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Eis uma ponte perigosa feita de madeira. Do lado de c, quatro homens chegam a cavalo. Um cavaleiro, um mensageiro, um curandeiro e um cardeal.

Todos eles incumbidos da misso de descobrir o que est acontecendo ao castelo. Do lado de l, o castelo. Seus muros altos escondem as runas. No difcil perceber, pelos drages que voam ao redor em pura fria, em esqueletos pendurados daquilo que um dia foi um guarda. Deus deve ser a testemunha dos horrores deste local. Deus e um Frei. O Frei foi encontrado em estado mais horrvel possvel. Suas vestes estavam rasgadas, seu corpo estava machucado e fraco, ele mal conseguia falar. Quando finalmente foi encontrado, desmaiou em um sono de dois dias, seguido de um perodo de alucinaes. Ele falava com os olhos vazios e amedrontados sobre os horrores que fora capaz de ver. De uma maldio. De demnios, vampiros e outros tipos de coisas diablicas. De massacres, uma chacina que cobriu toda a regio daquele feudo. Todos foram mortos, menos ele. Ele e a filha do senhor feudal. Ela est sob os feitios de um demnio poderoso. Aquele feudo ser o pedao do inferno na terra. Obviamente, todos ouviram aquilo com espanto e ceticismo. Ele est louco. Completamente louco. Deve ter sido torturado ou coisa do gnero. Mas algum se preocupou. Preocupou-se o suficiente para enviar estes quatro soldados para fazer esta visita. A ordem no recuar sob qualquer hiptese, sem a filha do senhor. Se recuarem, morte. Mas observando o cenrio a frente, morte tambm. No era possvel tudo aquilo que eles haviam ouvido de lendas estava vivo em frente a eles. No h muita opo a ser tomada aqui. encarar de peito aberto seus maiores medos, tremores. Encarar a morte e contar com a sorte e a proteo de Deus. Um por um, eles cruzaram a ponte. Com a respirao pesada, com receio. Um por um, eles adentravam o castelo.

Agora, o que acontecer ningum jamais poder contar. Mas marque minhas palavras: Embarcaram para uma viagem sem volta ao inferno.

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