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JOHN LOCKE ENSAIO ACERCA DO ENTENDIMENTO HUMANO Tradugio de Anoar Alex Fundador VICTOR CIVITA, (1907-1990) (el Eaitora Nova Cultural Lida. Copyright © desta edisto 1999, Editora Nova Cultural Lida Rua Paes Leme, 524-10" andar CEP 05424-010” Sto Paulo = SP. Coordenagio Editorial: Janice Forde ‘Chefe de Arte: Ana Suely Dob Pagina: Nate Fernandes da Siva Dirctos exclusives sobre as tradugies deste volume: aitora Nova Cultural Ltda, S80 Paulo Diretos exclusivos sobre “Locke - Vida ¢ Obra” Eaitora Nova Cultural Lida Impressfo e acatamento: Gréfca Ciculo ISBN 85-13-00906-7 Vena permit somente em conn comm sie de jos VIDA E OBRA CConsultora de Carlos Estevam Martins ¢JoB0 Paulo Monteito ‘A ttsr0tia poli datngltre do séalo XVI tem como mat: cot tem nds on ano de 108 109 Em Te, faeces abet {ise 160) ea coon colada na ceva cde ame Sto (866129, Em 6, Revolugio Clon fer sper ao tomo cel Gutherne fc nange (6504709 sun esposa Mana 602 eh, Ente aul dus orrram os conftesdetremes do abuso do pode: pr pate Gee tants do innatin ds Stunt a tenttvas Le console des inser do fungus reas poe sus epesenaner a Glinara dos Comers No cul ation, o abate dos Tudor constiua expresso dos terse ta teen a cs spins eps do sb dene prod Henge Vil 1-34) Heabeth fo ‘Bn muitobesem martrscu poder com dasa aprtncan degoverno opua. Quad desea Gestear didn Ge poplar vidos, ‘oriam fomaldae de ober provera paramentar guano mses “Siva ris dni, ablam somo fae ara que ts eprops pric dna vlutnie dos epesetants do pore Nowtclo XV, conto aatuaiastrouse-A brgucsa eta sufcentemente orld fora prendre governs fons pa. SStcarseu domino sores rats Acrorertvete 0 ate de {eo shears Sar ado tno a mesma hblidde qu sup ae ue nine | por velar Henge Vda Fang 58610) SRimava“oimbeal mas tere da randade’ pecedia fad Irena a autre rl ho poder divin. Sus suceores cambiar pte mess vise edo 9 elo XVI cot marendo pls constants Polio ene a atoidade veal e autosdade do Parlannte. Eases com tor ses spc lose, envolvendo poets conta cat icon mu snretado eam eepesto de inter een veer tes, Am das oposigdes entre a aristocracia medieval e a burguesia,con- trapunhamse os intereses da burguesa metcanti,protegida por priv legios de monopélio,e de novos stores que procuravam quebrar esses rmonopélios, alteando as relagesexistentes no comércio internacional ‘Ao lado dessas fora, havia ainda uma nova classe de empresirios age cols e novas camadas urbanas,interessadas na expansio da indstria de transformagio, 0 resultado dos conftes fi a derrota final do absolutismo com a Revolugfe Gloriosa. Em 1689, a Cdmara dos Comuns triunfou, mandando chamar Guilherme de Orange e sua esposa Maria, que se encontravarn refugiados na Holanda, Outorgando-Ihes o poder real, o Parlamento bur- gus deiava claro que esse poder era derivado do seu ¢ nele deveria fundamentarse, Méoico, FLdsoro & Potirico "No navio que tansportava Guilherme de Orange esta esposa Matia encontava-se ofilésofo John Locke e sso ao era ola de simples aaso. Locke participosativamente do processorevolucionsrio realizado em set pals e essa paticipagao podera er remontada até suas orgens fanvliares John Locke nascou a 29 de agosto de 1621, no seio de wma fama de burgueses comercianies da cidade de Bristol. Quando estourow are volugio de 1688, seu pai adotou a causa dos purtancs e alistou-se 10 cexército do Parlamento. [Na mesma época, Locke estudava na Westminster School, e, em 1652, tansferiuse para 0 Crist Charch College de Oxford, instituigio & qual estaria ligado até 1684, primeiro como aluno, depois como fellow’ Em Oxford, Lacke deseneantow-se com oaristtelsmo escolistio all en- sinado, mas recebeu também duasinfluéneias fundamentals para 0 curso posterior de seu pensamento: ade Jon Owen (1616-1689), que enfatizava 3 importncia da tolerinca religiosa,e a de Descartes (1596-1650), que 0 ibertou "do inintlgivel modo de falae” dos escolisticos. Ses interesees como estudante foram bastante diversiicados, abrangendo desde a qu mica © 2 meteoroloia até a telogi. Finalmente, optou pela medicina ‘comoatividade pofissional. Datam dessa época sua aizades com Robert ‘Boyle (1627-1681) e Thomas Sydenham. Boyle repudiando a teora ais totlia dos quatro elementos (jgua, at, terra ¢ fogo), foi o primeio a formula 0 maderno coneeito de elementos quimicos.O segusto revol cionou a medicin clinica, abandonando os dogmas de Galeno (130-200) ulashipotesesespeculativase baseando o tatamento das daencas a cobservagio empiria des pacientes. Locke integrava, assim, 0 circulo da _queles que valorizavam a experiéncia come fonte de conhecimento,« a ‘bra posterior sistematizaria a filsofia empinsta. Nesses anos, redigis fama pequena obra em Iatim, Ensis sobre Let ds Natures, Emborafortuitament, sua dedicagio & medicna experimental tam- bbém servi para fazé-loingressar nos ctculs politicos da Inglaterea. En 1666, Locke tornou-se méico de Anthony Ashley Cooper (1621-168), posteriormente lorde eprimeiro conde de Shaftesbury. Como obteve si ‘cess no tratamento, Ashley © empregou como médico particular e acabou por atribuirlhe outs fungdes, como a de seu assessor Locke paticipou, assim, da elaboragio de uma consttugio para a coldnia de Carolina, s tad na América do Norte. Em Exoter House, esidéncia de lore Ashley tem Londres, Locke convivia com os mais altos ezculos intelecuaise po Iiticos da época. Nesse periodo comesou a ecrever um de sas obras principais, © Enso sole o Entendimento Humano,na qual trsbalhasia du ante quase Vinte anos. Com a rpida ascensto de lorde Ashley, multpicaram se suas oct pagdes politat. Em 1672, lorde Ashley recebeu o titulo de conde de Sha tesbury e tornou-se Presidente do Consetho de Colonizagio + Comérco; logo depois, scene 20 cargo de chanceler. Acompankando-o, Locke tomnou-se Secretirio para a Apresentagio de Benefcios, devendo cvidar de todos os problemas elesisticos. ‘Shaftesbury representava, na politics britinica os interesses do Par- lamento ¢ cada vez mais opunhs-se as medidas do soberano Carlos Il (6530-1685), corueaias a estes interessese que tentavam fortalacer 0 ab- solutisma, Em 1675, Shaftesbury fot destituido de todos 08 seus cargos © Locke foi também obrigado a abavdonar a8 atvidades politica, Visjou entdo para a Franca onde permanecera durant és anos ese relaconaria com of citculos intelectuais de Montpellier e Paris. Em 1679, voltou & Inglaterra encontrando-a em grande agitacio poltica. Shaftesbury, lider dda oposigio a Carlos estivera pees, mas voltaraa fazer parte do govero, «em 1678, desempenhando as fungGes de Presidente do Corslho Pivado. Os servis de Locke foram novamentesequsitades, mat sins teases com govern do monarea Carlos Il no durariam muito tempo, Ea 168, Shak tesbury,acusado de cher uma rebcio para depor 0 saberano foi peso © compelido a trocar a Inlatra pela Holanda, one falece em 1683. Locke pasowa ser vigido pelo partido do ree também acabou procurando refigio ‘ma Holanda, onde eustaliberdade de pensamento (Os Princinios Dx ToLERANe “Meseo na Honda os agentes de Carlos I peseguiam Loeke, que se stag, em Amsterdam, sob 0 ome de dr Van der Linden. Apesar de por ‘gio, coreeguapelasnare com Jean Lelers (1657173), eice de um pe ‘ico Iter inulado Bédotar Unoosal « Mitren. Para esa publica, ck continua com vrios aig, Conta eno 54 ans de dade ‘Saas principais obras, contudo, s6 seriam publicadas entre 1689 & 1690, a0 voltar Inglaterra, depois da vitria do Parlamento ra Revolusso Gloriosa e consequent ascensio ao tone de Guilherme de Orange e Maris [esses anos, Locke publicou a Cart sobre a Tolertnia, 0s Dois Tratados sobre 0 Gover Civile 0 Ensio sobre 0 Entendimento Humano. A primeira Carta sobre @ Tlerdnciacausou muita polemica e Locke escreveu outras nes, Nelas,advoga a liberdade de conscigncareligiosa (um dos principals temas polticos da epoca), sustentando a tese de que o Estado deveria ‘apenas cuidar do bemvestar material dos cidadios e nio tomar partido ‘de uma religio. O Princio Trtado sobre 0 Coro Ciil combate ironica- rent, a tere desir Robert Filmer (1588-1653), defensor do absolutismo dos Stuart segundo a qual os monarcasreinantes remontavam seu poder ' Adio « Eva. O Segundo Tratada do Govern Ci desenvolve a8 tees pollicas bernie de Locke, O Ensaio Sobre o Eniondimento Huomono seria fu obra mais important do ponto de vista estitamente os6fico. Alem dessas obras, Locke public Aluns Pensamentos Referens Esso, em 163 e Racionaidade do Crastinismo, em 1695. prima & expecamente importante por consttuir wma aplicagio de sua teoria empiista do conhecimento acs problemas do ensino. Locke sustentava que "pode-se levar,faclmente, & alma das eviangas numa ou neuta dizes30, como «8 prbpria égua’ (Os itimos anos da via de Locke foram relaivamente calms den tro da nova stuagio politica criada pela Revoluio Glriosa. Depois de ‘iver dois anos com o modesto cargo de Comissério de Recursos erecusat ‘oferta para desempenhar as fungdes de embaiador em Brandenbutgo, pssous esiie nas tertae desir Francis Mashan. Naresiddncia de Mashan, fm Oates, recebia& visita de seus amigas, entre os quas Isaac Newton (0642-1727, um dos eriadores da fisiea moderns. Ein 1636, Leckeassumi ocargode Comissro da Chmarade Comérco, sendo obrigadoa desleca-sfequentemente ate Londres. Quatroanos dep, fo a snide jf debltads, renunsiou a0 cargo, dodicandose a uma vida de ‘meditagio e contemplago, Morr no dia 27 de outubro de 174, |A Caines 40 Iariswo Durante toda a vida, Locke partcipou ds tutas pela entregs do poder 8 bunguesi, classe a que petencia. Na época, isso signifieav tar contra a teocrciaanglicana e sua tesesleitimadoras a de que o poder do re seria absoluo ea de que esse poder dina respeito tanto 20 plano spiritual quanto 20 temporal soberano tendo diteta de impor a nas80 deterinada crengae determinada forma de culo ‘Locke insurga-se conta esas tess poitias,vinculando-as a teses {ilos6fieas mais eral, fandamentadas, em sitima isténeia, numa certa {ecoria do conhecimenta. As palavrasinicias do Ensaio sobre o Eniend ‘mento Humano si0 muito mais claras nesee sentido. Relatando as cir ‘Gunstancas da origem da obra, o autor diz que o Ensaio resultou das ‘ifculdades surgidas para resclucdo de um problem files6fico,abor ‘dado em discussso fortita entre amigos: diame da dificuldade, Locke sugeriu uma previa indagagio solve a extensdo eo limite do entendi- mento humano. A indagacio proposta acabow por se transformar na ‘obra com a qual 0 pensador pretendia “fundomentat a tolerineia rel Bios filosstics Papel fundamental no Enso é desompenhado pela andl cits da doutrina das ideas nats. O problema surgi na mente de Locke pela Jeitra da obra O Verdadsro Sista Tutslechual do Univers, de autora de ‘um dos prncipaisanimadores da escola patna de Cambridge, soo Ralph Cudwerth (1617-1688). Esse pensadorsustentava que a demonstra. ‘oda verdade da existancia de Deus exige o pressuposto de que o homem ossul ideas inatas, ito € dias que se encontram na alma desde o nas clmento, que, portant, nao derivam de qualquer experénca, Para Cud- worth, « doutrna empirsta, segundo a qual "nada esté no ineecto que antes no tenha estado nos sentido’, conduz diretamente a0 atesmo © por isso deve se combatda. © livto I do Ensaio de Locke & desicado & critica do inatismo de- fersido por Cudivorth Locke procura demonstra que inatismo & uma ddoutrina do preconcito,levando dirctamente 20 dogmatimo individvia. ‘Se os principios fossem verdadeiramenteinatos, consttuiiam uma cer teza iredutive, som nenhum outto fundamento a nfo sera afirmagd0 o individuo, Critiea ainda o inatismo, afirmanda que os principios chamados inatos deveriam encontar-se em todos os individ, come aspectos constants e universals, Mas iso, entretanto, nfo ocorre. Exa- rminando-se os individuos — diz Locke —,vetfica-se que apenas uns ppoucos conhecem, por exemplo, os princpios de identidade e contra Aigio lgicas. Da mesma forma, nem todos conheceriam os principios da vida pritica, como “age com relagd0 20s outs coma gostaias que agissom com relagdo af ‘Alem de negar que os principios supostamente chamados inatos Sejm uraversais, Locke afirma que eles nto tee maior ublidade, pois seria possvelchogar mals a0 exato conhecimento sem nenbuma necessi- ade de ee recotre a ees, Para jelgar que o doce nio € amaego, por ‘exemplo,bastariapereeber o doce eo amargo em separado; imediatamente Sse concluiria que sio diferentes. Nesse caso, no haveria a menor neces sidade de se utilizar o principio de identidade Iigice, segundo a qual & limpossivel que uma coisa sejadistnia dest mesma, Analogamente seria potsivel, segundo Locke, provar a existéncia de Deus sem nenhura fa damentaclo numa suposta ida inata de Deus; ou sea, 0 chamado “ar ‘gomento ontoldgico” nio teria nem validade nem ullidade, Santo Agos tino (354-430), Santo Anselzs (1035-109), Descartes (1596-1650, defen- sores do inatsm, afirmavam a existncia no espirito humano, antes de ‘qualquer experiencia, da iia de um ser perfeito: dai concluam sua exis- téncia autdnoma. Ao contri, segundo Lock, a existanca de Deus po ‘dera ser demonstrada por uma variante da prova "por conlingéncia do ‘mundo’ a existencia do ser contingente, que € 0 homem (conhecimento ‘dquirido pela experiéncia),supoe a existéncia de um ser eterno, todo- poderosoe intligente. Alem disso, ano universalidade da ideia de Deus ficariacomprovada pelo fate de que i selvagens que seriam intiramente desttuds dessa idea ‘A ctica ao inatsmo, realizada por Locke, evowo a conceber @ alma humana, no momento do masciment, como uma "tabula rasa, una ‘spécie de papel em branco, no qual iniclalmente nada se encontea escrito ‘Chega, enti, &conclas3o de que, seo homem adulto poss conhcianent, ‘esta alma é um "papel impress’, outros deverdo ser os seus confess: sas idéias provenientes — todas — da experiénca. ‘Locke procurou, ent, descobre quas seriam os elementos corti- tutivos do conhecimento, quais as suas origens e processo de formacio, equal a amplitude de sua aphiabiidade. Em outra pslavras, se homer ‘io possul idéasinatas — 20 eontririo do que afiemavam Piato (428/7- 5318/7 aC), Agostinho, Descartes e outros —, perguntase: como pode 0 bhomem consituir um conhecimento certo e indubitavel e em que casos isso € possvel? ‘Que Stcasrica Pensan? No livro Hl do Enso sobre 0 Entndimento Humans, Locke eomaga por afizmar que as fonts de todo conhecimento so a experiencia senvel fa refleo, Em si mesmas, a experiéncia sensivel ea relleso nio cons ‘stuiram propriamenteconheciment;seriam, ante, process que suprem 2 mente com os materiais do conhecimento. A estes materas, Locke dé ‘nome de ideas, expressto que adie, asim, o sentido de tod e qual: quer contedido do processo cognitivo. "dei é, para Locke, 0 objeto do Ghtendimento, quando qualquer pessoa pers; a expresso "pensa”é as fm tomada no mais amplo sentido, englabando todas as possveis av ades cogritivas.Incuem-se no significado da expresso ida” os "Tan tasmas (entendidos, por Locke, como dads imediatamente proverientes dos senidos), leabrangas, imagens, nogSes,conceltesabstats. ‘Asidlas de sensagio proviiam do exterior, enquanto as de reflexio teria origem no prdprio interior do individuo, Ness sentido, expresses ‘como "amatelo’ “bance”, “quent” designam idias de sersagao;enquanto ts palavras “pensar "duvidar’, "rer" nomeiam ine de reflexio. Estat dune categoris de ideias seriam recebidas passivamente pelo entendi mento e Locke Ihes di © nome de “ideas simples ‘A simplicidade da dia no decorreria de enum carser interior 1 ela mesmas: seriam simples as idas que no se pode ter a nso ser ‘mediante experincias bem concretas, com fro e quene, doce e amargo ‘te. Estas experiéncias coneretas forneceriam idias simples de tr por: de sensagio, de relledo e de ambas 20 mesmo tempo. Exemplos das, primeiras sio 0 quente,o slide, o duro, 0 amargo, a extensio, 0 mov ‘mento; entre a segundas,encontiam-se a atengo, a meméria, a vontade, finalment,idéias simaltaneamente de sensagio e reflexso seriam as de cexisténcia, duracio, némero. ‘A nogio de idéias simples coloca de Smediatoo problema de saber se elas sdo mesmo representatvas, isto é imagens das coisas exteriores 430 sujet que as percebe. Para melhor solacionar a questio, Locke ‘separa as idéias simples em dois grupos. O primeiro ¢ formado por {déias “enquanto percepsdes em nosio esprit o segundo, “enguanto ‘modifcagdes da matéria nos corpos causadores de tais percepcies Estas iltimas seriam efeitos de poderes ou poténcias capazes de afetar 0s sentidos humane ‘Tal distingio conduz Locke a wma outra entre quaidades primsrias ‘© qualidades secundaria dos corpos extrires 2 mente. Assim, Locke transite da teoria do conhecimento para a teria do mundo fisio, As (qualidades primévas seriam insepardveis dos corpos, tis como a soldez, 2 extensio, a figura eo movimento; mesmo que um cero corpo se Vidido em dois, 3835 qualidades pesistriam nas partes resultanes. AS ‘ualidades secundaris, 20 contraro,ndo persistram e no estariam nos ‘objeos senio como poderes para produzir vias sersagdes nos suetos percents; assim ocorre com os Sons, os gostose as cores. ‘As idéias simples constitiriam os elementos com oF quais se formam as ideias compostas, que se dividem em dois grupos. O pri- 1meito & constituido por idéias simples combinadas na ideia de uma coisa nica, como por exemplo 2 idéa de homem ou de ouro. O segundo ‘formado por iddias que se retinem para formar uma idéia compost, ‘mas que continuam representando coisas distntas; &o que ocorze com todas as ideias de relagto, como a de filiaglo, que une, sem alters, as ‘das de pat filbo (© primeiro grupo, por sua vez, subdivide-se em duas classes: das de modo das coisas que no podem subsstir por si mesmas (am trlingulo ‘ou um niimero, por exemplo) eas substincas que, como diz a propria palavea, subsistem por si seria o caso da idéia de homem, entre ouras Os proprios modos dividemese em simples e compostos, ou mistes. Nos primeros a idéia simples combina-se corsigo mesma, como a idéia de ‘imeros, que resulta da combinagio das ideias de unidades; ou a de ‘xpago, proveniente da combinasio das ides de partes homogeneas. Os ‘mode compostos, 4 mists, derivam da comunicacio de dels simples heterogdneas, como a iddia de beleza ou de assassinate [A SuasrAneta IncocNoscivet Segundo 0 projeto de Locke, a tooriselaborada no Ensaio sobre 0 Eentendimento Haneano possbiitasa encaminhar de ovtra forma a sou: ‘lo de muitos problemas filossticos, que 26 as teorias inatstas se jul Gavam eapazes de resolver, Dentre esses problemas, of mais impor Tantes, a seu ver, eram os referentes is nogbes de Infinit, de poténcia fede substinca ( infinite ¢ concebide por Locke como um modo simples, resultante dda repetisio da unidade homogénea de nmero, duracso e espago,dis- tinguindo-se do finitota-somente pelo fato de que tal repetigSo no ter limite, Prtanto, also — diz Locke — consideraro infinite como anterior 230 frto e que frit sea uma limita do infinito, Plas mesmas raze, € falso também conceber tum infinito de peroiio, diferente do into de quantdade. A ideia de poder & concebida pelo autor do Enso como um modo simples, formado pela repetida experiéncia de certas mol provadas nas coisas seetveis eno proprio homem. Este chega ppovler, quando nots que suas idéis se modificam sob influgecia das im [presses dos sentidos ou por esclha de sia propria vontade. A ideia de poder formarse‘ia também quando o homem imagina a posibilidade de fais modifiapbes vem a ocorrer no futur; nesse caso produzem-se as idias de poténcia ava, referent Aquilo que causou a modificagto,e de potéreia pasiva, que diz respeito aquilo que sofre a modificagao. Mas, ‘em geral, iia de poténcia atva sera uma idéia de reflexdo, proveniente das modificages produzidas pela vontade do homem as coisas externas; fesse sentido, a vontade & uma poténcia ativ O terceiro problems sbordado por Locke foi 6 da natureza da substincia. A substincia sempre fot entendida como realidade prim tiva, mas filésofo algum — pensa Locke — foi capaz de dizer claramente ‘que entendia por esse substato de todos os atributos. No Ensaio sabre 1 Enlendimento Humaro encontra-se a tese de que as insufiiéncias das dloutrnastradicionaisdecorrem de terem os filésofoserradamente con- fxbido a substincia como uma ida simples, quando, na verdade, se trata de idéiacomposta. Tomando-e como exemplo 0 auto, de acordo coma tese de Locke, sua substancia no seria mais do que tm conjunto Ge ideias simples, que a experiéncia mostra sempre agrupadas: amarelo, ‘dict, denso ete. Nesse caso a substincia no seria mais do que um modo misto, que & também tim grapo constante de idias simples deno- ‘inadas por uma 6 palavra, saa tee de Locke sobre a substincia nfo significa, contudo, que cle aimasie a realidade como formada excusivamente elas ideas sim- ples; Locke admute a existénca real dae subetincias, mas acha que elas ‘nia podem ser conhecidas em si mesmas. A tese de Locke €, assim, ferente ao conhecimento nio tem, propriamente, um significado meta fisca. A subetincia reduci-se-ia a wma espécie de infinito em ao; existe ‘mas nko se pode saber 0 que sea, e a tinica inwestgacio possvel € 2 pesquisa experimental das qualidades que nea coenstem. Dessa forma, pra conhecer os corpos que compoem 3 ealdade exterior ao homem, & ‘tuficiente considera a substincia um conjunto de ideas simples de sen- sacdo. Analogamente, deve-se entender a realidade interior alma, na me- tafsca medieval) como conjunto de idlas de relexdo, (Os FUNDAMENTOS DA CeRTezA Depois de analisar 0s materiais constiuintes do entendimento hu- ‘mano, 0 Frstio aborda o problema dos limites do conhecimento © suas formas egitimas, ou sj, a verdade. Para oauter,oconhecimento constitui percepeio de conveniéncia ou discordancia entre 3: ides © xprese-se través dos juios. rata, portano, da percepciode vncules, que podem ‘ser de tes pos identdade (ou diferenga), quando se diz que A é Bou A ‘fo By reli, como a expressa na fase “Toso & filho de Paulo”, ou ‘qualquer outa referent a semelhanca e dessemelhanga, maior € menor fe, e de coexstecia ‘Além desses tis tipos de vinculos entre as ids, exitria uma ‘quarta classe de conveniéncia,referente no as relagdes possiveis entre as proprias ins, mas & corespondéncia que uma ida poss ter com a realidad exterior ao expt amano. Nos termos do proprio Locke a quarta Classe de conveniénca €"a de uma exstneia real eatual que convém algo fj iia temos em mente’, A percepyso da exiténeia — diz Lake — € lnvedutivel a percepsio de uma relago entre dus iia, em vitude de a festincs nio ser uma iia como a de doce ow amargo, quente ou fa [Exisem vin epics de certeza com relagio existncia das coisas. Uma primeira espéce a certeza intuit, proveniente da rellexao, ue o homer tem de ss prpriaexisinia, Uma segunda expe seria a certeza demons trativa da exstnca de Deus. Finalmente, uma trcira epic € a “eteza por seneagio’,referente aoe corposexteriores 30 homer. 'A duslidade dos juzos,separando de um lado as relagoes que se poctem estabelacer entre ae préprias ids e, de outro, aquelas que se ‘eforem a exsténia real dos correspondents as dias, coloca-se também ‘quanto ao problema da verdade ede sua contraparte, a falsidade, Segundo Locke, hi ds eategoras de juizos falss. Na primeira categoria, a elaclo ‘expresa pela linguagem no corresponde a relagio percebidaintutiva: mente entre as ins. Na segunda, 0 erro no corsste em perceber mal ‘uma relago, mas em percebé-la ene ideias rio correspondent a qual- «quer realidad. No primeio caso € possivel,evtando ero, formular-se ‘um juizo verdadeiro que, no enfant, nada diz rspeito& realidade; é 0 {que ocore quand, por exemplo, se diz que cavalo alado no € centauro, Somente no segundo caso se pode ter conbecimento rea. Este, contudo, supe os dois elementos da verdade: conveniéncia dae idsias entre sie as idias em roagio a reaidade. Da distngio entre dois pos de verdade deduzemse dois ipos de dlisciplinas cientifias, O primeira tipo — pensa Locke — & constituido ‘plas matemticase peas cgncias moras; elas todo 0 conhecimento é Absolutamente certo porque seu contetdo io ideias produzidas pela pro ria mente humana, Locke afi, por exemplo, que € peretamente de- ‘monstravel que o homieidio deva ser casigado; a certeza dessa demons- tracio seria to segura quanto a de um teorema matemstico. O segundo ‘ipo € 0 das céncas experimentas, que formariam uma drea de conhe- cimento a qual acereza das cncias ieais(matemticas © moras) no ‘sta presente A cereza, no dominio das cincias experimentais, depen: daria do critrio de verfiacSo da conveniénca enze as ideias que estdo za mente humana ea reaidade exterior a ela, [EsrADO NATURAL E LineRDADE. ‘A teora do conheciment exposta no Enso sobre o Entenimento Humane corett uma longa, pormenorzada e hal demonstraio de uma tise: a de ge © conbecimert ¢ furdamentalmente derivado da experincia serve. Fora de seus Limits, a mente humana produzit, por si mes, iin ca valde residiria aperas em sua compatbilidade inera, sem que poss ‘onsieréas expresso de uma ralidade exterior 8 propria mente ‘As teses soca politica de Locke camiaham em sentido parle, [Assim como mio exstem idéias intas no espisito human, também m0 teste poder que possa ser considerado inatoe de origem divina, come ‘queriam os tebricos do absolutism. Antes, Robert Filmer (1588-1653), 0 Autor de O Parizrr,e um dos defensores do absolutismo, procurara de ‘monstrar que o povo nao ¢ livre para escolher sua forma de governo € ‘que os monarcas possuem um poder inate. Contra O Patra, Locked rigia seu Prineiro Tratado sobre © Gaverno Cio: depois desenvolven sas {das no Segundo Tratado, Nele, Locke sustenta que o estado de sociedad «,conseqientemente, © poder polco nascem de um pacto entre os ho- ‘mens. Antes desseacordo, os homens viveriam em estado natal ‘Atese do estado e do pacto social tami fra defendida por Tho: mas Hobbes (1588-1679), mas 0 autor de O Levat nha obetivos intel ramente opostos aos de Locke, pois preteaiajustifiar 0 absolutismo. A diferensa entre os dois resultavabasicamente do que entendiam por estado natural, acarretando diferentes concepes sobre a natueza do acto socal fa estrutura do governo politico, Para Locke, no estado natural "ascemos livres a mesma mestida em aque rascemos racionais’. Os homers, por onseguinte, seriam guns inde- percents © governados pela razlo. O estado natural sera @ codigo na qual o peder exeutivo da lei da natureza permanece exclasivamente nas :maes dos individu, sem se tomar compa Tos os homens partciparam dessa socedade singular que €2 hurankdade,ligarwo-se pelo ame coma da razio. No estado ratural toes os homens team o destin de preservat a paz e a humanidade e eviar fre os dirites dos outes. Entre os dietos que Locke considera ratras, esti o de propiedad, 4 qual os Das Trikes o Gaver Ci concedem especial destague. Aleit 8 propriedade seria natural e anterior &sociedade civil, mas no inate Sua orgem resiiria na relaio concreta enze © homem e a5 cosas, ara o process de tabalho. Se, grasa este, o homer tasiorma as coisas — pens Locke —, 0 homem adgureo dieto de proprisdade: "Todo homer possui uma propriedade em sua peépria pessoa, de ta fema que a fadiga de seu enepo eo wabalho de suas mos io seus’ Assim, em haga de opoe ‘trabalho & propredade, Locke sustentaatese de que o trabalho & a origern ‘© ofundamento da propriedade. As coisas sem wabalho teriam pouco valor, «seria mediante o trabalho que elas devariam o estado em que se en- ‘ontram na naturers,tomando-se propriedades, “Vivendo em perfeta iberdadee iguakdade no estado natural, o ho mem, contudo, esara exposto a certs inconvenientes. O principal seria 2 possivel inclinagio no sentido de beneficiar-se a si proprio ou a seus amigos. Como conseqiéncia, 0 gozo da propriedade ¢ a conservagae da Uiberdade e da igualdade fata seriamente ameagados. Tstamente para eit a concretzagio dessa ameacas,o homem teria ahandonado 0 estado natural e crado # sociedade politica, através de um ontato no entre governs e governades, mas entre homens igualmente livres palo socal no ciara nehum dieto novo, que viese ase acres ‘cenlado aos diets naturais © pacto Seria apenas um acordo entre indi ‘os reunidos pata empregar sua for coletiva ma execu das les naturals, renunciando a executslas pela mos de cada um. Seu objetivo seria a pre servacio da vida, da liberdade e da propredade, been como reprimir a vio~ Iagiesdesses dries natuais. Em opesgio sida de Hobbes, Locke acre cla que, através do pot social,os homens ro renurciam aos seus proprios direitos naturas, em favor do poder dos governantes. 'Na sociedad politics formada pelo contrato, as leis aprovadas por matuo consentimento de seus membros ¢ aplicadas por juizes imparciais tmanteriam a harmonia geal entee os homens. miituo consentimento Colocaria os individaos, ques incoeporam através do paco, em condigdes Ge instar a forma de governo que julguem convenient". Conseqiente- mente, 0 poder dos governantes sera eutorgade polos participantes do pocto sociale, portanto, revagsvel. Hobbes achava que a rebelizo dos Sidadios contra ae autoridades constituas 56 se usin quarto os go- ‘Vernantes renunciam a wsar pleamenteo poster absolute do Estado. Con- tra ess tse, Locke justice o direito de ressténeia einsureigio, no pelo {desuso, mas pelo abuso do poder por parte das autoridades. Quando um [governante se torn tirano,coloc-se em estado de guerra contra 0 povo, Fst, se nto encontrar qualquer reparacio, pode revolae see esse dieito ‘uma extensio do dreto natural que cada um teria de pun seu agressor Para. o homem, a razio de sua pariipagso no contato social evitar © cstado de guetta, © esse contrato & quebrado quando o governante se toloca contra o povo. Madiante o pacto socal dieto legislative e exe- tivo dow individuos em estado de natareza & transferido para a soce ade, Esta, devido a0 proprio cariter do contrato seca, limita © poder politico, © soberano sera, assim, o agente © executor da soberaria do povo. Fate ¢ que estabelace os paderes legislatva, exeestivo ejadicitio {nck distingue © processo de contrat socal — criador da comunidade — io subseqiente proceso pel qual» comunidad confia poder plico sum govero, Esses processos podem ocorrer ao mesmo tempo, mas so ‘aramentedistintos; embora contratualmente relacionados ents 0s In- tegrantes do povo mio esto contratualmente submetidos ao govermo. E 10 povo que decide quando ccorre uma qucbra de confiang, pois 56 0 homem que confia poder ¢ capaz de dizer quando se abusa do poder Com suns iis poitias, Locke execet a mais profunda influéncla sobee © pensamento ocidental Sass tesesencontrantse na base das de smocracis liberais. Seus Dos Tatas sre 0 Govern Cit ustiicaam a revolugio burguesa ra Inglaterra, No século XVII os saminsts franceses foram buscar em suas obras as principaisidins responses pela Revo gio Francesa. Montesquiew (1689-1755) insprou-se em Locke para for smular a teora da separacto dos trés poderes. A mesa inflagnela encor- trae nos pensadores americanos que colaboraram para a deciaragho da Independencia Americana, em 1776 CRONOLOGIA 62 — Nasce fbn Locke, om Wrington, no die 29 de gosta 3642-1646 — Guerra Civil na Inglaterra: paritanos e presbiterianes esco- ces aliam-se contra © rei Carlos I; Oliver Cromwell comanda os rebelde, 11649 — Condenado pelo Parlamento,Catlos é executado a 30 de janeiro, 11651 — Hobbes publica sua principal obra: O Leva 11653-1658 — DuragSo do "Protetorado de Cromwell. 1656 — Locke bucharela'se em arts 1658 — Morte de Oliver Cromvell 1660 — Carlos Il passa 2 ocupar o trono inglés 1662 — Morte Pascal, 1666 — Dee em Oxford primeioencontro entre oftaro cored Shaftesbury Locke, 3672 — Carls Il concede a tolerinca religioa 1675 — Locke tore secrtiio do Const de lange ¢ Comer 1681 — Carls I dissolve o Paamento. 1683 — Morre o conde de Shaftesbury, Locke refupi-se na Holanda, 1685 — Nasce Bach Jaime Il ascende a0 tone ingles 11686 — Isaac Newton comunica a Royal Society de Londres sua hipotese sobre a gravtagiowniverel. Leib esereve o Discurso de Mets fea ¢ 0 Systema Theologicum, 11688 — Revolusso contra Jaime I; sobe 20 trono Guilherme de Orange 11669 — Locke rear 3 Inglaterra 1689-1690 — Si pias ox Doi Tatas sobre 0 Govern Chi de Lace 1690 — Locke eta 0 Ensaio sobre 0 Entendimento Human. M2 — Coma morte de Guilherme de Orange, sobe 30 trono sua filha Anne. 1704 — Locke morr em 28 de outubro, BIBLIOGRAFIA CRANSTON, M. W: Join Locke, «Biography, Londres, 1957 -MACPHERSON, C. B: The Political Theory of Pssesie Individualism, Ox- ford University Press, Oxford, 1962 SSABINE, GH A History of Poltial Thor, George G. Harrap &e Co. Lid ‘Londres, 1968, AARON, R.I: Join Locke, Oxford atthe Clarendon Press, Oxford, 197. LEROY, A-L Locke sa Vie son Ceuore — avec un Espst desu Philosophie, Presses Universaires de France, Paris, 1964 OCONNOR,D. J Jol Loc, Pelican Books, Londres, 1952. LASLETT, P: John Locke's too Trestss of Goverment, Cambridge, 1960 POLIN, R: Lr Politique Morale de ohn Locke, Presses Universtaines de Fran- ce, Paris, 1960. DUNN J: The Political Though of Joo Locke, Cambridge, 1969 YOLTON, J. W: Locke and the Way of Ideas, Oxford, 1957 RYLE, G: The Concept of Mind, Londtes, 1969 COLLIER; Th Eseyis in his Essyin foi Locke: Problems and Perspectives, ‘editado por |. W. Yolton, Cambridge, 1968 MANDELBAUM, Mc Locke's Realm in Philosophy, ‘ception, Baltimore, 1964, tence and Sone Per NOTA DO TRADUTOR A pease atu tics fandanettnent ma li brite do nce por A. yom 19091 iy We ain th noe eter Late pug psn CARTA AO LEITOR Lerror, {loco em suas mos 0 que tem sido opasatempo de algumas de minis ort mai ois edifice. Seer abo ore de mostrar assim pra alguns de eos es oc era io apenas a metade do pacer que Hoe a9 escrevel, ‘ec pens to poco sobre seu dinero como eu actrade meas al empregaos Sofiments, NBO interpret sa como wa remo 20 mea trabalho, ert fonclut, com base no pazer que tice ao eserewble, que esti por 0 ap omadamente casa por minha relia. Quom ta apa etoas e paris prtica tno esyorte,embor ns emoges seem Miers quanto & pessoa gue Se Uedice a jgoe mis interessante. Asin, entende muito malo asunto deste fratad, toe 0 Entendimento, quem desconkae gue por se tratar da faculade rns nobve dale, ele € utiliza com maior mais constant agra do gue (utr qualquer. Sua bus do verdade conse mua epi de flour, que Implic acetar a prpriaperseguigSo como considerdelespecto de raze. Cada puso da pla mente em su progress ta dro do Conhecimento meee 0 minor por on lgum deentimento ne 53 novo como o mas apropriio Tita, portant tor, do entreteniento de quem ibeou seus pripios pensamentos eos fo regsirando medida uecseeez, ni ln cabendoie-e, Dost fee oportunidad pra dvetimento seeltante, se 8 media que © for leo rcorer as seus prdpris pnsamentos. Ea les, se hes sto pripries, |g me fir ras, se dpendero de cronga de cute dei de er importante {erage si, pen decrrem da verdad mas de alga cosiderago mas especie, e i tle apo se praccupa com 9 gue ise ov pers quem diz on pens to somnte de aondo coma vinta de orem. Se coc alge por Si mes, estou seguro gu alga honestamente, ero sei, pos, prejulicado fw endo, sa qual for sua erica, Embora sei certo que nada ha neste tna acerca do verdad que no tense Easendo em minha total prsuaso, spear diss, considera me 9 sujio ao erro como, pons, vac. e se gu ete Too depend de od pare prdura ou frcasay ado por caus de nha opi, ‘mae devo sa propia opine. Sev desea pea casa rele qi Ie St ooo istrato,nab deve por iso me acu. NEO € enderjado aos gue jt lominarant este assunto coma qual encanta profundamentefniiariados tstaeés de seus propricepensamentos, mas visa inka prin informa € atisigto de alguns amigas que rconkecram no ter consderado o aiuto Suftentement. Se ose adequad fcomadilo coma hstra deste Ensaio, de ‘ria dizer fe que cinco 0 seis amigos reunios em meu quite discrrendo terer de ssunto bem remote do presente, fer perpleos, decide is difculdes (que surgiram de todos os lados. Ags leraas por certo tempo nos confur, {im ns aproximarmos de nenfura slug acerca das dias qué mos tnhar tla pepleses,sugin mt meus pensamentos que seins oceminko erat, antes de ns ns incarmos em esas desta aurea, seria neesio ea ‘hinarnosss propria hablidades eeveriguar gua objeto so e quts no slo (alquas par stem tatados por oss entendiments. Props to as meus Companhetos, ue prontamente concordaram,e, portant, facto que ela de feria ser moss primeira inesiqagao.Alguns pensamentosprecipiado ¢ mi igre, jamais consideados acre dst assurt, foam sugeridos pare nossa Dprixima reunite fornsceram o primero tpico deste discurso, que, tendo come fad por nas, fo cntinuado por slag, escrito por pares incoerents Tepis de Tonos interalos de ehandon,reiniciado de now, segundo met peramento on casio o permite, fnalment, devid does gue meabrigou {me lar e dew acer fi ergantzado na rdem em que the €apesertad ste manera descontinua de escrever deve te casonao, alm de outros, ois deetes ops, a saber, exes eescase de informa. Se voc descbrit lo faltando, fared muito contente em saber que que eserevi dete ensed para saiciar me que deers term extend moassunt, See parece dasa, Inc deve erro aunt, pos, quando calaque a pena sobre o papel, pense fue tudo que devia excreer sera do asst deveria ser conti apenas nua fatha A medida, pore, que prossegui, aumertaot 0 projto que tin; 00s Uescbrimentoslevoram-me siete e deste modo, eesceuinsensioeimene «che gw ao tama en que agra epree Nao neare que possvelment su taanio deo ser redid, equ algumas poles dle sjam resumias, if gue, por tr Sido escrito, como se por etapa com longs interns de interrupo,resltow fm alums reptiges: Mas, pra ser franco, enconto-me,presentemente, mito prego, on mito oeupado, pra reoease reduc ‘Nao ignoo que pouo lew em considera minha propia repatao, que reconhecdamente 0 dix continuar com un defi, 180 uprapriado pars asagradar sos mais judicbsoe, que sempre soos Ietoes mas agrafves. Mas ue ester famiirizad com a indonca ese content com qualquer desu Ine perdi terno por daminar-me, pis penso.a eno em muito Uw dose. Nio alegre, portant, em minha deft, que 2 meson nolo pss, polo fat de tr diferentes sents, eer ou ser necessria para prover istrar| bias porte do mesmo dscurso,o ue aconteceem divest partes deste, Deiardo [Sao de lado, recobecere facets gue por ees tae longomente do mesmo trgumento co expose de modoe diferentes, com ume deg be diferente ao pretend publica ete Ensaio vsando a informar os harens de pensamentos roles pospcici, pis, em velao a as mustes do eonbeiment, conse rove wm esudant,e, portant, 05 aio de antemio no esperar nada aq (eet 0 gut, tend sido desiado de meus pensamentos gross, ¢aproriads amons de mink propria ettur, aos gua ake, no ser that fue tena me efor pra tora clr e fli os Ses pnsamentos cetas ‘erdades que 0 preoncioesabelece, eu o aspect strato das propria dias (que pode tories dificis. Alguns objets pecisram ser ecards de todos 05 Tose, quando «roxio € nova, como eit gue algumas dss sopra min, ‘ow apertadas do comino erin, come suspeito qu aareero a outrem, Sedna simples apresenioio dito que fart com gue see acct por cada er fendimento, ov port ft como uma inpressio clara e permanente. Acredito {que poucs no bseroom pr si pips, cu, em cules, que 0 qu linha sido ‘propio de manzire muito obscura trnowse muito ear intel mediate ‘tro meio para exprest-lo, enone a mente tea dees encontrado pouc di renga mas frases, endagado porque um foi meno entendida que our, Mas rem tudo ince da mesma manera na imapinagao de todo harem. Noses en fendimentesndo slo moncs diferentes gue nosis paladares. Na verdad, ue smeacoscliaram a publica, aconselharam me or ta rsd, a publi lo como Sule, desde gue fut luado a deintloapreer dsj guest entendido por ‘quem Sed2 20 tablho de Uo. Tenko do poucointeese em er presses ‘inka obras que, se no estvesse persuade de gue este Ensaio poder se de gue wilde cs ours, como penso qu of para mim, er-me-iacontentado fen most alga emigos gue mo npiraram. Portnt, minke manifest pel imprensa tere o propesto de ser #30 i quanto pol; por i julgo hecesario formar 0 gue tenho a der fie stl toe epee postal de Tere. E preivo gato po especulton e perspias reclame dee sera certo ‘Ponto monston, a gue quem mio est habitaado com especulagbes abstalas, ‘tea imbuido de nogtes diferentes, acabe por se eguiocer ou so compreender meu pensament osselmente ser critcado como exomplo note de oidade ow incléncia (mini parte pretender instr a noes bia epee st citica & no enlan, reno sgicaton gum concorde com a publica deste Enaio com oto de gue sila oxtrem. ‘A comunidad cietfin de nossa aca no se encontra sem wm arquitt, ‘uj noaveisdesenbes, mpusionandoo progress das eines, dearlo mo- rumenios permanenes &posterdade. Mas nem tes deem almear ser um Boyle ou uo Senta, ¢ nara epacs em gue so prodasids mestes como 0 okve! Huygens eo ncompardoe! Newton, eoatron da masa esting, comsiste ‘em suficente ambien ser empregado como tom trabalhader inferior ue lp tum pouco 0 terreno ¢ remove pare do ental ue eté no camino do conhec iment. Certemente,o muda estaria mato mas aientados oer de homens lengenhosose prspiaesnioestiese #80 embraced pela eri e plo so alo determosdesconheidos, feeds ining, introduides msc, fend dso urna area tal ponto de a fils, que nada mais € do gue 0 terdadeiv conecimento das clas, torn Se impropia ou inca de er ape nda poe soiedade mai efinada¢ nas conversiserudias, Formas vies e sem Sead de falar, «abuso dx Finger, tm por muito tempo passado por Inistrios da enc paras dif ema empregadas, com pouco ou neue Seno, tm. por preseid, tal dit que si confandidas com o pensamento round e 0 cume da execu, sendo dif persuadir no 350s que flan amo 08 que or owwen que Sb apenas abrigos de ignordciae obstcalos 20 ‘reir conhecmenta,Suponho gue interromper 0 santudrio da idee e {gnordnca ser de alguna wtidade pra oentenimento urano,emborspoucos {Stejam apes penstr que evgana ou do engaradas pelo uso das polos, ou (que lingogem da seta «ue petencens tome gualuer defito que devas nina «eorrigido. Esper, pos, ser perdoad se att logamente dese as Sunto mo Lio Treo, em que tent alo de do simples, ara que nem 0 ‘auicalismo do dana, nem 0 predomi d cstume, sim dsculpas aos que no Se preoupn com o significado de suis propriaspolorase nfo empreendem su pesquisa Sabre o significado de suas exresss, - INTRODUGAO 1. nvesnicacAo do entendimento, agradivel e itil. Desde que © evtendimento situa o homer acima dos outros seressensiveis,e délhe toda vantagem e dominio que tem sobre ele, consiste certamente nu ‘pico, ainda que, por sua nobreza, merecedor de nosso trabalho de vestgtlo.Oentendiment, como oolho, que not fat vere perceber todas as outras coisas, no se observa asi mesmo; requer arte eesforgo sitio a distancia e farB-o seu proprio objeto. Qualsquer que sejam as dificul dades que etejam no caminho desta investiga, por mae que perma: resamos na escurdio sobre nds mesinos, estou seguro que toda a Iz {que postamoslangar sobre nossas ments, todo conhecimento que pose ‘mos adquirr de nosso entendimento, nfo sea apenas muito agradvel, ‘mas nos tard grande vantagem 20 orienar ness pensamentos na busca de outras coisas, 2. Designio. Sendo, portanto, meu propésto investigar a origem, ‘certeza © extensio do conbecimento hunano,jantamente com a bases © graus da cen, opiido e assetimont, nfo me ocupael agora como exame fisico da ment; nem me inquitarel em examinar no que concise su ‘sénca; nem por quais movimentos de nossos espiitos, ox allerages de rossos corpos,chegamos ter alguma sensafao mediante nossos Gxpios, ‘94 qualquer is em nossos entndimentos e se, em sua formagio, sgumas daquelas ideias, ou todas dependem ou nlo da matéra, Embora fais especulagtessejam curiosas e diveridas,rejltlas-el por estarem fora do eamninho no qual estou agora empenhado, Ao meu presente proposito Sera suficiente considera as faculdades dicernentes do homem, © comno las do empregadas sobre os objetos que les dizem respito, Eimaginaret ‘que no tere divagado em pensamentos surgidos nesta ocasito se, me- lant este simples método historic, puder dar algum tlato dos meios pelos quaisnossosentendiments alangam as nogbes das coisas qe pos Sums, e puder etabeloceralgumas medidas de certeza nosso conhe- cimento, ou as bases dessas persuasses que sdo enconradas entre os ho Ines vats diet ent ona Edema “erifcadoalgum lgar ow out comntl sxpurana conan, para quer sso em conta a Spies do humarisi,chera nin pow © 30 tress tempo, coierao alto ©» devoySo com os quis ls sB0 erat fades, a reso e avider por meio das quas els io mantdes, hi {tives ano para sspear genio hi de mod alga tal cis como 2 ‘erdae- ou gue a humana 0 em mele oBentes pre alana sium conhecient cert. {3 Método, Vale a pena, portant, pesquisar os limites ene a opinito ‘© © corhecimento,e examinar por quais medidas devemos regula noss0 Ssseniimenta © mederar noses persuastes a respeto das coisas de que no temo conhrcimento certo. Com visas a iso, seguro segunte meted: Primeiro, investiga’ a origem daquelas iis, nosbes, ow qualquer cutra coisa que he agrade denominar, que homom observa, éconsciente {de que as tem em sua mente, e 0 meio pelo qual o entendimento chega ter dela provido. ‘Segundo, ental mostrar que conhecimento entendimento tem dessns iis, ea certeza,evidéncia e extensio delas. "Tereio, fare algumainvestigagao acerca da naturezae fundamen tos da fou opin; entendo ito como 0 assentimento que dames para {qualquer proposigi como verdadsira, ov dessas verdades de que ainda ‘Ro temos conhecimento cert, Tereos, assim, ccaslo para examina as razbes grass do aseninent, 4. i saber a entenso de nasa compreensto. Se por et n- wes src tures do elena er eo Gere sleonde peetram, para econ soem algum gra stds, ‘onde nor st dicen, suponh queso pode svi pra persuadir ‘lonpade mente de homem e way eis cautla quando se envale com ota que evcadom son compreeno, paar quando 9 asso € muito Crier para suas fogs © pernanece em slencioraIgnorcia acerca dies cos que © same fveou stare fora do aance de ross Capeciader, Ni series, ver to precipice devo 8 presario Geum confecimento univers poo deievenarmos quests de tos confines evo oon com inputs sobre clay pa a ais feos entndnento ost aceon podemos formar {im cas metes nears perp cra © distin de gue (como ttm aver conte com mut Requenca) no eos de modo algu teria roo. Se podernos deacobie at once 9 enterdimento ode Sete, at onde sas facades poem aangar a ceteza, © ‘juss casos ele pode apenas jlgareadivinasaberemos como ns On. {Grae com o que alengSvl por nds nesta stuaio. 5. Nossa capacidadeadequada para nost sitaci e ssuntos. Em. tora a compreensio de nosis entender io correspond & vata totesto de cous, snda assim terenessuficete motive para gorfat S genersidde de nono Astor por eta posi egau de conhecimento tatorgados ais por ele, superiors acy outros hibiantes desta nossa Stora. Os homens em zi praetr ben stsfeton com o que Deus person que Ines ere adaquada, pots te Ines deu como diz Sto Pedro, Pas zon a ete, tad que € neces pa as convenncas 4s vid einvormapio da vitude,e colacow ao alae de sun descobeta Jrovisfo sue para esa vida eo meio que lve para uma melhor. Pormais reso queessja cru conhecimentode uma cmpreenstopertla ‘univer do que quer que sj sia asim as nprtantes preocupe {es dos homene si asepuradas de hz sufcenle para sansa 9 co Iheimento de seu Ciador ea sbseiagio de sexs propio devers-O> homens encotram suite mata para ccuparsuan bras empegat suns mlos com varilade, delete e salslags, se nio dscordarem at tamente de sua propria contigo e eitarem as bingo com as quts uns iden eto supidas, porque no soo sufcenlemente grandes pare fear Nioteremos motives para no usa da trea derenaas ‘ents seas empregarmostosomente mo que oe ¢allzsvel paso {ue so mult capes pois mo srt apenas inperdodve, como tper thenteciancce, e menerprezarmor as Vanagere de nose conhecneno ¢ decdarmos Ge aperfene-o parce ins aos quas ros dado, porque teres cones se encontrar fora de seu akance: Nio const desuipe fara um servo fro eel, que nia culda de sees negocios eae Tarde velaslegar qu he faltava a len az ols Avea que for coloceda ems bia oufciete prs todo ov nose propontos As deseberas {ue poceros fazer com iso deverstisaze how devemes, eno sat ‘ows entendimentoecrretaments quando vamos em oidergdo to dos os aeton dete meio er que poporo se arta Se owas fa ‘lade em cos funcamenton os pec se proposes; no necesita ‘de demonstra dogma e imoderada, exigindo apenas cerca a ‘angel pela probbinade que aie pra oietar ode os nesses {Senunes edesceosde do poe no podemosconbecergprsamente tos a ots, deveramos ina os que 130 ica de suse eras ‘ermanecend parados morendo,porue Ihe alt ass para vont 6.0 conhecimento de nossa capacidade, uma cura para o ctiismo { ociosidade. Quando conhecermos nossa propria fora, saberemos me: hor o que intentar com esperangas de éxito; quando tivermeos examinada ‘om culdado os pore de noses ments, felt alguma avaliaglo acerca do que podem esperar dele, nio tenderemos a ficarinativos, dexando 4e por nossos pensamentos em afvidade, pelo desespero de nada conhe- cermos; nem, por auto lado, poremos tudo em divida e renunciaremos {iodo conheclmento, porgue alums coisas 1 so compreendidas. Ede grande utiidade para 0 masinheiro saber a extensio de sua linha, embora nfo posa com ela sondar toda a profundidade do ocean. E conveniente que saa que ela ¢suficientemente longa para alcangar © fundo dos hagaresnecessiios para orjentar sua Viagem e preven-lo de tesbarrar conta excolhos que podem dlestrurlo. N3o nos diz respaito co ‘nhocer todas as coisas, mas apenas as que se referem & nossa conduta, Se ppdermos descobrir aquelas medidas por meio das quais uma erature Facional, posta nesta situaglo do homem no mundo, pode e deve drigir ‘suas opinioes © agdes delas dependentes, nfo deveremos nos molestar porque outras coisas eccapam a0 nosso conbecimenta 7. Motiva deste Ensaio. Fo isso que deu, no inicio, nascimento a este Ensio area dp Entendimento. Pensel que © peimeiro passo para se stave a wiriae indagagbes 8 quai a mente do homem estava bem apta para tender seria ode investiga nossos propos entendimentos,examinar roswos priprios poderese Ver pura que coisas eles esto adaptados. Até ‘qe ito Fosse feito, suspeitava que comecava pelo lado erzada, em vo Procurava saisfagio numa trangiilae segura posse das verdades que Innis nos dizem respeito, se deixdssemoe nossos peneamentossotos nn ‘asto oceano do ser como se todas esas extensdesiimitadasfossem de ‘posse naturale indubtavel de nossosentendimentos, em que no haveria ada que nio dependesse de suas decises, ou que escapasse sua com- preensio, Ampliando suas investigagdesalém de suas eapaidades,e de ando seus pensamentos vagarem em profundezas 4 tal porto de Thes {altar apoto Seguro para o pe, nso & de admirar que os homens levantem quests e milipliquem disputas acerca de assuntos nsalves,servindo Spenas pars prolongar © aumentar suas dUvidas, e para confirmilos a0 fim num perfeto cecisma Sendo bem examinadas as eapacidades de rnossos enfendimentos, divisando o hoeizonte entre as pats iluminadas ‘cas excuras das cosas — entre o que podemnas¢ no pedlemos compreen: der —, os homens concordariam, talvez com menos éscripulos, em feco- Inhecer nossa ignorincia acerca de uma cosas, © empregariam seus Pen- samentose discursos com mais proveito satisfac20 na resolugae deoutas. 8.0 que significa “idea Julgues necessio dizer tudo isso acerca do motive desta investigagso do enlendimento humano. Mas, antes de prossegnir no que penser sobre este assunto, aroveito eta oportunidad 2 pedir pero a0 mew leitor pelo ano Frequent da pala ile, que le encontars adiante no tatado,Julgo que, sendo este 9 temo mais Indicado para signifcar qualquer coisa que consiste no ajo do entend mento quando © homem pensa, usevo para expressar qualquer cosa que pode ser entendida como fantasma, nogo, especie, ou tudo o que pode fer empregado pela mente pensantee néo pude evita seu wo frequent Suponho que me seréfaciimente concedido que hi tas ideas nas mentes dos homens, Cada um tem conscignca delas em si mesmo © as palavras ‘ages dos homens o persuadiao de que elas existem nos outros. Portanto, rss Prien ivestigasfo consis em vera como eas aparece Livro I NEM OS PRINCiPIOS NEM AS IDEIAS SKo INATAS Caprftuto I [No Ht PRivcinios INATOS NA MENTE 1A maneira pela qual adguirimos qualquer conhecimento cons- tituisaticiente prova de que ndo € inato. Consiste numa opinito eta- belecida entre alguns homens que 0 entendimento comporta certs pr pion nates, certs mages primis, tina ro, caracteres, 0s quals es tariam estampados na mente do homem, caja alma os reccbera em seu ser primordial eos tansportaraconsigo a0 mundo, Seria suficiente para convencer os leitores sem preconceito da falsidade desta hipstese se pu: ‘ease apenas mostra (0 que espero fazer nas outras partes deste tatado) fame 0s homers, simplesment pelo uso de suas faculdades naturals, po- ‘dem adquiis todo conhecimento que possuem sem a ajuda de impresses Inatas e podem alcangar a certeza sem nenbuma destas nogBes om prin- ciples originals 2.0 assentimento geral consste no argumento mais importante. [No hé nada mais ordinariamente admit do que a existénca de certos _rincipies, tanto espeultioos como prices (pois referee 40s dois), com ‘8 quais concordam universalmente todos 0s homens. A vista diss, a fgumentam que devem ser niformes as impresses reebidas plas almas flor homens em seus sere primordinis, que, wansportadas por eles a0 ‘mundo, mostram-se tio necetssriase reais como 6 sho quaisquee de suas faculdades inatas 3. 0 acordo universal nto prova o inatismo. O argumento de- ‘vado do acordo universal comporta o seguinte inconveniente: se for verdadeiro que existem certas verdades devido a0 acordo entre todos (08 homens sto deixard de ser uma prova de que sto inatas, se houver ‘outro meio qualquer para mostrar como os homens chegam 3 sma ‘oncordincia universal acerca das coisas merecedoras de sun anna Suponho que isso pode ser feito. 4.70 que 6,€°, "€ imposs(vel para uma mesma coisa ser € no ser” nio sto universalmenteaceitas. Mas, © que € pio este argumento a anuénca universal, usado para provar principio inatos, parece-me tuma demonstragio de que tal coisa a existe, porque nfo nada passivel {de receber de todos os homens um assentimento universal. Comecarei pelo argumento especlativo, recorrendo a um dos mais lorifcados pri pics da demonstracso, ou sep, “qualquer coisa que ¢,€° e 8 impossivel [para a mesma coisa ser ¢ nfo tr", por [ulgi-los, dentre todos, os que frais merecem o ula de inatos. Esti, ademas, a tal pono com a repu~ {acto firmada de méximas universalmenteacitas que, indubitavelmente, seria corsderad estranho que algaém tentassecoloc ia em evida. Ape- ‘Sar disso, tomo a Uberdade para afizmar que estas proposies se encon- tram bem distantes de receber um assentimento universal pos no S30 conbecidas por grande parte da humanidade. 5. Nio se encontram naturalmente impressas na mente poraue indo do conhecidas pelas criangas,idiotas ete. Em primeir lugar, € ev: dente que nio s6 todas as crangas, como os Idioas, ro possuem delas ‘a menor apreensdo ou pensamento. Esta fall & suiciente para destrulr o assentimento universal que deve ser ecessariamente concomitant com todas as verdades inatas, parecendo-me quase uma contradigio afirmar ‘que ha verdades impreseasna alma que no so percebidas ou entendidas, jf que imprimie se to significa algo, implica apenas fazer com que certas vverdades sejum percebidss. Super algo impresso na mente sem que la © pererba parece-me poucointligiel. Se, portanto, a5 ciangas eos idiots Possuem amas, possuem mente, dotadas destas impresses, deve ine- Vitavelmente percebé-las,e necestriamente conocer eassentir com estas Verdades; se, 20 contro, nio ofazem,tem-se como evidente que essas impresses no existe, Se estas noySes no esto impressasraturalmente, ‘Como podem ser inalas? E se sio nogdesimpressas, como podem ser des- Conhetidas? Afrmar que uma nogio ests impressa na mente e, 20 mesmo tempo, airmar que a mente a ignora e jamais teve dela conhecimento, implica reduc estas impresses a nada, Nio se pode amar que qualquer proposigio ald na mente sem ser jaa conhecida e que jamais se tem isto eonscigncia. Se iso & possve, segue-se por semelhante ra2a0 que todas as proposgtes verdadatas, sem que a mente sea jamais capaz de hes dar o asentimento, podem ser afimadas como perncentes a mente ‘onde se encontram impresss, visto que se algo € considerado abarcado ‘ela mente, embora nfo sci ainda conhecido, deve ser apenas porque se capac de conhectlo, assim, a mente &formada por todas as verdades ‘que sempre conhecers. Deste modo, estas verdades devem esta impressas tha mente, que nunca nem jamais a8 conhecers, pois um homem pode ‘iver longamente,e,finalmente, morverignorando muitas verdades que - sua mente seria capaz de conhecer, 0 que o faia com certeza. Poranto, se capacidade de conhecer consist aa imprest natural dsputada, de- fore da opiio que cada uma das verdades que um homem jeraische- garda conhecerseré considerada inala. Este ponte importante no equivale # nenhuma outra coisa, apenas vealga uma manera inadequada de fla, femora visindo a afirmar o contrério, nada firma de diverso dos que ‘negam os principiosintos. Penso que ninguém jamais negou que a mente seria capaz de conhecer varias verdades. Afra que a capacidade ¢ inate, ‘mas 0 conhecimento aguirido. Mas, entSo, qual a fnalidade desta con. teovérsa acerca de certs maximas inutas? Se as verdades podem estar mprescas no entendimento sem que a8 perce, ndo diviso a exitencia de nenhhuma diferenca entre qualsquer verdades que a mente &capaz de concer, com respeito a sua origem: todas devem ser inatas ou todas fdquiridas,em vio uma pessoa tears dstngutls, 6.Encontram resposta dizendo que os homens sabem quando che- gam 20 uso da razio. Para evita isto, responde-se ordinasiamente que todos os homens sabem com elas aguicicem quando cham ao 10 da aie, e que sto ¢sufciente para provi-lasinaas 7. Esta resposta deve sgifar uma de dus coi: logo que tomers comer a usa fri, etn spostas nei ats fam 1 Ser po les concn e obseFvdas ou que o uso ower dado des homens or suai nadescberts deste nip, farendo com gue ‘ts, ceamente, se fomem conhecides paces 8. Se a razto os descobre, nio ¢ uma prova de que sto inatos. Se ‘querem dizer que mediante 0 uso da rao os homens podem descobrit ‘tes principos, endo iso sufiiente para proves inaos, esta manera de argir implica o sequinte sejam quai forem as verdades reveladas pela razio, ecom as quals somos levados por ela a concordat com firmeza, fodas estas verdades encontram:senaturalmente impresses ra mente, wna vez que o assentimento universal (suposta sua marca caracteristien) lo ‘equvalea mais do que isto: pelo uso da raz somos capazes de aleangar ‘certo conhecimenio ¢concordar com ele. Por este meio, nao havers dife Fenga entre as maximas cos matematicos es teoremas deduzidos dela, evendo tudo ser igualmente suposto inato, endo todas as descobertas ‘alizadas pelo uso da raz, as verdades que uma ciara raconal deve, ‘amen, conhecer, se apicar seus pensamentos des manera comet, 9. falso que a rio 08 deseabre. Como podem, todavia, estes ena e ous da raz €necessio pata dscobi prin ‘qe so supstos inatos, quando tarao (ee podemos ated) fda mais & do que a faculdade de deduzirverdades desconhecidas de prin “pos ou proposes conhecdos? Isto, ertamente, nunca pode ser pen Saco ato, se necessitamos da azo pata o descobrit, a menos que, como ise, consideremos inatas todas as verdades infaliveis que a razio nos ‘emina, Podemos igualmente pensar 0 uso da razio necesstio para fazet rossosolhos descobrirem abjtoswisveis, como deveria haver necessidade {ha razio, ou de seu exercco posterior, para fazer 0 enterdimento ver 0 ‘gue estéoriginalmente gravado nele,€ ado pode estar no entendimento nies de ter sido percebido, Deste modo, para fazer razio descobri fans vetdades assin imprescas, seria o mesmo que dizer que o uso dt ‘arBo revela ao homem o que antes js conhecia; sos homens tm estas ‘erdades inatas impress originalmente, e antes do uso da 14230, per Tmanecendo delay ignorants até aingirem 0 uso da razio, coniste ext STfirmar que os homens, ao mesmo tempo, asconhecem eno a conhecer, 10. Diese talvez, que as demonstragdes matemstcas, «outras ver aces que nio si inal, no sboacetas to logo propostss, distinguin- ‘dose, asim, dessos maxims de outras verdades inatas. Terei oports- nidade de abordar sas ormenovizadamerte no futuro 0 aseninento cera da primeira proposigi. No momento, concedereiapenss.e de modo reve, ue estas minimase as demonstaqGes matematcas difeem nist: numa term necessidade da 12230, do uso de provas, para demonstrila ¢ Feceber nosso asentimento, outa, porém, tio logo entendida,& sem © ‘menor racicini, compreendida e assentada 11, Quem se propuser a refletir sem muita atengo acerca das ope ragdes do entendimento descobrirs que 0 pronto assentimento da mente ‘com referencia aalgumis verdades nao depende de uma inscrigio natal fou do uso da aza0, mas de wma faculdade da mente bem distnta das (das, como veremos adiante, A raz0, portanto, no contribu para ocx Sonar nesso assenimento a estas mdxlmas, afirmar que os “homens “nem e concordasn com eas, quando chegam 20 uso da faz30", querendo om isso dara entender que oso da razso nes auxilia no conheimento ‘dstas madnimas,¢ineiamente falso , se isto fsse verdadero, provaria ‘gue elas 530 iat. 12, A posse do uso da rardo no corresponde ao instante em que chegamos a conhecer estas méximas.Se conhecélss eaceiti-las "quando possulmos uso da £4280" significa que este €o instante em que as ob Exrvamos através da mente; , logo que as criangastenham posse do ws ‘da aro, iguelimente coahecem e concordam com ests miximas; tudo {sto igualmente false frivolo,Primeiro, consiste numa falsidade porque ‘evidente que estas maximas ro se encontam na mente tio cedo quanto stone pant einen tnt tmpemene sian ac Sacra ra pacientes ome eaten mera mole atte ners moeernaintain a eireee race SRS gat cima sea tials endl imran mar atin sahara man eres cae eee raster a cers mars atc aehan Diels cite tmammernenae te esas SESE Shine pirnsseme cameras eee ee SSS eet 14. Se a posse do soda ano foseo instante de sua descabet, {sto no a provari inata, Mastnsogund gars eee vedi fc e instaie eat em ques conchae aes coesponese 1 ples doo da rato fon homens, sem no a prove ats te mung de arg € to tla como » propia spon aoa, Com eft por al ip eke tn qu unger nos ot ona fo naareza imprest na mente em um primes ove, por Seo coma a set obpervadoe aceito quae uma fcalnde da ete ‘ue lem um compo tem tent cemagh se xe? 15. Os pasos pelos quis» mente aleanga vila vrdads. Os sents iniiatment ta com dens pl, pesca fete sniavaco, mente se amare adatvamente com ages dls, depends na memiria designe portome Matanle 4 mest presen em aun arcs a val abso, speendend fyadusiment oso dos nomes gers Pr ante mses mee vaso Shqusceno com dae linguagem mata com au exes sn te curio ede el am landose em vrtde do emprego desses materia. Era posse de Sis gras o aso de palavran pris ex ao gealmente ces pes ‘0 vj como io pons ce slgn mo prov insta Conc fc @ conhciment denigumasverdades aparece bom ee ta ment Sas 4 mot que mosta que nio sb insta. Poise observe desc que sto contin amb com a as n-aa, s age ‘as end auc primels impress por cose externas, as ‘xlangas se deparam bem cod, ocastonano as als feet pressbes em seus sentidos, Na ids assim apreendidas, a mentedescobre ‘ue algumas concordam e outras diferem, provavelmente t0 logo tenha iso da meméria, to logo seja capa de retere receber idias distntas. Mas, quer isto sea ou ndo exitente raguee instante, uma cosa € cera ‘existe muito antes do so de palavras, ou chega antes do que ordinara ‘mente denominamos “oso da razio™Pois uma cranga sabe como certo, fnles de poder falar, a diferenca entre a idéins de doce e amargo (sto {que o doce nio & amargo), coma sabe depois (quando coma a al) (que a amargura © dogura no aio 8 mesma coisa 17.0 assentimento dado tho logo as idlas sejam propostas ¢ en- tendidas nio as prova inaas. Desta evasva, portant, do assentimento eral quando os homens chegam 20 uso da razdo, ausente como 0 & © ‘io revelando nenhuma diferenga ente a5 supostas verdades inatas © futras adquiridas e aprendidas, os homens t8m tentado assogurar wm Sssentimento universal 38 que derominam méximas,afirmando que sio {eralmenteacetas logo que propestas,e 0 termos por eles proposts sto nfendidos: abarcando todos os homens, até as crianges 130 logo ouver ‘Cenlendem os termes, concordam com ests proposigies, inferem que isto €suficiente para prové-lasinatas. 18, Se tal assentimento ¢ 0 sina! de inatismo, seguese que "um mais dois ¢ igual a es, que dogura nfo é amargura’, e milhares seme- Thantes, devem ser inatas. Em resposta a isso, pergunt: assentimento ‘mediato dado a uma proposicao, com base na primeira audigio e enter dlimento dos termos, deve sero sinal seguro de um principio inato? Se isto nio é asim, tal assentimento geal serd em v0 assinalado como una prova dees se for afirmado que este €0sinal do inatismo, devem entio ‘oncordar que todas as proporigdesinaas sf aqulescidas Ho logo uv das, «partir das quais eles se descobrrio plenamente armazenacos com principio iatos. Com base no mesmo principio, a saber, oassentimento 5 partir da audiqio incal e enfendimento dos termos, os homens que teria estas maxims supestas como inaas tém jgualmente que admit iris propesigbes acerca dos mimeros como inatas. Mesmo a filosofia naturale todas af outas cicias compreendiem proposicSes que estio ‘eas detopar com o assentimento to logo sjam entendidas. Que "dois ‘orpos no esto ne mesmo lugar” consste numa verdade f39 inconfun- ‘vel como esta maxima que "éimpossivel para uma mesma cosa ser ¢ ro ser, que ‘branco no & pro’, que um quadrado nao € um circle {que "a amareliddo nto € dogura’. Mas, desde que nenhuma proposicao Pode ser inata, a menos que as eas acerca das quais ela se consul {cpm intas, iso leva a sur como inatas todas a elas de cores, sons, ‘otto, figuras ete; e mio pode haver nada Wo contéso 2 razdo © 8 ex peritncia. © assentimento universal eimedlato baseado na audio e en- fendimento dos termos consist, concorda, nim sinal de algo eidente eine mec prs mame, deeded mprens : va outa cia, pertencente avin propane, Ni (6) até agora to exzavagane's ponte de supe ingae Ne Capituto II [Niko HA PRincitios PRATicos INAros 1. Nenhum principio moral é to claro egeralmenterecebido como as mbximas especulativas anteriormente mencionadas. Como ficou pro- vado, estas miximasespeculativas, descrita por nds no capital anterior, ‘fo tém real astentimento universal de todos os homens. Isto ainda ‘muito mais patente com respeito 30s priciios prin, que no aleangam tama reeepeio universal. Peneo que ser usta qualquer regra moral com a mesma preter de ter © assenimento geal ¢ imediato da que diz Toque é €” outer uma verdade to manifesta como est: impossivel pars uma mesma coisa sere nio ser. Por mais que sea evidene que els se dltancem posteriormente do titulo de inaas, a divida de que els 80 ie resesrativa na mente € muito mais forte em elagio 805 pinplosmocis fo que aos outs. Nem isto cloca de modo algum sua vedade em questi. hs sdo igualmente verdadetrss, embora no igualmenteevidentes, 2. A f€e a justicn nfo so compreendidas por todos os homens como prineipios. Para averiguat se existe wm desees principes morals ‘seerea dos quas todos 0s homens concorde, sou levado a apelar para Alguém que este mederadamente familarzado com a hea da hu Imadade, que tka oltado alm da fumaga de sin propria chaning Onde se encnta esta verdad prc, recebda uriveralmente, em dc ‘de ou questo, como devi se se fesse nat? A just ea conormidade 430 contrato cosistem em algo com que a main dos homens patece ‘concordat. Constitu um pinpojlgado extenders até as exconderos dos ladéese is confederates dos maiores vides; eos que se afastaram 4 tl porto da propria hamanidade conserva ene sia fe as rpms 4a jasc Concordo que os proprias prose ager, deste sno, entre S.mas sen que st sen recebido como lel ints da atera. Praca ‘is como les de converinca denze desuasprépeas comutidades, elo Jmposivelimaginar que justia € vista como im principio ptco por gz bonesamete com ses compatios de asso, 20 mesmo tempo ‘Reerocb ov mato prime homer hones com gual se ncn Seno ouia es wendade cv ges comine dn said, reso os rote © indies que romper com todo o eo do mundo devem mani 0comro- ts ea eps da ede ens do corti, no pea se mane ue, Poem eno dizer que quem vive da fete edo robo tem pri- ‘ponte de verdad eps com cr quis oncordae ages? 4.Como as repr moras necessitam de proa, els no so iat. ‘outa rato ue me vas Guvidar de guatsquer pints prio nas Sere do at de pensar que nour ren ml Pode Sr Propet em frum posed stamens oar asa o oe ia perfetaente Ticuo eaburdo oe i foe ints, ou seqr evident por Si mesa ‘Sis que todo pnp nao deve neceseramente ser. sem precisa de ‘Gniger prove porn apurar sca verdade nem necesntr de qualquer 2230 Ae ber sun apr. Sera lgado desprovdo de Bom Senso quem ‘trgortasse ou comesse a da a sazio porque & impossivl prs 2 Tica cols se emo ser la taz consign sun peopl ze evienci, Cro nce de xt rove eee emo ae Com Sho por mus popes mdse a0 corti, nada jamais sera capa de SE Fpor Sot ele pn fot entender, Mas deve et mperesel ‘gin da moraldadee fandamento de foda vide socal, "que algun {Rive fazer como ihe fo foto" sr proposta 4 alguém gue mune ouvin Sto antes as ainda tem capacdade pry entender sew sigcado, no deve le sem ned abu perguntar aa For que? 6-A virtude nfo €geralmente sprovada porque €inata,mas porque é proveitoss. Dau decor natualmente a grande variedade de opinides Scorea das regras morals que s30 encontzadas entre os homens, segundo 1 versa especie de felcidade que eles anteiparam, oa propuseram a si ‘estos Isto nao poderiaocorrer se 0s princpiespriticosfossem inatos ‘ impressos diretamente em nossas mentes pla mo de Deus. Concordo {que a exiséncia de Deus se manifesta de vérias maneias, ea obediéncia (due devemos a cle é to congruente & luz da vazio que grande parte da Ramanidade obedece & lei da natureza. Entretano, penso que deve ser ‘mitido que varias regras moras devern receber ds homens uma apro- ‘Yegdo muito geal smn conbecerem ou admitirem 0 verdadeiro funda- mento da moralidade, f que decorrem apenas da vortade eli de Deus, {que v os homens noescareabareaem sua moo prémio, ocastigoesuliciente Dover para chammar& prestagdo de conias 0 ofrdor mais ongulhoso. 7. As ages dos homens nos convencem que a regra da virtude fo consiste em sew principio interior. Se ns ho quisermes admit cortesmente muita sinceridade a rexpeito da profsséo da maioria dos ho- fers, mas pensarmos que suas agSesinterpretom seus pensamentos, dee. cnbriemos qu eles no tém tal venerao interior por estas fegras, nem {uma completa prsuasto de sua cereza obrigagao. 10. Os homens tém principios priticos apostos. Quem investigat cuidadosamente a hstria ca humanidade, examinar por toda parte as ‘vériastribos de homens e com indiferengaobservar suas apes serécapaz de convencer-se de que raramente hi principio de moralidade para set designaio,ou regra de virtude para ser considerada (excetwando-se apenas tas que sto absolutamente necesssrias para mante a socedade unida, que drdinariamente sio também esquecidas entre sociedades distinas), que ‘no seja, em alguma parte ou outa, menosprezada condenada pela smoda geral de todas 25 sociedades de homens, governadas por opinides priticas eregras de condiua bem contrrias unas ds outas ‘1, Nacesinttas jit vis eras moras, Pers, tlver hit ene coniste mim argument rar que a regen ne co rheside porque € violas. Concordia com availa deta sj se ‘homers, embora transgressors, io repaint aly pelo tenor de ‘ergonhe, deen do cast que impor sig fp bre thes Mas ¢ impose inaginar suc ola una mayo le homer devesse ‘ere renuncarpubleente no qu cada um eles an com cess rdatvenete eu pode tates em ua en 12. Dizem que a violago de ra repr no € argument para que ela sp desconherda. Concord comm to as ain qua cha Be Falmente adil em alguna parte dla prova que do nat, Por exe io corsideremos qualquer wna dena reps, que, send a als Sova Aesacto da aio mana, ecompatvel coms enna tral da ma tins homers, pouca gents ter ido a imprudent de nega ou duvide uando, portant, deem que eta ama repr iat ou guerem dee? (Ques ata de um principio into po funtumenta em todas a oases {motivo e diego ds apes de tos ox homers, ou que ¢ ua verdade {ue todos os homes tm impresnem suas mene, portant, confer ‘concrdam com ea, Mas em nenbum dese sees € ra 13. Do que ficou dito, perso que podemos conluit com seguranga ue ses onde for que uma peta ¢pealmente e om admisado Vlada, ‘lo poe sor spot ina, 14. Os que sustentam a eristencia de principios préticos inatos ‘lo nos dizem o que sl. A dferenga que existe entre os homens acerea de seus prneipis priticos & tho evidente que julgo nio ser necesirio ‘dizer mate nada para demonstrar que seréimpossiveldivisar qualsquer ‘egras mois inatas com snals de asentimento geral;e€sufciente para {aver algueim suspeitar que a suposigao de tls principios inatos € apenas tama opinido adotoda & vontade, desde que os que falam tao confiantes acerca deles sho tGo parcimaniosos para nos dizer o que eles so 20, Paras objesfo de que "os principio inatos podem sercorrom- pidos',respondo. Nio seri-esteo momento para abordar esta resposta Eoneagradar mas no mito material, que assepura que os principios inatos {de moralidade podem, mediante educacio, costume e a opinio geral da {gucles com quem conversamos, ser apagades e,finalmente,estropiados asmentes doshomens Seestsafrmativa for verdadeir,afasta totalmente f argumento do consentimento universal pelo qual se tenta rovar 2 opi ‘ido de principio inatos; a menos que tals homens achem razosvel que Shas persussbes privadas, oa de seus adepts, seam tomadas por sen timento universal o que ocorte com freqiencia quando os homers, s- pondo que eles mesmos sio os tnicos mestres da corre razio, assumem fque os votes e opinides do resto dos homens rio mezecem ser contados endo, sea azgumento € 0 seguite: "Os prineipios que toda a humani- ade admite como verdadeitos so inatos; o= que 05 homens da justa razio admitem s30 08 prinipiosaceltos por todos os homens nbs, © 08 {que pensam como ns somos homens de 13730; portanto, concordamos {Que nesses principioe so inatos" eis um modo muito bonito de argu, 21 Prncipios contraditéris do mundo. Admitofacilmente que hs srande nimero de opinides que homens de diferentes pases, educagio © {emperamentosrsceberameaceitaram como os pimeiroseinquestioniveis Drinepios. Varios dees, porém, nZo 56 por seu absurdo como por sua {eeiproca oposigio, revelam a impossbilidade de que sejam verdadizo. Embora iniimeras desas proposigbesestejam bem afatadas a razio, 0 2 fal ponto sagrods para uma oo outa fegido que mesmo os homens de ‘bom entendimento em outros assuntos bem cedo as compartlham em suas vidas, ¢, ejn 0 que for que Ihes 0 mais querido,tém sua verdade fubmetida a vidas, ou queses 22, Como os homens apreendem normalmente seus principio. Isto, por mais estranbo que pares, €0 que 4 experignca daria confirma; no parecer, talvez, tio maravihosa, se consideramos os mei e pass pelos {als € ocasonado, como realmente pede acontecer, pois doutrinas que {Em sido derivades de orgene no melhores do que a superstigo de uma fenermeira ou a auloridage de uma muller velha podem, pela duragio do tempo ¢ consentimento dos conrades, fem religizo ou moral. ingit adignidade de princiios 2 Raraneni gun one april me etd sento quence reverend algunas proposes, queso pase le 4 principio sabre os qu funamenta ses acon © ples oat julgasverdadee falsidadeo cert eo era. algure por lal de paca is cut, oc, a mse enn go ‘lo devem examines, Ravendo poucor que io 30 expotos for Sea ‘gnorini, preuic, educag ox precpac scones Leconeienca 20s prncipn deve ser eaminados Meine ete proces deve ser facilente observado, na variedade de prneipios opestos sus tad € mando porte po e pase ene wae igure pcos fu acein nes E quent ee seromeito segundo’ gual smo des hoses pre ae Negara tnd dalerendencaanns eee cea tier que gusto dia core seu mee guagoa ence ‘ops opns aes om rnc ata ohana tua grande nimer de sone dope aes eae Sima com seu propio ee ‘Do qe cL, pero no faver mai vide qu oh pie sips prticos com os uni todos os homer concrdan hum ¢ inato. a Serene CapiTuLo II (OvrRAS CoNSIDERAGOES ACERCA DOS PRINCIPIOS INATOS, "TANTO ESPECULATIVOS COMO PRATICOS 110s principios nfo sio inatos, a menos que suas idéias sejam {naas. Se os que nos querem persuadir que hi principios inatos nio os tdvessem compreendido em conjunto, mas considerado separadamente 0s tlementes a partir dos quas estas proposgées so formuladas, no estar ‘am, talver, Ho dispostos a acrditar que elas eram inata. Visto que, se 1 ids das quais sio formadas estas verdes rio fossem inatas, seria mpossivel que as proposes formadas delas pudessem Se inaas, 4 0380 ‘onecimento dels ter rascido conosco. Se, pois, a8 idiasndo sto inats, houve um tempo em que a mente estava sem esses princpios, e, deste modo, nfo seriam inatos, mas derivados de alguma outta origer. Pos, se as prépriasidéas nSo 0 so, nio pode haver conhecimento, assent ment, nem proposigdes menais ou Verbals a expeto dlas 2.As ideas, especialmente as pertencentes 0s prncipios, no nas- ‘em com as criangas.Seconsideramos cuidadosamente as cangas recéen- ‘ascidas,teemos bem poucos motivos para crer que las tazem consigo ‘este mundo muitas Wddias. Excetuando,talvez,algumas palidas ideas de fome, sede calor, e certas dores, que sentiram talvez no ventre, lo ‘nda menor mantestgio de idéias estabelecidas nelas, especialmente das das qu respondem acs termes qu formar proposes univers queso con- sideadas principio: inatos.Pode-sepercebet como, por gf2us, pesteriormen- te, a5 ideas chegam As suas mentes,e ndo adquirem mais, nem oUtras, ‘do que as fornecidas pela experiencia ea observagio das coisas que apa ‘ecem em seu camino, 0 que deve ser sufcente para convencernos de ‘Que nfo hs caracteres origina impressos na mente 48. idéia de Deus no ¢ inate algumaidtia pode ser imaginada ‘naa, dente todas as outras, a idéia de Deus pode ser pensada assim, por véras raze, por julgarse que sera difclconcsber a existéncia de Principios morals iatos sm uma idéa inata da Divindade. Sem a nogio ‘de um legislador ¢ impossvel ter uma nocio da lei e obrigagio para fumprita, Além dos ateus observados entre os antigo assinalades nos ‘egistros da histéria, nose descobrizam, em épocas mats recetes,nagdes infeiae entre as quais nfo se encontra nenhurra nogio de Deus e nem dda religto? Estes a exemplos de nogdes em que anatureza inculta foi mantida por si mesma sem 0 auxiio da cultura e da discplina, eo aper feigoamento das artes ecincias, Mas hi outras que, apesar de erem disto tusufrulda, por falta da devida aplicaglo de seus pensamentos daquela ‘manera, carecem da idéiae conhecimento de Deus 9. Mas, se os bomene ivescem em toda parte uma nogio de um Deus (até que a histéia nos provase o oposto), no resultaria disso que sua ida ‘seria inata, Apesar de nenhuma nagio tr sido descoberta sem wm nome, om poucas e obscura nage aere dele, apsardisto rao podem ser comt= provantes de impresbesraturas na mente, de mesmo modo que os nomes Ai fogo, sol calor e o namero alo provam que a ie que marifstam ‘Sonatas, porque os nome: destas coisas eas das das, so unversalmente _scbidoseconhecidos erie os homens. Visto ques homens wsando palayras| erivadas do idioma geral de seus proproe paises, podem raramente evita ter certo tipo de ideas arespelio das coisas, cajos romes so menconados ‘com friend em suas conversas. 10, A idéia de substinciando ¢inata.Confesso que hi outraidéia que seria de uso geral entre or homens, pois é mencionada goralmente Iaconverss Tratisedaiddiadesubstici, que nfo obtemos nem podemos ‘bter pela sensagho ou reflexdo, Se anatureza cudou de nos prover com. lgumasidéia, devemos esperar que sejam tals que no possamos des- ‘obrir mediante nossa proprio facildades;observamos ao contro, que, ‘través dos meios pels quae as iis Ho tazidas para as nossas mente, ‘no tems de modo algum esta is clr portanto, nada sigrifcaa para $heldnca, do ser uma proposigio incerta disto que no sabemos 0 que, isto 6 de algo acerca do que nto temos nenbuuma idéiapostiva particular fe distnta, que julgamoe sero substratum, ow Suporte, destasidéias que ‘onhecemos. 21, Nio hs ideas inatas na meméria. Cobe-me acrescentar: se hou ver quaisuer ideas inaas, qualquer dis na mente a espeito das quais a mente no pensa atuelmente,devem estar situadas na meméria, da qual lever se tazides 8 observagio pela rcordagio, isto 6, devem et #2c0- hecidas, quando slo recordadas, como tendo antes sido percepgoes na mente, a menos qu a recordacio possaexistir sem a recordagdo e desde que recordar & perceber alguma coisa na meméria, ou ter a consciéncia ‘de que isto era antes conhecido ou percebido. Sem isto, seja qual for, a fain que surge na mente € nova, e nso recordada esta conscincia de ter totado na mente antes de ser € distnguida pela recordagio de todas as futras maneras de pensar. Se qual fora idéia que nanea foi percebida pela mente, nunca esteve na mente, Seja qual fora iin que exista na frente, ov é uma perceprdo atual ou, tendo sido uma percept tual festd de tal modo ra mente que através da memoria pode ser de novo transformada em percepeio atual. Sempre que hi uma percepsio atual dde uma iéin sem memera,«idéia aparece perleitamente nova e desco- ‘heida ao entendimento. Sempre que a membria intoduz qualquer idéia 2 observagio ata, isto & feito com a conscigncia de que ela jf exist, € ro era totalmente estranha 4 mente. Se sto ndo é assim, faco um apelo [ara a observaczo de cada um, nto, deseo um exemplo de uma ida, prefendida ser inaa (antes de qualquer impress disto pelos melos 2 {erem mencionadosadiante), que qualquer um pudesse recebere recordar ‘Como uma idéia que tivesseanteriormente conhecido, sem que houvesse ecordagio sem a coneciénca de si percepeso anterlor. Sela qual for dels introduzida na mente sem ser recordada pela conscignca, ou P30 erivada da meméria, ein nio pode ser afrmatia estar na mente antes desta maniestacdo, Uma vez que o que nio esté atualmente a visla, ow rem nt memris, nfo esté de modo algum na mente, dé ro mesmo dizer aque anes esteve Is 25, Origem da opinito acerca dos principios inatos. Quando os homens descobriram certas proposes gerais que no podiam ser ques- tionadas logo que entendidas, compreendemos como isto passou a Ser 8 ‘manera répida eel para concur que elas eram nats. Sendo isto aceito, Uber o preguigoso das penas da pesquisa e dew fim A investgagdo dos receme que @ entendimento nio tem o menor vishumbre de uma idéia Se nio a receber de uma das dass fontes. Os objets exerms suprem a mente com as idéias dae qualidades sensivels, queso todas as diferentes percepsbes produridas em nés,ea mente supre. entedimento com dias raves de suas proprias operagées, ‘Quando efetuarmos uma investiga completa de ambos, de seus vi- tos moos, combinugoes ¢ relays, descobriemos que ees conte todo 0 rosso estoque de ida, e que mo feos nada em noesas ments a ost 0 derivado de um desses dois meis. Se alguém examinat seus propios pensamentos,dirmed, eno, se todas a iis originals que lt tio so algo mais do que os abeos de seus sends, ou das operages de sua mente fencarada como objeto de sua elado;e, por mais ampla que ja a massa de conhecimentos i localiza, por mais que ele imagine, ver, assuming tum ponto de vista esto, que no tem iia alguma em sua mente, ano ser 0 que foi por uma desas duasimpreso,embora talver compostas em Infrtavaredade e ampliadas pelo entendiment, como veremos adiante 6. Observéve mas cans, Quem considera comatencoasitssso de uma ering quando ver so mundo uase lo fed rao para 30 gue ela Se erconza com una aburcnca de sis que conse ‘Eater de seu futuro conhecimena. Gradualment, ard delas provid, qi ns dan gaa Gvin fn empriman oer ca mena comeyar a fazer um registro do tempo ed onde, Sere, freentemente bem mals tarde que certas qualidade ncomunssurgem ro camo das cranas, © poucts homens no se leva de quand se amilarizaram com elas se fosseproveloeo, fo hi vida que una evan seria de tal mado ordenada para ter apenas algumas das as rds até dsenvlverse num hier, Mas, como todos os ars tents Se enortram envoltor por corps ue perpetu edversamente os impression, surge uma varedae Ge sen Ievadas ou tao em cons deri, que se imprimem na ents dae cama. € cores eto 3 Aispesico em toda parte em que so esiverapana aber; sos ¢ ‘eras qualidaessesives no se omer de proce sets proption sxe ios, fowando sua era na mente; mesma ssim perc er femente ‘cide que, e uma cranga fone manda tm lgar em Que apenas Yio bees ope ats ade al no endo weelo ‘2 do verde, do mesmo modo que quem jmais experimentou 0 4 ostra ou do abacadndo tea exes goon determinadass 7.0s homens esl diversamentesupridosdesas iis, segundo diferentes objets com os qua etramn em conto. Os howers st, Potato, supids com menos ou mais ie simples do oterioe. medida {ue os objets com o quai era em conat ferecer maior ou menor ‘idade; esto supidos com a opeagdes interas de suas tenter tein qu retem mais ou menos sabre ts portant, aonos oe dlsjam seus pesamentos prs exa via ea consierem seamen 30 tero mais ideas claase distinias de todas av opeayos de sua mente, sem tudo que puder ser observado aera desse seam, quct team todas as idéias partculares de qualquer paisagem, quer das partes dos tmovimentos de um rlipio, deverso encaare prestar atengo a todos o5 ius pormenates. A pntura ou orelégio podem estar deta modo stuades {gue diarimente surger po caminho de um homem; mesmo assim, ele ‘fed uma ila confusa de todas as partes de que so feitos enquanto no ‘Se aplcar com atengio econsherareada uma delas pormenorizadamente 8 As dias de reflexiosfo posteriores, porque necesstam de aten- «0. Vemos, assim azio pela qual bem mais tarde a maoria das criangas ‘gui eins das operagoes de Suas préprias ments. Ealgumasnéo tem ids claras ou peretas cla maioia de suas operagdes durante toda & ‘ida, Emboratenham a mente continuamente ating por visdes fatwan- tes, cats no @ impressionam sufiientee profurdamente, marcando-s com ideias clara, distintas e durdves, enquanto o entendimento rio s¢ ‘olla para si mesin e reflete sobre sane propeas operates, tomando-as D objeto de sua propria contemplasso. Quando as erangas chegam 20 ‘hunco pela primeira vez, encontramtse todeadas por uma infinidade de ois novas, que, por eoetantesolicitaglo de seus sentidos, orienta a mente constantemente para elas, avangando para observar de novo, e se ‘lciando coma variedade cambiante de objets. So, assim, os primeiros ‘anos usualmente empregados e entretidos em olhar para fora, A tarefa ‘dow homens consiste mm ae famllarizaer com 0 que exist para set en ‘Contado externamente assim, crescendo com atengio constant para 35 ‘Sensages externas, earamente 0s homens fazem alguma reflexso conside ‘vel sobre o que ocorre com ees até atingirem a idade adult; e alguns jamats fazer fl reflex, 9. A slma comecaa ter idéias quando comepa a perceber. Perguntat quando um homem comesa ater quaisquer idias equvale a perguntar uando comega a pereeber, pois d4 no mesmo dizer fer és ou tr per [pyle Sei que alguns sto de opiniso que a alma sempre pense, e,contanto| ‘Gue exit, fem corstantee por si mesma percepeao real das iis, e que Gipencamento teal €inseperdvel da alma, como o é 2 extensio real do Corpo. Sendo tudo isso verdadeito,inguirir acerca da origem das idias dos homens equivale a inquire acerca da origem de su alma, Com base Inns, a alma e Saas dias, coma o corpo sua extensio comer ambos 2 exer ao mesmo tempo. 10, A slma nem sempre pensa, pois isto necesita de provas Su por-s, portm,queaalms antecede,coexste ou aparece certo tempo depois {igs primeiros rudimentos ou do comeco da vida no compo é tema para Ser diseutido por quem for mals bem-dotado. Confesso que possuo uma ‘dessasalmas apis, que nem sempre tém percepyio de si mesmas 20 contemplar ids, nem posse concrber nada mais necesiio 8 alma do ‘qu sempre pers, 0 ctr de eta sempre em movimento, © imagine gues pecepsio dis ide ¢ pra alma'o que o movimento € pra 0 corp sto no € wa enénd ms una de suas operas, Pant, tmora o pereamento jms osea ters tal potoroponto como oo Sproprada da alma, snda stim nie € neces saporque el saa sempre pensando, sempre em agus etelvero pvt dinate ‘ator e Protea de todas as coisas, “ue mines sepous ene dome @ que io admisvel pars nena serio plo menos no o€ para ‘dima do homem. Sabemcs,certamente por experienc, que as vests eros dai cheamos a ta conclaso tnfave hialguna cla em fir quc tm o per de pensar Mau de qu eta substnen est Pepe tuamente prea, cu nao nio poemos tr ma soprana do gue fos informa a expen. Afrmar que pereamento el € ese ana « inseparével dla ia pete de principe no uma prove "aioe, Sendo necesirloapresenl, porno se tatar dena proposio er dente posi mesma, Mas insite esta proposigio = ana sempre eres! Cevidente por mesma, om » ul tegen concord apenas raves de uma primer inguin, levees pedir uno toes ov omens. Quando digo que tenho dudar we pred ou nao durante tose 2 nite ito implica ques ata dena questo sobre um fat equ no Se pose seit: pata provi, uma hits conistindo ra pop se te questo, da gual ro se pode chegat a renunaprova: Ser, pols © temo que uporqe todos religion pens, dete gue tne pons se movimentam, fara dis, portant, prado, euler avid {que me relogo perso dren ta a ite pata Quen no ule Seequvocr deve contursun hips derivads da experienc ete {etre um ato, no spor um fate devo axa Npetee isto porque Supe ser asin 0 que como prove equvale isto: dev neceoaremente ter penudo durant todas nate paseada, porque alguem supe que Sem pre penso,embora ev mesmo nem sempre o pera Entel, os homens enamorado de sus pris opines podem so 9 spor ut tem queso, com tear’ to laf eee De ue otro mo poderaslguem tir de mia netenin qu tna cis #80 ¢ porque ni a sentimes no sono? No dign que no eit sa no tamer porque mio a sete no sono, mas digo do pode pers um mo tmentosequt, acordado ou dorsnda, sem ser stave tis. Setmas Sensis seo no uma cola necesedta para dass cosas cntuo, Pars os nostosperaamentcs, send para cle agora c sempre necsdrie Re guepostamos pens sem frm da contd 1 Nem sempre tem conscitncia disso, Concordo que a alma de ‘um homem desperto jamais est vazia de pensamento, porque esta € & condigio de estar acordado, Deve, porém, © homem desperto considerar Se dormir sem sonar afeta ou nio'o homem em sua toalidade, tanto na mente como no corpo. Pole é muito difcllimaginar que alguma coisa pote pensar eno enarconecente disso, Se a mente de um homem que orme pensa sem ter caneciéncia disso, pergunto: sent no pensamento Sigum prazer ou dor, ou fi capaz de ter flicidade ou infrtnio? stow Seguro le que o homem ni sent nada mais do que a cama ou a tera fmm que se encontra Ser feliz ou mizersvel sem ter consciénca disso pa- {ecetme folalmente inconecientee impossvel. Quando o corpo dorme € Tmposnvel que alma fenha pensamento alegria e preocupastes, prazet tcabtrimento, embora o homem no seja nem corsciente e nem partcipe ‘isso. Certamente,Sdcrates dormind e Sécratesacordado nio ¢ mesma [pessoa pois sua alma quando dorme, e Sécrates 0 homem, consistindo [Ee corpo e alma, quando estéacordado, sio duas pessoas. Portato, Sé- ‘rates, acordando, nio tem conhecimento da felicdade ou relagdo como ‘infortinio de sum alma, sentido por ele s6 quando dormia, Sem, contudo, pereebe tes, assemelha-se 4 sua falta de sentimento pela flcdade ow in- Tortinio pelo homem das Indias, simplesmente porque nfo 0 conhece, Se for exclulda totalmente a conscinela de nossas aes ou sensagSes, pe Calmente as do prazer e sofrimento,juntamente com os problemas que Scompanhaen, sta dif arscterizat a identidade pessoal CapiTuto II odias Sirus 1. Apartncias simples, Para entender melhor a natureza, a mancira fea extensio de nosso conhecimento, deve ser euldadosamente abservado {qe algumas de nosas idéiasSdo simples ¢ outeas compen. ‘Visto que a5 qualdades que impressonam nosios sentidos eto, fas proprias cosas, Ho unidas e misturadas que nio hi separagio, ne- ‘Ahura distancia entre elas, ¢ claro que as sdéias, produzidas na mente, fentram polos sentidos, simples e sem mista. Embora a visio ¢ 0 tao recebart do mesmo objeto, com frequéncia e a0 mesmo tempo, ides ferentes, fzendo com que um homem perceba 0 movimento e a cr, mio sinta macier © calor mum mesmo pedago de cera; apes disso, a8 {dias simples unidas nur mesmo objeto slo peretamente dstinguivels como as que entram pelos diferentes Sentides; a friza ea dureza que um Ihomem sente num pedago de gelo so ideas Go distintas & mente como © perfume e a brancura de um liio, ow como o gosto do agdear ou © [etfume da rosa: ada pole ser mais evidente a um homem do que a per ‘eprio clara e ctnta dessa iis simples, de tal modo que, endo cada ‘uma dela ser mistura, mada conten em si excoto on aaron ou concpeo nore ra ete, que no pode ser distnguivel em iia diferentes, 2. A mente nlo pode formé-las, nem destrulas. Estas ideas sim- ples, os materias de todo © nasso conheciment, sao sugeridas ou forne- ‘idas& mente unicamente pelas duas vias acima mencionadas: eensagio €refleio. Quando o entendimento jf esti abastecido de idias simples, tem o poder para repetr, comparar e uni-las numa variedade quase in- Sinita,formando 3 vontade novasidlas complexas. Mas no tem 0 poder, mesmo oespirito mais exaltado ou entendido, mediante nenhuma rapide? do pensamento, de icentar ou formar uma unica nova idea simples na mente, que no tenha sido recebida pelos meics anes mencionados; nem Pode nenhuma forca do entendimento destruiras ela que I est, sendo « dominio do homem neste page mando de a entnmento some rap do ance mud dn ovis onde pode eo melo comartee Prin, hon slem de compore iiresmatris fe too acancr de sun ma, mas nada pe quoio b fea do ‘Penor parteula de nova mata, cu na dentro de um Stoo do que jfeste Semehantenabildade srs descberta por quem tntar moder Em seu ertendimento alguna Wa que no recebera através dos sentidos dos ebjetos enero ou mediante a Tllenio das operates de sun mente Scere les, Gorteria que lguém tense magna un gosto que jamais itpresionou seu lad fntasce formar aida de um avoma que runea cher, gusndo per fazer leo, conlae! tami que inc tem iia das cove, «um sudo rags Fels dos dvercs Sos. 3. Apenas as qualidades que impressionam os sentdos so ima sindveis, Embora nio possamos acreditar que sea impossivel Deus fazer tima criatura com outios Grgios e outros meios para conduzir ao enten- tlimento as abvervagies da coisas corporis, além das cinco com 0s quais rormalmente conta, dados por ele a0 homemy ainda assim, penso que ‘ho € possivel para alguém imaginar qualquer outa qualidades nos Corpos por mals bem constituldo que sia, por meio do qual pode ser ‘Sbservado alm dos sons, gostos,celeos, qualidades vsivesetangiveis E,se a humanidade tivese sido fita apenas com quato sentidos, a qua lidades que constitairiam os objetos do quinto sentido flariam tao dis tantes da nossa observagio, imaginagao e conceptio, como deve estar no ‘momento algo pertencente ao sexto, stimo ou oitavo sentido. Consistrs, pore, indesculpével presungio supor que tas Sends no possam per fencer a outrascristurss, situadas em outas partes deste vaso eestuperdo tiniverso, seo homem ado se assetar orgulhosamente no topo de todas [ss colsas, mas, pelo contro, efletir acerca da imeonsido desta constr, {da enorme varedade manifestada nesta pequena e desprezivel porcio ‘Que the 6 acessive, deve ser levado a pensar que em outs mansbes do Universo existe outros e diferentes sees intelighels, de cus faculdades Se tem tho pouco conhecimento ow apreensso quanto um verme preso fveta deur exrvaninha tem dor enidos ou entenmento deur home; {ai vanedadeesuperordade 0 adequadas sabedoriae per do Criador ‘Segui aqul a opnisocorigueira de que o homem tem aperas cinco sens, ‘eb lalvez possn com justeza contar com mas outos; mas qualquer das suposiges€ igualmentesdequada para © meu presente props, CariTuLo TT As Inés Siartes po SevTDO 1. Divisio das idéias simples. Para melhor conceber as ids que recebemos da sersagio, nio nos parece impriprio consider las com te. feréncia aos diferentes meios pelos quais elas e aproximam de nossas rmentes ¢tornamse por nés perceives, Primero, algumas entram em nossas mentes por um sco sent Segundo, outs traeportan set mente por hai ew sen. Terceiro, outras derivam apenas da rise art algmossbrem chitin, sugerids A mente or ads come es ffl Pee eee sea adr om sopead eb ees visas ters, Ca as tim aces50 8 mente spent por in nico sentido, pecalmente cone pare rece las Stasi recor comobrance, vermalho, {tnaeo al com seus von rau sombras e mitre, como verde ‘Scala, rox, verdemarnho © outas semelhanies que eran ons, ‘ment pels olhos todo stp de sudo, sone etonsconusidos pelos ‘vis vtiosostos odoes intrude sree aldara, Pott, esis egos ou nese, que condom as sereaydes do eterot 20 ser receptor no carro (ala de recepsto da tenes come ainda © denoino), io desordenaos a pont de nao cere sun are 3 sensgies no eri prt ttl para sere adidas, nem out melo Fata se exprem «seem sccidas plo eneiment. ‘Ob aspects mais otiveisdausles bjt ao lato 58 calor, i € sclidz seo o restate sufcentment vi, pols cone gus a ‘ene a conimagio sense como mac sperm ou de owe mos, te aeso menos frm desta pares, como dare e metho eg 2, Poucasidéias simples ttm nome. Penso que seré desnecesirio ‘enumerar todas as ideas simples particulares objeto de cada sentido, Mes. ‘mo se quiséssemos ni seria possvel, pois maior parte delas,pertencente 2 arn dos setos, nfo pode er denominada.Avaisade de ceios, Hine tnt, scnlo ais que nespeoe de corps no mundo, em Se ‘hn nce de denon, Bc eo gerne ven pa ‘Ton merpretasfo dessa iis o que vrtaimete¢pouco mals que 1.Ntenominr apres ou deagradave exbors os perfumes de ne oor c ue violin, ames dace seam xtamente was bem dina, NG unde vb gostostancidos poo oto pada 80 mab Tham provides de nomes, Doce amarg, azo, ate esalgado so guase tents ments designs paras vantdede numersel de condientos CTsunmente no epeas em quae todo tipo de tures, mas nas de {erentes pre da mea plant ato ou armel O mesmo pode se dito ‘rsd coes son. Contertarmesh portato acre dasa i> pies que eso apresentn, ea ester pera a qu so mai pest Be Sc nnn presente props, bu so st esas menos Ves Tatnsrcttadas iors aga cm feaeels ingredients demo Erie complocs entre a quis poso india solidez que dicate > prone xp, CapiTuLo IV Ioita ve Sourvez 1 Recebemos esta idéia pelo tao. Recebemos aida de slide: polo ‘sso to, ¢ ela nasce da resistncla que encontames no corpo contra 2 fentrada de qualquer outro corpo no espaco por ele ccupade, até que © [abandona. Se nos locomovernos ou paramos, ilo importa nossa postu, sempre sentimos algo embuixo de ns para hos sustentare impedir mais tarde nossa queda eos corpos que diariamente manipulames nes fazer perceber que, enguanto permanccem entre nestas mics, impedem, por ‘ima forga insuperavel, a aproximacie de nessas mos qu os pression. ‘Ato, ue impede a aprox de dos cores, quando esi se movend um ‘dire do outro, denomino slide. Nao discutire se tal acepso do termo Sélido aproxima-se do significado original dos matematicos. Perso como Suficiente a nogio coriqueta de solidez que permit, se nfo jasificar, tal uso, mas se alguém julgar melhor chaméla de impenctabitidade, tem ‘o meu consentimento. Apenas peneei que 0 terme soles & o mais ade- ‘quado para expessar esta ida, nao apenas porque vulgarmente tem esse sentido, mas também porque compreende algo mais positvo do que im- ‘enetrablidade- iden negativa que consist, avez, mais uma consequer- a da solider do que a propria solidez. Ademais, parece ser uma idéia ‘muito intimamente ligada e essencial 20 corpo, de tal modo que em ne- ‘hum outro lugar pode ser encontrada ou imaginada eceto na maria, ‘embora nossossentidos nso a observem a no ser em massas de maria, ‘um volume suficente para casar em ns uma sensagio. Deste modo, mente tendo uma ver apanhado esta iia de grosseitoscorpossensives, Investiga-a por mals tempo ea considera uma figura nas particulas ‘mindsculas que existe da maria, ea descobreinseparavelmente inerente 20 corpo, sea onde for ou de qualquer modo modifiada, 2. Solider ocupa espace, Esta € a ideia que faz parte do corpo, em qualquer lugar que a imaginamos ela ocupa e=pago. A idéia de ocupar ‘ope significa: em qualquer lags que imaginamos certo expago ocupado Se tsi wll, cosebamola contend de al todo gue rca todas as outassubstncisaidas;e pra sempre impedicé dois Suttos corps Guaisquer,movendose um contra o auto em linha re, esse chocarem: a menos que se alas dele, numa dieyso no poaela ‘Sguelsem que les se movem. Eola iia nor €sucentementeforecida price corps que onfnaiamente manuseaos. 2. Distnt de eapao, Esta resistécia, por meio da qual impede a entrada de utes conor no ease por a oeupad,€ Ho grande que tenhuma fog, por maior ques, Pode sper, Todos of crpos do tmundo, prestomade uma gta de sgun em todas a dees, Jamas Serdo capaes de superar aestcaofereila por el embora to mole, pur se aprotimare rerprocament, até que sp Sada de oe caminbo; {te mad, nn is vin aes dstrgurse no J pao ro, que eo ¢ capa de reetncia nem de movimento, como da Kea {erdureza, Sendo asim, um homer pode imapinar doi corposapatades Ge pode seapronimarreciprocamente sem tcaem ou desoarem Pe ‘hua cou sida at que suas superficie se encontems perso que tenes, Touma clara de espage sem solder. Porque (pra no ro ong ie destrig de qualquer corp parila, pegumo: nao pode un Foe fr 2 ia do movment de um dnico corpo singular, sem que ‘Gn imediatamente suceido po oto? E evden que pe os aa {inovmete mum corpo no ini aia de movimento em out. 20 Centario du de uma figure quadrada nam corpo, que ie ea de Eg dda em oo, peur cor nn {xbtent porquaio 9 movimento de um corpo ro pode een exist Smo movimento do outro Determine nam dos dot igen inarer fm peo de pinsple favor ou conta 0 view. Mas eta € mina {livia no pode alguem tr aka moverdose,enguantooutes eto parodos? Perso que hinguémn regard to, Se for verdad, nt 0 espa {ue ela denon eres ea de espace puro sem slide, no qual oat corpo pode enar sem o desaparecmento de qualquer can. Quando @ Senda da bomba ott secs, © epago ocupado no tbo € certamente © tres quer outro corpo scompanhe ou roo movimento da son nem implica ua eontredigio amar que o movimento de um corpo ode wera scr segundo por outro que he apenas contgu. A necesdade de Unf movimento contre somente na pongo de qu o mand € leo, {io nas és dstas de expo sem o corpo pos Sus disses aaa {ib vicws demersta tse plement come se mos em oto Iga 4. Distinto de dureza. Solider diferencia-se também de durezs, 6 que a solidez consiste no replet, e por isso numa completa exclusio de cutros corpos do espaco que ele ocupa, ao passo que dureza consste ‘numa firme coesto das pares da matéis, formando massas de volume feravel de tal modo que o todo no media facimente sua figura. Cer famente duro e mole sto ot nomes com of quais desigramos as coisas relacionadas com a constituicio de nossos propris corpos. Deste modo, Guro €tudo que nos faz softer em lugar de modificar a figura mediante {a preaio de quaquer pares de nosses corps; mole, a0 contito,€ tudo ‘que modifica #orgaizasio de suas partes medianle conto suave eindoloe Mas essa difculdade para modificar a organizagbo das partes sen siveis entre si mesma, ou da figura do todo, no oferece mas solidez fm relagSo ao mais duro corpo do mundo do que ao mais mole, nem ela ‘um pingo mais impenetravel em algo mais solide que a §gua. Embora fas partes lisas de dots pedagos de marmore se aproximem entre si com ‘mals facildade quarcio hi entre elas apenas gua ear do que se estvessem separadas por um diamante, sem implicar com iso que, pelo fato de 0 ‘diamante ser mais sido que a gus, oferecers mais ressnci, mas que, tendo a5 pariculas da gua Separiveis com mais faciidade, basta umn ‘movimento lateral para remove ls e permit 0 contato dos dois pedagos ‘demérmore Seas, porém nBo se Separassem atraves dessa fora lateral, do mesmo modo que o diamante, impediviam para sempre ocontato dessas ddaas peas de matmore, pois seria impossvel vencer sua resistencia pola forca, assim como a das partculas do diamante. O corpo mais mole do ‘mundo resstird de modo insupersvel & reunito de quaisquer outros dois ‘compos, enquanto nio for retrado do caminho, do mesmo moda que 0 ‘corpo mais duro que pode ser encontrado ou imaginado Se alguém enchet completamente um corpo mole de ar ou agua, descobrird depressa sua resistnca, ee alguém jlgar que apenas os corpos dros podem imped suas mies de se aproximarem entre s, que fafa tal tertativa com 0 ar preso numa bola de futebol. Disseramveme que, em Florenga, fi feito um ‘experimento com um globo oco, de ouro,cheio de dgua,e perfeitmente fechado, que mis tarde most ser de soles #30 mole como a gua Pris, seco o globe de our cheio desu submetido pela press exercida pela maxima fora dos parafusos, a gua siu pelos poros desse metal bem fechado e, ro encontando lugar para aproximar suas partculas sais do globo subis como orvalh, cnindo em gotas antes que a8 partes do globo pusdessem ser refeitas para impedir a violent compressto do rmecariamo que © comprimia 5. Da solider depende o impulso, a resistencia ea protuberincia ‘A \deia de solider a extnsto do corpo diversa da extensdo do e=paco. ‘A extensio do corpo coiste apenas na cass ou contnuldade do sido, 4e partes separaveis e mves 80 paseo que a extensdo do expaco consiste ‘a continuidade do ndo-solido, que ¢ inseparavel e de pares iméves. Decorre da solider dos corpos também seu mito impulso, isto é, are sistécia a profuberincia. Em relagio a0 espago puro e & solidez, hi ruts — enze 08 quais me inchio —-que estho persuadidos de que ten Seles dias clarase distinas, e que podem pensar acerca do espago sem nada que resist ou @ alongado pelo corpo. Julgam que tém essa idéin do ‘expago puro th clara coma qualquer idéia que podem ter da extensdo {do corpo, sendo a idéiade distinc entre as partes opostas de superticies ‘ncavasigualmente tio cara convenceram se xi mesmos que tem dis Tinta da ideia do espago puro, a idéia de algo que enche o espago, que pode ser alongado pelo impulso de outros compos, ou resistir a0 seu mo- vimento, Se outros, contudo, no possuem estas duas ins distntas,con- fundindo-as eaceitand uma pela das, no entendo como os possudares de tama mesma ida com diferentes nomes, ou de diferentes ideas com tum mesmo nome, podem, eno, referirse tanto 4 uma como a outa. Esta stuagio astemelha-se A de um homem que no € cego ou mado, ‘om ida dstntas da cor vermetha e do som da coveeta tertando des fever acor vermlha a0 cego(mencionado em outra part), que imaginou fer a idéia do vermelho semelhante a0 om da cornea 6.0 que solider. Se alguém me perguntaro que ésolider, die thei pata recorter aos seus sentidos para informar-se, Basta que coloque uma pedra ow uma bola de futebol entre suas mos, fazendo, a seguir, uma {entativa para juntsla. Se pensa que isto no & sufcente para exphicat solider, isto &, 0 que é e em que consist, prometo dizerIne que & ¢ fem que consiste quando ele me disse o que é 0 pensamento e em que ‘onsite, ou explicarme t extersio eo movimento, por parece, lve, ‘bem mais Hees. Certamente, a experincia nos ensna a respeito de nossas idins simples, mas, se tentssemos torslas mais clara mente por meio de palavens, nao seriamoe mais benr-sucedidos do que ao tentarclareat ' escuridio da mente de um cego falando-ihe e descrevendo-Ihe as ieias de fue cores. Mostearel a razso disso em outro lugar ¥. CariTuLo V {AS Iotias Simrues Dos VARIos SeNTIDOS dias recebidas tanto pela visio como pelo tato, Por mais de um sentido adguirimos as idias do esprp ow exten figure, repo Mat reno. De fto, suas impresses S20 perceptives tanto pelos olhos como pelo tato,evando-nos areeber econduzit 3s nossas mentes as dias de fxtensto, figura, movimento e repouso dos corpos, que foram Vistas € Setidas. Por ora basta esta enumeragio jf que em outs ceashes vollael ‘este tpico CapiTuLo VI ‘As Intias Simtes DE RerLExKo 1. As idias simples de reflex sfo as operasies da mente acerca de suas outras idéias. Como mostrames em gutrescapitlos, a mente, [adquirindo idias do exterior, voltase para dentro desi mesma e observa suas propras ages acerca das dias que fs post, retiando dessa tudo {gue for adequado como objeto de sua contemplagio, do mesmo modo {ue faz com uma daquelas recebidas das coisas externas 2. As idéias da percepsio e da vontade derivam da reflexdo. Estas ddoas importantes ¢essencais agdes da mente, com tanta Freqléncia con Sderadase tio consantes que todos podem deletar-se em observilas femsi mesmos, compreendem: erepyo ou pensamente, elite ou votade (© poder do persamentodenomina-se entondimaw, © o poder da voliao denomina-se tontade ais poderes ou habildades na mente sdo denomi- ‘ads farulades, Dieutire, mais tarde alguns exemplos dessa dias sia ples da reflexdo, tis como a recordagio, 0 discernimento, 0 raciocini, © julgamento, 0 conbecimento a fete CariTuLo VII AS IDEAS SiMPLtS DA SENSAGKO EDA REFLEXKO 1 das de prazere dor. Hi outas ids simples que se dirigem A mente por todas as vias da sensagio © da reflexso, a saber, pazer ot delete, e seus opostos! dor e inguilagSo, poder, existenca, unidade, 2, Misturadas com quase todas as outrasidéias, © delete ou in- ‘qustagio enconta-se em quase todas as nossa iéas de sensagSo e r= flexo, endo raras as impressOes de nossos sendos externos, ou os et samentos solitirios de nossa propria mente incapazes de nos ocasionar prazer ou dor. Entendo prazer e dor como algo que nos delta ou molesta, {sj em decorréncia dos pensamentos de nossas mente, sea porque algo ‘opera sobre nossos corpes. Quer denominemos iso, por um lado, sais facto, delete, prazer,flicidade et, ou, por out, inguletude, aborrec: mento, der, torment, angistia, miséia et, constituem apenas graus di- ferentes da mesma coisa, e sio compreendidos pela idéas de prazer © dor, delete ou inquietude: denominagées usadas, geralmente, por és para fees dois pos de ideas 3.0 prazerea dor como causas de nostas aes. O infinite esSbio ‘Autor de nosso ser, tendo nos dado poder para mover ou deixar em re uso vras partes de nossos corpos, seguro ulgarmos convenient, e elo fato de mové-los, nds nos movers e acs outros corpes contiguas, ‘onsistindo isso todas as agses de nosso corpo; tendo igualmente dado poder 4 nossa mente para celecionar dente viras de sins ideas a que Seréexaminada, com fim de proseeguir com a pesquisa deste ou daquele Assunto com deliberagio e atengio; visando, ademais, a motivar-nas 3s agtes do pensamentoe aos movimentes de que Somes capazes,agradou- the juntar 20s viros pensamentose sensagdes a percepeio de delete Se isto estivesceineirsmente separado de todas as nosas sensactesexteras ‘epensamentos internos, nao teriamos motivo paa preter um pensamento cou asio a outro, para passar da indfereng & atengo, ou do movimento fo repouso, nem movimentariamos, desee modo, ness0s corpos e nex ‘mpregariamos nossas mente; permititamos, potém, que nossos pens tmentos (ce Ines couber al denominacSo) se movimentassem desgoverns dos, em nenhuma diego ou designio;eestariam sujetas as iias de rosaas mentes, como sombras desprezadae, a se manifestarem nela por ‘22350, sem que hes prestassem ater. Nesta stuasio,o homem,embora ‘Provide das facldades do entendimento eda vontae seria uma ciatura ‘cioea ¢inaive,derpendend seu tempo somente rum sono preguigoso| « lesrgico. Dignow-se, pottanto,nasso sibio Craor, anexar aos vrios ‘objetos © Ae ideas que recebemos dees, como ainda a muitos de nossos| [pensamentos, um prazer concomitant; e que, em virios obetos& vios| {raus, esas faculdades que ele nos tem dotado com poder nto permanc ‘am inteiramente ociosas€ ndo aproveltadas por nds. 2. [dias de existéncia © unidade. A exsténcia ea tad sio outas duns ideias sugeridas ao entendimento por cada objeto extemo e cada ‘dia interna, Quando a ids estio em nossas ments, 8 consideramos ‘como estado eealmente I, tanto como consideramos as coisas estarem realmente fora de més isto & que ela existe, ou tm exstencia; etude ‘quanto podemos corsiderar una cosa, quer tm ser re ou uma kia, fugere a0 entendimento a idéia de unidade. dia de poder. Consisto poder igualmente em outa dessas ins slopes recebidas da sersagio e da refledo, Pos, observando em ns Inesmos que podemoe penear, «que podemos 3 ventade mover véras partes ce nossoscorpos que estavam paradas; como, ainda os efeitos pro ‘uzidos matuamente pelos corpes naturais, ocorrenda a cada momento ‘08 nostos senidos, terminamos, portant, através dessas duas vas, por duit» idéia de poder 9. Kdia de sucessfo,Além dessas duas hé outraidéia que, embora sugerida pelos nossos sentidos, nos é mostada constantemente em virtude {do que ocorre em nossas menes,ocasionando a iia de sues. Se re- pentinamente nos examinarmose refletirmas acerca do que em nés mes thos € observive, sempre depararemos com nosss iia (se estivermos ‘ho produzidas, consttuindo-se apenas em vérios modos de movimento, do mesmo modo que compreendemos a voniade eo entendimento sere faculdedes, mediante ae quais as aes de escolhere perceber 380 prod {idan venclo apenas varios modos de pensar. E, adequadamente, pode amos afiemar que éafaculdade cantante que canta ea faculdade dangante [que dang do mesmo modo que a vantadeescolhe e que oentendimento Goneeber ou, como € usual, que a vontade dirige o entendimento, o8 © “tendimento abedece ou no obsdece 3 vontade, sendo ao mesmo tempo ‘rdprio ou inteigvel dizer que o poder de falar dirige o poder de canta, Eire poder de cantar obwdace ou desobedece 20 pode de falar 19. Os poderes sio relagbes e nfo agentes. Concord que este 0 aquele pensamento presente pode ser © motivo da voligio, ou exerce 0 poder para que o bomem escolha; ou a atualescolha da mente € causa [Ro atual pensamento desta ou daquela coisa, do mesmo modo que © pre- Sente de cantar tal melodia pode ser a causa de dangar tal danga, © 0 presente dangat de tal dange © motivo de cantar tal melodia, Em todos Eiger casos no & um poder que opera sobre o outro, mas é a mente que ‘Spore e execute esles poeres; 0 homem que faz a agio como o agente he tem poder ou é hibil para fazer. Desde que poveres sio relagies © ‘io agentes, que possi ot noo poder para operar implica que apenas {sto € ou no € live, e nfo 0 poder em si mesmo. Pos iberdade, ou nto Iiberdade, nfo pode pertencet nada, exceto © que tem ou no fem ui poder para agi. 20, A liberdade nio pertence A vontade, Atributla as faculdades {que no the dizem respeito tem dado motivo a esta maneira de falar: ‘Reroduaie, todavia, nos discursosacera da mentea designagio faculdades fino ums noglo de sur aperagio tem, suponho, adiantado muito pouco ‘Roms conhecimento com respite ns mesmos, do mesmo mado que 0 Since roxio ro a ln dea congue ovis A ie Sa quale ment ro pode prceber sempre, ede mado ata 0 aordo Eaticoede de dun as decors do fate de que sss iia, asespeto tno ¢ bin must dro osint, eqnenens see com tie dina do trike ote ve segura compl que safe fconpni qu deren tv. Oo mesmo ody Sx ecela 'e-mutiamene por viris espelhos retém a similitade e concerdéneis com © das quns a peoquisa consata o acordo ou desaordo ado podem ser pela ho. An marmo tempo que predur um cnfeemsenbaee esse frente reuradas para iescélas Neste ease, pois, quando a mente lo tanements em cada sucesive eho, minuldo da eaten censs oa pole eunir uns iis mediante su comperaso medias, © como se {que aparecia no principio, chegando finalmente, depos de muon ast Eto foe justaposigdo ou aplicagto de uma sobre a outra, para pereeber menlos a mostrar masclado pela obscura, seco &primeia vsts 2s condo ou desncordo, a mente resigra-se, com base oa inervenglo._fronhcivel eputalmente aos doados de oles fee Eo ae ee on ‘outs dds (ama ous segundo oqueccore)adesobrroacordo | umeanhnament dependent de uma longa sae de pas ‘ou denacordo que busca, « € 8 isto que denominamos raciocnio. Deste ‘todo, a mente, querendo conkecer acordo ou desscordo entre 08 ts ngulos de um tingulo © dois retos, nlo pode fazé-lo por wma visdo imnediatae compat, porque os tf agulos de um triangulo nso poder fer tazidosimediatamente ser compatados com um, ou dois angules; {de sorte que a mente no tem conhecimento imediato e nem intuitive, > ‘Neste caso, a mente se resign a descobir alguns outros Angus, com 05 (Quals os 65 Angulos de um tidngulo mantim igualdade; e, deseobrindo es iguais a dois retos, ver a conhecer sua igualdade a doi retos 7. Cada pss deve ter evident, cada pss dsenvok vido pea ano no continent demonstrat te uh snes iio do cro ou dnd ur butane don meme ne, qu sa ome una prov ps no fs ei nesta finda uma pov deste qs pecepso dee node Sotcoete B80 se produ contecimants eis nse etter ean coe Shui conermerto toc ms foe ser peti ses th eesidade algae nerve cee msi com Bata mostar Seu acrdo ou desc Medan qual ¢ eve aoe fda paso do rao gue produ conhecmento eas dondode beg Snags asec ended Sui teas Sar pespapcenen tae Pep coebuaerrntyntarsetemniiatrnctoertas ements err Eecargee enon paces cee ee SSSScNeEA Ee cama car Sea sie mecentee oe one oe eitinen masa gcotace facet eest nee Sapam ts Sa mn ae hee ‘3 Depende de provas, Fst idéias inteveintes, que servem paca mostrar o mondo de quaiequer outas das, sto denominadas prooss ‘nde o acordo ou desacordo & por este meio evidente claramente per ‘abide eto ¢denominade demonstrapf, endo mcsindo peloentendimento, fea mente capaz para ver que ito é assim. 4. Mas aio tio fi, Este conhecimento por provas intervenientes, emborsaej certo, a evidéncia dstondo totalmente ti cara ebrilhante, them o assentiento 130 proto, como no conhecimento intitvo. Embora fa demonstragao a mente finalmente perce 0 acordo ou desscordo das {elas que ela corsiders isto no ¢ feito sem esforgo e atenge, deverdo Ihaver mats do que uta vio trarsitéria para descobri-o, 8. Els 0 equivoca: ex praccognits et prarconcssis. A necesidade deste conhecimento intutivo em cada asso do raiocinio demonstrative (0u cientfico ocasionou, imagino, este axiona equvocado de que tole ‘aciocnio era ex pracogitis et praconcessis aque ponto ests equivocal, tere! oportunidade para mostrar pormenorizadamente quando omega & {orsiderar as proposes, paricularmente estas propsiges qu 580 levominadas misma, e rustar que consti um eto supor que S80 9% fundamentos de todo o nosso conhecimento eraciocnio, |5. Nem sem duvida precedente, Outra dren entre 0 cnhcimento inwuitvo e demorstrativo € que, embora no titimo todas as dvidas steam. emovidas, quando, pela intervengo das idéasintermesria, 0 acordo ou dlsacordo ¢perebido nio obstante, ares da demonstagio havia uma dic ‘dao que rio pode sucder com o conhecimentoinuitivo quando se ata dda mente com sua fculdade de pereopgio em grau capaz de das distin, {do modo que rao se pode duvidar do clho (que pode ver distintamente branco e pret) see eta tna eee papel, ea tudo de um coe 9. Demonstragio nioestélimitada pela quantidade Tem sido ge- (6. Nem to clara Certamente a percepeto produzida pela demons falmente aceito como certo que apenas as matematicas sio capazes de os esaDoRes_ ‘nds demontatv Enlai lar oacoroou decor come Sience gcmene pect nap gue nso conse pve Fao sjans do niger, etrtoe ,Secrendo 0, pom sar cs ttn de met © apieno em none no de sfente RISUE scan qu deem io pester te poe SENUESan se ots pres do concierto er ent aad $5¢quqer ou, # os» matron 10. Porque isto tem sido pensada. A rani pela qual st tem ecole Sidp esti vito, esupono rence apeasaquele api fe tom so no apenas por cua dante era esas ica 5 Nongue,comperando wun igualaade ow excess, modo de nimero Bashan a meer dierenge mt clara e perceptive e embor et {Sha Enero e mimo aumento nio ap perceptive apesr dso ¢ ttn dei spr nai « dns demoraratvamen ‘Stata igualdade de de tngulos, ou de oterodes, on de igure dan eee ntmewse ips, poem se estabelecdos por snl sels se Raentes, em que as ideas sob conederaio ett peretamente ‘adermanadas nfo oendo em grande parte quando wsinaladas apenas por momes © platan. 11. Masem outs iis snp cp doe ira 0 tnbelesione mucodos por ges © 10 guanttativamente, 10 tos AIRS tng to outa eveuada de sas dferenasa ponto de perce las WTSctabsr meen para medi sun exata guadade, ou sua menor dif ‘ou Po eats simples sero pana ou esate po “Tider em ns peotamanto, ges, imetoe movimento de minaciloe ass ples no si egies de nwa faa, ms produ ole rats SSG excnores renimente opera sobre nox oder com tla tad a conformidne que € desig, que none condo exge ‘Ass eas repesetam cise sob eta aparencat para a gsi $50 ‘equndas para produc em ns, pr neo te que semen bs pare distngit ov ips de substincas pticulares, po dacerit op estados fom quc esto, © sim apreendelar de nossasnevessidadese apliceas ‘So nos wos Des mato, nd de broneun ow argu eom0 st ‘ret mente cep eae te er Free rlguer coop para prod 0 como as coli e nos st eteriors cohlormidnde ene noses las spies exec de cas € Suficene para conhecimento re 5. Segundo, todas as idéias complexas exceto as de substincias ‘so seus propros arquétipos. Segundo, toda as sas idéas eomploxas, Credo aguas dessin, send aequctipos fits pela nossas mente, ‘lo designadas para serem cépise de algo, nem eeferidas 3 existércia de ‘qualquer cols, como para of seus origina, ndo podem ter nenhuma onformidade necessira com o conheciment real, Pos o que no € des- ‘nado para repesentar qualquer coisa, ano sera si mesma, jamals pode ser capar de representacdoerrSnea, nem nos desvia da verdadein Sao de alg, por sua aversio a iso; tis, excetuando as das substincias, ‘ho todas 3s nossas ideias complexas, De sorte que alo podemos apera® ‘sar inflivelmentecertos de que todo 0 conhecimento que alcancarnos acerca desss dias € real ou ep, que apreende as proprits coisas, Porque fem todos os nossos pensamnentos, raciocinios ediscusos deste tipo vsamos 2 coiss que Mao transbordam sa conformidade com as nossa idelas. Por conseguinte, nests nlo podemos privar de wma sealidade certa © indubitsve 6 Deste modo, 2realidade do conhecimento matemética, Néo du- vido que sera facilmenteadmitide que o nosso conhecimento das verdades matemdtias no é apenas evidente, mas sim conhecimento real, © no tuma simples visdo varia de vis insgniicantes quimeras do cétebro, iio obstante, se bem consideratmes,verficaremos que isto deriva apenas ‘de nossas prépriasidias. O matematico considera a verdade e proprie- dacs pertencentes ao retingulo om a0 ctculo apenas como esto na iaSia fem sua propria mente. Pois¢ potsivel que jamais tea descobestoqual- ‘quer uma dels exstindo matematicamente, sto 6, exatamente verdadeira, femsua vida. Mas ainda oconhecimento que ee tem de qualquer verdades (04 propriedades pertencentes a um ctculo, oa outa figura matemdtica ‘qualquer, ¢, contudo, verdadeizo ¢ evident, mesmo as coisas reais exis finde. Porque as coisas reais no se encontram mais relacionadas, nem SEGUE por eccsann ou ladle deren ate nome Feta, forts idla deste ome, susumindo que ela se encnta na mente $e quem fl implica que a mesa coisa ctaré de acord com o que 5° deumana stg. Ademais dar nome erado para qualquer uma desis ida contri seo sl da pale dvs rung, {que podemos ter conhecmentoevidentee demorstativ de seu vie ‘Tordos ou descordos se nos poraros cuidadosaente, como ras temdicas com estas ils exatas, e wages em suas vis © ‘Sproces floc sem nos desvarmas devo 9 seus nomes Se apes Sepurermos aida cosiderada do sina que a sign, nosso cone trent prticartgualmente da descberta da verdad real eda certs, Sj qual for osm que emits. 1 Asis de substincias tim seus arquétipos externos. Tere Ini outto tipo de idéias complexas que, senda referidas a arquétipos © ternos,pedem diferir dele, e assim nossa canecimento acerca deles pode ‘star proximo de se real Tais sto nossa iias de substancas que, con. sistindo numa colesio de ideas simple, supostamente iradas dos tab Ios da ratureza, podem ainda variar delas por ter mais ou diferentes dias unidas a elas do que se encontram na proprias coisas Pot a0, sucede que elas podem, e frequentemente o faze, nao se Confornat ex. tamente as propras coisas, 12. Enquanto concordam com elas, nosso conhecimento a resp delas€ real A razio dist baseia-se no desconhecimento da consttgae real desta substinciada qual noses ideas simples dependem, consttuinde realmente causa da rigorosa unido de algumasdelasentresi eda excise de outras, havendo pouguissimas das quais podemos nos assegurar que so 011 no inconsistentes em natureza, além do que « experiencia © a ‘observagio sensives alcangam. Nisto, portant, furda-se a relidade de ‘nosso conecimento a respeito das substincas: todas as nossa ida com plexasdelas devem ser semelhantes, esomente des, cama sto formadas das simples, como se descobriu que coexistem na naturera, Enostas ins, sendo assim verdadeitas,emboranio talvezcpias muito exats, 0, no cobstante, os objets reais do conhecimentona media em que temos agar, Estas (como j foi mostrado) no alcangam muito longes mas, na medida fem que o conseguirem, contnuario ainda 4 ser conhecimento real. 13, Em nossas investigasbes acerca das substincias, devemos con- sideraridéias, endo limitarnossos pensamentos 20s nomes, ou supostas ‘e=péciesestabelecidas pelos nomes. Se considerarmos isto corretamente, So limitarmos nossos pensamenios e ‘dias abstralas 40s nomes ~~ ome se Ios houvesse ou rio pudese haver outro tipo de cosas que 08 nomes conhecides js 0 determinaram, © se isto fosse estabeleido ‘entdo pensaremos 25 coisas com mais iberdade e menos confusso do que lalvezfazeros. Seria tlverjulgado com um arojado paradono, se n30 ‘uma muito perigosafalsidade, se ex diewsse que algumas criaturas de das, que viveram quatenta anos juntas, sem nenfuma manent (4 ra7io, sto algo entze 0 homem e uma besta, Semnelhante preconceito ‘Mo esis fundado em nada mais exeeto numa fala suposigae: a de que ‘tes dos nomes, homem e “beta, signiicam especies diferentes esta. Belecdas por eséncias reas, que nso pode haver nenhuma outa especie las, Consderando que, se n6s nos abstairmas destes nomes, © da uposicio destas specifics esséncias ormadas pela natureza, em ue fedass coisas com as mesmas denominagces partcipam exatamente © enle; © se nds rio imaginarmos que Is havia im nmero certo esséncas, em que toda a coisas, como a partis de modelos, assem vdas e formadas; descobritemos que a ideis da forma, movimento € vida de um homem desttuido de raz5o é uma idéia to distin, e forma, lim ipo tio distnto do homem e da besta, como a iia da forma de um ‘purr com razio seria diferente tanto desta do homem come da best, ¢ feria ume espécie de animal intermedirio, ou dstinto de ambos. 14. Resposta 3 objecio contra a cratura deformada: se € algo entre ‘om homem e uma besta, Neste ponto, toda a gente estarépronta para erguntar sea etatura deformada deve ser suposta algo entre o homer Pi bosta, perguntarse: 0 que 2 Eu respondo:cratura deformada, que & ‘Gaubos palavra para dar entender algo diferente do homem ou "beste, ‘Como os Homes "homer e-best” tem significados diferentes um do outro. Deste modo, tudo bem considerado, resolvera este assunto, € mostraria meu significado, sem fazer nenhuma rclamagso 15 Faas cps Ba ero meron te et ta or gu pene que nao podemos er milo cautlosos com palvas «epi, Sees rages ondas com so quis etmoshabiuados pois ros ‘Sips nc. De fat, estou tent perso quel eae um grande EESetls ao nosso coeceneno caro e distno, especialmente com iakiafotubmanche Dae onignou uma grande parte da dicakades ERG dade cere, Se ns non acostumaonmos 8 separa 188 weRplogoesemaioos das palates, poeriamosremediarem grande Acidenase desgovermados da matéria cepa ou a0 pensamento dependents ‘de movimento desgovernados da ca mati, € a mosma coisa, pars 130 tmencionar a esteteza de ts poncmentos e conhecimente que devem de> pencer do movimento de ts partes. ‘ | nner 18, maria no € coetern com wma mente eens. Outos con sieraiam materia cera, pena de permitem um ser elt, cog imate It emborandoae este exindoo ser deur Devs cone, desde que nega una ea primeiza pa desta ca, cago, Yeanos 6 tm pouco mas. A matin deve ser admin sir Por que Porque ‘ose poe corecter como ela pode te sla fl do mds Tor gu 2 age no pero que & eterna? Responderse' lve, porque aprowins damente vine ou uarena anos omeous esti Mas cele ng, fo que € este onc que eno, comeyou a tit vact susie nie pose me dizer. A materia da Gul Woe fo feta no como, eae a ex, po se vese no seria elena, mas comeqou ser fea en al modelo € strata para forma et corpo, Ainda duc et exttur da prise ‘lo sejp oct, nfo far com que a cosa pensar sj vod pois tno Agora vata alguim ques pesmiteun er tee, matral eerste ss trina mania nao-pensante abun eer panto, qe cate Cola pea comeou se Se nce comneyoua ser emo oc compre fot umm cosa perante desde a etemidase, cup absurd nao reconto ref aléqucencontealguém que satan ante de entendimnto qua, to para abt lo, Se, portant, se amir que uma cols pesante pode act forimada do nada (como todas as cosas Que nia suo ecins devem se), or que nose amie como possvel que um set material sje todo ‘da por um poder gual, mat que se lem » experiencia deste neo em Wit eno do outro? Quando, porém, bem considera criglo dem ‘piri reelaeigt rio metus poder que a cag da alsin, Date modo, pssvelment, se nés nes emancparmos das noes Vulgate © deriva nosso prsamento, ai ne pm akan, pans cs dasa contemplagio das cot sremos ites pas apna pare sua dbs concep sethane d como a ata deve or ec tent fia ecomeqou exsti,devido ao per do primera Se eer Ma, pra dar comevo e etnias espe srd decor ut elo ‘mais Inconecbvel do poder oniptente CariTuLo XI [Nosso ConttEciMEnTo OA EXSTENCIA DAS OTRAS Cotsas 1 para ser adquirido apenas pela sensacS0. O conhecimento de ‘nosso espiio ser € adquirdo pela intuiko. A exsténcia de Deus nos & cdaramentetransmitda Pela 12220, como fot mostrado- ‘O conhecimento de qualquer outa cosa, podemos ter apenas se sao; pois, no havendo conexdo necesséla da existénca real com gual ‘quer ids que um homer tom em sua meméria, em de qualquer outa tvsténcia exceto ade Deus como a exstincia de qualquer homem part cular, nenbwm homem particular pode conhecer a exstencia de outro ser, ‘mas apenas quando, por operaca0 real sobre ele torna a si mesmo per. ‘exbido por ele, Com efeito, tera ideia de qualquer coisa em nossa mente io prova a ensténcia desta coisa do mesmo modo que o rewato de um hhomem evidencia seu ser no mundo, ou que as visdes de um sonador fazem disto uma hstéria verdadeir, 2 Bxemplo: brancura deste papel. £, portato, orecebimentoatual das idéas do exterior que nos informa da existencia de outras cosas, © ‘os toma conscientes que algo deve exis neste tempo sem nés, que ‘causa esta idéia em nds, emboratalvez nem saibamos nem consideremos come 0 faz Pois no decoree da certeza de nossos sentidas, «das iar recebidas deles, nbs nio saberemos a maneira pela qual so produsidos, como, por exemplo,enquanto escrevo isto, tens, por este papel impres: sionando seus oos, esta idéia produzida em minita mente, que, no im porta que objet a cause, dlenomino branco, pele que sei que esta qualidade ‘ou acidente isto é, cuja aparéncia ante meus olhos sempre causa esta ‘da realmente existe e tem um ser externo.F deste tipo consiste grande [parte da certeza que posto possvelmente te, que Minhas faculdades [Podem obter. E do testemunho de meus olhos, que sio 05 nics juizes ‘Adequacios desta coisa, cx testemunho tenho ra230 de confiar como to ‘ero, que nio posso mais duvidar enquanto esrevo ist, vejo 0 branco peo © agp realmente exe qu casa eta sera em mim: eu ecrevo SFSovo monks mio, € ura casera tho grande como @ apar a atures Fun com espe a exci de algo de aperas un homem. ede Des 2. mora sto no sja to crt como na demonsrsto,nio cbs tune, gade er denominadoconhecmentoeprovaaenstenela das coisas etek" Seucis que mos aaves de nomossentides da extn SEt cas externas cnbors no alent to cela somo 880 c- Tsien, oa dea ns co wpe r San bons denen props ments apes dso consi ee aac eres nme one Se hos spss SERS odie ogem ere informam cometamente acerca de Sih des coe ar impresnam. ro pote pos poe ua SOEIES mt ardent, pts peso gue ninguem pode seamen, SernetSagta« pono de estar ncenscetca da exstercia desis coset She oe se: Ao men quem pe st vida (80 por © ‘Nepode reins propo frome) marco Om Sees Gu amass pote ear seguro de que digo algo corto 3s Etna Guano ami. peso que Deus me deu suicente seguanss Ered anda te evr deg por su a a <> pri sinmim mesmo tant 0 pce como # doe, qe € Sa ane feud de mia pete onto cer: tng de go ms acalade ens erga conte a mit furan deg ames cpus cm esp sexsi da 9 mi ‘Eins Piste pes de nentum mado gira nsoset medians 0 ‘eedades, net alr do propio concent, mas azavés do auniio SS aclundes questo ndequados para apreener aé © que € 0 cment, Mos slem da spurana que fe dense proprio S TS Yue tae tenga com respato 8 iformasso que mes dio do ‘iotas das cosas terre, quco si por els impressonaos, Sf ainda ascpurdos cto pla pts de wus 026s ln entrada de 4.1 — Por qu nfo podemes abt-os no ser pel ss sends Pare sr ts peeps roa Thus porchuas eterores impression rests sentido, pra fe ce do gr de quer sno ances ra eas frome ates prdersinemovament oem Forster dvidado portant, rio peroneal Eiksndooom pin Spon denser dene ete odo. O+ pecs ego, coo produ: pos nso ln de wh etem no cco prduriam een ese are cheat os oinver ‘Rrvags vemos inguem apeender 0 gost do abaca aque va 3 Intas onde existe eo experiments de uma sensagio atuae outra da me- tas, Segunda, porque ds vezes veritco «que no poss eitar tr estas iis prodacidasem minha mente. Apesar de que, quando meus olhos esto fechados, ou as janes fchadas,ponto 3 vontade recordar em minha mente as idéis da luz, ou do sol, mediante sensages anteriores abrigadas em minha memnia,posso 8 vontade far ddamentar-me por esa ideia,eapropriar me de meu panto de vista do perfume de ima rosa, ou do gosto do agicat. Mas, se volto meus lor 1a diego do sol a0 media, no pos evar as ideias que a azo 0 sol produzem em mim. Hs, deste modo, uma clara diferenga ent a5 ‘das stuadas em minha meméria (sobre as qual, se estvessem apenas 1g, eu teria constantemente o mesmo poder paradipor delas,earram las 8 vontade) e aquelas que forgam a si mesmas sobre mim, ¢ nla posto evitélas. E, portant, necessita-se de alguma causa exlerha, © da ago busca de certs obetosexteros, a cujaelcicia nio posso resist « que produzem estas ideas em minha mente, quer ueita,quet nao. Ades, ‘io It ninguém que io perceba por si mesma a diferenga entre a con ‘templagio do sol como adquire esta idéiaem sua memoria, eatualmente ‘othando para ee; sua percepsio das duas ¢ ti distin que poucas de ‘suas ides 80 mais dstngutveis entre si. E, portato, tem conhecimento frto que as duas nio estio na meméria, ou as agbes de sua mente, © fanasis apenas consgo, mas que 0 que auamerte it fern ma 6.1l1— Prazer ou dor, que acompanha a sensagio atual, no acom- ppanha a volta destas idéias sem os objetosextemos. Tecra, actesce= fesse a isto que mula destasidéias sio prduidas em ns com dor, que Posteriormenterecordamos semo menor sofrimento, Assia a dor do calor 1 do fio, quando esta iia € recordada em nossas mentes, AIO nos provoca distirbio, mas, quando sentida era muito peruradorare © ade: mais, quando atualmente repetido, que é ocasionado pela desordem que © objeto externo causa em nossos corpos quando lhes ¢ aplicado;« recor demos a dor da fome, sede, ou a do de eabesa, sem nentuma dor, que jamais nos molestaria, ou, entso,0 faz constanteente. ao frequenternente {quanto pensamos nist, em que nada mais havia que ideias deslizando fm nossas ments aparencias distraindo nossa fantasia sem a exitencla das coisas reas nos impressionando do exterior. O mestvo deve set dite to prazer, acompanhando Virias sensagbes atu, 7. IV — Nossos sentidos auxiiam seciprocamente o testemunho 4a existencia das cosas externas, Quarta, nossos sentids em muitos casos fuportamo testemunhoda verdade mutuamente enanciada acerca da exis Véncia das cosas sensiveis externas. Quem ve 0 fogo pode, se duvida se Peele Cee agp ais que mera fantasia, sentlo tebe Ser converido dito fal Sua mde nee: Tl eres uo peri ser sbmetida a strana [ones fone um simples anasma oa, menos qe a dr Sj ual tment ina fantasia apesa disso, oo pode mesmo quandoaqueimadura ‘Thum cu idela deriva dist, erga pra st mesmo rovarente ‘Ani eu vee erunno ere a, qbe pot modifica 2 apa séncia deste papel ¢ por desnhar estas Ieas, dizer de antemdo que ica nova metara ro omento sing, simplsmerte por aati ‘hapa sobre ele. Ao que warscentarmos quea visto dsodesesaré, for utrohomem, als sons como eude antendo designe que ees ovio, overt pour rate para duvide dstas palabras qu esctevo como real trons extents exerament quando casam ua longs sie de sons ‘Rgulaes que eflam minus ova, que ao poderiam sero elit de ‘Pista imoginalo, nem podeta minia meméa tetas nesta ordem. ser apanoratatesest CaPiTuLo XII (© Arenre1coaMeNTO DE Nosso CoNHECINENTO 41.0 conhecimento no € obtido das méximas, Tendo sido a opiiio comum, recebida entre os homens de letra, que a8 méximas seriam © fandamento de todo conhecimento:« que cada uma das cgncias estava construida sobre certa prac, da qual 0 entendimento devia cresce, «pela qual deveria conduzir asi mesmo em suas investgasies nos ssrunios pertencents a sta ciéncia, 0 caminho percorido pela Esols tem io fun ‘damentar no comeso mais umas popes geras, como os fundamentos sre ‘os quais const © conhecimento que devia ter acer deste asunto, Estas ‘doutinas, asim estabelecdas como fundagies de quar cidncies, cram slenominadas prinipes, cups comeyoe devemos expor, «nio olhar mais para tds em nossasinvestgages, como ft observamos 3. Mas por compara iiasclaras e distinas, Mas, se alguém con- siderar, descobritd(advinho) que o grande avango e crteza do conheci- ‘mento real que 0s homens atngem nestas ciéncine no foram devidos 8 inglugneiadestesprineipos, nem derivados de qualquer vanlagem peculiar ‘que receberam de duas ou tés méuimas geras estabelecas no Cometo, tas sim das ideas claras, stints e completas, com a8 quai seus pen samentos estavam empenhados, ea relacio de igualdade e excesso era to clara entre aguas delas, que tiveram um conhecimentaintulive, © por isto um meio para descobe-lo em outros: e isto sem a ajuda dessas ‘mivimas. Pois, pergunto,nlo é possivel para um jovem saber que set inteiro corpo & maior do que seu pequeno deo, apenas em vstude deste anioma, odo én do ge pare, nem estar seguro dst, até que apren- dew esta maxima? 4. € perigoso construir sobre principios precios. Mas, sejy que isto ocora nas matemticas como se queita, © que tenho agui a fazet € investiga se este € 0 meio mais ripido para o conhecimentocomesar com rmaximas geraiseconstrursobre elas, sende ands este melo mats sepro para apreender os princpies que foram estabeleidos em qualquer otra Elena como verdades inquetioniveis; © para recebé-las sem cxame e Guerin a elas, sem suspeitilas como davidosss, Porque os matemsticos {em sido to felines, ox 0 ust, para nada usar a io ser cosas evidertes por si mesmas inquestionives. Se isto € assim, rio sei 0 que no pode passar pela verdade na moralidade, 0 que nio deve ser introduzido e proved em filosofia natural, 5, Esta no € a correta via para a verdade. Se, portanto, os que jpassam por prinipios no sio certos, devemos ter algum meio de saber, ftevemor ser hsbeis para distingutos destes que so duvidosos, mas ‘no tidos como tis por nds devido a0 nosso cego assentimento, somos fptos para sr iludidos por eles, em lugar de sermos orientados para averdade, seremos, pelos prinepios, apenas confirmados no erto © no equivoco. 6 Mas comparar idéias claras e completas sob nomes fxos. Mas, desde que conhecimento da certeza dos principio, tanto como de outas verdades, depende apenas da percepcio que temes do acordo ou desa- ‘ordo de nossas ides, o meio para apereigoar nosso conhecimento no Consist, estou seguro, em receber e abarcarprincpios cegamente © com Implicit &, mas sim, perso, em apreender iar em nossas mentes ios fists Ue aplicagio saga e metédica de nossos pensimentos, pata fa descoberta desta lage, consiste no nico meio para descobris tudo {que pode ser reduside 4 verdad e certeza que diz respeito a elas em Droposies germs. Mas, que pass devemos realizar, deve ser aprenido hasesclas dos matematicns, que de comeso mult aro efi por suaves fraus,e uma cadeiacontinaa de racociio, avangam ma descoberta de ‘morsiragio das verdades que parecer, a primeira vista, alem da capac | dade humana, & ate de encontrar proves, € os métodos admiréves que inventaram para asinalar estabelecer em ordem esta was interme didrias, que demonsrativamente mestram a igualdade ow desgualdade de quantidades inaplicveis, € isto que os conduzi ti longe « roduzi fstas maravilhosas e inesperadas descobertas. Mas, se algo semelhante com respeito 35 outas idias, como as da magnitude, no pode com © tempo ser descobero, ndo posso determines Isto, penso, deve ser dito se outas ideas, que so essncias tanto res como nominois de suas ‘spices, fossem investigada do modo lamiliar aos matemiticos, conde intr mais além nossos persamentose com maior evidéreia ou clatesa do que possvelmente somos aptos para imagiaar 8. Pelo qual a moral deve também tommar-se mais clara Isto dewsme confianga para estender esta conjetra que suget (capitulo IID, a saber, que a moral & tio capaz de demonstra como as matemiticas, Pois as iiss cespeito das quas 2 ética ests empenhada servo todas esséncias tease tais como imagino, tém uma conexso descabriveleacordo matuo, ma medida em que se podem divisar seus habites e tlogde,teremos oblido verdades, reas egeras;e no duvide que, se um mtodo correo fosse empregado, grande parte da meal seria estabelecida com cateza, «endo debaria, pea um bornem ponderado,razio para duvidar, do mesmo ‘modo que nio poderiaduvidar da verdade das proposigies ext materni- teas, que Ihe foram demorstradas, 9. Mas o conhecimento dos corps deve ser ape et pel eiprnc Em es eg snc fines nes ft de ins que sen sdcpndas pra tal mo de ect os fee para im metodo fen diene Ae svangams age ‘ome ra uta (onde ona is sbtaiso snc tate es com reminai) por conemparnowsas ids, e conser suas felgtes¢ Correspondncias ito nos ala em mo poucor pels fazes que em fut lugar considersmos pormenorizaamente (H-0)I, #). Pele que perso que ¢ evident qe asst erect mata pare eit ppueo concen ger ea pura contmplado de suas is abtats fos conduzis apenas muito poucona usta da certeza da verdade:O {fe pos, devemen fazer pura aperieoar noo onhecmero em seret ‘Sbstancais? Agu devemes tomar sm caminko bem opes: afta de ‘tas de un enti ei ros rw donee preps peace pra 2 propia coon como sa ext. Aegon de are esa ue {ro in ple apenas por weg ou sabe eet qe oat Sualaes coe sr sede minh ca compl Asmar Ber sprang, devo me endear ager na maida em que eo ang devo ter onecinento certo, mas no ln die. ado unica 10, Isto deve nos propiciar conveniéncia, mas nio ciéacia. Nio ‘nego que un homem, acostamado aos experimentosracionas e regulates, {etd mais hibil para ver além da natoreza dos corpos e conjectura cor- fetamente acerce de suas ainda desconhecidas propeiedades do que um fque € estranho a eas; ainda assim como cu tenho dito, ito € apenas julgamento e opiniso, nio conhecimento e certeza. Fodemos ter exper menos eabservagies istrias, das quas podemos tra proveit para 9 bbemestar ea sade, e por este meio aumentar estoque de conveninias pata a vida, mas alm disso temo que nossostalentos no aleangam, nem Sho nowsasfaculdades, como imagino, habes para avant 11 Somos adequados para 0 conhecimento moral ¢ aperfeicoa senton natal Dito € sv oc persian cade 0 ‘igundas para perettar oa sara interna e xsncas eis dos orp, Inanfevclan part nds set deur Deus econecmento de ns mesos, Sufcntes pura nos condi pare uma dexcoberi completa ecaa de ons deve egrande interest. Ser-nows apropriado, como cata Tonmisempregar as fculdades que teros eapelo das cosas que S80 srsaaptads esegtra orienta da trea, one parece ns nar camino. Pois€raconal concuir que nosso propio emprepo reside fests investing erste pode onhecmento que é mals aad Ie nowsae capuedades trey compreendenowos mores intrsies io a contigo de nose situagio eterna Deste modo, perso que devo ole que 2 moral €ecnca equ fun de humid em gel {enbo clerenes acequaos ara desverda se mam oni com> ‘iis rts empenbadas cern devin partes da raturezas8 0 destino ‘alento pessol de determinadoe homens, para © uso comum da vida Frumana e sun substi prticulr no mundo. 12, Mas deve-se precaver das hipéteses de principios ersineos. Nao se pense, portato, que desprezo ou quero dssuadir do estado da ratwrest, Quem inventou prime a impressio descobri © uso do com pesso, ou fornou pablcosa vrtude eo uso coreto do kin kina, fez mais para s propagagie do conhecimento, para fornecimento e auments das Frercadorias ies, © salvou mais do tial, do que 0s que construram olégios, casas de coregto © hospitai. Digo tudo isto para que mio fi {quemos’ muito insalentemente possuides da opiniio ou expectaiva de Conhecimmento onde no se pode obt@lo, ou por meios que no se pode leanglo. Nio devemos, ois, incorporar sistemas duvidosos como cfr ‘las completas, nem nogdesininteligiveis por demonsragtes cients [No conhecimento de conpos deveres nos contentar a ctar 0 que podemes ‘dos experimentos particulaes, desde que alo podemos, da descoberts de suas esséncas resis, apreener a0 mesmo tempo todo o conjunto,e as resascompreenderaraturezae propria de todas as especies reuidas, 13.0 verdadeiro uso das hipéteses, Nio & que nio devemos, pare cexplicr qualquer fendmeno da natureza, wear qualquer hipétese provavel as hipSteses, se slo bem formuladas, so, a0 menos, grances ausilares «da memoria, freqientemente nos orientam para novasdescobertas. Mas, ‘no mew entender, nlo devemos assumie nenhtuma muito precipitadamente (que a mente, que sempre penetaria nas casas das coisas, © feria prin. cipios para se apolar, € bastante apta para fazélo), alé que tenhamos ‘xaminado bem os pormenores e feito \rios experiments, nesta coisa «que explicariamos por nossa hipster, e até verfcarmes se sto de algum ‘mado concorda com elas se nossos prineipios nos levarem tern ao fim ¢ ‘io forem tio inconsistentes com um fendmeno da natureza, como pate- Gem tio ncomodados a xa cu, a0 menos er cad pars {que o nome princpios no nos iuda, nem se imponha a ns, por fazer nos receber isto como uma verdadeinguestinavel, que € no melhor dos casos, ‘muito duvidosa conetura; tas s80 a maioria (quase disse todas) das hi éteses na filoeofia aura 1. As iia lars editntas com nomesestabeleidos,e» des cobertadestas que mostam sew acordo ou desacordo, sto os caminhos ara sumentar nosso conhecmento, soa ists natural € ou he Exper de cetera on meton par ampli sso concentra medida tm que somos capazesparsceme-me, em resume, se dole ‘© primeio corte em apreende eetabelce rm nosss mentes, ideas determinadas desss cots para aguas feos romes gets 0 cspectcos; a0 menos, tants delas» pont de corsdctarmes¢ sumer tarmos nose conkermerto ou raion, Ese ela sto ius espectns desutstincstentartmosguatment orale to completes como por Samos, pelo que enendo que deverames run tnas eas simples ue, sen niente teva cu, pam prt ee Iinaresa especie e cada uma desas Mas simples que slo os Inge. Sher som cmp ever ser lars its em nes ‘ments Possendoevidente ue nosso conbecimento no pode ulrapsat omos id namedida rn gue cs stoimpeiiuyconnsou oben, "lo podemos exper fru coneciment certo, pret ou ere © outo orsiste ra arte de desc ea ns intermedia, ave poem mostrarnonoacodo ou ree das cuts ids ue no Pode er imediatamentecomparadas 15. As matemiticas exemplificam isto. Que estes dois (eno apoian- o-seem méximastirando conseqhéncias de algumas proposigdesgeras) cs més cores pra aperegss sso conecimertocom espsito GaN do outros modes aldo daguela da quantidade, »consieragio sae dinate matematcofclimente nos invormar. E onde primero $eeNiemor quer no fem uma ida ere e cara dsses angulos Sigur don guns dese conheeragoepostnormente por tneapaz qe aE Sanectnano acre dle Sopontamos que ua pss Ao tes ss.aTuan perf extn de um Anglo ret, de um exeano ot tape, STAGES Eige mas ero que ern vo tetard qualquer demonstarso soe BES Nacmtsevidens que ao fi elute denies si, AIDE NS UMans come pincipos em matemaiss, qe conus os trees dnc a marten de, oh setn paces pencrents apendos de otromedoa mente {nate ced, outs ade ates, bem diferentes das mies, wctesslicienteadgirieoconbecimentodestas verdades em mate: ‘Nita. Os homer sere ris com ts wom rns ignoranes de seu mst, que rcalmente fizera esas SERERbes mats pert ser sfclentemente admurado. quem derere gue més pa amplar nosso conkeczeto em oars partes SPU podem posterinmente ser invenados, respondendo 0 das shesn om Ratemtcas, que to sopiamente desobe idle de quant Sout pra medi ouas cu igusldeou propre pserinmes deoueo So lo ftcimete ou tvs mas chegar a conker CapiTuLo XIV Jurenmento 1. Sendo nosso conhecimento curto, queremos mais alguma coisa As faculdades do entendimento sendo dadas a0 homer, do apenss para ‘3 especulago, mas também para aconduta de sua vida, o homem estaria ‘estat slto se nada tivesse para orient a nso sero que tem a certeza do verdadero conhecimente. Pls, este sendo muito curto © excss0, como ‘temos mostrado, icaiatermirantemente no escuro, ena maria das ages de sua vida, perfeitamente perplex, se nada Sveste para guilo ne au séncia de um connecimento claro e certo. Quem mio comers até que tena demorstragio que o alimenfard, quem no se mavimentars ate car #3- ‘bendo infalvelmente que o negécio 20 qual vai se deicar sera bert-=i- cedido,teré pouco mais a fazer que permanecer parado e pereer 3.0 julgamento supre a falta de conhecimento. A faculdade que Deus deua0 homem para supra falta de um conhecimento caro e ert, fem casos em que ele ndo paia ter tido,€ojulgamento: por meio dele @ ‘mente assume que suas idéas concordam ou discordam, Ou, 0 que dno ‘mesmo, qualquer propesiglo ser verdadeira ou faa, sem pereeber uma vidéncia demonstrativa nas provas. A mente is vezesexeria seu julga ‘mento por necessdade, quando as provas demonstrativas e o conhec mento certo nio tim ocorride;e 8s vezes por preg, falta de pericia ‘ preciptagdo, mesmo quando as provas demonstrativas o conec ‘mento certo podem ccorrer-Estafaculdade da mente, quando éexerctada lmediatamente acerca das coisas, ¢cenominada julgement; quand, com respeitoa verdades emitidas em palavras,€ mais comumente denominada asentimento ou dseirdéncie sendo o meio mais usual em que a mente tem oportunidade para empregar esta faculdade, tare disso sob estes termes, como o menos suscetivel, em nossa linguagem, a0 equvace, 4. Julgamentoconsiste em presumir que as coisas «fo assim, sem Cot oda ete tm dans fale recon com nae © nade re ment, por melo do qual €prcido com se eine asec 68 too oe aco Se uae sas anon ses pdgament gue cost em reui n, a nn so ene sds descr 80 € eer asin, moa lain, suis = srteza apareca. E se eles so tao unidos e sepa- st a ida coun sh, to conti o lament core CapPiTuLo XV 1. Probabilidade € a manifestago do acordo com base em provas fativels Como a demonstagso coniste na apresntaio do scordo Ot esacordo de dass ida, pea inervengo de uma ou mals proves, ue tm ence si uma constant, imutave e isl cone, do mesmo moo, 1 probsbilidade ada mals € que marifestdo de tl acordo ou dea: Cond, pla interven de prov, cu conenfo no constant eimatvel, fu a0 menos no ¢persbide para er seri, mas 6 om parece em grande parte ser sss, ¢sufcene para indusirs mene a jugar a proposio emo fla ou verdadeira, em ligar do contro. Por exemplo, ade tmonstagi dstoum homer percebe a conendo ceria imutivel que existe {2 iualdade entre o es Snguloe de om wing © dos itermnedros ‘queso usados para mostrar sus igdaldade aoe dois ret; assim, por din conhecimerdoitutivo do condo das Was intermedia em cada 20 do progress, toda 2 série € continua com uma evidence ESiramente mors acordo ou deracordo destes rs Anglosem igualdade fos dois eos e, deste mado, trum conhecimento seguro que ¢ assim. ‘Mas outs homem. que nance se dew 0 trabalho de obeerat a demons trae, ouvindo un matemico, um homem entetino, aioe que os {res Angulo de um tangles igualam a dos rete, concorda com ito, Isto vecebe ito como verdad; em fl cas @furdamento de seu assem fimento a probabidade da cols sendo tala prova que a maior parte Cirege a vetdadeconsigoo homem cj testemanho rcebe sto a ett ‘ootumado a afismar sig contro, ou skim de seu conhecimeno, es ‘esinlnente em aesntos deste po, de sorte que o que ccasiona seu a “Etimento para esta proposito, qu o tes Angulo eum tango 0 Jguais a dos veto, que fa2 com que ele assum que 35 ideas con. dam, sem saber gue elt 0 faze, 4 habitual vrocidade de quem fala rm outros esos ou sun suposta veraidade nist. 2. para suprira falta de conhecimento, Nossoconheimento, como tem sido mostado, seco mito insta, nis no somes sufcenlemente ls ay non at er om to gue on orf “Tesuramos sab as que ho pedemes te concent nfubtvel de So vere; apesor ds, ages das et ho prosimas do certera {ue rio formar em absauto nena dGvia sobre eat, mas ase Simos a els Bo foment, © agnor, segundo ete assenimeno, Go ‘woutamente come sees fosern infalvelmente demonstadas ems onhecmerto dle prftoe evidente, Mas hi rats nto, dade a berm froninavisinhanga da cere e demonstra, Dem sbino dt iprobo Endod edesgualdade seo tnites dn imposbaidade, camber graus de asentmento desde 9 soguranga foal © onlin até o Bem absixo pce conta duvide desconfanga, Pasarela seguir endo, como frre, reveladoos limites do conhecmento mano ecertera), no Pre Timo tm, a conden oe oon gravee ss da probubiidade css moto ou fe 4. fsto que nos leva a presumir as coisas serem verdadeiras, antes que ssibamos se elas o so, Probablidade é plausvel para server dladeia, a propria anolagio da palaerssigrifca wma tal proposic, para fa qual ha arguments ou provas para fazela passat, user reebida, pela Yetdade, O acolhimenta que a mente i para este tipo de proposices & enominado crenga, assetimento ou opi, que é a admissio ou recei- mento de qualquer proposigo por verdade, com base em argumentos ou provas que sto desobertas para nos persuadir a recebla como verdade, em ua conheciment sepuro do que é E aqui reside » diferenga entre prota certs, conhecimentsem todas as partes do conhecimento Ine intuigbo; cada ida imediata, cada passo, tem sua conexio vsivel € {vidente: com a cenga mo acorreo mesma, O que me leva 2 acreitar risso € algo estanho & cola na qual acredite, algo nao evidentemente Unido aos dois lados,€ nko mostrando tio manifestamente © acordo ou ddesacordo desta idéias que estio sob considerasio. 4. As bases da probabilidade sio duas:conformidade com nossa propria experignca, ou otestemunho da experiéncia de outrem. A pro Babildade pois, suprindo o defeto de nosso conhecimento, orienta ‘do-nos onde ele fala ests Sempre relacionada acerca de proposigGes das fquas no temos certeza, mas apenas cerasinstigasies para recebé-las Somo verdadeias, As bases para isto si, em resumo, as das seguintes: Prineira a conformidade de alguma coisa com nosso prio «o- ahecimenta,obseragio e experiénca. ‘Segunda, otestemenha de outer, afirmando sua observago € ex periencia, No testemonho de outrem, deve serconsiderado: 1.0 mime, 2. a imtegridade, 3. a pevicia da testemunha, 4 0 designlo do autor, em {que otestemunho foi ado de um livzo citado, 5, a consistncia das partes © circunstincias da relago, 6, testemuunbos opostos. 5. Nistotods os aondos favor ou conta devem serecaminados, antes de chegarmos ao jalgament, Faldo 2 provable deste evr. dlénca iu que inlaivelmente determina 0 entender ¢ prod conheiment evident, a mente poser cami deve extn todas as buses da probulidade evericar elas sho was ou menos 8 favor oa contra quaiguer proposico prove antesque to ssp acento ou dscordao , com base mo devi blanco do to, rete ou Fe txbide, com mals ou menos firme assertimento, propotconal tprepor derincia das maores bases de probabiidade pare um lado do que Para © outro, Por exemple: Se eu vejo um horem andando no geo, so ett fora do aleance da probablidade. to € concent, Masse outo homer me iz que ‘alum horem ra ingles to eo do stro ive cama bee 2 gun endurecia plo fo isto tem tatanha conformidade com © ue tainted a io dps, por atrec Prop coma, pra concordat som tuo, menoe que algun supe Tunksia scompane 3 narave do fn, Ms « mest cle fae alum asd ete os rpios, que monca vu nom vila de {eto ares, td a probtilidade depende do testemunbe: © como es ‘estore so em mor mero, de mais cra ao tem interes em {alr de modo oposto verdade, de sorte que oft ¢ incnado poe set descberto mais ou menos scrediiado,Emkora pas um home cu ex piéncia ten sido sempre bem posta, «que ues our faa dee "hua co como ea, mais impoluo crite do testermunhoraramente Seta hal pars encona a crenge Do mesmo modo que sconces om © embaaor bland, que, a entero edo Sio comm a parculr Tides da Holanda, areapeto ds guises ius ete guts cies die the ques sgunem te pis er even no cin fo to dura que ‘ur omem pod andarsobreel, que suprtara um lta seestvne 1 Ao que vel responder Emirs ee arb na ana os quem, pe toni en tit gota ue oct mente. CariTuLo XVI 0s Graus po AssemMENTO 4. Nosso assentimento deve serregulado pelas bases da probabi- lidade. As bases da probabildade que estabelecemes no capitulo anterior, ‘como sio os fandamentos sobre os quais nosso asutinento € construido, ‘ho também a medida pela qual seus vérios graus aio ou dever ser re [Bolados; devemos apenas observar que, seam quas forem as bases da Probabildade existene, ainda assim nao operam sobee nossa mente, que pesquisa a verdade e tntajulgar corretamente, mais do que aparece: {S50 pelo menos vido pata 6 primero julgamento ou busca que faz 2 ‘mente. Admito, com respite 2s opinioes que os homens tem, efirmemente sustentam no mundo, que seus assentimentos nem sempre derivam da Vvisdo atual das vaz8es que inicialmente prevaleceram sebre eles, sendo fem muitos casos quase impossivel,e, ra maioria, muito dificil, mesmo pra os que tm memérias muito admirveis, reter todas as provas que, fm virtude de devido exame, os levam a acetar este lado da questo. E Sullciete que cles tenham to uma ver com cuidado eustezaabsorvido ‘fat tanto quanto puderam, e que tenham buscado todos os particlares, {que pusdessem imaginar que forneceriam alguma lux & questi; e, com Sua mais avangada habiliade, somaram as causas de toda a evidencia;¢ deste modo, endo uma ver descoberto para que lado a probablidade se ‘manifestava, apésinvestigagio to complerae exata como podem realizar, festabelecem a conclusao em suas memérias como uma verdade que {descobritam:e para o Futuro permanecem satseitos com o testemunho dde suas memériss, que esta opinido que, pelas provas que uma vez viram disto, merece um tal grau de seu assentimento, segundo o que podem oferecer. 2 Isto nem sempre estéatualmente vista ,entio, devemos nos ‘ontentar com a recordagS0 que uma vez vimos base para tal grau de ‘ssentimento. £ inevitivel, portato, que a meméria sca dependente no caso, € que 0s homens sjam persuadidos por vias opiniGes, respeita {de que as provas nto etioatvalmente em seus pensamentos, gue avez, ‘no sejam realmente babes para recordar, Sem ito, matoria dos homens deve ser bem cética,ou mudar a todo momento, ¢ se dirigir para sea 0 {que for. Tendo ultimamente estudado a questi, Ihe oferecet argumentos ‘que, por falta de meméria,ndo sie abe's presentemente para responder, 3. A md conseqiéncia disto, se nosso julgamento anterior nao foi - trangular a mente que para instru e informar 0 entendimento por isso «que os homens, mesmo quando esti perplexesesilencados neste modo ‘celiac, raramente ou jomais esti convencides, para se converteem 5 facgfo vencedora. Reconhecem, talvez, que seus adversrios si conten- ‘ores mais hibes, as perduram, contudo, persuaidos da verdade de sua facyo se retiram, piores do que sio, com a mesma opiniio que trouxeram consigo, 0 que nlo poderiam fazer oe este meio de angumentagio rasta hize convico com ele, e izese os homers vier onde se situa {& verdade; portant, oslogismo tem sido corsderado mais adequado para Conseguirvitra na contoveria, que mediante a descaberta ou confrmagio| dda verdade em investigagieseqitativas.E se € seguro que falcias podem ser espalhadas no slogismos, como ito no pode ser nega, isto deve ser outa cis, e roo slogismo, que deve descobri as. 5. Pouca ajuda na demonstrasio, ainda menos na probabilidade. “Mas, por mais que ito sea um conhecimento, penso que devo dizer iran camente, isto € de muito menos, ov em absoluto de nenhum em probabildaes, Desde que o assentimenta nelas deve ser determinado pela preponde- rineia, depois da devida avalacio de todas as provas, com todas as ‘Gcurstincias de ambos os Indos, nada é mais inadequado para awxliar {2 mente nisto como o silogiemo; que, se eaquivando com tma suposta probabilidade, ou um argumento do momento, 0 busca até que cor- ‘uziu a mente completamente fora da visio da coisa sob consideragio; femaranhado, tlver, e, como isto fosse manietado, na cadeia dos silo: jgismos, sem admitir a liberdade, ainda menos permitir © auxlio, re ‘uisito para mostrar de que lado, em todas as coisas consderadas, hé ‘maior probabilidade 6. Nio serve para aumentar nosso conhecimento, mas pata cerced- to, Mas isto nos aja (como tlvez pode ser dito) aconvencer os homens de seus error e enganos (e apenas desjaria ver 0 homem que fot forjado ‘3 abandanar suas opinies por meio do slogismo). Ainda assim ele faz ‘nossa rario falhat esta parte, que, se aio sua mais alta perfeigio, € ‘ertamente sua mals rdua tre, enisto mais necesstamos de sua ajuda, fe6 a descoberte de pooas, ea reaiapto de noes dscoberas, As reras do ‘ilogismos ae server para prover a mente dessas ideas intermedisriae ‘que podem mostra a conexdo das mais remotas, Este meio de raiocnar ‘Mio tevela novas provas, mas é a arte de ordenar eclasficar as velhas ‘que jf porsuimos 1. Raclocinamos acerca de paticulares. Tendo tido aqui opertuni- dade para falar do silgismo em gera, e de seu usual raciocino, ¢ 0 sperfegoumento de nosso conhecimento, éapropriado, antes que eu aba ‘done oassunto,observar umn manifesto equvoco nas regras do silogismo! ‘nenhum raciocinio silogistico pode ser cero e conclusive, mas aquele que, {20 menos, comporta uma proposicio geral. E como se no pudéssemos ‘acicinare ter conhecimento acerca des paticulaes, visto que, na ver dade, considerando corretamenteo assunto,o objeto imediato de todo 0 ‘nosso conhecimento eraciocinio nada mais € que patticuares, Todo que cu pee que cles adotam a verdade, as orjuce no que ‘esp a estas doatrna ces se mantiveram em al avimento que Ao tm pecado, no tm, em abso, opi. Hes esto resavidos a fe, rarse um partido que a eliagio ou oinlresse os tem nga, ome os soldados de um exo, mostam sua corapem e entasasno de cord com aoretaio de ses eres, sm amas oaminar ov eonhecet ‘sus pla qualcombatem Deste modo or omens tormanrseprofesores combstents dete opines de gue navn coro conto nen Sto poston, nem jamais test em sas cerns apes de no se pder dizer que hi menos opis eroneas ou improves no mundo doduese per snda asim, no cero ha poucos que eames aquies em com Es, a5 contd com vedas, come s magi. CapiTuLo XXI A DivisKo bas CiénciAs 1. Tes tipos. Tudo que pode cair a0 alcance do entendimento hu- ‘mano consiste Ou, primeira, na natureza das coisas, como elas 80 ext si ‘mesmas, sua flagiese suas maneiras de operasio, 0, sande, no que © proprio homem deve fazer, como agente Faconale volnttio, pars & jobteneao de algum objetivo, especialmente a felicidade; ou, ect, nos ‘amines e meios pelos quais 0 conhecimento de ambos, de um ou de futro desses,€ aprendido e comuniado, penso que a céncia deve set ‘idequadamentedividida nestes ts tipo 2 Primeiro fisca Primero, o conhecimento das coisas, como elas so em seus priprios ers, suas costitugtes, propriedads e operagies: ‘com respeito a isto nio entendo apenas matéria e corpo, mas espiito também que tem suas propria naturezas, consttugdes eaperagtes, assim como os corpo. A isto, nam sentido im pouco mais amplo da palavra

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