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O amor sensorial a origem do criativo, daquilo que est nascendo.

. Sem o amor sensorial, nada mais existiria de sensorial no mundo; sem o amor espiritual, nada mais haveria de espiritual na evoluo. Quando praticamos o amor, quando o cultivamos, derramam-se no mundo foras germinativas, foras criadoras. Devemos fundamentar isso com a razo. As foras criadoras tiveram de derramar-se tambm no mundo antes de ns e de nossa razo. Certamente, sendo egostas, podemos eliminar do futuro as foras criadoras, mas no podemos apagar os atos de amor e as foras criadoras do passado. Aos atos de amor do passado devemos nossa existncia. Assim como somos fortes devido a esse fato, tambm estamos fortemente endividados com o passado, e tudo o que conseguimos alguma vez produzir em amor ser pagamento de dvidas por nossa existncia. Podemos, ento, compreender os atos de uma pessoa altamente desenvolvida, pois ela tem dvidas maiores para com o passado. uma atitude sbia pagar as dvidas por meio de atos de amor. O impulso para o amor cresce com o evoluir de uma pessoa: somente a sabedoria no suficiente para tal. Imaginemos da seguinte forma o significado do amor no atuar do mundo: o amor algo que sempre aponta para dvidas existenciais do passado, e como do pagamento de dvidas nada sobra para o futuro, ns mesmos nada possumos de nossos atos de amor. Devemos deixar nossos atos de amor no mundo, os quais ficam, ento, inscritos no suceder csmico espiritual. Ns no nos aperfeioamos por meio de nossos atos de amor, mas por meio de outros atos; o mundo, entretanto, torna-se mais rico mediante nossos atos de amor -pois o amor o elemento criador do mundo. Fonte: GA 143, palestra de 17/12/1912, Amor, poder, sabedoria, pp. 37-38. Reviso da redao (sem cotejo com o original): VWS

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