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Intratexto Parcelamento fiscal das entidades mantenedoras de ensino Inauguramos este espaco aqui, na prestigiada Revista Linha Direta, que atinge 0 publico da educacio basica ‘eda educaco superior, razi0 pela qual pretendemos, ‘em cada edicdo, abordar assuntos de interesse dos dois seguimentos. Devido & atualidade do tems, sobretudo, em funcio de passivos tributarios existentes por parte de entida-~ des mantenedoras de ensino particular, trataremos sobre a possiblidade de parcelamento de debitos fis- cals de que dispée a Lei n? 11.941/09, CO tema é de extrema importéncia, considerando que, para o credenciamento de instituigdes de ensino e au torizacdo de cursos, conforme discplina cada sistema de ensino, as entidades mantenedoras devem com- provar regularidade fiscal. Na educacao superior, ocorreu um avanco significa tivo na inclusao social com a instituigao do Programa Universidade para Todos (ProUni) e também com 0 aperfeigoamento do Fundo de Financiamento a0 Es- tudante do Ensino Superior (Fies), 0 que nao evitou © grave problema de inadimpléncia de estudantes nese segmento. E fato que a educagao, em todos os nives, deve softer ddesoneracio de impostos, pois a formacdo e a quali- ficacéo de recursos humanos sdo fundamentais para © crescimento do pais. A educacao deve ser tratada como um investimento, e no como um custo. Em funcéo da carga tributariaexcessiva, os governos vem, de forma sucessva, criando programas de refinancia~ mento (Refs, Paex, Paes) em forma de parcelamentos, om o objetivo de permitira regularizac3o das dividas fiscais dos contribuintes. (© parcelamento em comento, denominado Refis da crise, oferta condigOes especiais para o devedor,jS que todos os débitos administrados pela Receita Federal e Procuradoria da Fazenda poderdo ser parcelados em ‘até 180 meses, incluindo-se eventuais saldos rema-~ escentes de programas anteriores (Refs, Paes, Paex. eparcelamentos previstos no art. 38 da Lei 8212/91 e att. 10 da Lei n® 10:522/2002), mesmo que excluldos, Por José Roberto Covac e Kildare Meira além de montantes elativos ao aproveitamento inde- vido de créditos de IPI e também a parte relativa aR retido na fonte e INSS retido dos emipregados. © parcelamento abrange dividas vencidas até 30/11/2008, néo importando se esto. suspenses, inscritas em divida ativa ou ajuizadas, salientando-se ‘que 05 débitos que ainda nao foram alvo de parcela- mentos anteriores fardo jus a uma reducéo maxima oferecida no pagamento a vista em 100% das multas de mora e de oficio, 40% das multas isoladas, 45% de juros de mora e 100% de encargo legal ¢ a redugao minima prevista no parcelamento de 180 meses, em percentuais respectivos de 60%, 20%, 25% e 100%. Hi de se ressaltar que esse programa de parcelamento acarreta consequénciasdiretas também na esfera crim nal em especial com relacao aos crimes contra aorcem tributéria e sonegacéo de contribuigdo previdenciria, jd que esta prevista a suspensao da pretensao punit- vva do Estado com relago aos débitos acordados e a permissao da inclusao dos débitos de apropriac30 no escopo do parcelamento. 0 art. 69 da Lei prevé a pr6- pia extingo da punibilidade dos crimes anteriormente ‘mencionados no caso de pagamento integral ‘AProcuradoria Geral da Fazenda Nacional ea Secretaria. da Receita Federal, até 27/07/2008, editardo as normas regulamentares, considerando o fato de que a adeséo ‘20 referido parcelameento se encerra em 30/11/2008. CO parcelamento ainda permite que o contribuinte se lecione quais créditos vat incluir na sua confissdo de divida, reforcando a necessidade de, antes de se optar por tal possibilidade, realizar planejamento tributario da instituigao sobre o que compensa parcelar. Ml José Roberto Covacé socio da Covac Advogados As- Sociados e da Covac Educagao e Solucées e consultor juridico do Ciesp e da ABMES. Kildare Meira cio da Covac Advogados Associados, wwwadvcovac.com.br Indice de Desenvolnmento‘ds Educacso Basia ~ Minstéro dn Educaxso.

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