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Negros tem expectativa de vida menor no Brasil

QUA, 20 DE NOVEMBRO DE 2013 08:57 REDAO - PORTAL DE PAULNIA

VIOLNC IA O PRINCIP AL MOTIVO SEGUND O PESQUIS A DIVULGA DA PELO IPEA

A exp ectati va de vida de um home m negro no Brasil 1,73 ano menordo que deveria ser por causa da violncia - o valor mais do que o dobro da perda dos homens brancos. Os dados, levantados pelo Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada (Ipea), mostram que, a cada trs homicdios no Brasil, em dois a vtima negra. Para alm das causas socioeconmicas, a maior razo das mortes violentas dos negros, diz a pesquisa, o racismo. Informaes sobre mortalidade do Censo 2010, usadas pelos pesquisadores, mostram que a taxa de mortes violentas entre os negros de 36 mortes por 100 mil. Entre os no negros, de 15,2. A principal concluso da pesquisa que a cor aumenta a vulnerabilidade dosnegros, que correm 8% mais riscos de se tornarem vtimas de homicdio do que um homem branco, ainda que nas mesmas condies de escolaridade e caractersticas socioeconmicas. Variveis como educao, emprego, renda e localizao do domiclio explicariam, segundo o estudo, apenas 20% da diferena no nmero de mortes entre negros e brancos. O restante estaria ligado cor da pele. No Esprito Santo, por exemplo, homens negros perdem 5,2 anos em sua expectativa de vida e, na Paraba, 4,8 anos. Nos dois casos, a queda na expectativa de vida do grupo causada basicamente por homicdios. No Rio de Janeiro, o nmero de negros assassinados duas vezes maior que o de brancos. Segundo a pesquisa, mais de 39 mil negros so assassinados

todos os anos no Brasil, contra 16 mil indivduos de outras raas. De acordo com os indicadores, 61,8 % dos negros vtimas da violncia no recorrem polcia, contra 38,2% de no negros. Entre a populao negra, 60,3% no confiam na polcia e 60,7% temem represlia. Entre no negros, os ndices so 39,7% e 39,3, respectivamente. A pesquisa mostra ainda que na faixa dos 10% mais pobres do Brasil, esto 11,66% dos negros e 5,41% dos brancos. J entre os 10% mais ricos, aparecem 6,80% dos negros e 17,82% dos no negros.

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