existe una grande difecenga. © exactanente essa diference que faz ao sineme wma arte". ENTRE 0 ACONTECIMENTO REAL E A APARENCTA, NO ECRAN EXISTE UMA GRANDE DIFERENGA, & EXACTAMENTE ESSA DIFERENGA QUE FAZ DO CINEMA Uma ARTE. ESCOLA SOLTERICA (PUDOVKIN) 2 una cena no Montagem Construtiva - 0s pormenases que pertencen orgiaicanent tém que ser “intercalados” nela; esta € cue deve ser construfda com eles. A moncages: construtiva edifica a cena 4 custa dos seus elenentos componauces <, por consequéiicia, concentra nesses clementos significativos @ atengiio do espectador. A orden e 0 ritmo por que se sucsdem e:ses aspectos ¢lenentares,'io podem ser des- controlados: = antes, deve corresponder & gvolug%o natural de atenyto de un obsecva~ dor imaginério (que, no fim de contas, ven a ser 0 nosso espectador). consubstunciar-se una “certa” Légica = que 36 80 Nessa orden e nesse rituo deve poderé manifestar se cada plano contiver 0 MOTIVO DETERMINANTE DE TRANSFERENCIA DA ATENGRO PARA O PLANO QUE LHE SUCEOE. ‘A wontagen é, na realidade, una condensajo forsada e celiberade dos pensauentos © raciocfaios do espectador. No cinema a concentragdo temporal ¢ levada As suas extrenas concegéncias e, 0 que sea bese da reprecentacto Efimica, © processo da representag#o f:Imica nfo pode consistir wma simples fixagio de ax contecinentos que se desenrolam perante objectiva, mas scr, sobretudo, uma forma peculiar de representacio desse acontecimento, Entre o acontucinento real e a sua ax paréncia no éezan existe una grande diferengs, £ exaccanente essa offerenga que faz do cinema woe artes Ao associar entre si os planes do filne, 0 realizader constréi um espage fflnico suite seu, Une ¢ condensa elementos separados, que pode ter megistado en regides, na ceslidade, muito afastadas entre si, para construir un nove espago fflmico, + A montagem € @ linguagem do realizador cinewatogrdfico, tal como sucede na arte da palavra falade ou escrita: 9 plano € no cinetia o que ali so as pala~ vras ~ a frase fflnica resulta de una combinago de plinos, con de palavras se comp3e @ frase verbal, dru aRaRStCA Na MONTAGEM 05 PLANOS Tf DE Mesmo no documentério é necessdrio interferir no curso natural dos acontecimentos para poder reproduziclos fflwicamente de ux godo eficaz. ‘A “aontagem sobre aovimentos” (isto 6, baseada na marcagio dos actor: en movimento no donento de mudanga de plano) ¢ © desideratua essenciél quando © object to nfo sai do capo & audanga de plano. "A pongo de espaco que a objectiva vi, é delinitada pec un contorne fixe e bem detinido, cujo cerderer plistico influ- encia inevicdvelmente a composigo interna do plano. ESCOLA SOVIETICA (EISENSTEIN) "a montages ortodoxs ¢ una montagen con dominante. (...) A combinagde dos planos faz-se de acordo con as suas indicagdes de domindncia. A montagem constr: A montage constéi-se de acordo com @ tendéncia mestra da composicto do enquadsa- ise de acordo com o tempo. ‘A montagen constréi-se de scordo com o camanho ( ou seja, a durag%o) dos planes’? AS INDICAGUES UE DOMINANCLA DE DOTS PLANOS GOLOCADOS LADO A LADO PRODUZEM ESTA OU AQUELA INTER-RELAGEO CONFLITUAL, PRODUZINDO ESTE OU AQUELE EFEITO EXPRESSIVO, Existen meios técnicos de tratar o plano, de modo a tornar a sua dominante mais ou nenos especffica, mas em caso algun absoluta. © COMPLEXO VISUAL HARMONIGO DO PLANO "Eo complexe original da pontagen dentro dy plane proveniente do chogue « combi- nagdo dos egtfuulos individuals nele existentes Condigdes exteriores & disciplina cinenatogrética proporcionam as mais inespera- das indicagées fisiolégicas entre materiais que so légicanente (tanto no aspecto formal, come na sua natureza),neutrais nas suas relagdes entre si. (1+) um paralelo curicse entre o hamménice visual ¢ musicalino pode ser procu redo na composigis estdtica do plano, tal com nllo pode ser procurado na sua parcitura usical, Avbas surgem apenas na dinfimica do proceso ausical ou cinenatogréfico. Os conflitos haraénicos so previstos, mas ndo escrites no Filme ou na partiture” = eles resultam da combinagio compésita a que esto subordinados todos os elementos aplicados, care GORTAS FORMATS DA MONTAGEM: 1 = Montégem Métrica - £ aquela cuje tensdo ¢ obtida pelo efeito de aceleragio me- cinica, pelo encurtamento dos fragmentos ~ eubora sejan preservadas as propor gBes originals da édrmla. Neste tipo de montagem, 0 contedde, dentro da composig&o do fragmento, esté subordinads ao tamanho deste. 2 = Montagem Rftmice - Aqui, o tauanho real no coincide com o tananho matenéti- camente determinado do fzaguento ( de acordo com a fSrmila métrica). Fortanto, a duraco pritica deriva do espechfico do iragsento ¢ da sua duragio de acordo com a estrutura de sequéncia (...) ¢ € 0 movimento dentro do quadra que impele © movimento de montagem de quadro para quadro. 3 ~ Montages Tonal - A montagem baseia-se no tom enocional caracterfstico do frag wento ~ da sua dowinante. Fundanent “se, pois, no tom geral do fragmento. 4 = Montages Harménica -E, orginicamente, o mais extreno desenvolvimento segundo 2 linha de montagem tonal.Distingue-se da montagem tonal pelo cdleulo de todos recursos dos fraguentos, A cransiglo do nétrico para o rftuice efactua-se no confLico entre ee plans eo movixente dentro do quadeo. ‘A montagem tonal procede do conflite entre os princfpios rftmico e conal do frag- Finalgenc A montage harndnica procede do conflito entre 4 tom principal do frag mente (a sua dominante ) & herminico. £ inggnuo discorrer dcerca do pictorslisne ne plane cinema Logrfico, Isso & tfpico de pessoas com uns razodvel culeuca gstética que nunca foi 1égicanente aplicada 20 cineus, 5+ Montagea Intelectual - € a montagem np dos sons harminicos (que geralmente so fistoldgicos) mas de sons © harménicos de un tipo intelectual, isto 6, do conflito-justaposigdo de efeitos intulectuais paralelos, 6- Montagem das Atracgbes - E atracgdo (do ponto de vista do teatro) todo o momento agressive do Teatro, isto , todo o elemento deste submetendo o espectador a uma acgXo sensorial ou psicoldgica verificada por meio da experigncia ¢ calevlada matemfticanente para produzir no espectador certos choques’emocionais ( que, por sua vez, quando reunidos, condictonan por si-prdprios a possibilidade de se perceber © aspecto ideolégico do espectéculo apresentado, ¢ @ sue conclusto ideoligice fimat)”. ( 0 Modo do Conhecimento especffico do Teatro processa-se através do “jogo vive das paixtes"), Gone por exemplo = (..,) Chega @ sex diffeil delimizar o mouenco em que o patéci- co religiose cede luger ao pracer cddico das cenas de martfrio dos mistérios teacrais, (ois) Belek + # uma actuagzo no domfnio de wna arte determinada (sobretude na acrobscia }, mais no se cornanda que una forma de atraccHo spresenteda (ou "vendiday como diz # gente do circo ) de forma adequads. Na montagen das atracgies muda-se,de maneira radical, os princfpios de conseruglo de"estrutura activa” (0 espectéculo na sua totalidade): em ves do "reflexo" estdei- co de tal Acontecinento exigide pelo tema ¢ a possibilidade de o resolver por inter- nédio de acsBes Iégicamente Ligadas a esse aconkeciwente, sucede a Livre montages de acqes (atracgées) seleccionadas ¢ auténomas (mesmo fora de composigho dada e da cex na de exposigio do tens desempenhado pelos actores), mas que teh por objective prect~ 30 un certo efeite temdtico final, KULECHOV Em todas as artes hé en primeiro lugar we certo material, e depois, un aétoda de composi desse material, essencialuente adequado 2 essa arte", CANUOO E DELLUC, RICHTER, DULAC & MOUSSINAC MANIFESTO DAS SETE ARTES © prineire ¢ verdadeiro iniciador da teoria cinenatografica é um italiano: Ricciatto Canwdo. Nascido em Gioia del Colle (Bart) en 2 de Janeiro de 1879, Canudo enigrou ainda muito joven para Fran G2) € em Paris fundou 2 gazeta art{stica "Montjoie!*. A vida ce bonémien que levou e 08 intelectuais com quen conviveu (de Apollinaire a Picasso, de D'Annunzio 3 Léger ¢ 2 outros pintores cubistas) sugeriran~ Ine ensaios, om lingua Francesa, sobre Dante, Beethoven e S. Francisca, un manifesto cerebralista e 8 ios romances, entre os quais La ville sans chef (Le Monde Tidustré, Paris, 1919) © Ltautre ile (Fas- quelle, Paris, 1924). & sobretude & sue actividade literaria que se referen as ironias de um Papini, que Ine chaoa com desprezo le barésien, ¢ as de un Soffici que, no *Lacerba", Ihe dedica um estribilno "aal- thusiano"! Contuto, 0 none de Caruso, cono 4 foi dito, permanece, devido 20 seu papel de ploneiro no can po da critica e da teoria cinenatogréficas. “En 1911 e ainda durante muitos enos, quando os filnes eran na prética e na teorta una distraccdo para colegiais, un divertinento © un jo90 de Fisica um tanto cege, Con, do ~ escreve Jean Epstein - tinha conpreendido que © cinena pada e devia ser um maravilhaso instrunento de lirisno novo, que entdo apenas existia en poténcia; previu-Ine imediatanente desenvolvinentos definidos @ indeFinidos"®, Entre os auitos preconceitos intelectuais e intelectualéices da época, perante Filmes ong ninos, confusos @ sufecados por elenentos heterogéneos, Canuda pracura de facto as leis gerais e as orien tagdes espirituals do nove meio de expressio, reconhecenco por outro lado que, se existe una arte que no adnite ainda a teoria, & exactanente o cinena, devido a0 seu nascimento muito recente. Escreve assin un Manifeste des sopt arts © una Esthétique du septiéne art, dos quais resulta que o cing ina nio melodrana nem teatro: pode ser un divertinento fotogréfico, en algunas das suas formas inferiores fas, na esséncia, @ una arte nascida para ser representacio total do espirito e do corpo, un draas visual feito com imagens, platado com pineéis de luz: una abstraccio, como a tragéaia escrita e 0 drama que se 16. Pare Canudo, ns duas artes fundanentais: a arquitectura e a misica. A pintura e a esculture so conplenen- tos da primeira; # poesia & 0 esforco de pelavre € & danca 0 esforgo da carne para se tornar mésica. 0 ci- roma, que resune todas estas artes, 6 3 arte pléstica en movinento: a "sétina", que participa sinulténea- ante das “artes inbveisé ¢ das “artes néveis" (Valentine de Saint-Point), ou das "artes do teapo" e das "artes do espacot (Schopenhauer}, ou das “artes plésticas" e das “artes rftmicas". A classificacia, coma alguém disse, & "sugestive". Mas una estética cono esta, nBo s6 daseade na distingdo entre as artes, mas ‘anbin na sua hierarquia, no vértice da qual estaria o cinema, pode ser conpresasivel © justificével sob luna condico: ser enquadrada no ambiente cuttural @ filoséfico en que Canudo vivia, muito préximo de une "confusio estetizante e decadentista, wagnero-danrunziana”. 0 aninatégrafe - exclana Abel Gance - "é, co mmo disse o meu amigo Canudo, una sétina arte, ainds nos prineiros passes. tha sétima arte que neste momen to, tal como tragécie en Franca nos tempos de Hardy, espera o seu Corneilie, 0 seu cléssico ... Renovar +++ Sobretudo ndo fazer teatro, mas alegorie, sinbolo, Tonar as réizes de cada civilizacdo, abranger to- ‘anudo est cette chase un peu drdle un peu sinistre il a L'air d'un vrai cuistre mals pourtant n'est que qu.. 2 sean Epstein, Le cinénatagraphe wu de 1'Etna, Ecrivains Réunis, Paris, s.d. Gas os ciclos de todas as Spocas para conseguir erse C1S5¢ico que orientré ¢ cinens para una nove éyoce eis 0 sus granaes sonhos"?, |A importéncia de Canuda ndo se idertifica az entanto, como Manifesto das sete artes, hoje insustenté~ 1s num Factor histérico ou cronolég vel e ultrapessaao; nen, por outro Lado, encontrou os seus lini em si. Aeste valor un outro Se junta, ce mais anple projeccio. Hos seus ensaios, enbara cheios de reté- rica e de confustes. Canuéo intui alguns principios essenciais un vocabulério cinénatogréfico para 4 resolucae de certos problons. Fala dun ritmo entendido coro “jogos de planns* (" duracdo de uns imagen ‘em relacdo com as que a preceden e a sequen") e, alén disso, com “una gana plastica", cona valores de "tonal idades expressivas de imagens simultareas no mesno quadro". Sea este rita, assim entendido, nao nals do que © prefacio ao "ritmo inceriar” de que falard Moussinac ©, sobretudo. 3 concepedo do que se chamar 0 “especifico filmico": a montage. fa Canudo poden de facto entontrar-se frequentes indicios ce tenpa Lrreal ou ideal; além disso, exactanente na insustentével “teoria des sete artes" existe in suce, tnena,d2 fusto ce varias téent- hun Certo sentiéo, un outro principio fundamental: a possibilidade, 0 cas. Conudo fal de Wagner, © Wagner se referem, para sustentar esta fusdo, suitos tebricos, entre os quais Chiarini 2 Baroaro. Existe us constante esforgo em Cénuco para consicersr 0 cinems como manifesta <0 espiritual, para fazer extratr do Films un significado, exactanente coxo obra unitaria, Fruto de une personalidade criadora, anteriartente descorhecida e que no possuis ainda un nome capaz de individual i- zé-la. Canudo chana 9 esta personalidede, qu’ se serve de diversos colaboradores, écraniste, isto &, te C titulo de metteur-en-scéte, conparado con o do howen que artista da tela", visto achar insurici assune esta funcdo no teatro, Simultansanente note que os autores do filma <0, de nodo especial. pos- suidos pela agva técnica: “os métodos de exec 1¢80 visual isateurs, paré usar une paiavrs de Marcel L'ier bier, cominan... € as praocupagdes de ordem estética Ticam nun plano secundério ... mas a capacidade criadora tonard a suprenacia. Tanbém no cinem, como en todas as artes, € als necessério swerir do que definie", "0 cinena ~ acrascenta Canudo - retoms a experiéncia da escrita e renovars. Ae letras oo alfa beto sto un esquems para cinplicar e estilizar as imagens gue jnpressionaran os homens nas idsdes primi tivas.., © cinema, 20 multipticar as possibilidades de expressae através da inagem. permite una lingua- ‘gam universal. 0 novo aeio de expresséo dove rortanto reconduzir toda a representado da vide para as Fontes de cada eno¢30, procurando a prépria vide através do movimento" una série de réfiesions, Canudo eefende pcrtanto a Filne de vanguarde camo algo mais do que simples procure de meios técnices, @ além disso defend? ¢ documentérle lirico @ a nétureza-personagen: quer dizer, uma satureza que exciua o contribute decorative para se tornar un elemento apto a potenciar a accéo © a Fundir-se con ela e c6n os actores due, "como o escritor que Se reveste da personabiczde Gas suas persona gens", deven exprinir inagens hunanas. Def ® aoniracéo de Cando pela "escola" néreica, "nagnifica 1iccs0 4 drama visual @ hurane concebido en plena naturéza, estreitamente Ligado a0 espirito € aos aspectos da sraturezs", charade "sela primeira vez a represeater » personagen principe) da drama, a alma da ecc20. un pauco © deus ex machina", Nestas réflexions muitos problenas $89, se nie resolvidos. posto: com lucider pracursora: censura e direitos da inteligéncia, 0 Filme ao servigo da ciéncia, as relagées entre 0 cine sa © 0 publica, entre cinems e misica; um ensaio, con referéncias a0 fon Ime, @ mesmo dedicago & cor. “un dia + escreve ele - chegar-se-a sen divida 8 descobrir o cinena en cores naturais... Sera necessério, lento, que o artista da tela se torne essencislmnte pintor, que néo se conte e en fotografar as cores, com 2 miquine de Fidmar. Cono un pinter, dever$ escotné-Las e harnoni2: -1as nb mavinento do quadro: a pig ture n’o reproduz s naturezs ..." € iguaimente de precursor @ iniciador a obra critica de Canudo, que pode 2 CF Georges Sadoul. Le cinéma devient un ert. 2 vol., Oenotl, Paris, 1962. Ka verdade Gance transcreve sexta art + em secuida o critico do “Tenps", Emile Yuillersoz, shana ao cinesa “quinta arte", eorar-se nua série de artigos, de "criticas” de filmes agrupaces, naturelnente, por géneros: filmes ‘de aventuras, dramas e melodranas, filnes ctmicos € comédias, docusentérios romanceados, filoes nisté- Ficos, psical6gicos, granguisnolescos, Diogréticos. Além disso, escreve panoranes sobre as cinenatagra fies \etioas e orientais. 580 critices e artigas frequentenente ricos ce observagies argutas, de opi- rides ainde hoje conpartilniveis, de odo especial ao que diz respeito & algunas obras e Griffith ou e Gane, de L’keroier ou de Klene. € com rardo que 0 J8 citado Epstein escreve: "Canudo foi un missionério da poesia no cinema". E le barésien procura, por todos os neios. atrair para 2 nova forma de expressio of intelectuais “capazes ce Fixaren cada vez mais as leis essenciais no da técnica mas da estética, un Richard Negner vindo a ndsica (0 Wagner da Gpera e Orané)". Assim, tal como no passaco reunira no "YHont joie!" os expoea- tes de todas as artes e as pessoas que podien ajud8-los, funda o primeiro cine-clube (CASA: "Club des fms du Sepribne Art") © "La Gazatte des Sept Arts", com os quais procura aproxinar do cinena poetas, pintores, arquitectos e misicos. & apresenta na "Bourse du Travail”, na "Geange-aux-Belles” @ sobre- tudo no "Salon d*Autonne"” Filmes ou trechas escolhides, ado entendi¢os como reveladores ca qual ida- as estilfsticas, de estilos ou especiais “fotogenias", mas com representantes do estilo en geral fotogenia®. Con esta palavra, por ele forjada’, pretence exprimir 0 caracter filmico, o valor essencial do cinena, Canudo dirige-se ainda aos estudantes, alguns dos quais, sob 0 seu inpulso, se reunen numa espécie de “Conissio de Salvacdo Piblica* para pediren "ao governo que estude activanen te 0s probienas do cinena na escola, assim como en tagos os outros ranos do ensino secundaria © sue perior, e que encoraje os esforgas Sb dispendidas nesse sent io". A actividade de Canudo, valid dentro dos Lisites apontados, hoje camo onten ten sido supervalori 2208 por alguns e desconnecide por muitos. Vines Jé que, pars Carlo L. Raggnianti, depois de Canudo ( de Luciani) paucos progress0s terian sido feitos no aclaranento dos problemas do filme, ou antes terian surgido muitas confusdes, © complicadas e tertuosas perguntss, 14 resolvides de forma mais exacta®, Pelo contrério René Jeanne © Charles Ford, na sua Histoire du cinéos®,cedican a Canudo duas pequenas péginas, © apenas pare 0 definirem cono criador de un novo "snobisaa": 9 cinenatograr ico. ono no caso de todos os animadores guiados por consideragdes oportunistas (1), - escreven eles - + a sua influgncia aczbou 20 mesmo tempo que ele prépria. De facto, quando Cenudo morreu, 0 CASA desapareceu. Pelo contrério 0 "Ciné-Club", obra de Delluc, sobreviviu ao seu fundador ..." A es tas injustas palavras podem contrapor-se as de Fernand Divoire que, depois da morte de Cenude (Paris, 10 de Novenbro de 1923), recolheu cevotanente aun volume, sen modificar os textos, a maior parte dos artigos do amigo. aparecidos nos jomnais e revistes de Paris e Buenos Aires, os prinel~ os dos quais renontan 4 1911. No preficio # L'usine aux images (Office Central d’Edision, Gene- bra, Chiron, Paris, 1927) Etienne Divoire escreve: "Este Livro, exeaplo de f& tenaz, permanecers, tenho a certeza, Gracas a ele, 0 nome de Canuco ndo delxard sunca de existir". & de resto, § par. te da obra precursora (e nada oportunista) de Canudo no canpo da teoria cinenstogréfica, € exacta mente do seu exenplo que nasce 0 "Ciné-Club" de Delluc: 9 CASA néo morre com 0 seu fundador, mas 4 Forjada en relacia 80 cinena, pois cue tal palavra existe jé nos diciondrios anteriores ao nascl mento do préprio cinema. René Jeanne ¢ Charles Ford, ne sua Histoire du cinéna (Robert Leffont, Pa Tris, 1987), escrevem que se pode encontrar © vocSoulo “photogenie" no "capitulo X21 do ronance de Ednoad de Goncourt La Faustin, cuja primeira edicdo & de 188)..." Nota Sadoul (L'snvention du cing sna, Oenoél, Paris, 1946): "Esta palavra que geralmente se julga criada por Oelluc. € J6 enpregada en 1839, pera descrever os trabalnos de Daguerre”. 5 Carlo L, Ragghianti, Cinema arte figurativa, cit. pig. 25 do preseme volune © René Jeanne e Charles Ford, Histoire du Cinena, cit. 1 assim o "Cine-Club de Fran snce-se con “Le Club Frangais 4u Cinéma", presidtdo por Léon Poirier. Na Gragas @ Canudo, “\'élan était vonné, comp se escrevey em “Les Cahiers du Moist” FoTOGERIA Louis Delluc € 0 mais directo corroborador da obra critica ® tebrica empreendide por Riccioto Canuco hascido en 1880 en Cadouin (Dordogne). cedo inicta 2 sua actividade iiterdria: escreve novelas, contos, en solos. powsas, drams, cenédias, romances. AS suas orincipais obras sdo: Monsieur de Berlin © La princesse qui ne sourit plus, Ma Ferse danseuse © Les secrets du confessionnal, tonne des bars @ Le dernier sourire a Téte brulée. Mas Lonbém Delluc, cato Canudo, ficou comneciée pelo seu contrisuto ce ptoneiro da critica € 4 estétice clnematograt ica. Epstein dissera de Canulo: "Oe oncre abs, alguns foran comvertides por este mis- Slonério". BardSche e Grasillach acrescentan: "Pous a 2ersse que sam Delluc és ndo terfanos amado 0 novo fo cinema frances! © 0 reas rele de expressio". Charansol define mesmo Delluc com “o prineire grande none Lizacor Wietorin dasset derine-o como “0 pat da critica cinenscogrética"®, Delluc defende 0 cinema depois de o ter detestads. Apanas 5 ou tres Filmes de coM-boys 6 tinnam interes sade, quando se deixou conduzir gare 0 cinena por actares amigos @ en especial par Eve Francis, intérprete do mento di cto de Forfatture @ sobretuao teatra de Claudel. A conversio dé-se pouco 8 pouco, depois do contr de Charles Spencer Chaplin, a quem en suguide deaica un interessante ensaio, Chariot (Oe Brunetf, Paris, 1921) e Chaplin ~ nota Noussinac - ele véese a si préprio, a sua malancolia profunda e cs seus detejos de poeta’, A conversio € decumentada pelo préprio Deiluc ea Cinéma et c!®. (Grasset, Paris, 1S19), num acta de F€ rica fon profecias incuspeitéveis para aqueles tems. “Ns assistinos - declara ele - 9 nascimente de ute arte extraordindria: Culver 2 Gnica arte moderna, porque &, ao nesio tempo, filhs da méquina © do ideal hussne io € nen a primeira, new a quinta, nem a sétima: é una arte com poucos artistas, como poucos s¥o os verda~ eiros escultores © 0: verdedeiros nisicos, A sua farce derive des seus melos peculiares de enpressio direc te. A este prineiro tivro seque-se Photogénie (De Srunof’, Paris, 1926). onde a teoria & menos desordenada © mais 16gica. Entre 0s erros © as frequezas que denuacia. pte en relevo © sreconcet:a de considerer @ fous graris no civena comp un yrande € nico recurso. 0 cinema, pelo contréric, tan as suas bases na "toLogenis" cuje conceito, J& entendide per Canudo cono "cinenatogratabi lidade", # nals estudace 2 desenvolvido. Este 9s lavra, que sintetiza 9 acordo do cinena com a Totografia, pratende evprinir 0 especial aspacto poético das coisas e dos homens susceptivel exclusivanente ue ser revelado pela nova Linguagen. Qual quer sua influéa, cle @ sob a de Canudo. Esta corrente chana-se "visualisno": atmosfere e dranatisna, psicologia coisas di~ 1as oy sugeridss por inagons © pornenares néo consideracos en si prépri0s = comp enguadramentos “aaravilho~ sos" ou “divertinentes fotograticos" ~ mas aptos a criaren, Justamante stravés de ung Snttna fusdo, este- os de espirito e enogies Interiores. Estabelecide a conceito de “fotagenia", pelavra que assuniré, en seguiva, significados ben diversos © te talnente exteriores", Cetluc fundanenta as suas ideias en quatra elementos principals: Le décor, La lunlé- re, 18 cadence, le masque. Por décor (cenério) entende ele os extertores & jnteriores de um Filme ©, impli 7 "Les Cahiers du Hois' (ninarc duplo. 16-17, dedicado ao cinema, exactanente intitulads C-néea), Eéitions Enile-Paul Fréres, Paris, 1925, 1 Georges Charensal, 40 ans de cinéaa. E¥itions du Sagitteire, Paris, 1938. 2 Victorian dasset, Etute sur 13 mise en sctne, em "Ciné-Journel”, 20 de Gut.bro ~ 26 de Novenoro de 1911 3 Léon Moussinac, Naissanea du reallzador; na ép0ca ex que viveu teve de contentar-se com o "papel 3? de precursor: papel ingrato @ magnifica"”. Delluc morre em Paris em 1924, com trinta e trés anos, depois Woussinac degica 0 pequeno volune ie ter realizado L'inondation. A sus sendria, 0 critico seu anlgo L Neissance du cinéna (2, Povolozky & C!®, Editaurs, Parts, 1925) que parte exactanente do conceito de "Fo tagenia pars cheger & teorizagao de dois ritmos: o ritmo interior e 0 vitro exterlor 5 Maurice Bardéche © Robert Brasillach, Histoire du Cinéma, Angré Martel, Paris, 1340. © Grorges Sadoul, Le cinéna, cit,. vol. 11. Saéoul acreseenta: ‘muito Tonge, aqui. de edoptar raga” suite acepgdo racists. Mais apropriado seria ctzer "nacio", mas para ele tal palavrs esteva entio darasiedo contaninada ge chawvinisto, 7 Bardeche e Brasitlach, op. cit 0 RLTHO ay MORTE Naissance du cinéma - escreve Georges Sadoul - fez época. Sem divida, antes de Léon Moussinac, outros ‘inham publicado seleccdes de artigos surpreendentes (Caeudo, Delluc}; mas tratava-se neis de exaltacdes de uma descoberta ainda vecent{ssima do que de verdadeiros inventérios!, Os balancos oo prineire Livro de Moussinac compraenden Jé @ histérla ce ux decénio de cinena, © ndo Faltam neles principies tedricos. Nas- cido en La Roche Migennes, na Géte d*0r, en 19 de Janeiro de 1890, conpantetro de escola, em Paris, de Delluc, autor de rosances e d2 poenetes, conbatente na guerra de 1914-1918, politico active aas esquer- as, om 1929 - juntamente com Eisenstein, Balazs, J.-G. Auriol @ Richter - Moussinac torma-se 0 promo tor do primeira congresso internacional dos cineastes, realizado na Suice no castelo de Sarraz. Em se~ quida funda e Associarion des Ecrivains at Artistes Révolutionaires, ¢ em Noscovo recolne o aatertal para o seu Cinéna soviétique: torna-se, apbs a Libertagdo, director da Ecole Nationale des Arts Décora, ifs e do IOHEC (Instituto de Altos Estudos Cinematograficos). 0 primeiro artigo cinenatogrsfico de Moussinac aparece en “Filn'*, de que era redactor-chefe Del uc @ se este 6 "o prineiro a garantir en Franca une critica de Filnes independente num jornal dirio™ ("Pa Ls-Midi", 1917), Moussinac & 9 prigeiro 2 escrever mensalsente, acerca de cinera, numa revista de pres tigio: "Mercure de France”. Una ribrica do género - conenta Sadoul - "era, en 1920, una novidade revolu- clonérta"@. Naissance du cinéna reune exactanente os juizes criticos @ os principios tebrieos de Moussi~ hac publicados aaquela revista e noutres, como "Le Crepouillot", "La Gazette" de Canudo, "Clarté” de Barbusse. Atraido para o cinens pelos filnes anericanos ce Chaplin, Ince ¢ Griffith, que considera o pri etre grande nome da tela (una atraccdo que verenos presente tanbéa en Eisenstein @ Pudovkin), ele procy ve definir, alén do contributo do cinesa anericano, es contributas oe outras "escolas": a sueca, a fran- cese © 2 alen8 do perfodo que vai de 1920 a 1924, assim cono a sus “concepgio tedrica". ‘Avnota introdutéria 2 Naissance du cinéma principia com una afirnagdo que alguns anos depois ser retonada por Chiarini: "O ciness una arte e a indistria cinematograf ica esté pare esta arte assin como a indistria do Livro, por exenplo, esté para a Literatura". Inbuido de velhas regres de um tea- tro en fase de renovecdo e estilisticenente enferno, o fine no se libertou ainda completamente de to nefasta influéncia; © todavia nto podenos confundi-lo con o teatro, = literatura, a pintura, a escultura, a arquitectura © 2 misica. ta verdade 0 cinene provén destas artes, é a sua sintese podero 58, mas tom Leis especials que estdo por descobrir. Tivenos até hoje o cinena teatral, o cinema picts rico, © cinens musicel, @ até 0 claess LiterSrig, sem contar auitas outres formas de menos nabres in- ‘tengBesi mas aguardanos 0 cinana cinenatogréfiro, 0 da “fotogenia" - cone dizia Dellue - quer dizer. daquele aspecto extrenanente poético des coisas e dos nonens susceptivel de ser revelado ao especta- or exclusivanente pelo cinema. 0 cineaa - acrescenta Houssinac ~ pode apresentar e conentar accdes f gestos, ser pois "descritivo"; pode, pelo contrério, expor e conentar estados de espirito, isto é, ser "peético": no prineiro caso tenos do filme una forma vulgar, no segunéo una forma superior, quer dizer, vai-se 60 cine-ronance ao poesa cinenatogréfice, pessando através oe vérios géneros - legiti- Imos ~ que se serven um pouco de tuco. ad} © injustificadanente na malar parce aos casos ("A maxima expressto musical € 0 poona sinfénico" - ecreseeata Moussinac ~i "3 méxina expresséo cinenatogréfi- cca serd 0 poona cinenatagrético, om que @ imagen encontrard a sua mais pura e elevads exeltacao, sen | Georges Sadoul, prefacio a L'eta ingrata cel cinema, tracucio para italiano de Corrado Terzi, Pol gone, Mido, 1950 2 Georges Sedoul. preféeio cit. de recorrer, 2 nada algum, & misica e 4 Litera: fia integral” de Oulac) Tanbéa pare Houssinac 0 cinena & a arte do tempo € Sisul Lénesmente do espaco, 0 QUE Inplice une “concepgio pléstica" e ute “revelagto nora da Imagen: a expressdo por un lado, 8 orden e 3 forma por outro, Dai une considerével repercussio sobre as Fases seguintes e sobre os nétados de realizacio. Pa- ra tal existen, na conposicéo cinenatosréfica, elenentos que deteminan 0 valor préprio de cada imagen (a parte) @ © valor prépria ao fine (0 todo). 0 primziro dastes elenencos ~ afima Houssinac - @ repre sentado pelo "sentinento*, Fernecide no cinena descritivo pelo argunento, e no peers cinenatogrdf ico pe lo tene visual: sentinento expresso € desenvolvize pela "represeatagdo" para a gus, por sua ver, ainda concorren 4 interpretacde, os cenarios, 4 iuminazdo @ 0s angulos, nuna pstavra tude © que & improprie- mente chanado reelizacio (ritmo interior). @ segucta dos elenentos determinentes do valor de imagen € 0 proprio rivao do Filme (ritma exterior). Por isso - conclui Houssinac - Vuillermoz péde cizer que o cine mma 6 una avteitica orauestracdo de imagens e de ritnos. "Ae principio era o ritmo". afirma J, Roussiile: @ € este 0 elemento principal, a base da arte do fils u ritmo ou corte &, na verdage, 0 significative titulo de um dos princiaais capftulos de Naissance du cinéna. Se 0 ritmo existe io 56 no inagen en si mas tandén na sucesso das imagens, 2 expressio cinema tografica deve porés “ao ritmo exterior" a mator parte da sua eficiéncie. "A cansciéncia desta necessi- davia © nao estudaran) - ebserva Moussinec - que ‘dade de riteo € to forte nalguns realizadores (que os leva a procurs-lo sam darem conta disso". Cona se v8, ectaros no principio ga nantager entendids co- i base artistica do Filme; os elenentos constitutivos da taonia soviética sobre a montagem ~ natural rnente em forma anbrionéria - estao cortanto preser*25 em Noussinac. e exactanente no Smbito caquela 2 que #4 a0 ritme exterior maior inportancia, ex detrinento do ritso inverior, Meter um Filme - renaene + diz Maussinac - significa sisplesnente tracsmitir-Ine us ritmo: poucos compreenderan qu: rithae un Fine € t80 ésportante com ritnar une imagen, que 2 planificasga e 2 nontagen tén a mesm importancia que a realizesa0, constituindo antas 2 ideia © » sua realizagio visual. & estrenho o facte de ainda nao se ter tentado estabelecer este ritmo, mediente relasdes matensticas. ioy0 na planificscao; paden- do 2 curacdo da imagen @ 2 do Filme ser representadas no tenpo e no espaco por um niinero, seria bastan te FaelL, na realidade, ceterminar tals relacdes. Quando Nauss:nac escreve que o ritmo 6 una nevessidade co esfirito, una secessidade conplenentar da ogda de esp3¢0 @ de tempo, que par um Fendnend ap subconsciente ele € sudjectivanente seneinence para tedos os artistas, e que as artes se ciferesciam apenas pela sua maneira de extertorizar 9 vitmy (isto 4, quanto afirna ser do ritso que a obra cinenatogrética recebe 8 origen € a propor¢do sen = qual nao poderia assunir 0 carécter de obra de arte), 08 elenentos constitutives do pensamento Ledrico de Pudoy kin sao evidentes ro estudtoso francés. Mas este ainda revele primairo a influéneia do pensanente de Balazs e de Eisenstein, que ele encontrov juntamente com o estudiaso hingaro ex 19239, a8 Suica, durante © congresse internation! dos cineastas. (E, de resto, o que Houssinac escreve acerca da redaccia ¢a planificagao, 3 oportunidade de nela estabelecer setenaticanente, logo no inicio, a duracao Bo s6 do Fite mas tanbén Gus diverses imagens, quer na temo quer no espa¢0, apcoxinarse malta ca principio pu dovkintano da montsgen a priori, Isto é, Ga “planiticacio de ferro”. Recorde-se, a propésito, que ~ se © prineiro ensaio de Pudovkin surgiv un ano depois da Naissance du cinéna - 0 filme A Mie, por exen.i9, que aplicou tals principios teéricos, foi iniciado ws 1924) Se a intonak acrescenta Houssinac ~ € 0 espirita do ritme musical. 8 sressdo de forse © de in tensidade € 0 esplsito do ritmo cinenarograrico. Esta inpressio & cada pelo valor excessivo em relacto 4 Imagen precedens @ a sequinte &, neste caso, 0 power de sugestdo do ritie pode ser notavelmente au- rmentado: nun ment dransticc - de cue tenes multos exenplo - 0 ritno toraa-se brusco ¢ corresponde perfeitamnte 2 une respiracao ofegante e agitada, confirmando usa ver mais a relacio Fixa existente entre 4 Intensidade dos riteos orginicos @ a dos ritmos artisticos. € interessente notar, além disso, cono Hous, singe intuiv, © nun certa sentido antecipou, os “elementos diferenctadores” de Arniieim, & qualidade “anti, snaturalista® do cinema, as diferencas existentes entre a Imagen real @ a filmica; a objective - observa ele - deforas ¢ perspectiva, trai a realidage de certas substincias, ignore 0 relevo; dai derivam inter- pretagtes especiais de luzes © de planos. Além disso, @ pelicula interpreta as cares x fixa-as en branco © preto, de maneira conpletanente “arbitréria"; a variacdo da velocidade da rodagen acelera ficticiamente © ritmo dos movisertos em gerat, ou entéo retarda-o. Destas cbservagtes, do estudo de alguns “Factores di, Ferenctadores*, Moussinac no passa 8 individualiza¢ao dos ‘weios formatives", para depois efirmar, come faz Arsheim, que s8o proprianente as aparentes fraquezas do cinema que {he oferecem opssibilidades cria- -aqunzas Se identifican com 9s seins artisticos da "canéra’ e, Goras; por cutras palavras, que estas Portanto, 60 filme. Por outro Jado, Moussinac, diferentesente do teérico atemio, ten en grande consideracéo 9 progresso da técnica clnenstogréfica; afirma, com efetto, ave 8 ela esta !igades os progressos do cinena-arte. A técnica “dita leis; do & que se deva separar 9 melo de expresso da coisa expresse, mas a coise vale ‘tanto sais quanto abis completo € rico é 0 meio de expressio, e a tkenica cinenatogrética enrique con una rapidez € un poder nunce contecidos de qualquer cutra arte: ananhi relevo - escreve ele en 1925 - =e depois de amanhs a cor, em saguids 0 sonoro, ¢ assin por dhante, 0 filme sera popular ow ade existiré coma 0 teatro de Esquilo, ce Shakespeare ou de Moliére. Remonta a 1927 0 seu ensato sobre O Cinema como Expressto Social. Sétina ou ndo, arte ou do, @ cinema existe: corresponde, na sua esséncia © nas suas profundas realids das, as grandes formas de expressio colectiva; universst e internacional. s6 poderd libertar-se das for- Gas estrannas, que logicanente 0 inpedan de venver, na independéncia dada por um regime econénico novo Fundanentado en novas bases socials. "0 cinena existe", mas atravessa una idade ingrata, E se nic & 0 inena © Gnico a sofrer do actual estado de coisas criado pelo capitalisno ¢ pelo nercantilisoo € tal- vez a sua vitina mais significative porque & 2 mais atinglus ¢ eo nesno tempo 2 wais triunfante. “0 ci seag existiré". Na agverténcia que abre 0 Ultimo Livro de Mouseinac, sntitulado exactenente Lage sogret s cinema? (8.50: tas piginas possuem cardcter historico porquanto tracam © caminhe percorrido até hoje pelo cinema: nascimento, prineiros pasos - Incluinds os yassos falsos - balbucianentos, primetras palavras, @ idade ingrata de que o cinesa saird, talvez en breve, para entrar na sua juvemtuae, Sers adutto pare o$ 05505 bisnetos". 3 Poden considerar-se as “opera ania" de Moussinar referentes 20 cinema. Os textes recolhides para a selecgd0 va de [920 a [948 ("vinte © cinco anos de trabatho sto poutes para o cinema ~ escreve a au- tor ~ vinte e cinco anos de anor so muitos gare © hovem"). Reflecten "exclusivatente as preacupscdes de ust escritor que, vesde 9 nascimento da nova arte, se sentiu atraiao de maneira especial, 40 lado de Louis Delluc, pele grandeza do cinena, vendo nele un meio de expressio cue, aperteicoaco", estarie “ne vanguard entre os ua nove Gpoca,.. Estas piginas exprinen essencialmente a luta do cineca pela exis- tencia, pela procura do espirito, e ainda 4 luta que ele trava contra as préprias condigtes - contré- vias 20 eu deseiaa » do seu descavolvinento econdnice e artistica -..” Noussinac tratou tanbéa principios que regulan a encenscdo teatral:: cf. Traité ge la mise en scdne, Edition Charles Massin et C,, Paris, 194B, © Histoire du tnéétre des origines 8 nos jours, Amigt-Due mont, Paris, 1957, A CINERATORRAFIA INTEGRAL As teorias de Canudo foram rapisunente falseadas. Le barésien Links Faledo de una arte entendida ono a representacdo total do espirite € do corpo, de una visto essencial da vidas por outras pala~ yeas, *tinha considerado 0 ciners em si, como mantfestacdo de una actividade espiricual: esforcarae yral. exaninara.o no na sua evolucio en as nse por extr relhe 0 seu significado cono obra im suas obras iso{adas mas nas suas previsiveis mnifestagdes futuras. "Os continuadures de Canuao, ce lo contrario, mio tam interesse pelo cinema cono nove forme de expressio. mas por determinadas for- amis de expresso do cinema. dé ndo © consideran en bleco, mas procuran nele oS gates ex que “a seu proprio espirite pode inserin-se ac cinene!. 0 préprio Jean Epstein - que, em Le cinénatographe w: de 1'tna®, especificara com entusiesm o papel de Canudo - 20 falar das antologias cinenacograr~ ‘cas do “Salon d'Autonne” propte “fazer com esplrite mais pragnético a classificagie dos meios Fi1~ ‘icons, tonando das diferentes paliculas sequincias ou encuadraneatas representatives mifo do estilo cen geral, nas de uns qualidads do estilc, de una certa fotogenta™. Esta procura transfere os int resses para squeles “divertinentos fotogré que Cando condenava ono formas inferiores a2 un ico" “rama visual feito com imagens e pintado com pinceladas ge luz". "Ceia-se assim - note Jacopo Co- faim ~ un interesse Fragnentério por eterminagas sequincias ae certos filmes, por determinados mo- rnentos considerados especialmente "cinenatograficos", Interesse que levs ao ponto de considerar pos sivel 3 sequéncia {racade do conjunto, negando assim inconscientenente & cinenatograria aquele carkecer de absolute untiace que € a sua prineira raza de ser*?, 0 cinena de vanguarda. cujas ori- gens sdo tenbsn italianas*, perde os horizontes propostus por Conudo: © o “visual ismo", que Dellue cai nos préprios erres por ele condenadas, é levado as extremas consequéncias gor uaa multer Germaine oul ac. ascida en Asnléres em 1882, Germaine Oul ac passa do Jornalisno e da eritica dranazica para o ci. Fe Man Ray tinhan nena; pertence idealnente a uma “escole" que os pintores Eygel ing, Ruttmann, Ric J8 tornado ilustre. No seu ensaia Les esthétiques. les entraves, Jo cindgraphte tatéorave (em "L'art Cingnatographigie", Librairie Félix Alcan, Paris, 1927), parte da princtpio de que 0 einen € una arte auténose, e de que esta arte denuncia © condena os sucedéneos que derivarian de una errada con cepsS0 do "avimento" entendias como “Facii e eSsado meio para multiplicar os episédios © as cenas ‘de una chra teaeral, para variar as sttuasOes drensticas ou runanescas co mutagbes ae fundo, ater nincias de quedros artificials com outros tonades ¢a realidade”. Para Ouiac, © prinetro opstacula que 0 cinema encontra é exactanente a preocunacéo de cantar uma nist ria, @ idela de una acgdo are: saatica considerada iogispensivel © baseada nos actures, 0 confundir entre si as conceites de "acs P & de Netuagio", 0 ue aaperse 0 movnento miss sucesso de ractosarastririos. Oa» necessicase —}y(¢ 1 Jacopo Comin, Appunti sul cinema d'avanquardia, em "Bianco ¢ liaro", Sons, a.t, net, Janeiro, 1937. 2 Jean Eostein, Le cinématographe wu de 2°Etna, ext. 3 dacopo Coin, Appunti su) cinema d'avanguardia, cit. 4 Em Dezembro de 1907. Ednondo De Anicis publicou en “L'Iiustrazicne !tallena" un pequen esboco, publ icd-se Fotodi nant ‘ie fotografia. em Clnenatografo cerebrale, que ter a aspecto de vn filme de vangusréa; em 1911 ca futurista de Anton Giulio Brageglia (Nalato, Rana), "primaira teoria estés! que ~ adverte Comin ~ eran j4 consideracos auitos neios cécnicos que seriam depois enpreques no cl rena de vanquarda: € @ primeira tentstiva para dar 2 un “neio mecdnico” un conteddo estétice, una Forma expressive". &m 11 de Setenbro de 1916, F. T. Marinecti, Bruno Corss. Emilio Setcimelll, ar rnaldo Ginna, Giacono Balla @ Reno Chiti 1ancam o primeira Manifesto della cinenacografia futurista ne qual, entre outras caises, dizem: “E neressario Libertar o cinema cono meio de expressio, para o ‘tornar 0 Instrutiento ideal de una nove arte Imensanente mais vasta € mais Soil do que tadas as exis tentes, Estanas convencidos de que SO por meio dele se gaderé aziagir aquela ulj-expressividade pa- ra a qual tenden todas as sais nodernes investiyscdes artistices. 0 cinesstografo futurists cria exactanenta, hoje, 4 sinfonia poli-expressive que Ja hd un ano anuneiavans 1 nosso manifesto: Pe 505, medidas @ Yolor®s oo gnio artistico. Ma Filme futurista entrarie, cong meic exiressivo, os elementos mais variados: Jo pedaga de vide real a mancha Ge cor, das Linhas a$ nalavras em 1iberda, de, da misice crondtice o plgstica 3 misice de objectos. Enfim, ele ser& pintura, arquitectura. es cultura, palavras em Libercade, misica de cores. linhas ¢ foreas, juncdo de objectos e realidece reOtica”. Eugenio Ferdinando Poimieri (Wecenia etaena italiano, Zanetti editor. veneza, 1840) sever ‘te de que tal programa "volta a pér em causa o Capitulo soore a "Inaginagéa sem fi0s” do Manifesto hnarinettiano das palavras en iberdade". “For {naginacdo sem fos - escreve Merinetti - entendo a Liberaade absoluta das imagens ou anslogies expressas com palavras Cesligedas © sen ios condutores sintdticos © sem qualquer pontuacdo. & imaginagio sen ios © 25 palavras em {iterdade-tevar-nos-io G essdacia de materia com 0 descobrir de noves snalogias entre as coises efastauas © aparentenente opostas; avalid-las-enos cava vez mals intinanente. Em lugar de humanizar animais, vegetais e ming, rais (sistena ultvapassado}, godereno; aaimeliz9r, vegetalizar, nineralizer, electrizar ou tiquefa zar o estilo, fezendo-a viver @ nasna vida da matérie, Exenplo: para dar a vida de un fio de erva, igo “sers mols verde ananha”, € atmva: “Com as palavras eo Jiberdade terenos: a8 metafores condensadas. as imagens telegréti- ‘cas, 05 conjuntos de vibragées. os nbs de pensamentos, o$ leques fechadas ou abertes de movinentos, as répidas perspectivas anafdgicas, of balancos de cores. as dinenstes, 0S peS0%, a5 aeUldas e a veloci¢ade das sensagdes, © mergulhe da palavra na Sgua da sensibilidade sem os cfrculos concéatri cos que a palavra produz, os repousos da intuice. os movinentos ex dois, trés, quatro ov cinco ten pos. as bases aneliticas expl icativas que sustentan 0 feixe dos Flos intultivos® (Manifesti del Fus turismo, Edizioni di Lacerba, Florenga, 1914). Segundo Conin, Perfido Incento (916) de Aton Stu tia Bragaglia (planificac3o de Bragaslia e Cassano, cenarias de Bragaylia @ Pranpolini, intérpre- tes Thais Galitzki © Ileana Leonidov) seria "a prineiro flim de venguarda que surgiu no mundo". Tal afirnacdo 6 ciscutivel. porque jf a Janeiro de 39)4 se apresentara Drana v kabare Futuristov ne 13 (tradycdo Jiterst: Orana no Clube Wocturao Futurista n® 13), tragi-comédie en duas babinas (431 mauros) dirigida pelo russo ¥. . Kasianoy (apersdores © produtores: Wi. Toparkov ¢ A. Vinkler; intérpretes: M. Larionov e N, Gontehsrova; produgéo: Studio Filepteca]. "De Dezenbro ae 1916 a Ja eira de 1917 foi rodade en Florencs - segunda A. G. Brageolia - a primirs curte wetragem futv- rista {350 netros), realizado de Bruno Corra e Arnalée Ginna, ectores Giscono Balla, Chiti, Seth Telli, Warinetti e pessoas que passavan". Sobre 4 discussio acerea da “prioridade" do Filme du van guards, cF.. entre outros: wichter e § futuristi, de Anton Giulin Sragaglia; II film d'avanguarcia, HT film astratto e 11 futurisno de Hans Richter (an "Rivista dei Cisene Italiano", Koma, a. 11, AF 3 € 12, fargo e Oecembry de 1952); @ Mayekovskij © |] teatro russo d'avanguaraia de A.M, Rigel lino (Einauai, Turim, 1959) de voltar ao "visual", justanente ao "visualismo” que, na teoria ca prdprie Oulac se baseta on cin 0 pontos essenciats. 1) = expressio de um movimento depende 0 seu ritao: 2) = 0 rite en si mesmo € 0 desenvolvimento de um novinenta constituen dois elementos sensiveis © sentinentais, que estdo na base da dranaturgie de tela: 3) - a obra cinenarogrifice deve recusar queiquer estiCics estranne @ pracurar une propria; 4} = a acedo cinenatogratica gave ser "vida"; 5) ~ a acgio cinenatogrstice nao deve limitar-se & pessoa humana, aas estender-se, para alén dela, 40 donfnio da natureze € do sonno. Estes cinco pontes, enbore néo desdenhen nen a sensibilidade nem 0 crane. tentande atingi-los atra vas de elenertos curanente visuals, procuram na verdade etogio gara além 42 vis90 pumana: am tudo 0 ue existe de visivel na patureza. no imponderével, no govimento abstracto. Sob diversas formas ~ 1rd ficas @ sensivels - Dulac quer assin revelar *a expressio do movimento e do ritmo, libertos de qual quer situacse romanesca"; para ela, 0 cinema ago é una arte narrativa. "0 estudo das diversas estéti- cas cinemstogrificas - que tender, evolucionande. para @ Gnice pante do qual surge o movimento expres Sivo prootor de enocdes - sugere Iogicanente um cinena puro, capaz de existir fore da tucela des ou- tras artes, de qualquer argurento ou Interprecacdo de actores. Linas que se desewvalvem, cequingo ut confianéo-se exclusiva- ritmo subsrdinado @ una sensacie ou @ una ideie abstracts, paden enacione” mente 8 sua forga”. Nasce a “cinesatografia integral” auspiciads oor Ouiec, “muitas formas en sovi~ Imagen, pars depots as viento, que una sensibilidade artistics reune, con ritns civersos, muna prquestrar com outras". Quer dizer, & 8 fusio de una "cinenatogratia ue formas* (Iinhas que luten e {que se unem, que s® abrem © se Fechan) com una "“cinensicgrat is 6@ Iuzes" (lute o brancas © de ne- gros que queren doninar): cinema sen trana, ausique des yeux “sinfonia visual". Esta seria, segundo Oulac, a verdadeira forma a nova arte, pela priseira vez sustentada pun nimero ners du Mois (Paris, 1928, LYessence au cinéms. L'idée visuel- Suplo, dedicads a0 ctaasa, vo “Les C fej: "A musica aconpanna dramas © poems; mas existe a misica pura, a sinFonia,Tanbén © cinema deve tera sua escola sinFénice. Os Filmes realistas eos de argunenta poder adantar os meios cinemato- a denunciar absté- aréficos, nas © cinoma assin entendida & un género, néo 0 verdedeiro cinem culos, erros « preconceites. Germaine Suia¢ zal assim noutros precanceitos & eros. 114s. es en- ssios posteriores ¢ menos ortudoxos, adeice que canbén 0 filme de argunento pode ser cbra de arte. im Vistbii1é au cinéma ("Le Rouge et te Noir’, fascteule especial dedicade ao cinena, Paris. 1928) procura reurir a escola de movinento puro com 2 escola narrative. siravés dos tacos dos Factores que possuen em coun: 2 Sinceridave @ 0 conhecinento do visual, quer uma quer outro pressuzostos para une verdadeira criagio. Se @ discutivel « afirnado de que é mula a accao, isto & a "superficie", surge cono valiro. en certo sentido, @ principio segundy ¢ eusl 9 cinena conaca a viver con 9 seu valor signi ficstivo quando se verificar a relacio inversa daquels sobre a quai se baseia nornaimente 0 filne quando a imagen no ficar submetids ac entrecho, quand ¢ obra nio se fundanentar na trana an sl, nas ra forga dos meios expressivos e espirituais & disposigio do artista. Fortanto, “nenhun verdadeiro f 1uts obra de arte. seja esculcura ou pintura. te s¢ pide contar", assin con nBo pode ser contads enh “Filme narrative ou Tilve abstracto, 0 probtena & 0 mesmo: tocer © sensibilidade através do visual € dar 0 nredominio & imagen" Gs Iimites da sua teorta, © portants oo cinena de vanguerda, séo postos pela prépria Dulac, un fensalc que rewonta 2 1932: Le cinéma d'avant-garde (en Le cinéma das origines & nos fours, Aux Edi- tions du Cygne, Perisi: "A vanguarda foi & procura e 2 manifestagdo abstracta do pensenento puro « da té:nica pura, aplicados depois a filmes mais Inteligentes e hunanes: Jengou as vases da dranaty gia a tela © ao nesno respe estudou © propagau Todas as possibilidades de exprassio contigas na cojective cinenatoaréfita, A sua influsncia é inegBvel: meierou 0 gosto do piblico € 2 sensibil ids de 42s espectatores, estuiou o pensananto einenatogréfico © anptiou-o an todo © seu veste alcance Avinguarda, que & necesséria 4 arte e ¢ tadlstria, € un Fermento de vida, comas, om gerne. as Ideias das geracées futures: € progresso". Nas ainda mais significativas, coro revisée dos princi pios de Dulac. nos parecem estas palavras, contidas no sesno enscia: “entre @ ci istria © cinena: igvarda esté o cinema simplestente, sen qualificetivas, 0 Galea que verdedeiranente corta, pois representa 0 resultada e a reslizagdo conpletos". Para dar ur exemple deste cinema. bulac ria Ger Blave Engel (0 Anjo Azul, 1929), de Yoser von Sternberg, e Ole Dreigroschenoper (Wopsra de quat'sous, 1931), de Georg iineim Pabst, Flies cujo valor "ests exclusivanente na jpacdes demasiado extrentstas, Germaine sromaturgia € Aas imagens, JA livre ae todas es pr Dil 9c Cr, realmente, muna nova dransturgia: a drama gla sonora e falade da tele, entencigs camo perfeita comunhéo entre o visivel © 0 audivel. onde @ galavra J& no ten une acedo Titer ria mas Fiea incorporada na imagem, sa “ideia visual" Fortanto, tornar o cinona visual & sincero é 2 primeira grande reforma que Germaine Dulac tenta, ado 56 com os seve ensatos mas tanbén no plano pratico. Alén de La féte espagnole (1913), que dirige em co- Lsboracio com Deluc © baseande-se nun arguneato deste, realize unerasos filmes, os prineires 60s quais rémontan a 1915, De un texto de Gorki extral Le diable dans 1a ville (1924); e um argunento sur resiista ge Antonin Artaud, extrai Le coquille et 1e clergyman (1926); de un poena de Baudelaire, rear liza L'iavitetion au voyage (1927); de algunas conmosigdes musicals, en especial de Chosin © Debussy, realize Arabesques, Thames et variation, Disque 927 (1926-29). La féte espagnole et Le scuriante maga- 1g Geudet (1922) S80 as obras nais importantes de Dulac. No entanto, os seus Filmes ten hoje valor so- Dretude cos docurentos de ciners abstracto absolute, cubista € surrealista, enfin, com experiéncias ts Laboratorio". De 1939 até 1942, data en que aorreu, em Paris, Germaine Dulac cedice-se és “ectua- Lidages", pracurando dar a este género cinenstogréfico una estrutura e uns forma Filmicas que raranen ‘58 encontran #3 produgdo Corrente, constitulda por pedagos de reportagens montacos arbitrarianente (nesse caminho precaders-2, contudo, a realizadora soviétice Esther Shub, cam 9s Fines de mantegen rance-Actual ités Gaunont" sobre Tolstot © sobre @ queca da dinastis Romanov). Assim funds e dirige & fe Le Cindne au Service de I'Histoire", paseando-se nos cineca “voto: sequintes: 1} = estudar os motos pare Lidertar as actualidades das nabituals formulas e aproveitanento cine~ nnatogréfico @ para Ihes dar a elasticidade que merecen, 0 Facto de nos Limitarmos hoje aos velnos métodos de ditusto no exclui, neste campo, um maior progresso. A raptdez dos servi- 05 de infonwagses cinemarograficas atrairé cada vez mais pUblico as actual idadess 2) = para estar ben infornado, um Jornal de actualidades deve receber noticias de todo » mundo. E necessério, portanto, que seJe isento de texas aduaneiras, para poder passar Livrenente quatquer fronteira. Hoje, os direitos aduaneiros pesam de medo %al, mesne sobre oS jornais. Flimados, que auitas vezes se hesita em repetir ux pevida de envio. Un Filme de actual i¢a- es nBo & docunento de conércio, mas de troca. A sus curta metragen néo 0 torna utilizdvel Sendo incorporedo mun jormal e, portanto, Foge as Lets econgmicas que regulan a vida do fil 3) - € necessario que un jornal de actuatidades seja perfeite © objective. no que giz respetta 49 seu espirito internacional. € preciso variar-Ine as rubricas pare fazer dele fonte de educa- 80 © de noticias capazes de Suscitaren 0 interesse de todas as classes € de todas as nactes: 4) ~ deve estimular-se & troca de actual idades entre os virios paises, por acco dos habitantes esses paises @ nde de firmas estrangeiras, espaculadoras @ mercantisi 5) - 6 necessario abter dos diversos governos que os cineastas de actualidades tenham, en toda a Parte, as mesmas facilidades de acesso concedidas aos jornelistas © 405 fot6grafos, apesar do grande volume das méquinas ¢ dos grupos electrogénens que Frequentenente s2o obrigados a trazer AAs actual idades constituen maior mein de corresgandéncia & de conpreens%0 entre Os povos © as clag Ses, constituem a maior agente de propaganda, de cultura e de progresso, e os Factos que spresentan f= cam mais gravados nas mantes do que qualquer frase do jornal. ver um filme de actualidades significa realmente pare cada un de nds, assistir a um gcontecinents @ vivé-lo, significe participar na vida ‘teira do mundo. £, portanto, internacional ¢ socialmente que se deve considerar o problems das actua- Hdaces as quais encerran, de resto, 0 verdadeiro espirito do cinena®, 5 Cf, Germaine Dulac, 11 valore educative e sociale celle attuali23, ax “Rivista Internazionale del Ci- nena EGucatore”. Roma, a. VI, a¥ 8, Agosto de 1994. RITHOS € SONOS a falar de Dulac, vinos postos em relevo os erros en que cai 0 cinena de vanguarda, por exenplo, ‘not adneros especiais de "Le Crapouillot™ (1928-32), em "L'Idée et 1 'Ecran" (1925-26) de Fescourt @ chémas" (1927) dirigida por Dulac (estas revistes Bouquet, ¢ nalguns artigns publicados na proprie © pequenos volunes esto Indicados no j4 citade ensato de Jacopo Comin). Alén disse, 45 considers- des que neles se lean now sempre Sto serenas; as reservas toman-se, com Frequéncia. condenacbes. palo menos en parte injustas. "Ne evolugs do cinema como arte - escreve Ettore M, Hargaconna - & dificil dizer qua fol o contributo da vanguarde que se nega a uns G25 tarefas mais necessérias pars Libertar o cinema da tutele dos menos dignos: Fazer que ele se torne a manifestasdo de arte mais 10 brewente popular do n0sso tempo. Este € 0 n0550 estimvlo. No &, pois, ocasito de experimenter mas 2 eaificar, até porque a8 verdadeiras experiétcias S80 08 que se realizar enfrentando sem vas ar rogancias e son reninciss © delicado prablona do cinems comp arte-indistria, termas quen save ainda wl por quando temps insepardveis'!. Ao por em evidéncia algunas afiractes de Dulac, vimvs, con efeita: o comtribace que os files chanados “Ye laborstério" d¥o para a descoberta e intensificagao dos eios 6 te da vanguarda que surgiran jpressivos” peculiares" do cinest, sem contar que foi exacta realizadores com Clair, Renoir e Vigo: estes construfran alc exactanante 2 partir das suas pri- mmelras experinertacdes. e encraran 0 destinos do verdadeiro cinema, 1 Ettore H. Margadanne, Cinesa jeri © 939i. Oomus, Miao, 1932. 2 Quanto a René Clair, vejanese as curtas metragens Paris qui dort (1923), Le Tour (1926) @ especial, ante Encr‘acte (1924), Filme que con-titui uma chave para conpreender toda & sua obra: "Apesar de todas as aparincias em comtrério, Entr'acte é un flim que se encontra ros antipodas do (légico, do grotesce, de deformagio gratuite. € este o seu malor ponte de divergéncia de Dada: 3 suséncie do ele, rrento gratuits” (Clauco Viazzi, pref iciu a Entrtacte, Poligone, Milde, 1945). As origens do eo-rea- lismo de Jear Renoir poder pracurar-se algunas sequéncias atargos do La petite marchande d'allunec- tes (1978). ( fils, prosuzide gelo Jirector do "Vieux Colenbier", Jean Tatasco. influenciars en se guida Wart Disney natsuns 408 seus c3sennos enimaues: vejan-se a sequéncia do sonho e a parsda dos bringuedas. Alga disso, poten encontrar-se na obra algunas referéncias ao cinesa nérdico {0 cavelei ro da morte), a Griffith @ até a Cheplin (alguns exterzores © monentes da interpretagao). Jean Vigo. Falecido pranaturementa aos vinte @ nove anos, en 1934, era une segura provessa injustanente esque- elds en muitas histéries do cinema. Estrequ-se com ois docunentérias de vanguarda, ricos de fante- 1 @ humor sauirico: A propos de Nice (1929) e Taris ou la natation (1932). @ seu prineiro Fline de argusenco foi Zero de conduite (19397, em que o real izador nio conseguiu ainda exprimir as suas dgias @ « sua polénica; dai o caré ter Fragnentario meis de descrigdo que da narracio, porquanto ‘ado exist una auténtica @ verdadeiia trana; a snare e cesapledada catira da vida de un colégio & Feita através do ambiente © das pes.ces que nele se mover’ os rapazes qua sentem oS muros sonbrias 22 116g.ca ortotosia des regufanen.os, 0 director ango e bartuda, con uns vor anarnal, 0 prefeito velho © 9 joven que no acredita na sua “miss4o". Numi certo senrido, 0 filne revela a escole de Clair: vejan-se 0 passeio dos colegiais. a sua revolts Final, a rapariga persequida pelo grofestor, © padre, a procissio na canarata v sta ao vezardsdor, Alén disso, a sitira serve-se de pornenores veristas Frequentenente ousados e ins6lites, Mais importante é L'Atalance (1934), que se Ihe seguiu, lune das obras mais significativas d» cinema, € a histéria, rica de asivatocia, sisoolos e contras- tes, de um joven casal que vive nurs barcaca, 0 corteje aupclat, no inicic, constttul ung referencia Glairians, enguanto 2 apresentace sinematograf ica (sovinentos da miquina de Filmar. elenentos ceno- aréficos: cais, arvores, escodas) do Hétel Ge L'Ancre servirs a Carné para Hécel du Nord (1938). Por outro Jato, nao se pode compreender, was justos limites, 0 fendaeno da vanguarda do cinena, som © inserir ne Fenéaeno geral da vanguarda Iiteréria € artistica (e de arte figurative em especial), en bors ng ambite do lime os resultados sejan, con muita frequéncia, mais técnicos, experimentals © 1e- boratorlals do que artisticos. Isto verifica-se no $6 nos autores até aqui examinados - no visualis 190 de Delluc ¢ na Cinenatogratia integral de Dulac - mas também, com verems, en Hans Richter @ em Dziga Vertov. As “Fontes” Litersrias desses movinantos - mesno que tannam aascide gor opasigaa 3 tie teratura tradicional - s30 patentes. Por exenplo, Dulac perte do “purisno" de Valery, Liga-se & anbi G80 de Flaubert de excrever um Livro sem argunento, que Fosse pura Forma, puro estilo, puro ornanento, “poesia pura’. En Richter, e no $6 nele, est presents, entre outras coisas, 3 Fescinagio da psicar nilise de Freud. £ Origa Vertoy surge da ascola de Matakavski Hoje o cinema de vanguarda - note Jacopo Comin - 36 tem mais do que um valor Nist6rico: as inves, tlgagbes nesse sentido podem considerar-se asgotadas né anos © 05 esporddicss efeitos de um estado de colsas 4 ultrapassado, que ainda 32 encontran nrigurs Filmes..., tén epetias um valor de curiosidade’™, E sem divida "curiosidades", nen senpre originals, podem chanar-se 0 “angel isno d¢ certos filmes (por ‘exenplo & Guy Waned Joe, de Fleming, 1943-44), alguns desenhos animados de Wat Disney! e as sequencias surrealistas dos filmes chanados psicanaliticos, como 0 sonho inventado por Selvadar Dal para Spell- bound (A Case Encantada, 1985), de Alfred Hitchcock, © © inserto num outro filne do mesmo realizador, Vertigo (A ulher que Viveu Quas Vezes, 1958). Que © cinena de vanguarde, a sua velha acepcéo e posi, Gio, estd definitivamente orto, sostra-o, por exemple, Jonas ~ sobre o complexo de culpa de que & epcecads un honem nue grande cidade eaderns ~ eapars 0 realizador, argunentista € intérprete do fil- fe, Ottonar Doanick, tenha visto @ sua obra, praduzida ne Alesanha cidental, varias vezes preniags. A vanguarda nfo morres, 52 nko quisermas entender por vanguerea una obra coro Jonas (1957) ou cone La nuit Fantastique (1942) de L'Herbier, ou La belle et 1a béte (A Bela © 0 Monstro, 1946) ge Coc- ‘eau, “di letante de todas as experitncias"®. Trata-se sugere "La Revue du Cinéma” de encontrar una nova palavra para substituir a velha, “que designe qualquer ccisa, usa certa interdependéncia, cu pelo menos un certo epirito de interdepenséncta"®, Noutro sentido, ov por motives diversos, poden, pelo contrario, chamar-se de vanguarda, alguns Fiimes oe Wef tes, como Citizen Kane {0 Mundo a Seus Pes, 1941), © até de Montgomery”, mas sobretudo - se tonarmos @ palavra vanguarca mums acepgio er tistica © hunanisticamente nova, original ~ 0 movimento neo-reelista italiano posterior & Guerra © todos os outros sovimentos ou escolas que tenhain produzido obras duradouras. Na antiga acep¢io incluen-se, pelo contrario - além des obras supracitadas - Dreams thet Maney can Buy (1946), de Hans Richter, © outros filmes sais recentes do mesmo autor®. 3 dacopo Coain, Appunti sul cinema davanguardia, cit. 4 walt Disney ubilizaré nio s6 La petite marchande gva!iumettes aas tanbén, e de forma especial. 8 “cinenatografia integral" de dulac, © os "Estudos" © Konfosition in blau de Oskar Fischinger, nos quais 0 realizador alendo interpreta Figurativanente composi¢Bes musicais com dasenhos geonstricos, fen branco e preto e 3 cores. Disney, para Fantasia (1940-41), recorre gxactanente a Fischinger tenta fixar na Fita de celulbide frases, coupassos e até notas isoladas; isto é, tenta fotografar 2 fazer ver 4 misica en espectal na sequéncia que ten come protagonists a banda sonora, A inter- Pretacéo do trecho Rite de Primavera (Strawinsky) 6, num certo sentido, 2 “cinenatograria de Lu- 205", sonorizada e a cores, do que Falava Dulec. 5 Dadaista-futurista-cubiste, tanbén Cocteau entrevé as infinitas possibilidades técnicas do cine- sme, Limitando-as, alén 4iss0, 20s "truques" de que se serve pare Le sang d'un potte (1931) @ La belle et 1a béte (1986), dirigidos par ele, ou para outros filmes de que é ora autor dos Ciéloges, ora argunentista, ora planificador, org actor, deste Le comisie au boctieur (1940) a fuy Blas (1987), fas 4 técnica no Ihe fornece Tontes de insplracio ¢ d= enpcio para tornar a "poesia vistvel e sudivel io L Fungo do mar", "usa aigture habit de Bufivel, com algunas velas imagens - a 1igd0 de voo -, impericias © poues profundidade” (Bardache © Grasillach. Histoire du cinéma, Denodt et Steole, Parks. £943), Alen Ytadas no segundo fiIne, rengatar a 11 Re, le Torrt, gli au, que coplou @ "gay trégico" de Chaplin. 2 sang d'un poéte, como qual “tenta Filmar 2 poests cow os irnius MillJamso0 filmeren 0 disso as relecdes entre brancos @ pretos, adc Alfiers (1916) do desaparecido Lucio B'Asbre. Finairente Co née conseque torni-2o "seu", isto €, obter, em vex do riso, "en Siléncio negro, quase to violento cone © risa". A vanguarde de Cocteau 6, portanto, recrocesse que se encabre nut Fal so intelectualismo. 6 Enitorial de "Le Seve dt Cinéaa", nova série, Paris, t.11, a8 7, Vero de 1947. P Weja-se Lady in the Lake (K Dana co Lago, 1946}, realizado quase exclusivanente com enquadranentos sub Jectives, en virtuae dos quais 0 realizador guia o olhar da pétlico a tal panto, ma acca, que o identifica om o do protagcnista: "a miquias de Tilmar 2, com ela, 0 aspectador passan de objecto » sujeito": por foutras pg!uras, o canpo visual corresponde 4 visdo da personage, 0 Filme de Hontgouery deve considerar se negativo, até porque os enquadranentos subjectives 340 com Frequéncia enpreques arbitrariamente, en pleno detrinento da construcdo dranitica, dé acco € do seu riteo. E, portanto, perigoso 0 advento de tals Filmes, previstos 18 em 1929 por Acos Manaras em Cinga-Ciné. & subJectivacdo da “canéra", fore de eterainadas Circunstancias, sugeridas 20 realizador pela fantasia criatora, nap ten razdo de ser; 0 seu ‘uso intel igente e justificado pode de Facto conduzir ¢ resultades notsveis, basta recordar Variété (1525) de Dupont e, en Vanpyr (1931), de Oreyer, 8 viagem que fazenos com David Gray dentro da calaéo. Sequéncias andlogas, as desprovidas de um Igual valor expressivo @ hunano, encontranese no filme egiés A Matter oF Life and Death (Caso de Vida ou de Forte, 1985), de Powell © Pressturger (0 aviador que & Levaco para a sale de oceracdes) € no filne anericano Possessed (1947) de Curtis dernhardt (Luisa que é conduzida para wna clinica suna nace). 8 Nusa acepgdo histérica e Limitativa, paderfanos tanbén chanar neo-vanguardista una tendéncia que encon rata-se de verificar ~ es ‘tra ec Henri-Georges Clouzot 0 expuente talvez mais consciente e reftectido. creve ele, 2 proposito de Les espions (Espides, 1957) - se a par da narrativa conercial se pode uxpor a un vaste piblice usa concepczo mais pessoal a arte, isto &, use arte copar de rivalizar, em inteligéncia @ significado. com a Literatura. Com a literature em garsi, ov antes com ura tendéncte particular? Peran te 3 obra de Clouzot @ 9° autros realizadores (Ray de Crue] viteria, Allégret de Os Orguihosos. Cayatte 4@ Gino por Olho), & possivel estabelacer interessantes @ sugestivos confrontos enzre vanguarda Literéria - = de Kafka a Musil, de Beckett a Retin - @ a nova "vanguarsa" cénematogréfica (nova en relacdo 2 ligade exactanonte 408 nonas de Richter, dutac, Fischinger @ Chonette, mais experimental e de Laboratorio}. As bases ideolégicas de una e da outra S50 anilogas, se nto Foren. iguals; tis, em todd G caso, muitos pon- tos de contacto, sensiveis Incidéncias: a angistia © 0 cas camo sentiments central do mundo, a atitude acritica e imediata perante determinades wanifertacdes da vida sodurnd, o protesto ser. finaligave © re~ Ho, a falte de perspectiva, a “condition hunaine” entendida como eterna e imutavel - estética - 9 sna- yen da defornacdo que se transforma em imagen deformada. Os filnes de Clouzot como Les Diaboliques (As Diabolieas, 1954) @ Les Espions, cit., colocam-se, na entanto, no limice da Iiteretura amana da angis " cuja produgao se tornpy hoje de no, vo fertilissing, especiaisente na Franca, Rio $6 esses Filmes, mas tarvém obras cone Yanpyr oe Oreyer 0 velno expressionisno alenio, podem ser aproxinados da vanguarda l{teréria. em especial co seu sector somos nihil ista de "tipo norsal (Beckett ou Renn). As suas oases idcolégicas - analisadas em or Cukacs ~ podem farnecer a esse raspeito uns chave ainds inéuiva para a juste compre tes € Outros filmes. Ne realidade tais bases (0 carécter estético da condicde huvsna como forms ct real idade representada, a falta de oerspectiva cong principia de selec G80 do essencigl. 8 fuga para as nevroses como pratesto coritra a mesquinhs realidade, 2 tendéncia pa, ra 0 patol6gico) sio Freqvertenente una moda, Den pouco passageira, no sinena cone na literatura; por isso, exactanente Yanpyr © certs expeentes do velho expressionisno alento poder mais apropriadanente ‘chasar-se, n2 acep¢3o referida e no que Giz respeito os Filnes ca Richter ou de Qulac, “aove vanguar. ia". Nerecem ume andlise 8 porte o Dreyer de Order (1984) @ 05 fllses de Ingnar Bergman. Sob tal prisma, seria interessante un estudo sobre o "Film noi Hans Richter nasceu em Berlin, em 1888, © ebriu caninno, com os pintares Viking Eggeling, Walter Rut ‘unenn e Oskar Fischinger, & vanguarda do cinema elendo, que se expriniy ford das normas hunénas, procuran o espectalnente un ritmo eusical, de linhas, de volunes e ge cores, ex fines abstractos € surreatistas. Pintor, coma outros adeptos é3 vanguarda, Richter vem para o cinena movido pelo desejo "de aninar as suas 9; ever coisas naravilhosas" € 0 fin a que aspira desde que, 30s treze anos, assistiu pela ork conposigbes rmeira ver & projeccto de un Tilne. “Conovigo e straide pela psicologia ae certas peliculas - confessa ~ ins, pirads oalos documentértos de Flaherty, Pere Lorentz @ Joris 1vens, notando 20 mesmo tempo que 9 cineme & 0 meio mais forte para educar @ divertir as massas, as minhas preferéncias incidiram sabre os Filmes que s@ expriman para alén do racional"". Richter renuncia 9 tirar consequéncias desta "contradicéo", mas procu, va vesolvé-1a nalguns arqusentos que, por varias razdes, mio s8o reafizados ou nen mesa acebact: 10 série de Candide © winchausen, € outros de carécter social ou fantastico”. Operador dotade, Richter se ‘Que, 0s primeiros tempos, as teorias do russo Oziga Vertov ~ defensor, como verenos, dz montagem "cién- tlfica® ou “arbitréria" ¢ autor co "Kino-glaz™ ("Cine-olho") = corrente que dé essencial valor a0 ‘mira cutisno" de miquira de filmer. Destes oressupostos sos principtos de Eggeling, un dos primeiros a “utis Liar 0 cinena para exprinir 0 novinento eitmico das formas puras”, € un passo. Em File ist Rnytheus (mats connecido pela titulo Rhytheus 21, isto &, realizado en 1921) © en Riythmas 23 € Rythmus 25, recy, sega, “nodificandosthe a estrutura, a tentativa iniciada pelo sueco Wiking Eggeling. ex 1917, con Séné ‘ig Diagonal (apresentade 56 an 1925) e con Sinfonie Horizontal, que ficou inconpleta". Esta tentative consistia muna montagen ce imagens dispares que, por vezes. pretenden ter im significado ou, cel manos, basear-se nun toms, como A quoi rEvent les jeunes filles, de Chosette: una forma de cinena distractiva ines mio funcional, seo doviée de tendéncia artistica, experimental, no conercial e, neste seation, ati] ap cinenatgrafo cono mio de express2o provido de elenentos exclusives". 0 mesto se pode dizer de Vormit ‘tagsspuk (1928) que se basela no movimento de alguns chapdus © onde "sio usados. pare criar afeitas ingé- os més simfténeanente surpreendentes, expadientes técatcos cane 2 arajec ell 30 de Fim para 9 principio ¢ © duplo registo das imagens” Para compreender melhor como se dedicaran ao cinema de vanguarda alguns pintores, noneadanente Hans Richter, & (til rever o que @ préprio Richter escreve acerca da sua experigncia e das suas relagées com + dar forma concreta as Vaksnp Fpgeling gue, de Suécia, vai ter com ele & Alesanha, onde deciden, jun Variagdes sobre este ou aquele tens, que obtén gerainente co bocados de papel postos no chio de modo a estudaren-Ihes 25 relagées @ a destobriren-Ihes 2 continuidade. Para obter una forma definida cessa con, tinvidede, usar, renontsado & una Forme de expressdo de 400 anos antes de Cristo, roles de pape) scbre 5 quais unen as diversas fates da evolucdo, Cono se fossem frases de une sinfonia ou de usa fuga: fazen surgi e desaperecer, saltar e destizar os quadradinhos ce papel, nun tenpo bes determinads, segundo un ritmo estabelecido.. 9 Herman G. Weinberg, Fayez-vous deux sdus de réve, em “La Revue du Cinéma", nova série, t. HI. n® 7, Pa ris, Verd0 de 1947 10 Entre os Fifmes de carécter social, recorde-se Metall, contra os capacetes Ge aco nazis e sobre a gre ve dos operrios metaliirgicos de Henningsdorf, nos arredores de Seriim. "Era una erpresa desesperada - = lembra Richter - porque tinna ce apresentar 0 grablena politico de aanhé, que & tarde tiahe J4 sucado. 0 argunento foi refeito bem sete vezes durante 8 rodagem, interrompida com 0 aqvento de Hitler; iniciado como decunentério, o filme estava a tornar-se numa normal tonga metragem com argunento” (cf. Hans Richter, 0 Cingna de Vanguarda na Alenanha, ex Experiment in the Film, 20 cuigaco de Roger Manvel]. The Grey Walls Press, Londres, 1949). 11 Francesco Pasinetti, Storia del cinens dalle origini a cagt. Eétcao de “Bianco € Nero", Rosa, 1935. Influenciado pete cubisao (nega provir do futurismo italiane) ¢ pete busca de estruture, Richter ence tra-se, de 1914 2 1919, intetranente enpennado em aziagir a compreensio objective Ge um principio funda rental com que passa donunar 9 “nonte de Fragnentos” herdado dos cubistas. Assiu, perde gradualnente todo © interesse pelo argunento, até a0 ponte de orientar as suas investigacdes para a cpusiggo entre positive 2 nagativo, entre drance e preto, oposicdo que Ihe permite estabelecer relagbes entre um © outro trecho usa superficie er que séo ordenadas de una pintura. As subdivisdes rectas ou curves de ume tela tornan-se rsiagées entre opastos: 2 repeticdo do nesno elerento en diferentes partes da tela, e as repeticoes feitas com maior ou menor frequéncia, permiten un certo dominio ¢ srobiena que Richter propusers. EGgelina, cue ponto de partida ere andloga, encontra en Rousseau una téenica de orauestragd0 aué o ajudé @ tornar mais claro o caminho que ten de percorrer (por exenplo as plantas que Rousseau pie 105 seus quacros de “flores 4 notas ausicais ¢ as longas estrae ta virgen, as arvores das suas avenidas, 0: honenzinnos senelhastes as) A dinamice do contraponto, que Eageling chana Generélbass der Halerei, abrange generosanente, © sex qualquer aiscriminacéo, todas as relacbes entre as formas, ineluindo 2 de horizontal con a vertical. A sue seneira de encarar o problema, td0 metbdice que chege a ser clentifice - ecrescenta Richter - leva~ =0 a0 estudo ansltico do comportanento dos elementos da forma en condigies diferentes. Eggeting procu- ra descobrir que "expressdes" teria ou poderia ter uma forma, sob as varias influéncias dos “opostos" pequeno en relacdo @ grande, luz em relagao 2 obscuridace, ua en relagdo 3 muitos. imo en relegao @ fundo, e assim por dizete. Conjugande e equilibrando os contrastes mals fortes das diversas ordens, atra vs de semethangas € “analogies”, é-Ine possfvel compreender uma illmizads multiplicicate ae relagses. Utiliza os elementos ge contraste para dranatizar dois ou mais conjuntus de formes, © usa as analogias fen oposiqio 20s meseas conjuotes ve formas para por de novo estas Ultimas en relacéo entre 31. A colaboraglo de Richter com Eggeling leva a um certo nimero de consequéncias, por exemple, 4 dese hos que consisten es transformactes ce un elemento formal noutro; © estes tornan-se os seus temas, os seus instrunentos, por analogia con 2 fsica em que se inspiran consideraveimente; ouven "a misica de Forma orquestrai". Este método contraste-analogia, esta “orquestracde" de um dado instrunento através de diferentes estadtos, inpée a ambos a ideia de una continuidade, Oepais ve atingiren une linha defi ‘nida de continuidade. em aspacos no limitades, Eggeling e Ricnter notan existéncie de um género oe relacao sgltiplo @ dinanice que convide o olhar a “neditar". 0 processo contraste-analogia criara una energia que fa crescendo sedida que as relagdes se aultiplicavan. 0 inicio, canstrutdo segundo os planos, esté en harmonia com o fim, ¢ primeira parce com @ segunda, este con a terceira, a esquerda con a direita, @ parte superior com a inferior, @ cada uné delas con quélquer outa Rlenter @ Eggel ing chegan, assim, a un género de expressdo dindrics que produ: ame sensacdo bastan te diferente da ue exerce a pintura de cavaiete. Esta sensagdo consiste no estinulo que o alhar rece be quando transfere a atenc3o de un “pormenor", fase ou sequincia, para outre, o que pede continvar at8 0 infinito. “0 tena estético 6 apenes a relagdo entre cade parte @ © todo", © quem olns sente es ‘modo criadar ~ sublinha Richter = cono un proceso € no coma un facto isolado. 0 olhar & estimy= lado @ realizar. através da necessidade da recordacdo, una participacdo espectalnente activa; e, por outro Jado, essa ectividage traz en s{ aquele tipo de satistagdo que se sente quando de sebite aesco beirmos, na nossa imaginacdo, formas novas e ro comuns "0 passo 16gico que tinharos dado pare 0 espaco nfo linitedo - conclui Richter - tirera-nos, por assim dizer. do mundo ds pintura do cavalete; compreendenos que tinhanos cbt ide mais do aue 0 que oro curdvenos, iste €, 0 verdadeire movinento. £ 0 movimento implica o f!lee. Astin estabelecenos una Li- tha oe tradicie ininterrupta. de Cézanne aos cub/stas, da arte abstract ao cinema (procurando exclu Sivenente a articulacio da forme abstracta cone Gitino passo para o desenvolvinento 03 arte moderna) Mio nas interessava o Filme en si, new munca tinhands pensedo em utilizé-lo. A nove experiéncia fot to inesperada cono Jégica @ irresietfvel: mo entanto, conc investigadores do problema 03 expresso pldstica, no modificénos 05 nossos Interesses nen os estudos io sentido de compresncernos 0 funcio agente da forma pura, abstractat!® Portanto, € particularmente do cubisno @ do Cinena abstracto que aasce a tearia ce Hans Richter, contida en dois pequenos volunes que renotem 2 1920: Filnkritische Aufsatze (Richter, Berlin) © Der Spiel-File, ansitze 2u einer Dranaturgie des Films (Richter, Berlin) en que se defende exactanente lum cinema cinenetogratica, entesido cone descoberta e enprego de meios expressivos peculiares. No Livro seguinte, atenua @ alerga os seus pontos de vista. &a File-Gegner von Heute, Filn-Freunge von Yorgen (Reckencort, Berlis, 1929) afirma que os Tilees de argunento caabén podem ter valor artisti- co, mas quando se inspiran en conas simples ¢ universais © se baselan nung argutissina abservagdo para representaren una "sétira do tenpo” ou una espécie de reportagen realista entendida como prods to de fantasia, & todo 0 casa - sublinha ele - 8 poesia de uma obra cinenatografica consiste na rit 150 © 80 no arpunenzo. Este Gitima “n> conta, ou nem sequer existe, ou desenpenns um papel inteira- rnente sutordinado": 0 ritmo & pelo contréric, "sigo que ngo pode Ser aposto, & a propria condigéo 0 poesia filmica, o element bésico da sus forsa". Assim, sdo dptinas peliculas narratives, ne opi, In - “qvanda a0 se rnido de Richter, Bronencsets Potenkin (0 Ccuracado Potenkin, 1925). de Eisens tomar en conta a parte do pablico que se deixa influenciar, no seu juiz, por preconceitos politi - 2 em especial, as primeiras curtas-metragens de Chaplin “eujo éxito ndo provén da trana, nas do enpreae hunino e expressive dos meids cinenatogréficos", Linitar a trasa @ um valor total- rnente subordinedo perece-nos principio cam o quel se pode concordar, desde que por trana se enten da um entreche banal @ ndo elaborado; mas parece mais segura une outre afirmagdo de Rtcnter, de resto confirmada pela prética: os welhores argunentos © as melhores planificardes deven-se, Fre- quentenente, aos realizacores, © nao & romancistas ou conedisgrafos. 0 tedrico alenio afirma, con tude, que escrever un ergunento Cinenatografico n8o deveria constituir tareta da realizedor que, na ‘execugdo de un Filme, “suporta o mater pes e # naior responsabilidade". Esté 8 acelta que, aanitl, da a necessidede de usa planificacdo mals ov senos "de Ferro” (Richter pretende que ela seja culda- cosanente elaborada), 0 reallzador deve participar nela. 0 caso do rea)izador-arcista (Chaplin, por ‘exenglo) que escreve, ele préprin, 05 srgunentas, as plenificactes ¢ até a misica, nlo se deve ape- ‘nas ao Facto de Teltaren "colaboradores aptos « eficientes"; as ra2bes £80 de autra natureza. A pro posite de colabaradores, deve notar-se que, entre eles, Richter nto incica 9 actor, cuje valor, afi sa ele, “quase nie € maior do que o de quelquer outro objecto que contribua para acettuar a expres sto do filme... E um meio... como por exemplo um tinteira, uae eve, una drvore. A Unica coisa in portante € @ medida en que participa na filme ... A melhor miaica ... ous importdncia tem... por, ‘que com una fosicdo @ una iluminacso adequadas pode cor Verenos de- auir-se » mesno efeito . pois até que panto sio discutivels estas afirmacdes. Enigrado pare ¢ Anérice durante 2 Guerra, apbs © inconpleto Metall e breves estadias na Rissia, Holanda e suica, Hans Richter nota que se extinguiu 0 {apeto artistico original que estava na base daquele cinema de que ficou a ser un dos exttentes miximos: © que surgiu, por outro lado, uma "preg cupagdo humana e social” cono no se encontra, certanente, nos primeiras Fines de Equel ing, nos de Ruttmann @ fos seus. Essa oreocupacio est presente, como vimos, na Dulac Gos Gitimes anos e noutros cineastes defensores do cinema cond “arte pléstica, cone “misica dos oltos", como “fotogenia®. Fi- schinger, éiscfoulo de futtmana, assinata o Fin, 0 Gltino acto da vanguarda no Alenanha: como o seu mestre, dedica-se ac decumentério; © outros Ferdo 9 mesmo. fessurge, vinda através de Rlchter, a 12 Mans Richter, I] Film d!avanguardia, il Film astratto © i) fururismo, cit. entiga @ ado encertada questio do que deve vir et “prinoire lugar": soo exsencial é a vizd0 at arcista 0 Seu anor pelo irracional © désconhecido, ov afer pelos honans ¢ pelo género suman. Apanas se pode = diz Richter ~ as duas perguntas; "nas ningués pode tentar resolver 9 problema integran responder "si a na sua personelidade anbas as exigencias". No entanto, © yréprio Richter procurou vencer essa “contra sigdo" em Metall @ na série de contos que Ficou em projecto de filnes mio realizados', Hans Richter aantém-se Fiel aos seus principlos de reelizador € teérico ga vanguarda. fn Dreams that Money can uy’, por ele produzido, montadc e dirigids, experimarra, muitas vezes com Sptinos resulta dos, a$ possidil ldades do Filme » cores; no uso que Faz do novo meio técnico, conferindos Ine Fungao ex- an pressive © ewtiva, reside, com efelto, 0 valor da obra que. 3p05 os estudds de Fisehinger, indica novos caninhos @ possibilidades nesse canpo. E tarvés a cores o mais recente 8 x 8 que descreve exactenente oi to situacdes nunanas diferantes plenas de sinbolisnos de natureze Freudiane & no gust, coma fizere com anas antes Lewis Carroll em Alice através do Espelho, Richter se serve do x2drez cono motivo condutor. Neste Flime - interpretado por Cocteau, Calder, Jacqueline Natisse e Paul Gowles -, ele tenta um art Prego especial do som 4 que chana activated sound. isto €, sonar activado. Eis um exemplo extratde do auinto episddio que trate do probleaa universal da frustacdo: un honsn jocu xadrez consigo proprio ¢ parece extremnente nervoso e perturbado con 0 probiena que o teWleiro Ine acresents. Ue facto, nd usa Figura errada. uma especie de cabide em ainiature qué ined: © Jogo @ © inibe. 0 v9 desejo que © protagoniste sente de contiquar € sugerido por une tramps a esbozar use eeledia, por pessoas a fala ren con dificuldade, por uns ruidos oe méquinas aceleredos e vetardados, por vozes que procuram Laut!) ente contar de un até Jez. Quando, por fim, © jogador consegue verear o seu “oloca eRotlvo", totes as coises se tornas noraais e a trompa conclui 0 tens melédico. © sonora, no File, tem prodlanas préprios - afinua Richter - © no s8o especificanente musicais, mes raniticos. Nio pose pretender-se que a misica. talvez 4 mais antiga das artes, se adapte facilmente a un 1ei0 de expresso rebelde como o cinema, “Entregar o sonora do Filne exclusivanente ao misico é um erro ‘ie grave cono entregar 4 rodagen toda a0 director da fo.ografia. Pera se aproxinar, de maneira nova, des Se meio de expressio, 0 realizador deve ter um Ouvido sensivel ao sar e a0 ritao, eo compositor deve ter owl © olhar co realizador: apenas assim € possével criar 9 sonar activado"!®. "A proaucio corrente - refere Richter, quando esté na Anérica - fundanenta-se obrigatortastnte nos gustos © 00s caprichos do grande Dlico. Un artiste isolado que siga inspiragdes pessoais tende, por natureza, a libertar-se dessa tirania, orientando-se segundo s sua vis8e © 45 suas Ideias préprias. Tal inuepondéncia oferece-Ine a possibi lida de de corresponder aos desejos de un outro piblice, impaciente yor ver 9 que atnde ngo conhece” Richter esté persuadido da existéncis desse plblico: "os artistas no renovan en vio" "A revolug8o intelectual feita por nosens como Froud, Picasso © Einstein, palavras com energia stémica, secialisno, axtstencia- Jism, correspondem, com efeito, a mudanges na nosta inaginago © no sachd ds psicolagia da arte, da ciéncia, da sociologia @ da Filosofia. Melhor do que qualquer cutra coisa, tudo isto dé una ideia das inumeras experiércias que estio ainds por tentar. ao sai com exactidio 0 que acontece na Eursya, mas 13 Hans Richter, 0 Cinena de vanguande «a Alenanhs, cit. Entre os projectes de cardcter social ndo rea Lizados, podem racardar-se tantén [do MS Tempo pare Chorar, Vivenas cum Fondo Novo, Vesocractas ¢ Cor- poragies. Dois Assédios, As Quatro Libverdades, 0 Papel da Mulher na knérica. Alguns filmes 2 Ricnter realizados na Anérica tiveram por tema Estalinegrace (1984) © 2 Iinertacdo ae Paris (1965). 14 Eun Filne em seis episévios, escrites por Fernana Léger, Max Ernst. Karcel Duchemp, Man Ray, Cader fe Hans Richter. Operador: Arnald Eagle. Praducdo: Art of This Century Fllms (Hans Richter, Pegoy Gus genneim, Kenneth HacPherson), Nova Lorque, 1946. Ingng Hove", 11do, a. VI, 9? 113, 1 de Seteubro de 1957 15 Hans Richter, 8x 8, en ‘tent a impressto de que nos Estados Unidos se ests a manifestar, a pouco © pouen, uma grande curtos), dade perante esses esforgos, @ que una série procura de Iiberdade expressiva seria ef acolnida favora velmente”, Este "credo" publicado gor Richter!® Liga-se ideslnente 30 prefacio de FilmGegner von Haute, Fil Freund von Morgen: "VOs, inlmigos de Moje, sereis amenh’ os amigos da cinema. Todos vés deveis apren- er a desprezar 0 mau Filme, ainda mais do que tendes feito até agora, Deveis aprender 2 anar o Filme como arte". Entretanto, Richter prasseque mas suas investigaGdes préticas ¢ tebricas: dirige até 1956, ne City College e Nova forque, o Instituto Técnico do Fiime, ae que hoje é presidente nonorérig; e realize Dadatcope, am cottage we material ngo utitizado nos seus filmes precedentes, assincronicanen- + ua espécie ée te Jigado 2 textos inéditos de poetes dadiistes, Tides pelos préprios postas: ent "docunentérip nistérico™ sabre a connecida escola artistica. Tenda garticy de Rythaus 21, Richter pena hoje oun Rayttous 1960, sfova série, Paris. te TL, af 7, veri 16 Hans Richter, Voir du merveiileux, 0 “La Revue du cinéns de 1947. 2.8 W363 U ABD. 021k vERTOW € xuKECIOY 0 "UWE-GLHO" A vanguarda iteraria e artistica (ententiga ae sey quadra yeral, con as vérlas correntes: dadais lal alsticisna © ut na menos es po, surrealism, abstracionisna, visualismo, etc.) © ainda un es jortanto ~ na Frat pecial aplicacio dos principios de Lessing ttgados a esse wésticisme influenctan Ga.@ Alewanha, nos anos da “nsissance du cinéma” - 05 Filmes @ as poéticas Ge un Delluc, de ug Richter ue une Dulac (e podanos acrescentar Epstein, Literbier, Gance @ suitos outros @ 45 propostas tedricas de estudiosos que, cono Canudo ov Moussinac, nunca dirigiram flinas. Vejenos agors 6 que sucede, no imasna period, ne Rissia. Tanbém of, of cultores das artes conecan 2 aproximer-se do cinena © a pracurar-the os mele expres sivos. Ex 1915, 0 encenadar ceatral Heyerhold wostrs entrever, enbora ce maneira suniria, as bases ces futuras teorias sobre a montagen, € afirna que "no cinens nBo se deve avscrar o todo, mas pirte dele. avidencter 2 importéncia de cada um dos Fragnentos" (e o prépric Weyerhold realize, nesse period, um Filue experimental, extratéo de 0 Retrato de Dorian Gray de Oscar wilde]! Un ano dapois, em 1916, sur, (92 um tratado en que se fala de real izacao. de acctes aarelelas, de primeiro plano: € aconselnaa-se to de vistas gelguas, de cima e Ge Daina; reconhecer-se 30 Cinema maicres possibilidades de que ao teatro, no eaprego da luz: "O jogo de luzes, as manchas de sol, as Filmagens em contra-iuz sto vanta- gens de que © filme actual mo ten consciétcta e que, en més hsbeis, podem atingir efeitos surpreen- Gentes © ieesperados. 0 cinema tem o poder de seccionar realidade e, por 1580, & absolutanente neces sério um cuidado especial com os vérios feagnentos. bem cove una criagdo © ia representago atentas de tados os "pormanores” d2 acco. 0 espectador devera por vezes sentir 0 auge quna tragédia a partar de uns dedos que si woven nervosanente™®, Contudo, o autor do tratada nao revala ainda una suficiente com preensto dos weics expressivos de que Fata; alguns conselhos. como os reistivos as tonadas de viste do alto ou ce bsiv0, s80 ditados por motives contingentes, pela inperfeicda da éptica cimnatagréfica: de, vido & falta de pelicula virgen, os operadores tén muitas vezes de utilizar bocados de pelicula e nega tivos rejetteds. 0 anc de 1919 & “inolvidavel™, mesmo para 0 cinema soviético, uo ano rico ge acontecinentos. do conunista (2) considera e cinens coma um meio de auto-instrucds © auto-desenvolvinanto dos operérios © d0s camponeses: no programa aprovade pelo VEIL Congresso. 0 cinema é, na neaticade. eltado entre os malos de educagdo, juntanente con as bibliotecas, as escotas para adultos. a6 casas do nora, as Univ sidades, 05 cursos Lsvres. Mo inicio do mesmo ano & projectado na Rissia Intolerance, € Lenin epracis © filme Ge Griffith; talver tenha surgido dai "a lenda de ele ter convidado 0 realizador anericano a as sunir 9 direceto do cinena soviético". n Setenbro de 1919, inaugura-se en Moscovo a Escola Estadual e Cinene - a primeira do mundo, depois chenada Instituto Superior de Cinenatografia Je URSS - © 6m Se ‘tenbro abre em Peiragrado 0 Instituto Superior de Fotografia e Técnica Cinenategrafica, actuatmente Ins ticute de Engenharia Cinanstogratica de Leninesrada. Ainda eo 1919, volta-se a faler ce montages e, a opdsculo Kinematograt (¥fko, Moscova), surgem 05 dois primsiros estuzes sobre 8 esséncia do Filme LCF. viegitio Tosi, 11 cinema russo prime @ dopo la rivoluzione. am "Bassegne Sovletics”, Roma, 2. VILL, nf 4, JulRo-gosto ae 1957. Poscavo, 1987, 2OF, N. Lebedev, Ocerk istordi Kino $S5R, Goskinoi2t Suchtchnost kienatograficeskovo iskusstva (Substéncia da Arte Cinenatografira), de S. Chervinski, @ Buc kino (0 Espirito do Cinema), de F. Chipulinski. asce. entreranta, o “Proletkult® (cultura Papular} e, alguns anos depois, forma-se » Frente Esquer~ iste das Artes ("te"). se primero e 20 segundo simoot isso @ as escolas que deste nasceran, 0 “acnis oo" € 0 “clarisno", sobreptesse 0 Futurisno que, nos anos Ineaietoz, ¢ Revolugse ce Outubra adogte cone corrente literiria ofictal: um futurisno en que se evidencia, pelos seus dotes especieis, Maiakovski un futurisno completamente diferente de marinettiano®, ou anSlogo a este sO en parte - isto & no de escol mas de massas - e que segue o caminho do “imaginisto” © do “construtivisno", todo enpennado na conguista da técnica © vo seu triunfo sobre a nstureze. E, seo "inaginismo" leva 20 extreno un dos 1ne105 expressives do Tuturiso ~ Justenente a imagem, 2 excepcional riqueza de imagens, poesia en tendida cone catSlogo de imagens - nem seapre 9 iaagem aparece desprovide de use procure interior. Por outro 12d, Matakovski (seguido por outros) uta, no grupo "LeF™. por una arte nova gue aBo vesa ‘apenas 0 problema formal, isto 6, por una arte que seja tanbén conunicacdo. que se torne compreenst- vel a todos. Ultrapassa os Lieites de una revolucdo formal: “o poeta evita o perigo da abstraccao ~ = observa gersimente a critica - através de un continuo contacto con 2 realidade que ele quer revo- tuctonar, tutendo contra 0 convencionat para exaltar as futures possibitidades contigas ne vida quo, tidiana* A uta entre tradicionalistas © inovedores. no campo do filme, & analogs, multas yezes igual, © estreitanente ligids & travada nos outros canpos da cultura ¢ d@ arte. Os primeiros Laboran nos ves Thos esquenas, mais vezes e mais undnimenente Louvades. e consideran con olhar eritico as “dibias exoerinentagdes" dos segundos. Ao grupo dos inovadores pertencen Oziga Vertov. Lev Kulechov, Ei- sensteid e Pudgvkin, en Hoscovo. e Kasintsev, Trauberg @ Ermler, em Leninegrado, (20s quais se jun taro, en sequida. o ueraniano Savjonko © 0 moscovite Jutkeviten). Esta primeira geracéo de (nove dores, observa Lebedey, nfo representa una umidade ber definica, © ainde menos const)tui uma esco 1a com Finalidades © atitudes eriadoras comuns, con método Gnico. Ceda inovador tem a sua concepca criadora diferente da dos'outras. un nétodo préprie, un estilo individual. Mas todos procuram desco brir as leis do cinema: formulan os principios ¢a teorla da arte cinenatogréfiea e. priseiranente singa, om atfabero, usa grenética, una sintaxe da nove Linguager. Na busca de formes novas © na ve riFicagio oo carécter especifice a0 Flee, os inovadores sequen, pois, camintus diversos e chegan 8a resultados diferentes. Destacan-se sodretudo os inovatores "extrenistas” © 0s inovadores “node vrados" , entre os priseiros figuram Dziga Vertov @ Lev Kulectov. Nascido en 1898, estudante e psico-neurologia. apatxonado dos manifestos Tuturistas e ele pros prto poeta futurista, Oziga Vertov colabora na revista “Lef* (depois “Movyi Lef"), dirigide pela Frente Esquerdiste dos Artes, estrettanente ligada co futurisno. Deiga Vertov 6 influenciade par- tieularnente por Melatouski @ tal tnfluéicia determinance, sob certos aspectos, na activisige c nenatografica que ele inicia com vinte anos apenas, em 1918, primeiranente como secretanio 42 sece G40 de actualidades ¢9 Comissariado do Povo pare a Instrucdo, eM Poscovo, e depois, na mesma sec~ ‘40, cona sontador 3 °"A Giferenctagéo entre © futurisn russo e 0 futurisne italiane - de que todavia o primeiro recabeu ales do nome, o inpulso inicial d3 destruicao do passado [basta recordar Malakovski: “fazei ressoar 08 projécteis nos muros dos museus... Porque no enforcaran Puchkin?*) - viu-se, ainda mais claranen, ta do que ra evoiucdo do préprio Futurism, no facto de dele derivares outros movinentos (0 "imagi- Iismo* e 0 “construtivisnio") © das suas fileiras teren saigo poetas que se afirmaran depois conple= ‘tamente independentes, cone Pasternak” (CF.fttore Lo Gatto, Storia della letteratura russa, Sansoni, Florence, 1940). wa valor ao cinens corrente, enten, 62, que Habakovshi n Ja its igo como simples especticulo. "Para vos o cinema ¢ espectsculo - es: sus, a0 falar da vanguarda fra ve comtudo a poeta, eu 1922. - ~ Para mim § como que una concepgao d¢ mundo. 0 cinema € portador de sovinento. 0 cinema é audacia. 0 cinana € um atleta. cinema & aifusdo de igeias. Mas 0 cinene esté enfermo. O capitaliseo atirou-Ine 4205 01M0S um punhado ge ours. Wébeis enpresérios evan-o 4 passear nas rues, conduzinda-o pela mio Gannan disheiro @ cotoveren as pessoas con mesquintios assuntos lacrimosos, Isto cen de acabar. 0 coms hisao dove tirar © Cinems das méos dos especuladares. 0 Futurisna deve Fezer evaporer as dguss mortas: as estegnasées © moralisna. Sex isso, terenos 0 “tip-tap" de importecdo americana, ou apenas os hos lacrinezantes" dos varios Nozjuquin, A primeira destas dues possibi lidades tornou-se-n0s abor recida. A segunda, ainda mais"™. Simultanearente, os mais radicais exooentes de “Lef” sustentam a Jiteratues de facto", afirman que as velhas formas Literdrias, en via de esgotanento, t8m de dar Iu. gar ao ensaio jornelistico, 205 aiérios. as rotas de viagans, as mandrias; estetizan e Feiticizan o Facto, opondo-o 8 generalizaggo artistica que /dentificem com a: “invensdes" préprias para falsear a vida. Hontando as actual idades © os docusentirios, Dziga Vertov ndo se imita, assim, 0 executar lus trabalho habitual naqueles ancs, isto &. a colar macdnicanente os virlos pedapos de pelicula, acrescentando-thes a5 legendas. A iofluéncia do grupo “Lef, s que Dziga Vertoy pertence, ¢ a de Maiakovski, vai na turalmente mais longe, chege a ser no s6 rebel iso consrs as fomas nabituais @ contra a habitus} con cepgdo da palavra (60s enquadranentos), mas tandém tendéncia. vivissima no grande poeta, pare 8 cria~ ¢80 de una Linguagen especial. com o enpregc arbitririe das partes do discurso (e portante do Fi tne). pertencen a0 periago em que 9 principta da Tema-se presente que tanta Briga Yertov coma Maiakovsk ontagem, eubore nBo seja ainda entendido na sua verdaseire notureza de especitico Filmico, ¢ mais ou nanos inconscientenente aplicado en todas as artes linitrofes da I2terature: por exenplo,no tea tra, na foto-rcntagen, € ainde no cinema. Dziga Yertov corta 0 positivo en nedacos de determinace comprinento, cola trechos rodados Independentenente uns dos outros e em lugares © tenpos diferentes, procura un ritno © una relagdo tenética. deto2 que, oor meio d2 montages, se pode criar, con filnes ocunentérios, un nove tempo - convencional - © um nove espago, também irreal. Exige do operador ou organiza ele préprio as rodagens de nodo tal que © acontecinento fique deconposte, tomtaa de vértos portos de vista, com diyersos plats, contra-canpos. acelerados ¢ retardados; trez és actualidades © prineiro plano, 3 angulacie, a montagen de pedagos curtos, a construgto ritmice des sequéncias. A exempla do “golpe" ao gosto corrente en literatura e na poesis, Gziga Yertoy quer dar un “go} pe" a0 Filme corrente © fixa as suas teorkas en artigos-manifestos: "A objective é execta, infalivel = afirna - @ deve ser colocada no centra dos acontecimertas, os factes reais, rodades fare do asté- 610, sem intervencdo de actores, sem cenirios, argunentos ou planificegdes. €u sou o olho cinemato- grafico. Crio um noser mais perfeito do que Addo, crio miihares de nonens segunda varios esquemas planes prévios. Sou © cine-olho. De un toro a5 sos, as mais fortes © as mals égeis; de cutro tomo as pernas, as Ma)s elas € proparcionadas: de um tercetro a cabece, a sais bela e expressive: e com a contagen rio un hosen novo, perfeito” E ainda: "Soy 0 alho clnenatogréfico. Sou 0 eine mecénico. Sou a méguina que vos nostra o mundo tai como $6 eu posso vé-lo, A partir de hoje, liberto-ne vara sempre da imobilidage hunana. Estou cont inyanente en mevinento, Aproxisa-ne © afasto-ne dos obsectos, deslise sod eles, passe por cima eles, movo-ne junto do fecinho de un cavalo. precipito-ms para o meio dz multidio, corro giante de soldados que corcem, volto-ne para tras, sudo com ¢ avi8o, caio e Levante ¥90 Juntanarte com carpos que Caen @ levantss, yoo". Destes a outros imperatives, 0 gasso € breve: “A pertir de hoje, no cinema J n80 S80 precisos drunes psicolégicos ou policiais nem cenérios testrals, A partir ce hoje J4 ndo se Fiiman dostolevski nem Pat Pinkerton. Tudo se Insere no novo concelto ga crémica cinenatografica. Ne acgio ca vida, entran, dacisivanente: 1) 0 olho cinenatogrsfico que contesta a0 ole humane © cunceées vivo do mundo @ que propde o seu "velo"; 2} 0 nontador chnenstogréfico, © erimeiro 4 organlzar os a0~ mentos da vida isolacos, vistos esse aodo". 0 crane cinenatografico & 0 épio do povo, declara o grupo de beige Vertov. "0 crane cinenatogréfico @ 2 religigo S80 areas mortais nas maps dus capitalistas. 0 arguiento € una fabulo acerca de ns iaventada pela Literatura. Absixo & Tébule-ergunento! Vive 2 vida {al como &! 8 "Kino-glae" & "Kino-Pravda", “Cine-verdade". Com ¢ programa do "Kino-glaz" ("Cine-olho"}, redigigo en forma de manifesto futurista®, entranes por tanto tum misticiseo ansiogo ao francés, enbora diferente por muitos motivos e Finalisades. @ "Cine-oin0", consentindo, por un lady, a percepséo visual do aunde € adoptando, por outro, 8 montages cinenatogréfica, entrarta decididanente - segundo Dziga Vertov - na complexidade dz vida; @ 8 montagen organizaria, pele priseira vez, “a construgBo da propria vica". Na verdade, 3 méquina de flimar, 0 olf cinematograrico en tendids de modo tio feiticista, cono mais perfeito do que © ofno humano, com uns atm © um especial Senti, 9 do mundo, vem @ adquirir um cardcter sobre-bunano. Entramos en pleno miraculisno da méquine ae Filmar Os operadores (Kaufman, Kopalin, Bellakay e outros do grupo de Dzige Yertov) tornam-se, assim. simples Ine-olhes" © 0 cinema apenas us aeio para obter una reportagen, um especial docunentério-actualidades. A tarefa do realizedor recuz-se afiaal, @ ardenar 0 que 2 miquine escotneu: a metragen de ‘uns cena ou de wna sequéncia &, 9018, determinada necénicanente pelo comprivento total do filme; a monta- gen que dai resulta & mais “arbitréria" do que, cono prétenderia Dzige Vertov, “ciemvifica’, e 0 docuren- tario mais nsturalista-simbélico do que realista®, 5 Dziga Vertov. Kinoki, Perevorot, em "Lef". nf 3. 1923. 0 manifesto de N2iga Vertov foi publicado, tra uzids em Francés oa "Critique Cinénatographique” (Paris, 15 oe Brit de 1997) @ na Anthologie du Cinéna de Marcel Lapierre (Le Nouvelle Edition, Paris, 1946); @ amplanente citago ne historia oc cinema soviet co de Lebedev, @ ainda pelo critica holandés Th.8.F. Hoyer, mp seu Russische Fiiakunst (W.t.0n J. Brusse. oterdae, 1932). 6 Glauco Viazz! ascreve: "Quer Vertov tenha ou nJo usado verdadeiras e préprias tabelas, gréfices que ser vissem de tase para construir Filmes ov, como refere Margadoone, seguisse o critérin pele qual "cada Fac to constitui 2 medida de si messo © 2 sucessio esté na prépria Légica dos acontecinentos", & evidente que, como diz Eisenstein, nos filmes de vertov se encantra uma "mcntegen métrica". e que esta podtica @ hastan te afim & construtivista. Se a roture de Yertoy com 0 passado entrs no quadro geral da vanguarga, da “an- ti-tradigdo" futurist, 0 sau método de rodagom e de montayen ou, mais precisanente, como ele diz. de “construgdo de viga", € particularmente afi, mutatis autandis, a0 aétodo dos construtivistas que nas ar- tes plisticas, por exenplo, rejeltan os usuais critérlos de rodelardo, figurstiva ay A¥0, dos aateriais tradicionats ~ marmore, gesso - para recorrerem 8 materials tonadaos dz realigade, fragmentos de madeira, vidro, metas, © com eles "montaram construcdes" tridimensionais, assie como no cenério teatral recusam ¢ adop¢a0 de bastidores. panos de fundo © méveis em Favor da "construcio" de elenentos cenagréficos tridi- nmensionais". Na confianga que Vertov deposite nas possipilidages de captaco da maquina de Fitmar, naquilo que foi definido cono @ sua confianga no "miracul isno do cine-plno", pode tanbén reconhecer-se - acrescenta Viazzi - "un equivatente do romentismo mecanicista dos arquitectos construtivistas da grupo Asnova, do "Fel ‘ticisne tecnicista" do grupo 5235, assin camp a sua conviccdn de estar en posigses realistas pode encontrar un parelelo na andloga convicgdo de que deran provas os construtivistas Pevsner e Gavo quendo Langaram, en 1920, 0 seu Manifesto Realista" (Glauco Viazzl, Dziga Vertov e {4 tendenza docunenteristica, am “Ferrant: i120, ano XI, 9° B, Agosto de 1957) Dique mostra, de resto, a actividade prética do realizedor, nlo sé tanto os vinte e ends nGmerus de "Kino-Pravde" gurgidos sensalwente, Ge 1923 2 1925 - an oposigdo 5 “semanas clnenatogrsticas” des se Lenpo = como par exenplo, Tcetoveks Kinoapparaton (tradug$o Literal: 0 Monen com @ Méquina de Fi) ar, 1929-28) que @ exactanente "una espécie de real izagéo Cinenategréfica das suas teorlas, um cant co a0 operador do docunentaria e a onnipoténcis da aéquina de Filmar" (Leteaev). Obra estrictanente experinental, portanto, danuncia todos 0s limites dos princtpios en que se pasela. A ayséncia absojuta e legendas, a sucessto de pedagos brevissinos e © enprego formal iste de outros elenamtos no concuzen, nem poden conduzir, aquela “pura cine-Iingus” de que fala e para que tende Dziga vertov (“0 espectagor 48 680 deverd entender o ftime pela linguayem das patavrast). Néo encontranos neste Filme, mon routras 62 Origa Vertoy, docurentas verbal, mas tonbén nfo encantranos "cine-docunentos". A imagen substitue a "palavra autaritarig"; 0 turbiinio de imagens visusi: - a linguagem cen pur cento cinsnatogréfica = traduz-se, por ovtro ado, mura sensagdo Fisica de vertigen (cine-olho quer dizer tanbéa, como se ‘iu, oho répido), nun cinena sietelice-apstracto que porde, por i860. principal qualidade ¢o docu mentério: @ clareza e a veracidade. 0 experimental say torna-se un fin em si. J8 no € "o clho en Flagrante” (cam se intitula un ciclo dle filmes seus}, mas 0 que é colhido en flagrante é 0 préprio experinental sna: levado a0 excesso, coin cide com a "doenga Infantil 40 extremisio". A “trayédia de Oziga Yertov como, alias, 2 do grupo a que pertence. corsiste no fracasso da tentative que estava na base do préprio movinenco. 2 conciliag%0 ou rresno a aliangs entre formalistas das esquerdas © proleténios; "Lei transforma-se en "Ref", sto 6, Frente Revoluciondria, € Malakovsti passa a0 "Rapp" (Grupo de Escritores Proletérios)” 0° REALS ZADOR-ENCENKEDRG Surge nesse ano outro defensor € tebrico do cinema clnenatosraFica, outra “revolucionérie formal", 0 pintor Lev Vladiniroviteh Kulechov que, cengo entrado no cinema com apenas cezassete anos, como cena rista @ assistente de realizagor®, viria a ser considerauo 0 pianeiro ca realizacae cinematogrstice 7 0s Frlnes de Origa Vertov constituen, afinal, docunentas nistéricas: @ entre os melhores docunentarias dirigiges por ee & recordar Tri pesni o Lenine (Trad. Lit.: Tr8s cantos Lenin, 1934). Em tais docunen tos histérices se inspiram, muito mais terde e com iferentes resultados, Leni Reifenstanl com Climpia~ das (1935-38), Frank Capra con a série Why Me Fight, rontedo com material pré-existente e rodado por v4. ios operérios sen nenhuma ortentacdo directa. Tedavia 0 verdadeiro docunetitario, postico e artistico, deve-se a reatizadores cono 0 Ivens de Zulderzee (1930), 9 Flaherty de Yan of Aran (1933-34) ou, no cine sna soviético, 0 Turkia de Turksib (1928-29) Segundo um testenunho do realizaéor Ronan semen, que renonta a 1948. a recordacdo das “tenpestucsas declaracses ultra esquerdiscas do "Kinoki" provoca ue sorriso a Yertov, noJe um hosen de cabelos grisa~ thos © de perfil enérgico, ocupsdo exclusivanente na sus actividade de dirigente industrial", trabalho 4 que se dedicou até 4 norte, ocorrida em 1954. (cf. Experigent in the Film, cit.) 8 hascido en (899, Kulechov coneca a dedicar-se 30 cinana em 1916; encantrano-fo primeiro com actor € depois como cenarista en dois filnes de Evgueni Sauer. asbos de 1917. Depvis de ter sido correspondente de guerra e ter dirigido os servigos cinemstograficos do Exército Vernetho funda, en 1920, com alguas amigos, eniere os quait Audovkin, 9 “Instituto Xulechow™ e ensina no Institute Superior de cinema de Mos cove. Bouer teve urs certa importincia na formacéo ce Kulechov. “Pinter de boa fama, cenarista de teatro e fem seguida de cinens, Bauer passé pare 4 realizagio © conquista rapidanerte um Lugar de prineira orden ‘entre 08 Cineastas. Obtén fans de "inovador" eAbora nun sentido Lisitado @ convencional. porquanto Teng vs aun plane puranente técntco-fornal" (Lebedev). "Bauer - acrescente A. Vosnesenski - foi o primeira artista que se dedicou a0 cinena numa época em que nele operaven apenas hsbels artifices. Colocou 8 dis pasigio da tela o seu tom gosta, 2 sus vivaz imaginay30, 2 sua culture teatral. @ isso fot o suficicate gratia for aore de sovidtica. “do tinhanos une cinenatogratia, e agoré teng-la. & eriayae da cinen ver... Kuzechov foi kulechovs eran inevitaveis os problenas farnsis ¢ ele assumiu 4 carefa de os re © prineiro cineasta 2 falar de alfabeto, organizando us material no artitulads, © a ocwper-se de si- fozencs 0 filme, Kulechov, esse, fez o cinema”. ASsin se 18 no prefacio 4 labas © de palavras. Ké: Iskusstwo Kino (A Arce Uo Cinema), e6itédo en Moscow ea 1923. nas gue route os ensaios de Kulechov insertos en vérias revistas, desde 1917. 0 prefécio a0 livro & assinado pur ax-alunos de Kulechov, en, tre eles Pudovkin, £ 0 seu entusiasno, sen divide excessive, & compraensfvei. pois na realidade 0 mes, tre € 0 ploneira a técnica e da prética cinamaogréfica na Rissia: os seus contributes e @ influéncia ‘que teve. especialmente on Pudovkin, s80 vastos ¢ deverminantes. Como enfrente Kulechoy 0s problesas formais. entio inevitiveis? Cono fala do nove aifebeto, cond se ‘ocupa de silabas e palavras? Em primeira lugar, Kulechov diferencia-se de O2iga Yertov por ndo negar 0 Filme de srguiento que, pelo contrério, considera sais rico de possiDitidadss expressives. As su95 fon tes, tanto no plano teérico coo no prético, sfo os Filnes anericanos. Alén de intolerance, de Grifvitn, si nessa altura projectodos ne Rissia os filmes de Wary Pickford, Douglas Fairbanks, WiJiaw Fert, Li- Jinhan de suportar Lan Gish, policiais e "westerns", Os Filmes saviéticos, conforse recorda Lebedev, 2 concorréncia dos melhores Filmes estrangeirot; conpéradas a estes, aqueles parecian, tedrica ¢ for- Imalmonte, pouco expressives. Até um gémero 130 elenentar cono o policial asericano ultrapassava 0s nos, 505 Filmes pela construsde do arguaento, pelo dinamisne da acqSo, pela eficécie da representacso, pela nestria da montagen". Kulechov encusiasne-se com 0s flimes 62 aventuras do cinesa anericano, com a OptL, pa recitagdo dos actores, com 0 mado de montacam dos melhores realizadores. A ideia do movimento, mesmo entendico na sua forme mais externa do que interna, & un dos motives que © fazem reagir aos esquemas tea, ‘raise the permiten fornular a sua "ideie cinsmacogréfica” ela sup estruturs artistica - efirma kulzchey - 9 cinema nao pode ter nada en conus con 0 pelco; ua fersa. Neahun realiza~ vantagen na "criacdo com as luzes" transforma-se en desvantagen 0 Cea dor, conariste ou argunentists cinemotografico deve tor Laces com a ribalta. A arte contemporanca, nas Formas en que hoje existe, ov de deseparecer ay de se transformar en novas formas. Toda a energia. tndos os wei0s, todo © conhecimento Gas leis do tenpo e do espaco destinadas a serem aplicecas 3 arte deven ser orientades péra o casinho que esté mis arsGnicamente ligeds & via do nosso tempo. Esse ca- sminho 0 cinema: un cinene afastad da psicologie superficial, que 30 se concente ea register une acgdo teatral mas seja racionsinente colocads no tempo © no espaco, que registe un materia) usano e ratural organizedo e que, na projecc80, gute a atencin oo espectador. A ideia do cinema & uns ideia cinemacogrética, e 0 seu meia especifico - com o qual se pode exacta ente orientar 0 olhar do espectador + é 0 cus permite, num Filme, a sucesso rftmica dos enquadranen tos imivels ou ge breves trechos en mbyinento, isto é, @ montagem. A montagen, no cinema, & igual 8 conposigdo das cores na platura. ou & sucesso harminica dos sons n9 adsica. 0 que conte nto & tanto 0 conteido dos varios pedacos de pelicula coo 6 modo pelo quai eles sio Ligados: nl ¢ tanto o que foi ‘odado cono a méneirs segundo & qual un trecho se sucede a outro, a filse: 4 maneira de construir os diversos pedagos. « esséncia do cinem consiste na composigie, ma sucessdo aos varios enusdranentes. para alcancar fana de grande realizador no poyco culto impSrio do cinema russo™. 0 nérite fundanental fa Bauer - conclui Lebedev ~ "consistia no facto de, grineiro éa aue qualquer aos realizedores cinena, togrSficos russes, ele ter tomado em consideracdo a garte Figurative co Tile: a forma devorativa, 2 composigae do quadra, © desentio eo ritso dos movinentos do actor. Bauer foi o iniciador do movimento pictOrico no cinena russo, ¢ 05 seus filmes Constituen auténticas “pinturas" vivas sobre a tela" op. cit.). Sto evidentes as relagdes entre Bayer © Kulechow; anbes pintores, possum un ayude sentido do mate- ial pléstico mo cinemt, 20 quel confarem grande importancis; mites das limitacses oo erineira #20 ‘vanbén 25 > gard. Todaie Kulecoy nia & decadent como Bakr, e 08 Seus cirtribaias 389 raiores Estabelecide que 0 principio arsinico do cinema deve ser procurado para alén rego, isto €, ne Sua sucessio, arigina-se ex Kulechow o principio de una const! nareagdo cinewatogréfica Feita con um grande ninero de pedagos curtos (cinene cinenatogréfics, contre- posto 20 tevtre). & se un filme est construtds pela montagem de sedacos curtos, estes, pare poderen ser "1idos" © compresnsidos ripida e facilmente, dado ser breve a pernanéncie de cada un na tela. deven ter um contedde e uss construcdo racionats, una expressividade aéxima ¢, sinulténeanante, preciséo e sig plicidade, "0 enquadrasento deve actuar - sublinha Kulechov ~ com um sinal, como uns letra do alfaveto, pare ser ido ined! smante © para que @ espectador tone subitanente consciancia plena de tudo o que se isse nesse enquadranento”. Sor consequéncia, no so necessérios actores (e sulte menos actores tea- trais), mas “tipos", "nodetos", pessoas que, por si, apresemtem un certo interesse para eladoracdo cinanatogrStica, com un carécter ben determinaco @ ban visivel’ "& necessério que © trabalho dos "so dalos” no cinema seja colocado de modo tal qué represents une some de mvinentos organizadas com trans, Formacées reduzidas a0 minim" A tarefa do "modelo" nlc @, para Kulecnov. mais do que una sucessio de processes d2 taboragdo, un tra balno do realizador sobre una matéria brute. "Toda 3 acc3o cinenatogréfica - conclul - & una série de pracessos de lavoracao. 0 segredo do argunenty estd tego no facto de o autor pré-ordenar ums série de pracassos de laboragdo". Organizer. organizacio: para Kulechov, o retlizador 6 um engenheiro, um teen co construtor, un organizador, exactanante conn 0 engenheiro ou o técnica oe qualquer fMarica. "A pro cdo de um Filme ro divere da construct de una méquina". Enfisi, 0 cinena precise Je una organizacdo ingustrial que possa garantir una "boa mercadoria®. E, para Kulechov, S40 exemplares a arganizacdo € os produtos do cinena enericano. Daf, © perante a mediccridace ca produgda russe pré-revoluciondria, 0 seu ‘entustasso por esse organizacdo o oor esses produtos, e a canvicgBo de que 0 éxito dos Filmes de aventy vas de un Feirbanks consist? no facto de serae cem por cento Cinenatogréfices. iste & mntades com nu- merosos pedacos curtos € simples, Ligedos de determinada naneira ritmica A proclanatéo de Kulectoy @ diferente da de O2zig2 Yertov. Vertov enarta s manter-se longe dos velhos Fines rensnceados: “no vos aproxinis deles, no os alheis: & serigosa para a vice. Afimmanos o futu- 0 da arte cinematografica negando © seu presente". Kulechov que, coma vinos, reconhece av cinema narra, tivo maior tegitinidede do que ao docunentario © as actual dades. afirma: “Abaixo o drana psicolégico russo", mas “acolhei os files policiais anericanos e os seus truques. Aquardal un files rodado 2 partir a um argunento arganico, oa objectos orgénicanente construides no tenpo © nd espaco € com as acctes E Neobytenainye priklutchenia Mistera Wests ¥ strane Dolchevikov (traduse dos indispensaveis “mode! Jiteral: #e Extrsoraindrias Aventuras do Senhor Hest na Terra dos Balcheviques, 1924), em que Kulechav aplica a5 suas teorias, & un drama de aventuras construfdo segundo o espirito @ 3 técnica dos policiais anericanos: a abundgnele de gedecas curtos, movimento @ ritmo exterior, prev sto geral na planificagio. “Acolnei 05 filmes goliciais aoericanos"; © 6 Senhor Mest € 0 "primeiro a oferscer, no cinena sovitico, exactanente nedido, previanante planiFicade, @ executado com precisio, un trabatho de realizecdo verda- Geiranente profissional. Pode dizer-se que, con este Filme, se conclui 0 processo de transformegio do Cinema russo de sibdite do teatro en arte auténona. com neios expressivos especificos" (Levedev). 6 0 precedente Na krastion fronte (Wa Frente Vermetna, 1920) € um policial. mesmo na sua Finalidade propagan ‘dista: en parte com argurento © en parte cocunentéric, & construide iejtando © melodrama de aventuras anericano, E quanda - apés Po zakonu (trad. Lit: Segunde 4 Lei, 1926), extraido Ge una obra de dack Lon dan ~ Kulechov procure i8 mo trabalnar a partir de “ux material convencionalente soviérico", as seus fines passen a ser wediocras, isentos de Interesse: “enbora se orientasse pele tenstice sovistica, Ku- lechov 80 atingiu of resultados qua dele se esperavan; nto conhecia a vida que tentava representar na (Lepede)? tela @ falseova’ Se kulechay &, portanto, © primeira a sustentar ne cinema russo e por consequdncia no cinema sovig tico “a navessidade de una atiude clentifica @ consciente gerante o cinema entendide como arte autd~ ona, de un estudo tedrico @ experimental das suas leis, por ele préprio iniciedo", sio evidentes as suas VimbtagBes. Mentifieando 2 produce dus filuws com a das méquines, a sua atengio incide em espe ‘cial sobre 05 problemas tétnicos,formais da crgantzacéo. a imitacdo acrftice das modelos ancricanos, ‘ne sou entustaseo pelos wads exprcssivos exteriores, on detrinento dos aotivas {ntinas ds eeyéo, con Funde 0 tecnicisne con a arte. 0 estudo "de engenfeica” @ @ inerefte veriricacéo experiaental leven elechoy 4 concepeio de una eontagen “clentifire” (e 34 nio “arbitréria" ceo an Digs Wertoy), capex @ un nove tempo, mas aftnal e descobrir 2 fxar, sinds weltior do cue no prépric Vertov, ux novo es insatlstatoria, com gepois Eisenstein evidenciaré. A insattstacdo deriva justanonte de principio da conscrucéo racional das sequéacias retalhadas en grande nizers de gadacos curtos, seguido as leis das possibilidades perceotivas do espectador. Assim, tanbén nesse caso, a montagen dos pedagos isolados @ das conas © sequincias @ determinada mecanicanente - 90 trabuiho de un “real Lzador-engembeira" - pelo comprimento totet da obra "Wa maioria dos cases, as Filaes promzides ado corresponden, nen do ponte de vista ideulégico now Gp arcistico. as novas exigiacias" - deciara en seguida o gréprio kulechoy e, com ele, Cebsdey € Eisens tein, "As elas andaw cheéas da produ;dy burguesa do Ocidente. Chegou © sownto de levantar © prablena de una cinenatogratia verdadeiranente revolucionsria © de encontrar seins para desenvolvé-la". Kulectiov fal Cong 0S Construtivistas - abserva Lebedev - ele pel. reconttece que & apenas ua “vevolucionsr io Formal". nig ve diferences entre 4 produgio ideotdgica e a material Segundo a Lei € talvez a melhor abra de Kulacnov. Mio obstante os seus etros, certas cenac deste filae (conhecigo em Franca cono Dura Le>) ¢ de Lutch snerté (trad, 1it.: 0 Reto da Morte, 1925], segunda um ar ginento de Putovkin, "su t30 importantes pars o desenvolvimento do cinena russ cons alguass sequéacias de Griffith e de Ince 0 $89 para o cinema americana" (Bardiche € Urasillach, op. cit. Anélago é © juizo 4 Leon Moussinac, en que Bardéche @ Grasillach se Fundanentaran: "Kssecno¥, que precurou de: verdadeiro sentido do cinens nunca 0 consequiu. A provs est om Burs Lex. Mss a cena da morte © 9 Fin do Fille devas ser considerados, na cinema soviética, coso certos passos de Ince na Histéria do cinsaa americana”. (Le cinéna saviétique, Librairie Gallimard, Paris, 1923). Recorde-se, 2 progésito, que Ince cawegou no cinema cee técaica de ncntagan. A abra-prina de Kulechov é, segundo Edgardo Nacarini, Veliki eechitel (trad, 11t.: 0 Grande Consolador, 1993): "o argwaento asgis-se en acontacimentos axtreiaos da bblografia do escritor americano 8. Henry @ de alguns Wotivos das suas narrativas. A obra protende expri, Ihir a esterilidade da doce e contoladera nentira da arte, que nao faz mais do que susentar os sofrimen~ tos das pessoas oprimidas © hunilbacas. Estitisticarente, o Film protende pOr ea relevo & inportancia antal no cine mass quando o som ¢ 4 palaves estiveren Rom, nova série, a. [, a 1, Outubro d@ 1947). 4 sags larga @ diversanonte aproveitados* (em que deve canservar a sua Fungo funy anes & Nero" Lo € seguida Kulechoy corrige alguns das seus principios: refuta cam Pudovkin, 0 conseita do actor mate ra inerte nas maos do realizador (0 “tipo") e 0 cerécter demasiado tecnicistz da montages, Tadayia con- tims @ ter preocupacées por assim dizer granaticals. Os ado assumen ut tom didtctico e, no undo, ndo so mals do que coapttardes das Ligdes proferides no Institute Cinenstogréf ice de Moscovo. Ex Osnovy Kinorejissury (0s Princfpios da Realizaco Cinematagrifica, Goskinoizdet, Moscovo, 1941), tal ca= ricter € acentuado; encontranas no livre una série de "wenento", dirigida aos vérios cristores do filne, ainda hoje actualissina; indica, por exempta, a necessidade ae uta intia fusio de travalno entre os di- versos colaboradores, que deve Cozesar ao géBinete: "0 travaltio de gabinete do realizaoor com os seus colaboradores € necessério para definir 9 super-proplena do Filme @ os suer-probleses das personayens; ho gabinete se constitui a conunicade artJstice do futuro filme, afloran os nontos de vista comuns, ela bora-se ui plano de acco. estudanse os pomenores da planificast. fecordatse fais ds enssios Letras de Autocar Prokta Kirorejissory (A Pritica da Real zac Cinematogrfica, Masco, 135] e Repeticiomyi met ¥ Kino (0 Hétado gerne, tal m0 Cina, Pesona. 1983. ‘A TESOURA POETICAT E especialmente no perfoda 1921-25 que os realizadores soyiéticos - @ odo agenas os soviétices ~ elaby Agente princiyias @ teurias. En 1925, 0 einen vam os seus nétodos de trabatho & ex io §8 ten conscién la de SI msuo, dos seus meios e das suas possibilidades expressivas. Jd se afimaran, entao, personalid des cone Ghartes Spencer Chaplin: A Dog's Life (Vida de Cao) é ce 1918; The Kid (0 Garoto de Charlot), ae 1921; The Pligrin (0 Peregrina) @ A Kowin of Paris (Opinido Publica), de 1923. Como Chaplin, cutrus reali- zadores-criaderes tinha Iniciads, antes de 1925, a sua vSlida actividade, entee eles Erich ven Stroneia, com Foolish Mives (1921) e Greed (1923); Friedrich M. Murnau, cow Nosfersws (i921); Kobert Wiene, com Das Kabinett das Dr. Caligari (0 Gabinete do Or. Caligeri, 1919) © Genuine (1922); Fritz Lang, com Doktor Ha use, der Spieler (1922); Paul Negensr, com Der Student von Prag (19127; Kari Grine, cow Die Strasse (1352); Victor Sjostrée, com Berg Ejeind och haus nustry (Os Prascritos, 1917); © Mauritz Stiller, com Gista Ber- ings Saga (A Lenda de Gista Gerling, 1923). Alem Jisso, nasceraa as prineiras “escotas", a elem © do Kan merspiel (Lupu Pick), @ Yanguarda, @ Clair de Entrtacte (1924). 0 ano de 1925 @ sinda un dos aais Lupar- tantes na histéria go cingne: Murnau reatiza Oer Letzte Nana (@ dltina Gos Hosans) e fartuffe; Pabst, Die reudlose Gesse; Clair, Le voyage imaginaire; Renoir, Lz Fife de I'eau. Mas 1925 € sobretudo © ana de Va- été, de Dupont: de The Gold Rush (A Quinere do Ouro), de Chaplin; e de Gronenosets Poterkin (0 Cavracada Poteakin), ue Eiscnstoin, F € exactanonte neste perfado que surgem o§ priastros auténticos te cor cinens togrsticos. Ex Franca = @ 0 "Cahier du Yois" dedicado 20 cinene, exactamute om 1925, oferece ua dacuants cle ish, fio e interessante - a musa de todas € © enuusiasno; codes dio largas - com guserva Gerbl - a una ada racio sen reservas; “existe algo de infantil nesta alegria maravilhade, nasta inyénus exultagdo perante @ "novat arte"s 0 ciem 6 qualquer coisa de seneihante a um navo sentido (Jean Tédesca); @ 4 odauina de estamper 5 vide (Liverbier}; @ @ ubsLizacdo do absurdo (Gus BoFa). Mas, av ler estas @ outras aafinicdes, comenta Ger, Di, dir-se-ta antes que € a crftica cinanatosréfica @ utilizacdo do absurdo. Germaine Dulac encontra no ci, hema nada mais nads menos do que a arte da ideia visual radicada na nstureza, na realidade © 10 iepowera- vel; André Soucter, que consegue lar o Essai sur les vonnées Janddiates de 1a conscience na abscuridede das salas de projacyao, descobre que a filma parfeito serd a pocma por exceléncia, porque $e colocard na "dura lo pura", Outro entusiaste, ‘uas por aotivos Filoséficos diswateatoente opattes", é Jacque-Catelala que adora o cinema por nele tudo variar até 6 infinito, “no tempo © Aa espago". Nanos preccupados com problenas gnosiclégicos, Be aroncelli e (‘Herbier palgitas 62 terna comy39 ao reconfecerom no cinem un nstrusente fFormidivel na mo 435 dewocracias “prochaines", © verdadeiro esperanto destinado, par decrato da provisénela, 8 apressar © advetito Ge uns unanidade mellior. E todos, ou auase todos, Lando em aente as teorias de Valery. parten ~ como se viu - 8 procure de un cinema "puro", “absaluto", Estamos em plena afstica: @ clara a oaneira como nacce - conenta ainda Gerbi - esta forma especial 00 mis ticismo dos intelectuals france: . A Forga de andlises pars consequires dascabrir o "quid especifica de cj rena. concluen que esse “quid” € inetSvel ¢ subline. indescritivel, ta) coro Gaus, € entdo oxcila-se entre ux delfrio de cerebralisna (recordem-se os realizadores que, @ proposite dé Flises, distertan sobre 3s rea- idades epifenonéaicas, @ inquietacdo eutescépica, 8 scbre-realidade, 9 animisna, a intuigie bergsoniana, a5 Mpgstases do verdadeiro e as nipotipases do inconsciente) ¢ us Gelirio de misticisEo caro aos nao pow hhunérosos que atribuea 3 objective a Faculdade divina & transrendente de ver coisas e mundos para nos nao visiveis. E evidente que quon se coloca en t8o sublines alturas no pode discutir 0 lado estético da questio. © cinena & grance @ maravilnaso. © basta; 0 cinema é sempre enorme © naravilhos(ssino: O cinema tem, eso-Francis Lagtenne ten s coragen de Ur ate assin, arcanas virtudes “at geterno, auic et semper ao fin © dizer claranente: "o pior cinena &, apesar de tudo. cinesz, quar vizer, algo de cunovente @ indefin(val™. Parece ester-se a ouvir un catctlco - observa Gerbi - falar da aissa ou da comumae que, mesmo quando ministradas por um sacerdate indigno, continua a ser a missa e @ commie, algo de comp- vertue @ lngefinivel. "Perante tats acios oe £6 © devagdo, Bo nos resLa a nbs, curiosos © benévolos ia Fieis, mais do que aFastarm-nos nas pontas dos pés, sustendo a respiracao até estarmos fora do temslo. Emma ai, no lniar, encontraresgs Cocteau 2 Delteil € ouvirenos 9 prineize auriurar, enlevado, que de- tenminade Filue € una “abrs-prine absotuca”, € a segundo saloodiar sem tronia: "Le cinéua est won ere. je Tui dois 1a vie et je I'aima. Le cingna est 1a pllule Pink de le Litérature; AT lui denne sang et pour, re’ Todas esses proclanan: 0 cinema nats deve peGir aos outros; € @ mals rico do todos. E 8 pergunta “0 que € 0 cinews?", salvo raras excenstes, responden con inaltervel entusiaswo: "0 cinene é wea arte". Dito is to, estic verdidos. Porque una arte pressupbe cutras artas, © entdy & necessirio procurar en que & gue 0 cinema se distingue dessas outras artes e, portanto, se © covio podem distinguir-se as artes enitre si, Oo Iabirinta espianaso ea que se meterau, Ada conseguem tirs-{os - conctat Gerbi - nem 0 ewseinere-se, supti, 28s © aduladores, perante 0 disco vitreo da méquina de Filmar, nen os esforgas de sentigo mistico para esquecerem a materialidade do monente da rodagem: n3o basta a intenpretaydo mecanica, nas tanbém mao basta & teologta' En plena wi lana 0 miraculismo da wéquina”. proclana que o “cine-olho", além de ser “cine-verdade", ten un poder sobre tica, eabora diferente da francess, se esté tain na RUssia, como viNlos. Deiga Vertor pro= a diapdlices ver: -huneng, @ tudo quanto ngo @ considerado cinema pura é pera ele “dlabélico, oe proventénc 0 Viteratura e Wo teatro e, visto no ser pertinente 29 clnena, deve Darir-se: 2 Iterature (e aryunento, portanto) © o teetro (a recitag$o dos actores) colocaa-se entre a vida ea “casera”, estracam o mundo”. (E Dzige Vertov, que repele a Literatura, inspita-se ew determinidos movinentos © correntes dessa t:teratura). as 8 em 1804, un ano antes ce Ca naissance du cinéma de Moussinac, e dais antes de Antonnel{fo Gerbi apli- car a estétics crecians no sentids de opor “eritérios mais subtis" © “cénones nals rigarosas" 8s “conside- ragdes" dos "Cahiers dy Mois", 0 fdngaro Bela Balazs escrove us Fundamental Oar sichtbare Mensch, oder die Kultur des Films (Deutsch-Osterreichische Verlag, Viena), a0 qual Se segue. dois anos depois. um “éureo' ivro de Ysevolod Pudovkin; tanto nun como no outro, a especulatio teérice adguire auténtico valor: @ mate ria & estudsda Sistenaticanente © consideram-se 0 priseiro plano e a sontagen os “especificas Filaicos", isto €, 05 dois principios estéticos fundamentals em que se bascia 0 cinena como arte, Ja podian encontrar se exenplot de prineiros planas @ de muntagen es The Sirti of a Nation (1915) © ea Intolerance (1916), mas no existian sé nestas duas coras. Enbora se atribva geraimente a tnvengBo do primelro plang @ David Wark Griffith, néo falta quen Ihe contesie ta] prioridade’. A mesma coise se verifica en relacdo 2 nontayem, en | Antonello Gerbi, Tcorie sul clnena, en "IL Canvesno™, M)J80, a. VIS, n¥ JO, 25 de Outubro de 1526. 2 Webitualuente os tedricos estrangeiros atribuen 4 Griffith a invenco Go priseiro plano. Vejan-se Balazs Pudovkin, Arnielm, Botha e Spatt isoode. Seseando-se nas suas afirmagdet, outros cairam no mesno erro Ectore M. Margadonna (Ciena jeri © ogy, cit.) ¢ Alberta Consiglio {Ciness, arte € linguaggio, loepli, Mi Uo, 1936). Eugenio Ferdinando Paimieri (Vecchio cinena italiano cit,) eo A. (Vita lebariosa di Giovarnt Pastrone, em "Fila", Rina, nts de 4. 11, J9 € 25 de Fevereiro oe 1984 © ue 4 © 7 de Margo do mesao ano} Feivindicam para © reslizador de Cabiria, Piero Fosco (isto €, Giovanni Pastrone), 2 invengdo do priseiro plano. Umberto Barbara, suo note a FiJu @ fonofitm (Le Edizioni a'Itabia, Kons, 1995), esereve: subarsinades?. Mas ~ acentua Francesca Pasinecti - que "deve atribuirese definitivusente essa descober 0 que ta (@ primeiro plano} a Griffith ou 2 outros, & cossa que aio pode, rigorosanente, interes; pode Ser tomade en considere¢do & 0 facto ge ete ter sido a pringira & aplicsr esse meio con perticutar "en oncontramse Frequentescate prineiros planos nos Filnes ttalianos anterigres aos de Griffith... bas 1a citar un belissiso exemple de Nalosbra (1923). Tanbéa 9 conde Negroni usou com Frequencla o prineiro plana, quer de pessoas quer de objectos. @ foi abacado Sela imprensa cinenstogratica de entdo, por cause das “penss que Jenbravan trayes" © os “tinteiros que parectaa pares" ... 1a verdad, até acs prineiros Dpequenos filles da Cines = e fenbrarse que a Cines foi fundads on Rona ew 1992 (pelos senhares Alberiai f Santoni) - existiam alguns primziras planes". Anedeo Acri (La pistola puntada, ei "Cinema", Ruma, a LV, n® 97, 10 de Setenbro de 1939) nota: ",,. 1903 encontra-se um priweiro plano sun Fim ae E. Forter he Groat Trein Robary, Foran ag ree) idade os reatizadores (talignos que generalizaram © uso do primel~ ro placa, D files Na I"anor aio non muore!, realizado por Caserini en 1912, Finaliza com um priseire plano ¢e Lyda Gorelli @ Mario Gonnard...". Sadoul, no segundo volute da Histoire Générsie du Cinéma (Les plonaiers du cinéce, Ces Editions Oonoél, Paris, 1947), atribui a invancdo co primeira plana & “Escola fe Brighton". Tanbé Rachel Lowe Rager Maavell rsivindican tal inven¢io para a Inglaterra (cf. the history of tne Gritich Film, Allen and Unwin, Londres, 1988). "0 prinetro despontar de une estrutur rativa Cinenatogrdfica ~ acrescente Lansan - encontra-se na obra dos Fatssrafos ingleses conhactdos pela enoainasao colectiva de Escola de Srighten, que rodaram bastantes filwes, de 1960 4 1905, mune astancia beluwar. 6, A. Snith, especializado na fotografia de retrato, veie gara a civena aplicando a sua experién, la nesse cango © colocau a niquins de filmar a poucs distancis tp do atsor, de manetra a poder-ine captar as eapressacs dais imparceptivels. Georges Sadoul observa que nada existe de perticulanente ori- ginal no primeiro plang: “Os técnicas do cinema orimétivo seyuiran oaturainente a tradigso pictérica @ fizeraa primetros planos desde o die en que comecarun a Fazer retrstos" {"Wollywood Guarteriy", AuTi) de 0M © roSt0 da actor a ocupar tola 9 tela - nos filmes 946). Ensontranos Tranceses da épocs. Fol outra 6 wascaberta feita por Salth e peloe seus colegas: a de ter estudado a in~ erdependeneta entre © prieiro plano © plano de conjunto.., Siith uttiiza 0 primetre plano no 4penas para conseguir uma andlise da fisiononia e@ Go tipo, mas Landen com funcdo de expediente narrativo" (Teo- Fla @ wcaica della sconeggiatura, Edizioni dell*Ateneo, Rosa, 1951). A propésite, lenbremos que desde 1636, em Saic 3 platci (trad. 1it.: Risa e Choro) de Krijenecky, a miguina de Fiiaar enquadra, durante ‘cabecudos" e "grosses-tote: ‘tole 0 paquena Filme, seaonte 9 resto dg actor, qu2 passa exactanente d¢ riso ao chorw. O primado seria portaete, checostovaco, +) @ Cart Vicent Parabela storica di David hark Griffin, em “Branco @ Nero", Bona, 2. 1K, n® 10, Gezentro de 1948) atribuen respectivanente invencaa da montage nar ratlva © paralela 4 "Escola de Grichton” e 2 The Life of an Anerican Firenan (1902) de Porter. Theodore Hutt contesta tais etribulgies. Gm Sasoul and Fila Research (ea “Hollywood Quarterly", wel. 11, n@ 2, dndversity of California Press, Berkeley and Los Angeles, Janeiro de 1947) afirna, por oxemplo, que 0 filne de Porter “nao contém uragas de montages paraiela. & historia é narrada Ge maneira Linear e primitiva". Tal afiraacéo nag & feita con base ng Tonte igorosmenve directa da texte, nas exsitinando, Fotograna por Fotograma, ma “Library of Congress", una cépia 43 obra de Porter “impress, para Facilidade de arquivo do copyright, nua rolo ae papel ea vez de celuldide,. Davide Turconi (Griffith: atribuziont cuntestate. em “Branco e Mero", Ra ma, a. X, a® 3, Margo do 1949) observa: *, 1S @ as dedugies se ten vasesdo aio da a reserva expressa par Huff na parte final da sua camsnicagao, ou seja que as conclusses a que Sadoul che, Ga sabre 3s Invencoes dos féloes pur ele citadas podem ser un pouca Fargadas”. Huff conclui assim o seu arti go: “E possivel que todas estas invengies tennam sido enprayucs hé cuito senpo, ex 1962 ¢ depois caspletamen te esquecidas para seren descobertas de nove mais tarde, as parece precipitado sceitar como facts todas as hipoteses de Sadcul, enquanto io forer dadas provas mais concludentes". Para voltar a Griffetn, Jacquas Ms uel (D.W.G.. oh "La Revue du Cinéas", nova sérte, Pris, t. 1, Af 2, Novivbro do 1946) afirna que "se pode ronstderar {ntolerence cose una denonstracso da arte da montayen", enguanto Lawson escreve: “Ne terreno da véctica © a temdtica, Griffith orientava-se pare a coordenscan das elementos oa Liacwasen cinematoarafica Beeoryes Sadoul {Les ponneirs au cfassa, ci paraleta) as investigay ++ pois Que tanbin nesze casa (da nontags filees, mas em cavélegos descritivas, surge de lado Injuscifteg Encantravasse aa Cal{f9rnia quando, et 21 de swrill de 1913, quo Vadis? inieiuu az projesgdes no AStOF Thea ‘ere de Nova Torque. Respaidendo eos criticos que sustentavat que @ expectéculo italiana havia exercide una Influéncia decisive na sua fornagda artistica, Griffith dectarou que nunca tina viste esse Fine € que néo PoGia, nor conseguinte, ter sido infiuencisdo por ete. Todavia, connecide ov nBo de Griffith (€ pouco pra vével que Ihe Fosse conpletanente estranho). Quo Vadis? revolucionow prosucao anericana e dessa mancirs ran a audenss de rune crhou 25 condigves que depois determinai na stra do realizador" (Teoris e Tecnica detla tora, it.) eficdcha. 0 nesno deve dizer-se dos outros watos cuja invengie se the atrivui“. €, pelo contrério, we, ‘nos dasaparxonado © objective © que escreve Lari Vincent ©, s¢ concordanos com 2 sua arimnagao Ge que Griffith “& © longinguo mestre ce Eisenstein e ce Pudovkin", refuranos outra: "Quando se 1é a obra teb= rica de Pudovkin no se pode deixar ve notar que ela & afinal, em targa medivs, 3 cont ficagso Nabil € netOdica das experigncias do reelizador de Intolerance..."®, Que Pudovkin © Eisenstein tenhan tido por onginquo nestre” sexrTIEh, € provavel: e1es proprios conressan que se soraximran do cinema apbs tere Visto alguns Filmes co realizadsr anericano, @ quem atribuem exactanente 9 inveng3o de primeira gtano {no ‘que so imitayos por outros tedrices. de Rotha 2 Spottiswoode). Mais ainds, citam diversas vezes, nos seus trabalhos - espectatmente Pudovkin -, fatoigrance. Mas a teorizagio da montagen e das diversas formas cria doras, tal coma o Seu consequente emprego, pertencen aos russos: veJa-se Bronenasets Potemkin {0 Cauragaso Potenkin, 1925) ou Mat’ (A Hie, 1926). Aos russos, e am grande parte tanbin a Balazs, se deve o nascimento i cinema comp mootagen, Estabelecer eronalagicamente a quen pertence @ prioridace da especulacio teérica sobre 2 sontagen, se é a Balazs, @ Pudovkin ou 2 Eisenstein, baseande-se apenas nas datas en que surgem os seus ensgaios, & talvez impossivel, porque, se 0 Livro do prineiro é anterior aos dos dois russos. 0s prin= Claios aos tres nascee no sesno ci ns ge estydos © de investigacdes. For cutro Lado, torna-se evicente que © Livro de Balazs & un dos indubiraveis precedentes de Pudovkin que, de resto, nao se asquece deo citer nog seus ensaios. Essa influéncta nota-se especlalsente en relacdo 80 primeira plano, meio expressivo que Balazs ten en major consideraga0 do que as tebricus russos®, Nascido em 4 de Agosto de 1884, en Szeged, Hungria, licenciaco en letras, Bele Balazs participa ne pri, meira guerra mundial e na revoluc3o de 1918-19; torna-se un perseguido politico e escreve novelas, romances. poesias, F4bvlas e eassies, inserinco-se, con Gyorgy Lukacs, ma corrente que de Filosofia idealiste passa a do materialisno dialéctico”, Ngo tarda a fazer parte do movimento intelectual einenatogrsfico; enigra para a Alesana e depois para Hoscova, con 0 Fim de ensinar no Instituto Superior de Cinenatogratia daquela cidade. Der sichipare Mensch, oder die Kultur des Fiims sal, com foi Gite, wa 1924, F un tratado priori: “avalia G80, sonho © profecia de grandes passibilidages para una arte que conece a nascer" ¢ cuya natureze seria, segundo Balazs, mais Lirice do que épica, pois mimica exprine sentisentos e © primero plana, condicéo necesséria 4 arte da ninica, & 2 poesie do filme. "Para poder ler aun roste ~ escreve ele - & preciso tra 2A-10 junto de nbs, isolé-lo do anbiente circundante que poderia distrair-nos (outra inpossibs)idede técnd ca do teatro), e deve ser-nos permitive ficar por muito tengo junto dele. 0 Filme exige um requints @ una sequranga de sinica como 0 actor puraneate taatral nao pace, nem de Jonge, inasinar, pais no prineire plano @ wninima ruga Go rosta se transforma em gelineasenta funtanental go carécter ¢ cada vibra¢do fupidia de un rnésculo ten um pathos que impressiona « @ indice de grandes accntecinentos interiores. 0 priseiro plano de un rosto .., deve ser um extracto rico, todo 0 drsna. Se un rosto surge repentinamente isolado e an pllado, deve ter um significado, temos de recenhecer nas suas Linhas as relagtes com 0 drama", 0 prineiro plano & gntendide, naturalmente, cona amplis¢ao n3o s6 ce rostos, mas tanbén de outras partes do corpo ou de objectos, e € através destes "pormenores" ce nonens € de coisas que 9 realizador gula o olhar do espe tador (Yeder Régisseur fUnrt Gein Auge"), separa do conjunto una Imagem, mostra pontos ocultos, pondo ex evidéncia o sey valor Intimo © psicolégico, 0 que neles h4 ce mais importante e signifizativo: “Onis fil mes con 9 mese argunento, 2 mesma recitarae © os mesmas glsnos gerais, mas com primeiros planos dif cawettl, Mezzo secofa di cinena, Poligono, Mi180, 1946. 5 cart Vincent, Parstots storice di David Wark Griffitne, cit. 6 umerto Barbaro, muga note a Film ¢ Fonafilm de Pudovkin (Le Edizioni d'Italia, Rona, 1995), aflrma que Kultur des Films & um dos antecedentes seguros de Pudovkin, especialmente 23, ber sicntbare Mensch caer di qual ten g titulo significa ra o ensaio sobre 0 prinetro plano (Die Grosseufnahme]. um pequeno capitulo do tivo 0 Realizador guia 0 tev athar (Der fiepisseur Funrt dein Aupe) 7 Gydrgy Luckacs escrever$ mals tarde Un ensalo em defesa de Balazs: Galazs Bele es skiknek men Kell, Kner 19 primaire plano © reatizsdor ang tes, eopriman duas concopcdes da vida diversas". Por outras palavras, lisa, escolne, revela 2 sua sensidilldave, @ {4 "na escollia do actor Faz poesia” fo conceito de que 0 reatizador guia 0 oiner do espectador Ligs-se outro neia expressive Filnico: @ mon- ages, Esta estabelece onde doven ser inserides os pornenares © quando poden os planos gerais ser interran- pidos por ur priseiro plano sem que Se perca © sentido do ambiente © da narracio. Aqui entra o que Balazs chama a "tesours pottica". & capacidade de cortar e, portanto, de unir entre si diversos enuadranentos, Ccriando um ritmo, corresgande - afimma 0 teérico ndngara ~ “30 estilo en Ilteratura, Tal cone @ mesno te Jusive Gevende da forma © do ritmo dos ina pade ser desenvelviao ue diferentes mineiras 2 @ seu afalto cor perfodos, assim a sucessdo dos enquadranentos 48 a0 File o seu cardcter ricalce. Por mato da nontayen. 0 Fluxo dos enquzdranentos seré unas vezes rpido © anplo como 0 hexémetro do antiga canto épico @ outras ve, 2es senelnante & balada. primero vibrante e depois progressivanente atenuada. A nontagen 0 Sopra vivifi, eador do Fitme & tuda depende dela". Ho entanto, nota Selazs, os enquadranenios néo "se poden conjuger", jer-se "0 herbi indo se podem Ligar entre si segundo um néduto discursive ou, melhor, Literério. Pode escr fn Gisse a sontagen, atran Fos para casa e, quande entrou ...", Mas no enguadrenanto <é tem o presente: vés de “enquadranentos secundirios de Insergdo" ou "passagens", pade dividir o tenpo, assim com os pring), ros planos dividen 0S espagos. criando, no prineiro € no Segunda casos, novos tenjos @ novos espacos; com ‘feito, 0 Filme “ten una perspectiva 0 tempo que dave ser unitéria para tudo o que mele acontece, tal co- a todas as coisas de une pintura deven ser vistas Ge mesa perspectiva de enbiente". Quanto as varias pos siblligades estésicas da nontagen, Galazs, no seu primeiro Livro, fala epenas da “sinultaneidade” @ do re- Frain: este Gitimo daseia-se en *motivos repetidos”, isto €, enquadranentos leit-notivi a primeira, a0 con jade de Factos sobre 4 histéria e a importsncla ga aGsica do filme (*uetionsi Board of Review Hagazine", Nova Iorque, n¥ 8, de 1935), tmportancia concebida, exactanente, co. mo Fuso da wisica com as imagens. Cono Moore, outros aotan a mesma necessiaade. Louls Verschraegreb pre- "Seant-garde", Lovaing. 1934), assim cono ronisno é portanto vatido tashém pare & musica, De qualquer taneira, torna-se ne- cconiza una perfeita adaptacéo do ritna visuel ao ritmo musical E tanbém dedicada particular atengao, em FilmRegis und Film-Hanuskriat, ao material pléstico: un conjua to de elementos {sobretudo abjectos) de que 9 real izedor se serve para cride as suas obras © an que se inciuem 0s préprigs autores. fos autores profissionais, Pudovkin diz preferir os chanacos “tipos". "Vim resolvido & trabalnar - escreve ele - com pessoas que nunca tannan visto una comédia ren una pelicula”. Ne realidade os seus Filnes mostran, a0 menos em parte, o contrério!®, cone ele préprio afiras em Aktior v Filme {0 Actor no Filne, Gosudarstvennaia akedemia Iskusstvovudenta, Ceninegrado, 1934}, verdadeira tratado en que reelabora os EPH. Proust ("Ciné-Comoeaia”, Paris, né 3054 de 1934). en 1995, num congresso realizado por ecasi8o ‘ Maie Florentino, Daniele Anfitheatrof sustenta o principio de usa co)aboracda entre o real izedor © 0 compositor. fm Oazenbra do mesmo ano, Mario Labroca retona cos mais autoriéade 0 assunto: "o autor escoihido para musicar um filme deve participar én todo © trabalho preparatdrio, weve aconsetnar, fazer sentir a importéncia do pape] das pausas e das relagdes das intetsidaces sonoras deve, por outras pala was. fazer ressoltar 9 ber que pade resultar de una estreita e fntima coLaboragdo ds musica com 9s ou- tras elementos da construgio cinenstogrsfica® ("Lo Schermo, Rona, a. 1, n°5, Dezenbro de 1995). 0s ar {igos citadvs poaen servir camo pantos de partiéa para un verdadeira estudo de orem estética, Mas, pe, lo contrarto, ainda hoje multas passoat se limitan a por em relevo © mau enprego Ga misice no cinema. Giuseppe Galassi. nos seus notavels "momentos de una aventura no mundo do sonora" Tastiera, P. Calisse, froma, 1945), observa, por exemplo, que “no cinematografo, para animar @ ilusso (isto 6. para stingir um Fim que sé § artistico am parte, na Llusdo ce vida concentrava numa aura mais OU menos Intensa OU exi- (qua de poesia), cada una es artes cooserantes, comproendence a msica, se dilui. Ay eenas de monento © ma major parte dos casos, é-Ihe conferida une tarefa que, se nto é de conplenento ilustrativa. & de complesento Fonico do wutismo peculisr”. Sequade Galassi, “E uti I{zacdo az nisice no cinaes nlo sode- va, Lodavia. permanecer infrutifera, € de presumir que da nova experiéncia resulte para a misica une favs histdria, t8l com sconteceu por ter estado ao servica de dance e da poesia". Elementos para une histéria sobre as relagdes essenciais entre o cinene © 4 misica puden procurer-se en alguns Filmes co- Me, por exenplo, Acciaio (1933) de Walter Ruttmann © Tchanaiey (i834) de G.N, @ S.D.Vasiliev. No pri- $8 80 nova). Imeiro procura-se, com resultados vélicos, tornar a misica visual (experiencia, cano vinps, A este propésito. Luigi Pirandello, para o qual 0 cinems deve harnonizar-se mais con 8 misica do que com 4 Literatura, declarou porém, que “quando dey tela Acciaia, era sua intencto que Meligiera escrevesse ‘sea qualquer ponto de referéncia « sinfonia Ga fusia do aco que Rutmann criasse a partir desse penta- Grane as suas imagens" ("Sparto", Madric, n% 8 de 1994), fs Tchapaiey 4 misica Carna-se um vercadeiro ele mento filmico e contribui para criar a atmosfera de algunes tequéncias: ua canto Mondtone e triste, Fund, to com 2 imagen, tugere o estadd ce espirito co protagonists magoado com 4 partida de un seu amigo; 0 mes, Imo canto, antes da batalha, prepara psicologtcarente 0 piblico para a dueda Go her6i © dos seus casaradas. Mas outros eloquentes exeaplos se podem recorgar, entre os quals © apresentado por Pudovkin en Desertir (trad. Lit. 0 Oesertor, 1993). "... aconselhei 20 compositor - escreve o realizaéor russo ~ 9 eriec50 de una masica en que o tems enacional constante fosse a coragen e a certeza da fltima vitéria. o prineipic, a0 fim, 4 mdsica Gesenvolve-se nut gradual crescendo. E este tens eirecto ® continue cocrdenei-o con 88 ccurvas complexas da imagen. & sucessio visual exprise, no seu progregir, primeiro a enocdo da asperanca. substitufds depois pela do gerige, om sequids o despertar do espirite oe resistdacta 00s operérios, prisei, ranente pleno de éxito © depois derrotado, @ enfin o ressurgir do seu pegar e da Sua bandeira. Quango & cena abre, con 2 elegante & pacifica estrava, 4 nisica € de Intonayzo bilica: quando aparecem os nanifes- tantes ela leva 0 pablica directanente ao fulcro 03 prouria manifestacap; com a chegede da policia, tan lida v pabtico sente a excitacdo e © furar desesperado dos operdrios ouve directanente o ruivo cas patas dos cevalos. Quando os travainadores s8q derrotados e dispersos, a wisice torna-se mais potente, sempre no seu espirite de vitéria e de exaltagio; e quando os trabalnadares desfraldam e sua bandeira, ¢ musica atin 9 0 auge e, Finalmente, 2 sua esséncia coincide con a da imagen" [Filme Farofim, cit.). En Desertir, rmisica assume exactanente © papel jé referido: "tal coma a inagex & uma odjectiva percepcte dos aconteci~ mentos, assim @ siisica exprine 3 apreciacso subjective daquela objecttvédace" Sobre 0 cinesa e misica, cf. entre outros: Kurt London, Flin Husic (Faber and Faber, Londres, 1996); M. Keremuquin. fuzyke Zvukovovo filma (A Mlsica 60 Filme Sonoro, Goskinaizdat, Moscove, 1939); Nazareno Tee dei S. J., Funzione estatics delle ausica nel film (en "Biancp ¢ Nero”, Roma, a. X. nt 1, Janeiro de 1983); © Le Film Sonore. L'écran et {a musique en 1935, ds varios autores (ninera especial ce “La Rewe Musicale", Paris, Dezembro de 1938) 1 ke Konets Sankt-Peterburga (0 Fim de S80 #etroburgo, 1927) Pudovkin utiliza, vor ex=tplo, actores profis prineipios sobre e representacdo cinenatogratical®. Kao si evidentes, a0 contririe do que pode sare: 4 primeira vista, autras contracigias substancieis. Se Film ¢ Fonofilm afinas que 9 actor é navéria-prl, ‘ma na no do reallzador, nao exclui, por outta 1ado, que a nesns actor passa tornar-se elemento vivo, eento ge quatauer necanicidade, con 3 condi¢zo de ter “un conectnento pleno @ absolute do processo de riage do filme, tal com deve té-lo 0 realizador". Exectanente ceste conhecimente se baselan 5 ce0~ rigs enunciadas en Aktior v Filme. D actor pode criar una personagen verdadaira © vital através de un procesto elaborado que pressupée una vaste cultura , entre outras colsas, uma planificagBo € una monte sem especlais. Ny planificacdo para os actores (e portante pars as suas provas) 95 pedacos separados re lativos cada parsonagem, ssoladanence, Jo ligados uns a0s wutros de mansire a cemgeren pedagos de re presenta¢io de maior duracBo € a pernitiren, essim, un ininterrusto movinento interior pars una necessa ria unidage e vital idade do papel. "Mio hé divide ce que desta plantticardo deve nascer, ao decursa das provas, outra definitive que substituird legitina © vantajosanente 2 prinetra e que ser8 a dnica vSlide para 2 filmagen. A montagen da representa¢de {2 conposic2o, na tela, de pedaces rodados separadanante € ew lugares diferentes: "geogratis Idea)"} ven subscituir a Lécnica de que precisa 0 ector de teatro para pondente 20 seu papel. 0 conceito desta montagen Inplica, "snaloganente ao “teatraliizar" 3 imagem cor que acontece no teatro. que o actor tenha, en primeiro lugar, a capacidace de aproveitar, com pleno cong clmento de causa, @ variagie de Angulo e de enquadrasento, para exoriair © seu papel. Em seyundo lugar, oxi, 92 que © actor conheca os meios da nontagem criadore de todo © Filme". S& assim se pode conpreencer @ valo- rizar 20 wéxiao & interpretagdo, De tudo isto deriva une colaboracdo Intiea entre 0 realizedor @ actor, @ qual & extensive &s outras pessoas que trabalhan no Filne, principalmente 20 operador. Na real dace, Pudoy kin afirms que © "colectivisea” osté na base da cr2g80 cinenatoyrsfica. Tal principio & sustantado por Pudovkin mesmo quendo este rove 5 sua posigia estética en geral, inserindo-a mais no matertaliseo diaiécti co, Isto €, quando denuncia os perigos fornalistas a qie soem conduzir es teoriss sabre os aados de nonta gor que ee e:quenstizou prieiranente. “Dove dizer que dois homens que criaram en campos da arte diferen- tes. enoore limitrofes, se tandem, para min, nuto 6 imagen: s8o Lev Tolstoi e K. S. Stanislavski* - afir= wma Pudovkin no seu Gitimo ensaio tebrica. Jé vims a inflséacia que © seguado teve sobre ele (define-0 co- "80 "0 prineiro auténcico cientista do teatro reel ista"). Acerca do primeira, escreve: "Os romances de Tols tol dilataran 0 Ssbito do meu conhecimenta das homens vivos. Talstot fot para aim una escole aecisiva, ed, cou a minna capacidade de ver os homens com ous de artista, ajwlou-ne a compreender sté que profundi¢ade © preciso de coincigéncia com a vido real um artista pode levar a imagem nascida da sua arte ..."!8, tworia deve ser corroborads pela prética e & prética deve universalizar-se na teoria™. Fiel 2 este fenunetado. Fudovkin vincula-se & historia do cinene no $6 pelos seus livros mas Lanbés pelas suas inter pretacdes © realizacies. Os seus primairos contsctos com a miguina de fiinar renantam, como se Viv, & 1920, ano ek que € actor e dirige, en colaboracéo com Perestiani. ¥ dni borby (trad. Jit: Nos Diss ¢a uta). Em Neobytchainye priklutchenia Histera Mesta v strane bolchevihoy (trad. Lit.: As Extracrdinarias Aventuras Jo Sennor Hest ae Terra dos Solcheviques, 1924), 4 sua interpretagao seque vs principios de IS Neste Jivv0, que € # compileggo 2 LisGes dadas na Seccdo Cinematogréfice da Acadenia de Seles Arces Ge Leninegcedo, Pudovkin especifica: "Est& Longe das minhas intengbes sustentar que 0 cinana ndo ten ne~ cessidade de actores. & fornulacia desta tearis foi-no atribuida, som se ter en conta que tods a minha activicede passada ficou Jitersinente patenceadé, 90 cada Filme, até cot 3 colaberagdo de velhos actores de testes. € necessarie apor-se eneroicanente & opinigo de que um néo actor pods racitar um pagel grande © complicado ... Be certa aaneira tanbém 0 actor aio prafissional e ocasionsl (que € preferivel nfo chaner “tipo") cove seguir as imiicates do realizator e, por astras palovas, recitar 16 CF, I sestiere del regista, Boca, MIIB0-Roma, 1956, Kulechov, que o dirige, @ prineiro e "nico papel verdgaeiranente importante"!7 dasenpenha-o ea Jivoi trup (0 Cadaver Vivo, 1923), de Fiodor Ozep. Ap6s algunas reclizagées (Necaniks golovnove sosga, trac. Lit. 0 Necanisno do Cérebro, 1995, gnacratnata goriatchka, trad. Lit. A Febre do Xadrés, 1925), inpde-se em todo ‘© mundo con Mat* (A Mie, 1926), Konets Sankt-Peterourge (0 Fim de S¥o Retroourgo. 1927} e Potemok Cinguis Cana (trad. 1it.: 0 Herdeire do Principe Gengis, também conhecido cono Tenpestade na Asia, 1928), obras hoje considersaas “cléssicas*, Tén interesse Prostof siutchai (trad. 1it.: Un Caso Simples, 1932) que ¢ 0 priseiro filme sonoro, ¢ Desertir (0 Oesertor, 1933), Realiza en seguida Pobeds (trag, 1¢c.: vit0ria, 1938), Minin i Pojarsii {2939}, Suverov (1940), Slavnost v Jirmunke (trad. Lit.: 0 Festim en Jirmunke OGL), Admiral Naquimov (1987), Jukovski (1950) e = em colaboracao cow Esther Chub - um File antol6gico montagea, Kino 2a 20 let (trad. Lite: Vinte Anes de Cineaa} Até morrer. en oscovo, en 30 ce duno de 1957, Pudbvkin continua a altennar 8 sua ectividade de actor (van Groznyi: Ivan, 9 Terrfvel, 1943-45) @ Ge real izedor con a de professor no Institute Suzerior de C1, cenotogratia. Os nicleas ¢2 su2 personatidade © 9s teeas da sua experténcia, desenvolve-os flelnente ain 44 no sou Gitino Files, como cbrigacze mors] e responsabilidace perante es contemparneos. Yozvrachtehenie Vasilia Sortnitova (trad. Lit.: 0 Regresso ce Yasili Sortnikov, 1953) - adaptagde Livre ao romance A Colhej, 14, de Galina Wicolaieva - repete, com motisos novos, o Cena principal dos seus velhos fitges: o surgir de une conscténcia. Essa consciancia € de natureze € intensidade diferentes da do joven canponés de Konets Sanke-Peterburga, por exemple, Bortnikev tanbén é um canponés. nas oS digs de Oulubre passaran e 05 seus prablenas 30 outros ‘A novsdade do Filme consiste principslnente na facto de Pudovkin tomer posig&0 contra as demasiado nung rosas obras - cinenatograficas ou nfo - edificentes, apstagéticas. “pico-nonumentais" denunciadas mais ‘carde por Kruchtcnev na xX Congresso!®, 0 interesse que sempre teve pelo individua e pela psicologia das personagéns autoriza-o a ser o primeira 4 repetit a chanada teoria da auséncia de conflitos ne socledade V7eF. Aktion ¥ Filme (9 Actor no Cinema). No mesta Lives Pudovkin aflmma, no ententa, ="Af, eu nse ere o reglizador e © neu papel era vasto & complexo. A cada manento do desemvolvinento dy papel, dever-se-ia por o proplems ae totalidede, do caricter arginico desse papel, da sua func8o no Filme @ do proprio tema do todo © Filme. Honestasente, € necessério admitir que nia se faz naga é1sso" 18 “Em muitos des noses romances, Filmes € estudos histéricos @ cientificos - afirma Krucntchey no rela tOrio de comissio Central do Partido, no XX Congresso - 9 papel assumido por Stalie as guerra patridtica 4 exagerado de maneira inverosine}. Stalin teria previsto tudo. 0 exército soviétice, baseado nun plane que Stalin preparara nd muita, teria adoptado & chanada téctica da “defese activa", téctice que, coms todas sa bem, persitiu ads alenies chegaren as portas de Aascova © de Estalinegrado. Aflrmava-se que sO através dos planas devidos ao génia ce Stalin 0 Exército Vermelho pOde passar & ofansiva e vencer. A gpopela vitorlese (que demonstrou 2 potéacia comativa da pitria dos sovietes e do seu herdico nova, neste género de romances, de filmes e de estudos nistoricas @ atribuida sonente a0 génio estratégico de Stalin". & mais adiante: "Ain 2 a propisito isso, ebservenas agora, por exemplo, os nassos Filmes tistéricos © wilitares, e algunas o- bras Literarias. £ de 29s sentienos mal. 0 seu Unico objectivo era a glorificacio do ginie militar de Sta~ in. Tonews 9 filme & queda de Berlin, Nele, 0 nico protagonista é Stalin: este transilce as sues ordens rum s2l80, onde se véen auitas cadeiras varias. Sonente un homen, de vez en quawb se aproxima dele @ Ihe dis qualquer coisa. Tratas-sede Paskrebychey. seu fiel escudeiro. Has onds se encontra 0 comando ailétar? Jade se encontra a conselho pol{tica? Onde se encontra o Governo? No filme nic existem. Stalin age por todos. ele ngo tem ninguéa con que contar e no pede conselhos a ningun". sevietiea @ 8 dar novanence cidadania as lutas privadas, tanbén necessérias para s representacdo de donen “totais 1sto €, @ voltar a atridutr 0 significado exacta @ a justa dinensdo ao conceito ce "tipico", fre quentenente alterado © defornace, ¢ @ abrir, Finalmente, un “cegelo” Frutuosa, ao menos por alguns anos! Vasili colhe tuco quanto de velho existe ainda no now. duais © de que ratureza s¥0 as relacses entre © protagoniste 2 Ardotia? Ao voltar fara casa, alguns anos depois ds guerra e quando tedes © Juluavam morto, Vasiti encontra s mulher casada com outro. 0 desgosto exacerba 0s aspactos negatives a seu cardcter, por exanpla 0 oe considerar mulher nus plana inferior de reeponsabilidade © ae direitos. Pouce 8 pouca. vea 2 os preconceitos e s6 quando 0 anor de anos pode Fundanentar-se en bases conuns © G& igualdade eles tornan a viver juntos. Tal solugdo é possivel porque o Grane, enbura parta de corflites individuals e orl lade: vados, no se saniém ssotado sas entra en contacto com outros homens, insertos siuna determinade rs © desenvolvinento @ @ solucdo do conflito ndo dependen apenss das qual idedes pessoats @ ao cardcter de Ve sili © de Avéotia, nas tanbém das qualidedes e do cardcter dos nowens que viven Junto deles @ con eles A Feticidade oe Vasili € Avdotia € inseperavel dos interesses aa comunidade € € a0 anbito desses interes ses que eles poden reconstruir @ familia. Venda 0 Filme por este prisna, & passivel compreender 0 segre- do postico do Final, das palavras divas pelo homem & mulher que volta a encontrar: “E isto a Felicidade”. € compreende-se a0 meso tengo & "religiosidade" hunana, 9 pudor, 9 respeite que 0 realizador mostra 20 apresentar as fersonaliidades assim cone 0 grande desejo nanifestado por todas as pessoas ca aldeia - can poneses. candutares de tractores ou mecdnicos ainda incuites - de apranderem coisas novas. Pudovkin acrescenta poesia & poesia que Jé dera aos ioaens. Kas nen tude € poesia no Bores:tkoy tou coavencido da legitimtdale do neu argunette - confesseu ele - © ao mesmo tengo cheio de clividas so- bre 4 minha capscidade pars corporizer, de modo persuasive, a minha idea e pera a tornar patrisénio dos espectadores", & forga enotiva, o desenvolvimento de sigunas sizuacBes © personegens, 3 formacio do seu carécter manifestan-se gar vezes aos didlogos como discurso Légico, didascélico. £ a vida dos "kalkoz" @ 05 seus problenas nem sempre se Iigan com 0s conflitos drenétices cono deverian, Sentims no file a mio segura do realizador © a impeta do artiste, nos episdios en que se conta a historia dos 9: ‘nikov; sentémo-fo menos quando a st¢30 se estende 8 vide de aldeia Fssa falta de nivelanento nota-se logo nas prineiras sequéncias, na passeyen cue vai do estupendo re- aresso de Vasili, tio doloroso nos sues sombrias cores de tnverao, até o momento en que Vasili se dirige para @ Secretaria Provincial. Pudovkin esforca-se por voncer as incertezas con una representacdo lirica a paisagen, que se manifesta a1 alteméncia das estagdes fo degeio des canpos recorta 8 scquéncla da Primavera en Mat; @ aatertat pldstico é anfloge) © com ¢ erprego de una cor rica en tonal icades de fun- (do dranético-tenstica. 0 contentanento por ter una vis8o clare e © sofrinento por n8o pocer fa2er 0 que deverta © quereria, como diz uma personagen do Filme, irrompen da obra, determinan un nove conflite exte terior ds personagens: 0 que se travs entre 0 Pudovkin honan © 0 Pudovkin artista. Esse sufrinento & ves 190 “degelo", pré-anunciade pelo ¥ssifi de Pudavkin - © por alguns quires Flimes artisticenente neato- eres, cono Bessnertny Garnizan (trad. 11. Guarnig8o Inortal} em que Tissé © Zacar Agrancnko tomaR exac 10 = teve inicie depois de KE Congreso com une sé tamante posi¢do contra o chasado génio militar de Ste rie de filmes do interesse vario. Entre os mais conhecicos © exididos tanbén na [L81ie, coatan-se Sarok- pervyi (0 Quadragésino Prineirs, 1956) d2 Thucrat e Letiax Juravli (Quando Passen as Cegonnas, 1957) de Katatozoy; este Gltimo Filme, como outras oo "degélo”, relaciona-se nalgues pontos com 0 neo-regtiswo ita ano, Kalatozov deve ter visto, por exempta, Dee Reis ae Esperanga. ge Cestedian ‘tenunnado © docunentado com extreme sinceridade © torna Bortaikoy a obra telvez mais intinamente atornen aca do altimo cinema soviétieo, a0 qual Indica ua novo caninho, rica de pecspectivas © possibiligades Cano que se oven alownas das Gitimas ptlavras de Pudovkin: Para min® Tolstot néo & simplesnente un es- eviter que ano, as un campo da arte en que tenho consciéacia de mim prépri na Fase de usa percepc8o de vida excepctonaimente clara e licida'@%, ONTAGEH A POSTERIORI™ ‘A montages "a priori" e portanto a “planificacae de Ferro" condenan, con viaos. oS principles de Detga Vertov em cuje hase, Segundo admite Léon Moussinge, existe “une contradicdo teérica bastante grave", pois Np se pode conceber a possibilidade de aplicar “um proceso artéstico de construrso en que 0s préprios ‘elenentos ngo sejan arcisticos*!, "& critica & teoria de Oziga vertov - acrescenta con razio Margadoma - = basela-se menus an uso de elements odo artisticos num processo artistice (Joris Ivens e tantos outros denonstréran, se tal era necessério, que isso 6 oassivel], do que em querer reduzir 8 momtagem a ue proces s0 clentifico; © entao, como suito ben diz Charensol. 0 gésio do narrador mo iguala 0 do operagar. £0 ca 50 de um pseudo-narrador que oossua uns menéria excelente {com acantece com tantos erudites, por exemplo) mas no saiba servir-se artisticanente das suas recordagoes"®. Entre as duas teorias - a da montagem arbi- trina de Dziga Vertov ¢ a da montagen "a priori" de Kulechov ¢ Pudovkin ~ inserenese 0S arincipios dé Sex Qusi Micailoviten Eisenstein. “Foderia dizer-se - nota Moussingc - que, na mesma linha de actividede, Eisons tein se colaca ao centro, Pudovkin & direite e Oziga Yertov 4 esquerda, son pretender dar a aste esquena ar- bitrario qualquer significado, mas apenas os elementos pare ums aiscussaa™. “0 primetro artista revoluciond rio, na pleno sentido da palavea, enbora de sodo condicignado © com certas reservas - acrescenta Lebedey - & S.M, Eisengtein'’ Eisenstein nasceu em Riga (Leténie), em 23 de Janeire ce 1898, Filho de um engenheiro civil, inicla em Pe troburga os estudas pera padre, sen cs levar a cabo. Oesejoso de se torner pintor, encontvamo-lo, entre 1918 © 1920, cone conpilacor de manifesto: no Exército Yernelho. En 1920, pds ter fundida, com Heyerhold, © tee~ tro de Proletkult, torna-se cenarista e encenador teatral; leva a cena London e Ostrovski e, seguinde exen plo do mestre, tire do circo e do music~iisl muitos dos lesentos para o seu teatro; introduz, nc espectacu- lo teatral propriamente dito, também una parte cinenatogratica, “sistena em que depois & seguide por Tasrov"®. A experigncia do Proletkult, al6n da teatral e da de pintor, juntanente com as correntes que confluen para 0 Projetkult ("LeF", futurisno, etc}, s80 determinantes na fornac3o tedrica e prética de Eisenstein. Quando Eisenstein entra nessa organizacéo - independente go partigo e. muitas vezes, mesmo en oposicdo & ele, en ques, tes culturals - 0 Proletkult est8 no ponte méxima ob seu desenvosvinento, Nasciéo Ja antes de Outubro, para desenvolver as actividades artisticas das massas overdrias, modificera-se parcialmente; mas as critices de Le fim ainda no tithan eliminado os principios do filgsofo go enpirocriticismo. A. Bogdenay, que negava a possi. bilidade de 6 classe operdria "ter acesso aos mais altos resultados da cultura hueang ew geral” e afiemava & principio do "colactivismo" cone principio estétice fundamental da arte proletéria: "A nove arte ~ afireeva Bogdanov ~ tana Como herdi Bo o indlvigua mas @ calectivigace”. As posicdes dominantes eran ainda, nas ques tes Formais da arte, as cos futuristas, dos decadentistas, dos formalistas © dos idealistas. 20 CF.11 mastiere di regista, cit. 1 Léon Moussinac, Le cima soviétique, cit. 2 Ettore M. Margeconns, Cinema ieri e oggt, cit. 3 Léon Moussinac, Le cinéma soviétique, cit. 4M. Lebedev, op. cit. Be acordo como "Lef" 2 can 9 Proletkult - escreve Lebedev - "Els: stein nega 2 lerenge ertistica-cul tural, condur una cruzada contea todes as veilas formas ee arte, vesoreza. cons obras de nivel grtesanat portanto inaceitdveis na nose 6poce industrielizede. artes comp a pintura, o teatro Virico e dransti- co; coniena o realisno come estilo passivo Ligedo a classes ultrapassadas © syonizantes”. Wasce, como in dicénos, a sua primeira encenacéo de Ostrovski e, a proposite cela (Todo 0 sébio tem 0 seu Lado fraco), publica no n® 3 de “Lef", en 1923. 3 tearia da *nontagem ge atraccies" se. Yeio substitui-le 0 velho teatro "representativo-narrativo" - afirma entio Eisensterin ~ esc © teatro ge ‘agit-atracclo", dindsico e exctatrico, A tarete deste teatro, coro a de qualquer arte relg ‘cionada com espectaculos en geral, & 2 “Iaboracdo" do espectader. 9 maters} Fundamental do teatro #0 espectader, a formagio do etpectador de acordo com os esquenas desejades. 0 espectéculo & una Livre sn, ces) escolnigas arbitrarisznte, independentes, ligades por um moti- ‘agen de sensagbes impostas ( vo tenstico Unico. 0 arguento € 8 narrative pertencem a0 velho teatro de “representacgo-narracéo" s80 na realidade supérfluos no novo teatro Ge “agit-atracgio". Fazer us bon especticule significa cong ruin um sélido programe de circa e varlededes, gsrtindo da cese da cura tonads coms base. $6 as acrac Bes eo seu sistena representan o fulero da eficécia do especticulo. A atratgdo & cada un dos tonentos agressives do teatro, isto é, cada un dos elementos que subsateren o espectador 9 ums acco psicolégica € sensorial verificada experinentalnente e calculada matenaticanente pare produzir un determinado choque enotivo. Una aced0 psicologica © sensorial pode tanbén ser geversinada pela representacao isediata, a exem plo do Grend-Guigio! (alhos tiracos ov aus e pés cortados no paico); ou pels partictpacdo do actor en ce- na - através do telefone - muna acc8o aterredora que se desenrola a dezenas de quilénetros de disténcia (sucedéneo da "ge0grafia ideai” que se enpregi np filme): ou pela situac3o de un ébrio que sente o aproxt inagio do periga & cujos pedidos ce auxtlio so cansiderados us delirio. Pouco upols, apss mais duas encenactes teatrais daseadss na teoria da eniagea de atraccbes, Eisenstein roca 0 peico pelo cinend do qual se aproxina, segundo contessa, para realizar os sous projectos sen ser Li, mmitado pelas cenas. pelo piblico, pelos actores © por tudo o que de “kerrivelnente artificial” existe no teg tro, Os prineiros filmes estrangeiros que vé séo de Griffith: The Birth of a Nation (1915) € Iatojerance (1916)%. Moussinac duviga, contuda, de que @ “revelagdo" feita ao reelizador russo Ihe tenha vindo do aneri, ano; Francesco Pesinetti rafere, a este respeito, que Eisenstein for conduzids para o cinene por Lupu Pick® Os Filmes de Griffith, cua influéncie parece evidente, como vinos efimmado por outros teéricos, tem "carac teres comuns’ aos de Eisenstein: note-se, em pringiro lugar, 0 "simples e eterio contraste na lute entre 0 bem @ © mal, 0 passade e o presente, a verdade eo erro, cantraste que leva, naturslaente, 2 escolne a2 orb pria cadincia do filme”, S80 simplesnente "as maravilhosas possibiligades da nontagen” que atraen Eisens- tein pare 0 cinema. E a esse sou Lnteresse nfo sao nem pogeriam ser estranhas as temtativas, sls ou menos experinentais, Feitas pouces anos antes ca Russia por Kulechov e Daiga Vertov, nen a J raferiga inculgdo do aestre Meyer hold © 0 especial monento revlucianério ¢ culture? em que vive e age. no qual 9 principin dé montage & fais ou menos inconscientenente aplicado en todas as artes \inftrofes da literatura, Fisenstein estuda cul, dadosanente as experinentscdes 0s dois “Inovadores", como, de resto, mostean as criticas que Ines dirtge, a5 quais constituem 0 gonto de partids para un mais profundo estudo da montagen ono ase artistica do fil- tne. Yerenos adiante que existem pontos de contacto - e tenbén de desacordo - entre Eisenstein ¢ Oziga Vertav. 5 CF. Joan Richard, Les grands réalisateurs russes, en "Cinéa", Paris, né 21, Janeiro de 1932; Ettore #. Har gadonna, Cinena ieri e aggi. cit. 6 cr, Filmes Sinetti baseendo-se am Klvines Filslexiten do Charles Relnert (Senziger vm Co, Fingadeln-Zirich, 1946). O origrio Pesineti. 12, Gavia, an Eisenstein 0 colle coererza stitistce ("Blanca © Nero", Rona, 8. 1K nl, Horio de 198), refere: "i sentein spre muito ‘emo GrifFitn dos grandes expecLiculos, e aais provvelsenta ca 0 realize oe Yarnucky So qa cam Lips 7 gn Mussina, te cinina seviétiqne cit ‘on, Piccoia enciclopecta cinenatografica (FiIneuropa. Mij30, 1948) compilads por Francesco Ps fsto aparece jé con evidéncia naveoria des atracgBes, gelo que ve erbitréria ela contém 39 reunir as varias cenas © Gela rejeigdo do argurento. € Statehka (trad. Ilt.: Greve, 1924) - a primeira Longe netregen oe Eisentein - assemelivasse mito 8 Pravda de Oziga Vertov. Eisenstein ven, pois, pars 0 cinema. norque e considera “o estétio moderna do teatro": “eam efeito, 0 teatro comp unidade independente de edificacdo revolucionéria, 0 teatro revolucionério J& néo existe coro problema, € absurde aperfeicoar un arado quando se pode conprar um tractor"®, Coneca a dedicar-se ao cing ra en 1923-28, isto @, alguns anos depois de Oziga Vertov e Kulechov, e © seu prineiro travaino & transpor para 0 cinema a montagen de atracgdes. Segundo esta teoria > observa Eisenstein - 0 que importa no cinema fio s80 us Factos mostrades, nas a conbinacdo das reaccdes enutivas do pib!ica. Pode, portanto, péasar-se, teérica e praticanente, uma construcdo sem laces légicos ou de argurento, que proveque una cadete de refie 205 condicionados, assoctads. segundo a vontade do montador. aos acontecisentos introdutérios, con 0 resuL tado que se estabelecer. e depois. Iigade a esses metnos acontecinentos. una Nava cadeia de reflexos. Este realizacie baseia-se nun efeito tendtica, isto &, na execucio de una tarefa de propaganda. Fora dp “agit” ~ ~ sublinna ele - nBo hi, ou no deve haver, un cinema. statenke parte, mg realidade, dos seguintes principios: 1) eboligdo das figuras individuals dos nerdts Gue se destecen das massasi 2) eboticdo da cadeia pérticular de acontecimentos, da “Lrana-narragdo" que, embore ndo seja pessoal, sooressai de aado “pessoel" na massa dos acontectnentos. Tanto o evidenciar da arragdo ~ sublinta Eisenstein - so produtos personalidade do hersi con a préprie substantia da trans de una conceptdo individual ista do mundo, 80 compativeis con a Conceptio classista co cinema. Eisenstein + observa Lebedev ~ esta em acordo perfeito con a ideologis bogéanoviano-proletkultista “cblectiviste", por lun tado, © on 0 aétodo 4a "montagen de atraccées" pelo outro. Apss Gronenasets Poteakin (0 Couracado Poteskin, [925) - que. enbora considersdd pelo reatizador und vi t6ria de "oontagen de atracctes", se afasta de un des seus mais polénices principios, 0 da auséncia de ar- gunento - Eisenstein elabora teeria do "cinens intelectual”, do "pensanento cinematografico™. daquile que ‘ele chana “0 passerinho 22u} do cinomd conceitual", que se reflecte na sua obra mesto quando 0 nega ou o aban ‘done parcielmente. Prevcupe-se eh encontrar novos casinos, novas leis, novas formas, relativanente 3s tradi~ cionais, para “poder exprimir, por mela do filme, nio sé as enoghes © os sentinentos, mas tanbén os conceitos politicos, filoséficos, clentiticos" (Lebecev). £ altura ~ diz ele - de 0 cinena conecar a operar com © pensa mento abstracta que pode reduzir-se ¢ um conceite concrete. & esfera de trabalho das novas possibiligases FEL nicas $ a directa axeptasda 4 tela de conceltes cléssivos dceis w cambin de sdtades, ce Cceicas © de *pela- vras de orden" praticas, tem recorrer neste caso ao auxilio da suspeita bagagen do pasado drandtico @ psico. entinento" eda ove ser anulado pelo filme: “restituir 8 cigncia Wegico, 0 dualisno gas esferas do 42 sua sensibilidade © a0 processo intelectual o seu ardor © 2 sua paixto: mergulhar o processo abstracto do pensamento né afervescéncia da actividade prétice; restituir 8 fraqueze de fSrnula especutativa toda a gléri¢ @ riqueze da forms animalnmente sentida; dar go erbitrio formal a clareze de una formulacde ideolagica”. A soluci deste probiens - acrescenta Eisenstein - encontra-se apenas no cinema intelectual. na sintese do Filme enocional, docunentirio © absolute. $6. cinema intelectual poderé ecebar con o cantraste entre "a lit: quagen das imagens", con base na Lingua de dialéctice cinenatagréfica. 0 ctnena pode e. consequentenente, 2 ve adoptar, para a aplicar & tela de modo concretanente sensivel, a diaiéctica da substncia dos debates idea 6gicos ma sua forma pura, sem recorrer & intervengao da trama, do argunento para pessoas vives. 0 cinema ine ‘telactual pode e deve resolver tendticas deste tipo: "Desvio pars & direita", "Oesvio para a esquerda’, "0 8 UB alguns anos antes, on 1913, Maistavskr escrevera: “U teatre condonou-0 & morte @ deve entregar a sua Me range a0 cinenatégrafo, 0 cinena, transformados mum raso industrial. 0 ingéruo reslisne ¢ 2 arte de un Tchekav (ou o€ um Gorki, epfana © camino 40 teatro do futuro, & arte fivre co actor” (cf. Teatrkinenstagraf. futurian. ‘en “Kinojurnal”, a® 14, 1913). faded alse (ca do balchevisme". F no apenas eo pequatios episédios caracteristicos, mas pela exposicdo ce sistenas conpletos e de sistemas de canceitos. Pracicanente, quanto & qualidade go Teta 2 que deseje aplicar a sua teoria, Eisenstein visa 0 Capital de Mark; mas 0 meio pelo qual tencio fa “efectuar esta grande realiza(o" permanece secreto. Eisenstein ensa, portanto, ter chegado a um cinema puro, intelectual, cspaz de dar forma imediata as ideias, aos conceitos. 4 un conpleta sistema filos6fica, sem precisar de transposighs ou perifrases. Tudo isto tne surge como "o aressuposto aacuela sintese da expressdo artistica da concepg8o cientifice para que tence”. Vendo assix a necessivade de una profunda e vasta preparacdo cultural tanbés do reallzssor ci, aeratagrético, 0 seu pensanento © os seus estudes visar p enciclopévico, enbora possam curecer ou sejan desordenacys®, Us seus encontros com poetas, escritores e pintores séo frequemtes @ dos mais variados Joyce ~ que defendy na uass!? ~ theodore Dreiser, Upton Sinclair, Milton - de quer se recorda para 2 bs talna de Nevski - Walt Whitman, D. A. Lawrence, El Greco, Youlouse-Leutrec, Oaumer, Diego Rivera e tan 9 “Espectador, critico, nomen de cuitura e pensador, Eisenstein seguiz cos un apaixonada e continuo in, teresse as novidades artisticas, cufturais e cientificas da Anérica, da Inglaterra, da Franca, da Alena rita, da china, do Jap0. Una histOria aos quaGradinhos anericana, que o interessava como Indice dos cos ‘twves, tinha um lugar na sua mente ao lado de especulagdes Filoséficas e de visbes estéticas... Mun mo- mento lia Bersson ou Freud, e un momento depois tinha nas mics o “New Yorker". Muitas vezes mo se reve lava qualquer relacdo imediata entre os notivas ce interesse cultural de Eisenstein: a maior parte das vezes, con efeito, passavan-se meses e até anos, ates de ter revisto criticamonte esses seus estudes & pensanantos, sobretudo 3 luz das teorias do marxisno-leninisno ..- Na piblioteca de Eisenstein no havia 4 minima orden, a confusdo do meterial no tina fimites. Encontravan-se tratados cinetificos 20 lado de ronanees pol iciais de Agatha Chritie, livres de poonas a0 Jado de Falnetos con puesias popularesces. o ULisses de Joyce a par da Biblia. Volumes sobre psicalogia, antropologia, Fisiologia, artes Figurativas fe cultura gera! estavan misturados desordenadanente. Recordo até una gbrs de Platéo en:re os romances po liciais de Yan Dine. Enfiv, nequeta oinliotecs encontrava-se de tudo... Obras cano Madame Bavary de Flay bert @ os romances de Balzac © de Zola estavam cheios de notas @ desenos para uma eventual encenacao tea tral ou adaptacaa cinematogrévics. Thérése Raquin, tinha mesmo sido transpasta pars termos de espectéculo Granético, segundo a esquena de ua circulo fechado cada vex mais apertado; @ do mon6log> Interior de Bloom no Ulisses de voyce tinha sido Feito ux esqueme de adaptaczo cinematagrarica’ (Narie Seton, Eisenstein Biography, The Bodley Head, Londres, 1952, trad, italiana: $.8, Eisensteia, Bocca, Hildo-Roma, 1954). 10 "James Joyce tomoy uma s6 personayen, Bloom ¢ catecou-s sob um microscépio durante um dia. Nés, por nosso ada, podenos colocar sd © nicroscépio & aultiddo que se adenta na Prac2 Vernelha durante uns ma niteseacdo, gannanda assim quanto & variedade dos elementos. aquele nétods pode ser aplicade se se dese jar saber tudo 0 que acontece, por exenplo, entre 0 selo-dia e # una fora. Néo & apenas un sistena cien tifico de trabalho, mas tanbém 0 aétogo cinetitica aplicado a arte ... Criticos cone Radek dizem que néo ve0as os howens cons os vé Joyce. e portanto tal género de literature é indese)avel na Unido Soviética porquante nada tem que ver com a realidaue. E errado eizer isto, porque se dasejarmas contecer 0s micré- bios @ necessério tandém vé-los nun leboratério biolégice. Gevenos estudar Joyce. Durante dois anos discu tlusse acerca da oportutidege de o mandar traduzir, como matéria de estudo, e depois a ideia Foi abandona da, a seguir 60 discurso de Radek. O5 escritores russos perden muito, gevido # Isso. Quanta a min, 0 cis curso de Radek indignou-ne, Analisando-o, encontrei nele una snterpresacio convencional de Joyce. Radé lamentou que doyce tivesse colocado su2 personagen fore da realidede objectiva que a circunda. Has isso explicarse perfoitanente, desde que se considere a origem social do prépric Joyce, fle desenvolve a Liana tragada por Balzac. € necessério estutar a fundo 8 sua experigantacdo. Penso, todavia, gue o seu Lavoro & Pragesso (sic. no pode ir mais alén ns sve abra {itersria" (de una Ligd0 de Eisenstein no Insti fo de 1934; cf. Marie Seton, op. cit). por Work in Progress) @ uma obra que assinsis um passo atvas ou. pele menos, que Joyce 34 tuto de Cinema, no Outo- 4 tos outros. As suas snvestigagdes estendes-se a0 campo nistérico. ao cientifice, a0 Filosbfice; da psi- cologia, rettexolagia, psicanilise, a0 astudo das civilizagSes antigas, 6a grande cultura cléssica: “os Gregos, a China @ © Japio 40 perioda durac, o Renascimento italiano, a Espanha de Ei Greco, & Inglater- ra de Shakespeare, a Franca de Zola e oe Balzsc ©, 30 masno tempo. as civilizaydes indigenas do Pacifi- co & luz das exploracdes do sétulo passado”. 0 sonno de Fiseastein é Leonardo © eis que de repemte, € nao ca mente do realizador, La Gloconda aparece wn # Liana Geral e o realizador indica os esboros par o Fresco 0 OilGvie com uM grande trecho cinenatogréfico, un exenplo clSssico de mantsgen: "Se no Fassem (eonarsa @ Freud, € Marx, © Lenin, © o clnana - confessa Eisenstein - eu seria, muito Dprovavelmente, um segundy Oscar Wilde ... Freud descobriu as leis go comportanento do individuo © Marx as a ciel ucdo da sociedade. £ eu, nos trabalhos teatrais © nos Filmes que dirigi sus Itimos anos, segui a sniaha conscigacia Tormady a partir de Freud e Bars"! Eisenstein parte da esquerda hegeliane aara 0 seu conceite de Filosofia: "segundo Marx Engels, 8 dia Léctica, como sistema, no & mais co que o constante reflexo do processo dealéctico (existéncia) dos ston tecimentos externos co universe; e, portanto, © reflexs do sistema dlaléctico das coisas ma conseiéncta, 0 conteidas abstractos, en vensanentos, di lugar 9 sistemas dialécticos ce pensamento (materialism dia lgctico), isto € 4 una Filosofia. De modo andlogo, 0 reflexs do nosno sistems en contetdos concretos © en formas origiaa arte. 0 fusdanenta desta Filosofia consiste en entender as coisas dinamicanente; 9 ser. come © constante devenir das acctes recioroces de dois extrenos opostos; a sintese, como Grigen constante 40 pro cesso de oposicae entre tese e antitese. Ne campo da arte, este principio diainicc-cialéctico afirna-se a 5) propria coag confi{to". Seguindo um tal principio, tanbén para Eisenstein a arte € senpre "conflite” pela sue funcio social (= porque a Finalicade da arte € tornar patentes os conf]itos da existéncia para pramover conflitos andlogos na observacdo € forjar exotlvanente un conceito intelectual concreto através fa coliséo dindnica das paixtes em luta, obtendo assin une percepsdo exacta); peto seu conteddo (pois a essincia da erte € constitulda pelo cantlito entre 4 existéncia espontinea e 0 impulso criador, entre @ inércia orgénica e a iniciativa dirigida para un fim); @ pelos seus métodns. Em O forme stserarie (0a Forma do Argunento), publicado no “Biulieten Berlinskavo Targpredstva* ("Bo- letim da Representacdo Conercial de BerLi 1, 85 1-2 de (829), partindo destes principios gerais, Elsens tein afirne que @ montagen & “0 elenento basilar” do cinema. Determinar a natureze dv momtagen significa, Bor outras palavras, resolver 0 provlens especifico da nova forma de expressto. € esta natureze nko pode procurar-se ns principios de Dziga Vertoy au de Kulechsy para os quais, cone vimos, "os Unicos Factores do ritmo eram o movimento proprio de cada uma das imagens © 4 metragen de cada aece~o tsatado", Para de~ Imanstrar camo 580 erréness esses concepgdes - observa com razio Eisenstein - basta o facto de "ceterai- nar un objecto dado apenas en relagio con raturece abjectiva da sua duracdo. ¢ considerar principio. Us Fenéseno mcdnica como o de unir 0S vérias pedacos de pelicula". Wa realidads, o vendadeiro conceito de movimento no derive de un Fendaeno puranente macdnico, de mistura de um antecedente com 0 consequen te, A sensaclo do sovinento, 2 percengao de un avanco, de una sucesséo cinenatogratica, s80 geradas pelo conflito entre & prineira inagen {cvje incongrugncia ests J8 na consciéncia) com # imager seguinte que se encontra com ela no processo de penetragto da mesna consciémcia. 0 grau Ge discordéncia - acrescenta Eisenstein - assinala a intensidade 42 inpressdo ¢ 02 tersdo que, Juntanante con os préprios efeitos pro duzidos pele inagem seguinte, se tornan os elementos reais e bisicos do ritmo peculiar de cine-pldéstice 11 Cf. Joe Freeman, An Anerican Testament. Farrar and Resnharde, Kove torque, 1936. Fortance a caracteristice essencial oa cine-pléstice € 0 contraponto visual. Entre os vétics exenplos de conflitos peculiares & forma cinesstogréfica, Eisenstein cita, por excnplo, os Lineares. os de planes, 42 volunes. de espace, de iluninacdo e de duracso. os cenflites entre @ obfecto (natéria-prina) ea an ule do qual & facade, entre o objecto e 2 sua natureza espacial (distargdo éptica por neio de ans lente) entre um processo (obJecto) @ 2 sua duracdo (Fetosrafla ultra-répids ou ultra-leuta). entre o sistena aio bal (dptico) © qualquer outra esfere de Factos, chega-se assim "so limite no qual se praduz un conflito entre a dptica ¢ a acdstice, que di origem & pelicula sonora”. Deste Ultimo conflite nasce un novo contra panto orquestral Ge imagens visuais e de imagens sonoras que aferece sinda mais cerfeitas possibi? ideces 5 compilers obslécs}0s que se cpOem & execuydo de um filme de formas de montagen @ permite ultrapassar pela impossibitidade de encontrar solucdo para certos temas mediante elenentos Figurativos somente”. por exemplo, 4 confusdo explicativa que ebriga 8 sobrecarregar o filme de cenas infers ¢ 40 consequente re, tardanenta do ritmo. Este progresss va eontagem coro meio expressivo abtica com novo comtraponto nig vem elininar 0 cerScter universal © internacional do cinena: 0 cinema sonore € falado, quande prefere 0 assincronisno a sincronisno. aunenta as possibilidades de gyfundir ay idetas contiuas no tiime!®, "§ formacs0 © @ consideragao das formas cine-plasticas como resultantes ¢2 conflitos deterninam a pos sibiligade de estabelecer um sistem univério de dramaturgia visual que estude os casos possiveis 40 pre blema, en geral © em particular". Eisenstein atstingue entre montagen aétrice, mantagen ritnica © montages exigncias ais proprianente formats e estétices do que 13 sonora. Esta simples subdiviste ten presentes “ mmeranente granaticals", e € con raz3o que Unberto Barbara a prefare &% formuladas par Padovhin e Arnheia fo “principio épico" de Pudovkin. segundo 0 ual a montagen serve para desvincular una ideie através dos elementos dispares que surgem da 1igacéo dos enquadranentos isctedos, Eisenstein ope. sortanto, um "prin- cipio dindnico": uae ideia ado expresse ou narrada por melo de elementos que se sucedem, mas que se manifes ‘ta como resultante gz colisdo oe cois elene’ 8 incependentes un do outro. Esses dois métodos criadores, 0 de Fudovkin ¢ a de Eisenstein, sdo assim resumides por este ditino mum artigo escrito en 1929 e depois inserto en Film Farm: "Reton un veiho apontanente neu: Ligagdo-P © Cons traste-E. £15 2 Lint para chegar ¢0 ponto crucial da fractura, en questdes de concen¢3o de montages. en= tre P, Pudovkin, € £, eu prOario, Discutfanos energicanente quando ele vinha ter comigo, alta noite: © is so acontecie Frequentenente, quase se tinha tornsdy un nabito pare nds. Formado na escola de Xulechov. Pus sdovkin afirmava que a compreensio € 0 efeito das Lnagens cinénatografices eran determinadas por una nonta gen entendids coro une ligaGio Linear das préorlas imegens, ex cadeia ov cono os tijolos oe um edificio, oa ra construir e expor a ideia. fu, pelo contrério, sustentava © meu ponto de vista, a sontagem cone contras- te de imagens da qual deve brotar e conceito que se quer exprinir; a pure e sisples LigacBo de imagens era para mie uns solusao que apenas se podia adopter excepcionainente". Eisenstein, mais do que qualquer outro tebrico russo, pr ‘cure ne inagen ¢ ns nontagen 0S Melos capszes de dirigiren o espectador para a eno¢do atra és do pensamento, do raciocinio. € interessante referir, a propésito. alguns passes de una conferéacie de Elsenstein ne Sorbonne de Paris, en 17 de Fevereiro ge 1836, publicada ea "La Revue du Cinéma" no nesno ae! "Travel hando neste sentido, consaguimes realizar 2 grande tareta da nossa arte: inserir nas imagens idetat abstractas, concretiza-las de qualquer moso, mio traguzindo una ideis aun epistdio ov nema mistéria, mas fencontrando irectanente na imagen ou 725 combinagies de imagens 0 meio de provocar as reaccOes sentinen- 12 CF. entre outras coisas, 0 citado nant feste de Eisenstein, Pugovkin © Abekssndrov. 13 Unberto Barbaro, File, soggetto e sceneggiatura, EdigSo da "Bianco © Neco”, Roma, 1938. 1d S.M, Eisenstein, Les principes du nouveau cinésa russe, en "La Reve du Cieéma", Faris, n°9, Abril de 1930. Artigo citado por Margadonna, teis previstas © antecipadanente determinadas". "Trata-se - continue ele - dé realizar una série de imagens coapustas de moto tal que provoquem un movinento afective @ susciten, por sua vez. uma série de ideias. Da iwagem ao sentinento, do sentimento & tese. Procegendo assim, evigentonente correnos 0 risco de n0s torner- os simbolistas, mas nfo se dave esquécer que o cinens € 4 Gnica arte concreta av mesmo tenpo dindnica © com 4 possibilidade de pr em movinento & operacbes do nensanento. A dininica do pensamento ato pode ser excita da cono nas outras artes, que s8o estaticas e 56 podem dar a réplica aa pensisente sen desenvolveren real- mente". Esta terefa de excitaggo intelectual pode realizar-ze exactanente, segundo Eisenstein, com o cinema sera esta o obra historica da arte do nosso tempo, porque sofrenos de um dualisaa terrivel entre pensamento, especulagio filoséFica pura e sentinento, cno¢lo. Nes primeiros anos. mégicos e réligiosos, 4 ciéacia era un elenento de emacdo como a sabedoria colectiva; depois, com a dualismo, as coisas qudaran, © temas de um lado 8 Filosofia especulativa, 2 abstraccde pura, © do outro o elerente enocional puro. Devenos agora executar um regresso, no a0 estado primitive, que era o religioso, mas 9 una andlogs sintese do elenente enocional ¢ do intelectual”. "Penso - conclui Eisenstein + que apenas o cinens @ capaz ce realizar essa grande sintese, ce resticair ao elemento intelectual as sues Fontes vitais, concretas @ enotivas" No conferéncia sobre os trabalnos da cinenatigratie soviétice realizade am Moscow, em Janeiro de (935, por acasige co 25# aniversério dessa cinemstogratie, Eisenstein, a propésito 0 seu “cinena intelectual”, afirma. "0 que ora € 0 que 6 esse cinens intelectual de qué agora me obrigais a falar ¢ dé que efectivaren, te se fala tanto como de um problems actuel com de un sistema difuso? Parece-ne absolutamente necessério, antes de tudo, esclarecer dacididanente as ideias sobre ele. Na realidade, » incompreensie ce que esté rom eado tem origen me concepsdo € definicdo correntes, segundo a qual se fala de cinoma intelectual todas es 6 que s€ Julgs (ndicar a auséncia de elementos enotivas, e Dortanto se identifica esse sistema com ¢ egaco da ematividade na expresséo cinematoarérice. Alda ¢isso, deFine-se como expresséo cinenatogréfice intelectual a fantasioss, qualquer que seie o género de fantasia de que se trate ... Pelo contrério, quan, do un de n6s inicio um dia @ teoria do cinema intelectual, viv-a comp un método capaz de revestir toda a estruture do Filme e tendente ¢ dirigir o espectador gara a enacdo através do pensanento, do reclecinic. Se recordardes un artigo meu de ento, Intitulade Ferspectivas. no podeis deixar de adnitir que 2 direc G49 do pensamento con fuicdo exotiva foi un dos problemas fundanentais do cinena intelectual tal como nés 9 entenasnas. Acusas m2 de una concepez0 intelectual separada do facto exotivo ado ten sentido. Trata-se co contrario. Escrevi, @ repito agora, que o duslist do sentimente ca razGo deve ser absolutanente ul. trapessaco pela arte nova: & necessério voltar a dar fogo e palxao ao processo intelectual e inserir @ atitude 0 proceso do nensanento na efervescéncia da realidade". © cinema intelectual. os enquadranentos entendidas coma conceitos. e 9 conflita entre estes cena cria (io de novas ideies, néo adniten 0 "hosem vivo" e, portante. 0 actor profissional: "Conpenheiro ‘nomen vivo"! Pela literatura, no respond. Pelo teatro, tanbén no. Mas 0 cinens néo é feito para ti. Pare o Cinema, ty £5 ui desvio para as direites", A (nagen go honen © da Sud actividede poden ser substituidas, segundo Eisenstein, pala imagen do pensanento adaptado tele. & Eisenstein - como de reste # Pucovkin, ¢ Kulechoy e & Oziga Vertov, nesses anos - basta o citanado "tipo"; os “tipes™, colnidos ga vida, constituen snaceeta p: © reatizador, na mesa de wonragem, & exigéncia do "tipo", @ guerra eo actor arofissional, nas, cau, en Eisenstein, Bo $6 de exigéncias ve montagen, ds "sitadurs de wontagen”, mas tandén da sue concep- Go colectivists, do herdi-massa contrapysto ao MerSi Gnico © simbélice Ge Pudovkin. “Tanta a idese da “td Picizacdo" camo a da “mantagen* nesceram - afirma Eisenstein - do teatro. Tanto 2 "tipicizaqlo" cinenatogrs fica como 0 teatro de Coamedia dell ’érte se aseian na ndscara. A Gnice diferenca & que no cinens substitu fos sete ou olto miscerés por um Cento oe Faces. En Statcnka, no entanto, conservadse rigorosamente & icon Grafia tradicional da Coanedia delia Arte ... Mas, tal cono nOs a desenvolvenos, 2 "tipicizagso" néo & con- vencional nen tradicional. € um nétodo sintética. Por example, © ménchevigue de UkLiabr é uns sincese de tragos enotivas € Divlégicas caracteristicos .., A *sipicizacdo" # um momento do dasonvolvinente do Teatro deiltArte... & tearia do tige n¥o @ uma criacéo individual minha, de Pudovkin ov de Kulechov, mas a tendén, cia do nosso texpo" as. & parte o *tips’, @ teoria de Eisenstein sfasta-se da de Pudovkia por outros principios fundanen- tals © substanciais. "Por natureza, 0 argunente no & reslyente - escreve Eisenstein ~ 0 que 8a forms a0 material cinenatograficn; representa apenas unk fase desse aaterial. 2 transi¢do entre a escolha de un te ina por un artista © @ sua realizacdo visual”. 0 argunento € % sinal estenografico de uma enogao, que sera osto em acto sucessivanente auna série de visGes plasticas", sem que algo nele “condicione © realizacde vi, 0 surge @ necessidade de una planifica¢ao, © ainda mais da "planificege de Ferre, que tudo sual”. Por predispée 0 papel (dos angulos aos movisentos op méquina ¢ gos actores} mas que, en todo 0 caso, "pace dar tanta vida a um filme, como podan di-1a 20s cadéveres dos afogados os aiineros que na morgue os distin guen". Contra a planificacdo de ferro, Eisenstein defende a chemada "novela cinenatografica”: ua esquems 448 argunento con a extensio de dois oy t7és cadernos dactilografedes, “a descrigio da trana na progress3o @ no ritne cos romentos enocionais, tais cos0 0 espectador deverd senti-los", "a narracdo sintética tal como pode ser feita par um aspectedor, ap6s 2 visio do filae”, Argunentista ¢ realizadar exprimen-se cada Um através da sua linguasen prépria; 0 reelizadsr trabaina sobre um "esauens™, sen 8 descrigéo particulari 2ada dos enquadranentos, das sequénciat e da nontayen. A obra de arte, no fine, produz-se no momento da sua realizado; e a montage, através da qual els se concretiza ndo pode ser estabelecica antecipadanente fo papel ner. portanco, pode existir aesse pepel: a montagen passa. assin, de a priori a a posteriori Isto €, torna-se *verdadeiranente criadgra; obra do realizador, os melhores casos. "é criacéo inedia, ta. $6 a nese de montagen se define o tera, se concretiza o argument, moscen as personayens: 0 realizcdsr 4 onnipatente: ele € 50 ele ¢ a Unico crtadar da obra cinenatogrsfica*. Nesta inportamte e “tipica condi glo da realizagao - notan mais tarde Pasinetti, Puccini © outros = est 2 capatigade de improviser que no pode feltar ao artiste quando entra em contacto com as fantes vivas da sua inspiracdo: husans e coisas que amg quina ou o instruments musical (o pincet. a pena, 0 buril) transforma, sob © inpulso de una visdo auténti- 3, om padagos de arte”. De resto, € “Inpossivel imaginar um realizador-artista que no passe de fiel "tra cutor" da planificacdo perante a realidads especial do estadio cinenatagratica, que nunca se pace condicia nar 3 ung previsio perfoita, © perante 8 reatidade de na! fm todo 0 casy, "de un ponte de vista es- eri trictanente artistice, toma-se sem divida mais interessante a obra do realizagor que Se exprine cirectax rente, valendo-se apenas dos meios técnicos exclusives do cinena (maquina dé fitnar, pelicula, etc.. € so bretudo go material pléstico que sé 4 rodagen pode transformar de nealidade es poesia}. inventando duran- te 4 realizagdo do proprio filme (enquadracentos, moviemntos de miguing, atitudes @ acco dos actores, dis posicbes dos objectos, efeitos de luz e de Son) e reservendo ainda para 2 ulterior fase «a montasem 2 defi nitive composi¢do da obra, 2 que daré 0 ritim que nasce da montagen © que. durante & rodagea, apenss € pre visto n0s seus dados assenciais". A planificacdo, coso ap arguento,"i8o se pode atribuir sento o valor de proposta". Por outras palavras: de inicio basten "s ieeia do tem" e “una predisposigso dos meios récni- cos necessérios e do aaterial censgréfico e humane; mas tudo isto pode ser igualuente estabelecido por rneio de un simples tratanento"!S, 15 Francesco Pasinetti @ Gianni Puccini, La regia cinenatogratica, Rlalto, Yeneza, 1945 Tals principiesforan © sio, tedavia, comtradites aor fines absolutanente vélidos'®. Pelo que vings, torna-se aceitavel, em certo sentido, a aflrmacio de Margadonna segundo @ qual, se 0 métado de Dziga Verto condena. "en principio 2 antecipadenente o sistena artistico d2 Pudovkin, € este que, 0 fundo, inspire parciainente Eisenstein”. esta inspiregdo pode, na realicsde, procurar-se no princiote de um cinema de caracter "docu- Ientarista", sen a necessidade de actores profissionsis, realizado fora dos estidios. Pelo contrério, nio & aceitavel 0 que escreve Moussinac fen Le clans suviétique, a que Margadonna se refere no capitulo sobre os russos Ge Cinena Seri ¢ oggi): "Tearicamente, Eisenstein confia mais na objective do gue nos seus olnos, mais no mecanisao d2 “canérs” oo que no Seu sistema artistico", pois “roda varias vezes & mesma cene © pre fare trabalhar soore un material rico © abundante, sem qualguer economia de gel icute”. Eisenstein, contra- lanente a Oziga Vertoy, alo se coloca na dependéncia do miraculiseo da maquina de filmar; os seus enquadra rmentos ngo sia *interpretades pela objective", mas $89 0 fruta de ume intima experigncia narrativa e artis, ‘ica: “a conposigao de cada quacro isolade - observa Pasinetti - @ obtida pela relacie entre 2 palsegee na tural ou 0 cendrio artificial © 8s personagens © odjectos, Trata-se, en geral, de enquacranentos nfo ceter Minados por colocasdes extravagantes ou irregulares (comp costunam chanar-se) dz miguina ce Tilmar", as uals so entendidas como partes especificas de uma sucessdo de quacros, en fungio de una monteyem aunca erpitrarial®, “Deiga Vertov @ Kulechov + sublinha sings Lebedev - interessavam-se sobretude por questaes formals & punhan as questdes idsoléeicas en segundo plano: Yertov considerava-ss j4 resoividas pale proprio fact 6 trabelher com saterial docunentario que reflectia a realidade soviética: 0 Wulechov dessa épaca néo entendia 6 sigtificade das questbes [deolégicas © ignorava-as completamente. Eisenstein foi o primeira dos inovadores @ no conceber @ sua orocura de formas ebstrainda ca aova tenatice social. Depols ae ter estudado e assimilado perfeitanente todes as conquistas de Vertoy @ de Kulecnov (no campo da monger © da composigde dos enguadranentos). ¢ apis ter J4, no seu prineiro filme, levantedo e resolvido parcial 2 tarefa Funda. weente uma série de novas problesas farnais, Eisenstein ado esqueceu, nem por um mona mental as todo 9 artiste autenticanente revolucionaria; a influéncia activa sebre © espectagar, no sents do Gil 8 Revotugaor!?, 0s prOprios filmes ge Eisenstein so portanto exenplos Linpicos e rrequenteaente eficazes néo de un “niraculismo d2 eaquine de filmar" mas de ung sincese por vezes elevada de formas © contetdos novos. E. 18 0s principios de Eisenstein encontran en Aleksandr Dovjenko ua ilustre sequaz. ex Profession e foi G'un metteur-en-scéne soviétique ("La Revue du Cinéma", Paris. n? 14, Setembro de 1930) ele afimme, tre outras coisas: "NEG me interessax os argunantes como argunentos. Sirvo-me deles cesde que posse ex primi melhor importantes formas socials. Par iss0, trabatno com cocuneatos tfpicos @ procuro sinteti~ 28-105. Os meus her6is, assim cons 0s seus gestos, so represemantes da sua classe, A cocunentacgo dos meus Fifies € concentrade, por monentes, até 0 extrem limite; a9 sesno tenpd fas0-0s passar através do prisma da enocdo, para infundir-Ines vide e muites vezes eloquéacia. Muncé fico indi erente perante os Socunentot ... Trabalho con actores profissionais, mas spbretuda com pessoas escolhidas entre a aultidéo. (Quando escolha actares profissionais, a minha priseira preocupacao € gue 0 shy p9pe ado deixe sentir ‘enasiado 0 seu sister. Pars es outras persenagens, enprego todos 0s artifices que me permitan obter sen Gificuldade 0s resultados que pretendo" (do resume feito por Nargadonna em Cinema ieri e opgi, cit.). Jeen-George Auriol, na nove série de “La Réwe ou Cinéma" (Paris, t. 111, n® 18, Outudro de 1948), recon daa "profissdo de £2" de Dovjenko, citanda outros ensalas do realizador russo. autor de obras original comp Arsenal (1926), Tomlia (trad. Mit. A Terra, 1929) @ fvan (1932). tum plano mais elevado figuran Chars (1938) @ Mixenurin (1989), Dutros sequazes da teoria de Eisenstein 440, na Rissia, Juli Rajzmen (Zeal ja Jajdet, trad. lit: A Terra tem Sede, 1931; Ctotciki, trad. Lit.: Os Aviadares, 1935; Posledhiaia notch, trad, Lit.: & Oltime Noite, 1937) © 0s irmdos Vasiliev (Tenapaiev, 1934, 0 argunento deste Filme. juntanente con outras dos resnos autores, foi publicado gela Goskinotadat de Hoscovo em 1950). Seguen o principio da mantagen a posteriori realizadores como Flaherty (Man of Aran: 0 Honem co fran, 1933-28) © Fejos em En handful? rts + dastes Filmes que nai 1 08 principlos teéricas. 2 seu grineire contacto aii no cing de res ma rononta. @ 1923: na encenaclo de 0 Ensaio - adaptacd da conédia Hé Bastante Sinpliciaade aos Ensaios de Ostrovski ~ insere ut short sobre o “éldrio de Glurow", parudlando as actual igades cinenatagraticas de Driga Vertov @ de Tissé. Dirige. uo aro depois, Statenks (trad. Lit.: Greve, 1924). a0 qual seouen Gronenosets Fotenkin {0 Couracado Potenkin, 1925) @ Oktiabr (trad. 1it.: Cutubra, connecido Leabén cone 0s Dez Dias que Abalaran o Mundo, 1827-26); com excepta0 0 primaire, © tana ¢ seapre © nesno. E interes sante referir, a propésite, algunas afimnacSes Feitas por Eisenstein 2 Moussinac durante a estadia deste Licino ea Hoscovo, en Outubro @ Novembro ce 1927. "Cona artista - afiewa Eisenstein - soderia exortsir outras coisas, e mals livrenente, da vida en que participa com os neus es wMhairos @ 44 amocdo que sin 40? Rio sou menbro do parcide comunista; mas isto mio quer dizer que deve recuser-me a apresentar ne te 1a 9 que sinto na potsncia de acgio e de vontade das massas que Fizeram © continuso 3 revalucdo, © a ex primir os sentinentos e as ideias de que # aova Missia & tao rica. No pertence aos artistas exprinin 2 sua épaca? Portanto néo existe mais raga para exprintr, na Rissia, a no ser 9s tenpas revolucionarios"*4 Assim Eisenstein - como alias Vsevolod Pudovkin - formula o acto de Fé de ua resiizador-eriador que nic em nada que Yer com 0s “Zeperativos ideotdgicos*. A revolugdo suerreira segue-se, na actividade pratica de Eisenstein o que Gardiche © Brasiilach chanan "revolugae pacifica": Sterole i novole (trad. 1it.: 0 Yalho € 0 Novo, connecido sobretudo como A Linha Gere)} & realizado ue 1926 a 1929, com a colaboracie de Aleksandrov. Entretanto agvén © sonore e, pare o estudar, Eisenstein vai, com Atoksandrov @ con 0 fide- Lissimo operador Tissé, 4 Alonanna ¢ & Franga, onde essina Romance Sentimental (1930), ume curta-natra- gen musical que na realidade nio & sue, aas de Aleksendrov. cinema sonora, cona vimos, & defendido por Eisenstein, pela sua possibilicaie de crier noves contras 1 tes © novos conflitos’!. nos Estado Unidos, onde © chanou Jesse L. Lasky. 0 réalizador russo, retonando ues afirmacto Feita no Sorbonme ("0 cinana can par cento falado & une bétise"), especifica que, en casos especiais. 0 didloge @ “Nerdadeiro material pa~a 0 Filme sonora". especiainente para © tondloge interior, © qual "se adeque nals 20 cinama do que a literatura e a0 teatro”. & literatura (velen-se Dujardin @ Joy €2) & na reelidade “demasiado enbsracads pelas limitacdes da palavra, e 0 teatro peles militagées do seu natural ismo, pare que possan fazer entender o vigor desse meio". 0 nonblogo interior filmico € ceorizado por Eisenstein na "novela cineratografice" ou, cethor. nos apontanentos escrites pur veaside de un filme we, por vérias circunstincias, 80 foi dirisige por ele mas par von Steenberg: An Angri¢an Tragedy, pa~ seado no romance de Theodore Dreiser. "S6 o filn2 ~ escrow entre outras cvises, Eisenstein - ten & sua (2raa, Lite: Ua funmado de Arroz, 1935). Na italia, vejaa-se Rossellini (Palsé, 194 1947) e Luching Visconti (La terra trena, 1948} Germania anno zero, 17 Extore M. Nargadonna, Cinema ieri © ogal, cit. 1 Francesco Pasinett, Etsenstein o della coereiza stilistica, cit. 19 N. Lebedev, op. cit. 20 Léon Moussinac, Le cinéna soviétique, cit 21 Eisenstain € o precursar destes novas contrastes € conFlites jd en Oktlabr: "0 movimento dranstico & Obtigo unindo as imagens do avanco de um betalnao oporirio de metaciclisess (un erescente suceder-se de rodas vertiginosas) com as da entrade acs delegaces, Ge Forms que 0 clina arretetador do Congreso, 0 seu Crescendo drandtico e a inporténcia do acontecimente 589 dindsicazente visbaliza0os © ternados o mets pos sivel evigentes* (cf. The Film Sense) - ‘dtsposic2o 0s melos para apresentar adequadanente os répidos persamentos de un honen en momentos de agi t5¢40 ... Por isso $6 0 filme sonore € capaz de reconstruin todas as fases © a esséncia do pracesso men tal... Que espléndidas esboras de planificacdo eram aqueles!... Como 0 peasemento, prosseguinas por meio de imagens acompannadas oe son, siacronizendo ov nfo; depo/s Com sons, sem nennuma Imagem visual ou cow imagens referiaas a sons: sons que sinbolizavan objectos; depois. de repente, langande pelavras Formuladas cerevralmente @ cerebral e Frianente pronunciades, enquanto na tela passava una pelicula to- da negra: una visio sen fornas. Ora por meio de una !inguagen apaixoneéa © inccerente ~ sé substantivos ou 58 verbos = ore por melo de interjeigées. con zigue-zagues Ge figuras sex significado que passevan si suiténeonente a palavras. Unas vezes as imagens deslizaver, rapldanente, no siléncio absolute ... outras vezes eran inseridos na polifonie ora sons, ora imagens, oré imagens © sons. Ora se imternolavan Ao curso exterior das coises. ora integravan em si elementos do curso exterior das coisas. Como que representavan 8 agitacéo do pensomento das cranatis personae. 0 conflito das dividas, das irtencdes, da palxdo, de voz © a razio, por meio do novinento, or8 rapido ora breve. refarcando o diferenca dos ritaos deste © caoue lee, ae mesmo tempo, pondo em contraste 3 auséncia quase completa de accéo exterior com os Febris debe tes snteriares, por tras da impassive! miscara do roston®? 22 "Close up". Junho ce 1933, citado por Raymore J. Spottisnaode en A Grammar of the Flim, cit. J8 nue ensaio sublicado em "Profetarskoie xin0" (0 Cinema Proletérie, n? 12 de 1932). Eisenstein sustentava que "s6 0 fonofilne pode dar 0 pleno devenir da pensanento" © que "2 naceria{ tipico do Filae falado & 9 a0- AGlogo laterior". "Ei gerat a palavre existe ads nossos Filtwes somente como elemento ao didlago - observa mais tarde Bovjenko, seguings a linha de Eisenstein - ¢ isto numa certe medida enpobrece 9 riqueza verbal. Na realidade, nao se dover sgnersr os outros aspectos ca utilizacdo da pelavra, que podem por vezes adqui, vir una grande forca artistica. A patelha criatora travaca na tela requer o uso ve todas as armas 4 disog igo dp autor, Além do diSlogo ele pode utilizar. con bus @xito ne ofensiva, os mandlogos e até © docunen arto que esté completanente Limitado aos Filmes docunentérios € cientificos". Em Mxchuria (1949) Dowjeq ko protura, coa @xito, alargar os Limites nebizusis va utilizacdo ¢a palavra, « ele préprio explica: "...k nulner ge Mitchurin esté a aorrer, Nas Gltinas palavras de anor © ce adeus ao nerido sentinos ume censura rofundanente oculta, que durante longos anos alo Fol exteriarizada. E ndo € sequer uma verdadeira censura, mas antes 2 nécessidade, & sede de afecto de que sofreu curante tas a vida. J& nao ten forca para falar & surmura "- Retordas-te, Ivan?", e subitanente encontrang-nos transportades (sea fustes de qualquer espécie, sendo 0 efeito artistico ao corte potentissime) a0 teapo da sua juventude, 0 Jover Mitchurin e Sacha came sham através dos canpos floridos. Para nds, espectadores. 6 9 real idade; para 9 velho Mitchyrin e para & fulter muribunda aio & mais do que uns recordacdo. Els porque os Gols enanorados, en Face do futuro, se ca la. E nds. 0% autores do filme, devenos falar em vez deles; devenos pensar que existiv ento un surto € lun {apeto de sentinentos que ben goderlen exprimir-se con 0 seguinte Gidlogo “interior” = Sache = Vania... Ivan Sacha, quero dizer-te .. = Sim = Saves, Sacha, eu pens Taaén ev Viveronos ge maneira ¢iferente dos outros Sim, sim ... 63 naneira completamente diferente ... Farenos progregir a cigneia, transformarenos toca a terra num paraiso. Da nossa Rissia de salgueiros © pétulas, farenas un Jardim tao bela cone nunce os homens puderam sasnar = Sum ..+ como 65 belo! = ese 65 bela! = Een toda a nossa vida, Sacha, aunca eirenos uma palavra rude = funca. = A vida 6 120 bela. ~ Sia = E todo € to claro «. ~ Sim. A infeliz estadia de Eisenstein na América renontan tonbén gs suas teories sobre os Lumites ou, ne- Inor. sobre 4 forma da tela a adoptar; questdo de considerdvel impertancia, pois nela esta impl cite outra prablena: 0 da conposigio visual. Tals tearias, primeiranente objecto de uns apantasentos € depots publica Gos on "Close up"@4, partem oa andlise das conposicdes verticals, a qual sublinhe que estas desenpenharac sn papel importante no desenvolvimento do honen", coreus 0 nomen, tornanda-se erectus, abandonou 9 "balxe @ 0 rastejante’, Indice do “desprezivel”, “sirigiu © olnar aos céus. para Deus. © manifestou a sua aspirs- a0 com arcos gaticos, com aguihas © janelas. Ne nova era industrial, erioy a5 formas t{pitas do espirito materialista nas chaniogs das Féaricas, nos arranha-céus, nas obelscos. Mas, enbora a vertical seja a doni, rnante, a Fascinagio da horizontal no se desvaneceu. 0s horizontes, as planicies, as incerminaveis extensbes das Sguas ainda fazen surgir una qastaigis, trazeido consiga recordacdes oe lerras 4 pressa e & velociaade a vida oderna. Para resolver este conflita, Eiserstein prope a tela quacrada, 8 qual trataria imparcial mente conposigies que, pela sua natureze, sd0 verticals € horizontais*@*. Estas teorias, enbora caian = co, ino observa Spottisnoode - nalgumss contragigées, neyan evidentenente a "proposts (felta pelo mesno realize dor noutro sonento) de una tela extensive! (veysrse 0 magnoscopio)™ utrys estudes originals de Eisenstein so publicados em revistas inglesas © americanas e em Nove lorque ai, em 1962, The Film Sense (Harcourt, Brace and Cangany!, e es 1949 Film Form (iden) en que o realizedor fg tedrico russo escolhe sistenaticamente, dando-Ihe us sentido estético mais amplo, 6 natéria precedentenen te trateda em varias publ icasdes soviéticas e estramedr¥s, 0 prineiro desies dois volumes ~ escreve, entre outras coisas. Elsenstein ~ "tents dar um contribute @ arte do cinema, focenda un aspecto Basico da sua 20 Pla e 8 sus prética: © problema de montayen... 0 meu Livre a alata wa persyactive aas possibllidades late, = E verdade? Oé-ne 2 tue palavra. = Tanbén tu, Vania = Sim... Mas... Por toda a vide... = Sim, Mas eis que 05 protagonistas co Fiime saiem dos tenros anos d2 sua juventude para entraren na severe naturidade. AS pruocupagdes mudaran os seus rostos. 0 desscordo encheu os seus espiritos de tristere. A Floresta esté silonciosa, apenas se ouven os esta-idos das foJhas secas. € nis pensanos em vo2 alta por Mitenurin (mon6l030 interior}. caminhando ag seu Lado © cuvindo a sua vor: “e eis que saimos dos ternos anos 6a juventude para encontrarmos na severa macuridade. Ryitos impulsos generosos Se perderam cela ca Iminno; @ € desasiade tarde para compreendé-los. demasiado tarde para fazé-los regresser: outras imposi- GBes de vide atiegiram as nossos coragdes". & somente depois deste mondlogo interior, chegando, com Nit Churin mudo, 30 Tim das recordactes e a0 fin ds vida ge Sacha, voltanos a0 didlogo hapi tus? Porque nao dizes nada? = Nao no perguntes. = Sim, porque nio cizes nada? ~ Mio a perguites, J8 te disse = Nao grites: = No aritpo. choro: Un grange salto no tempo e una complexa evolucdo Foram assin condensados - comenta Qovienko - em poy. cos setros de pelicula, gragas 20 enprego de un didtoga © depois de un monéloyo interior; estas duas For sas de utilizagde aa palavra fizeram nascer didlogo, com renovado (Aleksandr Dowjerko, art. cit. 1 cow esta udanca, 2 palavra se tivesse 23 "Close Up", Londres, Margo e Junho de 1931, 24 Ds conai tacae feita por Spottiswoede en A Grammar of the Film, cit 2 una eplicagdo da ‘tele extensivel™, isto €, do emprage no aesnn Filge © en momentos diversot, de enquedra mento verticals - equndo Certas necessidades e para alcancar deterninades resultados - foi tentada pelo ang Ticano Glen Alvey con 0 shart intitulada Help (1985). "0 enquadranento dinésico permite - conente Derek Frog se = ung inagen das vivlas divansBes que sBo recuerldas pelas necesstades expositivas ou anblentats. 'ss0 cansegue-se 97acaS sues ses de cerca mELLICas Que detarinan ature Largure das tious (f."Siht and Sans", Lanes, “Tos tanta ttm o evento oe Raanth a Nale-trte, Flore. a. 602, MarR 967 tes n0 melo Filmico, descobertas sé auna parte minima”, Eisenstein revere-se sopretuda a0 cinene “audiG-visual* @, no altino capitulo, volta a defender a arte do Fonoriine © 0 facto de nele poderem fundir-se, em poten, te sfotese, todes a¢ artes. Entre os quitos problenss tratades, no esquace 0 da cor, que No pode ser re solviso com un catélogo imutével de cores-simoles: “2 conpreenséo enativa © a Fungo da cor nascerdo de determinacae do tema cronitico da obra, en coincidéncia con @ processo prético dos motives vives de todo © filme, No obedecenas ¢ aenuna [ei inevitavel de significades © correspondéncias absolutes entre as co 5 @ certas enocdes espectricas: nbs proprios deciaimos que Fes 8 08 sons © 6 absolutes relagdes entre es cores © Que sons S80 mais adequados a um determinade objective ou & una dada emn;8o, conforke as necessida aes", Para a sua andlise, Eisensteia toma ono exemplo o anarelo e cheg as suas conclusdes através de an- plas citagbes © exanes de obras ou teorias: do Café-Nocturna de Vincent van Gagh a 0 fspirite do Morte que ela ge Paul Gauguin, dos Poenas Ge T.S.Flict 3s Almas Hortas o2 Gogol, da Segundo Aute-Retrato ds Rembrandt as teorias das cores de Coethe, ce ume carte 4 Wadere Volant, escrite por Diderot, aa estudos de Gerki som bre Verlaine @ of cecadentes, da teria d¢s cores de Riabaud 9 algunas consideragdes ae Picasso sobre "os pin ores que transforman ¢ sol una aancha asavela" e "os que transfornan ums eancha anarele nun sol", Ta} co- mo na cor, assim tanvén na estervascopia Eisenstein vé novas possibilidades exprecsivas. 0 Filme bi-dinensio- ral d& exemplos méis efirazes da sobrepasicao volune-espaca, de impressao plastica unitéris entre o particu- lar @ 0 gerat, do que os resultados das pringiras experimentactes do filme esterecscérico, ainda ligado a de téenices. No eatanto ss possii)idades desta Ultima forma de cinena derivem ~ afirma S nesiatas restricts 1, Eisenstein - do carScter dingmico gc volume que se identifica com 0 espsgo, € 0 espera cow o volume, pene trades um do outra 2 simyiténeagente existentes; isso permitiria, © nae s6 no plano técnico-necanicista, una hove comushtp entre actor da tela © espectador, pemnitirie “langar una ponte” sobre © golfo que separa o pri- hneiro do segundo e, portanto, “stirar” sobre este dltim 0 que hoje se confins & cha superficie da tele, tat como en certas encernagdes “netaféricas" se verifica ume unidade entre espectador @ actor de teatra, entre autor ¢ Jeitor en Literatura?” Us nétodot © oF principios de Eisenstein ndo se concl|iam, como vines, com os holllywoodtanos. Banido 02 California, dirige-se, en 1992, ao México, para realizar, auxiliaco Financeiranente pelo escritor Upton Sin clair,Que Viva México!, une obra en quatro partes, com prélogo € epsJogo, que aretemdia ser a epopeia da- quele pais. pds ter rodaco, sem aperelhos sonoros, sessenta mi] metros de negativo, volta 2 Russia. 0 nate Fial, adquiride pelo produtor Sp) Lesser, "é organizade num filme, mio reconnecido por Eisenstein. baseado na textura do “segundo romance", precédido de pedagos do prélogo © seguido ae peascos aa epifago”. A peli- 3. cvla, assie arbitrariamente montada, toma 0 titulo de Thunder over Mexico (1933)°; outras Fragnentos S80 UtiLizados cono material normal de "repertéri ‘oy apresentacos como curtas-netragens: Death Day, Fisens- tein in Mexico, Com a colabaracio de Paul Surntord, Marie Seton procuz, planifica e orienta @ asntagen de Time in tno Sun (1940) que constitui apenas uns representacao esquemitice de Que Viva México!, felts exac tanente segundo 0 espirita do que 0 realizador soviseice dissera a Marie Seton”. 2 The Fim Sense, cit., publicedo em edi¢do italisna com o titulo ce Tenica gel cinema, Einaudi, Turim,1950 27 Cf, S.MEiserstein, 0 stereokiao (Dp Cinene Estereoscopico), em "Iskusstve Kim vo, n® 2, Mergo-Abri] de 1948. (A Arte do Cinema), Hosco 28 Sobre as complexas vicissitudes de que Viva México! cf. Marle Seton, Mistoire du film inachevé d'zisenstein Que Vive Wéxico!, on "La Revue dy Cinéma”, Paris, nove série, t.11J, n# 18, Qutubre de 1908; Marte Seton, Per ché que Viva México! rimase inconpiuts, em “Cinema” nova sérje. Mil80, a.l, a¥ 4, 15 62 Dezestro de 1988; Ha~ rie Setan, S.l, Eisenstein, cit. 29 Pode comparar-se Que Vive MExico! - escreve Georges Sadoul - a una gigantasca Catedral iniciade e jamais concluida; alguns artistas reuniran o naterial, esculpiren a pedra, rodelaran agivas © capitis. Mas, antes oe teren canseguide enpreender 2 verdadeira © auténtice Construgdo do edificio, foram privados do material Depois de regressar A Aissia, Eisenstein inicia Bejim Lug (0 Prado de Bajin, 1938-37}, que tunbem ficou Incospleto- 0 realizador criticags "por ter dado, nos seus filmes, um lugar de primeiro plano 20 Inpeto de destruicdo"*”. Wo passado ~ afirma ele - era muito isportante exprimir no cinena o sentido de colectividade hoje € importante mostrar 0 nonen ng colectividede. E antes ainda, en Janeiro de 1995 - por ocasido do vigé simp quinte aniversario da cinenatografia soviétice - dissera: “Quase todos nés views para a actividade cl- namatogréfica ap6s termos militado na guerre civil cono gregarias. Nio Sramos cebecss directivas revolucions depois abandonado 40 saque. Os prisetres que chegaram ~ continua Sadoul ~ imitaran certos feuaatsrios da Idace Média que denolian os palacios antigos para construirem os seus castelos @ Langavan as mais pur’ estates nas fornos para fazer cal. Depois vieram alguns artistas con 2 intengio de salvar alguns frag- sentos do grande desastre; nas os restauros des obras prinas aytilaces si sempre perigosos. Evidente- rnente, algo de senelhante pensava o anericano Jay Leyda quando, er 1955, teve a sorte de ter acesso as nunerosas devenat de milheres de metros de filme rodadas par Eisenstein © que ainds nia tinhan sido uti, Lizadas nen pelos exploradores de ruinas nem pelos arquedtagos, animedos das melhores intencées. Leyda, lupo Ge Eisenstein en 1935 po Instituto de Cinema de Hoscove - ¢ a cujo interesse se Seve 8 publicacdo cen inglés das duas obras tedricas do neste (Film Forn 2 Film Sense) ~ escolne e apresenta fragmentos fe sequéncias do filme, exactanent2 cono Linhan sido postas nas caixes por Tissé quando os expediu oara Hollywood, em 1931. Para apresentar na sue autenticidade original estes fragnentos, ap6s as Ja conn as violagbes, Leyds fot obrigads a um trabalho de reconstrugio delicado € minucioso. 0 resultado deste trabalno & um filme que dura mais de quatro horas: 0 seu titulo exacto & Estudos para o Filme Mexicano de Eisenstein, mas pode tanbén ser definigo mais Drevenente coro Projecto Hexicano. 0 completo respeito de Jay Leyda peia obra incompleta do seu mestre - cancivi Sadoul ~ levou-0 a criar tm "genera" novo no cinema, que permite penetrar nos segredos da criag8o de un grande realizador. Pare re, construir, por exemplo, a acgag natural de matador 90 exerciclo do seu mister, Eisenstein € constrangldo 4 una verdadeira ¢ autentice luta: de tonada de vistas em tonada de vistas, veno-lo discialinar 9 actor io profisstonal. © mavinento da adquina de fitmar, o inpeto de cabeca expalnada. Depois de uma longa tu ‘te que dura talvez mela nora, ven0s cone o realizador consegue alcancar a perfeicdo: 0 especteaor deste Projecto Mexiceno assiste ao drams dz criagio, abreviado pelas especificas possibilidadas de condenser que tem o cinema, € como se visse 0 Jovem Miguel Angelo prineiranente perante un bloca © depois, com 0s gol; desferidos no mirmore, no acto de terminar © seu David (Gearges Sadoul, La catedralle incompiuta, ea "Cing ra Nuovo", Hild0, 2. VII, n¥ 123, 18 de Janeiro de 1958) E interessante notar que 0 préprio Eisenstein escreve, em Film Sense: "As nossas primeiras © aais expor- téneas percepgdes s80 auites vezes as mais preciosas, visto que as impressGes vivas, Imediatas, frecas, ten sempre as origens mais variaéas. Par isso, baseando-se nos classicos, seré conveniente exaninar nao sb as ‘obras concluidas, mas tanbéa os esbocos e apontanentos am que o artiste pracurou fixar as suas primeiras Imediatas impressdes. Por esta razdo, un apontanento é myitas vazes mais indicativo e mais rico de vida $9 que a obra aczbade, cone ayron cbservou a0 criticar un poets: “Campbell trabélha demasiado con a pena, aun ca esté satisfeito con o que faz. As suas coisas mais belas foran viciadas por un aperfeicoanento excessi- vor a frescura do desenho narrativo perde-se. Coro un quadra, taabén a poesia pode ser denasiado retocada. A verdadeire arte 6 efeito, qualquer que seja 0 meio pelo qual € atingido" una carta aberta de Grigori Aleksandrov e Edvard Tissé, pudlicada en “Iskusstvo Kino". os dois colabora ores de Eisenstein referen como a "catedral inacabads" poderia ser conclulda: rodando 0s pedagos que Faltae © dando noves dimensGes, "de acordo com 0 espirite do n05S0 tespo", a0 prélogo e a0 epflogo, de maneira a trang niitir-tne un “valor getual". O material encontrado de Que Viva Néxico! - diz a carta de Aleksandrov e Tissé - = ‘no tem apenas un valor artistico retrospectivo, possoi tanhéa un valor actual. Ele deve ser finainente rey rnido @ transfornado na obra de arte cinenatografica concebida e quase concluida pele grupo dirigiga oar Eisens, twin né vinte @ cinco ends. Ainda noje eu © Tissé nos entusiasmanos con esse materia! © estamos prantos @ rea Lizar a filme de acordo com a primeira coneepcdo, Este desejo renasceu en mim con nova farga quando, no ano Finds, vottet a encontrar os meus amigos mexicanos e 0 México. Entusiasnou-ne especialmente a aspiragio © © Gesejo dos cineastas progressistas mexicanos, anericanos e europeus, de veren rapidanente este filme conclui, do" ("Iskusstva Kino", Hoscovo, n? 5, Maio de 1957). fo entanta, mantén-se ut perigo: que a vontade de “dar novas disensoes” a0 prologo © a0 epilogo, pare con- Ferir um “valor actual” & obra de Eisenstein, no rencvado Interesse gue hoje se verifica por Eisenste.i\ na V.RS.S. (cegnis do XK Congresso do P.C.U.S.6, passa mais une vez alterar 9 espirito auténtica e primitive e Que Vive México! 30.S.M. Eisenstein, The Mistakes of Be2hin Lug, #8 “International Literature”. Moscovo, a? 8, 1987 ras. Quand se aplacou @ turbiinao ga guerra, pele prinzira vez tivemos a percepgdo de mudanga histor, ca verificade @ em que tinhanos participady. No possujanos ainda ume consciéicle mye. & precisane te assim que se explica socioléatea © psicologicamente a nossa tendéncia pera a “tisicizagio", » nossa limitagdo a exposigdes documentarias e, en geral. 0 espirito e a estrutura oo nosso primeiro cinena re- volucionario". Eisenstein aproxina-se entéo da nersonagen e, portanta, do actor prafissivns!. Oe novo a0 trapalno, 0s seus temas tendem 2 considerar © passado do seu povo: “grandes figuras da histéria russs". Aleksandr Nevski (1998) © Ivan Grozny: (Ivan, 0 Terrivel, 1943-85) tén cono protagonistas exactanente ots her6is nacionais da [dade-Mécia e do século XV. apreseacades sobretudo ~ atthea Etsenstein ~ cono homens do seu tempo. Mas a Conisséo Central do pertido critica-o por, na seguada parte de Ivan Groznyi, ter interpretade erradanente a histéria; Eisenstein adnite ter sido trefdo por pormenores pessoais, sen importancla e incaractertsticos, que colocaran nz sombre © objective grincipat, do que “resuita una impres sto errada @ falsa sobre a figura de Ivan"?! Eisenstein, até o tonento da sua morte (Noscovo, L] de Feve= reiro de 1948) - acorriga enquanto revie a segunda parte 2 Ivan Groznyl e escrevia un estudo sobre a cor « = foi, na teoria & na prética. sua najestede Eisenstein, fet a0 méximd,20s seus principios esteticos. Ain. ‘da que ~ cono nota Pasinetti - "nos Gitims filmes ele tenha sida levado a acoptar disposicées prévies mais sOlidas, necessérias sobretudy pela prasenca de actores profissionais", na realidade no renuncis "8 facui- Gade de poder desfrutar 20 miximo, durante ¢ radegem, os rEcursos dos meios Técnicas & sua disposicio, isto 4, na renuncia & predispor, durante a prépria rodagen, o materia) para 2 montagen". Mesno em Aleksandr Ne ki © em Ivan Grozny! "so tantos os pormenores, tantas os enquadranentas ~ cada um rigorosanente determinado © preciso, mas a0 mesno tengo brotande exponténeaniente - quantas as possibilidades. por consequéncia, de os dispor de certo modo, segundo un ritmo acequads. novtras cedéncias. A nareira narrativa de Eisenstein pres ‘supe alguns pontos fisos inalterdvels ou entda capazes de permitiren anplos recursos, na conposicée defini iva do especticule"; esses pontos poder pracurar-se, par exenplo, nos “enquedranentos Fixos" (e portanto ne Limitacdo dos novimentas de néquina) eng auséncia ou Limitagio das relagdes entre os enquadrementos ("ns sequéncias inteiras, nos filles de Eisenstein. construtdas de sodo 2 evitar que a$ parsonagens ou objectot entren ou saian oo camo") 31 Esta deelaragta foi publicacs, em extracto. pelo didrio "L'unanits” (Eisenstein si confessa, Miléo, 23 de Wargo de 1987}: "80 ter & reler g decisdo ds Comissao Central do Partido sobre o filme Ivan, 0 Terrivel - escreve, entre outras coisas, Eisenstein - detive-ne nesta pergunta: cono se podem explicsr as aumeresos as0$ de promueSe de filmes errados ou fatsos? Cona puceran reatizedores soviétices 62 fama de ... Eiseas- tein e Pudovkin ... errar, enquento no passado tinnan dirigide cbras de grande valor artistic? Nao posso deixar sem resposta esta pergunte. Br primeiry lugar erréiigs porque, “io fervor da criacto artistica, esque, cemos por vezes as grandes ideias que 3 nossa arte deve servir... Naquele momento, no tivesos consciéncia do honroso objective dz batains educative que compete 4 nossa arte... A Cosisséo Central fez-nos con raze hotar que 9 artista soviético no pode ser superficial © irraspansavel perante os seus deveres, Os traa- Uhadores do cinena devew estader séris e profundamente © que s® propdem crigr. 0 nosso erro principal foi exactanente 0 de no termos correspondido como nosso trabsino eriador, a quanto nos era pediéo ... A opar tuna adverténcia aa Conissde Central recoréoucros que no devenos enveredar mais por esse caminna due con- duz a una arte vazia. Nés, trabalhadores da arte - conclul Eisenstein - devenos interpratar @ dura e justa critica moyids a0 nosso tretetho coma um apelo a usa mais anpla, mais ardente © eficaz actividades um ape- lo para que executenos 9 nosso dever para com o pove, o Estado e o Partido soviético, criando filnes de ele. vada conteide ideolégico @ artistico" Sobre Ivan Groznyi @ a auto-critica de Eisenstein, ef., entre outros, Jean-Pierre Chartien, Ivan, Le Ter rible fen "Revue au Clade", nova série, Paris, t. I, a8 1, Outubro, 1986); Serguei Eisenstein, Cone ho visto Iven Ll Terribile (en "Bianco e Nigra", nova série, Rona too une sequéncis a cares. 1 n® 1, utubra, 1947). A segunda parte do Filme 32 Francesco Pasinetti, Eisenstein o della cosrenza stilistica, cit ‘A “anbigdo" por assim dizer leonardesca Ge Eisenstein, no que diz respeito aos livros que pretendia es, crever, nde passa de ur sonho, Mo 86 2¢studo sobre o cinema a cores, por ele iniciado en forma ce carta 2 Kulechov, que fica interronpido sobre a escrivaniaha. Fi Form e File Sense contén una pequene parte dos unerosos escritos ce Eisenstein. A bidgrafa do reelizadar, Marie Seton, oferece-nos un testemunho de una oi, gantesca ideia de Eisenstein: "a de una sintese do saber hunano necessério ao desenvolvinerto do cinema como rneio de expressio. s executar nuna série de volunes, con una inportincia igual os mesmo superior & cos seus peéprios Filmes. Ja tinha coligido apontanentos e firmado as idelas Fundanentais para dez livros. & prineiro, Iintitutade A Realizacto, seria o conecado no México que. afinal, se destinava a ficar incompieto. dutro seria cedicado ao estudo das relagdes entre 2 psicandlise © 0 cinema. cos un Longo tratads sobre Freud, enbora Fisens tein tivesse chegedo & conclusio de que 0 sistena desse estudioso tinha linitagGes substanciats reletivanente 80 desenvolvimento c& nove sociedade socialista © s¢ adaptava melhor & capitalista en decadéncia, Gutro volun serie dedicado 4 pintura, aos elenentes dessa arte que interessassen ao honen e 20 cinems, e ao problens da re agao entre forma ¢ conteudo33 Somante ap6s 0 ¥X Congresso do PCUS surge na Rissia ume colectines dos escritos 38 Eisenstein, escolnides, nem sempre ber" 3 + entre 0s milhares de péginas, publicadas e inéditas, artigos, gréficos ae produgio € dese- nos, quase sisvlténeanente. en 1956, $. Ginzburg escreve en "Iskusstvo Kino": "Os nossos estudiosos de ci, roma © os nossos juntanente con o abater dos bois no satadouro. Prineiro? Depots? € indiferente). - 2. Tonadas de vistas fsoladas, que no tén entre si relagées de tera. (Cato raro nos filmes narratives. Coao exenpla, cf. Oziga Yertov). - 3. Encorporacdo, una accdo, de tonades ce vistas isolades. (Exemplo: a montagen feita por Pudovkin ga “alegria do prisio eiro", A relagso & apens de contetdo)!°, 0 Pudovkin dascreve assim a sequéncia da “alegria do prisicneiro": "... repentina e secretanente, ele re cede un bilnete que Ihe snuncia a Iibertacdo para o dia seguinte, TRetava-se, portanta, para mim, ce dar 8 inpressio 9 alegria einenatagraticas @ simples expressao dc rosto excitado pele elegria teria resultado Li, RELAGOES DE ESEACO A, Ieéntico ambiente (nas tonpo diferente): - 1. Cenas inteiras. (Alguén reyressa, yassados vinte anos. 20 snesno lugar). - 2. Na mesns cons. (Teapo compreandide. 0 tempo pssea e, sem nenhuna interrupgdo, vé-se © cue acontace e501 no meso Luger. tnvidvel) 2. tudenca de cena: ~ 1. Cenas inteiras. (Sucessio ou interceler de cenas que decorren en lugares diferen- tes}. ~ 2. Na mesma cena. (Partes diferentes de wesaa cena). C. IndtFeranca en relacio a0 espaco. 1¥. RELAQUES DE conTedo0 A, nalagia: ~ 1. De forma: a) Da forma do objects. (Bxemplo de Pudovkin: 4 vis¥o do ventre bojudo de um e5- udante, seque-se, com forma idgntica, a curva de am monte); b) Ba forma do movinento (exenplo: oscilacces 2 un pendulo sequiaas ot osci lagdes do elxo de una balanga). = 2. Do Sefttido do contetido: a) abjectos 1s0- Jados (exemplo 14 citado da “alegria do prisianetro” de Pudovkin: prisionsiro - ribetro = aves @ esvoacarem - = eriange risonha); b) cenas inteiras (exenplo 38 citaco, ae Eisenstein: os operérios sZ0 ust lados. © bot fot abatido) 8. Contraste: - 1. Os forma: a) da furns dos objectos (sor exemple: primeira um honen gordo, depois un hanes mmagro}; ») de forma do wovinento (a seguir a um novinento muito répico, um ruito lento). - 2. 00 sentido do contetdo: 0} objectos isolades ipor exenplo: uw desenpregado con fone © una nontra cheia de gulodices); 6) ce nas intetras (por exemplo: an casa Jo rico ~ em case do pobre} C. Conbinacdes 4 anatopia e u2 contraste: ~ I. Analogia de farae e contrast: de contetido (exeeplo. tirado de Timochenko: @ cadeia nos p85 0 condenado e as pernas da bailarina; ou 9 rico na sua poltrena, © condena do na ccdeira eléctrica). - 2. Analogia de conteido © caniraste ¢ forma, (Pode encontrar-se alge do género ro filme de Buster Keaton A Sola n® 13: 0 protagonista vé na tela um gigantes:o par a beljar-se e, na cabine oe projecgao, beija 2 sua natoraca} fi nota a esta sua tabelé, Arnheim afirma que 2s bocad»s ge mortagen colados ndo deven ter un efeito ce simpics augi¢do, sas un efeito muito mais significative. .\ existéncia do Filme, que & apresencagio de imagens en sorinento, daseia-se no princtpio da sucesiad /Spida que tende a sobrepor e a fundir essa: inagens. & ree laboragdo do teérico slenio é, sem divide, mals sistendtica do que 05 esquenas precedantes ¢ Ado se pode dei xar de reconhecer-Ihe una certa ingortincia. Mas, cone © préprio autor 0 confessa, ndo ¢ exaustiva. Renato Nay observa: neste esquena (interessentissino "para a técnica @ para a arte do filme" e que "tons a unida de de medida da enocio 9 pedaco de rontagen"), “no s40 levedos en conte multes des elenencos sugestivos do Filme, como 0 enquadramento, os novinentos da néguine, © sonoro (a obra de Armein é de 1932), ec., nen as rossiveis relagdes internes do pedaco de nontagen. A weoria do corte e as alusses ao ritms tanbén se refe- ran mais a0 processa técnico, 8 aesa de montagen do que & compasicio do filme. Em conpensacto, & expressa fnuito clarenente a ideia de una consténcia nos vslores das relasies, transpostas da unio de pedacos isols os pare & conposi¢de de cenas inteiras. Este lei expressa implicitanente na classificeggo de Arahein, € in portantissima"!!, Way realga, aléa disso, una note do seu estudo, 0 Facto de se poder, na mesma cene, suge Fino tempo que passa © ver, som qualquer interrupgio, 0 que acontece depois no mesma lugar "quendo & na sen efeito. Mostrel spenss 0 sover das mBos © un primeira plano G2 metade inferior da rasto com a boca sori Gente, Montel estas imagens com un gaterlal totalmente estranho: con 9 ripido correr de una torrente prima il, como jogo dos ralos de sol que se reflecten ns égua, com aves dondsticas a esveacaren oum patio e final. mente com un rapaz Sorridence". (Flim ¢ Fonafili, cit.) 11 Renato May, Per una grenmatica del aontaggio, cit. rnesma cena, basta un enquadranento que mostre 0 movimento dos pontelros no quadrante de un relésio; se & no masmo enguedranento, basta una variaGdo de iuz (dia-noite) que dé 0 movinento interior do quadro. Mas pode abjectar-se a May que Arnheim omite na sua classificaczo 0 eleaeato sonoro de propésizo e nie por- que Livro tenna a data de 1932: nesse ano 9 Fonofilne tinhs j8 dado alguns dos seus resultados mais $3 tisfatorios; tonbém nao vilida a rezdo adueida anteriormente por Spottisuoode - @ en que May se basela = segundo a qual, sendo 1932 una época em que na Alenanna 60} dos Filnes flados eran inconpreenstveis 20 piblico, 0 Libre no podia dar “naturalnente aos problemas de fonofile Loco o cesenvolvinente que mere- cian? 0 rigor formalista em que se baseia o seu Sistens leva de facto Araneim a conclustes demasiado ertodo- vas, € como tals discutiveis, no que 612 respeito ao fonofilme, vinas como ele chegou 4 tabela dos princt ples d2 sontagen, partindo da anéiise dos “neios formativas". Ora Arnheim sustenta que os novos achados té cnicos minan pele base o flime como obra ce arte por que vem eliminar uma parte cestes "meics Formativas' aproxinando 0 cinena da realidaye. Como andar do tempo, 0 tebrico alendo née modifica a sua pasigio. Seis anas depois da publicagdo de Film als Kunst, 30 apresentar em “Blanco @ Nero" 0 resumo que Umberto Barbaro faz das primeira: 150 paginas co Livro!?, ele adaite que en 1932 era descupsvel, e até dialecticanente atil, luna certs preferéncia pelas estilizardes expressivas mais pronurciadas, quer dizer pelas defarmagées: trata, va-se de fixar una primeira e elementar gramétice © portante o: casos extremds eran mais instrutivos. No eA tanto, as piginas dedicadas entdo ae Filne sonora paracem-tte. pelo menos. "enasiado optinistas”. 0 Fono~ Filme, como j& Vinos (Balazs, Pudavkin, Eisenstein), nfo diminui os “Factores diferenciais". A aboligio da comtinuidade espacial e tesgoral acrescenta-se, pre en virtuge da sontagen, 3 aboligzo de una outra con tinuidade, a sonora: a0 terpo © ap espaco "irreais", isto &, clnenategrsficos, corresponde um sonaro “irrea isto é, fflmico. Portanto, canbén no Fonofilne 2 reproducso & apenas parcial: die impressio de una pura cB, pia da realidade, sas nao €. 0 “meio formative". neste casa, pode ser tenbés dao pelas vozes fora do campo, pelos monélogos interiores, pelos primeiros planos sonoros que, separando e portanto isolando dos outros un ‘uido, us som ou uma voz, se inserem no principio ds anélise © problena, neste sentido, permanece no mesn0 fonto: nao € "0 mals* mes "o melhor" que conte, € de resto © préprio Arnheim nota, so prefécic 20 resuno feito par Barbaro, que no cinema estereoscépico € 3 cores, ho Je. diferentenente de outrore, 80 v8 apenas lados negativos (e anteriormente escrevera: "o pintor nfo repro duz as cores ds natureza, nas recria-as; se & ou no possivel Fazer o mesmo com © Film denonstré-lo-8 un fu tro préxino"). Mas a atitude enti-fonoFi ine do sbrico aleno deriva én de outres razdes, cuje origen 14 se dave procurar na aludiga posicd0 cesasiado rigorosamente ortadoxe e formaliste!*, Essas raz6es foram publi 12 Raynond J. Spottiswoade, A Gramner of the Film, cit. 13 Rudolf Araheia, 11 Film cone opere d'arte, cit. Q mesmo resuno tinha j6 sparecigo, por sugestia de Emilio Cecenl, carca de 1933, nun fascicule copiografado 20 cuidado de Unberto Barbaro, 14 "Fo desfolhar 0 Livro acorre-me haje que, devido a minha preccupagao pelos meios formals - escreve Arsheim en 1950 - descurei o inportantissiao elenento documentario, ou seja o facto de @ fotografia se distinguir ca pintura e da esculture pele sau carécter nibrico criado pela presenga continua da natéria Fixada mecénicanente. Por isso 0 elenento informative e deseritivo representa un dos velores principais 6m quase todas 0s melhores FL nes do argunento; 4 estilizacao demasiado pictorica as resultados falsos, porquante tende a esconcer a natureza parcialnente "acidental” do mediun Fotagrafico". Ainda en 1950, reflectinda sobre coisas antiges, Arnheim note "meu tratanente do cinema padia parécer Formalista aos representantes do enpirisma anglo-saxonico, Os ensaios ‘ce fotna, Grierson e outros ocupavan-se, na verdade, essencialaente das aspectos docunentaristas e sociais, ave pelo contrério eu descurara. Par outro lado, parece-ne que os cineastas italianos enicontraran nas minhas anéli- ses Un elemento concrete ae que podiam servir-se. Naquela alture 0 Cinema era, na Itélia, um assunto un tanto abstracta. A censura idsolégica e & autarquia econdmice do regine fascita mutilavan ou excluiam grande parte Ga fais importante producao estrangeira. A produgBo comercial italiana era pobre de meios © de ideias. A paixto ccadas num ensaio saido ap6s Film ais Kunst: Nuovo Laocconte (em "Biancy @ Nero”, Rone. 3. 11, 98S, Agosto 2 1938), ta sua investigacdo, Arnheim, mais une vez, aplica o seu vetodo preferido: 0 dedutivo, Portanto, comesa por exaninar en que condicdes so possiveis obras de arte baseadas e@ viverses avios artisticos (oa lavra felada, inagens em movinente, misica} e que caracteres e valor poden ter: depois aptice © resultado a investigacie 20 fonofi ne © enriquecinento que na arte poce nascer do concurso de varios meios ~ afira Arnheim - ndo @ igual aque la fusto de percepstes sensoriais de toda a espécie que caracteriza 2 nossa ixagen do mundo real. A unidade de todos estes elementos sensorials no € igual & que o artista pode criar serrindo-se do concurso de diver- 505 meios: na arte a heterogensidade dos elementos sensoriais torna necessérias separagdes entre estes dlti- mos, separagées que apenas se podem anular através de usa superior unidade. tux plano inferior, © pteno cos ‘endnenos sensoriais bo pode existir relacda entre elenentes dpticos e acisticos (nto se pode inserir un sow mura pinture). Uma relac8o deste género surge somente mun segundo plana, mais elevado, 0 das chances “caracteristicas expressivas" que, de facta, podem ser comuns 2 diversos meios de expressdo: um vinho tin- to carreyado pode ter mesma express8o de un som “escuro" de vicloncelo. enquanto entre a cor e 0 son, co mo Fendaenos nateriais, nfo pode estabelecer-se nenhuna relacio formal recfproce. €is parque neste secundo plano se torna possivel una conbinacéo artistica entre elementos provenientes oe materials dispares. tha tal conpinagéo deve respeitar, porém, as separagdes estabelecidas 10 plano inferior: ela permite, de facto, que dentro de cada una das esferas materiais (por exenglo, na visual € ra audiciva) se forme nesse prineiro plano un organisne feckads © completo en Si. que representa, segundo a sua natureza, 9 assunto integral de obra de arte definitive. Se depois no segundo olano desaperece a “berreira material”, cada um dos Factores (por exemplo 0 visual @ 0 auditivo) deve conservar serie cs seus agrupasentos @ as sues separagdes, cris as suas analogias, concrastes, e as no priveiro plano, mais elenenter, mes pode aprove} relativanen, ‘te & sua aupressio, para criar relacdes recipracas. Qu seja: todos os movimentos de un grupo de bailerinas permanecen Ligados entre sie, no conjunto, aaterialnente aastacados da misica de acompanhanento; assim tan bm na nisice estéo tigados todas os elonentos sonores; mas a expressio afl das duas esferas permite a sua conbiragio quna nica obra de arte. Assim, por exesplo, um detemminado gesto da pallarina terd um significa do e uma express20 samelhantes aos de uns Figura musical sinultanea. Pare conbinar vérias metas expressivos ‘nung 2bra de arte dispie-se portanto de uns fornt cuje parsicularidade e encanto esto no facvo de no segua estio rigidanente separa * so criar uma coligagao entre organisnos que, no priseiro plano, Cinamatogréfica dos Jovens desencadeou-se portento oo papel. E foi uaa paixde que se manifestoy por véries Formas’ “Existian - continua Arneim ~ squeles que poderiawos chamar os sequazes a2 escola nérdica, e portento coleccionadores de dados fi loldgices. Havia depois os ensatstas de tipo francés que apreciam racioeinios Drilnantes mas auitas veres baseados em experiéncias de segunda ou tarceira aia. Mas soDpretudo tw) inores slonado pela argute dialéctica de tantos estudantes que se servian do formidével instrunente crociano, adquirige nas aulas universitérias, para dominaren, pele menos tearicanente, um campo cultural particular mente atraente pare eles. Por meio do cinena penetrava avravés das fronteiras quase inpermesvels 0 espi vito estrangeiro © proibide das democracias, tornado ainds mais fascinante deviao 8 variedade e a0 care ter incomplete das alus6as. Mas, por causa desta escasses de matéria prima e duquele realisno abstracto ‘que sob 0s regifes totalitéries cria inevitavelnante una espéeie de pelagra do pensamento, as discussdes sobre 0 ¢ineaatégrafo exaurian-se auitas vezes no tratamenro das conceitos mals geoéricos: veleze e Ferma realidade © intuico. Por isso encontrei nas conversacOes com as cous amigos ital anos un certo interesse por usa anélise concreta do novo medium fundado our conhecinento directo da producdo internacional e nos processes préticos e técnicos. € ao visiter 2 Itdiis em 1942, apds aez anos ue auséncia, slegrei-me por en ccontrar entre as realizadores e argunentistas do renasciae cinena italiane muitos dos jovens teéricos de en tao" (CF. Fudolf Armmetm, Ripensando alle cose di allora, en "Rivista del Cinema [talisto", Rona, a. IL, ne 1-2, Jaretra-Fevereira de 1953) os entre sis completos e estanques. Podem existir - © existen quase seqpre - cutros planos materiais su periores, mas estes planos so de cardcter senos elenentar, Portanta una oore oe art we composi: possivel quendo organisms completos, criados par meios isolados, se integraren en forna paralela, Este ‘auplo biadrio", porém, $6 tera un significada se os elenentes gerciais isolades ndo dissarem 2 mesna coisa mas se conpletares ng sentido de exprimir, de modo diverso, um assunto com. Cada meio deve falar do arguaento 4 sua maneira, @ as diferencas que dai nascan deven corresponder as existentes entre os carae teres dos préprios weios. De facto, cada wo dos welos possui un carécter cuvpletamente aiferente, como 18 esta denonstrado, no Laocoonte de Lessing. com 0 exenplo das artes Figurativas e de literatura, A endlise e Arnheim, enbora adnitinds © que atras se referiu, conduz @ un resultado sobretudo negative fon relacdo 8s forgas vitals 4s obra de arte concebida através de diversos meios de expressao. “De cada ver ue encontranos na histérie da arte uma acumulacéo se varios meios - especitice ele ~ © exane minucioso re vela une dectsive suprenacia de un destes neios. Apenas un meio se ceserve a tarefa de realizar a cbra e é ajudace e completado neste trabalho pelos outros melas”: foi © que aconteceu com a catecral medieval. € mes fo no caso ds Opera IIrica, pare Arnheim 0 Gnico exenplo de certa Inportancia que denonstre un no acrescen tamento posterior de ur mein 2 outro, 0 elenento musical ten decisivenente 2 suprenacia: "o libreto ndo & le Facto - camo un simples expediente 40 servigo da misica, conpletanente elaborads segundo as exigeacias 40 compositor e muiitas vezes de valor literdrio medjgcre - essencial ao conteido intino d2 obra, © torna-se necessirio apenas para explicar a trana e pare tornar possivel a encenacio". #o aplicar os resultecos vest analise ao cinema falado, torna-se evidente que a conclusdo € tanbér aegativa. No fonofilne - afirea Arnheim = tanto a accio visual com 0 distago devem desenvolver, cada un. © argunento "total". de contrérla fainaré 2 principio formal do parslelisno de dois elenentos completes; mas enquento 2 acr30 visual no tem lacunas, 20 menos no sentida extrinseco, o didloge & Fraumentério: dai derive un paralelisso parcial, e de forma al- guna una fusdo. A impussibilidade de efectuar esta fusto "Ado se torna evidente pera todos, pela experisncié cinesatogréfica prética, unicanente porque a imagem no se interrompe nunc ne tele para dar lugar a0 diato- go" ("E verdade, pelo contrario, que Se pose interronper © didlogo em favor da acco visual, sen que psicolo oicanente 0 ofeito seja adsurdo, A razio € que m8 psicologis do espectador, a interrun¢o do didlogs mBo si- gnifica ainda une suspensio do especticulo sonoro ansloga av desaparecinento ds imagen da tela. 0 stléncio nio representa o deszparecinento do mundo acistica mas, pelo contrério, 9 seu fundo neutro: vazio, mas posi tivo, como 0 fundo uniforse de um retrato faz sempre parte do quadro. Has a que nio perturba, mum sentido puranente psicolbgico, pode ser inadulssivet num sentido artistico")- Estaberecido portanto que 0 diélogo completo € @ prenissa elenentar pers una fuséo com 2 inayen no cing na (un diétogo entendigo como obra de arte conpleta en si mesns @ sen Lacunes), Arnheim indaga so sera pos sivel que esta premissa possa “ser satisfeita por une actividade artistica fundanentalaente diversa da do teatro", cujas particularicades paderian constituie muna ciferenca basilar entre as duas accBes no que diz respetto apenas & parte visual. A tal propésita, ele nega essa diferenca: o teatro pode substituir © actor on carne @ ossv pela sus inagen (prova prética: as transmisstes televisionadas dos estiies); pade reduzir 45 cores apenas a0 Dranco e preto: pode cbter deslocacées de ingen inteira (novinentos a ndquina de Fil- ‘sar ro cinema) con 0 paleo giratdria: tudo isto em limites mais modestes, “mas nas distingdes ce principio © grau n8o conta". “Certanente o teatro, na sua forma actual, n8o poderia efectuer ¢ mudanga da distancia 4 do Sngulo de que € vista a acco, sobretuco no caso da mudanca sabit tas no se ve corte © aentagen 4 raxdo pela qui? a0 teatro deveria ser recusado, por principio, 0 que por motives técnices ele 30 pate hoje fazer (@ baste, neste ponte tanbén, pensar na televisio), "f & accao cénica @ @ imagen cinenatogrs Fica nfo existe, portanta, qualquer distinggo de principio"'®. assin, segundo Armeim, poder aplicar-se a0 15 Urberto Bararo, an L'attere cioenograticn (cf. "Bianco @ ero’, fons, 5. 1, nt §, Malo de 1857), faz un pormenorizao exane de algurs dos los téenicos p Filme apregados tabi co cared Neatro de vanzands cicana falado as experigncias que o teatra fezcona imagem enriquecida®’®: experténcias que ensinan como esses enriquecinentos afastan de ung séria arce teatral. “Se se ecagerar na maquinari® cenografica e ne accéo, 4 imagen afasta-se da palavra do poets, em vez de a interpreta = Una conidia, obra en si j4 completa - = acrescente Armheln ~ no precisa de encena¢do: adnite-a quando muito se, no melhor das casos. pode adi, cianar "ao contribute dos conceites 0 de elevento concreto, aprazivel ¢ bem recebido peto pablico, exbora io necessério no sentida mais Severo. Ela transforma a visio indirecte en directa e dirige-se, com formas, cores, movinentos ¢ sons, 3 sensibilidace mais simples e mais evenentar a que tandén o poeta presta honeng ‘gem com 0 som eo ritno das suas palavras", Menos Util, ou menos vidvel, pode ser, no cinema, o caso inver so! 0 uso de un *Tibreto” senethante ao que serve de esqueleto & acco dranstica da vera Lirica; a misica criou essa abra para poder representar msicalnente © honen nuna acc8o dranéticas pele contrério, a imagen, por si sé, conta entre os seus elanentos © honen, mesmo sen 9 concurso do didlogo, sem que ele tenha o pre denfnia varificével no palea. A pers LMrica, por seu Lada, atribul pouco valor as capacidades expressivas ‘das imagens snimedzs no palco: sen preccupagées, torna rigiga a accdo céntca para favorecer Longas arias ‘cantagas. esse nodo 0 diSlogo ten todo o tengo para ser pronunciade lentamente ou, melhor, tea sempre tea po 2 mais e, para o sreencher, & obrigads a infinites prolonganentes ¢ repeticdes. Por 13%0 0 que prejudica © Filme no progudica a dpera lirica: "a dislogo constrange a acco visual a colocar em primeira plano 0 ha nea que Fala, tora rigida e defornada @ pantonina. na tele". Assim - conclui Arnheim ~ parece aifictt poder tornar-se artisticenente frutffero un génera cinenatogréfico ea que 4 accda se basele nun aidlogo conciso. A condenagio que Arnhela faz do Filme sonore deriva, portanto, eoao vines, do equivoco de un didioge en- tendido cone aperfeigoanenta da reprodugéo natural, e ainda de un principio que tende a excluir a fusdo de varias técnicas, fusio ingossivel, porque entre os seus aeios munca soderia estebelecer-se un equilibrio, rem sequer na Gpera Lirica. Mesno a teoria do "paralel sao" entre elenentos “centreis" e completes, que Arnheim defendeu, fot depois por ele nageda no masmo ensaio: "se é verdade que 4 unidade, as reiacdes € © caricter intino ¢a obra de arte se senten e criam principalaente nuna esfera interior @ mais concreta, duvidar-se-& da possibiJidide de construir grandas obras de arte con un fundanento tdo pouco honogénes cana 0 da obra ‘compdsita’™. Sem davida os argunantos de Arnheim slo argutos e, em parte, convineentes; nas 0 problema, cebatid{ssimo, ja en 1938 estava resolvice no plano teGrico @ no prético: 4 fusio de wi fs técnicas possivel na arce, Adriano Tilgher, na sua Estetica!” 1 @8 usa concisa mas exaustiva res- posta a Ectore Romagnoli que, na “Gazzetta del Papolo? de 24 de Janeiro de 1930, negave exactamente a épera Lirica um carscter artistico. "Nada inpede - escreve Tilgher - de inaginar casos ou um caso (e, se até agora nunca o pensaram, pouco importa, e mata inpede que se apresarte amanh8) en que a adequacao entre palaveas e mlisica, entre Tibreto © partitura, seja perfeita ¢ completa: ua caso en que essa asi ca sen essa letra nos parece to inconpleta © morta como essa letra sem essa misica. Seria o facto in~ possivel por o autor da letra @ 0 da nisica seren duas pessoas @ ado una? Mas na nistéria da literatura no nd cantos exenplos de obras parfeitissinas devido 4 colaboracdo de dues ou mais pessoas? Poden ben inaginar-se una fusdo perfeita entre o autor da adsica ¢ a da letra, quer 0 caso de 0 compositor ler 16 Arnneim cita, a prapdsite, © exenplo de Piscator. Tanuém Giorgio Strehler, do Piccolo Teatro delta Citta i Milena, racorre, muitas vezes, @ na verdade inteligentenente, 2 técnice cinenatogréfica. E 0 nesno faz, com resultados ais interessantes, Luchino Visconti (veja-se, por exenpla, a encenacdo de Un Eléctrice Chang do Resejo, de Willians. V7 Adriano Tilgher, Estetica, cit. un Libreto € sentir Florescer en torna dele, Cano en torno de um esqueleto, 8 came da sua melodia, quer no (ca80 de dar a0 autor do libreto as diractrizes © vigiar-lhe @ composicio, quer en Lantos outros casas que se podes apresentar*. 0 gue Romagno!é firma - sublinna Tilgner - est& errado, nBo s6 do ponto de vista nistérL co-musicel, mas tanbém segundo © prisna da estatica geral, de contrario chega-se ao ponto de defender que sb poten ser arte os fragnentos de lirica pure, e de negar o qualitative de obras de arte & Divine Conédia © @ 0s Nojvos", Mais tarde, Unberto Sarbaro far a mesma ddservagdo, discutindo com Araheim que, de resto, adni- te "tor-se veriticado, por vezes, unt perfeite fusto, oor exesplo, em Wagner, entre texto e misica; isso basta para @ nossa tese, enbora ele se apresse 9 acrescentar que essa Fuso €. no entanto, do lirico e do Uiranstico, 0 que pode ser verdade, como & verdade que o Lirico e 0 drandtico se fundem perfeitanonte na Di- ina Conédia, 90 Fausto, no Hamlet @ no D. Quixote, sen que disso se gossa inferir qualquen japureze em tars obras-primas. Has se quiséssenas procurar uma Idéntica Fusia no plene Lirico ~ continua Barvaro - aceitendo essa infundads representacdo dos géneros j4 defenestrados (Croce) © fazendo-os reaparecer Gentile}, acres contamas que, na cancdo, 2 misica e 2 Jetra se fundem no plana JJrico, como ao pieno Lirico elas se fundem por exeeglo no Pierrot Lunaire de Schonberg!®, para falarmos de uns obra mesto un pouco sui generis". de resto, a fusdo de varias tecnicas € validamente defendida por muitos outros); 0 proprio Croce ~ recor da Barbera ~ admite que a poesia & a ilustragSo gréfica, quando a mesma visio guier 0 poets @ 0 pintor, po dem conpletar-se © integrar-se numa dnica obra” 0 facto de - como observa Arnheia - as artistas terem preferide até noje © meio nico, é diferente © as senelha-se, em Sentido apaste, con 0 erréneo enpreyo do filMe sonoro, 1 denunciado, Poderia, alén disso, objectar-se que nem seapre 0 diélogo colece o honen no centro do filne, eliinands assim as cutras possibi, Lidades ca imagen. "Naturalnente - ebserva Arnheim - 0 Filme mugo tanbén qostrou Frequentenente © honem 10 primeico plano. Mas criou uns homogeneldade entre honen mudo ¢ objecto mido, entre nomen préxino © Honen afastado (en relacio ao espectador) @, assim, 0 siléncio geral da imagen fazia que os estilhacas de un cp pa Falasses de modo idéntico a0 falar de yea personagem con outra; um oven a e9roKiaar-se, ainda distan- ‘te, numa avenica que aparecia na tela cong um simples ponto negro, falava cone outro que agia em primeira plano". Mas tanbém no sonore “os estithacas de on copo" ou “un Ronen muito distante® podem falar cou gran, de latensivade, porque ndo é de forma alguna verdade que sé 0 actor possa ter e palavra © os odjectos se jun, portanto, "afastados pare o funda, precisasente cono no peico". Sen pretender citar os costuneaos "elassicos", en Morder Dimitri Karanasoff (0 Crine Karamazov. 1931) de 22ep, por exenplo, as personagens Jinseren-se no seu anblente natural © ninguén pode deixar de notar o valor que tém, nesse filme, os porme= ores: os candelabros ¢ candeeiras, 0 gato e 0 Lengo, os relégios e os retratos pendurados ma parede, as ‘molduras dos quadros @ as cortinas “fatan” e criam, com frequéncia por si $65. drana © atmosfera. to aes rm Filne estabelece-se, por vezes, una nontagen dé pormenares apenas. E 0 exenplo citado no 6, de forma alguna, Unico, Com o Fine sonoro - diz Balazs, com ravdo - 0 realizador guia 0 olhar do espectadar, € 18 Unperto Barbero, Film: soggetto © sceneggiatura, cit 19 cf. entre outros, Karl Yossler que escreve: "... esta primitive maneira ce colaboragao e de confluéncia de varias ou fas meses artes para una Chica representacdo, verifice-se sinda hoje: pode-se admiré-las, nas Formas mals altanente requintadas. na execucdo das Operas ce Wagner en Bayreuth, ou mesao en certas livros para criangas, cono Struwelpeter ou ea certos nusoristas cono kilbelm Busch. Estas obras nascem de uniso de diversos técnicas @ realizan-se numa yis80 uaseéris que ainda hoje torne possivel © vidvel esta primitive quase selvagen colaboragao de multas artes, ou do todas as artes, & a senpre renovada exigéncia de primiti- visto. A nova geragde reclana a obra da arte total @ colectiva" (Aus RomenischeWelt, Leipzig, 1940), 20 Ganedetto Croce, Illustraziont grafiche di opere poeticne, em "La Critica", Vol. VI, Bart, 1908 tanbéa 0 quiido. Portene 9 didlogo nia “restringe", nos melhores €3595, 0 nundo do cinema, nea “terns rf Gide" ¢ ec¢8o visual; as sues “eventuals vantayens", negedss por Arnheim, existen: vao dos contrapantos estes validanente cefendidos yor Eisenstein. Limitar estas vanta- audio-visvais 208 sonélogos interiors gens a "fungbes docunentérias” (documentos cientificos, educativos, escolasticos, ete.) parece-a0s. na realscade, auito pouco. Efectivanznte @ palavre inobilizou, con frequéncia, os neios Figuratives do cine- mma, nas no os destruiu. Eos argueettos aduzides, neste sector. por tebricos comp Eisenstein, Balazs € Pudovain $80 mais que satisfatérios. € en Pudovkin que Arnheim Se Daseia pare megar ao actor ums Fungo criadore. € verdade que o “actor nie &, por si, un instrunento suficlentenente rico para criar uma obra de arte" e, portanto, deve "ser completedo com outro meio"; nas € mencs Licito querer reduzi-io ¢ un sim 21 granein refere-se ao Pusovkin ples viezento passive "a animar através dos maios espectficos do cinene ‘de Tipos © nBo actores. capitulo depois reelacorado. como vinds, pelo préprio tebrico russo, quando este defende, entre outras coisas, une intima colaboracio entre realizedor € actor. € aktior v Filme (0 Actor fo Cirena), de 1934, sai, portanto, tem cinco anes antes do artigo de Arnhein que termina assin: "o cine ra sorora desenvolve un Lipo de actor hibrido, de recitacBo demasiado prolixa para saber apresentar so- brianente un diélogo € oe minice denasiado limitada a simpies aconpanhanento de palavres para poder sus enter una cena aude. £, comp 80 Yoltarenos 0 cinema eudo, 0 actor s6 encontraré terreno solido quando 4 inagen aninada, transferida pare e tela pelo aparetho de televisio, tiver chegado 2 sete de que esté a "22, esca conclusto € também urs consequéncia directa dos principios acims referi~ aproxinar-se: 0 teatro « © tovo Laocoonte e L'attore © Je stangelle s80 dos Gitines ensaios escritos por Arnheim na In8lia on de, entre outras colses, colaborou, dando un considerdvel contributo ce ideias @ de experiéncias, na revis, ta "Cinema" ¢ na Enciclopedia #! cinena®?, + muitos dos colaboradores da qual queriem constituir usa nova edigdo ectualizade @ anpliads Ge Film als Kunst. For volts de 1939, enigra para a Anérica, Dessa dete até haje, ensina no "Saran Lawrence College" de Bronwville (Nova lorque), interescanda-se particulamente pelo estudo da forma raciofénica ¢ G2 arte en geral; publica, entre cutros, livros sobre "a visio tridimensional @ 4 percepcdo no espago", sobre "s evolucéo da forma na escultura” e sobre “a funcao da enocdo ne arte” Numa carta datada de I de Fevereiro de 1986, escreve a Renato May: "por estes titulos, caro May, conpreen- der que 38 aio me ocupo de Cinene, en primeiro luger porque desse campo, demasiado limitado e desfrutado fen cinco anos de Enciclopedia, nto podia deixar de sequir para o campo mais vasto da arte en geral. Alén isso, estou cade vez sais convencido de que 0 edvento 4a sonore destrufu a cinema cono fora de arte e, Juntanence com a completa industrial izacio esse campo (pelo menos ne Asérice}.e resultado & que vejo pay 21 Rudolf Arnheim, Lrattore e te stampelle, em "Cinend”, Rone, a. III, n° 46, 25 de Maio de 1938. Trans- crite en "Bianco € Nero", 4. IL, n? 3, Margo oe 1939. 22 RuGolt Arnheim, em vedere lontano (cf. “Intercine", Roma, 8. VII, n® 2, Fevereiro de 1935), escreve: ‘0s proprios entendedures ce cinena talver ae Ines digan que tenen a televisée, porque mesmo sen ela o Fille est condenado. 0 diglogo - dizem eles -submetaria a ac¢do visual & atracg¥o dum elemento no pti, 0, levando assim a suprimir © valor expressive do novinante, Oastruiaa desse nvdo a linguagen visvel também 0 enquadranento e & sontagen perderian o seu Significaco. Os valores ao claro-escuro, deixados re lativanente intactos tandém pelo filme soncro, J8 por caus do filme a cores estariam condenados a desapa rrecer: 0 enprego da cor ne fotografia seria un problema ertisticanente alficftiso e Lalvez insoldvel e, por. tanto, 0 filme @ cores aniquilaria praticanente Gltimo residuo de construcée intencional 2 imagen, para no falar no Filme estereoscépico @ do de grande formato. A diferenca entre cinena © teetro cesapareceria de secs forma, praticarte, © gor isto a televisan caria o gplpe 0 misericdrdls a unis ania pauco agradvel” 25 Eociclopadla del clome, nics ar 193 pelo Insti ute Intemscional da Cieratagrafia EAsative, fot apois suspansa en 193. ‘2s Filmese quanco vouv-1os 56.05 acho interessantes da ponte ge vista du conteddo ideoldgico.Mo “College” projectan-se, as vezes, os velhos cléssicos @ M& dias surpreendi-me @ achor Hetropolis quase Delo ci- nematograficanente muna Carta dos Estados Unidos”*, en resposta ¢ Cuigi Chiarini que Ine pecia noticias de noves Livros sobre cinema, Arnheim escreve: "0 mais importante e sério parace-ne From Ca- ligart to Hitler de S. Kracauer, ex-critica cinenatoarsfico oa "Frankfurter Zeitung". 0 livro ocupa: se essencialmente de and)iges de contelido ¢ & uma tentative para demonstrar que as ickologias nazistas apa reciam antecipadas em muitos motivos do cinena elento, de que o autor a4 una nistéris bastante completa. E um livro que marecia ser tradurids em italiano”, A mim, as andlises Ideoiégicas parecem-ne essenciais neste momento; euito mais importantes do que as discussdes sobre a farm ea técnica... Ainga en "Bian 26, veferindo-se ao livro de May (1 [inguagglo del file”, Arsheia escreve: "Por causa da in- co € Nero" Gustrializagio @ da cosercializagaa 6a producao cinematogréfica, 0 desewolvimente do filme cana Lingua 960 de arte do $6 parcu con retrocedeu idjatanente. A ny ser por obra de alguns Taras estudiosos, 0 novo estilo de expressio peles imagens, criado pelos realizadores das primeira querenta anos deste sécu- lo, tornou-se uma curiosidade histérica. A cor, Ultimo desatio da técnica, sroduziu tio pouce durante o seu priseiro decénio que ura recente analise inglesa do cinena (Film, de Roger Manvel, 1984) nem no fn dice a cita®®, Perante tal estagnagio, os técnicos co Fine dirigian-se ultimanente para os aspectos psi, colégica @ ideottgico dessa matéria’: [A posigdo de Arnheim en Face do cinene continua a ser 2 dos grtaviros tendos; ainda hoje cre naquils fen que acreditava on [932 e acha que as suas previsbes se Confirmaran: "O cinema Falado € ainda um meio ibrido, o einena a cores nao passou as telas coloridas de bom gosto, © Flim estereoscépico manifests se tecnicanente isrealizéve!, tela grands contribyi notavelnente para destrvir as ditinas pretenstes Je una imagen organizaca segundo un signiFicado"®?. Voitar aos artigos sobre rinanz significe, pare ele, 24 Rudolf Arnhein, Letters dagli Stati Uniti, em "Bianca e Nero, Roma, a. IX, n® 4, Junho de 1948, 25 Siegfried Kracauer, Fron Caligari to Hitler, Princeton University Press, Longres, 1847, A tracugia 1 liane deste votune foi gublicada em 1954: Cinema tedesco, Mogador, Mil8o. Kracauer prepara ult Livro sobre 2 estética cinenstagréfica, que serd editado gela Oxford University Press e de que "Citena fivevo" pudlicou dais extrectos: L'innagine ha bisogne dele ausica ("0 publice sentiv, desde © nascinento do cinena, que a presengs da eisica acrescenta 8s imagens mudas slgo de vital, que reforga © acresce a sua influncia no es- pectador") e La musica nell" immagine ("A sisica pode ser enpregade, un File, came sconpannanento, como par te do mundo representade e camo niclee do proprio filme. Estas tras maneiras adquires muitas vezes valores di, Forentes, de obra pare obra"). CF. "Cinane Muovo", Mido, a. VIL, n® 109, | de April de 19575 9” 108 de} do dunno de 1957. 26 "Bianco e taro”. 4. {8 0 6, Agosto de 194, 27 Renato Nay, I Lingusggio det film, Poligano, Milo, 1987 28 A propésito do sonora, contuce. 0 préprio Roger Manvel] escreve: "0 uso do som leva sem divide a um aunen 20 Ge potencislicade expressiva do filme, Permite 0 uso do didlogo © do comentario (eliminando 0 sapedinento que as legendas tinhon sempre dado & accio visual Go Filme nude}; os sons naturais oferecem una maior inpres sto de realidade ¢ ua meio artistice, como 0 Cinema, que pode perfeltanente representar 8 superficie terres tre com oS seus ruldcs; a misica permite assin que o clima e a ainosfere do Filme sejan Dostos em evidéncia @ Hlustrados, No dnbite a8 exploracdo conercial, © cinens engreys 2 novidade do som, submetendo-the comple- tanente 0 weio cénenatogrsfica" (Poetica del film, em "Bianco e Nero", Rona, 2.1%, nf 4, Junno ce 1948) 29.CfF, A Personal Note, a una commilagie dos estudos de Arnheim feita peto préprto autor para a University of California Press, em 1957: Film as Art, Gerteley and Los Angeles; tradugo italiana no prelo ("Il Saggiatore" de Atberto Mondadori, Hilo). Veja-se, além disso, La bdowba dei ritrovati tecnici sulla cattedrale cinenato- fgrafica, coléquic de Rudolf Aranein com Guido Aristarco, en "Cinang Avovs", M130, a. VIIT, af 180, delho-Rgos to de 1959. reatrir un capitule encerredo, que encerraoo pereanece. O “éesafio critica” do Arnheim des prinetros tempos alargou-se, coma se disse, @ outros sectores ds arte, A arte - ag seu Uitimo livre, Art ang Visual Perception®® - arrisca-se a ser derrubace pele palavra. £. enbora no neque que as palavras também $80 ura resligede. prosteese ventilar de novo algunas virtudes eo ver, ¢ Girigi-las. A sua and, Lise estuda 0 equilidrio psicolégico e fisico a percepgio visual © 3 forma em brute cono estrutura ele enter, como aspectos espacigis de una aparic2o, que sie percebidos antes do pormenor; depois estuda a Forsa no sentido restricto, cone forma de un contedds, © desenvolvimento da representacdo artistics, 0 processo crisdar. Quando aplica métogos e descobertas ¢a psicologia moderna a0 estudo da arte, Arnnein nostra inde interesse; por outro 1803, confirma os equlvocos que esto ne base de tode & sua activida de de erftico ¢ tebrica, t8e ocupado en escutar a “toque 2 Finados" dos sinos pelos "ilusionistas™. (Quea ousa conpetir com a natureze - conclui anarganonte - merece perder. £ J8 vimos em que acepsdo ele enprega a palavra natureza A anargura de Arnheim perante of se sonoro deve ser atentamente saditede: 0 estads actuel do cine a cowo arte é evigente; mas 0 proprio Arnheim adnite que “o novo estilo de expresso peles imagens” Foi criado pelos “reelizadores dos primeiras quarenta anos", isto €, compreendende os oo sonoro e os 6o fala 40. 0 que basta para dar validade as nossas observactes. 30 University of California Press, Berkeley and Los Angeles, 1954; edigdo inglesa de Faber and Faber, Lon dres, 1956. Neste volume, 0 cinema e os efeitos cinenatograticos constituen 0 objecto de grande parte do capitulo sobre 0 mo Piciricisora Diwivnens [As Ceorias de Palans, de Buibonin ¢ de Fisoneban 6 zéram incit end Ser mais a wiengio das estadiesos 0% 3 montage entendida como especitico fines, Aa tents Uiyas entio fetas no sentido din demalir ests rac te ia Go surgem quise sompre iran de qualnace Fendaer-nt0 eeado do pattem mesma de vriae J nltesgaasndy Delos propries ssiviomstine ess” Por exeniplo.Daltoe. num artisn pabtiendo rem Couorteiye enn #3 preura destoree 2 109" ‘oso conetmtien aur ‘ome eavofba da melhor sotasos & ead eons (qN Tha mois que uma) e depniea refria de extn plone a $e ompriments fuste> ada exiziians tn reslinn lor am inmginagio efitdora», mas shense -habilidade, experi cin, sult iseepaimenton, Ak digs faneioe —aiz elm [be sdeterinaaig pn naturern ce eva plaun # pelo > Comjeddar. A verieae & que Balter, somn mates outers cenfunde a montagem criadors com a montagem cient fica de Kuleehov. A montagem eriadors n8¢ 6, como vi- ‘nos, 20 fruto @a teorla de Kulgchov, apoiada pela gronde Iityidade de Padovise ¢ de Bigensteine; 08 priaclpioe fo prmeiro sio apenas um posto de partids e como tal tomades pelos ultimas. A eopfusdo er que exi Dalton rosta em evidéncia por Spottiowoode em a Grammar of the Film deriva exactamente deo planificador inglés fastr polémica sche um erect contigo no Tivro de Pu Govkin mas que & am fragmento extraido de Kuleshov: iautle em que ele propugaa, sm 1025, pela sua teria, Como todas 43 tentativaa para fezer oUVir Uma verdade tb entio munca reconbecida, também essa tinba uma forma exagerada » polémica. & (ears fo, contudo. rep fac ness eetrvtura apouitie, tanto por Patovkin como hor Eisenstein, que desenvolveram e corpletaram 0 sls- tema a ponto de ela scabar por quase nfo ter danbum re geo com a primitiva ideis de Kulechov. 2 6 esta ea Doragio do siateta—aublinha Spottiswoode— que se ‘pode chamar a teori da roootagem. No estidio mais pri Iitivo do erro—acréstenta—a montagem foi negada porque era entendide como «Beda simbilice qua por Tultes anes corre, de modo inflaionista, 20 campo das discusses cinematagrificas, enguanto 0 Sev valor & 528 tsote nebuleso. Por muito tempo. a montagem & definid= como o corte condtrutivo”, "s commposicho criadora ‘digia Go flime", Falavras que, por serem ts obscuras Commo a. palavrs ‘ontagem, Bic. conseguiam esslarecer ‘pada>, Aesio, © teorico ingles fut algumas dren Tes eu ptar i vtiko839 Msselnra8 dO ae @ seselarecers tal sogo a die for Brisin a0 su tS Pim: definisiont, »A montage —eaarave Brust = edicio construtivn So film, Eesstamente onde ¢ quando ‘ada plano comags ¢ acaba, un filme, uma cena no 127 enki signifieido ere si ¢ pre ai; quando & mniad ‘quandy & posta Jamo das outres eonas, adquire sismilh fda: tornarse mostagem conelrulive (edigho constr do Filme), isto &, como aie Robert Faiethorne. a may io da Sequin da dureeto para coaseetir efei desejodos *™ «Quareln de un til eo pentensiogo — ce manta Spottinwoode —-s¢ podit eejerar win antoriond founeiade angutamente fortuln, vasa definigks pat peda serve ¢ nfo wilsfaz, Overt Ca ory Mme diction corte ng suna tess de pocula para iustrar mm ennient fio euutado apenss galas exzincine gramations fn fatira.€ rigasifenda jantsmeents sem quem reall. pr xempl, um films bstrastn ri que ara as em pcdaga € determine’ por wns ronapsieuts Frm "A coneura fella per Spollieaede & cnstifients be aque, como ele expen, vem amine gx eat 8 MaDe Brelende cear 0 efeto deen}, maw 89 peERSIT9 dr fexelusivamente de considerasic= nramatirsis@eiewfie fem renhuna relagho com a prepAndrcn do elnses: fequade depende dy conciderssien le anit es mente einematogrificy. Eves driniea tinga eftee DD e900 ¢ outs eT ean rnin 8064 ‘hime, no pode certamente astofazer que, como o tei reo inglis, ama os mbtodos quase matematicos ¢, por- tanto, ob guadrose tabelgs, De qualquer modo, o coaceto ie montagem eath ji iteirameate claro ¢ defini e, como ‘yeremos,« proprio Spotiewoode da uma definigéo que a2 liga a de Eisenste's. Com efeito, multas estudionoe se bar feiam nos prncipios dey esateratizadoresy, limitando.se slguns deles a dar fais os menos # conbecer Balt2s @Pu- doviin, Eigenstam @ Armiheim. rece que, no coutributo para a histéria da teoris cinematogratiea, coube aos ingleses sobretudo ums funsio ‘ivelgadorn, Forse divulgadores — mais do que criadores ‘Se um sistema ou de Wa postics préprits —nio apenas ‘Spottiswoore « Rotba, mas até Grersen, que, no extanto, ‘erece um jugar especial neste capitulo, por ter aplieado i forma do documentirio certos prinelpion teérieca j& scsimlladas e pelo facto de 08 sous artigos, que vlo de 3630 (sno do primero livre de Roths) « 2845, constitu rem cuato que a eprovével autoblografie de ums goragion (exactaments a de Grieteon e di sus escola) que teve cote finslidade principal « introdugio do cinema © por- tanto da dorumestirio 28 vida piblica e aocial da Inga terra, Contudo, entre os divuigadores. 9 primeico tugar compote, por importénels ¢ eronolégieamente, = Joba. Grierson (de quet no entanto falaremos, dado 0 género particular de que ae oeupa — 0 éocumentirio—na parte inal deste capital) e 4 Paul Rotba, (Critica de arte, bistorindor cinematogrétien,docutes- lurista ¢aindy tevrigo, Rotha nagceu ext Londres em 2a ‘Junho de 1907, O wou primero ivr, The Fm TH Now — “A Survey of the Cinema (Jonathen Cape and Herviaos Sith. Nove (ongienailpectnontud, remouts «ln ‘undo has ayers: dove ns qe 9 or entrar Be hema como sesngrif us Briss (ternational por ainda ndo tibia ilciado a gua signficativa active reaizador. O veut surge. camo Rotha fiero, a ate fosorvagie de filmns naa sulas piblieas e privadse, mo fet vids (arh'm dae vapetidas leituras de Pudovki ha traducfo crit ve Iter Monta ue Pum Techn feditade poly peters ver vn 12 por Gollanes, Londen Boconteamoa 0 + ri sovieties na suds das duss fr ten em que #0 lish» The Bis Ti! ow A Sureey of Oe Cina, atteita © senmente unidas entre sy enconen: morta prcolssrents 0 parte tseies Yo eg como #6 dap exgisia, elusifinngio dos stritatoe que a prot owed forat semis saRtos emt wcldnie, tm). Neo" fumbim na primeirs parte, print ito &, hatin formagdeseritices, notas sober v= waligsiorss #7 cris) £6 Seats @ eipfito anattien corn 2 ator nos fb que contribs prea a vitwidade do inwestige 2 tare aeuidade se jeer le Letha, le gscrs| ‘aries istoriadows, por exemnpi, argndonns, Pars tg, ums obea cinsmatogration € um emnlo dhnsenie fou hemionia) sto 8 maturens fo roster ih rode? etinicamente gowornsdo pelo empre® mento para a ctario de ingens preatgionsy Pate“ tericisne dint flo de que hnje pace servings iy ovtctne eo ate Si aieis patente form de exer a of the Pam, Faber com a riagem # com 8 mostagem,# exactamente 22 Troe do eniener stn fcfages portant She regan que foretoas «coup do fine muse Se Ratha sege ininete Pao ‘coma Ped, parte deine usdade de pop ton ou de wba ue ches arava tematic.» gun, ‘Sto novo teresa do fim, eve servic fo ‘Stesiimenay#teaanene tue tema Que eogode 9 tcerco rane count ea de orpucrets ome fue, ‘Siesta 0 sections cata, © fem. feve prises eta eae fort Ge ingen opie eee fh temce terion no feiment. orf comieado ‘St panies, tan taro rcurese pore a0 hema, Peano lane #ronebido uw steiagto fun svetasecesisia deca poser: ao sep ee de contupio, artattcnoerte nando tm toe Stevi otha chat montage esta presets cin em tet formas tena dundee aria Fine Cono o tema, ombem s aoncgem=rate #2 fate scent, sador» tnteave 80 fmer ets Site om 40 sanifcador Sede © surgi dh poeta ‘Sasa ast Foal om sw om epg sateen Vovteados medante a suinagio vo core As formes Sermonagen dee fala ties: sens da tenaen sterutvas como vines, pret ou meth ¢ eps n> troumant & nn partes compacted flan Genwi), eunso do materiel ue deve er rodado © ton expense como empege dos ne vs contro Coto ne antcaha teeter revit se pees tebe cor vara Se Geragh ore movies fe neha de tgic am ta nes Een ese {sR capsue asp om ire to oe oe Tudo iat ng rtrta ale teilhosardomdn ¢ contin, ee vanen operaron ti guise depen ten umse dan outta dev fo Padova fs {sim en ree quise compete fate, nan = Cena, one atc ems epotigse tern! orp Irie toma om ters teow entands cone define detaraangse de wea nei (raters © expresso meet ne Soke fem, porns cmtcoyi do eee doutow neta SoM ate etn —espeten hba nade tor chrancne 2 secio a efectos a Imai de nar us gine fo tend tea de visto soanqontontte se aon ee ae Huifcador'¢ a expert enn a aperaar © Fei omovies sim. comin oa fen here Sve ser inh pr detoe e tal ng tea tenjeve Puerbny ves snag € her sede Sihdor, pent tee cde nets aha foes Siermayrtes et ese Fmien ett 98 qe sm cuneate erp ree na em Hee ‘rinaese uma nova realidad, inteiramente cinematogeie Sco, ito & nfo lgada a acontecimentos «que tem lugs Aum sepago e durante um perlodo de tempo determinados # consequentemente insepartveits* Retoreando tea dove s(actorea diferenciadores» de Vssvolod Pudovkin, Paul otha reafiewa a necessidade de uma anilise (e depois de uma sinteae) e gor consoquéncia a possbilidate de dar ums eviente e clara epresentagio de pormenor, dirigindo 4 miquina para 0 ponto central de ume cena @ rodando Drimeirea planos de coisas ou de homens. eA principal Tazio para proclamar o cinema a maior de todas aa for ‘mas de expresso —sublinba Roth — esti exactamente po seu emprogo especiico do pormenos. Nao existe, fora do raio da maquina de filmar, objeto que ndo peat see elerdo em termas de contraste ou de anatogia para erin enciar 0 sujeite fimlco. O que distinge © bom to mau eslinndor 6 justamente a eapscidade de eacolker 08 yor Imenores maia expressivose » Por gutzes palavrad: a ms fina de fitmar, com a snitise (ecloesio), através toa ‘enagens visuaia,excava em profundidade, ne mais intima rouidad da vide, petetrn ng octas correntes dae em ‘Se human e love a0 eapectilar +o eentimtento anterior si inanimate S 4 (uso das tedy formas de montage ~ ene Rothe ise atravss de um fostor domiuamte: 4 sos -organizagios que coardena of sattoss crlalonss do wn Simms, datosthe vsior atistico © enutivo, «0 eealievine, como Gnien centeo organizalar da erlatin ve ua ra cinenatogritien, ie pitino Soi, ere os tts monet fanaa tare gues natnenteossetswnmstagice Bo argu ea tei) ein ettconte trees 0 eae iontgem € 9 revfor ke eve nar to eee Un admere de Slsttioe (mead apse tea, ee) cyt vy otnom aoe ets Ses diced a ¢ pail dnt {oan ts fice om canner ees cata ibn nica sats dstamans et Senos te ey sing Porta ee Ii fans teens Nee ae Sia ean Psi sit tees 9 een ea Stig amine Como gc ama alae ferro conter @ wstiln, quer dizer, 9 métatld de reslizagin Fr Cao ao ater. sn rin Re soa tee ee ve dos sous dosojogs? eSugerido poo planificador—escreve “regiatado pela rmigquioa, evade pelo realizado, toma ‘exsténcia tm tampo peculiar ao cinema: o tempo fico, Sugerido pelo planifieador; criado flo realizador. Mais finds: «a planitieagbo # 2 tepresetagi prefiminar, no pan pel, de eventuais imagens visuais na telas. Zventuais, pois, f mean plnnificagio, dada a vir realszadores, eonduy 4 filmes diferentes. Em optsicdo, parece totalmante arb. trario atemee que «a6 uma planifiengio fosee indefinida, s+ cad utn doe problemas nio tivesse so flmicamente resolvidg em terman de enquadramento, entéo ¢ obra néo ‘eria coinpesigdo nem forme, porque 9 relinador nao p> seria, par dbvine razSes, comegar uma cena & eontinine sequindo a planifeagios. Para demonstra cont essa afir- rmaqio & Cals e errada, basta penaar nos filmes dp Risers tein (baseados em «novelas vinematogréfcaa.), filmes ‘que, do resto, Rotha cits como exemplos validoa de arto cinematogritica. & mele consistente afirmar, mas sum plano extra-artstic, que & efisiéncia da planificagSo i fin perdas de tempo e diaheira, dando sstim xo filme ums corta soguranga comersial. De qualquer modo, n> roam plano, deve pr-se em relevo a Giticuldade de com: por ume verdadeira e prépria «planifcagio de fertor: 0 Drdprio Rotha obverva que ¢ wile, ae ndo impotsvel, re produzir ¢ movimento do material ne desenho, cuje matic ean & eatencialmente estticy, Por essa razK0, c3 «dese hos deverdo revestir a forme de notes de pe de pagina, Indieagbes pitbricas da realinagio préticn» ‘Todas estas possiveie abjecgtes sohre « plenificagio fentendida 34 como eestrutura ferreay so mantim mesmo ‘no e280 de realizedsr & q pianificedor gerera a mesma bestoa O ennuadraments, por usempl, Gscmnyer cp Ale controversin ot aquest dr opine, emer P firme 0 contritio, Inden® chances a) pot ino implica que exiata um Gnios jn ule pose! yy qvadro sexpriie, com a mrixin efisiit, o resvioen Aesejpdn. = woos pron he wesley e 9 Pant sobredvumans —abacte cum vain Spotlesen —povferia apres» diferenes > ipnificade camer ‘wos deslneneie ininitamente posuena do mukqvian ds Fi mag. Consoqucniemiate, jor ro oun mortals, ace seme wm expago determi movers", No enianta Rothy defeds 2 oportna eso Sitio identitiengie ely reslitdor eam @ planilisder. = ‘ual no vom stimiear 9 coneka de eaeetivism, rere Aentemente sxpasto: com efete, p realize tem cola radars de eoets imvrtineis enjaconteibitepe ser er Hops wo do oper tae no ariieete e aoe arvares, deeb» ge estes in = Hams sonny ator em Br Naturalinent« 6 etivan Ifo mo objection 2 for enterif9 ois nbts vat gupnit sow set 03, Roti sbi os far eles stom co tarda tentrez dnd vqte o mtinen mviraento aperece 1 tetas ainpliada te Sil g este nn wala que mtn acqfea eintomitiest> de Frew turnlidade & portinte osha pfore @ empera den pore a0 dos neteres protiscbmvis. fy como Pisin ou primeira tratadh, eminn 1 gealind ines fo, r weno qual a mining on ferindo-ae sos sctores, de «material em brutor, de «ars Bila» 98 mos do realizador ‘Tamim Mag ao male pessoaia a9 andloes das ito. os de oxpresséo emprepades durante a rodagem de um ‘me; Retha no 4d segue ora um Gra outeo tedrico rus, sem exquece, entre outros, Daiga Vertoy e Kulecbov, mas finda reproduz vérlos exemles lrados de #im Teche ‘que, € tomas tho letra que ea} em eartos erro, camo o Ge atrbuir a Griftith a invengio do primi plane. Sio ‘iferentes, quatdo muito, az cassifieagies, Udo ears 3 um catilogadar ¢ ealeeignador de dadoa e de notciaa coma Roths (oaela repanar 22 Sun Aist6rla), Assim, o teérios inglés divide oF processes através dos uals 0 con- tei Uramtico de uma pelicula € comunisade 20 pubico, fem dass eseosGean' a primeita, sobre & constricdo Go Filme mude medinate ae imagens visuais; a segunda, sobre 4 combinagie des virios usos do som, do didlogo e dis Imigens visunis. Os meio» expressives, por su ver, sto Aivididns em teaig cinco secgdes. Ax tr8s primeiras 280 paicologa einematogeafica (sto 6, expreasto da realilade {nlerion manifestada através de fenomeuoa exteiores); capaciades expfessivas oi «cataéray; eomponigio plet ica das imagens visuals (a necessiia siatematizagdo « ceomposigho de um gbjecto ox grupo de objecica ¢ de pet- soa8 — material pldatico © humano — antes de ela seren, ‘odades), Eten composicho,eeteltemente relacionada cm (© conteide dramatic, impllea um movimento interior que Fin UM afiide efoto ambiente © psicolbgics, Ax dus seocGes reatantes ao: a compllacdo gqnstrutivg e a corte ‘isto é,a montagem definition); as legendas eo seu usar, [A miquina de flmer, coms instrumento de expressio, 6 flém disso enssiders anh wivten aeputes: ws a fledo ©, por eonenjetnety do rule dy entennen do son oder de euntcngio de oevinentoniiplaes 0-46 seu movimento ne sentido de ielUit tate aujestes nos ‘io sem mist 9 ora Por carte e sem sain da a fr fo (pananimics?; © a de mabilviade com apie => ays ima, se wfastae irounda wm ajoeto (etenvellings ‘As cago cstectin- em fie 710 divididos e anatisades fs miging exprvsstyns lo ener wnt, Rots werent tums sista em que sisidera a ore 8 tela estereats tindiendas pelon Voleeee site peacon dar a0 filme. Senitde, 6 autor evideua 6s nepmcton nesatives dap blomia € pa as prot we sou eeptleinne c2to doit fates ue Pareoem, 8 peti wits, de invitee) enor. Mumia: o realizader encon fee ne. Na hae fesperiznents con toy fie 28cm gern jaseitionts Sejradn: quer win oer rte dountion dose reenter te nigos aprainys 9 stn rootvdade Fotogration, «fe tanto agsns at nlite files, Rates dm abores chee, #00 corto sniueto enacto tauh 0 aapeeto poe ee YE Kotha). mestrre erredae qian considers him pata de vist nfo uni ter-h Se & verdad earn vended, aque setuaimente 08 meravilhosos vsleree deco- ratios resultantea do emprego do material pancromatico ‘lo mate que suficientes pars ae necessidades de um re Tisedors (basta citar redone Dag de Dreyer); ee & verdede que « enavidade de cor 6 um expediente do pro Aotors (nko esquegsman que oF primeleos filmer colo ides fotograma por fotograme remontam ao préprio rassimento do einera); we & verdade que «ninds no fe viv nenbuma pelicula polleroma intelremente sats: fatérine — tudo isto deren de um grande equivors, Slimentads pelo _mereentiliema dot produtorest ode Que © cor deve ear orm Tecurso mesinio pare aumentar 4 reslidade da imagem. £ exaetamente 0 eguiroco em que csi Roths, que tem absolute razke quando efirma que, ‘embora admitinés a pessibiidade de pertelts repro” dugho ds cor, & diffi ver em que & que o eeu emprege po: ders atingir resultados melhores do que os jk obtidos ‘um o brazco ¢ 0 pretoy. Porém a cor tornae elemento expressive ¢ isteirsmente elnemstogratico Justareate quando nig € cipla fotopratien da realdade, Isto 6 ‘quando nasce de exigéncies interiores do realizadcr pare criar novas relagSes, novos contrasts, novor contra: Pontes, novas montagene, moviarentae © composigees Dictoricas. A soquéncie dos eapotes vermelhca em Becky Sharp (2535) de Rouben Mamoulisn, inserléa depois e ter sido anuiclads « altima vers, sugere & cologia dos protegonintes naquele momento; e 0 eftito € aumentado pela acentuagdo da eor, um vermelho vive ‘que tho corresponde ao vermuelho natural do tecido. O 16 ftado Dreams that Money can Buy (1948), de Richter, constitu um interessante exermplo do contributo que ot Pintores podem dar 0 cinema; os weston de Huivs, rr mance de amer dos dois mameying do cern Higert: > mulher ni a desser & exeuaie (Duchamp): 9 Ronen fue ouve, pelo talon, os sontna de uma rapariga nove purtae [Etnse) —alo enrtumentos» que téqutem vale res exprosivon e almbélicos sirivée de ma cor intra tents irroni os, melhor, sereaiis, O mesma pode dizer sae doa roatanlee chition do wean flue, parton! se mente do iltima (cher), em gue 9 destobrameuta Purtoa, 9 banter 111 ecmo aparees e 9 meeme omen ‘2 feiss nots que &, bieorifo com duy cores diver teresis Num filme duodigere mie Inteeeante de Mor Allepeut (Blonche Pury, 1817), © nH ixtess> dae poreen ro quarto de Thom, rapetese, no fim, nos primero ps ros de Blanche, potion instanton antes deg examant ‘Thorn, ser enforeido; = montage associative dy cor adquire, soy, um sigmifieado expects; acuairsprive'rne plsnos abeolutament® fore io expen, fle fd rem ‘obtém, na erin dp esjage @ da cnr lent. streccio emotivs de tonsiderave ees [estes @ noutros e208, on «fnetaressifereniadaros. rounls-co: a realidade flmien nia @ pmmabresiaa © nae 2 pode rfazar a mais sfrin objngin so filme a core, de diver gu ele submonge ax -ciiaetvely qualidade foto frificas de imagens Visusiss ¢ portanto ae impele @ uslisarem 98 suas fungies, Aifia diaso sie elioinade a4 soaurday tentativas de elmltar o drama eontida em pin furse esttices, que falharinm nn ainamien do fir feriando, entre ovlras eoisns. agivia »preuiga pelratie lianas de que fala Kotha, Na vendade tratase, mate ver, de intorpretar ¢ 130 tnate~= a) come froeny ro ‘© branco e proto slguns reslisadoreeartistan; © baste re- cordar o8 valores de eertaa cinzentoe em Dreyer, ot quis sugerom situasées, atmostoraa e estades de enpirte ‘Sem divide © problema, assim posto no plane teérico esttico, comporte outros problemas de neturece visio, e que mals adiante veremos op desenvolvigentee, Além ineo, vaseando-se num agoiveco aniogo (a dimiauigao os «factores diferencindores), Rotha ehamia 40 cinema falado sferma ilegitimas, pois entende-o como efotorrafia sia vore; no tome em consideragho aa possibilidades ex- pressivas do didlogo, de resto J signifiestives, no plan pritico, em 1890, e jé encerradas em principioevAlides no histico manifesto de Pudovkin, Eigebsteine Alexandrov, manifesto que ndo devi ser desconbeaido de Rotba, pois sparecera ern «Close Ups em Outubre de 2628, No ectanto © estudioso inglés mostre ignorar, desta yee. 0 tebrico asso. O mito do dlloga exeree, na sua opiiio, tai impo ‘sigdes que toma itmpossivel quabquer forma de corte, por: {quanto co significado de um discurso exige eerta tempo era producir os seus efeitos, eoquanto # imagem vieunt tinge Instantdneamente 0 espectadors, No memo erso fai Mercorius, que Ratha cits em reforgo dea tase «0 significado das imagens e des simboloe, os efeitos eat Iulantes e sedetivos do sorte longo e breve, 0 intercalar 4 animade e do inanimado, 0 contre entre 0 geraie 6 particular, enfim, todos os stributor que toma © sinems rude uma arte aerdo forgades & avbmeleremas uo ie ‘curso sineronlzadon | Portanto também. Rothe. € Mer curius falom da sineronizagio. E vimos que #5 neste en isto 6 quinn nin veada fmleamente. 0 aislago exe sunra aepio quate esation dx imagem vieval, inpoae ibs 6 tmo, © vor do actor temnseae ve dniea msia aes + primiro canister dat peesoasicem e de ums cenas, No gue fe referee penstitiaels de corlar o sams © diese ‘rans(erimos « atria do teltor para Pudovkn € pan» prinsipn de assinerssteno, defentida vilidamete por tos sSistextimderes. Deve avsinalarge, nents, tro equivoce de Reti: eagretcesar some ulftcir gem visual tende fpr em relevo 0 signiticady 10 festa, « portante esi contra ase da montagem ejecta final. por ser 0 qu: stings w efeito desejda tom a we dos divursue pedsgue, noga a enda wm dessa pe (quer valor gue nis sejs aa definitiva soutestans 42 + cleeunéas. Defender tal tse sgnifien valorieae para sv o moras a propriclsde do eespoeitice fimicor, Que 1 thom polars de montager term Walon a mio ser Riser tenturne dc que fala Ketha, & verdade aU verto ponte € fem eertos nites: win (sty wl ny euntido dy so Hy fente por ss, yrs dar 9 signified as teeny 2 oe teido dremiticn us tsdo 0 fine. ¥fnq por outro Indo. & ébvio que ted @ enaustreniento te jem 8 wa ri Messe feria © donwe rested que sutpinao completamente da definitivs oj+eaeie ve monet, al ome umf tum periodo © até phon poise latin easelhids ecm 9 terminadss intengSes) tm J Une sieetiendo moa. defor sma € de conte, ens tomar soni fortna defi ‘ra complet, Quah bn en ~ ‘gatos, som e distor, saremteterl Rese, Sonne de 36. cad indiedual de cada enquadramento, me iso cons- ‘evs um mérite, porguanto ab imagens, sumentando o sea valor expressive, sumentario ‘por sua vez, através dn rontazem, @ sgnificade dremitice de todo © ime ‘als vatide pars a condenagée do filme fslad0 seri, ‘quando muito, otra argumentagao, a da possibilidade on IMppoasibiidade de unit duns tenieay diferentes, fusio rpcesiria se se quiseratingir « unidade artlstice © por tanto o efeito dramatic, Mos Rotha, em vez de eprotun- hur este problema — come faz Arnheim no set wov0 Lao conte —limltarse a diver que «tentar 9 fusio de pala~ vas e foogtatia€colonar em nposicdg dieects des meios aumpletameate cifereates, que Interesssm d¢ dua mane rag igualmente diferentes: viedo das imagens «a repro ‘dugio dea didlogos nas imagens. «Se 9s dois se unisom —conclus um deveria fear subordinado a0 autre ine ‘iotamente dai resuiteria a diviedo de interessen Ns Sobre a pgiblidade de fuss de vériee toonieas fi Tabi ‘mos longamente e Rotha esqucer, evientemente, 0 que 4 cee propésito esreven Pudoviin: imagens © sas eval elgnent segundo um ritmo distinto e separado ¢ a fio ‘realizase madinate a nterforénela. dea elementos emo tivos nos dados da vishos. Tie quelquer modo, Ratha audmite que © puro 80m distinty da vos humana pode ser fsopregade de maneira eriadors, coma complementn da parte muses) (entendida coma comentario), através da Aualise (para escolher © pormenor signficativo), da com- Dinagio ge diveraoe ruldos e sons, e do ss#increninms Cai, assis, nalgumas contradigies, Neste cto 0 Cusic © possivel—espeifica Rotba~—poraue temes na nonsa frente som € ingens visuais (do aioe @ imagens stun) 6-9 prieiro, que nko tem de sir eatentido a ae ono 0 dlilogD. ees tnteiramente inteto @ interes Segunvdag; o som gue & resultado da Aegdo Vial fg lone ors de wetted alters. penis = His, enfis, ivagons Visuals © soxoras UNiay por 94 lor # qav contiaem para formar 6 mesme efits. © raturalmente Bths firms que. ma Hlanifengio, down fexistr sindn Colas a indieagien pes atingir 06 (Os principiogaticmados cin The Film Tit Nowe, A Ss ey of the Ciemn continu sivetnneisIents ie rde eis, & Iss daw enperitcing soruinies. Celoia. The Film Torbay (Langavins, Green 20d , Lonsnes Nowa Yer ue Toronto, 1991) furan mvetines de daarentanton fe argidog enetion, Norie Paraio Ths Studi, Tents, 2696) € unse shisSriss ao einem organleads com «firs ratios de mse" «ye. por #0 8s iD consiracan texpor mito da que Fi fitter re ftectir em ela © Sale Ge cay =f 8 ote ser latin pe peng Big considerndie yor Paul Tetha (do que Fodemon ter para car «resin Hhsteada ts cinema, aK que eh ty arguivo etieaz onde a aelesgio stja feta angens flor estético © no com base muda avaliagdo sei mental =? Celluloid. Phe Pm To-Doy « Movie Parede 10 sio, Dis livror de thor no entanto reafirmaram implists ‘monte ob prncipios em que se basela 9 autor nq 20 pe fiero Wstado. Em Monie Parade false, por excmelo, de staplente combinagio do elerento visual e 80 sanaro, que lava 0 trabalbo do realizador do nivel comum aa sa caste rors maa no se shale ao filme faludo, aot 3 tort en om efile & cores, apenas Prog 4 fexperimesites £6 aso tem Sato, Belo Ponte odo terenfheveren ce eaneter Mabirieo e tebrice, te ap dit respite suave form eapetial de cies.” ennrvtary Pile: Fvsce and Faber, Landes, 12 ed, OF 2 ea, 8), O yolae sy enem un Bntrodc 00 remy a8) Rots fra gs ae, @ portant 9 ei rma, rie. pae evn-ntenatss destaends 00a valores #0 fii, Bin comes arin dite de enncabor 0 fem strewn ads # ort wonteddn novia, @ eraden ws pestricon de matures: mereantity om et fo fesse grins tne encontnor, Roth firme Boeunentinig «ax sera emiersatograticn Import ate talver@ mais spareonte jorysante poe eer conden ‘como © navelments do cinemas eviadar, asbmace — es ereve —9 ewer sseguiy ust Umitanzes impeo%> pelog orgamentos ine estdaina e engontrou a salvagio a Soren ds cult acto e mt plonainsia, Fora dak nation, Aesenbrty bins entre dh ar fa mo que Galerson cA ima orentive treatment of aeturity, Bata nova forms ¥, fem certo enti, ti dy sasglen eatlo descitiva lo filme diddotios, € mais Fantacioes @ expressiva do qe 6 simples filiae de ejortazeim, ris prefomds na ecnospcfo fe mia pefeita ne erie do fue os fmes de aetvaldads, mals arg 0 ubscrvagio do qe 09 mes de vinzens ou para salus do ronteetreis, mais vital pelas deduces que facnlta do quo a Elises eujo principal nbjestiva | LERiro fenoare ce ling, arin deve exretamente st procurads a essluris fo veriad.it fume document ani Lew fettonnda Cisne Path 404; Broa Bm A Paes ste gt 9 ye gunas eatcs etete, fle A actetande do s:tvacys fot anim win pela rector, ct sea Sar Sat Be ees Sette Cir amare ds ecm ent tote errors Sarai cane eS megan aan diate oeaeaa oe aon prpacs de Gosanai, em Ya da Abel 1a. Hctery Beanie pret spo geste Vural e200 cease i A definigéo dade por Grierson’, Rotha xcrescenta ume ‘iva 40” documentirio diz ele— ako" eatabeltce um tama ou um estilo; 6 um modo de var; ako renegs nett 6 actor profiasional, nem ex vantagena da encenasio: jus tifloa o emprego de qualquer artfieo theaico connesido para chepar junto do egpectador” Ao documeatarista nfo interesss « apardncia dag cols e dag pesaons, S6 co sig nificadoa que as coiaes encerram © que aa pessoas repre- sontam airaem a sun atenglo... O pento da vista do do- cumeatirin, relativariente ao do filize de argumento, alo conaiste no desprezo pels Iles, moe ne faalidade pars f qual essa técnica £2 diriges, No Gucumentirio, Rotha nie afirma aperaa a necessiade de um realizador ¢ de um tipo de peodutor especial mas ainda, ¢ maturalmeete, de uma planiticasio, embora ele peSpeio alibua, em certs easos partiqulares, um valor artistieo a mantagen azbiirk- ria Ge elementos dispires (0 +Kinowglate de Daiga Vertow). Documentary Film, qua, entre outraa coisas, pretends serum panorama histircg do cinoma dosumentanis ite émse partieulsrmente na weacola britanieas gue fom, reste género de filmes, uma indiscutivel autoridade » do ‘que Rotha & um dos mainres expocatos®, Entre of sau filmes, devem recordar-se eqpeclaiments Gontact (1832), Shipvard (1084), The Face of Britain (1935), World of Ponty (1945), Land of Promise (194%), The World ia ‘ich (IGET), que ado ricos de valores hustazos ¢ cinemas togrificos, «imbora 9 seu aentldo dos valores pletSricea feo seh conhesimento da Rontagem fagam cootiauos Boe (receca— observa. a propsalto. Spotliswoode—-sio con- fudo utlzadea para ple em relevo o8 problemas socials fe industriais que cosstituem 9 ascunto das suas obras. ‘Ele procura instru de modo exceusivamente emative, ¢ asim arrscarge of atiogie nem uma tam outra fink ‘ade do documentdrios, Admitindo que existe ease isto, ho s2 pode, contudo, dizer que Rotha cai nume lacuna ‘tem 24 comtradigfo a que aluse Spottiewsode, porque, o€ flee 2 6ua escola proclamam a consideragio que thes te ecam oa valotea sccais, bem felam, coma Vimos, de ‘laboragio eriadora do actoal "No seu Gltimo liveo, Rothe on the Film (aseatiat Books, Ine, Pie Lewa, New Jersey, £668), que reine ar tigos visics © geasicnsis, 0 autor eplica op aeua prinel- ios te6rices, em parte actualizadoe, &oscrita de diverson ‘produzides deade o aparecimento do wonoro ats Os sfactores diferenciadorese Documentary Film & de 1998, Zatretentolaxnse difus- indo cada ver mais na Laglaterra as ideian doy eisteme- Uizadorens, Apéa Pilm Techrique mirgem: mais anaaion do Pudoviia; ansce, cowo vimos, toda ume Literature cine- matografica de Eisenstein; e 0 préprio Kivenatsin escreve fnsaios originais para a9 zevistay loadrinae: na «Clone Up» de 1958 estuda, por exemplo, ¢ mondlogo interior Além disso, em 1933, gat Fuim (Caber and Paber, Lon Ares), traducio inglesa de Fu als Cunst, Eat livre teak Juma influéneia decisva sobre Raymand J. Spottinwoode, ‘que &, depois de Grierson ede Roth, o tebrice inglés mats conhecido, Se Rotha se taseia em Pudevisn, Spottiswoode divulge as ideias de Ambeim e de Biseasteia, mas decia- sradamente. Com eftito, confessa querer langar ag bases ara uma sistematizagio orgiaica da. matéria cizemstsx srifica, partindo de peincipios preexiatestes mas ainds no inteirameate assiqilados. Para esta aistematizacio fandamenta-se sobretudo, coin Arnheim, nas clétlas nia tematicas, conduzindo a anilie com mentalidade cienti- fica, Assim, A Grammar of the Film abro com um es ‘quema de definigées sobre o filme (seus meio, seus efei= tose seus gineres) e encerrae com uma atabela de ani lises@ de sintesese; esta resume o€ dois eapitulos centri da egramaticas: anilige da ostrutura flies ¢ sintese os seus efeitos “Quer uma guer sutra Jevam exacta- mente & ieatificagio dx montagem tal como a entende Eisenstein ¢ aoa emeios formativons de Aenhei, cham (dos factores diferentiadaresy ot apenas «fastores® scans apts cadensn © Geass Ae echidna ace ‘hora ue tacoma vn ttso gue ne Sito 5 {fo Sgulsoee Us tne comfanha’ og nl Reatceacks sae ‘Beat ea or ce Sepa a rca ¢ vos Ma 0° TEND aoe ase lo loege cen an tbe s'actamecute so Set parc Sfmt sen seen ag gut's docurectinn,entorn permanteris état to \nocracta Spoon deve tolata mater © roneade epundo 9 (usco dur of wees, for ovtsnpunvrsy Rats gre Sine Sg chee iw neta eee SASS fs at dee. eran tne utub atomehe SASate SIG el neta Wt anes Spec rena, { Siceatin'G Zocurestatn aa tor as tien, me ents aStesegd dr solms to sbitant da mat’ pds Stas pa tr comusieasts 9 homers pues em go pete aio rents i Tian de Oot 0 die mdae dere ete ea 8 quatro ance tat, om 284,» tablin mete Up pa See eae AN ake SNe ma ie en qh anlice Staten hea es eke ae aes SESS Senge Sesto ox sme fray he pos ay quando no heja perigo de ambiguldede, Tai Factores, ¢ 2 consequence wiiizagho derwvada da divergéacia da repro fiygio realiata gue se éncentra no. plano, mo a 880, snallsedos mas ainda repartidos Delay suas diverias cate forts, prinelpais © ezeuNdariss, Aasim, elo divididos em spticoss © endepticoss; of primeitos, em naturaise, ‘nccpardvels da representagio mediante 9 aparelia, © em sfilicoss; segundos —o8 ndo-épticos —consistem ert ‘apalos 208 sentidor do cifacte, do gosto ¢ do tacto. que actualmente do estée nas possbiidades do cinema. Ape ra o8 exige quem cré que a arte & uma snundago de tl0 0 ser, paralisante do intelste, de mado que os apetitos omporals possam ser por ela estitmulados e satisfeitose ‘Bate ponto de vista — observa Spottiaweede — etd 150 owes difundlds w € Go desagradavel que néo hf neces ‘dade da recotrer a arguoientos para o refutar; de resto, fou gefinitivamente fustrado por Huxley no seu fondo Nove, no capitle sobre a eitema tictils. Muito meres ‘senpreaivel & palo santravia, a aueéneta no filme de outra parte da sinestesian (0 eentido total de existéncia gue surge da Soma daa impresses fisicas), a daa sensaghea rrusoulares. a factorce pices naturaia alo acantanados ent «cz titicoss © adiaimieoss, quer dizer, noe que opersm sobre fotografiss de coisas paradas eos que agem quands a mi ‘ouian ot © s8u objeeto, ou ambos ao mesmo tempo, estZ0 fom movimento. Og factores dptioas natura esttices sto Drineipalmente @ angle © © consequante enguedramento Como vimcs, a posigéo de Spottiswoode perante ested: limo & endloga A de Armheim e opoata & de Rothe, que nega que © enquadramente possa constituir objecto de controvérsia, enguanta na verdad cle sgyendy da abso {uta liberdade com gue o reaizadr colees a em elagio aos elementos chjectivns ue cram 9 exntito de tos cena redusa; da a mposstildage de trade & otra lume eplanificagao de fertoe: sneniim mélodn determ nlota pote ser vido port catabolore 9 enqpadeamentor. Os outeos faetorns difensnciodores Cptions natirsss emt 0s sio a delimitncéo da tela ie que deriva @ composi- ho), a cor ¢ postanto n sumingcio e, Finslmenta, a bie imensionalidade a que se eoneras a eetereoseopin: nn entanta 6 impocsivel prover até que ponto esta pode Hi uir o valor do rotte nitila, valor que caneiate no toetn do esse corte Ser invisivel para o espectador, 0 ae au rmenta o contraste entre dole guadros adjecentes. & cen lasio a que Spottiowonde chega, nest? campo, exam ranclo apenas of arsumientos rani Ceci, @ aproximads mente que quale ultarer simenso de eit no tara bem mgnhiis © fodcrin, pelo wantrinio, fazer muito wal Mais arguta, dors extremes experimental. & 9 anise feitn sober fine sores, Een primeira Shottisnnade eveliyrrs sa avn cht Qe CASRN 98 ti pros russes: afin «ita © mara, ratad a gi, farmer. Inrodtis uma aise de ery ponqeaa m fae 30m ert desempentada. 9 Filme mda, ph ingens © por equivalents figurativoa, tale ae! com tm dives» de valores cremations § agora dats por uta fnine eats ‘romatiea§ Spottisyeade afirma, nortan, qe a Satie {2 da gor no filme nfo 6 acomipanhada de mentum acres fentamento («gue bem ab aabe como seria preciosos) & trie dog factores diterenciadorea, Num quadro de um pin- tor «naturaletas — exemplifies ele — haverg uma intensa correspondéacia entre ax formts co uma mancha de cor ‘natural, delimitada pelaa relngGea espacials com cutras rmanchas aemelbantes, ¢ cutra mancha de eor delimitada, Se mode Idéatico; mse ndo haverd nexbuma correspn- ‘cia necesala entre as cores destae mucha (Porque a contritio 0 natalicms povvtin see detinide aceon site das cores fits sla relocces expaelnia wrieris no cinema, enntuda. = ulm prniczo extme, «a coer ec Enea das cores parece then 2 omaha, prepeeads pln {sdeicante para produsir detertvinada cot, unin. vex ot rruslada por Uma dah Erequtnoss tuminesa, Mo poy sor roflieala pelo resiandor, Km mtérin do cores pit tem, portante, maior siaplitade de eset.» AN prnsti= lidades gue aig branca © prot detivam da ilumne cc Doderdo ser tranatoias pars o filme polinromo e, x sngo milltam s Tewoe not cexira els, No entants abyerva.Spottinwnte pode fuaemam duve abjeve’= Introduvindo no fires UM ova element de soapbox sem aumentar og sfritos diferencindoees, eriase uma fe Rendéaci pars uty moior rotwraloma, © ave levis {uma inwolueo, am segues leyar,o to deeies sp andaeie a cosetrio dn Cites comitowiads da mal lag esealag eromt! tiene ext Hsnda » usin heath 2 ‘80 que a de sma ning enente eromitien, Apa aes ps mili uma plene eprecingée de cada enqundrunenta, c= tem de ser penjectado por ait feayea © OMe ee crifieados 0 breviesimes iano que tenta conte" para a variagly vv mime ¢ porn a ronstmseia le tete f vatores empociast, Ax erlires a que cheza Sh onde mio she ewthio, ele pathy conten 88 tooo al stint. Cn ofrte, wttae ae ae fquande expels settiemente, wig imine fae 85 difnencindors< Alm disso, oF, ditepentemete do conteee ni pitors, A enrregen tick des cones no ems peruse fieq, ie fF eT" par peg iigpand sma, chelsea roar, hier y gran Se ecto ae ata eaap i rae eran tant was tect ane Pins ein oe © eer eget Oo act palate era, Be weg eempte e taa ass Sa08 de"ora tamelea ma, Bnei tenquencia @ fmuiber or sein SEE es ee are ee seve iibemrea tera meymurves Ga Wee Cah eae eaten hoje, por motivo t8cnicos, abo se pode fener: pelo menos ‘mbricumente, existe, pare 0 relizagor, « meemaliberdade ‘Que pura o plstor, Pela meama razio @ pelo memo prisel- lo, a cor pode também eer «determine» mas mins inten: fidades o& gradungSea mais ou menos simples, de modo ‘que 0 enqusdramento poasa ter breve duragio nom fi” fexeluida a gus plens apresiagto e sem que o efeito de cada plano stinja leotamente o seu auge, retardando 0 ine tante do carte. Um emprego bem deterzlnado e oportino fe graduenden do cor nia levari, slim deo, 6 uma mi Ganga to radical que «produsieee grave pertirdasio na uniformidade ds visio, trazendo quane mela neonvenien- tes do que vantagens», como no caso forad por Spotis- vwoode: a poselblidede de delusr de usar e cor loge que ‘a velocdade do corte a nko permite, Decerto neste ease em que de resto, 0 branco #0 preto ja ao afl duas ores — as perturbagbes e ea desvantagens indicadas aio Soviee Além deste Uberdade preemuposta por Spotts- ‘wood, © ealisndor tet, repetimes, eutra ainda; em vez fe passsr da cor eo branco.e Prete, pode liitar 0 valor fnolado #> enquadramento breve e, fazendo aaaim, nad retard a couscrugio dz obra, mio saentiea © corte mas Antes se indere na teoris de Pudovkin que emenospreriy (© enguadraimento em si (pelo mesos teéricamente): @ fefelto emotive, llitsda no engudramento por um factor terial (© torpor, dn compromete 0 afeite etal que Geriva da combinagio do pono com o precedente e com 0 reruinte, iso da montagers nfo tanto no plano com do planes ds montazem de eaqutnels. Festa 0 prcbleree ese tes termes, poe pertun(o evitarss aguela mndanea ‘bruset (8 passepem da cor 0 branes e preto) qve predue divin grave perturioeso na unifortmidade Ga Visio 6, tanto, mais ineonwenicnter da que vantagens. Fiaslnente ‘Spottiawoods, no contririe de Bale23, ndo tema em cons: ‘eragio @ pripnia movieento da cor ho einer. ‘Conculde g eside sobre a avoginexttica des fgcteres Aiferonsindoren naturals, Spetisweode passa a analisxr oF teomponentes da geecio dinimsick, ane, ome 30 dee, team em fungan quordo « veamcrar oy 0 s04 ob)eeto, 08 imeem ambos, eatio em movimento, Estes movimentos etravelingas, parorimines orvzntais e vertcain) no ‘io ideal; 0 roehor modo pars possor do um enquadrs nto a outto, para colker © ponte de atengio Vitel. € 0 “corte; so atin! — sublitha Spottiswcode — 2 deseontinul dade, base de gusce tous « peer do cinema, adguire a sun lets importBncia, Os movimentos da migioss, o's wm ‘rério, aproximam sempre cinema do teatro! came ¢ ‘lar segue 29 personageny ge um fear para obteo eon: fecotinustade, elas nunca desapscerem pare. aparecerem outro sitio, 0 que weontese, ¢ deve ucoutectr (astural- ‘mente ndo ein plance lolados mae era planos adjacentes), ‘50 ¢ verdade que o einems ay bagels ne monotegex. £ exac. tamente fondamertado-se no privelplo da. descontins- ade, extendida como eepectfien flimicy, que Spottiawoode fenitica » potigéo antitonore de Araheim; ns realidad, Spottinweede dé noe problemas do fonofulme o Fes0 gic Seguindo © seu método de inveatigagio,elassties, an- tes de tuo, 09 sons em: palavras, ruidor naturais e mi: ica, Esta clnssificagho slmplificare fazendo dus distin ‘58 de forme: « realite ou a nio-ealisis, ¢ 4 parslels fos contrastente, A primeira category subdivide-re ex dona wubeategeriss, £ mumérica @ & intensive: cade une estas, por mus ver, we distingue pelo uso ex coutrepenior realiats ou nic. precisamente em relagho ao 2ontrspon~ 1 realista que Spottiamcode rofuta # paigda de Arahat. 0 sisems it Armbelm—embora pours enearar 8 ne tureza de ua posto de vista particular, cance deve alterar 2 Unlformidady,, Aasim—obesrva Spottinwoode—ele a6 salvaguarde os meioe formstivas de dng, de delimite- ‘pio oo campo, de luminacio, ete; por outro lado, mina Sjostifieagte de montagem que trate «de modo auperti- ‘Gal e eurmiric mas que, asturalmente nfo quer banir de toro. A esséncie da tontegem 6 0 despedepar de cccti= ‘ldade natural e ado se dove permitir que renbums teo- a, que a priori defends continvidade natural, preju- igus o gues cinema tem) de tain preioso. Mas ve, deste porto de vite blaico, € leita & interrupgio da ordom fur, nde pode baver — conch! Suettiewoode —nenhama shjesseo teétiee a outra interrupsto semelbantes, Remo- vida assim e yalidomente, 90 que tos parece, e569 wf ‘uldedes, ele exaiuana ex empregos etectivos 20 resists {0 som, 0 contrapanto subjéctivo: isto & e Svre trtasp™ righ das palavray e das son, Implieitamente & examines 4 com particular relevo, 9 eenblogo interior, j8 teniento Dor Eisenstein; além disso Spottiswoode procura items ‘ner of varies wot dn Mision no fine (imitative, evn ‘ative, inimieo) ‘Analisazda assim, & guiea de introdusde, 0 aspecto cs trutural do cinema mun panorama ecmplexo, deste factores difetenciadores ap eonore, foeado. firalment, » relagdo entre a wontagem € a planifisegio (poe cutr palaveab: depois de ordenar, a partir de eerto nimero de Aetinigdee prelimunares, os istrumentos e os epnceitos biisicoa do cinems). Spottiswosde exsmina, no eapitlo aeguinte, 0 uso # 4 GnAlidade dessey insteymentos, of ‘efa,e tbtode gerund © gual ofl: profur os eeus ef: tare os miodon nde teatrais, O corte, nin em sh mesmo mss rnp efeito gerido pela aprosimaci dom planos que divide fdquire lugar e importinein giferentes dor doa seus aver” neds ov substinntos (drnpma, {ueko enemdeaer, he ‘eurecimantot); neses espeetos,Spothiwoode & @ primeira f estudar © corte e a evidencing, entre outrns coisa, 9" flog tio anting como 0 contrasts; «a palavras latinas £ verse frases snqlosuninieat, feasts longas alterna ‘om frasen braver. 4 oraentor de vigerosa actvidade w cedomse perindow de paz © de calma. Na mise, © pin mudi pars forte.» Com estns eastargcimentos, Spoti= onde nia pretersa de form alguma, gone Vimos, sir uir © eencepeirealiseime aloe d8 montage 9 10" © contrante sri em valor aqullo e-= he onde it i at ia a nee ea tate raed anal teers Sse Ssh Soa pleas Bi ae Se EES Homose. ma eces rama ee cecal Sea te Seni cote cers Seay pire some Ges) ee gens oe os, age Heche aor Ora anrigiaona fe Bie, Sot) 0h He nt Hn, corpo pod us avers Stacia aca So me pends en diticuldades de emprego: oom eftito, @ einem Gesenvelveu 9 mais formidavel 2 tedow os sistemas de ‘contraste; ten no ae active @ carketer imedits 62 apse rigio visual, por melo da qual se predus um efeite bas {ante vivo sobre 0 egpectador.. © slam disso tre pactide (Ge etpontaneidade do eet Mesanisime, Quanto menos se ‘vem og meiog com que se obtém o contrasts, mals efieaz este sp terme, Refatards 45 crticese 48 diversas concep ‘ees de mostagem doe varia Dalton e Braun, Spotis tvoode defines anilogamente a Eisenstein. A ideia, 20 “principio dinamiso» do teSrica risio, no € expresse € imarrada por meio de clemastos quo se sucedem; manifes tases como resultante da ccliago de dois elementos inde pendentes um do outro; trata-se de eriar «uma série de Imagens compostas de mod tal que provoguem um movie riento afectivo e susctemn por sua ver uma série de ideias: {a imagem £0 sentiment, do sertimente & teses. E Spot tiswoede esereve: «Em contequéocia da eatitese, 0 efeito de ura plano dhlere grandemeate dos do precedente © do ‘seguinte, orlando assim um conflito de seneagSes e de igelas produsidas por platos contiguos; desse choque pode, entretanto, argle me tereles ila, diferente das Ae nto os stmponentes.E to que chamaremos «mor agers; en montagem esti na base de todo o prazer que © piblico posta obter de um verdadejro fimes Pata gue a definigio ado figue infundeda, como « de Braun, Spoitiewoode deldn-se na entlise day edria8 fore ‘maa de montezer, examinando em especial ag mas ele- fhentares, edelnadas de parte ou, qunndo mito, usKdas fcogamante © sem motives, Hetabeleeido que a montagem #0 mecanisma de um método iedirecte, que aparece no fpenas nas linbot genie de tan fllme 1s tape. fos pormienorys, 0 teGrico Inte demonsts vcr, {elagho a csloe mitodes inbrectes, existe unse wit cia entre theniea eionstegraflea e asain de lela Vidal; de mancirs iabaticn. no Gitmo expt, det 4s calegoriee for Bowes, demonatearg. ocx eget’) {e teeraea cam o asta de Stole vba, pte fexamina, astra, ¢ poeeseg distetica na vi © 88 rape Flbncte gerscal” x distéetien on o sistoma ds atirmaedo, negocio © slugs —exereve —desemepenba ‘ym Hep Jmportante no moto ariatice. 0 métoda iarlinueto ine sobre os vitioe asetoe a oxperigneia e dal extra um" fosofin da vidas 4 disvtion © priveinia par foro4 8 ‘qual ep eaalhom om disurioe aapetos que, prin ae ‘stddlo primitivo ts conctingao das nntiteses, nor f% evender 9 dios cida ver minis slewados, 0 proves" Sngirecto pode ter considerta sah aie zspetens de ce ‘ito os contrast, cle moia iat tica ou pr ahensentide © primeira agpocio encontra-so na form: de movtacert rats primitien-@ weapon a metacem ritmien que ef Foderoso apefo Now atntidon, dvpertanda prise © wt Videdes primitivuns. Rata mentarem & a primeira 4 51 ennsiderada, tanto jolng yaue> intioulre camo por £2" = forma mais miseysvel se rset © ports has a uin mGtsdo de srilna que confers ingalae «lar 2 algumse rorifcccSoe cn poids ertitien, alten se po Aim certo iar d= querteey de Interesae expecta G nidtody slopts fa ot Rpwtisuowdo ewe Brilen, Kmhors, coma tert nin mee poesved tata for sentiments fe 8. ehene, stra of) Gms We Ap raedidg, ¢ possvel ropresensiis erieament geo ‘ tempo nutna das coordesada ¢ a quantidade, relative & fualguer bace erbitriria, na outra coardebads, a. montage ritmics, segundo § detingio de Spotis- woods, ¢ 2: montstem de uma série de planca ritmcos, (06 ania 0 efeito os plabiae iatermédicss, O seu esler motivo sumenta ebm a freguéncia do corte e esti em fatteita relagao com o Valor emotivo do enquadeamento Drodusido por um corto adtiens de Factores que ela op ram. Apéa © primeiro sparésimento do enquadramente mk tela, 9 seu Valor atinga 0 vérice com diversns andamantos esta prowressio o cambein representada Bréticameate) tm conteddo simples e eticaz produs no expectador ui efeity sito; 22, polo contro, o enquadramento contém material de grande befeza inteingeea ou de ato significady para o comeido do filme, & oa primeira compreensio & Tonis jentamente atingida, Portento @ emogao provorads, pela moatager ritmiea ado pode de modo algurn reduzi. st mera exetagho que tata constitu, 46 POF Bin, Se ‘essa emogio deriva também do eorteiido doe enquadra~ rentea ist 6, da sua simples eprorimasio — pose ser sad. para réforcar ou aprotundar og préprica conteides, Extando 4 duraedo eo conteddo de um enguadramento em cctcita orreingdo. 0 eapitto de algunas cenas & expresso fe cemtunicado melhor por ima montagem rapida Ineate fase 6 cotitedda doa planos deve der simpiticado, no sip feade © na compenich, de Miedo a sur fécltzente nim Le, enquanta 0 espirito de outraa cenas requer una montagem mais lenta que permita aos enguadratentc tomafem mice tmportaneia. ‘Outra Cortea de mantagem ritmica é a de contraste, 0 tune, neste caso, no ¢ empregado para Feforgar oD apro- fandar mas pora inyprizle pexteyeto8 49 gone, serescentar Msis Ubi fo ap ginteide da treme Aw fer ‘ay Mais eschucesing da notice #49 a que eine Tam coneeitng morte que n> podem ser rapreeiok po elo purstrente visusins una destan fortes @ eat Bem priisin ype don a eablgars de detsae lire 0 fate Sonera na sos seq! indepentente embors eaordee Shut mantayens & define eorza monte de conse extraicns da olacreagi da contri de psn sein Quandy se eis wie texto eonenito & parte de doit own ceites “erivates ie dhe saqiitncins soquidae, e me th dis wsaee, a meviseien de entsa implkntiva © peek Ser considers exo sama exten lev, tags siti mentagem priniela>. Tat como o8 eontandes de dois pl os comtiguos yedo aio m8 ter efeitos indepenteree mms prrarorer wm trersino efcito, de melo. eemell vate timely ines lo ae var ps pest om {esto aparadh tas note um er dearest ents oti), este ebarn omar pede xr eto inc: ew ronna sue ead pee ‘eon do sour res sone eon srone wm snes) cach ar ertngio naan ted Per Sm flee maa esti re mets efor ost Desir dows «was sve, composte ty Toyo, Oe rudea naturale min, com nin ee independete, obvious etea ue weit dee ter once conjte A montagtan sri ontario, #9 nti Fig al or smart ere do tse iat 6, 0 valor emativo 4 sorte do coneio Scan cat doves — a0 trim eapasea Je 2r4r 08 eitts frottsiio pala aire Exit finlneste, una STontagen dcigionremltasia do confit de UM coe Ths eral de un eemento qualquer do tne cia oa to conctto qu fags parte da iSelopa do expecta. Com 0 probiens Se mcttagem mlsisset, tate raiments, on factors que Te po contrsion’ 9 pesto ‘ala do nom (nconesbivel pare a montages Ast), [Mies on wovmentos db. agian ee ebsirico. ‘\buuuea a a legend. fo, plo conch, eotenditas Zoso sonsegtaci do empreg de eran elements Se. ffvordvau 8 montage, que Por ves a Lnitagies propre wotagnn tormem necetsioay, O realsador— olinna Spetowoots — deve tender costlevaente PS P*ileinagde day polosraa, io empregasdo um dilogD Seceutwaseate Fetus (que atta prejuiis) por «380 SESSUINGT coe ua pevecongena pean quince nagica Shee rosincedon), ea liiantn & ovens seat 25 San uns aver introusdo eatareert (lt Desert) Outen who poporta por Spottiowcode & rary seca hia de somertarig pea sine e948 IEE ca are greener an lacunan de sertos tere gH83¢ Get mpooie seprevetas por iagene algunas reagSeo fie unr comeaindor pode duntrer ripidasense, NO e3- uica em cern caso, pad fenar © iminacio de pal acon sutadon potion, Spotiswoede naa 98 a Tigi vial Aa inguagenaprimitivag— observa o tb GR atte- onbacn um poder Ge antec e de gene ‘Rigdetiotiitado somo odo cinta porase, eee ‘atte ues peweoo aurere de psavren de sige wera fenguarto cinema oo fem metus), 230 Shas eon diqoncio 0 precestoindreta,conegul Sonata contguiinde, em ue o.com & rn. FH ‘ns lb,o uta pio rt aloe wr peranc a erdadeiv fie, Mas 6 gras ial FP e‘Grando icgartinca paso cine, poss pode abst 1 Sidlgewaterccr um materi aufeentemante sib Seilvet paca tontagene comple, por ten Teco bi {dncian para confuno, a nio er que anton it Wosete du setae temporal da neresio. Com efoto Sho bi sinc no clcin, am tid eqvaente 9 cm Fur ne Spettiononde ve recessidade de invert ou et Sncece um sinal tqurativo pora seca eben partela igri ebencs pra ho ae0rd0 eo econbecimento Fara bara alto prope um too de cbscuteeento Seeace devel xt onde porn sori eineducto 3 Um Seaton wo cneego do fetsréor. ou do dateags 0 SMa, Gi ee aun poi evar isa pe TeTess mein em tou ov eutro esos pera SER ISERS fiande pare poder se tomace em considera (hoe tRtecante a scincn de sgntiendo €0 opseares Serio a menos ne hoje tera Frade Ho Tr bg aproprado borameno adequtdo 2 svgenr & 352- fagia visual ee Sattiowacde tecminn agsim a aun anise. A sulle visio do livto di, tomo vias, wma visko sinipticn ¢ aa ata’ opis meagone are fn tratadac preexiteatig, gam seguir qualquer direecin Com dewantegem pari sutras, «2 anifise, 3 no quiser fommarae eceepsionnimente peseda, deve pressvpor um (Nordo, na moor parte da matin, e bratar depoin 08 cx soa miarginaia © menos importantess, Nacuralmente 0 ex: quems e as definigoes de Spottieweode apreventam falas fe irmprecagea: ele omite, por exemplo, algumaa categorisa eo eoquadramentoe (oe uatermisadon pelo elxo dptico 4a scamérsy oy pelo tamanbo aparente daa figuraa Ra tala) fe virian eapésies de movimentor da maquina. «Por Outro lado, qualquer classficasio deste ginero atinge sempre certo line de arbitrariededas Seno ae pode eagotar ‘um assunto priticamente inesgotivel — eacreve, a prop sito, Renato May'—o material 6 ecuidadoasmeats ana- lisado e rigidamente repartido (enibora oom eertas ine sacliddes) aeguado an 2ona8 da senibtidads do eapecta- Goro, 6 ¢ exaotamente desta rigida repartigho em compar ‘umentee estangues que derivam os limites de Spottis ‘woode, emibora ele prégrio note Virlas vezea, no dersrso do trabalho, qua a andlise ¢- sintese devem eer entendi- dea como indisecivelmente Fondiis, tal como estio na, manta do artista: de facto a primeira determina a se- inda, eesta e priceir, Spottiwocde também nio igrora ‘due exiaterelagio entze etbonica> e «aawunton, Como sn Cluste do parégrato acbre as vérise tenrise deontolégicaa (as que consideram gue # obra de arte tom um valor prb- prio, qualquer que eeje © ssmunto, mea deade que baja rosunto) ¢ teoldgioan (as que considera 9 aarinta Um factor decisivo « portanto julgama a obra de arte sezundo o afelto gue produs em quem a centempla), Spottiswoode tiem, contudo, que nos dois easoe hd Justtiengio para fs separagdo entry a téeica e-9 aamunto (separagio sobre ‘qual ce baseia asnctamente A Grammar of the Pile). ot isso, 58 com finalidade deseritiva ola separa arson @ sintese, pare atingir maior wlareza e pare evitar 9 nseo e aie ec gerigonss abstracgéea. De qualquer modo, 0 studo de Spottswonde, assim propnsto © desenvolvido, ‘eons froquentemante do plano ssttico 90 técnica: @ tae Feo ingicy Leva As extramas coneayuencing © sinter cin Leo de Arshcim; aca peinciing formnis do slemio © 42 Eisenstein prefore eutros,inteesmente grarmaticnin 105 pedom servic mais pare wma lige azoeredtivar do hema, para a construgie Viziea de um filme, dy que 14e3 ‘© cinema como arte. De rest. esses limites esto isc! tos no proprio ttulo de Livro: Grammar of the Film etizantiaismo» de Spottiswcode n3o 6, conti, no fando, to eatéel como hi quem afieme. O préprio Bar- bro, que sem divida ao simpitiza com 9 teirce nets cckamao waseuro maa munca anoles! A medida que favanga no sea ecto, Spottiswoode remave obsticulos, ‘eselarece confusier o equivcor: necessiiaa erties pro- ‘eoram liertar o terreno de anteriores obatrugSe, nomea amente nos passos roferentes se sonero © naa abjecties fostag a Arnheim Alem ties, tou eso trabalho corte ‘oi para uma compreensia mais exacts do cinema e doo seus mision expreaticoa neaata May, Prune wemmetes il ania. Documontano ¢ realidade Logo & seguir a 199, uma nova palsves ¢ um nome noes comegam aparecer com certa regularidade — re- ‘cone Forsyth Hardy'—em diversas publicgies, A nova palavea & sdocumentérice, ¢ ame aave € Jahn Grierson. ‘A puiavea — eapesiticn Hardy — aparasers pela primeira Soe mum srtigo escrito por Grierson para @ «New Yori ‘Suns ce Fevereiro de 2026 e derwvava do terme edocumen tlrs. used pelos franceses para oo filmes de’ vingens: Grieeson esa para definie Moane de Robert Flaherty, conde ¢ deccrita vida doa babitantes das ilbes dos mares ‘do Sul (eMoan eenstitui um relatéri visual dee acea- fecimentos da vide quotidiana de um jovem polinésio & tem por isso valor decutientals)*, Na verdade, nfo € di: Teil encontrar & palawen ampregeds antes de 1990 « de 1020; de resto, o cinema nase como «doctimentirioy (Lax igre) —embora simultineamente & corrente par assim loer ereaisia> venta a do sfilme de fantasies (Méls) —e tatas as obras mais notivets do cinema sovigtien. © sinds do cinema americane, sto cem certn medida do- cumentirios,testensunhos Bistéricos do processo da edi= ficagio da nova Rissiay festa teuléncia para @ que é pesitiva © autdnties — oma obser Hatser, ma sta Micra Soe da alr'e fdr Cultura — deve precursess ns nh nen Manifest do hetero dens de reafiade agora aioe do que Hua {note ais 8 Rucrra, o feniyaenn neostealigts © p32 cularmiente a poslicg zavattiniony), bam tanmbsen na Te feuen dss tonéncing artiatcas do sPeule XTX, noms rmante do entrecho besa enestrnida © dg Aenss ita? com a mia complex psigolosn, Mam eta tendéneis ~ fareseente Hanser —-7 que no dsumientinin se une = 1 pulse geloe actore, protisnais te recordacse te 0 atipos), nko dlynifiea npease 2 sxpiratio, aie bor teniecida tn hiss oh ape, > morte rei 2 artifieis, 9 verdai» eum emsiomanentis, os fnetea fuinok, vida stat eons; suonitea Eronbeny, feequer tents astn nega dt arte bi ge, A potieko eho ota parese bietante compron tds, he eweae dines Aoenmantino, « frtegrstia, m nvinion, « eemanee Ustion, fa nig io rte conte ev tore rs ehiecnias ri tos mikores destes nove generis, tnesino Gon ante inte _grttes-¢ doar, 1 yuorem de graeme. qye a 95 Droduedes sejam clisifindas sty orbras de eréeos pel contri, jensam ses a arte fol sempre wre proto fvtiio e neween woimo instrament ele iene"? Ee instrament te Menton, de edueagia ¢ afival sade deniention wie "envtamvente meanchlers nssilo 1598 cn forum (Pc) fill de un professor, depois de ter feequentads 2 Uniersidute de Glasgow, embaroa, durante # guerra, em navics ausl- ares e cags-minss. Licenciado depois em Fuosotis, passa, slguny anes ace Batadoe Unidos, onde estude os proble ‘as de impreasa, 0 einem eos outros fenbmenes que con correm para a formagio ds opinio povlice. ‘0 seu intereste pelo Cineme — como tastemusbem 68 bidgrafos e como ele proprio repete nos acus ertigos ~ no rnaace de me posigia esticica ma «social. Grierson con- sidora o cinema coteo uma tribune e umn pilpitae servese ele tom eapinito de propagendista: oyoo sem sentir vergonha, pois € necessieio que entre as rudimentares ‘worias sobre 0 valor do cinema se estabelegam algunas Gistingdies exactas. A erte 6 dma coisa, €@ homer saber fark bem em procuré-la onde howver maior iberdade para fila crlagho, A recreagio € outra cose, @ 8 educseia— ‘que interesta ao professor — 6 outre anda. A propaganda Sanda outr = ‘eterminae a6 correntes da opiaic pOnlica> tas explioste decleranies de €8, que romantast aw Inverno de 1915-195) "6 paroeem palavras de um nine Sista, surgeat aponar um ne depoia da publiegio do manifesto redizide plo pric Grierson sobre ¢5 Mrs ipios Funloneniois ae Larionenciras, Veysmon, ester tanto, sabre que elementos Uriroion tngeia tela ste rmatogritica en geri. B evsdents que a riguina de 1) ‘Bar sfiemu ce — pode Chzer muita mais do gue repre unit tm esdu posta em crm signte elas quand di Bida com suste cruivin, nla stone wat instroments eprodugio, sam taimhim uy mein exiador, B lust 9 Arsiocar-ee no inuneo coafarme quiser nos Heiter d tela, ola jf mio do pslen onde ve devonvolve a nogia tes tral: pede set ares Jancta jars a reallde, © priseirs plano oferece A minis de filoar 9 Macuitade de Yee tear no intimo dis sina: n use Menta ou nate lente toma pessivel cuibor pormencrmg a ditiamia e, dee made, sdguire fanufade mienascipien ao wegista elem ne renin, Modiante dale, © eingma enriquerese 6 noeon pants da st qu, se mn « prope, a0" tam a4 poribifiivies drométion, Iato &, erisdarie, J Aeacrighn: esa » tights no alto e teris Geter Dossiblidades ealoria om aise © terels utes ‘Para Gritaon, #9 estas ae tierrentares capac Slots aasennats Seesetea Se ‘eriadoras quo indieam ao cinema mudo © eeminbo ¢ so: fur. Quando. prépric Grierson exemine as posnbilidades fexicteutas n8 moviole, e portonto ae possiblidades da ‘montage, repara gue se abrer novan perspectivan:fun- ‘ir 09 pormenores sum todo nico, eseccionsr> usa Tua, ‘uma ofieia, ura cidade, agie no interior des imagens de modo a dar atmoafers &xegao e poesia A desrigéo,e fazer explodir as ideine na esbeca do public, justapondo os fenquadramentes: empregundo « justaposicéo dos porme: ores obtémee efeitos dramitioos especiai, Com base nesta observegdes erin-s urea eorie que liberte gradual: rents 0 cineme da aujeigho gos esquemas teatrais e que © puis para um mundo especial e priprio, No exame do filme sonoro, Grierson segue © mesmo processo;-eviden- temente, ndo basta aproveitar a faculdade de reproduc fem sineroniamo, as palavres prosunciadss pelos ectores: (© microfone, & semelhange da méquina de flmar, pode faxer mais do que copiar simplesmente os ruldos naturel; f Dioviols tem diante de si tantas possbilidades nov guantas se abriram, outrore, ante a mesa de montegem o filme mudo. Na verdade, também 6 microfone pode deslocarae no mundo seu Yel praser ¢ fazendo-0 — observa Grierson —ndguire sobre = realidade o meamo poder que, ster do fonor0,teve a miguine de flmar: adguire 0 poder de for. necer no artiste criador milhares e milheres de #on# que rormalmente acompasham ¢ trabalho no mundo. A ine ‘gem © 0 tom devem ser complementeres austeataree rmituamente: cine regre; 0 som pode ser «cortado> como te scortay a pelicule¢, rediabte » efinagion, podem or- ‘questrarse todos taser elementon, ou perte dele, em cor- reapenddncia exacta nm a iniagens, Dal as enor mes Pe sibidades que efercee o fenofilnc, Bo mondiono ierine das palavess eoubjectins — 20 uso do «toro» (Fe) fatlvo, desertivo, ete). Disutindo acerea do coro, da potsiblidades deseriténs e do ronblogo, Grierson. pre- tend fomecer alpans mateos gentricos — como ele obser va— no quauro das novas possibllidades adquiriéas pelo cinema, prevende estabeleect ym panto firme: que o som Gove exsctamente itezrar a6 imagens ¢ a8 imagens deve Integrar 0 sou. Nio se Uta, pois, da filme muda com 9 mom acreesentad, mas de uma arte nova: @ arte do filme ‘Cantudo ofime gonoro comum ~ gublinha Grierson — esti ainda Higado aos esquemas teatrois: as numercsas variagdes que nos arontece ver 09 ouvir ndo representam fem nadh uma rotura eum ¢ drama dialogado, Esta rotura pode e deve oporiis, segundo Grierson, © doeumentério ‘gue ahriti © tomivio ao eincina se consepuir emancipar f microfone da exrseidin do estieio, demonstrando str. ‘vie da moviola a rion gam de capscidedies dramationt tue poss ak'en de que & possivelrenliza® be interiors Mesmio que 9 eonsideremes coma um almples resister de materi em bruto—insiste—o miarefone, ta] come ‘maquina de filmar emudas, deve ser sinda libereado &a ‘everaviddo dos essing, Bata procura constante, extn féncia Intima de Grierson no sentido de libertar 9 einem ude ou ecnoro, dos estadios, da origem ao manifesto sm Dre os. prinsipios fundamentais do doeuraentirio, Do- ceumentario—estutelece logo de inicio Grierson no seu manifesto—¢ ums definicin grasseira; aceitemods par ‘equilo que vale. Os franceses. que foram os prineios a ula, indieavam com ela apenas um relato de viagem: fasiz puderaaajustficar de odo izepreensivel as Varit= Ges exitisas apresentadas no Vieux Colombe. Desde en- tio ¢ doeuneatario comtinuoy o seu caminho: « partir dus varlagéea exétices chegdmon aoe filmes dramAticos do nero de Moana, A Terra e Turksib; ¢ destes passimos ‘outros filmes, tap diferentes de Moana, na forma e nat Intencoes, como Moana ers diferente de Voyage au Crago. Prinelraimente, Grierson lnclui na categoria de decumen- térios—e recorde-ge que 0 manifesto remoate ao Inverno de 1932 — todos o® filmes consiruidos com matétia «rea Tistas; onde quer ques mdguins de filmar roduer: coisas ceverdadeirasy (guer feasam trechos de eactuslidades» ou Ge acontecimentos euriogce; quer curtas metragans de Informagées, eraplesmente discureivet ob coma Uma cons trugio drumitica; quer fllmen educativos e cientifics!, af estava o dovumestbra, ‘Toda este matérin — especifice Grierson —¢ natural- mente irredvvel a linguager. critiea e & necessirio dar- ‘Ihe um pouco de orem. As diverean eapésen de documen izio representam diversos tipce de cbeervasio, diversas IntengGea ao cbservar e,naturalmente, iversssimas eapa- tidades e ambicder no momento de coordenar o materia! Todado. Grieraou propée porlanto— apds breve slusio as categoria Inferores — gue set usade a definigdo de do- cumentério edmeste pars ue superiores, As Iaferiores SE por exemplo, a «actualdadesy—que era tempo de paz abo ho mais do que Um breve relato de qualquer ceriménia fbsolutamente intignificante— a8 selecgSes ¢ a curtas “etragens informativas. Para além deste limite rosontra- “ae 0 verdadeiro ¢ proprio documentatio, 0 inico teri fm que ele pode esperar ating dignidade d2 arte, Fetss fates distinggep e abandonadss as simples a Disarrae de Crigdes de resiidade, Grierom regue 0 que ele cham «cl: borage e trnrafiguragio eriadora+ da realidad, 7! ‘ua orden, os principioe fondomentale dasen elsboragi fe transfiguracio eriadora 1) Grenies que, a partir da eapacidade que 6 cirems tem de clhar A aus volta, de observar ¢ selecciouer es acontecimentos da vita everdaéeiras, so pads chert a uma nova e vitil forina de site. Os fumes rodados "0s fexiddioe ignoram quase completamente 3 possiblidade de lever a tela para o mundo real; fotegrafam acontectme tos reconctrufdas eobre fundos artificinis, 2) Cremos que 0 actor sorigiznls (ou sutintize) ¢ 3 ‘cena sorigiaals (ot suténtiea) constituem o melhor guia para Interpretar cizematograticareate o mando med: fferecem ao einem ums procura de material mais bt ‘dante: Gio-he # possibilidade de sproveitar um aime+9 Infinito de imagens; ¢, tirando-se do mundo de resled”, fornecemihe aconteeimentoe mois complexas € SUrPr ddentes do que os imssinzlcs para ea estidies on do que fgueles que os téeniove deavn esidiog pander reevastesir 3) Cremos que s matirin © ox neguntor encontrade® ano seu proprio tyrars+ sin mois slog (ma zeals, 99 tentido ficabtico) do que tude aio que rasre dn rect ‘ho, O geste espontine> poses ai Les um valor singular. © civenia pseu a extruoréimicinenpacldade da F270" 10 viver os miovimentes eriadss pels tradigha oy consumes pelo tempo, O artitririo wretingulo de tela em que sto, fencerrados, revel e potencia os movimentns, duulocnes a mixin efiedia, no espago ¢ no : mp. Acrescente-se qu ‘0 documentério pode obter um aprofundamento da rel Ade e den tear efeitos que o mecanizme do estidio © 08 fctores, por muito astute experientes qua sejam, nunca podario ating. Como 6 fait aotar, a teoria. de Grierson sobre o cis rem om geral ndo apresenta elementos originais ¢ nio ‘ys além da aceitaglo, Yas op menoe directa, das prin pice dos «satetatizadores,, particularmente de Pudowin fe Dissnetein: & necesaidade do assincronismo, 0 som que fe poe expecta, des ceurins fdas podtices que ge encontram na obra dos russos e de ‘aloes, As possiblidades que o cinema tem —e Grierson atirma-as — de elhar em redor, de observar e seleccionar fos acontesimenton da vide Peal, 0 ActDF original fo etipen) fa cena autintice, aeontoeimentos considerades ideals, pura interpretar a mundo moderno, 2% possblidades d¢ Flmar ao ne live ou no proprio loeal, « até 0 conceito de sunela aberta pars 0 mundo» nko af0 mais do gue inter- pretacio lnboriosa, digemos, das Grmulas ou, melhor, dos principio do filme aovidice do perloda de ouro. ‘A teoria@ & pratice de Grlerson edo sou movieerrto, ‘da sus entola—6 movimento « a escola do documertirlo britinica —sio mala uma corgiemacdo de que, «apenae se svaipiets mums arte 0 procesio de transformagio da me ‘iris om forma, e forma pode ser relomada por outess peesocs « empregada eomo pra tenlea, geparada 86 aubs- rato ideation de que mscetiet 20 meamn tempo sho em um now pia de que oo vein cas de Beene ‘Stein © Puslovsin wig spor avs dizer © 7:98 erica ta arte cigematngeati-a e menmo.inlependintesieate Soa ‘ondigGrs secinie qn hee gorinitnn in sui, wale cot odds Pe ote fey exrenmve Yer coina a tmnlfestn be Grierson tom ponte de cont, mits en italiano e até com 0 chomady Noo-e Bavattin te stored eth que hi open petion ase neo-resisng intra esos ws fae a tal coma secaecey ror Drifiers a Griaron) + Mor no cenea de Gricecen ii se poe diger, pelo reno cor ge tid absolute, que tenha tomads a forts» comm sam deniaa, separada tay sabetrats utetiiea Be que nace etn conten, e49 cFoei nto &, e880 agit 0% 1 Seem Holoma (Gerson nk & uct evelgeionseia naa c= retoeninor), se aiid a Finatidodes anions. a siionan flugioe soeite do elvemat a UA posto qe Somo aplisar 4 Grier f qual de todas as artes cinems & 2 sisi importante, ¢ ' pers ce Bela Balare em que o tebrica hingaro afm (que, no cinema, o essencial no 6 a arte, Com efelto, 36 Indioimos somo Grierson ae aproximou da novo mec de expresso, como vid nele male um iestrumenta de propa. senda depoortica do que um facto artistic, on sémente Srtltico. HA muito tempo que me interesstvs pola propaganda e fot como propagindista que me aproximet Go cinema —confesta ele.— Recordo-me de que #91 da fltima guerra com azia idela simplicissima em meste; ‘evinmos tornar a paz interessante, de qualquer maneira, Se erinmos evitar uma nova guerra, Desde esse mo- Tonto, @sninba propaganda beseou-ke nessa dela: tora f paz interessantes Ves, ost eeettamente Sigua, <€. 00 a (Com o pasear dos anos, a batalh reformadora, cond aida come filme 86 Smbito ger da eduoacte, a Iota con tra a eseravidin do cinema -~ @ dos estidion —-a batalha pela stenticidsde, levam Grierson a xesntuar esta 8s Teun social. Constituers causes desen aeentuasio, de se torna 0 trago mais earacteritiog da aus obra, por Um {edo a sss Kelas sobre oa relaggea entre 9 einerne © a ‘comunidad, sobre a tearia edueativa © 0 documentirio — fentendido, entre outras eolses, como uma espécie de ser igo pblieg de que @ sociedade pode e deve bonefciae fcomo. doe corres Ob doa camblge —, por outro lado, ‘om sublione Hardy. 4 amergura de quem repara na dis- Hinoia existente entre a realidade e a8 suas aepiragies, {No dia de hoje ¢ a0 ambiente em que vivering—~ essreve Grierson —é presizo scbretuda defendermornos da esté- ties, Poderiataos seret-nes dela fos yetetear mo ti Seotida elt fitermacnes aqprriorinents. Mo mune esto € wm earn, velo elton shims Bae fh ever ra cratiuse perltorate movimento doco foi vento © princi deste 9 momento em que a r= eosin da ti ce destneon ea tear to Fa erly —um moviments anticetctiro, ‘Teves saclfirimes fqyalquer eapneiate artieties, enbviania fe ated Seneoose de etctyet eta Flaherty, exami, reveseian ao Sint 3% moe ele em sit eke «8 Yai suas porta, com milor evidineds ¢ care A meta que me etn, por coders eronnlilen, cm enealae ‘Ne Grierson, «ein dorimentinin ta eran nageeu ¢ vem manifeeianda ase sols nos , some, eo #rt Tandsdor # animador? exis verticomln ie i @ Um Gortaig e histiigor. Tal adesn po Inguficiénctn des sistermas infornsitisos Woctsin valistas,coeyo revelta contested iyi pris fine Walter Tippmann e og A234 sine inpveaeem torin iberal; wade Bara ecumhstor, powtaato. os F los daqucles que havin eho ade A erin de actuals condigies, a vide deimocritien xe toms pr: mente imposivel, urti mer que OR eiadioe ko. poem, saber tuto sobre tsb ns: projets. tn gualquee moment Dal a neorssidnde co nar dorument in que #6 propre ssalane db Siam ot Deonanon, Be informar, ce nie sobre tudo, pelo tietos sobre o verdan deste gspecte do sono tempo, sobre a natureaa do mundo Tiodesno, ure ca daverea ecvise e sobre og latereases Driticos dos eidaddos; que, s0 mesmo tempo, == pro ponte sproximarce dy totalidede da informagio, oun Conbecimesta de ealo cada ves malor, através de procera {de esquemas dramiticos particulares. Se todon oa probie: imap socieis pressupdem uma rlagio entre 0 pov & a8 forgsa que agem sobre ele —cbserva Grierson — devon nistir necesaariamente alguna eaquemas draméticea ue cation baae 49 relies socials. A deacoberta dostes aquemea drazaticos poasui um valor fundamental para o Sieteavulvimento do sistema educativo moderna, pare eh frentny com efichoie 08 problemas da vida social. Os adul- tos, ngo menos do que a2 jovens, tém necesldade de um. ‘guadeo amplo vivo dy sociedede, de um quadro que estl> rule a4 sues imagloasien e inculgue ase quaa menten 08 Drincipios nacassdrice? «Compreendemog em substincia fue o “esquema” drartico teria podldo produzir uma ‘ensegdo de desenvolvimento, de movimesto, de contrast @ fomecer 0 ssio para domizar a realidade e inducir 08 hhomens » agir de acordo com elt» ‘Como oe vi, aconteee que Grierson sho tem b aus dae posigio, para sugerara ineicéncia dos sistemas informa fivoa av origem iberal ¢ iadividualiata, um outro meio ‘que seja mals adequado e eficar do qua o cigema, Pre Gutro fade & Hsia do documeatario «constitui um (0:0 inteiramente ovo a8 educagia popular: baseiase so con feito de que o miuado exta em fase de radical tranaformn~ io, transformagéo inerente a qualguer aspesto da vida pritien ¢ espeitual; por iago € absolutamente necessirio ‘Que on homens comprecndam a maturezs de tal transfor Uhachos, eA ideia penetra no enema — insiste Ge featravis do docuentirio explora experimenta da srw Iraticagloe do trabatbador ed seu trabalho quot pessa i edeavatizagioy da onganizagio moderna ¢ do fovea Fectorescoletvan da sccledade, isto & & edeamate aglow dos problemas soeiais; ¢ assim continua, 1 tps passo, no genta de apreender 0 sigaufiendo da dura matitig que furia a coploxtura du moderna vies socist Side weatimular 0 cormgior ©.a voRtad? que os hem ns tem de. dominits. (+Detiveo-nes —exereveria depois Gerson —quando de comam acondo daciginws no do- tepminae quai a entiiale que doveria aceumie 9 encirg® fhe tree em acto oats vontade, ou afostimas a posse Tidade de nos agreyemoe a uma dessa entulades. O nosso Objective espeifin fo 9 de eitimular © rorncio © # von fade des bomens; pertensia 20s partidos politius astumit perante 0 povo a Tesponsabilidnde de une). Batax pry tras da Grierson romontyat a umn memento erueial a is fora ingiesa e mundial: 1912, Hele apressy ce set far que, em tal aeasi, nio manteria os aun prinipios fe cles apenaa livessem um interosse bistéeico maa =e Ainda tetuaia, © difercete, om 112 a mating da es fovial, + so eiferenten — main vastos e dtieis —os pro: blemasy mas. dovumentorets tn) 0 dover oma sempee. tie rntabtun a furfoe ie asievalse 0 coeaeda e a vento fea tiomena para enérantitoas teste & «deve do she sine, 4 ua basil fungi gerante 0 Estados, De uma tal sinenrdade de intone actividage tedriea, mes também eri 1 e pritica de Coiars son, todas tras interdependentes, Dal, em primeire ugar, 23 guas reservas — idm de determinagiea de especal v Jor peeanta op perigos encerrados por exetmplo to do- fumentino slfricoy de Flaherty, em Rutumaan ¢ a8 ces ola sinfinicas em geral. Em Flaherty encontra Um rx ‘antisme fied, que acompanha o luper-cemum do «bom selvagem, @ 8 domasieda importincie atnbulda £0 thai Vidor «Podeae ter certeza de gue 9 individuals re. presenta wna brutal tredigso & gual cabe grande parte da Fespoosablidade da actus! anarqula, ¢ pode-se rejetar tanto 0 her6i das aventures que tim uma puresa prépria, © que acoatece era Flaherty, como o herbi daa aventuras Guo a no possuems, 4 critica que Grierson faz a Rult- mang parte da uma reviaio dos julzos laudetérica sobre ‘Sinfonia dua Capital, eos primia da relisador Beriim, Sislonia dune Capttal —afirma— 09 Griou cada de Sov, a nfo eer um movimento completa mente exterior, «Aqui reside 0 ponto diffcll para oa prie- ciplantes: —escreve— com a8 suas faculdadea de obser. ‘agin, poem failmeate ehegar & avalagao critica do ae vimana, 2.9 bom gosto pessoal permita-tnea ade esta Faculdade do obsereasia; moa 9 tuténtiga tmbalho comes ‘quando & sbservasio » 20a movimentos ibe aleihuem uta Finalidade» Os «ainfonistses, servinde-se do ritmo ¢ doa caddneias, aproveitando aburdantemente of efeitos expe ciats, fusca a viata e estimutimn @ fantarin da sesemy uuneiea que’ © faacia. uma tatonyem ew ume parts rata, “Ag sromlatlees» e a9s ssinfonistows Grinrsoa <7 assim, ¢ desta ver no plano pritic, Drifters (103% Drimsiro documeatarin britiaien que tent vin import ioe ‘ia histSriea (tedrea e pritiea) Fartieuhemente me Evel Cooip sublinka Hanis, gara ralorese exnctamente £if- ters & necessécio no wb recordar v aculimenta sic Ih {ol dispeneado, eras também 8 repercussies que te era segulda, 0 interese imediato da filme foi fovide em i medida a9 atguzento e tenes, No cinema hetinico — festritnmente ligado sos eatidios @ pra 0 quni coast tia 34 uma temeriela emmpecaa extrar nm teatro do Weel [End para fotogratar uma fare ce Aldgh ow um esp culo sco-optimistan — urn ime que extralave a sosathn- ia deamitica diractamente da vida rel cra poueo menes ‘to que uma revolugio. 4 simples narrativa do uma pest dos aenques no Nar do Norte lovava a tala waa sie Imagens que extie 2 podiam corsiderar nova e surpreen~ slontes: imagens de bareon que pe ands) 0 peoprie Bante recorte que Grierson Mahe cexactamente ra des testes soto, « atin ‘Drifters a anontavern ditties erful) UR TLS. V ‘bem 4 elaborseio Uiitioa Lo fae tet coma res cdo capitals deticose aoe set vnticalgress Amp toe de-contart: ¢ nosh ifs" rao mene ies tga dagucla cece, Antes i 7 seve cnematasestion do EMP pulosen apegrechrss pre moa prods ox tious — records fir-rwon —» Weiter Crotohton et fie tot muitue vag do wxplortoie ee, tel flaws de proparanss stents, de slersoun a Wae Fon: eof ii tego anymore w= Edetus ancren dag acrvgas te ropazznda © euenga Principals meres de sss, Pen and oh cade av reeulme © se atslinaen, no tall OM & parte, ea filmes qs julehanenaoe posseinese gantqsee er fortitcia pats © problema por nés enfrentado, como Ber Fim, Sinfonia duane Capital, Phe Covered Wagon, The rom Horse ¢ 08 filsée rugsoa} precurmos todos 08 decamen- tras ¢ as Yepopeles” cizematogeaticns digas de um re imo de atengie. Conseguimos impor eonsideraveliente fas noasis usiaa gobre o cinem, tanta que obtivetes o3 fundos para ae. primeinay produgdes experiments. Creighton deu preferincia & fentssia'e rodow para o BIE One Family, filme de interorea, om sete partes; eu pre: fer o documentirio e rodel Drifter para a New Bra.s ‘Ao recordar, pussades anos, Drifters, embors reivine ique para esve sc nico hime um degenvaivimento maior, tno lan da fas imagea-movinsente, do que o de Potem= Fin, Grietaon resort ter sido precedido por Eisenetein bt Wenica, nos eeitos de ritmo lateneo e nos efeitos rit rmicos em geral, Nio recsnhece mais nada, mas ado por {lke de sinceridade. Palo contrario, Grierson represents, fam dna poucos exemple de vertisalidade moral tamara neste campo. Ligndo como esth a uma cinema sigorosa 9 plano eieativo e divulgstnr,ebeKa ao ponte de afiemae io 36 que oeinart nfo € arte, mas que nem meamo 6 wat form de distrasgio, Nio pretende, ¢ certo, que einem, 8 lighes ackdémicss, maa no admite o wespectaculos que fxcliira ¢ viria eontmadier o aonceito de edueagio # d6 aivulgacio. Grierson nie pede deixar de recaahecer na feseola sovltica uma estreits aderéncia ao tem, mas ro provs @ Ehtnatein, « Pudoskin, m Dovjenko meama 20 TTarkin do docutentario Partai — embora estes reali2a ores se tenham eesforcado bastante per desesrem terrae —o lorem pentido 0 contacto com a realidad: «30 grandes artistas, @ certo, mas na maior parte das vests Bio who alm ds svateris 8 qge a6 aplentna, Comarn a Matsa bsio Cerna forte evneopede ge te yn lfecis Guriatirrnne, exktenten eopovintmonte en Livonstefa, 4 parte deteranadoa pre (Gea formatistas de troy shetee db entre ttre ssi Ticea.--roma ‘eee tt eenelusie da. presente Hero ~— {hla autores parevein portahia a Griergon edemaslade 24 speedos so gue plots hata Fle eecticalare, 208 Sus resultadcs syistsscinteente morsin mas, em Glin Andlis, rorvitiees, © sbtino w 99 alghiente weld fico das sits ob lesa aerate WIM tht ceatrbaie ao errs fealty w yottnnte edativa 2a feepgin ndings y+ Gerson gus, ay entanto, nko foe Aietingien f to hot om Flaherty © iqule se neyo «esse fied 0 hen de 2 oekin,riem robes 9 srtiovds ave tens paeM a ate apeefouida eehieSo on plana GnGho «exten — entre dreuemtitio © pralitale. senbnlens. @ etpiy lentigo» e ete prepa, vis fe FUlagies doe pistes zaest giana. Aa pois ese ite rca doeuenea ean rere re rodados fore dos estiion, Mas 9 realism, no cinema como na literatura, ni rejeita 0 entrecho entendido come factor daléstico, antes pelo contrdrio. E forum € aio edad filmes realists também nos estidios e com teto- 25 profitsonsls, como por exemple, ot filmes de Cha pln "Por outro lado Grierson, que no entanto #e mostra tio atento e argute n0 plane aocolégico e critica no repare ‘pam elemento bistro de que depende r epUcacZo a0 nena du romantismo revolusionino, do tom roméntlce, rolodrateético que ele escontra nos filmes aovlétieos Te. volueichisize’ © perticler condicho éaquele plico netsa dyoce, 0 bey eatado de cultura. Sb fazende essa evaliaci bletérica e pode compreeader, por exemple, que A Term ae Dovjerko vera umm belo filme que, cantudo, aio tinh foutra finalidade sunto dovolver em mlodzams, 0 6 Fito eatre og eampracses © 04 wkulske, Eie um probleme elerminante que mio dove eacapar a um esveador ons ‘Eessencialmente Grierson, ume da pousns figuras repre ‘entativas da dpocs om que & escola nasee ese artis través 006 varios organiamos de que a pouto © pouso ele se va tormendo director: a8 seecOea cinematograficas do TENE e do General Fost Office, o Film Center 49 National Film Board ino Cansei), 2 Iatermational Film Agsori: tes, Nurs carta eseritn a Hardy antes dese demir dete Sitio organieno proditor, Grierson explica a aa #2 ‘tude perante og intersimbios internacionsis atravie €0 cinema: eDeeid extender raio de ncaa do docurnentiro, pols reparel gue o monso trabalho no pode nem deve de. Dpender de um pnganismo nacional Isolnde, poe muito forte ‘que soja, mas apenas da renlidade Internacional criadn pelos interesses comuns ace honiens de todo 0 munén GGriarson fer mito, sem divide, no sentido de tornar ‘© documento nio #8 vm forga nationale interraricnal tas tambimn ums forga a0 servigo da intermnciorsiano, de wabrir ua Jaret. para um mundo mais vasto © de slargar, est, 9 visio humants, de reatienar que a Uber due b expeessio zi eo nfo se tornarem ge homens ves 's domveracia Rio ters sentlo se of homens (e, entre 6 bomene, os realizssnree) mda pudoeem afestivamente gore dos direitos demecritlns. A esol éocumentarista ingles ‘oem primecire lpi, 0 seu iestre thvoram de sombator 4 esoravidio do cinema, es falsan acusagtey de ideas > Yersivan (exactamante como aconteceis, depois un s¢- funda guerra, cot g tendéacia norestiaty itslise Grierson dove 0 seu nome ¢ a v8 inline, pertcul mente 0a Gri-Bretanhs e nos ance em que asia actuou— e 1650 « 1915—, no tanto a aun obra dp reaizador © td de teérico, como & de agitador @ oducador, Ble fol, como vimot, realizador de um tnico filme; no quis le gr muse preferiu dedicarse & couatituigio de um grape Drodutor ¢ & instrugio dos seus membros, Eta Grantfon ‘Travler figura apenas como operador er Industrial Br tain como eolaborador de Flaberty. Yemos em Griersoo sobretudo ui mestre, um professor para 08 jovens & queza a2 drige e gue. acompanhan deade 1030 exactamente n1é Atma guerre sundial) erbora nem sempre ested Jo ‘ons sigata as aus tecriaa O que ee disso de Toaen 50. Azbite do teatro, pode dizer de Grierwoa, natursimente outro plato, quanto & aus personalidedeeesutados: que Gum grande moraliste, obretudo um apsixoasdo cus Gor e um eampilo da verdade pars quem o cinema ech®- ‘tule e eonstitui um melo para um fim mais alto (elafor- mar significa, antes de fado, nio trair e reaidades; «O realism, sempre obrigado a basear-ae 2a residade, nko ‘eve preocuptrge com ser “belo” mas com eer "ezacto"s iow eis un constentes do wet magistério). No plano ds, teo- ia eisematografica © n0 ideclgico e da ed¥eagio, Grier- son mo diz, ccptude, nade de verdadeirameate n0v2) e « excola documentarsta inglesn jf fechou 0 eeu clelo bk virioe apos, Nem por isto e obra do aeu animador 6 son forme ios, de cousiderar wna betigs, como ele BOJe ve apraz em definils, em divida por pudar mas are bm por esto de bowtie Come aissemos, slém de Grierson, Rotha e Spettiy Wwoode, cutros divulgam os pincipios dos esistematiza: orese: por exemple, Arabelm & regwide largamente peln slemdo Gunther Gro, mas deste e de outros falerenios no capitulo dedicade aos emenores, w dqueles que, mesic ‘fo 0 sendy, desienram eontudo a6 cinema uma activide marginal € epstdie ‘xsepgio’ das nteoges eomercla ce quam en dnges ingeee ao Sree rite le Scan Te pepsinre pore ao surege da mara Srcaatre at faa taculdate crlucns de Gre ethaahtty oe Ratinann, aoe nesters Sate fetes oe {Eeram, wefan be Lnuted got cite Qttermfen em realzaderca Solana ie oe vwrpst, Ancor Glso” Bluse ters, Yous Fesion Hany Wait, Bx En Sasi arer Aantey «Pst Rota aks MO, Sasha eo Getncplue Piaery Svat, Seaan © CONTHIBUTO TFALIANO Gorbi ¢ Dabenedseti Barbary ¢ Chori Anicaci de estima crociana bo einem 8 sent © contnibuta tase pare too david congiderivel, sist hoje entre nds min vast 0 ment de extades eivematogrifiens cas preurers fm de Cando? Te Amite, Reninetth 8A. Lan Goffriio Belay, I2rsonie Glasanneti, Massa Bont peli e Alessndes E> et (fundador e director da resis ta eCineniatograte, Bin Resembeo €e 1997, De Aris ublieou, ea “Lelbistersione Kitna, em Cincmat ogra fever eTeioe ome ABT he Bufeticn de cvemunzrfe, Bre M256 BD, S. A. Laan © Giovannets publiearam, respeetivamente, Llantiteatro € o cinema que € arte, Arte aio a9 obraa, ng oa moles AGenieos com que as Oru 880 produzidas; arte podera soe tum filme, mao o cinema, Mas eto, 0 que ¥eR 9 aero rhema J8 quase 0 diss, esporde Gerbi, £ uma nova te Pict, unt Aovo intrumento de expressi; por outras pala ras: tal como s métrice do kopeto, a pinture a Sito, 6 imento ermido, © citema 4 uma snvenedo que permite finar certas vnpressiea @ abter certon efeitos; ras Do tom. or si #6, virtude que slguna Ike atnbuern, a vie tule de criss 9 belo; Beleza & sempre obra do artists, (© problema, para Gerbi, formulae assim: pode 0 ronih Saties Sat a eter baa cinema dar a seesets de ents, pode ya artista ensentrye travis, dole plese dy at expressdn, pode ear ee erlar urna obra bets? ade uo putts tr sete einen togrifia? A pergars. exize, quanto 8 Ceti, deo © postas, Er sentide Tle, € noversinio dizer que Huts © inematogrstiess ~ isulgbee fuidas emt mevimesto — 1 artitan fompre ak UveraIn; e, sont Fecarrer a exewplar Giscutivers coma 0 quo apessenta Lione! Landy tune sbdio da Princesse de Cleves), basta recordar & exes 36 {vali no core de Hlermengarda; a bots pizina en que Fontenelle deserave pancrimianente a tolsgi0 28 torr $stamente ae definigas de -cinonntogriGcor gue algime Tritiees argutiscimn devam go murda de Ariesto € 26 estilo do Montnign: ow 48! wile de Hordelo em gue através da profecin le Neteu, Molen ¢ Pris, 0 fugirer, véem so longe, pari Hi dos horizontes do Egcy, ns ese has e @ prosinia derrts (ai, pela tiple» processo da «80: breposigios,¢ poeta faz sjunceer. entre es do's amantes que aeabam de tepuesriee, 4 yuoins dae batalla furs a derrocada dar torres Ue ilo) Nerle sentido podoria comtado ubjectarse— acres. ‘eonta Gerbi=- que pergunts fen tals susids do que satisfejea, Mas (omb’m ho sentido male zestrdo— dir fle —entetadvndo por cinenia aqullo qye comummente # ‘entonds, tem de responders gue unt filme pede ser arte. s0b a liiea condigio deo artists rinerategrifico dominar perfeitamente a sun eniex ¢,rortanta, alo ser singles nie umn lilorata de arguniontoe cinematogrations nem tum prissuroso aryoctioge, nem um actor de vo2 abil ner ua eapicie dr unt tofo faatasia; deveres respon. der que une fle pécle ace rote porque Ji vimer filmer ‘que, Felo menos palguns des weus trechos, nos deram emo: 85 prazeres proprios du verdadeirs poesia. H Gerbi, (que a propésito cite © Ladrao de Bagdad © A Quimera do Ouro, poe aguele coudigéo, ado 96 por ser ie geral da festética que © domiaio ds tfenica preceda, necessiia monte, 9 nascimento da obra de arte, maa ainds por ter otado que os fines mais préximos da arte tverata tozos come feslandores e ldeslizadores cineratogriticos 08 rmesmos homens que foram seus excoatores, Sustamente omens come Fairkanks e Chaplin, que puderam revoir ‘em si todos 08 paps, dominendo perfeltamente, dvrante muitos anes, a técnica do filme, «porque bé muito viviam o cineraa e para o cinema, tbe coubeciam os recurecs & 4s limitagées e tlaham, portanto, de sentir, 3ieatizer © Intur Onemetogrificamente, de tet Vises srlstcas com plexas em que entravam come elementos materias 0 ogo es luzea, a expressio dos actorea, a série das imagens, fa forma dos anibientes, 2 valocidade a4 pansagend ¢ mall euiraa paricularidades verdadeinemente smponderiveis, ‘Tudo esteva entregue a ur nico criador. E assis deve Para completar, eembora de modo sumo, este ext flea in mice do einematsigrafon, Antonello Gerbi embunica ao leitor muitas outras bservagses, ero vlrios © intl gentes artigos, nalgumas das gues erftieas © no Prefacio A historis de Mtargadonna. Nessa altura ele ultrapassara, 34.0 tom aiiterdrios que tambim ee encoatra por exerplo fem Inisasion’ ale deise del cinema onde, no entante fle deciera que uma #6 enise 9 rita mala do que @ cinrmia fstlinada e Lterdro: a literatura e 0 estilo einem feos Entretanto, tamibim, na Hilla, uma revista de ter ture, «Sears, etrtamente 3 exemplo da frame's “Cahiers du Mois, dedieou, em 3927, um nimero especial fo cinema. No fatemos das dividan entio sspressng fli ities claboradores entre os qoais Eugenio Metal Inv de certa maneirs Tous o cinamy, mau aereseenta ime tamente: devo excinroser, vntoda, que o canhego ber: Peucor). De quainuer modo, 0 estudo de Gorbi eonsti tui ume base & eitad> frequentemiente nas impresses feobre cinamae reves pels 20, cinema Prime, como: wus mcios€ com a sus toniea, sentiments fe afectos — exereve Gincome Debonedetts a portsnto 6 uma aria & qual se pede aplicnr a estélica erocians, ts ‘ormo notoy, nes yasinas de ell Convegnos, © amige Astor ello Gerd ‘A cestelica tn mers de Gerbl & formutada em Outubro 1826, Em 6 de Junfin de 2031. Giacesne Debonedctt fl fee srecursne 0 cincina> aunts memorivel conferZacie ho «Convegno. miltnés da Ferrier, O sinemn— af Hlecé'a pesultante sya yevorie de mn irvengde poste fe activa ede um Ustemunhe dreaental e passa; @ Fd Talon reeuran € breton ds wii evadara Se uma pect com Dinoda got a viste moecinien @ gem alma ds maquina de fmar, Primeiramerse hi a pastazem dy espiete & mi Aria, da Fantasia 20 meensiemo: mas Tore quo a object 1 pattir dys condichos fontosticns cradas pelo ports, re {ital matersimente alguns metros de initdvel piel, Gise 2 prssngem tures, J1 miplirie ae espirita, Par fdominar of documentos foiogréficos que produzis, © ress lisador tem dois meina: primeiro, o do combing? as vistas ‘iepersas, 08 fregmentos de reportagem, e fazer deles 35 feucecsvan aegies de trans que consitul a Unbe exterior do filme. ate ¢ compericdo: componigho & ondenagho des sequincins de conse para formar um episédio; compos- fo ondenaglo dos epibdias, para descrever e exaurir. om equiltrio e clareaa de auceaséen lgicae ¢ temparas, ‘otragado de uma novela ‘Maa até este ponto, com mais ou meneg fextasis, com malo? of menor Servidio 10 desenvolvimento extrinsecc de uma narrativa— sereacenta Debenedetti— pode dizer see que todas ehegars, mesmo os mais progaicos e menos dotados complladores: varion podem ser os recursos da ‘fabulasio, diversamente genie o8 proceasos inveptados para ligar ou distingviro8 epistdias; pare agsinalar ura Passage de tempo, o realizedor vulgar eontenter-se com uma fuséo, enquarto um Sternberg inventaré 0 in pressionanteesimbélicoealendério de O Anjo Azul. Muito te delicada e malo altidamente artistica & « cutra ope agi, a que Labora directamente sobre a inérela da cena (oe eujelgho & realidage exterior e aubjective em gue © posta deve encontrar apoio para aingir a Posteo poeice) © a aprovelta com finalidade axpreauia, exactamente 2a tus gualidade de iotrsia (oe verdade 6 artista que queira Adoptar em proveite dos seus fine s curisidade inerte da bjectiva, ee for um rticta autéstica € nip um mecknico rodador de manivela, age sempre apés tély felto fixars fm determluado portenor easenciel); ou gue, pelo contr Ho, 6 aplica a desmentir esse intrcie a traaforms zum aro, num sine intislvo e peremptdrio; que, em sume TA Gert, tn al nie aces. a Cannes Insane a eon rise itera do qual a fae partiepar setiv monte, B 8 opera io eort> dag cera @ a Fan ager oboneietti alae opecialnento 3 estas fase a extn Arugio de tn fe. ea rs ue a U5 dade erinlars irs d> ejeetivihde os eqn, pom (6 vinlos aspects de tosty cinonatoeiGicn ge FIV iam exictantente fore w dieor-s impertitel ie a tum tribal a e2ens ioe, Por wan La plemoy roveaton y fam gosto pelt incrsis da cans. tombs noses ms gos valores de peso, plonsiacate teelte ua say fee oeumentiria, Em cywsigho a eate. werce 6 ete de ule paasar a curiashiade sedontania @ nda hein ts 03! tiv, para a absorvir @ fas baqtener to friise tanta de unis fantasin em aero. Deo primetmn gosto suimot a suprems prors—gerwmsenty Dybenent ume sgnifisstiss © ‘que reine eb so efeitos © an qualidades de uni = le de teee lo Hiceaviotarn: Prarie do Jorn die Dreyer. Do wotra sta pevittering imine won mers Inguperivel ae conn swsrn= “inane mm aaulToe As CGuarandaa persesuieiet & mmoriewa o, tendana despoe (don deftes inerentos 4 ums proetucao demasiado eos lallanda, puriseinos redsis & sepeonsas, tnfs erat fe padtiea, do ua Chua oy de um eorrida,Roerala "OR ‘mamta da exattoei Ou Ae wisiem Neste cao (erergulgee & ariericanad,, Debra pretend que no ne tomuaser eth aennfo » combi en be ponsidersaor vevrids q incr sa conn fotorraticn © Povgue cla repmesenta tna arco nit rien de evi ton: pelo contrive, teatgoer dete eft Bibee 2 Fl foranga da otjectva, obtida exactamente porque o artista ‘ napa ne priprio memento em que dela se ubiiza. E an Tegamente, np primero gosto —o gosto pela inércia—~ 0 ppoto relista da fotogratin edo 6 devido ao facto de a6 trotne de sitagdes materalmente resiitas.G grade pro- hema, no cannaho eacolhido por um Dreyer, eonlate em converter a etata realists de fotografia» RUM elemento de fitilo, O rerlieadererisdor encantra na objects coves olka — 08 seus olhos—e, eceter o¢ seus indlscutivels testemuntos, centa de fazer dela umn ineteuntento de expio- ragia que siga 05 nossos dasejs de observagio ¢ desto- borta, qhe Percorra 86 vias da rosea inguietagio, Fars elas teaser og documents gue Lele 0 2tSpeio palpitar {dos nosios desezoe ot 08 sobresaltos ds noNs4 Inquietacio os invpadissem de fixar. Nesta conjuntora, mevendo-ee ‘ulada polo artists, a objactivn entregaose repentinamente ‘umn eapécie de devia voluntiria.-canto mais aurpreen- Gente quam gontrasta com a sua passvidade snaalmada, ee divnon do aibito a eonsacéo de uma maquina qv Ine vente 9 seu Priprio trabalho ou, melhor. que tradiza ae Iimprocsbes estitices © sensorial, esee cataciame fins. fico give pode ger alternagamente agraeivel eenregelador fein da finslidade eoneiliads com» ieia de mecanismo Cs velbos mentrea de esttica dstinguiam na artes b9- radas daa ames do movimento, as areea do eepaso Setes do Lenipo, Para ele, ocizemg pertanceria sobretusa ie ras do movimiento edo tempo, a que em serto sent pode ser verdaseiro. Nag entio— pergunta Debenedelt “como julgatlamos o gosto pela fnércia a eens, axe ineobilios © eapecializa & matéria einematogritien, yro- curando ela um eoplendor intrinsseo e imével? Eo eames acute de doenssentneh feuds valor dsr sk Mt an se dy alle oem «oe napes sisal 0 enti 0 ere & wArRIGio) ume eaaleyRErsiy 3 {goston que sitesin ws campo hy poesta narrativa! tty Perguntaee aa e=tia—eoncido eome mataciy de bolera witreeta w mien! ds writen, emo pavstiin do snide expeeesivn ent a @ por #-= tim o difila de emia G88 9 movianent innate fate ante 8 narration «recurs Debenedtt =o teria fot exprvsen ons terms oh anilenimes wit Paul Bonnet que tak on ae Bgsbert wen Os 777% vote INH porta poRguaar 3 cuts emer ston inh vet ara a E868, sre am depen periods, pen 0 oF Ihemtale lasorisste, wore oa exer melbs Figiem dh Tgueulcins Coulartiave, Or Tr’s Mowgurteiee aio. pel quo tem de prewdoeenen deeiivamiente, que subordina = Fraser x cst 4 inimniey dos factor, Fuze esp Hoeer ae posse eel Caren emer sl ia de tal od jus Henrie dh sate se est @ ele fein, Renpiet tries steed etme fo tnferioridate sg. ita de Satara 40 fader, anseivis oyardt por Phunhoet Ses ee pe ge tera a Vesna ooze, isto & da posstilidade de o autor crer nt sus fabula—adesde to tmediate que se torms tha eapécio de ideatidade—a qual domina glonanmente © Ieitor © © transports, erdule © stigfito, 208 arabescos doa agita dos 2 livres dominios 88 fantanis Quanto so Sinema, Debenadets sodoris ter jevantado Be nova # quastaa com um perfeito paralelismo, O gosto pela Increia da cena apresesta o perigo imineate de se resclver numa estiticn e benevolent idolatria da matéra, como provam tedas as possividades ciaematogritieas gue Gonstinom «0 magnifico e superier malogro de Jeanne Ave de Drover: Uma ebra metioere mas extraordinirie- mento files, jronta a teadunir em visdes simples e fuen- tes todos os encontros patétic » sitaagées exiotives, WA filme coin a Onbana elo Pat Tomds, poder tlvea vencer ease Are, pala mesmo motivo — e 86 por ese, & cata pele qual os Msgueteiroe vencem Salamambée. Viste & fistiaeia no tempo, de resto, a cbra-prime de Dreyer ni se hivita— nim exame ertioo —a uma queatia de gosto ‘de eatilo (de estilo no sentido indieada). B se, como ree ‘ordaDehenadetss citardly Costeau, verdede que ex trsingo de um fiime um fotogreme encontrames neste vumia eomposi estatuiria —um inetantaneo jgolado— tambim é verdade que 0 fetograma nio se contunde com fo enjundeamento e quo este. 1 a0 india exterior — ‘quando esti parado, fix0-— pode ter e tem mvitas vesee Sim movimento interior, Una mantigem interior que x lu, em Jenne q’Are de Dreyer, uma estatiee e benevo- lente idolatrie da materia. (© cinerna tem, pels, para Debenedet!, uma tara rear Uta sparente (a Fotografia), que conetitul a sua forsa, 0 Insere na mais vires questses do gosto contompors: neo: 0 erealisme integrals —direccde que temau'a msir femait movaiors arte marrativn doa ultimos an formo tipica da imiginagso cinematogriien. E que» Imapinagdo existe, com todos os seus earacleres spit cos, podemos dedusi-lo do fasto de, mesmo na sete do p> ‘ado, nos acontocer por vores surpreendermos tonslidadon © invengdes & gue hoje nfo soberiames dar eutro nome 3 io sor 6 de cincmutgrifices, Abram —canvida Debets eth — Lz recherche ee Yabwols, Corto #0 desenvolve & ‘ena jniinl? Na grande gala do velbo palécio flamengo, ‘uma senbora esté sentada, absorta nums ioolada e dove Ieditagio; de sibito vemos, com © 864 corpo wm poco Aisforme, erguer-se da eadeira o dar 40 rosto um agpecto de bondade para esconder a expresso interior. Ouvis -Bses08 a sprotimaromae,vindoo do andar do itn, Bslese Aeserevernos esses pass, fazrnos véos ¢ ouviros, peswe os, arrasiados, golones; através deles, conhecemos ji 0 protavonists, homcm dominada plas prcoeupaesen, pola fntensidage os vids interior; pouea depois, do ardae pas saste figura inteira e einemoteyeaicamente, dso uma verdadeira mudangs de posigio ds miguina de fimar que. com unt brucea € dceidida panorimica vertical de Baixo para cims, eonquists pare se campo toda a estatura 4a personagem, Estamos —cbrcrva Debenedetti—em leno einens ‘avant la lettres, mestao em plena filme gonoro; © @ fie tonoro € eer divida — aoretcentn —o coroamento in tyel, 0 inevitivel ponto de chegada do mais despera gosto cinematogritic. 0 som associads & visio errr onde, sem divids, ds exigtnelas do ereslisme intezrite ‘entendido como gosto artistco e no 36 come reprodusto ‘ecinica do verdadeiro. A misica do filme sonoro deveria ‘ranefigurasio ardsties ds onomatopcia, como .ou Chaplin tm Luses do Cidade quanto, com © -estrépito de ine tombeta, temelbante be InterjeigSen de era «jazz» executsdan pela orquestra de um Dake ington, decenkou o grafico carieatural de ama vor his rani, nas suas inflexéese itonagies (Debenedett refere- 504 primeira uogutacia do filme, & inaugursgdo do mono. ‘iento, ao discurso do hemem e da mulher) ‘© modersiemo, a large visio de Debanedeti neae ve tho enealo slo evidertes, tal como na aun actividade de critica cinematogrifico, infelizmente bem cado nterrom- pda. «Se, apesar dos nossop lamentoa de aprecisdores 4 antiga, © melodrania morreu, 9 molodeams do we, XIX, passional @ generou) — di elo cm covshisso da urns eon: feréncia feta em 1°01 no "Convegno —, compte taleor 0 cinema dar-nos 0 melodrama do noaso sivuls: melo Grama neturalisia e (porque aio?) talver seam peo- telsta ‘A aplleasdo da eotétice erociana ao cinema inicind por Gerbi e Debenedetti continua com Carlo L Rageblan- Uj examinado na introdugio—com Alberto. Cons * Gio Deveneat Raarae di anens cnt de conterto- UiGocvegeen ita Site, 38°de suche ten sus os nai que Dateien eine. diana toa aks ete euteator ce ‘a Conegan me sul so ‘Sveti ge bacdeo Be Fen ata hurr fe ares Sate Gone ‘Sor alas ‘dies euro augevs ahs Seda br eavasr ‘Hosein Lest Gyre 4, ks mucaras's aoe igh Sate oe ‘Simo caren n muerte agaitta ¢lapeoreae ies esi eaauuto 0 peta gut to drums cae re ache uh Str ecsedao por detsuy muses hgh a dete trace Sm Sra tires, ato ce op Supe So ‘So rots co eoqeratinny imperurptvel ge ssc, exacamecte Sings aoe ota a Utes tp ws SPfetdader te he jsisaein ser 0 ata de ereay Bee ‘aogier dramtics dy fins € tev entar-pornts = miscio ‘ito Lamp. wpuertaado au wf ‘ey a a whe: de he eureee ‘chk, art «vive semestamentenpesl de et See roltlahan Gags ha Eovruear tase do Cds ‘en lige" ahan cots an Vous tests eauie Cher: Chor Elreith Sette gee, Sense Pm Natene ‘sas sobre Tl aga Mor de. Carmerate tervius em Barge de SAREE Ne Segtinde w mesntats ath eagle ae a6 elgetatorascn Ina gual se etstare tem 0 eGiaehin Geese fbn ttroreds em Turks) ola's“apactce tw teat Sgt gli € com o Barbaro dos prtcimos traps (Cine vee, pelo contin um Abste gentiisnn. ster eu pois, cotertifiesmseimunimdce conten quater re-se Ge runcors, porate cinema. «Duarte trnts.eh qrents ‘So prinehya se som quer que mapnjasse Uns em Gel Pollctir sabre a. avte, F exnciomnte for sera He fw donate, owas diseinin eis, uaa vex ranceditis raxivam ponte seante', Helaeimmente: 4a. einer “acomtcove {a0 quando nos nose eenculs € seus satéi- tee comegaw a espatharae a frase: «Benedetty Croce Foi so cinema, a coisas vag-e ajustandon. "7 sespecicn fimicor como tendencia [Nessa épova eram froquentes cs ensnios sobre cinema ‘que spareciam nas revistas Iitordriaa e de arte. Em P+ Baton encontram-sa, entre outras roigus, 25 Cronacke del ‘inrmetografo 1929 do gobettisne Gugielme Albert, © ‘unl, abangonaado © atom depreciativas que Prast toma fempre qo falar de ines, s9 refere 4 alguns caer eae 0 sce tls sdinipain Proete, g sohartado excita Alontine (de win Shonen «As we Dror), a Ha Hor Go The Crovel. a Pteeny de Sain w do Van Dole a Bombras Bnineny, stu ye Ess-inyestn aashom Core ‘que fon hams Canon, Doses sims ATBeR w ft Se Plomy Gobett se tor mnerenculo ne qyasta lon Ihe fa elogweda na cineves, tanto que te sa fa) ver Ch fe fleou entasineryadon 846 no Tarot» eacontonasn finas sobre Chop, sobre Gloria seancon,¢ um ari Bafaulo Franchi mire o elisa rome ewels dl pistons hem 3027 «Satin ovien ga ines nt aoe Inti coma depois fare eitran eevietse, nals “Pele Liltalianor 4 eta « Dlemento menial Cine Conregne: = Onime exits, como «Liltak Lettraris» © ridicamente no seu essrtéro, Indleando obras Iterdrias fousceptiveis 22 adaptagio elnematografics. Depois fat témitide na Cines, quando © seu director era Emilio Cece Chi, Al exrevi um angmento que vei a er realizado por Gottredo Alessandrin! ediigi um dccumentirio. Em 1082 publiquei num peques® volume os primelros ensaios teb- Fieos de Pudovkin, Quando Cbisrinkeriou 0 Centro Exp imental de Cinemstogratis, colaborei activamente coma lena fundagie de uma teoria do filme ede uma Aidaeticn fo cinemas." ‘Em 1995 Barbaro tornnte professor no Centro ¢, du- ante algum terapo 9441017), € também administrador, ihe suas teoriag sobre @ arte emt geral¢ sobre 0 filme em particular derivam em parte de Crore ¢ ds Bots? Bim: songrtta © sronegsictors (aes & Nero, Mora, 19561, purbs subretado ie cure Gade du arte (8 246 Gna); por som aftr ele= = ‘eonsiderancio-a prisiex e exteriormente sons Ie Uividila em arter isshdas, ae aterrifien « oruts— repetition — ome walor de tanacts, tat oma quando eo defend tentey toatesl ow apie Pintada. Com efelt>-—atsrevs sphves-— pretener im Insior rigor mstor sf ion posta naa mente % enietinets te ae atten @ portant Dear aude ey rem afeolnte gute rh oma € net § yas 9 sino norrativa po aeaitaese, em cestoe specter, come fntiesgho.peilicn rea nio pode ter volor exohisivo, Admitindo eate exchi- fiviamo acabar-seia por exclulp «que ae podem fazer ‘bons flies no plano puramente iiico (que & 0 caso ee melhores dosumenthrios), filmes tentrais (como no ttgo de A Woman of Paris de Charict mais sinde, de Un carat de bal de Duvivier), filmes erm que provaleceta for valorey formas (A manelra ge Ruttwann oa de von Sternberg), @ assim por dientes, No entanto~ coaslei Burbaro-~é justo. procurar 0 Imatices. As investigagdes ef estudos feta apis os dca quatro terices acima indicados s6 podem levar — eonclui le —ao eestérl bizspiinimer. O exasie daa tds forms Dpropostas por Eisenstein € deisade pars win lierior em ‘rio, depois no eszrito yor Barisro quo. no entante, acer fx da mentagem de pelagos curls, e2 mls inemstogeie ficas, revela gue no basta um rite arrehstagne pura fornar bom um filme: «pelo contrirs, parece que eee fandamento dintmico impede es autores ve aprofundstem fa matiria e ainds por ma provoes no piblice nin um eo. todo de centemplagio lies mas uma série de estinules fisieos, Deste ponto de ist, filme seria julgado inauie taste, anticontemplative, portanto antisrtistiso © ath moral. E, de facto, temes toda uma sire de obree cinemas togrifiess que merecem tio eeveron atribotes: pentose zo final & Griffith ¢ no poderoso estimla que di 90 ri biice, e 98 exzitagia que sobrevém quando, come no filtse Okraina, eoncivsin final nie @ a sabvugin, me & morte do heré!... No entanto, nia & nbechstamente ver dade que o ritmo ripido exclea o> valores plbtices¢ fr athvos, porque no {uve estes talores enercemee afcrAas através do prdpris inovimento..» Na montagem — que compreende todas ax fas de laboragio da mtérig —entrs também a escola an mae ‘terial plastica (0 achado doa elementos vieuais ¢ portanto folograféveis sobre om queis se exerce 0 préprio arma mente, no ae dovenvelvimento e ne mun furiteegdo) © finslmente a planiticagho, Duzer que a plaziieagdo & io: ispensével ou intl (6 «planifiagso de ferros de Pudov- Juin e 4 enovela cinematagrificar de Eisenstein) parece Barbaro, e com rari, pian wbsurda, como € abeurdo levantar © probleme de o romance dever ser escrito de tum jeeto ou segunda um plano ordenada dos aiversoa capt. tulor que © comporio. Exomplifies que s plaait lume imaportineia scbretude préties; e entre on outros tlementos que eccnselbam 0 ou uso ado deve esquecer-se que provim da carsctristise eapecttica de produgio tinemiatogratica: « coleborasion, A propésite, poser Contudo ebjectar gue também of filmes de Eveenatein nas eter, male ou menos, da coleboragio (Aleksandrov, ‘Tisé), No-entanto Barbaro esereve que nfo 6 possivel considerar & planifieegdo como © asto expiritual dx crie- ‘gio de um filme, independentemente da wus producho faterial, porgve 0 filme 5 € Ome depois de realizado © faa precedente deserigio Iiteraris, por mais minuelose, pormenorizad e exaete gue see. nlo pode de modo agus {istitutlo. Nio pede aubetitwlr o filme nem anquer a planificegio deduriae da obre 6 reallads, do memo ‘modo. pela mesma raaio por que nenbuma deacrigao live aria de umm quadro Ou de uma sinforis pode eubetitoir a isles ou a potas. Maa, apesar destas afomangien, Bar bro 6 levado a valorizar a plaificagio em ver det m posprestr, & considerila como elemento tmpertante quero nio ensencial.O mesmo se depreende também des Sous porteriores estudos que se encontrar sobretugo Dam Ja Gitadas antologiae € Eoutros nimeros de «Bingen € Nero» Covrente com of seus principing, Barbaro pare sis uma ver dos conceitor da tatslidade da arte e ds co vismo para contespor a0 actorintérprete do tcatte tite Tatio ¢ a9 actor-cementonda-encenngso do teatro de vi fuards, © aclorcerindor do eirema, +A par do ector nao Brofissionat no filme vujo rico autor seja reallzador & fa par do acter seulrnt na trada de paleo €o filme esjo tor sofa o arguments, poe boje estar, om plens jst cago extcice, — ufirma Barbaro! —0 actor einematon frdfico gue nie interpreta ua obra de arte precxistente fe eserite, come ca seve colegar ds rtalta, nem we ecloca como mers naturesn, mesa oF drvore, diante do realizador fe do operader, mas que, nun acordo ideal com cx outros folatoradores, coavibnl para eviar ven future obra 46 farter, Com isto, Barharo mio descanece os «espantoros esultadon> obtiles peice russes, por um Murzau (e hoie Doderia acrescentarse por um Vievonti e por Umm De Sica) elo contrdrie, a teoria do cinema sem retores € portanto £ montagem da representagio (2 qual seree para corrigit. pora crise oul mosmo para substtuie a propria represen- facto, neste dltims cise pre provesste slusives) consti tuiram—afiema ele rtima {gee importante e indispen- sivel pra se ohegar A wron wilida eattica do Bla: para ‘ctualmente enter ultrapaseads cana fase © eo coneeber 0 Ector einematogrificn ‘como setiva, muitos elemeatas fesencinis derivaram daguelateoria~O einem sem cto "ements Barbas Later cement es, sintispensivel em aso espelaice, serviu para afit- raat © confirmat alguna conceltos nécessirios & pripria pitien os netores prefssinaia e & dos realizadores que ‘of dingenis, Para comodidade e clare, 0 te6ricotaliapo tnalisa a actividade do acto cinematografico sob dots as pectos: Aapecto Eunice, do mister, entendido come dork Bio do Meio exprecaed e do seu préBtio corpo ¢possibilt: Gade de o comandar); © aspeste interior, elaboragio do papel em eonformidade com ax exigénciaa de toda a obra isto cevtamtente no significa um reviversersiaentat da Siuagde a repeesentar, como ainda ha quem ere, mat entender esatistaztr a Tung designada ao papel na wa ‘Gade do futuro filme; nko Se rata, pois, de frato da aensi- Dilidide og do sentimenta, mes ds imaginacio erindors. faéo orienta no dentido de atingie Uma aatural © pore tanto baixa e amtirtisticn veracidade poicaldgios, mas tama expresso poitien ideoldgicas, Destes peincpies ferivam, entre obtras coiste, g eritica so concelty de mi- trofisionomin sustentede per Balazs © uma substancial Siferenca enteeo einer e teatro-especticula & ébvio que, sto assim o problema, ao actor profiasona! «deveros feign que o dominio do ee falco we estenda a0 da micro- fisionoméa, dominio que Asta Nileen efectivamente pos fuin como demonstra justamente 0 exemplo aduido por Fela Balaza>. Tgualmente Gbviea seegem at diferentas ‘tre 1 representagio teatral (entendida como elemento bastante rid @ acesa6rio mio necessitio& obra de arte preotiatents) @0 filme, «impossivel de pensar se 0 est wer realizado em todag ar cus partese © em que 0 actor & ‘lemente coostrutive integrals, erador. Com Balaes con ‘conta Barbaro, polo contririo,aceres 2 umm principio pela primeira ver tears pote nero: gut ov engine fa ado ae prem ccs izor- «0 evvenna who? inant le coneeitan —eerrees beara Ho ey Tero — ewaatamer te Dor rer AP¥e 7 nncs ge eves, sonnel BOF #4 Inouatear @ principe ca rari eufiiente oy 65 We 0 fneluidan. Os mokives dea fmpoaiilitits x0 ayslicw {08 em 1 protien tte prasn eine matografion (lito fe Nero» m Vit 8 Ageata de 2012) que regs jor fim para a4 lofenlae « pura @ didlogo a lingwagent és conceitow: ung sim juan, um periods ipottien 6 il Quer ensirini, Ili 0 silexieme. ‘Bm etinos posteriores, escrito durante os anos da lit guerss, Param stents. ox Sous prinepios, mas sivertendas sertas puigdes', Tals pritelpas, se podem fer refutas fle dm sosteinse epnstne, conservarn Gavia ums singular salute, No entato € sobreeade par ter ile dea prineine. jut «19> sirmaicamente, 0 Drobleosa do filam t unde oy ne qu @ sau contrat Eimmortant, Sein ésvkdn, coms snipe Rerbse adesite tm Films songette © wewygiedron, Ba Sespraporr [inmagaes 0 avalingors sdomasiado jerctnyira, te Teneiag que conta ele prostrate da moguncn ehirie 40 volume, om divertor nutoreh. Fm fiona © Nore. 75 Fubricn If cinoma ol itetecu, par confirma © v= Clatecer 08 sen concrite s wlahorsgio pveal dr tena ag tenia, seiko da colubarrcto calsetieas & 0 Jie viries Wenicns #0 ennietee erindor do iss 2 caricler interpretetivo do testes}, Barbaro racorre ora 6 Karl Vossler (us Romanischo Welt, Leipalg, 1240). ora f Parente (La masice le art, Latersa, Bar), ora a Ugo Spirito (Latta come arte, Sanacal, Florehps, 2012}! ‘Assim, embora movnndow ainda 20 Ambito do idealimo, ‘io pode Bem quer comtentarse pees com 0 erotia: nismox mas adupts ovtras corceates idealistas © novas panigies que 0 fevarEo ao marsismo, «Sob o eetimulo de Gescontertamentnge insatietagtes antigaas, Barbaro pro fara entretanto una direcgio que pelo tends no ata sgndsticy relatvamente ao que 6, em potdacla ou até sem poe.em acto, 0 mais: importante fendmeno artistice de doje: e-cinemss. Eg titulo da segunda edigée do seu pri- Imeiro volume, Soggetto « eeoneggiatura (Roms, Edizioni ‘kl Ateneo, 1047), som a palavea efi» seguida de dois Pontos, afasta « powsbligocy de um grande equivoro: ‘que o filme scja apenis saoggetton ¢ «scenegginturas argumento ¢ planitieagso} Bariro procura por em pritica aa suas éoorias no Gocusinitiria Centers dal'Adratico (998) © Carpaccio G97) eno filme de fegéo Lultina nemica (827) ‘que £€ dosenvolve gom ume montagens por centraponto se serve apis de yi mosimanto do méauina. j set: ‘dade de realuendor nercaentan do plzmificdcr (Le pete trice do Pater, 100; Via dee Cinque Laan do Chior 1041-12; La Dela wa lormentata de Chinen, WA; Corrs frayiea de De Sati, 1047). De Haroagn 6, entre vate ‘argutsento dy Soro ee B,drigida em 195% por Gntfcedn Aleseandriny. Na Poin, onde eateve durante alas anos a seguir A xucrm, stomno tarbimt a eetividade pois Gsm & tenis, No ovela Clnemetngttien de Lode {um rap des thor etna a7 eee gion fate a plan cagio e 4 diverge dvs actorea, «Ee quo antes e depois dessa sittra 14 pubiiowets he Filme # fonofein} teabah Tstantc, © ern cabron diverson ain ta hej a minis tints, goiom do dite, atin 4 ser para Meu par fsoag "unten ov trot pats italiane ga oboe de PA T,ndo su esygeada, antex sme intn aempge bent nga dineon. A Barbaro —fatecita on Retna een 1 Alo Narco de 1854 nip se eve spena, somo slimes # vorvming, difasio te Italia ds Paden we Flswneee de Arata ¢ Pale st Gancie ultrapasen muito fimites de ivan de Barta, enor nmhae terbam poston eo amu. Cini Censeilo ory Roma E82 ie esto ae 1900) Bs snes, eetiesmem ‘atte em gra em Leo, em De Sanclis e saortutn em Gontitny wiativsmente ao ‘pms em particular, fundamentase mais abt Kleenstein 49 que em Padarkin. Civnmatcreo KCremanese eaiore rose "ie aN inate pan, rial ‘Gon este unc ine ts» ln Ff, se Geese ate ent Sotents ote opesie 4 gue combavefayedn te say Roma, 1605), escrito quando ocupar-e estiticamente & ‘filmes, em Ilia, ainda «podia parecer, para ume pestoe Ge bets, umn entretanimento oclo#os, € © a€y primeiro I Gro gue tem, entre outroeroéritea, exactamenteo de atrair ‘pura 0 tipera Giovani Gentle (ef. preficio indicudo). 38 ‘heave peueno volume «89h mites sepectosinteressante> (Gente), slgusses questa edo tratadaa m4 form pole tjea to ‘cara a Calsrii: austentaee a montagem como ‘easincia artistica do filmes, ako poetos os problemas do “rgumento e definigan as Giferezgus existnlae extre e+ inca e pleudotdenice, etre teatro e cinems. Nao nos de- temos neste liv porque le @ desenvolvida e em parte Sncert, com algun enaslos e notas publicades em «Bianco fe Neros, no lives segulnte, Cinque capitol aul fil (Ea ont Heallene, Roms, 184%), que relive ainda as bigdea Gadss por Chiari no Centro Sperimentale di Cinemato- frafie. Trata-se de eartiges ditedor por causas contingea- eve poléticae, 08 quale, etermo na gue inevitave desi ‘gualdade de estilo e no seu tom por vezen jornaliticon, DressupSetn cume concepsio rigorosamente etétiea do el ‘Seguindo o exemplo de euma eoabeside doutrine esté- ican, Chiasni invia 08 Chigue capitol oul film deox: lands oe preeoneeiton e 06 equivocos que einda ge man- tum erm toto do inema eam facto artitico: 6 primeira Capitulo inulange exactamente Equivoct @ preghudisi ful cinema, E 0 autor no a6 comea o liv mas cont ‘husco lersinao epentando mumerosoe erro. Jk no pre= ficio, besetadoae na autoridade de Leopardi (Zibatdone), fala de um primeiro e fundemenis) equoev: 9 flme en- fendi echo divertimente. «O elnemt —eacreve—esth Aemasindo sobrecareozado de problemas prstices, comer ciaia, industriai, téeuicos € ee organizagéo, © 0 verdn- eine problems, o sristeo, nosba por ser suforado e mex hoaprezade, No etatto, € nease qe eath tambim salt ‘Go dea oulees, ea chamiada utopia dos puristas € a Uniea forma eanetsta posevo! sefundo 2 qual deve ser exami ratio o einemse, No dltimo eyptsla, Chiarint demonstra ustaments que separa aitdamente o arte Ga ipdistrin ignites defendor a6 rasdes. ge wma e 08 direitos Jo fcutra, O autor chega © essa separagio contrapenio a0 Dindmio arteindistria, wtremenda eonfesdo mo de yn= Tayros thas de ideas, um ennciado diferente: «D flime una are, cinema & uma industrias Para egclarecer f seu conceito, Chistinidistingue no cinoma tris aepee> tos fundarentais: yim absolutamente thenico (nfo ti hico-artistco), referente aca mies, [so &, ans esti, fo seu apetrechamento ¢ 803 especalistas, conjunto de {gue o ertsta precisn, dada a complexidade de tenes cine» atogrifics, para exesstar 2 ays obra. «A formagto © © funcionamenty deates esis, t como 0 seu aprevelta: ‘mento, slo fattos eobwctudo industriniso, por i585, 8 uma ‘boa orgenisagio industrial pode fornecer, neste sentito, tum nie adequados. O segunda aspacto € o prépriamente lrtiticoe refereee& orisgio do filme como obra de art, ‘io come profuto Industrial, As leis gue regem essa fase AAM criadora no podem ner seu Inia atatisase deaconhece? fnto Teva a baixar o nivel atirtics, ce a consequent repereusaio industrial. O tereeire axpesto & ainda comer. cial e industrial e referese ao sproveitamento da obra, considera entdo como um bem econémice,¢ & indstria Go espectaculo « que casts chemaurse exploragio. Noe ois extremoa encontramoa, portante, estabelecimentoe de Inboragée ¢ atlan clnerstogritiens, tal como exlstem ti pografias @ livabiag: cif artistas © comerciantes ro cl ‘Bcntcotoo hf autored elivreiros'aa tndstnn do Livro © tefceito aspecto, exictamente por ser industrial eto mercial (exploragio da Obra de arte) nio deve interferie ta eriagio, pois esta tam leis bem diferentes das indus ‘isis. Enguanto a arte € individualidade, persooaidade, Giferenslagdo, & indistria € uniformidade, miyslameato, redupio « pos. «A rasto alistica tende @ diferencigr um. ‘Adme de cutro, enquanto a industria) tende, em sentido ‘posto, @ uniformiziloss. Ett exaciamente a! — subli- sha Chisrini—o micleo do problema, o mal do cinema: f confusio doa trés aspectog leva a razio industria) a eatiicarse com a eriegio ertstica que, aasim, € dee- ‘rulda ou inferiorisade; «8 Mbendade € tirade ao ertista pelo industrial que intervém no processo da, crlepio © Denes que o filme, mesmo no eeu contedde, pode wer con feccionado camo um auteméye, ov como um par de bots (Giver automével talver ainda aefe maulte)>, Em reaposta A objecgio de que aio & permitida essa Uberdade porgue ‘io noceenirion grandes capitals e o artate nio leve em linha de conta # reso econStnica, Charis! preniea t for- so do produtar, que milo deve entenderts como capita, lista mas como 0 bomen «que estabelece 8 meics e-<: montante dos capitals necessirios 0 artista pare ent sun abres, Elim, 0 verdateiro produtor & aquele aie ‘bo ctor financero, eo4dyuva o nrista a $02 reainncto, E, como ao diner «0 artistas Cbiarns nfo se eeere s orbs dividuals fisiea mas 80 conjanto que Val do t= ‘entsta ao reslizador, 20 opsrador, 208 actors, ¢ como © dssease que quem produ: Um filme er ae ear tari: fart — que 8 obra de arte 4 o contribute da an ( dick fisauceira—mae um amish eapar de entender 0 ‘espirito eo valer da-obra que se prcteade reslirar O pro ‘ator assim entoodido correspon, em certo Santido, 40 editor de uni lvzo. Portanto, tant Chiarini defende © shamado coles- tuvismo, embors auvirta de ue, nos melhores eases, © renlisador € 9 depositirio da unidade do filme Cerestisie (9fo camo nidade eriadorar): oe maberadores valem na ‘medida em gue re fundem com vie mum ubica tersonsl- Bade artistien: cle vzereese Os todos e fl= partleiar 4a exiagdo na modids em que os insero aa visio anvele filme que esté a ser eriados. Por outras palwras, oF wie ros contributes estangques anlan-ae por obra do rat ‘2240, pois exte cris, com a sun téenien complex Mil la, vin filme que ni 6 nem representagia, nem foterrs fia, nem misiea, em cendrioe, ree apenas filme. Enfim, ‘8 obm cinamatngrifica excl, comp toda a obra de art, ‘qualquer dualiemo r cnsinuer eultiniekéads, vive a un Sade da sua forma stenluta. Filme como forme absoluta> Sstiemara J Chicrins, concordanda cam 0 preffeio de Gentile, Caos um stm, fara © tor, os equivacos que se ‘asclam BA sopaenrio entre centeudo e forma —o pro- lesa des arimenton considers nc como econteases bis " Qualer een seins Uatnm et, tds, Lon Boum lose © pressuposte nevessiade de um entreche compl feodo — pongunato «a Belers, mesmo de uma obra cinema togritica, até na Bumsnidade das sltuagies, 2A vive ‘dade da caructeres, anima, no Teodo 68 couthr>. B visto fave o filme nlo nasce de intuigdesdeatacadas e sucessi¢as de Ceses de eluboragio independentes, tio se pode att Tie uma inportineia excesiva a planfiengio, como se Fosse utna form artista emt ai mesma. Chiari extend Tptaaificag como ure eesbogo>, © portanto ago se pode Julger por la ute filme, tal como pelo esbogo ndo ae pose julgar 0 qundro de um pintor. A planitieaggo nio é uma ‘evs & pir em cons, Portanto, 4 eontréeis d9 que scar hve no teatto, Bo cinema tam de exslut-ae wm autor do Argumento © d8 planificagdo que no seja o reslizador. Partindd desta diferenca esubstanciale entre cinems © teatro, também Chierini, come Barbero, formula teoria fo uelor cineratogritieo entendido no como intérprete Ins comp artista: vimee que @ actor testre! se eneontra rperante ia obra da arte completamente determinads (3 peca), enguasto @ planifieagao (quando tiste) mio 6 0 Time, sho & 9 obra ginematogrifien, Fundamenialmente, & si imecma diferenga que existe entre encenador teatral € Fealizador cinemstogriics, wm inlezprete e o outro eria- vor, Dai doriva a diversidade das duns téenicas, a iber ‘ade do que gor8 0 actor cinematogréfico relativamente fo teatra: 9 priinero vive «no plano, m8 imagen mais 1 que da palevras, @ portato encontes na mfniea — ene tendida como expteest0 dos eatados de eapieito e de sent rmentos—o sun linguage's; © primelro Plano tora-s, fosim, a eessénciaHisea dp files ‘Chlarins diverge, porém, de Barbaro oa relaglo arte- tentimente, 4 propisito dp setor. ff Idealist, eatiraea que nso pode hve ort existe pensament, sre ova a otra de arte ean fe pensamentn © ir = poe co date wenti= fexprimirse arith, e completamenta, Este su ‘nip 6 entendiin na aespce paeoldpiea, mas no se signi fiends teon'tico, porvnto sesunto Maguela base funds men tal gue se exconten no nici dy pris vid er sh fividade pues, som 2 jal nfo pode existe ore ® 2 objeetivitle, Un srntinato gceim extendido toraase Dae da fantasia eriadora? © netor, emo tdos co atist. bio tem ottea eiminho pars expeitsr osc mundo. 9 50 subjectividads, To siifieg qu “deve ser, antes ot sobretudo, um hemem de efzeaho, carr de cbsirer, fraliser, esolher e repeesentir consciontemente>, Nive eve contuttr 9 Senta ¢ntensido teoeticwnents eran (08 tentimentor empirinos, tl eomia ego deve destoroe a Icdiagao (stn & 1 pensameato) do nk: <4 cretigngio eat na trata, portant ma rele Denaamente na bi sentintensn, pine pee aetinetw Jed paar Po sata poisema, Chiarink quer dizer segue o actor deve myeir., anu ne 9 portanta a alesria Se exprimie travis dota a min mais wedi e profords Subpectisie «bao 2 que 0 getie dove seatie a porate em e raio co Sentireaton ers ge oF etn ents neste seat jue av furhimenta % erineto Frat fleas. Assim caren, Segunds Chicrith, aw toot 4) 2 imastismo paicoldeice dos de Larles @ des Stass!rkt ‘que, detenlendo es sentiments entendidos pie mente, e40, por Is's ream, nu pmo demir sh solegica: 03 rte de nop Varta. esse trian Aer te 16 das emotés da alma; é vin talents de inspiragio... que exige ume sontibildnde roquintuda.., Quando 9 coragio fala, © pete, a eabesa ¢ tndas a9 floras do ergeniamo Tbe flenty subordinadas e fornecere exactameste Os reioa ne ‘issivios A sua enprassto. Mae quuundo aperay 2 exbsga (quer suustitur o coracio, comprimen © suloca-ne (ean, Mauiuit de Larive, Reéfleaions ur Uare thidtral 2 sinda deerutnds, embore 32 «rim plano astéteny, tec ra de Diderot, excessvaients racionalista e tecclcista, que mito frequentemente se transforma sma meckuies privada de sopro eriadore: «prego gue este omer (2 Bclor) sea ura espectador Frio e tranquil, Coneequeste- rmante petoshe penstragho, @ hada de sensibilidade> (De- nig Dideret, Poradoze sur le comédien) *, Viver a perso= ‘nagein aur sentido naquralista (com 06 consequentes equi- voces sobre a natureza, adbre a espontaneldade, sobre o ‘a partir do verdadeizos), no primeire caso; representar, fem virtude do entendimeato © do mister, paixteae senti- rentca que 0 astor nfo sente, no segundo e880. Os dois fundamentos opoatos —essreve Chiarini —peonn amboa por abeoluta abstraegio, tal como por absteangio pece ‘a viejo cruamonte lntaestuslsta» de Barbaro, porquant como vimos « conforme Clarini observa sume note 2s eBignot o Nenon — ele tere 4 eeosbildnde e 0 ent mento ¢ até a paiclogia. e pretende entrezar-ee a ums cexpreseio ideoldgiea totalmente cerebral, £, pais, também, fama qusighy rosonaticta qu eins tenha mime osee Qe wohdase-— so rowae ron Que a BPte 6 IED aap SSaminin ds wnt'el= — teva ta atotuttne deter bin (tics Sivit, aot Sigente, ai som squaleealar co icative que i ewstomente Umma dan bees do. cpr An probit dp aetoy enemsteeritiog hgae 0 do 3 nesta fleas o ai loge sdeve foevie para fazer ver Tm Thor rope aio» © portantn a vor & mais um mist expresso fusiamentil Por list mesmo, 0 sonvro im lms eonssinie astien para © een emprege. «Do poate de vista recfour Chngini — oder engootrars sae diac vn Ptovln@ Bala Bats, Tal atirmato fio @ Gewtey rene e%08, e7e TART existe uma completa her . Soh, sures, Phe Film Sewe ssn, Chinwin tessa 08 simple letonde 9 nasnerealsme, ge 9 eitenoniame tan ae isons eruneindes tem e sor © Wr efits quando empresada npr urmratate i50 © ait toate coma esrgIb= © anion (ots 9 arte © justomente agli, de yee fuer onvir = os soe que poems ter partienter ote tia. Natnrwinste m roneeite de aasincreaienta & th0 + Hide para cs volts comn para ¢ amdsien «ary dl logos, O isle —sublin Chitvinl = eexprieneh ow a mniquina de finer, toro #4 mio pe stints 24 fentido de ests dover ehsene aa sontimento prafn'e (que a ftuicons representa ym arpscte. 86 onto. Por «ssn ent rue ane, ey Fo ecm! NaneBen tere eat ee emer ei mS Ge usbacia poética,o filme excoatrark o ritmo que constitu: 42 us enscla intima. Os trls elementos eonoros alo por: testo entendios emo iatepragho (integratio nfo apet fen eer inl eo ree fede uma fando das wuas edimensbea artisticans, Nu ‘Pequeno valine editade porteriormente, La regia (Pelar ne, Roms, 10/6), Chisrin eacreve: eA dinkimice interna do enquadraments e & dinfimica doa enquadramentos Jum ‘ute a dinimlea do elemento scnoro (palarres, sons, mi ‘sca). Hane elemento, tal como ob enguadramentos iso doe, nio tem qualquer velor em a mesmo mas contribul pre crir a imagem cinematogrética,fundindo-e com & ‘indimica visual. Cada ruldo, ceda freso musical, cada frase do dislogo adguire um valor em relagéo & imagem ‘com a gual 6 funda e, quando tal alo acontece, podere too ter tentro ov Gpera fotografadoe faa nunes ume imagem cinematogrifica... Torna-e evidente que « ims: gem cinematogréfica 6 @ resutante ou, melhor, 8, fusko eigen componentes,¢ Guus fuso 6 exactamente a moota- em que com rasio fol troriada como a easéncia artistica do filme, Na realidade 8 montagem implica esce unidade ‘de elementos Visuals ¢ sonoros na sua dioica e exprimey fo que Calariei diz ger «a imagem motowisual-auaitive do filme, O carioter idea! do fiime atingese através 34 mon tagem, que & 0 verdadeiro meio expressivo pelo qual se ‘ranatigura a realidade. Ume visio, ume intugio ciceme- togrifies, nfo oe pode tela sexo numa montagem, iso é ‘runtcendendo todos os outros elementos (enquadraments, fom, ete), naguela esplcie de montagem que & a unidede fe imagem cinemstogrifics. Desee modo x montager, Visto nio ser nem mecinica nem extual, mostra s Pes Dilidede de ve fundirem, no einem, téeniess iverss® Baseandoste uma ver msis no que ele chama eenine cias fundamentais de qusiguer etttica modems», Chis Fini ideotiicn finalmente, no filme, « morslidade com & beleza: a listo dizer que qualquer filme que, pels at levasio. se pose: considerur obra de arte & por ism rhesio, moral, ito &, reflecte um problema humano siz cero e profuadamente sentio., Este moralidade—scres centa ele—sio naste porter sido preposts como um debe ado fim extrnsteo eeiddetieo, mas por se fuadir numa vi blo peitica. E Chiari, como Umberto Bartaro, restirm fo conceito de teee entendi por sti; eet virtue dla, e realinador ¢levado a conterit, f= todas as ouas imagens um sentido precise ea excloir tide quanto de ectranho € eupérduo enfraguegs a fores {80 aesunto, Mais vinds, ¢exactamente por esta profude foral que ele vern & puriticaree © a adguitir umn siz feado presisos, Naturalmente — especitia Cbisrni, fun ‘amnentande-se em De Sanctie—cas idias ees painsee mo raise politica, para peesuirem lcpitimidede n> campo de arte, tim de torsat-se motivos lirios e ultrapassat o In tencional, o prozramsticos. A tes, no su enunciads pri vio, tem para o fle, obra ds eolnboragso, «a Giles fina Tidade de coloear no mesmo plano o diferentes eolsbo. adores, de mazeira a permitie uma unidade de Insp rasio> ‘Diferentemente gor ¢ com rigor ue el ido, contude, como meentazem do pedagos cures) filme filmico, 6 assim o quisormes chamar isto é un ono valor me ante ds Barbaro, Chiarint dfende com vi a einomatogrsfico (aio eaten cisematdgrafo que se sirva don eeu meics expressivea ¢ pio oeja pintura, Uterature ou qualquer outra coisa», Nido fe limita 4 dizer que 6 admiavele justo proeurar 0 espe tifico filleo, dando a eate ur valor de Uendéncla (Bar- ‘baro). No preficlo » Cingue capitol au film, como em ar ‘gos ioladoe, Chiarisi insite no (ou, se peeterimos, “prewuroress), selstematizadoros>, sdivujastores-¢ Aledieado um capitulo an contribute Italiana. Mn a eye fulagio neste campo no eo eazota com 08 feds fsgul analietdos, Exiete, a par dears, tos ma Herat Cinematogrifies nem semper smencrs basta pene a onteibuto ofercido fr Golewn comm 0 enn wi arte do operadae), tim dos tone do n30 FaMa0# m9 testo on na notaa dos presenter etme 3 emos na concisio outer so sgileent fer seeordadns, por molivoa qc pure a feaco irene expo: motivos de te fe outean positives. Beez Rlervtury for ocumenton de qualjner moss nrostiriee 4 gundro 0. mals Comiplcto poscvsl fscaKisr ator ‘onctos “Algumas velhas obras posvuctt tig hoje. yon vole totalmente Nistiricn, de testemusho, Kstio nests © Pumon, Deve Mire Maal tCesentogs 2919). pl ado depois tambsm na Alemanbs', ¢ Le cinéma (La Rev ‘pnssonce a Civre, Paris, 1919). No primelco, a significa tivo realendor diaamarqoés Urban Gad fala do fiime, dos Sous meioa ¢ dn aua5 faculdades, de rianeira mais dive godnrs do ve esteice, Heart Dismant-Berger, autor so Segundo livto, trata aemnsiadg genéricamente do ansie frente, do oma planitie”clo que hoje chemariamos «te ferron, dos cendrios @ sobrelida de am art du geste tre tagio). Neo sequer Ihe feta um egpitfo sobre a montae ‘gem: vaturalmente, admitige 0 argumeato como base do todo o trabalno cinemategraticos, a moniagem & enten is como reuhido de padng0s Segundo tum plano rigorosa Tnente preestttelecido, Diamant Berger fala tambim da tim remontage que seria necesario pare os filmes estran= fgeiron, porgannto «ura pelicula revela a mentalidade do pois de origem, diferente du noasas: como se v8, este poineipio do Tenontage € contrério @ qualquer estuto es ico serio de pode encondraree novtros lio nB0 Me centes de autores come a, Vosnesencki, L'Wstrange Faw ett e Brie Elliot, Vosnesenski enalisn x naturezs do cis Speen desde 206, num interesante volume de tuto si hificativo: Iekusstyo ekrana (A arte da Tela, Tdatelstva ‘Sorathops, Kier); sobre o mesmo asunto sparecem, Tings na Ruawia, We pitine skusotea (lag Caminhoe 3 Tarte, Lzdanie Prolethata, Moseovo, 1925), de autores vie Flos. ¢ Ja eltado Iskussivo kino (A Arte do Cinema) de Kulechow, Estrange Foweett publica Films, Facts ond Fo- recasis. (Bles, Londres, 1027) e Die Welt deg Pima (aroalthes, Leip, 6 4); Ese EMiot tenta, pelo coa- wisi, uma Anvtomr of Motion Pictere art (Certo Biont Chats 2, fo JPL ein Pore aie ror artes al eltemuen grafe (om. 11), te Sebnatinnn Avira Tass, e Drimelres srtices soir einem reenter, eat, IMB, Ligandove ionlnsonte 9 Cando, Taeiaat peoeur ‘congue uma etties do Glew partind da aimed de fase © oinema ¢ a4 sor Form de arte diameter posta. superior, sob varios sopsetot, & dd t2atro. O file nig im tls moet de repredussa, mas de ex pressio statics: tron-tigura de es1 moro @ reads bor meio da lor aetfcia, de primeira Plane, ate. ae ie vena extrenio determieady p Inteneional, ERprEee Fo dependente wo Homma © mo apenas dx maquina A uséneia dar patioras —enilnlia Tusianl em L/entiter: ta. I cincmatareatn «mie arte Ca Voee, Roma. 1028) onsite sar vs vaotor sti essenels do cinema: {i fF eco sits pe = desea, no filme, a beleza dos fovimentoe eo ro-iy Anita, Outre pretensa defied Cao fire & 9 fates > or, mea wa verdad a seta 49 Dito 2 beams in & Inferior & pSrtaen @,rEesMO Hes fcnseguisie obter a folografia eobrida, a gor anblarin Teles expressly do riqeo-cteuro com @ qtal & posstsel obter. ne fie, sametvvstins efores de permertivn 6 do elevo, Sin exelent eatar pretensan Ello gue farm do eitema umn srtez 6 antiesiro. Outra partivulss 6 filme a murenr¥n cromirion de aeontecimart onerariamoente sn tester, einemn gra de Hits bberdade de azar ¢ do sevio, deve emtudo submeter-se no fima “anlage”, sie ums “cantinaidae” de tempo») Taciani € tami dos princione 9 pdr ome evidenein 9 tme lntarior © a fazer notar que o eigeme no a0 eorve ‘auto de uma suesssio rapide da ceuss— rapider poten stat em Shakespeare —como de uta aucestao de porme ores do mesmo quadro smpliadon de modo a dingirem © intereasy do eapectador. Hesse sentido, 0 rime plane 4 por ele consderado como a principal caructeristica da ‘téonice einematogeitiea («pode mesmo distrae que esta rasceu cot « Invengio do primeiro planes). ‘Como an vk, Lurlanl nlo 6 aztesipa a teoria dos alec ‘ores diferenciadoress © dos maioy formedores de Ar- heim, mab algurag das uns rotulgbes — como evidencia Barbero "~ precede certo prinepies 2e Baars (05 qua dros que ni ae podem conjugar, 0 realizader que guis © ‘thar do tapectader, o primeiro plano entendido como shteragio radial da distancia entre objecto eo pice? fe de Pudovkln (com efeito Lucian detende & necessidade fe recrar plistlcameote o tegumento), Enguanto Lalani, fer Il cinema ele arti (Tes, Siena, 1042), ge mantem naa frimeiras posgGes de L’ontitentro, Tt owmematografo come to (cnindo, entre outrae coins, ne equivoco segundo 0 quit x eriniea deve ger chamada a reasiver ca problercss Furdamentsis, tezicoe @ estéCeos, de representaso cina- ratogréficas), outro italiano ee aprexima da Canado, em certo sestida, #0 ultrapassa no plano do valor civatitica, {que no eatante continua muito discutve!, Welfange Roe. sani, em fl cinema # Te sue jorme expressive (Quader ‘S eTermini, Flume, 11, 1941, partindo de wm posi- ‘0 antiororiana, ingae-se na sorrente por ses dizer leesizguiana doa estudon cinomatogriticas:efectivamente, Sere Barbre, Fate A fl, Pamelor, Rome 168 firme posibildads de ums hierarquia srtisten onde © einome pode encontrar lugar cero meio de expre='io ‘eminentemonta firurstivo soriginsrio». «No at ein fcado figurative emotivos —escreve ele—o filme tom ‘cums exigtzcia que em cart entidn & poneivel delinir como criginiris, aio porque 0 homer #e sata intericr- ‘mente impelido por eit, mas porque ela vem ap encontro de um interesse que nasce com ele... Facmente pode che ‘ger-ee m umn resultado que, obtide com meios ténieas stinja profundar e gentidas necessidsdes originariss 0 homem> Tambim Vittorio Callina protira Uma ease agi da artis, ebegando porém a um zrinlpio oposta 20 Ae Rossant: re 72 cinema ¢ Te arti (Pritell Lega estore Faensa, 1036), através de um muito diewtive matodo de confronto entre varias artes 2 o cinems, nega que este Ultimo seja ure, pois que nip naseea com o homer. 0 ppequeno livre de Colliaa tem spenas um welor ge seurio sidades, mais gu menaa como tantos outree: de If film to snoro ee A. G Bragaglia (EAicbes «Carbaccios, Mlle 1028), que recthe alacussdes e polémlcas surzidas com © ‘dvento do fornfiime', « Introdusione of cinema (Centee Cattoico Cinematografico, Roma, 1041), de GM, Sevtens 6 de Le cinéma dans In s6ne tins arts de Uso 'Tolome (Parenti, Florengs, 1042) e9 ois Jerossouvenine Ae ‘Alexandre Arsour, Ginema (Cris, Paris, 1929) € Du met fw parlont (La Nouvelle Biition, Paris, 2048) Eniretanto Deliue ora seguida por outro francés, Jean Bpstein, gue—ere Bonjour, esnéma (Editions deta Sine Paris, 1921) escrito e paginado & maneine futursta © de ‘vanguarda que Ine era tio cara—atirma que 0 einem, fasenclalmeste egobrenaturals, ako 6 msveptive sen de sfotogeninn: palsvra eda moda tas de que pouguiseions Pteous conhecem o significade. © ease aignificado exaec™ tamente que Epstein pretende eaclarecer, mas fo mais com raciocinios fragmentirion com «divertiagementss ‘Hlosificos do que com um verdageiro metodo de antlise, Recorre mesmo a umn Aone da toutes les photog énics ni que, entre demigestes ¢ doms-phrases, adgulre o mak imo vslor 0 monologue dune seul viage, 12 gros pla, {sto €, 0 primero plano. Chave do cinema —afirme fps. tein —o primero plano exprize a fotogenia em mevimen 10; Indive de emogies intensaa, imperative de verbo com reenders, ele trazaforme o homem eujo eluer Bs pode fastar-se, nfo pode ver seaio a tela: o primero plano climate 0 enpago € dlrige # atengine, riand Um parti cules régime de cohscitaci. Por outras pelavras, como iré Bela Balazs, eo reuliasdor guls o olbar do epecte ors Bonjour, cinéma contém ainas ge temas de dole livrog posterioras de Epe‘cin: 0 vinema, entendido como ‘méquise que regista o\pensamento, abre camiaho pare intelligence dune machine (Lea EAitions Jacques Melot, Peri, 1048); 0 Bébito de um estada intelectual, novo ¢ ‘ogréabie, como 0, propercionedo pelo filme (am histo {Que Ue torna ume necesldade de cereanatureza) € 0 poste de partide pars Ze cinéma du dinble (Les ditions Joc 4que8 Melot, Paris, 1047), Destes dois volumes, mais ce Fessuate 6 0 primero, em que o autor dt forma oratica fs suas procedentes teoriaa, envnsiadas também em Le on nématograghe wv de UBtna (Eerivaing Corymbe, Paria) Enguadrando 0 livro no sistema #citeoeslists Sa teoria a relosividade, Epstein procura fixar ma filosotin 0 cinsing definindo-o como «um dispositive experimental ‘Que constr © portante pene, uma imagem do universe Feconduaindo o homem & poesia pltagsrien e platenica, a reslidade nfo € mais do que @ harmonia das Leas ¢ deo Nimerots, O cinema representa a8 coisa snd como sin Por nés porcebidas, mas apenas como ele an ve. suzy ‘Uma eatrutura propria gue Ine enafere personaldades. & ralidado— éiz Epstein —é uma fegio; © einem, ‘ves da acelaragdo Go tempo, inventa os fendmenos, tora apirto e matéris, aqucle esprito © agusla mater que consideradas em i mesmos ¢ nio em Telutio ao temp no exter. O elnema pease, ass, de modo autonomo: sé oma espicle de eGrebro meciico, roebe exeitagéey vi ‘une e auditivas que & geu modo coerdena no espago & no tempo, elaborando-se¢ combivando-255,f fel deduzir ns ‘outras conclusies # gue chega Epstein, sem divida inte Teatanten e que por vesea mostrar um certo eafarga espe fulative; mas Listeigonce eae machine no Gk qu ‘Quer eootributo & teoris filmes © nem saquer ee pode 4: er Que prope une aceitivel fileofia do einem, «Epstoin observa Glauco Vistsi—nio argumenta com bas? na Tealldade do cinema, mea fundamentando-s> em certas caracleriticas do eineroa. Confunde 2 porte caro tot: lubla deierminadce agpectoe do cinema, mais-particuler- rate do filme de vanguard e do flme eientifiv, mencn- prerando todos os outs sapectot. Nés, plo contrkrio, pessamoe que Une flogofia do cinems tem de enzlobar fede ou eepectoe ¢ atiafaner a todas ay inrinelus que a ase propbsito ge possam formuler> Le cinéma du diadle também é vin enaaio fosition. Enquadrads na mesma iodo ertica do precedente, esfirms, repete & por verte profunids algvsian das quar idles. Examinando, entre utras cola, eapectos mitolépices, hisvricon « sociai, fiom, uio sem murerorss coutradigSee, a naturezs di Yéllea do cineme, porquanto este, eend essencielmente fotogeniay em moviments, a aproximaria doe elementoe lastiveis «que represeatam 0 mito demenisco», para #¢ faster doe elementos efizoa do Universos que pertencem fo mito divine, Nesta eoneluaio véem- jh os limitea do livre. & mia vido o enesio que Epstein publics, ainda fem 1947, em «La Technique Cinémstograpbigues (25 de Desembro); 0 relizadar francés, entrando mo campo PP premente teres, actualiaa of seus Frinlpios sobre oF ‘eios exprorivon do elseme «puro» ao qual reconhece um carleter de «homanidades pretende der uran eestrutora ‘vito ara e muito austere, de mado a Poder ner peree= ido por todos aqueles a quem se dirige. Tratavte de emt ‘reducio dow meios vsuaie ¢ goneroe ao seu malar denomi- faidor comums, Nio &, portanto, um «regresso uo mudon, ‘mas eusis limitacio wo visual e ao eouore ex que, 20 €2- tanto, 0 Inguagem erticulada deve por veves desetpe- Tatgon Sl me Tria Poy sien parma, por otoenn pa etende todo © pis asematograrce Sue Seesands tae Son neaete ‘Felon og apocton gun a tele stone Ps teases oe sant’ ano als ttogsley nado fest par obese ceases, inte etn ae ‘nat ea SG NN es 800» Nery, Ros a OG a 8 har o sou papel: © popel de une rate que de rate y sero roldo tats comevente Ht natura, FHS con fem a grande vewtaters dy rovirlasie wo * pro, liminandes @ penroanento, abeizat a expeiti-se 2p @ Puidos, excontraven do novo xe 0 problema puro, enviquecido e faeilitado pelo elemento ei Sobretado, plena © imperiosacte justitieady pels sldade socal. Epstein smite no go ditven Biro, Herd? ay off (Sobeber, Paris, 1897), toms 9 citcnpn Fala Mo trna flmissio te a0 enqces ex velo eres exemple 6 filme ve vonzuenls Contemtidy coma porta a theatcas eerpre novar. embora nocceSie = acteacen taint de wna fatigues cae spowes. glee missin G nn comlctoe mada mink rEre-e ap 8 fORD Gai moron tranctinentes) © 4 sfotoening, 0 rents Epotein manténere, a in ore, EFM | fedias ag artes ests je em ate para eam eet lends y fiterstura stent, fi nfo new eneontranin — fiz ele prante ein arte. senor, mise yerant> ons grande art que sui @ ines nin ba SiR, one nix Cat isso pester 2s Sem divide # sao ow Snvasons wnlmadas & 2 8 sie tinierazem movirntie, «ane mai fellmeata rts Redline uD anivenst ensio. n't homens, Contide antriaities & gin tee de ei fextetnamrte abrtraety qin. tg gampies at tor acessra( aperaa 4 uma egc4865 minoria de espectaiotas, © fim, pelo contedrie,oferece os sais mais coneretos fe mais reaio gue te potem dar das coisas siais directs Iente wiietvois através de memméeia, Gt laginas, de Intcligencins ‘A seguir & Guerra, Gilbert Coben Séuteaereve a Intro stoction penénale «cme Benet ser tee prinsyes sue phi Tosopne du ciéna (Presses Usiversitates de France, Pas ris, 1016; nova edie, 1050). Neasa introdugio que com. prosnda, entre Guires cols, win peeficio de Heart La fle, profestor da Sorbona), © autor analiaa lugar que © cinema ccupa na eivilzagio esntemporines e os temas Fundamentals de ime anova cfacise, # flmologis, «ade ‘em como objecto duss rategorine espectiees de fenéme. whos ou, antes, um conjunto de fendmenos especifisos» que se podem dividic am dois grupos peincigsis: os “Eactos Smieos” ¢ as “actos cinematogrifices”s, Os primeiroy texprimem a vida, vida do mundo edo espirito, da imagine 40 om das s80es w da toises atravhs Bm sisters de ombinagies de imagens: imagens visusis (naturals 04 ‘oavencionsis) © auditives (conoras ou verbais), Os se -gundoa pBem een cireulations, Dea grae9 bumenes, «i fonjunto de documentos. de sensagées, de idelas, de eles ‘mentos ofereeidos pela vida e finadoe 20 filme com uma forma autiuoma, peculiars. No mypecticule, uns ¢ avires sfaetoa» esto naturaliente unides; a sua fade deter- ‘ina um eonjunto de processos sabordinads a condigees iversissimas, gue constituem praticamente © einems Buses factose — conclu Cohen-Séat — compertsmn ira sistema digno de wma doutrinas (que ma verdade no & Bova ede novo tem npenas o nome, «flmlog/as) em lorme fo einen, 9 se espe rmorrer, um enlisiieta dor 6 imjowe ta convent tl a sl masteu, esha om Frage, umn roe Imeradtionale do Pimelogies «Proeses Uwom tn fe Fronee, Parish ‘Nem sempre sto eharus 0 neotogismans gue, projiim qr, Etigue, flmophoniqued forguis 9° fina yaipe de estu ucts franeesee no volume Eoin» filmigne (Flamsncricn, Parit, 1958), no. gush se debate de pla fnagie: fou sa ea india eon do avr ni SJeancdaques Ranier. presen de realidad 10 FRE AS ao eerader parvo edo active: ane Sa Tau, dh euerssiu 04 pimaltanetdade no filme: Mth. Poncet ta imazioaein enon wae elas iriog eas traf; Francois Golat de Rnd, 8s Brnensin ‘filme: Heart Lamnites, fonora; Jevn Gerssin, de mi flor quiron da Fits sobye art, da Fancieien © do me. buthase, et. Moe confine scsta ea ising ase est a doses volverse jaro alin dae jewiet da pipe detensee da bens tre neolegist, Ceben at Mesereve Aborto Metatins — ret ela compen testes Ga problemas tt ificos, tenienn ¢netistiens relaeions tes fom o cinsesticrefe, prcenranto alim éieep ateaie pare Sinema g yeicalsineva sorolezian Mean! not. ne ova veipivn fia ce sutras tng wri Demaa ave a arte «indistris cise azehtea leratoan, fe roune alsin emis ee (lato Vineatiea — eh pode cousierarse ifsiador— no volume 1 Tingua e te Bogut nt intone (Patel Boera Hertaa, 0). 0 an pone tte tuts oa efeiton Que 8 einem on tas aro tom Ibo sr liitaneo ap iofiyéncon exeridas pelos es Atenves dos seus ttulos, fersonagens intérpetes ‘Tem ainda corsctee fileeSfico Philosophie des lms (ueinaie, 1926) @ Les arendeo missions du cinéma (Pari- nau & Compagnie, Moatréal, 148) de Jean Benoit-Lévy, futur, com Mare Epateln, do filme La maternel (1832). No primeira lira, Rudolf Haws afirma que <0 Sinemet rf coma tons as coleaa mechaleas, & por naturezs, Thais uot inimiga do que im amigo. Comparado com ele. fhe o mais vulgar eireo torna tia Insituigdo artistica ‘senno Ruttenaver)»', © einen —dig, pelo contro, Bynoit-Lévy — deve elevar o pensamento do horsem © & ompretnsio doe coisas e do Taundo, atravée de um con rite Ue videla-forgae universal © socal (inspiragio). A Tenor forma de apresentar essa eidla forga> € o estado os reulingho do smeioambientes, a andlige da vide com 2 objective (dessoberta do material plstico, enquadre Imentos, pancrimicas) com @ eszotha dos autores (de prcfertncia nio-profisconais). Das grandes wissGes do Uineina —eayecifica o autor —-nlo faz parte apenas «& rte do eapectirtion (fantaal, sonho, poesia), ras te bem onsing (abtige com filmes eeclares, cientificos, de avencio aemvial# artistes), sobretude, a difuséo de ura tspirto pacifist © demoeritlco contrério a qualquer into- Terincia reigiosa rdeiee. Tamblm Denis Marion, em 4 eee oma Geiss aoe BS Gee ee ‘pects du cinéma (Lex Eitions Lorre, Inox, 1885) {entalangar as basce de win fgets do Lite, Mss, sohr™ tal assunto, € mate cientifign a obra de Charles Deke Keeleie, Le cinéma ct 12 pénsée (Lee Editions Lumire, Braxelas, 2947), que entende o filme come anrterhaver aru q anilise © preconisa 6 advento de wr scinema-tes- rogrifices portador de um nova peazamante. O tke many ‘esta! cota jnsgnifieante volume de Teo De Ledn Mar: gente ititulade Historia v filosofia del cite (Editorial Impulso, Buenes Aires, 2917), em que o ator reafirma (gue o artista do filme 6 0 realisndor, protende eer, den e uma historia e prohistina, uma flosofia do einem. ‘Aum precursor ow iniisdon. so Richter de Filme nor von Hente, Film-Frewule 4on Morgen, lignans, como Hi acontecera com Fputein, Gonrg Schmidt, Werner Sch iialenbich ¢ Peter Bishlin, sompiladores. dou liveo dustrado solve os rrublenia® cennimicos, seins e artist 0s do cinersa: Der Film, weinfachoftich, eselschapich, Iinsttersch (lttbein Vering. Toei, 1971. Os autores anplii: com parlcilar atencin 9 movimento interior © {Nterior do easiandrsmento e montngem | MOS Mo En eS tudo do um excessive valor ie istragdes, gh falseiam fo verdadelto espirita 2 verdvteira estratura dy ebm tinematografiea: 0 filme existe enbre 3 tear (Rene Clair), De Richter aproximara-se gL, Moholy-Nigs, om aleres-Fotograjie-Film (Verlag Albert Langen, Munique 4925); um ano depois, Rudolf Kertz publica Raprestio. nisms wnd Film (Lichthid-Bule, Beri, 1025). pelo Contririe, a Belgas que fe liga Andrew Buchatan, do- ‘cumentarieta inglés autor de diveroe livros sobre cine, entre of qusle Fmt, the Way of fhe Cinema (Pitman, Londra, 2050), The’ art of Film Production (Pitman, Londres, 1995) Film ard the Future (George Allen fang Unwin, Lonsres, 1845) © Going to the Cinema (Ehoealx Howse Limited, Londres, 1948), Em Film Maing from Seript to Sore (Ryverton, Loadres, 2037), que € 0 sey ensaio mais importante © pretende fer uin manwal gare os amadores de cinema (que, de resto, aio identifiegdos com 06 profisionsit), cl. de fende, como Balazs, o parallismo entre ecaméran € capes: ‘tador, e divide 0 movimento cinematogritico ex guatro ‘seegions: movimento das pessoas e dus clsas; movi ento da miquins de fimari movimentas combizaioe du maquina; movimerte derivado do corte e da momtagem, ete dtimo— firma Buchanan — 6 9 mais cinerastogei fico © o mais importante: cos objectos inanimados podem, com ums bébil moolagem, adquirir um movimento arti ficial; filme cria urea narrstive ligando pedasos gue tomados em ei meamoe, nfo terlam significedo alpuny Seguindo 0 sev métody didustico, netursimeste o autor firma que «4 planiengio ¢ um eathloge doe pedcoa de ‘montagem, numerados pela ondem segundo & qual sp2Fe- ceri no fine coneluns; no entante @ mostagom — con clul—preasupde um posterior provesso eriadet. Menus lorginico é The Art of Pulm Proton, que reeebe dsc 06 ensuien do autor, fublieados em revistas ¢ Jorras Seguindo Grierson, o livre trata especiaimente do fine ecumentirio ¢ firma, slém eisse, que 0 actor nfo Acre fmper a evo personalidade & ds personigem, Buchanan, fundamontando-ge mais ina vez em Balazs, reconhece 0 ‘arkcter artstico do fonafiime e vé e posabilidade de wrt novo demavolvimente para ¢ cineaia muds, Outre manual para 09 amadores einematogritice, ndo ieento de certo valor tebrice, € Pumorost (George Newnes, Londres, 1935), exerito por Adrian Brunct, que analise os processos ‘e eriagdo da filme e defends, entre outros coisas, a «p> nitteagio de ferro». O msig importante na realeaga2 Je uma obra cinematogritiea € gue, qusndo s8 comega ws ro- ber, trum estaja bem elaramentedefieigs no pape! © ma mente de quem coneebeu: tal privelpio @ auttemtado tanto para e argumente como para & planifcagin Tem catheter anilogo 20 de Palmcraft 0% postariores livros de Brunel, por exemple Film Praiution (George Newnes, TLendres. 3986), que tata expecslmente da reetagio nemotagréfia, coofirnnado es principios apteriormcnte fexpostts por Balazs > Pudowkin. «Antes de tude deve se presente — esereve Brunel —gie no filme a réstapio fe vai anafando constontemente. No piles, © actor, para ‘maior parte do piblic, & um Uomensinho eam urn vos e homenzarrio; os sans movimentos e ce seu gostes #69 facentuades @ exubcrantee; as suas inflexdea voesis sig tals amplas do que na vide res erbors a visho epreen ida pelo pobiico deva, no oeu conjunto, assametbarce d vida real, aums, o actor da tela deve recltar “er euT- ina”, ac gontrario do que exige o paleo. A tareta dos actores clnemstogréficos ¢ redusi ao mlsimo « reltesio, tendo presente que quate mais prénima esté a miquina ‘de filma rane leves ever ser aa intonagées 6 06 ex presstas Influenciades por Balaag alo ainda Bruno Reblinger € Hi, ©, Opferman, Ete Ultimo, em Die Geheimniase des Spetfins (Paotokiso Verlag Hellmutt Bigner, Berlin, 13038), ao divulgar com «teriedude eetéticas « ertiea os problemas do filme, que ele chams emistérioss, parte ‘exaclamerts dos prineiplas do tabrico Mingary; refaaie fs seguintes patos principais do Uvzo: 41) © proceao de eluboragho deve ser tal que possibis lite a partiipacio do eaptetedor a trams do filme. O ‘oliar da ecaméray & 0 olhar do eapectador: 0 que vé & seaméras, Yéo table 0 expactador; 2) a verdaceira partclpagio do espectador ne trams vyerifice-to apenes quando este € posto Bo centro dels. Por isso, o@ proceaion de elaborasio devers deseayelverse de iodo tal que a miguina de filmar nunce aeja una a omer aie, roferidosn 2 iatmente a primeirs plano. an setor einematagetico & 1B palzagem. $0 0 prtneivo plana — afirme Rettinger — revila ag Smarsl's do homent nos mais delicadag tot Tidaces do sun expresso (.mieroisinacm: este mei fexprossivo Inge siiickinde, ntueiluiade « semed) os planes mio hh qualquer necrssldace de “esit¢80" pols neles a cempiexs shundiness de tudo a gue & visivel renee suscepivel ce tronsfarmagio € de mena ton8 inv asivais arige seraeidate » equilibria. 1 Roblinae® mis ‘uma ver aflema que, scom 6 airseaty do espage. 9 ve fies tambim uma transformagio do roets bumane, iotensiticagio e ume mudange de dimenaée, em refcren- cin &realidade ¢ ao teatro, que isertam 0 Pesto cermato- _stifico de qualquge outra tolagéo e, por mela de uma nova, medida de espago e-de tempo, criam wma nova renligade cinematogratieas. Portanto 0 actor no filme, & timultae neamonte parte activa © possiva da representagio: a0 una fecdes, ab auss Sersagdes e etn certia casos a grandera dda interpestagio dependem ot méquins de filiear (posse, ‘muanca de quadeo) eda estrutura geral da obra (rmonts- igem), Este valor conticionado — arrescents Rebtngoe =e menor no filme sozero (lingagem) do que ne cinema Tudo, mas rio drixow de exist; portaate o actor nA0 spode ser considerado elumento fundamental da obra de ante cinamatogrifics. B, come a enaturezs original» pode {ronstormerse em cenitio, a Paisayem dive ser considi- aula como 0 ambiente em qué vive o home: eo hamera ‘que se move na paisngem deve ser uma eristica desta poi fEngems; extre as dois eleneates, deve-se conseguir uma iarméniea unidades, So um tanto devencontradas 33 ideins de Reblingsr eobre a planificacéa, primoiramente comparads & partitura de um trecho rouseal (e portanto 5h olra de arte) & depois Aa simples notas de ums peca ‘para o eneenadar test ‘Com a base eisensteitiana da realizagdo como crisgio smediata, da montage a posterior, Brancesco Pasinetti «Gianni Poeeini escreveram um notavel enenio 4 por no varias vezes cltado: La regia cinemategrafica (Rialto, Vonees, 1945). Este lvro, que $ urna clostSnea, evista © actualizads, de cxpituloy antetiorente publicades na evista «Cinemas, da sume viska euidads da actvidade do. reallnelors. engansio-he gx eoracteristieas, ¢@ mito 03 recuse fe Syponigin, Os imtenton di Autores form Jo Coote ngien com entrees ltr fspecialmente at parts Qndamtental, que se Peles « tamente & reminutin como eragla imetints, com a8 poreics eo significado evidenciedor mas paginas entes. Para Pasineti © Puccin, 0 renizador & 0 a0 ‘imo: spealizar um Gime signien tavestar uy file £ a invengdo ob do yealizador que erla a sua ubea com fo pintoreria 9 quadro,w Cteltor a vstitas, om o narroc © romance. 0 reaticatve erindor yarte de ama hss, Jo uma ineiacio qe testo pnde ner seer por tm fort werd coma por wire jersonnzery Bisttele, por wna images cvnin jor sou mivien = Em Figen, 6 resllandne everin tor sony © grituien Wein dy Kine a weaizae. [seu valor tho ffm td pet fart evi The ae ae Feeida por outros ele tersar sv Isto f. wor as salutes inermtogrificas que eb de ter, Og ricco do Renase ment nin comentoenm, de rete, besa do pinteres fesoultores e qritioton datos por vases om PROD HO iam munis —omeluem ea autores —€ sent 6 jor que imwenta m argument. aaa que recehs 9 fngpiragio d+ wa ra de teatro ou Je prosy narrativs feisto, eslarvenere, fore ri Blme tom ume feema eine ftogpition erin. hey, “6 wirmoe um Fme extrable Se umn ade Hier, are snageomo segundg & maior St menor Mesto se tra hie and vlisamete 90 Valor do filme conse cara cums tageitiean, K rlaro que asinets © Pesinis# retarom, coma vino, a feslinnor actata, isto, crintor, dieuinto do chamado realizar stdenicoy gus ple tambiae ter sc Goede ened ee ‘subordinadas & tudo o restos. Autor de uma fundamental Listora cronoldgies do citema, Pratodpeo Pasiotth cons a colatoragie da Gisnni Purcinl,encerra o enseio com us {apitulo eesencini sabre « iatéri da Pealzaghe cinemato- ritica em que sio juctemente sepsrados 08 realizadorea fsrtstas dos teallzadorea «tbonicons Obras precipitadas, feequentemente errades nas pre: [Rei etig a ‘i Frasetco Paseota, fated eae ceri: eae Se ee carat ae sores A lee ee Poca lela oe lesan SESE ae Se ec SHS Sih Cetaes Bh eaten ee HS ee cis he i are oe SEES Fe creche a SLES) chara’ arte bee SOAIES Seven haste russia Rie ie ihren cecs haces eine tony Sev atom pan TiS aay (eA rem oe bec oge at SS SESE SS eer Suomi unatiy Setenwpeaartecnec® EE RE Ee ore ‘issas e nas conclusics, @ ands chelas ie contre, so Introdusione 0 wr'estetca del etucrn ¢ ait, = (Guide, Népoles, 2082) e Cinema, Artec tingwestio 1 tor Ulrico Hoepli, Nido, 135), Be Alberto Consiglio. Fxte revela ideas eada vez menos elaras no et time fer, Cinema XX sccolo (Pare, Rena, 3947), em Que tngn ge Seeinema possa ser ale: «Diner. ssemelha-se muitae ‘venes & arta Nunca € arte. £ uma pea sintlien, wep Iibante quimico, uma pérota cults... Na hipétese rig favorivel, um filme & ums. pia, uma Imitando, um eealque, um enganos. Enfim, erm si por si cinemos ni passaria de arte aplicada, ar dccarativa. eA maior yova ‘hoa —aegunde Consiplio—o facto de "Varte einemato sgrafica” (sic) nfo conseguir individualizarse nem perso palizarte> Como ee vi, trata.ce dos habitunis precun ‘toa ¢ equivocos: 0 cueéeter mecsnico do filme, a uridsde fisice do autor, 0 eiseme entendice como divertimento ‘totalmente exterior. O diveruimenta pode taser ser dade or Lives of o Bengal Lancer (Os Laneriros ds tia 3005), filme que afinsl Cenrigho ite, juntamente com Der bloue Engel, Mm of Avan e Hallonjch!, come exem Plo de obra gue simpressionow gartiularmentes o Fe3 espisito, impauda.se "come arte” fale). E some pode Sfirmarse gue a prova prigcs as func suberdinads do cinema 6 dda pelo facto de ew Airitas ae 5 flzetmatogritica scree sempre reservados 96 tr obra literirias, iste € do argumento? No entents Us ‘lio, pelo anos nos seus frimeiros ensalns fln A> reais, zador como potia €— emborn dé, devida 408 eostutsvine ‘equlvocos, pouea importincia go actor ea mentezem (cor iderada, quando muito, eéelicads eperscion) — define 0 ‘cinema como arte de natureze figurativ. No eluems entendide como arte figurativa basea.se © notivel enssio de Visdimir Nilsen, iattuledo exacta sente The Cinomia 0s « Graphic Art (On 0 Theory of Representation on the Cinema) (Newnes, Londres, 1037) Nielsen adverteinicialmente & que nio aceita em sbscluto #8 oplnigo dos estudiosos que ye esforgam por determinar (6s earacteres eapecfices da nova expressio, excluindo Gqualquer parentesco cu relagdo cot ae artes figurativas, A pintura—esereve — teve mepuramente um papel com: \derévol Bo processo de transformaso do cinema em fate; tel facto esth fora de dlivida, assim como o influxo do teatro e da literatura no dtgenvolvimesto das formes ‘lnematogrificas.» Por iso o autor considera imporcatte, cin de tudo, catabelecer us —epresentam relaghes, pporgusnto aio ambas sree figurativas, Um produto pic. ‘rico & easncialmente ums coins finite, intringecamente completa e que exprime inteiramente « ldeia conecbida pelo autor. O enquadramento cinematogréfic, pelo co. ‘rio, nio & mais do que um elemento, uma parte da pro ugho artistica. Uma imagem flmica isleds nfo nos ¢& ‘© obrs completa mas apenas flea alguns doe seus mome:~ tos. A pinture é uma arte expecial cu, pelo menos, traba he quae exchusivamente com elementos espacizi; no ‘nema exiete tambim o factor temporal e & portanto poss! vel mostrar no sé uma «situnsios mas também & us acto, nfo escvdoas, coma na Maaturas mae Presentande-s vietalmente, © dinaminmo, no ime, ma Aitestieae de done formas. A primes é dade fee mona sem que, fo entente, «nip pede censdenirse como espe ‘Sten apenas dere eierntogrities. Se x0 Feline Delela exlustarente Montada com feograss ett 08 — obsrva ito — ho €posivelestabelecer uma dh ereaga de prinsinie entre eta poles « © que reste dia montages, em sequinels, devuma série de quadros stim, ae imigmurmoe wha “montagers de fotepretias Uicas” depois irs um filme eanetituid pla suces foe algun lsons parade, obtém-te um recited Bbacltamerte idévco nes seus elementos esses; ©@ Soars tera corcteriado sémente por rb sua dispos $0 gue mis Leniens eepciics de represenaqio» 2 sgunda forma Aepende de movimento interac dos en Gutdramenton, qur rermite no sina reprodusi qual ‘uve process dirimioe ne sc verdana seven re or isso 6 rausir « um represetagio etitien, Nee bts aperdese, cm pesnde parte, alinide eom > rt Ga pitura; e 6 ea forma, em unigo emo dinamieme dx sontager, que oferce 4 earacerstican predeminante Go cinema. Naturaimente Gem Un nem & ostra ore ‘etzotam os mitados do eonsirucio expressva do cinemr {ht pelo conic, encontra a ns eaaeatstiess enn alana interdependincin doa engusdraments. 20 ene- teen de ritmo de moneapem w ds neg dentro do foto rena sida no emprege, em cases particles, de Dassagens corplewmente etiieas Se a pitaes iui sobre cinema, por outro lado verfcoene evriease = fouelyy Rilsen— na relagin inverse so ese envi uesey ag artes potiicas, nbretudo por uma mor vac Fedade de pooton de vata © porte nore visio do ri Seto. O easorga eiematogritio, expresso re difnicn Ge una cure, torzovae Se ts valor do exte petrics ox ferns, Nao ¢ raro que Um eaguadramesto Snematogrs- fico aca arectamesteiitado pelo etata 30 deste, ‘Os quadroncnematogrifican abo com frequéaclacopiadoe, (ut es particularidades etiltions do enema encostram Feflexo na pnture. Asi, aob ydron aspect, 0 cinema fare pleirca eariquecem-t e eompletamae wiereuda terter Operator runo, Nites eat no abu eaaio (pre ‘edido de uma apprenation de Bisenstin) epevialzente 6 contribute, o mktodo © o extn ering do fteerafo- 20 filme A tare Go operador ado ae limita, segundo Nile fc, igpaleeatara visu, de que fela Pudovka, exten ide como qualidade, insta 00 adguirida, que asoezuraria todas as sendigdes neenedricn para reslcar 0 erqueina representativo do flme, Otero. couture vist» & Zuite nals complexo: «No proceaso de entlse da plan fleapio. penetrardo 0 seu aFBumento, o operador apose- ‘ese da dela gers desde 0 ilo du wus construc: de~ pols uma ver em contacto como meterisl concrete, Isto {com a vison objects «flmar, orgies ease materia fem subeninago & ela gerals. Se po proceso de lator so € inportante que ooperador tah ura Ila expe fica dn concept © das imugeaa do fume (0 que alsa 6 Aefenddo por Pudovhis), we € preminas necesiia uma seo Eifutects asnre aunt oceepial arian folgraton Sno has “tay 4 sone Rap estrcita correspndtnia entre x mtniog de evhiye aealizde ec da speradon, poe wexes Nise parr tudo, elevaro pape de operaior 9 gra Fungo quae rot dy que a reerente sw pmpelo reoizador, Pact A. Goteesia —o grande colabovador Be Pes os operadores, sartntae fundamentals do {rafon, qriim ams nova arto Ciquestiva, portato favs culture icwestira,¢ ama nowa senica da Lira, rio no quadr) mre M4 tela enewstogréien, mio eam a for mis cara hig: os eperaiores aio 08 artistas de 10 rte "hetforme”, jaca ena ur too eam ave Afi qo wenn NVI>, Golo sua criagio as pinto pe, no ws ipunezts (A Laz na Ar ly Operadior. Geskiwsiednt. Mov 115), a8 bases principals @ oeeoneins do eabatho do radar, inicande euav dover see ivenitados om object Srodar fim de oboe tm iquragie artition. Pies tcupar des problemas do shinee artltiea — estate Golovnin 6 necrnw rio gorluovt bastante bem a tiie a rolagem: a8 mrighinae de fitmye @ x pellils, os peo fensnos 40 revelagis« prsitiiacis a tdenien da tua, Com ffeite, 0 mitods {repost pois “na tivo tery otheemt 2 Siteratlangi tee ar "ainu doe roeltoras opera Sovitiens wane ie nhateil costes obras de oie mnealees da arte ds rovlagen, sheets americas: parted srtemationcin dan seyaritarine dewey Tiss un Greg Toles), Sones yf Hore wr eum A. Vin, JA 6 tempo wn 9 arte dh oporaor a eneiquecee ving nova teort de tum doateina da imagen © othr fede exitimi um ponto de vets oral are 2 coro: sigdo do enquadrimontos Geir analea, m0 decor ro" 4 lvra, 8 evolugdo ds imagem & brancoe pret, a pratica 13 sluminagdo do. primelto plane, a eriagso da. imagem ‘4 personage, 4 luminagto des cendtios, o enquadca- mento einematografico como quadro, os métodes de sar nagio no enquadrameato cinematogritio, e 0 su proprio trspalho 08 filmes dirgides por Padovkin. «Fate pe- ‘quero livre de Golovaia ~comenta Chiaeiai a0 pretécio S edigio italiana ~€ uma obra prociosa, de um amista de talento ¢ grande experiéscia, que jaivin o leitor, de ma: ira clara eadbris, aa tScnica da fotogratia eineratogri- ficq, Tonics entendida no gentidoartistico, ito &, relic nada com a erlagla, e nfo no sentido clentifiea, como es tudo dos meios adoptados acb os aspectos da dptica e da fensitometzins (La luce nelfarte del!operatore, Edighes de eBiance e Neroy, Row, 1951).* Carlo Ludovico Ragshiaath— outro studios que, ‘como vimos, defende a Raturezs figurative do cinema — begs, coatririamente & Nigen, que 0 eapesticulo eas frtesfigueativasndo tenam es eomum o factor etempo>; ‘ui velho ensaiointitulsda exactamente Chuematgrafo & teatro (Paeini, Pian, 1888), ele considers 0 cinema e 0 teatro como manifestages de linguagem formal unitérs, conforme. «B preciso OBServer que Une pintura ou uma cscuitura no existem de maneira fulminante pata o eb pectador, para aquele que conterpla criticamente (ito 6, {econatrdi em todea oa 3€us elementos ¢ proceaso, 0 tr balho de realizagS formal que Ibe aparece na sua conclu- ro compacta o estes). Se. Se power delcrior cv twee Brgemo Mande Qe ser cou a0 aetiets Portisto @ cepectider de Motives 0 com potenerido ¢ deen fy grins. A este conto woktarh Teaggthiamth ate ta! unc nets nitty Crooe eH fie ome erte (Li fe Neren, Romy ay TS, ne 8, Onto de YO1S), Co 4 onjocge ade nsbseea econ gue igual fn statin ow a repeduete pasta so ujpeton Ge Ete Alivids, taaahimy yore a ite ~mies no pote dre ‘mcamo mag ert Fieurstivas. no poesia, na erst risiea?s}, ele ainnn que nem eeqer € posstvet mcr Canacler do arte fo fli por exe go seevir de tion ens Aitioos © mecitiras, (Phen terme enfequentes, dove riamos 8fcim exclnir Js arte toda sequlteetnras}. B= teanirio antes ver=—-neniseon!a Tevzahinni se <0 i= pu ho de romiderer ums ote Cewrativns. oo mado € até que post hema 4 aa Klee ubstancias e se que mde ve deverd determing a et Tidade exacts». Outro problema a examinar a fi conclu —6 a Felagto simazensteinpo, tante no fim er {U0 0 tempo & por esti dizer ehistivadn, exterior a, Como nom pintata, ir easltn of ton obra de 9 AQuitestura em que ¢ ton & pot ssi dizer subjectivado Isto é, em que & rile de eomprensin do proceso Figen tivo ou formal se exerss no espentadoe ert (mas est leamente, oa sof, emenildgicamente, & elaea a ident dare fundamental euro os process de vtisidade sts tlea, iso 6, conform @ ronto es =r do sujita que ex time, entre o poetaspintor e 0 pottarrelizador). © ass Se doverd volta & ditingig entre tentro enmo eapecticulo ‘teatro acme diegao critica ou explieativa da pootia: pro Diem slogularmente estarecedor, pole ba historia do tea- tro coro expecticulo, se for euidadossmente dcterminada fe senstivamente procurada, esti sista do cisema que rip nnaceu por agsgo mas tem uma razdo histirice, como tovlan as sctvidadas humans. *" (0 realizador 6 9 autor do filme também para Gunther Groth que, retomando a conoepeda antinaturalsts do si sen, em fe, dig unentdeokte Kunst (C. H. Beck Ver~ lag Monique, 1937), afurma que a scaméray vé de manera 4iferente di cinar huroano; dé-nos um object fetoyratado ‘de modo totalmente diverse de realidads; no cinema, um Dbjecto & projestao numa superficie plana e 10 ¢ nem ‘uma figura em supertice nem em profundiade, mae «ima fintese das dss expressGets, Além disso, @ fragem {i ‘isa mits a faciidade viaus) 60 albar amano, amplia ou siminui 9 objeto, quo pode ser tomado de perfil ou de frente, de perio ou de longe, ¢ tudo isto afasta o sinema 4a reprodugdo metinica; fertanto 0 filme enccotra o se principal meio artstico na eacalha doa imagens; «pode Gerzar de parte tuo o que nio interesta e dar 0 maior reeves possvel A coisas esgencisise, Como a ¥é,estamoe no eompo das afactores formativasy do Ariksim: e, come fps remetenas par Fue nt Steet oid ok Uebel wer tifm Teaser a easce Mon ma esas fin peice para ome te Ragyhtas Chiesa fe SP oe rstncesrplaecte Sy Pe a ve Ammheim, Grol dd vaturalmente 20 enquadramento jk us Valor artieo; 2 montagem nio & o Uoice meio pars atin Bir a arte do filme, mas 6 um dos mais ieportantes. «Com * eseolha deg intazens, com o enquadramento, 9 ritmo, & fusio, a moatagem € a coluna sonora, 0 filme, apeisde peloa meio técnieos, fez grandes # verdadeiros prozrezros to sentdo da artes. B apenas no ue diz respeit a0 fllme ‘tonero que Groll s@ afasia de Armhelm, chegundo, 20 ‘tanto, a conelusses discutiveis: «Quando 2 Laguagem do filme aonoro perdeu 0 sax caricter imitative injelal, todo rientado para « roprodugio n ms fel pacsivel da reall dade, com & conguista da perfeinio ténica tornowse ut melo exprestivo eompleto © imediatamente se yabmetee 2 imagem. Portanto o sonore daveria ser edieereton, Se fs palavras sig Himitadas © woe aepio e um remo ato interioees ‘mas exterigres, movimento de fastes v mo nos factos, Vin suyonta nakureza eatattioa e raphe diferenchetia 2 flow dan outros obras de arte, anliticas e deseritivas « jortamto,clentaes, «Ue filme difere de todas a8 eutrss aites—afiema Margrave —purgue deve caplar 0 inte rece de uty pli numero com grande rapider=s jot tanto io precy finals Etizes © de grande efeito. Mais lade: oA tase do nas filme 6 rece, Festa aie ema come atte nj tent nad ve weF wo Hos afl hes, wilidag, yon mato, aps wm ati sols! 7 comercial. Swreryifal Film Writing perks. neste sam pons idan "inp William Mt Rfarcton, enor sa vr je mals consstontes ex art of Sanat Pirtwres Uhppleton a Congant. Nove lonqucLuwsres, 1004, porting chy tran 9 sc vy veriadsipsenants supvcial w atftieey Fm 4 (emuetine slergentares: eons iment, dn fradiveta: ted, fra eam, dato, ete). © eapeoialments © waesejo erétieor ou vaexual» 0 qua male intereasa. ahr solores, parquaaco, Ssacandowe 10 principio cemercial ‘isto dion eonsram o Sito de win flee igi un ‘fiosibuidade Ge corresponder u inetintos @ dewejos the als, amorass ou imori da saga E naturalimente esses Alofcndem o entreeho grosseiro e ea gronde ofisicia dy final fogs. No plaso getetiea, nko vibe o princi GiGlogs atelegrtices, de esons guturais, moncesilabus, tclamiaggess CaNuitag veaas uma bela Frage longa e Te agitate deve ser redusida alguns monaastiabes, para obeitcor ae ritmo total do filmes). Uma dan Taras afirmugies viilaa de Pitkin e Marston bastia.se em Baluen: cor meio dos primeiros panos, o espectader par toiga un cela ¢ pote doscotrir no roste da actor a8 mi ‘Bhs 0 minis delicadoe tonatades da minseas, Hm bases dumotralwente opeaiia we fundamenta. sstulo do outro americano. Em rt and Prudence (Long Inane, Greets sag Catpany, Nova Torgue-Toronto, 1371, Mortimer J. Adler, profesoar de Pilosotta do Diteito da Wujversidade de Chiewya, procure seclarever expeeuletis Watoente e4 problemas morais,poltios e eatéticon do ci hens, seierindoos noy da. arte om geral e referindone istic, Avistoteles © Sto Tomés. A parte que mais os interes a iti, tebrio-euéticn, onde ee afirmn TEE peace de 6. ¥. Suet eight doe o6 Dearne! Cont sts wo fins Seagal St a Bee Se, ee Saat was ‘que, no cinema, » depandéncia entte arte e terion & a eam que se encontra nis ovtrns formas artinticas qu: como as citnciay experimentais ou de investigasho. fatio Uigadae — segundo ele die — a miquines © fnetrumentos! a historia da msi @ das artes ps" fens, como 4 histéria doe eiéneins experimentais, nic © aie do que um reuto dar moditicarses thewlons dot insdis pola invengie de instramertos e apsreibes. F preciso ter isto ere conta para coldest na justa pe Pestiva qualquer gieeurrio sobre 2 seniea do film Mice Uenices, Uranin. carécter pensemento dos p © ftonagens aio elementos comune pars quslquer ‘que queiza colar uma historia; mas einems Stee dda pies € da poesia dramitics pelo smedivme da v8 arragio € pela msnclra como esta € fete: os clemer tux éeaieas peculares go filme 60 a imagem © 3 Feincia 4a imagem com 0 éidlogo ou com eutros gons, Aer es 1- rina, astm, 45 anslogias enistentes elnre as partes da lnguagem e as partes do filme: 4 letra —afirma — er reaponde a in Galey diagrams (parsdo}: silshn A sme série indiviavel de diagrams; 9 palav72 a wma série da Gingrames divisivel fam daieo 1-360 o8 wns tomes ve Vistas); 9 substantive a um pelhgo qve indique movi- ‘mento; & coojuagio 4 abertura ou fecho do diafragio, & fusioy a frase a uma cena; 0 periodo & srquéncia;« pati> rafo a uma série de pequéncias com unidade narrate © capitulo 8 divisées mats amined unite Flies. nos principale partes de aogén total. A linzuusom ae eels ‘apenas de palavras — acressenta Auer — mr (ambi de ‘Palavras diferentes gra diver 9 teesma cuiss, Tal coma ‘eseobiemes 86 palavres,escolhemas os cnguadramentos: stds 06 diferentes modes de fotogrefar « mesma coisa Ccorrespondam & eccolba g fazer entre muiten palnvras a> pétimae pare dizer e meama colsus'. B evidente a forte Ge tal anklve que, x0 entanto, reafimms alguan printpics Discos para demcostrar a esatncle snticaturalae, e por tanto aristice, do catia. Cozéributo andlogo, embers menor, & dado por Jen Kucera que 6, eom A.M. Brows’, ‘ sulsimo expoente checcalovece don eatulon enpectiativoo fobre 0 fle. Kniha 0 Filo (Orbie, Pragy, 3941) axelisa ‘as Feighes entre espagoe tempo, cousiderados como pres- -mupostau pare julgar toda 4 actividade eniadorae, de modo particular, « tetividede cinematogréfice, porquants o ‘Hime erie, através da waottegero, um tempo e um espaso ‘seus, ¢ oposigdo ao expaco e ao tmpo reais Roger Mazvell dedlaravae Inflveaciado pelos tratadoe anteriores, No seu Pilm (Penguin Books, Harmondsworth, 5044) apresente como premissa que, «para um ensuio do ‘génezo ningém pode ou deve fugir A intiudncia de Rothe, “Arbeit, Grierson, Pudovkin ¢ outros», No eatanto © featudo de Manvel, sem diva muito apreclivel, deve oer considerado mais com bast em certosaspecton prtieularea o cinema (as perapectias do documentinio, « tuéacia o filme gobre a socledade) do que num plano prépris mente tebricoestético. A primeira parte do liv ansisy (0 tratadce precedentss, rocuraado formilar unis pd tea do time, nfo Isenta de contradicies © do princiqion lscutiveis. Opendose 4 Arabi, Manvel! defende 0 fo nofilme como arte e, neta posigic, atime gut 22 cinema ‘uso, # falta do tom © 0 emprega das legendss «oust- ‘tlram grande obouicuo, grande impedimento a0 deseo- volvimento da acgio visuals, Tal afirmagao &, om parte, ‘gratuita; basta eoneiderar of resultados artisticos atin ‘gides por certes filmes mudos. Outra afirmasao diseuti vel: «Enquaste © romance—esereve Manvell—& uma forma sarrativa dopendente da imaginagSo desertiva do ecritar que tills pea eters, of nara por fee a unas dr taper Cotngraadas, repregestanda o desemveteimesto doe aracteres com actores€ dilogon. 2 ogico que, poste assim o Protea, resulta toalmeste Yidoe op peincpiosantidonoro de Arabeim, Seri mas xaclo afimor, como faz aie adiante Mansell, que 0 fuse Go goin leva sem divide @ ym aumento én poténca Expression do izes, us Pasi iten en Sommers Fee, em eonsteuneia d8 eorregpondénca dus lagens fom 0 tow edo ts cam a8 imagens vsusis cba mobili Gade const, nstoraimente, @ peimeiro elemento da arte Sheatoseitien, ur mice de comparagees jstopostas — fiz Manvel va obvervieio toracse male penttrante © ft experidncin confine cada um dos pirodosentiqsece sigifendn do outro #0 eierna, como a ocsa, cease vers ain forget somparasie das imapens © 99 Fis oneateangto das Heian travis da jstepigdo €3e ar- ses bumanass, Siu irectamenteifluerlados por Gri bes e otha en artigos de um grspo de eos tnzies (Reginald Back, Roy Boulivg, Sidney Cote, Torelé Dic inter, Robert Baszer, Jack Hris, David Lean, Broeat Lindgren, Harry Ruler Bail Wrigot) algute doe quae 1h realizndore eisemtograficc, on prates 4 tel0 Baer artigos, reuniaoe por Kerel Relss em 78e Technique of iim Baiting (Poel Prov, Levres¢ Nova Trgue, 183), coostiten ux amplo tratado acbre 4 pitica © ainda ao. rea teora ds mostagem,esludade noe diverse efe- ron cnetastogriticoe: docuestério, filme de argue, flme educative, nctuclidaes, ee alstea cutzea lives de cardcter mais ou mesoe di- valgedr,scomeger no peguezo ax claro volume de Ale Sandro Blasetti Come navce we {Un (Balen di Cinema. toprafo, Rome, 1551-882) que oe condus aoe vice seetored de un extableciseoto coematogrtico, axe « swecgio dot arumertossbquela em que se prepara 0 ao: famento pubichério do filme (€ interesante olar que Biases era jum vigoreso detenson do argumento: «De ‘us bom erpuuestotambim pode elt umn ma flim, mu fe ur td arpumento & impenivel que atia um bor fines). Sto singe de notar ae lvros: Fotogenia y orte (alos, 3027), ge. F. Cuenca; Indagocin det cinema {afudrd, 1028), de Pranciseo Ayala; Una ellura dele nena (Bareloaa, 1990), de Gullermo Diaz Pfs; © BT Cinema como lenpuage (Madrid, 1048), de Antonio del ‘Amo, Albin dito ko Duce quem se deve us Besa dune tadie de montage (onseedo aor prizepion de Pudoviin Spottswcode, Timoshenko © Araheitm pubes ex 1043 5 of VB Ile, am eines «Rie, Rema 018 31 Seiten at crataon, © nba exteuton wm aaat Sagem STAD ura putcou en 1044, pare 4, roerodeyete Purote Mabel Ge Prope Sot Unvee: Pin's ardaat © Priemds mane ef TSE, ous ae v LORE, enue dn Haat Beton ‘catastagrauiocs Peru R's, Sua e Ib 416 8 primeirs eligio de Technique du cinéma (Presses Uni ecsitsires de France, Pans): André Berhomiew prea Gulro pequeno velume, Besa! de gremmaire ciématograe phigee that Nourse Betton, Pavia, 10), eonpagsO te Drinehiog clementarcs © de aigums rgzevs prticas pars uso e consumo dog eatudantes do Institut des Hates Btu- ‘ies Cinemategrayiques, de Paris; Un comps a8 ligies dadas por H. H. Wollesterg nn Universiiade de Cambetige constital anstomy of Me Film (Ofsralaid Pas bhestions Led, Londres, 1847), texto de thulo promete- flor, mas que Alo passe de tim guls, embora com obser ‘ragbes erties pessoais, tra ay avallaggo do filme nos seus sspecton attiticas,szcsia, metedokégieos ¢ eeanin tices, Hg lista nan termina sertsmente com The are of ‘the Film (Alleo and Uawis, 1945) —outrs tentaiva ae iniiagio uw arte eisematogrifiea — escrito por Broest Lindgren, que tua acrescerta is sise obras anteriores, cotng acantace, de resto,» Jowepa e Hoery Feldman ort Dynamics of the Fim itirmitage Hoses, Nova Tore, 31052), 60 a Pio Car em Las eafmacturas fandamentales {el eine UD. B. Esioriad Patia, México, 2958) ou 20 peo brio Marcel Martin, qutor do sem divida meditado Le tare ‘ange cinématonraphique (Baitions da Cerf, Paris, 3055), ‘hy napieagio yarcisimente croviats, onde afirms que «0 finorna, mais do que quatqucr gutra melo de expreseio artista, & 2 linguagem do sere talves taesmo 4 langage par exeellonces* Hose o cngta previa, mis do gue de ensaioa que de- rmonsiren s sua nauueesa ansinatuealinta e portanto arts: tlea featpo $8 vilidsmonte explora). dr proCuniaa ante Insex sobs oa mows aspectae extcleoe particulates co vai speesentado, 04 de Mais estados monogritiens sobee Algae dos aos miaca expressivas, naturalmiente eve Je- Toes no feito de anu visio geral dom pesblemas, See ‘goer este segundo eaminho por exemplo Baldo Balin € Ghatiso Viazat que, cm Ragionamenti ella soonorrafia, Woligeno, Miso, MB), dio um iaterceraite contributo, tum vardadcite« atinticntratade tesco sobre 0 asso, ‘guise completamente esquosido Flos préprics cisterath adores 140 volume & discutivel nay promlssss. Os autora divider «elementos do (ise «an determioamter (engine eamests, dngulo, moitngem, echogratia oa material vic ‘ual consiante)@ emt comjonentes (Iuainagio, recta silo, material plstion, eoncre); of primeteaa, diferente. mente doa sneuidos, serony «70a © OFigitals, URED ma ong estrotues, tanto meckkicamente come ‘Wenicamente, em tedea os senthdes». Ums tin rigorasa siblivisio © um tal aeantonsmenty yeeaio pur ua Pisin halismo abstracta. Par exempio en eorter, ¢ porcine a 5 embors em konto verso, na hteratura e na mse, (O'nesino easionaligmo abstrasto leva oe autores a atin ‘aren que 2 eenogrst 0 prineipal elemento determi stente da filme, porguants 0 pP5pti enguadramento se ‘entific nela, «Cada ver quo @ miquina enguadea qual quer tystéria, determina noccssiety y laovitaveimente ss wna porspostiva e usa figuragdo precisas que mio so male do que 8 jastaurigso do uma onem de valores enogeiticon. E, para feloryir a sua tose, Bandit « ‘isso airmam qua 6 poled mestac amt fie sen mos ayer, if 6, com uma sitssado Initermapta ae mos rmntes da méquina, com ums montagem no laterior Jo fvgsadrameate. Ora, a0 i880 6 possivel (The Rope, de Alfrsd Hitchoock, constitat ums teptativa masse sent), Get wevibide que spate exist Filmes om que nao Raje jpvifiea v hitexcionsl, por um analog for-soin afirmat que & existe Fronte 1 uminagdo, uty ave seja 0 aeetido em que ceentenise iar hmpRHE, que Eon © piccipal eles Fooquanta emt cia ne em, em tnento detertninanse do einem patents exit tm enguadrattento, nem mont enografia, De Testo, o¢ préprios Aaodini « Vise atte fom ve com suns mudanes de Dyesinagéo., num filme fine excusivamente de prtcitos e erases plano, bterss-iam evarivgies le gra expressive», isto & de Ceangrafiy. A corvohorsy & sua teen, os elares eta Paul Vary: -Quem representa amg frvore & cbrigado a nas eguieacen ace co “eteae ‘rts indo Inno eds Seer go fie weft scam lana a gslidned etn erovan © cing re ftom fnew rn at Eterna eu ateaea ine ean enim jenn taf Sa Seeeeee ee Te IEA ia bedi nS Foclgaljelteaale estelsala arte 3 fea ds seemacbprion, Binds Se yss ors inns art vrata, de Pere bat via nt» fi neste Ra figurar wo cbx ou sim funde, para a poder ver assente -arla H neste proceasy mental uma eopécie de lgica como que aeneivel ¢ deccouneuda>. Pais hem, pode obter-te fexactamente um procosso dacte género, n0 filme, com 8 {ela a earuras € enguadramentos ou primelros plsnos sonora, cor 0 didlogo. Neste easo, nem sonore nem dif- Jogos ecrlam ji elemestos componentes. Mas, com excep- fo destes pottos de parida,o livro de Bandini Viaze {rico de ontrieatos novor, de anélisesargutas epreciaas, fe sraciacinioss nfo abstractor mae conerstos, especial- reste nos passos que dizem respeito as relagies entre ce ografia e arquitectura, entre cenografia e misica entre ccangratis € pisturs, entre genografia eiaematogritica e ‘evoprafia taetrl. Este timo tema € também tratado, parclalmente ecom menor rigor esttic, pr Virgilio Mar- hi, na sua Dntredusione alla gcenoteonica (Theei Editors Litrato, Siens, 1946), “Teberemaguin recomega 0 eatudo da msea no filme ‘sonora ora Mutsylar roukov0%0 filma (A Misica no Filme Sonore, Geskinoizdst, Moscovo, 1990); Gerald Cockshott contin, outro plano, @ anélise anteriormente flta por Kurt London (Film afusi, elt.) e 0 seu Incidental Music in the Sound Film (British Film Institute, Londres, To46) ndo deixa de ter certa scuidade de investiga ohn Huntley, pelo contririo, Lmita ¢ seu British Film Music (Skelton Robisoa, Londres, 1987), como o titulo indica, apense ao cinema ingiéa, dogicando sea diversos géaeros (Hlmes de argumento, documentérios, desenhos Soimados) exaustives espituloe: impliitamente sie fiza~ ‘Gon, ¢ com claro eepirite critica, alguns prinepion gerais fe fundamentave sobre a misiea 20 filne, Em Franga, Lo ‘Duca, em Le dessin animé (Prise, Paris, 1048), anata, ‘entre oulras colas, a teria dase género cnematagréfica ‘special, jh er yarte trstado por R. D. Feld em The Art of Walt Dimney (Macmillan, Nova Torque, 1942), obra fais criti do que estética € que, slém diso, supervalo- rina Walt Disney. ainda em Franca, &editado Lresthéti> (que du dessin ontmé que & autora, Marie-Thérise Poncet, faz proceder, uo mesmo ano e pelo mest esitor,ée ua rai intereasantee original Btude comparative des thus trations du moyen ge ot des dessins animés (AG. Nix, Pris, 2052), Entrtanto o filme procure aumentar os #208 rics técuicos e, repetimos, surgem novas perspectvas, novos problemas eatticos para resolver. Neste tio sea {so operam, além de Eisenstein, Sepelluk eB, T. Ivsnov te io 08 primeiros 8 tratar do cinemas estereoeecpico om [Stereokino (0 Cinema Bstereosespicn, Goskino'edas, Mos ‘ovo, 1015) € em Rastrovats stereoskopia v kino (Bate eoscopia oom Reprodusdo no Cinema, Goskinoiztat, Mos: avo, 1885). RISE DUMA TEORIA E URGENCIA DA REYISAO Conelusao 1951 Act aqui procurouse recolber um matenal, © mais vasto possivel, para une primelra bistéria de teories ei- ematogrificae’ (que em diversos eaaos 880, como ee Vi, ‘mais pottcas do que teérieas) E & com bate neste mste rial que se pretende egara, como conclusio, retomar e de- senvalver 0 reciocinio orientader, ito &, vltar a proper a urgtocia de um novo exame de grande parte da actual Ivestigagio critica einematogrifia, 0 que pressupie um» ulterior e mais especifico enquadramento bistrieo-rtico ‘de quanto foi precedentemente exposto neste solume,* ‘A literatura sobre cinems, nfo obstante oa resultados -alingidos em determinados eentidoev em estes partieulo es, vive com éerucsiads frequéncia completamente ito: Inds, confinando-se a oi propria, Isto €, actua num campo de fronteiras igorostmente deimitadns,sbeurda condigho. ” ‘mesmo quando no se queirn acmitir a unidade de erte das oS tse deat eee se aaa ea rethos sotecastaios—o wea Guzeurcivueste bien tt tas or scltem teorias lesscwianas, seta conti o fazer sper por motivas mala ou mins eérasdes, Neate isolas swentorervain muitos equivocoy« as rstrcbcs em que #6 owes maior jarteds ertieae da ensaisties einematogris firs. Ber pritsiro hagae, 0 equlveca de julzae xt fla Ge umn fonto de vista ogchusivamente sclnomatogratices fe portante, de querer apliear Nemasiodo ertodoeamente “gunse dryumidieameate —certon clones, certs prime tipios « clementor que, alm dass, 180 passers coms & filme, cots, por explo, 0 corte © montageay; de fact, ‘um © outs tambm existom na Literaturs fvejiese oO” Inno de Arlasta ou T aepotert de Feeecto), na mien hora ein madida mals reset, no teatro oa em e570 foreias de testo (Shabsepeate), Hoje naa sb éinaceasvel a ingina cassitieagho erdquiea fits por Canudo 0 Seu Manifesto dele sete ari, cota tambim se 80 pods fompietitiar ep primevon daquwes extudioson gue, nda stegido & volts ds ehamada vanguarda, leveram 8s fle times eonsequénciae o eoncalen Ye efotogenine. quer pri= iru ny acepgto de Cazudo quer depeis ma. Je Delve: ros, por-amia posigho acantuadaments potémica. pstoncur a wataneza eapencatmente vag do citer, ees “cabarain Por nega no prio cinema poseibiidndes tee~ ‘rations comummente aeeites. Bm Datae fque, até ais2, reviu ef seth prineipios originirics), o svisusliamo> Je ells tomate, de Geto, eeinomategeatia interes, Seto F saminies os oot, seinematografia de forma» e sei> remtatoprafia de lize. Em plea fosafime nda & aequer Geteusvel o ssinoma einematogeifico» de Hans Richter de sutras goiicospintores que fenderam (e-em oestos ‘ists tendem aids Moje) a aninar exeluaivamoste come posicdes de formas ede eitioa abatractos, oa fotozentsty 1B inlsieg dizer finslmentn, coma ainda muitos stim, que 8 Te fundamental do cinema &@ predomlale da ims om sobre a palavra, timbim pode set verdudeire, mas tponas nos casos om gis exta Ici xe Meabibigue ean 0 6 tilo de eertas obras ¢ Ue certea Festizadorea,e 80 de ma- aeira abvoluts. © artista, como tal, escolhe 06 melos que The convém. De resto, demonstreue sites Waxes, praties f teirieamente, que 0 sonvro e 0 aidioga aio um facto fentrale 9 nfo adearivio: com base em ta princi pose Adare a Lusio das das césnioss», qe um eetions como ‘Arahat punts (@ ple ainda) em davida, eaindo porém no ‘ouivoco de um aerescentanento ao clement vista, acres fontamento entendido como aperteigonmente, come ape simagio entre imsgersfilmicae a eal ¢,portanto, como Aiminuigio dos emeins forrativos» quo Syottiswoode cha rari efactoresdiferoseiatoreds. Sore © eam equlveco aimiawigde dos éxetores digerenciadores 2 portante di: inne avtistiea) af bases tambina a negate do filme fllerome, O problema, camo ¢ dbvio, nfo pote ser risa) Fide com & mocinica 6 pertaita reprodugko das cores: {iste caap serie verdasleitaments inpoeavel, como ati Paul Rotha, ver se 0 eea emproqo poderiaalcangar slbo ox rosutador do que at obs belas jx existent obtitas ‘om o Branco € @ preto: busta penair nas relagies entre proton ¢ elazentog de Droyor (Vradens Dag: Dicg rat Dor exemple). Ba questo nba ode sor restelds com unt Imutivel eatilogo ie sconrslmibolom «A compas ‘emotiva e a fungia da cor — obwervn Fisenstln — nasce- io di determinagio do tema eredtien a obea et cole idéncia com o proceso pritico dos mstivos vives de foo 9 hime, Nie stetecemos & bei dos “aignitieados abso os", Wis agordo! entre cores © sone, dis reget entre ‘estes © 9 exogoen eapecitions.. NOB préprica deeidinice fin 9 conos ¢ guaie 08 son tain gdequilos a Urn 02 ‘ei etn daa eGo, Fegasdo a noes Nereida, H fo prugno Einstein em Staroie | novuie 40 Vell © 0 Novo, W26-19U), aasoeis o preto & tide quanto exite de ‘eaeeiondrio ¢ ulteapaascdy © emprega © Branco para Riprosentar « feliedade, @ vida © ae novos formes de atniistegio, Em aleksrnde Neva (138), polo eon fio, emg Braney exprime a erucidat, oprestio, a morte (Yejamse os eaidides trajoe das Ritter), enqus cont © peta {os wajos Cos guerreitos rustos) pete represent ua €omas positives do hereo © da patric LUgino Com raz Spattiswcte averted que ar gone ets que ees na gua eeramatieg» * a propato da cor ‘esoot sar connideradas extremationte experesentais, & fmmagent 8 cove, afirma we, tee Uta tendinels para te lurdar minis do que & saysm monocromitiea, ¢0 efete sua guadro, aeangondo mais Wntamente o sou suse Arman n instante do corte, Esta otaervagio, ao tomate = monte voto Ghigo epeiicefilmseo, tem uma in Ditbve Wolvdnde. ebjeep4o, guna Spottswood, pode ia deixar de ranteree se a reslizdor tease plena liber dade pava deinar de asar ag cons logo que e velosidade 6 corte io as cansentians Kin Leave Ber £0 Sears (2940), tae em teoknicotor, de Joba ME. Stahl, edger nga interessante for certos moto, protazenits, lien (Gene Temes, 451 doterminaso momento atirse fescadoa, Nesta aequatca, gue se serve de uma montazom de pesaton eurtes, © enquadramento tomadg do sito, pelt ‘aun brove durseir, nfo St pode anallene € pertamio apres clue om thdos 09 seus elrentan d> suntetdg ¢ de form (a nuuthor ealda a0 tapete; at oseadas; as relagoea ero ritiews entre cenries, material plistice « Muswinaydo. Mus o efeto cwotivo, imitado neste exquadramento por lum factor rasterat (9 tempo), Ao eompromete © efcito tutal gue daciva ds combinagéo do plano cam o precede oom pavguiter @efete 84 snoataqern nae tant no plano funn dos panos, sto 6 o efeito ay monsagem de Cla a aequéatia, O matizador tom uutra iberdade, atém 0 presmupowta por Spettiowvoe: ep fngar le pastar &a cor fa proto w braneo, po heute © valor iolads do engas ‘éramento breve; Zeaendo assim ao @ eonstrangide a re terdar 2 eoustricia da obra a sucifiear «ts brevissimos planos que contriiuem imbito para a variagia de ritmo pare 4c Ge efeites expecinn, dos quais dapense ‘qaae interamaente o valor do time, Voltamos pureanto 2 volki tors de Pudackie que sdeaouray ow da prea inpportincia ao plano em wi, Posts @ problema em tals tomes, pode evilar-me ets midanen «tio radicals, qe Droduziria -inovitévelmesto uma grave porturbagae & wn fupmidade a Sian © porkaato maik JanoH Ho gue vant an Eat Bt Te fl sr eet ‘uns seme dn oeadn Parte Ge on. aad Ieéatn na taponad 5. Spits. Grammer of te Fla. te Yen a panna eae wee eas, Rete 0 caso, nko fovado por Stbal, da dstribuigio ‘qualitative da cor, da simplifiagio dus composigbes {rica nos enguadramentos breve. Por outro lado, como j4 ae notou, os enquadrementos ‘reves nic podem eonsbituir » Unguagen einematogratics, rms dates Une das muss formas, um estlo oD Uma rane neira decte ou daguelareslicador, tanto mais que a teori- ago desats enquadramentos pasce de obras esreciais © de especiaie autores que hoje tender a sbandonasia (quanto 0 no fizeram ji). Pelos mesos rootivos tame bios a montegeas em gerul € entendida como «"espeitico flimico” por tendéneiss. Néo terminaram einda as discus ses acerca dos chamades filmes ehakespeariancs Ge Lau rence Olivier: Henrique V (3343-1944) e Hamlet (1948) », Pode rsren em dvi © Valor artitica destas duas obras (Ge qualquer mado née reconhecemos este valor, especie smente na primeira), mas sem aduair as cbjecgses de cert, critica que ao manteve em porigées retrogrsdss. De fata, ia move é que Hamlet nfo 6 cinema: fdas tecriae (ortodoramente interpretadas) que coloeam pa bise do novo meio de expressio a moutagem, aquela montagem que Bela Balazs chamava etesoure pottioay, © outros exactamente vespecifico filmicos. Ora w apresesta- ‘do descootinua ni exinte em Hamfet;o8 corte 880 pou Auisvimog ¢ « montagem verdadeira e prépria legen & ‘monlagem sem eortess, ite & a contiauos movimentos de maquina! etravellingos, panorimacas, movimentoe de ‘rsa; a criagdo do tempo © do expago ideals isto 6, tine atogréficas, quase se limita, pertanto, apence he fusdes, Eno € tudo. Os emeios formativoss ou efactorendiferen: indores» 80, alm disso, diminuidos, em ctrto sentido, ela «soidexs (Gerwads do pon-focus: de profundidade e campo), Maz nem mesmo wm exame conduaida arate plano lova a dar rasio a quem nega mms aeturves efotor Bénicas 0c filme de Olivier; os elementos nel considers fea aegitivos née excisem intairamente eas: naturezs tem, de quaiguer Jorma, podem eompromater © juizo artis fico, © impossivel coutestar a unta prosa earscter © valor de posse, apenas porgue se no fundamenta as métrive, fasta come, para permanssermes no neato tmbite, 260 ae pode negar tal valor a Chaplin peo facto de os seus filmes fio ae batearem na montagem. Neste easo, tatandowe de Chapiia e nfo de Olivier, parece-nos einda mis sbsu. do esltérg de estabelecer o valer stistico de uma Fell- ula na proporgao directs de¢ suse qualidades eiremsto. arificss; por oatras palavras, por ersas gualidades come feondigdo abe ab necessiria m9 ate guficiente para Jalgar bom ui fllme (e dal » aupervaloisagio, por examplo, de lguns flues de Hathaway ou de Sioduisk ¢ outros). Hi Filmes corrects, gramutic]esiatéetiearente, Que 150 P27 encom a0 cinema como arte, exactemente como existem romances gramatical esintacticamentejmepreensives, que ‘B50 constituom bos literatura. Nada de mats era do que ‘dentiicar a falta de montager: (0% gus acepaio mais ou ‘menos comuim) com a falta de valor artistic, Estabele do 0 que atrés ae iasiou, parace-nce que, perante obra como Hamlet, @investigasio critica deve eslocar-se nou tro plane. Admitida a posailidade de fusto de varias técoiens (principio no qual se basela 0 fanofiime canto 4ate}, e admitida portanto uma eolaboragio idest (0 autor fnfendido mao na #04 unigade fica mas espiitual), & necessio ver sté que ponte wna ¢ outrs foram conser uldae; quer diva, & presian ertabelece? sb o reslizador riou urn Haile «seus op antes © Hamlet do livre e, neste ‘aso, come fol execulada ¢ camo doveentender-seessa etra- Adugdo>, se contém oy nfo carieterartitica, Segundo 0 nosso ponto de vieta, 0 Ramet de Olivier € snbretudo us ‘cradugior mas, como veremos, de certo tips, Olivier tio fo baseou nem se inspitou apenas numa obra lassen, mas ‘bors em certor limites, ubmeteuse-Ihe, epecislieate quanto ao sidlogo € & palnvrs. A planifieadac (antenda-se Gidlogos © monéloges) 6, nes cago, obra Hi conclude © feompieta em si mesma, nio um esboce ou Una eontertora ris ov menos ede ferPos, ito €, metéria que tomar um valorpresieo ¢ definitive na obra realizada: no filme. Nesse rasp venfiezes exactamente a etradugéor: no easo opeeto [bt uma obra que far 20 texto de origem (iteraio ou tea: tral) apenas referencias maa oa menos drectas,e onde © proprio texto tem valor mais ou menos doverminante nas ‘2008 indicagSea cultura ede inepiragio (conforme 8 Go- tes artieticos do realizsder), Por outro lado m versio de Olivier nfo € apenas ma tradugae como podem entende-a f executivla ur actor e um reslizador teatraie considera- dos nas fungdes que 20rmaimente hes slo atrbuldan; € & ‘adugdo de um actor © de um reslizador conjontamente ‘eatrais e cinemstozrifices, no aentide de as fuss diver sas experinias se integrarem e ae fundirem. E no no feavivogemos com 0 que acima ee diate, Na vertade, coro Indicémos, o exame dot elementos eoasidersdos antifiimi- fenlul gue a obra possua sfotegeniso Brépri, ane legacsecte x0 que e> verifica nas pelcuas de Chaps ‘Agoim, ee & certo gue falsm of cores, ado podetos aegar 4p fume um ritmo cinematografico interior: aquele que ‘als conta, ae nie Bos equivocarmoe (eomo multes airs fazer) aceren do conctity de «aesion, isto 6 se 260 0 fentendermos como movimento exterior, metic, como fucensao de factos € H40 969 actos, Bese movimiento inter ror, de que falava Léon Mousinae desde 1825"! pode ser 4 facto etiogido com a Trontagem no plano, © portanto fom a emontagem som cortese que, no oso de fore, ‘consegue umn fluides de exmnpog eficas € aceiteve, © ver--— dade que os movimentoe da miquina #80 eTes gos cbs mados reslizadores emoterizadosy, ineapazes de narrarem or cortes; mas + emotoriagio» pode também eer uma ‘exigtca esilsticae interior, como ne verifiea em alguns reallzadores sem divida ineuspeitos (pelo mesos no pas- ssd0) de emotorzacioy, por exemplo no Pabst de Die Dreigrosehenoper (1981) 04 de Kamcradscto[t (4 Fro (ala via Mina, 1981) primeira obra, 08 movimentos e miquina do «ao filme tam de fable, irreslst/no se fondo justifionmce epels sptidso para enar uta longa ‘irie de acgdee gemeloabtess!, Anilogamente, ex: Hamlet, strevellingse, pnorsmicss © movimentos de grah 86 lementor devorativer, mas qusse sempre exsenciia, Na fo mato secon, Rad It (358) Roars 7 spsttinwoade, 2 Cmar of tt Fim, lt oquineia da tepresendecio se corte, com parte m4 de dhlo, ns panorftieas asgumem ym valor desarcve @ ler tsipete analitie, deseobrinde restos (eolendon em pr siciro pine, ante abteas colsas, pola profunditade’ de feampo) qe sio expelhos de seatimentes (noteze expe fialttete © rato do rol dapote da representagin do seu rime). 120 coneiaue oscilr da maquina de fifmae es Soils do principe da Dinamarca augers as sag dividas € Jncertems, 2 sus «loucura>. D eapectadzr & como que ine ‘rodungo na fhlimidade mais recdndita da persunagem, tana os traveling» terminim na nica de Hamlet, ex zrande plano, Além disso a5 aspiragiea do clevaedo sio ‘hugeridaa com movimentua asronsionais, como na sequba ‘cu om que aprece 0 Fei dufunto, ou na do seer ou ie ferei ap alto da oastolo ehegavae partndo de Of6lia. vo: tad para a eseada. Vajsae ainda eonpo do principe, que eonieida através dos Bostibes, haversameate, 08 mov ‘montes parx bnixo augerem o cima da drama e de trané- tia, as palsies terrenas, Neste aspesto & sxgwtar, no Inis ia, © tovimento de gran deseondento, apis a frase do jquanda: vl algo de corrupto no eino da Dinamareas. Per Suuews palaeras, ctravellings», pnoraniets emovMmento fie ron ldentifioamae com a atmosfors da tragidia ‘udgnivem um lor de metifora e de slnbilo, Emp tod feo, Haaetaleange unm (sda entre as das orice. a teateale cinesatogrifien! amon se itegram pars shim. [prose » tratoofo indienda, Traduedo, como 90 via, que 8 amin uma evarlagtos: a tmdugio dim texto, eame firma Croco, uma "earlagig” e, quando 6 hela, € uma nova obra de artes A ermuls concepsio dy movimento esti enteeitamente tigade a equiveco que eondus a Wdentiticar & natarcr2 dv nema cem © facto de we poder superar as lista immpontas poo teatr evo em que pares en, 30 me nos toiricuments, 0 pprio Olver, quando « proyisito do Henrique ¥ eserove: So cat 1969 exiatisse 0 eisersté- sgrufo, shakespeare teria sido a malor produtor de filmes do seu tempo. Pode dizer-so que ele excrovia fara o cinems ‘Wgrafo quando feagmestava a gegio numa site de Pogue uaa eet antecipava técnica dn tole, mpaciente cons fora © cotuo £0 moatrs, em muitos dramas, sons as pata antes limitagies do Jaleo. O coro que abre Henrigue squase conida & ersaeZo de um fimo" & Hgieo que 0 clas ta no consité (ow pelo memos nig consite spenas) no gosta de veneer as limitsgies Impostas pelo tantro, que ‘fo sie parabsantce no paso dos resultados artiticos. A possiilidade ou inporsitiiade de reeriar directa e mate. Talmente 0 emate do dois excreitos, = batalba de ‘xn court, no constitul uma diferenga eubstanciat e deter ‘inande entre aw dua linjuagens, a teatral ea cinemato- ‘Bria, Tal pomibilidade & um rlemento demasindo emi oo e material para pertencsr @ uma tenicn arialea ob uma atte, Se aSsim ho foser. na vordadeires aliases Aq cinema teriam de wor prosiradon apbretido etre 08 Westerns ou entre os flee de aganesterse, De resto, 90 ‘yuisermca mcsio euiP« enuntiad propesto por Olivier ea conecquette posto do Henrlaxe V, pode ohvervat se que © FRdlago € 04 coroy convidam éfPctivamiente 6 Fea eudonastor a crige 2 fle, ms que 20 mess temp Cal prélego e tate cores podem tammbom parwcer, a. pllewa Dlconisticns ot parererio pleondstias aa imagens viauais ‘ales figadasy of parecerso gatas titgnas ser Hastragdes ‘dos primeiros,e vice-verss. importinels do filme iio eoasiste apenas nesta prorura do um Ao¥e eaminko ong novidade 4 eotolha de utn ambiente ententi¢e so cialmente, mas também num tereciro glemente nao me- hog detormnante: oxactamnte no ampengo de ae toc niga nartstiva isis, anslogs tots nao igosl & de Rope (1048) de Hitcheack; na vertade, ela aio eovoaten 9 sua iis ot exiginoias codatodaey, as ait iteriores, ¢ ‘Portento no permanece mecinice elimitadn a si préprs, Inge anrge em estraita relagso corso intimiemo da narra fa que descavetve em saltng, mm carstante preo: cupanio de excluir quslqier concessio A retéries € aos sgalpes de cena, aqucles geipa ds prestigio, «moreesux de brgvures, ou ffagmentos de antelogin a que erequette- ante recorrem tncim resliadpres importantes Fara im pressionarem o piblico ¢ uma carta critica, A gma natra- ‘iva assim ertendida ¢ one a persanagens interiormiente cansadia tent aleangar « feliidade (embera snbendo, por exjorincia propria, que sobre © ramerse jam pies Tio cohstrast Ua ova Vide), melhor se adean Uns te fics nao suradisionals, nfo Bareada no eatpo e costes ‘impo € muito mehed RO stinems einmatogeation, ma Iontagem de peiages breves, Amtonion! prefere a men- igen 80 plo & momtagem dos planes, 9 movimsto Interior do enquadrameata so moviniestn exterior, ‘assim imi exasiderivelmente @ nimero de cenas: cum. Ge, sem carts, soquénciasinteiras de Cronnes din am Fei portanto, Pgiasimos castes e fours fuses © & ma ‘qu de flor extremaniente mével para Sugeri® cx est os 6 espirte dee personagens, Veje-en por exemple, fs eena da ponte aobee 9 Neviglio, com oe dois amantes 2 fstutarem 0 piano do crime, Depots de tr enquadrado 25 ftradas a0 Inigo das margeng, unio mmpln pasnramiea escotire em primeira plano 0 rosto do Paola, depols a ponte ¢ Guido que sabe a eaeonte do Indo ofoste: 8 leo LD psito a aniqniaa gira em terme ve personages, sue (in ot utr, cireundando-sg, qunae ines foes7 est ering ‘a inguietacio inferior, Ansloyo resultado alcanga Anto- rian’ na saguiacit oka escadas © db arcenser. A Tdquina feique Pacis © Guida que sobem, e aquele seu subir ae. (a mubir eo deseer do aseentor,ligndos aos varie « nis ‘en(es romoren, evelam ob Pexsaniehios dos dois antes fe deteeminson uma montager assoeiativa de ideas; © ssconsor recon autre, o dp Ferrara, onde teve lugar & primeira crime, a delberasie que & mulses est a pee ar surge com Limpida evidéneia quando, depois Je tor fritadg-0 seu dio Delo marida, Pan olba do alte o 138 bus eccrtas, O favte os comsplexoe moviinentos da mi ‘qh, em geal tata téckien mprenada por Antonioni Bio cousarem qualquce melestar (aquela weBsario He tenon a gta eatio ligado Ow Himes dos retindores ct Imades mitorizsios) portaue nto ys abvolu tamente nada, testemuatia que $40 foneionais, Cam Tim de nso interronper brutalmente oy movimentos Gy mi fguina de filmar, om poco cares sn, na maior porte das ‘eves, uma coondenaao ditecions) quer No interior quer no exturior, entre a plato Dresedente © @ seguite (Past fo sit quate xno alnar fixo no view penea ne dete 28 Guido; a eins € cortadn quando foca 8s gostas de Go- do, emboseado préxlime da poate. Earieo & enquadrado de frente: a cena ¢ eortada guido foes as ombras de Paola ro quarto). Nio & pertaato na teenies ent nguager ‘mmpregeda que se devem procurar as falhas o pontos fear feo de Drone dis amare: quately mutta € £0 feta de ‘Antonjoe! — precede cavio eat em apeofundar 0 i time de Puolae de Guido —acabae por limitarthes as ps cologins, como eve laolandinos no’ tempo © nd eapate: asim eles Aho sujorem nufisiontemente aqulo que deve Flam sugetir dn ambiente cm que vivem. B30 6 certo mente pela exelisio fisien» desso ambiente, porque cle fez parte do mista @ fo esto adoptades. Ro € por aeiso fo por comodidate de reslizngin guw 9 reabeadar apr ents no filme anuela Milas quae desorta, aquela soli Fin auld do Sesis, aoiex raron transeintes nas russ © nos Jardins, agece slimes rarefoste & volta das dsis mises: Sip tudo soisad que pretendem ter, © tim, um ‘aloe simbcleo, indleatde 0 joiner dé wm iundo en: laggo a um outre Q mundo de atta bargvesit e da sic Indistria, que exactamente o reulizador desejaria pene: ‘rer, permanece ausente porque faltam personagens real ‘ments pleas que pertencams a eete mando e gut dele ne Jam partelpantes ou testemunban;e falta ath Um prota. fonista easencial & economia do filme: um Angulo do trllngulo. Earico, 9 marido de Paola, € oa verdade reie- ido pars uma fungio eecvsdéris, “A posigio linguletco-etlltica do J citado Mitehurin constitu Um nove miftodo narrutiva que vem ineeri-e ro- e's tendéncia do cinema civematopritico, de podasos ‘mais ou menos curtos, ea que se opde a tal tendéncia exe ‘asc. como se viu, nums montegem néo tradicional, na Aiminvigho dus cortss, ze movimento lnteriar do enque Gramento de preferéncia to exterior. De facto Dovjenko emprege, em Mitchuris, uma nova moctagem por wis fem movimentos de toiquing ji iniindos (aqueles movi= rmentos de miquina tio raroa nos primeiros filmes de Biseastein e Pudovkin, porque nessa altura paresiam exac- tamenteimpedir os cortese portantoo mitodo de trabalho dos dois realizadoree, 0 geus princlpios scerea do eempe! feo flpico») que, 20 mesmo lempo, oe eaRociam & moW rentos no Fiano, eriando, na combizagio assim obtida, ‘uma nova e mais rea profundidade dr campo, novas ax pfieagSes e multiplicegtes de movimentos de naturezs ‘rie, Tal posto lingulstico-estilistice naturalmente 20 fe confina er 8 prépria, numa fungho msia ou menos cali- agritca, decorativa; Mitchurtm constitu um tiple exerrlo e eonteido novo que determine uma nova forms. Razio ‘pa gus! mesmo f cor, RESte fie, mio eo est etrets- ‘ents ligada tos estades do eoprita des pervonagens ras, sobretodo, ao tema da actio, Into 6, tem fungio represen tava, totalmente tendente A completa expressio dos fae- tos e do gov significado peiceldpico-iseloyico-lenifico ‘Duss colsss dover fer conaidersdae no fime a core® — tublinba Devjenke. — Nos oplabaion de pessager, que tém ‘uma imporsincia sesunditia, a cor deve tormarae um dos ‘principals compenentes de cbra cinomatogrifica ¢ © pia- tor, nesoes casos, deve seg um precican revelador de natu 01a. Estes episédios, reldtivamente raroe, lluminam tedo o filmes. Dovjeako emprega, por exemple, tons sombrics nna cena do didlogo entre Miteburin e © padre e, elo con- ‘rit, tons cleres (amarelo-aro, corde-roaa) 28 oes er ‘gue o@ ezaristas ariatorrdticos esearueclam o cientsta: & de Camu, Delite, Epstein e do Bolanx doa pr rsitoa tempos, Gritando éom Gance «Le tangs a Fimane ‘events, Carl Vineent. que faz leibrar exactamente 9 tealizadar se Napoleon, 6 wen tipi e nie solitiria repre bontante de tal eiticn ¢ iatoriograin, xe asin ee podem ‘iatinir. Disa, com rasio, qe uma histria do enemy fentondida como histria de atte & sind promatura. Cert rionts, histsrias do cinema somo histo de arte Mio @ so a tentativas de um Charensel ow de um Coissie, nem a, fbr Ja mals importante de Rotha ; outray abras (os vl ‘mes de Sadoul, editadag pela Denoét, merccem im lass 4 parte), como a de Bardens e Brviach hy maisapre. sliveis felos seus mires itriries do que pelea julsos nelag coutides (na rertade Sustante dicutivets). Por ou tro lado oni tentativas especinnente ax nde Teepeltan tesa uiot magdo, eu sen cera pe#fado, ov a um einero™ iBPiliea esiccal, #80 potas, @ ave deriva Je Pe ks de natoresa varia, emeadamenta de (seta de a tae ‘se basciam ser demasisds Jovem, perteacer es, a flmogratia entendida na sa aeepeto comum, Num plano wis filldgico do qua eritico, mais imogratieo do que grail, mais de sevdieas do que le histiris, eacontea-se Pasinett, en 2000; 0 seu tev batho corattuin © primciro e eirio contribute pra inds- ‘gagbes futures, um preficio necessirio 208 tratadoe que shaniimos prematures. No eaminho indieado por Pasi netti outros se eolocaram, embors o priprio Pasineti tenhs declarado, ants do seo pronatuea demsparecimento, que se tisha enyanaig ue era necessiria eater Ut ovo ited histérice. Que mitodo serin ens, € mooi vel saberst, mas ecerto néo aceia © adopeudo por View cent. B nio nes roferiios de moda tspeckt 30 facto de ste Gitmo ter dividida mntéria por nagées, sesclas, eapituiose subcapituios ebtivun a éate ou aqueleteaies dor, # este ou Agucle actor (vejacee Keaton) julgado mais fou tence importante, soguinda a8 tentativas de Botha, {8e Bardiche ¢ Brasilich e de Siargudonna pe repeindo es muitas veres ag proprias opinion «Ns, tists do cinema —declneava Fetdar no preliclo a sbiadriay de Vincrss—nunce tieemos tempo part perminecer uma posieSo conguistada, para analir o no8to cx: minbo, para eonhecer a fundg urn instrumento que mth Som parar nag aoetis mies, mesmo enqutto estan ‘eabsthar. Pa determinar as leis de uma arte to die de aprofundar, devids & sua extrema mobiizede, be suas coating etdangas de plans ede aitecci, As suas ita. as © a3 suas porturbagies incessuaten, ven na0rssiria ceuyar sim Inser de obsaevacto Fora da matéria.. Cat ‘Vinwont pongo que sdmente a evolugSo artistien da enema reria ps town digna de preailer a niengéo...» Aasim poe fava Reyer. B Vincent eseroveu: «Bcarimios 9 estado do onto de vista ds formnedo w x evalua do filme come pravenia artistion osiginals Ora, A parte 6 facto ae a ‘vot urtition no poder oer tomada em 8 mesma, 6 ‘cn fundamental de einer coinide extetamente, emt Yuent, cum @ prineinio desmitico do «preominis da Insaget sobre a palavean, de uma e86Bneia entondida por: into como sagen @ -meltenton, tas aeSK0 © Movie vento Oxteraees, miciniees Uaneeaata ao fectoel | por ‘aso Tincent na oUser¥a sequer aquelas li, em continua fevolueio, de que o prépeie Fepder flava" aquele close fromartss que mode sim parse ras mee dog sealae Mores mieamo enqento estio a erataihar, Dai, suites coachusées veradeirameate sirpreendentss, 30 Teno tanto Guiste be cesultsdos nllugidos por aquste critica fue, para julgar alckoondr Nevski, eontava a frasas inte Mle e loniva sets dum caderno para depois {her 08 gus soma somes itals As feitas for Vincent ‘que, facto fla da -geeaeie> de Toby Ceerteell; chara {brealzadores mieaior’s, come wen Crure ou um Flezing tandasea observaderes, lirics, yooiaa, animaderes de epojuianss considera o netfige De Mille «gran» may Feo inovaor (2) do eatlon; define Grace, matursimente, come oinia Inveatvon, Picks einematogriegs, «0 Unico fgrande lrieo- franedet a tetGrln'& eontundida, evident este, ott 8 porsis, Esto © oitios fos turtante Corsa slvertide Barts so 9 tupiaenes fosse um eritice cinema tosrifco: 4 -uiiceia» de Vincent eaberin & mesma sorte vinci Motrin dowels ues de Grose O ‘tor ftenin na boa companhin da Move De agorde, «Le temps de Pimage vont Bas 0 valoe desta imager — «ait essduoie —fo! ezolacotanda poueo @ poucos outro tempo ehegou, Se parlesemes em Ganve (@ no apenas em Gan) a hstinis do ete: eetoriaeoneluida ha temos, Shantes dowalventa do sonore (quando, de resto, a legen- Sag, satitas veers abundentes, gubstitofam 08 aalogos) Portanto, ndo se poderia tnserin nela ehras como as eta fas, com tichurin © La terra froma e todas ae outras So tvnteatsm salting, q¥efiguram entre as mals impor rites eri 2a lime dacinio, obras reveteclonrias fexactatamte £0 plano artistieo e, por conseuinte, ta them noe sone rontedes, Parmanecer agarrado a eerica rostulades, aos velhos princinlos torleas, signifies, entre Dut cols, considera @ prigesan da, Lgenion cotne a Dbsticule ¢ no anitir a possbuioade de que ale sea at 7 Gino Wize, Que in ni i 90cm me ann, “hl Row 4 Surty of Wild Cinema, Vision Pross Laodnes, 149. peri i,s lian Sate ‘gor dia ultrapassado: isto 6, rir na cara do einems este. Feoscepico e panorlisico, tel come woe nossos antepsseedoa Stiravam puniedos de terra acs primeires guarda- ? De qual fgyer modo, & por tore esquesido ow deseurada 0 campo Ge investigagéo atria indioudo, que quase tades a8 taorias ‘inematogrificns eonsdoradas neates volumes danueian, tntre outrus cota, ela obatante aa una proviosas abaer- ages e 08 sous contributes, a2 estretes mites am que se rove, So de facto teoeioe muita veres unlaterais & formalistas, nic romente de ton Arnot, mas Camber 5 primitivasteoria de Balazs, E se eate timo doixa, om "rir Warete, Files aggre «mega, certo momento, o movimento de Lukacs—o idealists — pelo rterialiimo dialétice, a gua potigdo permanece Sempre, e em rutios pontos,ligada & posigéo de partisa: dai es cantradighes em que cai; def as erticus que Ihe foram movidae pels duas partes da barricade: pelos idea Linas, que o scusam de edesvios marzista © pel0s mars tas que véer winds nele concepgaen de arte burguess Isisestco Kino revels, segundo 0 marxista M. Rozeatal, soma tendencia profurdamente errads, que transparece Gas efirmagées de alguns eritices de arte eestetes: a des. confianga perante o realiame artiatico, aconeepsio do rea. Jismo came um métode de descrigia dos factcs pur coustaute pars orieatar a snvestigagéo no aentice de resolver a quesito posto, por example, por Barbaro, E als ou mence formalistes slo também muitas teorias st Ge Pucovkin e Eisenstein. O euter de Mat? (A Mas, 2925) ‘firma, no velbo Pil forafsin, que o copeeto de taza ob festranho d artes; eo Fealizador de O Courapado Potemin (952), embers partindo dae esquerdas bepelienes, acaba ro fundo por esquecer muitos princpios, nos seus argue tlesimos © doutlesimos tratadoe, Nas primeirss teoriea- ‘es de Pudovkin e de Eisenstein (pare nfo dizer de Kula. fhov ede outtor), nem aequer en note is euténtin conte Duto do peosamente demozritico russe do afeulo 3K; no fe nota, por exemplo, « influéneia de Bielineki, Herzen, ‘Tehernpenevshl, Debroliubov. Maa esve pensamento dem ceritico (¢ até yevolusiondri, bistérico) encontra-se er muitos dos seve filmes que slo frequentemente exerplos clared de ete realist, Pudovien e Eisenatelo teorieam, tos primelres tempos, sobretuds « estrutura fora, figu rotivs, 265 muna experimentagses préticas, extendas como forma que se deseovolve de modo imancnte, «A eat Lica do reaismo socialists Jo cinema —enplisa Pusev- yin e Smlovs —foi-se formande através dot anos, Mi tos foram os gous erros, multae as aves experimentagies formalist. Nao écegredo que, depois de sparighs do Cone rogado Potemkis e de Ade, slguns dos nonsoa Pealizadores, como Eisenstein e Kosintsev, Trauterg © Pudovkin, e© eixaram stra pela teoria do "ipo", que neE8 0 actor proficsional, © pelas experimentagies 8e moztagem, que roduzem s nsds'0 argumento,e imagem ea aegio do filme, Fol preciso bastante tempo para os mestres 80 2os4o c= betoa se libertgress de fais erros, Em mums, © Feslitmo socialists ao cinema nfo fe afirmou ebtitamente. Desto volveu-se na lute coatra © formalism, 0 empiriemo, © ‘naturalism; na lots contra os reslduos da teoria da mon ‘agers NeGrites com grande ardor — eeerevia Elyenetein em 1994 —abatxo o argumento @ 4 trams, eonsiderando © entrecho como ums Jina individyoliste 9 Interior de Uni versslidade do todo que nos era oferecida. O argument” trams, que em certo momento pareciam come Que uma tmanifestacio de individualismo na cinematografie realy ciondria, voltam ao lager que Ibes eompeten.*© Hoje na URS. S. verficane portanto 0 fenémeno lnverso em relasio is teorias anteriores, JA no € eonsi- nll URSS. Le Eitziact Soest, ‘wore TT Pata tnt, pli na a oe rece see 4, Basher em fetal Finan» yoyo sone vy ‘Auger emma ws n'a pe oo pars eras come base da ate einematogeétien + montazem, ‘qualquer forms de montagem, Pelo eauuririo, 2 bise Je iine & 0 angotaento,entendila como repeesentaeso tar ica © completa dz tema, da eealidede dialietien ea vida; se portsnto © préprio toma nio & #4 considertdo camo eon ‘eito eatraabo & arte. “A drtmaturgia einometogratica — tieclara I. Bolchakoy —estd na base do filings «Eim ne Shum arte come no cingrta —corrobues V. Cherbin —¢ ‘vidente © prodominie do oxtoido aotee forma: 33 gua Tidedes do ‘lime alo determinudas pelos do argumento, Prudsiw dasa enorme « teoria do charade “eepecitieo Filmco” que nio tom nad ers sonar crm as verdadeiens Tein da arte clnersatogrética, com aspiragio a wma ele- vada testa artitieosprotissional. O profissionaismo & “tntico ¢ progressive quinde a originaliéade derive. da Griginalidade da vide... B 0 Velho profissienalisme que prosupde o eobhesimento de uma espicie de alguimia do ‘aumento, Pretendo-ge sigalficae com Isto © eon junto des reternos processon” com os quals se deverin coustruir os sraumentos, Indepeadentewete dp tent, das caracteres, {be dein obra. Uma tal eoncengio do “especitien fe eo" reduacse priticamente a ynnn Drreies que opera fivindo entre ae Iie da eragio do argumento w as reyes fe tea a Kteratura govidtica, 0 Fesiamo socialsea. Dat 1 inportincia extrema que 6 prUnria RolsiaKow @ 6 pros pris V. Chardin —e com eles 96 ertiees soviticus am ge- Fil fogehus, naluralmente, 08 gue perience 8 KeUPS ‘dente, estetizanteformielista, diigido por 1 Trau. berg, M. Bloiman, V. Sunn, N. Otten) — dio vo arg ante, catendido coro nove gcnero fteritio @ cujo vaict Sartisticamente axtinomos é eomparsdo ao do texto pol feo ma repmescvtneio teatraly portante, vome 0 arama, fle no tera spenas um sepectadder haw tamin ay biter (e,a vordade, on argumentes a U, R, 8.5. 0 publi dos em voluties, « nas revista eneontram hugor ao fafa ‘dy tosiroy, Dal toda uma iteratura 48 prosa, da pour sevlties oars 6a apologieta de eaquemas mort, ds Zaluimia do anguenton, ce liom de Turkin @ Vaca stein, de Popow e Tebirskow. S. Diaitriey revd alguns, ex fuioayida de modo «special a obra dum velho professor, V, Tunakovaii, que Wb (ou via) 2 asturezn da obra dra itiea ng «técnica» da sus eonstrasia, nos proceston for ais, muitas vezea sepsrados dos problemas do Tealisno edo parthlariamo de arte, I Grinberg eitea, por si vez ', Volkenstein, que ignora 0 conte da arte interessin oae pola forma pUFa>, pelt «categoriag fmads, pelo fonceito escolinticn du vespga monumental> extendido ‘Gamo sexpecificofimige» sto &, oF UM cinema divarehado 4 vida. B 9 pripeio Grinverg, juntamente com Boiehakey fe outioe, resus o¢ toxton de tim Turkin ow de um Pal ‘ner, que baasiom nas tints esis situagdes dramitieas eG, Polth. Patmer afirma, exzctamente, que © stainza., e j8 UR proeDror So mareiamo, lvls, subline a taterdependéneia fentre crit historven o erica eatétea, e um dos pri meiros teteicos vos taetismn, Plecqngy, allrmArs qUe, cprocurande © oquivaleate socal de wm fendmena I erin dade, a critica tooialista Uraise a st prépna. s@ rio corpreender qs nda é sifciete deacobrir este equ valine, e que a sociclozis ado deve fbr a porta A est. tisa mse, plo contrarie, atta de par em por. O pri meito acto da critica materlalata (0 iavetigagie soci logle, Jonge de trnar superilue © segunda (a invastiga- ‘io estities)exigo-o coma sot eezaplemento necessision Dessreolvende exsstaments tals ses, V. Cherbin, depuis e ter indicado a funcio fondamental do argumento, ee fefica que formiss artisticas clevadss dovem exprimir 0 tens ea verdade do mezme arkuiente, Eo defeto de apliengie do miétodo inasnto & de resto dumunciado pelos paipriagsovlétios, que no escondem » smautlsfagho nor Gprande jars da aus Weraturn cinamatogeitica. Mane ‘ch Pogujewa sublitham que o joraal «Sovietskoie ts. kusstvos, embers doninclando qie a eritica nao eumpee 8 sons tarefes, continua x public resenhas emedioeress ‘cbanaisr, Irasen como «© realiaador saute .», 7D re tador conse. >. «Mia do que mode cobseguiu? Parque fsoube? Com goa meiosartsticus aleangau @ seu objetivo? Como descobriy aqucle dri oimminko que podia conde. parcanente mutch tel Befiag oan “Iv, e 0 condusl, ao éxito? A entas perzuntas of criticos lo respondems, B, «com grande atigois, Pudovkin ¢ ‘Stoimseva afirmam que #8 teoria do cinema sovitico € 0 sevtor mais atrasido no filme, Escrevese multo pou, fxistem poucas (nveatigasées, pousos eoeaies, poucae mo- ografiet capates de oferestr material pars uss estudo Sprefundado des camintos do eineoa aovidtco. & Te Visio tcdriea da experiéncia do nosso cinema € todavia neceasiria para gue se porta desenvolver com exito 0 823 trsbaiho faturos , B os Je eltados Maneviteh e Pogoseva, acresceotar: «Paltam-nos, para eter apenae alguns €xe0>- pes, ensaios tobre © problema de herd, da naturera, do covflto drarsitica, das relates entre o elemento dramé. tieo € 0 épieo, do diglogo, da cor, da lingutger, Todos ee tes problemas Sio levantados pela pritia do filme, yoo pede & ertica endlies © generalizagdes Um ripido 75 Tance & ltorstura existente sabre cinema persuadenoe fcmente de que existe entre aés uma fagrante fractura entre a pita ¢ 4 nua teoris. A teorla ea histis do ch. ‘oni ert atrasadas em relacho ao filme. Entre 2 fexinte nem pode existir quelguer tendéncia para superve Torizar a funglo @ o significado de forma, quolguer ten. ‘nein pace c consierar mistinamente, ome Independente fe esiranha. Mas nem por iso o problema dy forme daixg de existir na eitética marxinuadeninista. A ver‘sdeirs obra artistica, que nfo se limita & superficie da vids race The dessobre a esetnea, nko pode ser Uae efpia mecinica propels vide B por esta razko que nasce exactamente probleme da forms, que €© meio que dé ae artista possi- Diidade de ce clever & uma geherallzago da realidade por Imagens, abaadonando em certs medida 0 apacto exterior fe aparente dos fenémencs e dos acontecimentens ‘4A vids tecreve por Sta Dmitriev — exige innstentemente vr Ge clatore & verdadeira eattieg Iepimsta da arte cinema: togratica,e que se elaborest livros destizados& rescu deste importante ¢ complexe provlemss*. Mes, raals 60 que de elaborar uma estetion do He, treteee, came vie os, de inser o cinema numa esttic, a eatetica valida De facto, 0 proba aberto né eampo eeptctico do fiime Go meno problema laterte na estetica marxista, De qual (quer modo, se ames, exactamente por ums exigéacia hi tries (isto & para afirmar a natureza artisiea do novo ‘meio expressi9}, era polemicarpente necessiio (aer inc: Gir a atencio sobre o cinoma einematogriticor em set tido mais ou meses amplo, por outras exigéneas bist cas & necessrio hoje, ¢ ainda polimicamente,afastarse Ae certos princpice tecnicos 36 wltrapasstdos © de gis fquee anise excusivamente formalist © portant inom: pleta, Dizer, como acortece ainda multas vere, que filmes fu sequénclas de Clmes sie ecinematogrifietventes belo, ragietrais, sugeslivos ¢ assim por diante, enumerando adjectives, no significa nada oy signifce bein poco: em qualquer caso aly canstitul juizo ertieo man, quando muito, ertisa exclamativa, lato € peeudocritice. Filmes fou sequéncias de filmes chamadon cineratogsaficarmente bates, magistrais.wugestivon, ete, encontrarl0 cos lores gecerminantes, ag ques Intima ontlicagies, quando fempregador ene fungdo palcolégin, expirititl, tematic, sdmitiads que thie filmes e taia ecquéncise contenams ‘um poeologi, um ema, um coateédo! elementos necenake os para a obra que pretesda er arte. & tarefe do cr. {co e do ensalstasondar, especifiear, eneoztrar ue rasbea profundas gue indiiram 0 reallaador a empregar este 00 faguele método de trabalho, este eu agusle meio expreasivo, feste ou aguela estritura, Tudo iato 26 € portvel exacts: rmente ap inserimmcs 9 cinema nos problemas da arte, ds ‘ida, da historia, da cultura, No se podem julger obras temo Ln terra trema © Ledera, Lady di ticiclette e Lo Deauté du diab, Metchurin © Francesco, Gulla de Dio, Howry V © The Heiress (08 agruparaentos nio sto casuas) fem gers! todo neo reahiemo Malian, santo remontando, ‘etre outray coisas, as diversas fontes hitéricase literke rat, socals e teatrais—de que partir Viaooatl e Gee tina, De Sice-Zavattin e Clair, Dovjenko ¢ Rossellini, O- vier ¢ Wyler, eremontando, alm disso, ax diversas coadi= See ambienies dstermizantes em que as préprias obras hascortm. E evidente que eludimos aqui & nacessidade ato e urea metodologia simplesmente bistéies, mas histor ete, nesse plano que devem anslisarae, por exemple, o¢ problemas respeitantes as relagdes entre cnet, Vide lis feratura, em certs filmes que aio etradugdes» na acepsto apontsda (erry ¥), 04 que apenas partem do texto pot Heo para chegarem 3 ita nova concepgio © visio do mundo, come no caso de Za tera treme, A erigem literé Fla deste eepinédio do mars ¢ Verga. Os pontos de con ‘acto com I Malavogiia surgem evidentes Mae de que na- ‘taress £107 Em quo limites operam, ou em que litvites podem ser encerradea 2 juigador? Eletem, 0 romance x0 fiime, Tress ¢ a casa da Nespareira,antlogs é& com posigio das duas familias, « dos Malavoglia ea dos Vslas- ‘tro: 0 patrds "Ntoni ¢ Longo, Luca e Mpa ¢ Lia transfor siamese no to Vanni e na «mis, em Lola, ex Mars « er Lucia; e, no lugar de D: Michele, do eareteiro Alfio e de Sara, aurgem don Salvatore, © pedreira Nieola e Nedda Poses entontrarse outras soalogias: vejam-se certas si: ‘uagees humnas e eertas didlogor entre Mara e Nicola, entre dos Salvatore e Lucia, entre esta e arm mat ve ha, e © podtica sequéacie ‘em que a rapariga conla & crianga a (hula do 78) 08 coroa (8 f4bula € de Verge fe certas expresstes € imagens como «0 war & smaTK®; € “emulleres que durante & tempestade experem 0 reereses Go barco; e¢ arresto da casa, » mudabga de aeite 0 an! gar do pox, as atitudce de pessoas siméveis, om a wie fo queito>. bas se alavogiis & um precedente indti- vel de La torr (roms, e ye existom estas evidentes ana. logits © correspondéncias,o conteddo e a visko do filme slo autstancialmeste diferentes dos do romance: & extra A posigdo © a rerlopio, outros #20 o8 interes ee itioos © bumanos de Visconti, », 20m oR Fovendedores jr grossa Th que © ronuriee fx veka simples also}, homens que explaram ‘nuceos homens com ag suas balan Esleas corso Ju, E tenta a vous revelucio, ito 6, tammar-se independente, Labalhar por conta pripria. Para comprar wm bares © tina te fer uma hipotice da cura; oa peimiros terol tiles slo bona, mas uina tampestade dest a Plana os Valsten parecer figuishdos, Vern 9 dogeow, 9 a0 fadvece, Lia e Cala nfo resister a Ho desmerecido infor Unio. AC primeira, eodurids por don Salvatore, teraa-se uma prostituta; © aegunda, costestada por um forsgido eisa a eusa de Trezza. O préprio "Ntent, ainda por cima abandinado por Nedits, meto-ve nas taboenas e cmbria gece. Permancce 2 purer de Mara, que nao a0 eemte digas, «aZ0ra que f pobre>, de Nicola, 0 droite, Mas tho fim eonfiange vos « "Nt; 6 de nove constrangio A teaathae, com os dois irméas, para os sregateirs, tas esti cero dumm future melon, Nao é portaato um Yenc, como os Malevogtia, mas um rensedor: abe Porque perdew momestinessents, cones 3 rasbee m2 ativas ‘da. sw primoira exporidncta, O plssimisme & Sisstada: & rebel religioas contea a historia (Vergal comtrapde-se a tentativa de uma redlife social, de ums Inte per uma difetvate dignidads homans, tentative. que Soverin enonceae 0 sou desarvalvnianty 25 vas e002 ‘en em dois epson xguintes: o dog minciros @ 0 dos oumponeses anda Bao realizslon fe gue tavez nuea 9p3- regim na tela, exactamente devidys conelisies ambientes Aclerminantes 2 que se slusiu). Fortanta Visconti no fee apenas, com La terra trem, uma livre adaptagio de P stalanlovi, mas inspirvase (nos limites © no sentido poatades) Bo romance de Varga, de mede idéatico pre~ seadeu Fené Clair em Le nonce ext Wor (0 Silencio & de (iro, 2618), filme que tery patos de contacto com L:éeoKe des Jenmnes, mas posigio © slugs dlerentes, Emile iq ogve 98 pogadss We Arnaiphe, isto & n> vai conten naturesa; portants fiea excuida a puniche a Ie vielods, 5 spars enitica dog rivain eiumentos: 0 Lema toena-e © da umizade. No pritaeiro e no seyndo eno, 0% gontos de vostarto provi de ums cultara ndquiride e reelabo- ada, de uma experiela nascda de outraa experienciss, (quer directa quer indirestas, exactamente em virtue doquels colaboragio no tempo he qual se bassinm graade [pate da actlvidade exiadora e tambim, as wousedas» ene~ gles teateale do pripeio Visnont, © yueifiead, @ ate logico, ques realizudores de La terra troma e Le wilence ‘est dor tenham afsinado tamblm 0s argumentos. Os nes de Verga e Viseont podem aer associades, em varios campos © sot mais oportunidede, noutro plane, © artis tieo. 0 segundo vem a ceupar no cinema a lugar que © primeira gcupa hé mite tempo wa literate emo eatro, Com Verps, @ enaturiiama. tarnaee estilo: fom Visconti —o tials singular © importante reaieader italiano —0 eneovteaiamioe torna-ce estilo, A verdade dentfienae com a anvengie podtiea que, em La terra trem, possui uma ceargs exblosivar, uma forgn ina lorivinalntaderovolustonaries que aio preeursoras dog the os; totar-sta sso, em tede © a6 alcbnee extent, dese {ro de des ou quinze ance, quando o filme aurgir ainda como actus © 4 eritica histinien, parm he estabelecer © valor, no teader tgoto 4 situlte na tempt em ave fot eriadd como eetudur of fendinenos gue o determinaram. EE verificartest cada ver meihor que Visconti nao fol «+ tn dum ripido esgueme preesabelecida 4 que levied ebedesurs.€ que, mesmo fartindo de ume precisa posigho Ae eontriia e ortanta de forms (condzaa de resto neces Givin}, censeguid aleangar uma intima correnpundénie entre ests © agucla 10 esquema, no Visconti de La terre trem, iSentitie-c, ecm vimes, cor umm fasta hua 2 com uma particular vio, a que ele obedece, porquanto fazem parte do sen mundo expreasivo e nio apenas eon lemplativo, tal como pertence ao mundo de. Verga 0 seaqutman, 6 assim o quiscemios ehamar, 60 elle dos *sVencidoss: Em 1 elevnyiie eta nao existe endo a Tata elas nrceteidades taateinis, Satisfeltas estas, a Drocura torna-se avider de riguenas,¢ enearnay.se-i nh tipo burgwis, stro don Gemualit, integrads no quadro finds restrite de uma pequena cidade do provincia. nas ujns cores comecania a art mis vivag € 0 dosesho a torrar-se mais senplo © Yorialo, Depois tormarseA val fade aristoraticn ma Ductcrsa de Leyea, © ambicde 2 Gnorevole Scigioni, para chesar 40 Uomo de 1390 que ine todos eases dejan, todat essta vaidades, todas fesso8 ambicSes, para as compreender e gofter com elas ~T Sianat erem pete 8 Mah td ret fl Intraentseemprovsdy: os epoorea Sat td pei weer ee ‘em sin etd tetonmo © Berta Te ict Bone Acer dames se cdc soenn Nees (gue aa sente no aangve © por elas é destruido. A medida (gue & esfers da aegio human ee alarze, © complexo der [paixdes vale complicands...O eaminho fate dzcessante, ruitas vetes itil efebr, gue Bumanldade serve para Alcangar « conquista do progreao, ¢ grandioeo.. Cada um, fo mais humilde ao mals poderowo, teve 0 eeu papel na Ita pela exiténcis, pelo bemester, pela ambigio—do us tilde peteador so novo rico, aguela que ae introduxin nas tls classes, 0 homem de engenbo e de vontade enérgica {que eenteforga para dominar ge outros homens ¢ Fars cen. feguir por ai propric aquela parte de conaideracho pica (que of preconceltas aocais Ihe negam..»” B evidexte que f senquema ee torna tee, 6 que fave asin entendida tanio em Verga como em Visconti, nko € um eouceto es ‘rare a arty, aan antes Ine pertence.F nko pode concur. “os que. sperante im desenho je eoncluido, penae Feats fontemplaglo>, mas OU Meboa eetetisarte, que ge COncre. ‘issria nome verdadeirs e propria siconogratig» enum Sfostamento de residade, no tentido da procara € mito, ‘Vimos que Vieronts no oe ita @ partir de ums neces Gade bistéricn «j8 dad, maa desenvolve de odo biston ists a gua visto eo mundo dos pescadores;vaiem procura os eomplexoe fenémenos que éfe corpo ao facto human, fe cy ename tornese constante indagagio paiclégics, ‘espibtuate socal: torma-ge drama, A composigio pictéri ovgpico ultrapasss 0 decorative eo caligritio, mesmo no formalisme que te pode encontrar nor elerwentoe campo nentes de cada enguadramento, justemente porgue no fijme sentimento e rellexto nko esto justepostos e por tanto io ee peruureers wiutusmente, mas eonsepuer stingir uma sintese eada vex mis fs factors vie Busus € sonoros contribuem assim mare dar vids bs perso Degens ¢ de guns viietudes, pave criar paginas licas € épicas, porn augerir ua emeczo ma gual se stuam sent zentos bem definidos: os do podreire « de Mera {persons- ‘ens que, plo facto de mudsrem ds cendiglo, nem antes tem depois se gentem edignas ums ds outra), ée Lucia. ‘que conte a bistrie a erianga, dos Valastro duracte a pi so ex mudanga de easa. A econterpiagio» nio erie per- fsonagens como 'Nteri ou como Mars, Lucia e Nicola; pele fontrarig, © que as ia € agutletrabsibo drecto com um ‘materia! Buia, que Viecont indies como condigho weces- sitia para consirsie homens novos, que falem uns Lingus insictiva: ¢A experiéncia realiada easinou-me aobretudo aque 0 peso do ser bumano, a aun presongs, & a Unica “eoisa" que verdadeiramante preenche p fotegrams, quo © ‘ambiente €eriado por el, pels sua presenga vive, e gue Uso paistes que © agitam Ihe tdvéte verdade erelevo: por ou: {ro lade, azDhie; @ nus momentines auatgcia do Pectin lo fuminoso voltar a ear « cids eelaa um aggecto de ‘Baturesh mortay ?E Viscont) reslios 0 weu aepisdcie do mars em Trezza, eom scores nko profisionaie; em vez ¢ internratar Gioctamente a natures, faz-nos Vela ree {oectiéa nos rostos como 0 drama: no © war em tempes ‘ade, mas os patentes que esperam nos rochedos, ¢ Mars que vai a easa dos Bandlera, ¢ todos aguses rotos jovens fosadea de preferdncia eobre o «fund». La terra treme Glover Vere, prt et Sand Sa Shines Ge outs tormi-se assim «revoluciondriss também evido aot meios ‘exereasvos empregedos em estreita relagi0 com 0 sits ficede bumano e roel que & peuco e pouco vio sBqui- indo: os complenos movimentas da maiguinn de filmer e (08 cones na wequtncia do degredo, toque lento dos ei, falar em alta vor dos pescedores, ogrito da mie so # ‘at ofilho, c rumor do mar eempre presente, se risadss de ‘toni no represyo de Cathni, ns Jargoe panorimicss i\- ciais eobre a praia, a profuadidade de campo e a fotografia, GeG Also, comperivel 8 de um Tiseé Eo facto de em {La terra frema ge nota? # mitoloia (entendids ns acepato ois comum) 40 consitul wm factor nezptive, mas (Goando muito ume preva de gue em Visconti existe uma Constante pertcipagio homens ea realidade: efectivar fhente agsinelammce que © mundo do tio Vanni esté sings presente ¢ em Jota eom 9 Rove Mundo que "Nuoni, & er parte também Cola, vo intuindo (e7Szoni tem rezio, no bei ber forgse, mae tem Fesios), e 0 tic Vanzi é uma personage: snitclpie, tal como & ambos, to fecbads ra tras dor. Mesmo a lentidfo da narrative (e existe uma nar ative em La forme trema) encontre fiauimente b aus bicagio expressiva, Cada artista db ao ge trabstho o an= amento que julge nsceasiio, ¢ 0 sepieédio do mer» ex: fia justamente um andamento lento, pars se unifermisar coma naturess do drama: € também assim gue Dreyer a+ fgere com atdiogo andamento, eri Vredens Deg. © eansaso Interior dee guae peraonegens. © dilema ¢ portanto claro: ov at faz cbrs de etradie ‘gion, caso em que € necessivio um rigor eultural e BuToN sin e, ex certs lialtes, 6 fidelidode uo texto poético ov literizio (Henry V); 04 be toma 0 texto Iiterrio ov Pot tieo epenas como ponto de partida para fener um trabalbo ‘completamente novo, que € exactamente 9 casino em, « preendide por Visconti em La torra trem, Fora de urn tal ‘Blema, aptaas existem gcrias Vejose o aso de L/eders (2850) €2 Auguste Genins. «Parecia us cass abala cforms, mas que conservasse um certo gr de grandeza € até de poderio, Aquelas peredes som eal, que éeixavam ver fs pedras corre, aquela porta negra ¢carunchot ari [Fide seb o arco como ur acbre decsdente protegido sob © feo toe erma onde erase a uta, weoehe ‘at puida elustrosa, de antigo dazasco esverdeado, pencia melancéicemente de uma varapds do andar oup- Fors, alo tudo coiaas que eneerram, no romance de De Tedde, um rourdo bastante preciso, embora «misterioso». tun estado Ge fastoe refentnciaspaiclégiess que, pee com tris, parecer nig interessar @ Genina. (No entanto © cescrtore ards inaiste paqusla Imepo™ © em todas as usa “Don Sinvecne poreciase com 2 ud chs. também ele decadente e orguthoso, alto encurvad, des Gentado e com 08 olhor negros eintlantens). Ledera de Deledda nfo ter certamente intereases eocini espectficos use positivieta de Vie 227 mate, por exerplo, of e La giusticia, 00 # atade de diferente nsturesa da FP aeize edigio Italiana de Dopo il divorato. Be gfe tem fs argicia de concluit eam a partida de Annesa de terrs fe nko com o Seu casamento com Paulo (eps a longa peas ‘eapisitual que ela cummpriv); se o filme, por outras pals- ‘yrug, revels uma enipdacia narrative em certo aentico ais emoderns> do que a do Livro, ao mesmo tempo, 306+ timcnue em rolugio a ease da tuulher -oumc a urea porta que & Hecessirio brim («A partir daguele momento fol assatteda por ‘uma eapéeie de obseasio: aprcwimanse do velho w estr3 igulido, f4eilo finmente eolarse, faai-lo tombar pars ‘einpee no abitmo de que ele sala de ves em quando, f gritars). B depois, apos © init aseasinio de tio Zu, Yejumse os mieica anilazes com que pretende dar a news Siiginy o dnelizer da eabega e 0 fechar dos alten da sussisina, qUo i 0 rosto da velhe radar vertiginoss rete & sua volts, Mas sibitamente um paseo ano no silencio da note casa, sobre 43 pedras himudsa do eam rho, Ra sent wun novp tervar, pols ne parece ter recumhosido 0 atdar de Pano, Aquele vis, em itéico, {Ge Deleda & compreendido por Genina demasiado ma: terial » mecinicamente, segtndo © Ingar-eomum, Tepe times, do ama vetha © nie justified téesica, Assim como seguir, exogerando-a caligeafieamiente, a teotia da rmontagem do padagos eurtos (a mesma formulada ¢ er Dregaca por Hleeaatein ¢ Pudovkin ney seus primeinos filmes) wie permite a um realizader, masa ineetigente ‘cone Piasnter,sonstenir, em pene 1925, ura obra vida to plano artistice, La rivola tet peseators*:exsckntnente rorgue nto #2 tia, ite 6, mio €e 22 um obra nova, sem fSuporar ellie experigelas. de qualquer modo 3a tne Yelandag pelo satin que adoption was @xporiéacias (a fuaxem) ora exprimie, uo pipet momento wm que Ra ‘Secours um musa ¢ uma visho partoglares @ que elt ‘estavam fatimamente ligades. Cason antlogos a08 de Pie ator 6 de Genina podem encontrarse em certs uray de zep ow no deriaio (1938) de Ruttmann. Portanto sustentar ie mio se deve enenospresse a vida real om favor do sim engudo formalianes ov de felton excemtsieean, que 6 necessirlo delinear a bistsrie es petwonsgens em estreita gags com a historia da teers a qe 15 peoliaZens PEFLENCEM, Yue a aTte eats Seftinads 4 desenvolver uma importante fungs® de vas guard na wid azcial (no eonflta entre © relho co n2¥e, nize o-que tnsce 6 0 que MOF, sustentar to [ao, oltre coins do ginero, deveria ser indlsutivel. Assim como re devermn tomsir em considorngio a xobjectividade {lag formas» (ow soja a forma como sepressio sevici flovar e foment acita deasa realidade sem o deetacar Lawson) 0 roisintismo ravoliciondrio na secpio gor- lana (A nossa arte dove estar acima da reaidade, dave ela, isto unia apoiogia do romantiomo? Sim, se pode chamarge remaatismo 9 herviemo sosal, © entusicsme ‘eultural¢ revacionsri da etiagfo de novas condigses de ‘da ns ormeis om que este entusiasmo ge manifesta em fa. Mas, eitendoor, ese romaatiome pa s0 pode om fundie com o de Schiller, de Aygo, doa simbolistass) *? E doverovin euatentar a eaeictce spoliticas da obra de arte, peo mienoa no sigitleado de RUSSO, isto 6, de «poli usa transcendental, splutinleay, sTodos nés nos ork ‘thames —eseveve Luigi Fusco — no de saerificr a lite mturt A polvtia, mae Je JA no covesbee a Literatura fem un opiniao puliien, Os Iteraton pros © aamist 0a slo conservadores pros, pedintes que vestem ths. jos de cortesios.." 32 de resto, vendo tem toda a ebro de arte, ow aio de arte, & ctendenciotan. A gue porto condusem 0 ebamaso vestar & parte» ¢ ws boss posigees encrticars7 Afinsl Ure posigso acritce #6 0 Eras epatéocios ou, quando muito, nas intenctes. Mesto ‘quando 0 Sesejn proposiladamente ¢ o dectark de inl, Go qutor—-enactamente porque € um ger pensante, Setive — nance poderd ter uma posigfo objectiva: (quando Tauito eproximaree-d dela, © problema & apenss de quantiénde, Consciente ou incenscientemente,” x [perscoageas, meime quando ee querem dar «tais como ‘or (expor aucpleemente factos), emunciam sempre, lima mais outras menes, ceiie slmpatia ou antipatia 60 posta; por ua ves elas tm uma influgncia directa ou ind recta sobre o eapectador (ou wobre o eitor), insertendo {alver alguna pontoa de partda, come aconteceu exacts rente « Antonion com Enrico (orice industrial) de Cro» aca di ty omore, G assunto deste filme Hentificase ectivasiente com um problema de consciéncia, um Te dnoveo que nfo pose shrir earinbo a ume nova vide, per (quanto a Uiverdade material, entendida na au plenituée, pressupde uma iberdade moral (Giovanna e Enrico tanto ‘vos como depois de mortos, param os dois amante), mus um problems particular, maemo 0 do tradielon reingulo em que ge bagels Antonioni, deriva de outros ‘problemas mais gers ener por iso mienos substancite Felaciona-ge com ob esstumes, ¢ F=rasto com g sociedad E demonstra télo eompreendido o prépria Antonionl, a0 ceacoliee como protagonist da sua scrbnicae a mulber Ge um ro industrial ¢ ao eria> o ambiente da segio po Milgo de elta Durgucala. B evidente que, no. pro prio momento em que se di esa eacolhs, nao the pode ser fesranta uma delermjnads intenglo de caricter social ‘A prépria efabulagdo pues exci, embors muitos 0 pres fendam, Um cardeter «tendenciosis, isto & uma «anoraly falula docet, de Esopo a La Fontaine, E sles fabes ne font pas ce quel somblent étre; Je plas simple animal snows g tint feu de waitress quer dizer, costém elmer: {os alegéricoa, obrigando-nos # observar de clos abertos dentro de nbs propriog, «Eu nie sou de modo algum adver~ shrio— exerevia Engels & escritora slemi M. Kautshy — Ge poesia tandenciosa como ta. O pai da teeta, Bsqule, ‘eo pai de combdia, Arstofanes, foram ambos poctas tex flencioao de modo bastante evideate, assim camo © foram Daste e Cervantes; e 2 qualidad> priacipal de Kabate und Bhebe de Bchilerconsite no Tarte de sero prtaeire drama ‘lomo Politiamente tendenciose, Os eseritores rassca f noruegueses contemporinecs, ace quais ee dever esti: endow romances, 9 todos tenderclososs*. No final dx Btoria deta leteratura italiana, 0 eads vez mais sctust De Sancis observava: «No seu camiaho, © sentido do real vais detenvalvendo cada ver tals, eas eigacias ponitvas oma a guptemacig, estrainde todas os coastrusbes IMeaio e tatemétieas. Os noves dogmsa perdem o erédito, Permaneve intacta a ortiea Recomeca 0 trabbo paciente da enlie, Volta a brilbar no borizoate intelectual Gali, fcompanhada de Vico, A revelusi, sprisionada e acanto: hed em organisms provisdrios, retoma su libercade, lignse de novo 4 2789, Ura a8 consequfocies, Surge & sovinlisme na ordem politics e © positivist ne ordem inte 1S Retehso por Banos ee = lectual, A palaven de orders Jé no 6 apenas Nberdade, mas justi, toes 08 elementos Fees da exieténcia devemn ter Aiparte que lues abe, x democracie néo 96 jundica, mas cvectiva, També a hteratura ee vai taneformands. Re Jeita ae clase, a8 distingdes, os prvilégics. © feio vem & per do belo, ou; melhor, no existe nem belo nem fei hem ideal 9 nem real, nem infinite ¢ nem five. ides flo ee eepara, nem exté aciina do conteGdo, O conteido no te eepara de forma, H4 apenas Uma eoiga,o gue vive. DO cio do ideatisme surge o realise na cigncia, ne arte, 28 histéria. £ uma sities clminugio de elementca fantasti- cos, mists, metafisiees e retricos. A nova literatura, efets a gua conscidacia, adguiride uma vide interior, femaneipada de tavslucros elissicos © romintices, €2> de ‘vide conteraporines universal e raelonsl, coma filsotie, come Biatéria, come arte, como critica, empestacs em rea. Jisar cade ver mois 6 teu conteide, cbamate hoje, © & & Leratura moderna... Oa sistemas eo suspeitos, ax lela fo acolhidas com desconfiangs, 08 priacipios mals Firmen ‘80 postos no eainho, #4 no se etimite nada que mio re- rule de uma série de actos eomprovades. Comprovar un facto szscita meis interesse do que extabelecer um lel ‘As dsies, on motivos, as formulas que outzora origins vam, tantas lotas etantas paiebes alo um reporsrio cenvencio- ral, J& mio correspondem 20 estado reat do expiita>*! Eslss palavras de De Sancio vém, vétida e sutorizad mente, reforcar a necesidade da noeea reviio, « nova fexgincla da cultors einematogrifics. A situegi da er: ea cinematogrifica ¢ andlogs & das outras erticas: 3 Iierarie, a dae artor figuratvas, etc. A eitica cinemator sgriflca tide é mais do que um stctor 6a critica e ds eu “Ao apresentat a raedigio da sus Stora detia entica romantica in Hal, Giuseppe A. Borgese cublinia que De Sancti reslveu a questao da métedo eritico ms syn incom parivel percepeio da continuidade entre eaues @ efito ¢ po sonsiderar toda # histéria civil ¢ lterérig da Taba igorosamente como um Gnico desenvolvimento "Ente tm faltado, nates dluimes tempos, envites para seguir De Sancts, 8 comegar pelo de Gentile. Hoje tai convites ‘jk nko devem entender-se, naturalmgptc, no wentita de va tar emecénicamente 2ea conceitos que De Sanctis desen- ‘volveu em toro da arte ¢ da iteraturas, mag antes de Vassumir perante a arte ea vida ume attude semelhante ‘que assumiu De Sarets no seu tempos. A evitica de De Sanclis — eacrevi, do circere, Gramsci — «é raitante e no “friamente” estitica,€ critica de um perlodo de Intas cultural, de embates enire coneepgies da vida antagéni- as, As andlises do eonteido, a sritica da “estrutura™ das obras, Ist 6, da coendscla Higiea « bistiricoactual dos eonjentos de sentimentos represintades artatcament, festlo ligadas a ets Huts eultsra.. tipo de eitca ite aria propria da filcsofia da prage & cferecido por De Sancti. ela deve fundic 4 lula por ums wove cultara, rantece De Sez, Sine dl eraie tong, et Borger. Src dla tie romain Dae

Você também pode gostar