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Tem razes misteriosas, mais alta que as frondosas Sobe, sobe e tambm desce, Mas no cresce nem decresce.

Trinta cavalos na colina encarnada, Primeiro cerceiam, Depois pisoteiam, Depois no fazem nada.

Sem asas volita Sem voz ele ulula, Sem dentes mordica, Sem boca murmura.

No se pode ver, no se pode sentir, No se pode cheirar, no se pode ouvir. Est sob as colinas e alm das estrelas, Cavidades vazias ele vai ench-las. De tudo vem antes e vem em seguida, Do riso morte, o fim da vida.

Caixinha sem gonzos, Tampa ou cadeado, L dentro escondido Um tesouro dourado.

Essa a coisa que tudo devora Feras, aves, plantas, flora. Ao e ferro so a sua comida, E a dura pedra por ele moda; Aos reis abate, a cidade arruna, E a alta montanha faz pequenina.

surdo e mudo, Mas conta tudo.

Sempre se quebra Quando se fala.

magro pra chuchu; Tem dentes, mas nunca come; E mesmo sem ter dinheiro, D comida a quem tem fome.

Passa a vida na janela, E mesmo dentro da casa, Passa a vida fora dela.

Est no final do fim, no comeo do meio E no meio do comeo.

um pssaro brasileiro, Colorido e diferente, Seu nome sempre o mesmo De frente pra trs e de trs pra frente.

Tem cabea, tem dente, tem barba, No bicho e no gente. O que ?

Tem chapu, no tem cabea. Tem boca, mas no fala. Tem asa, mas no voa.

Corre em volta do pasto inteiro Sem se mexer.

No tem p e corre, Tem leito e no dorme, Quando para, morre.

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