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Universidade de Braslia - UnB Instituto de Cincia Poltica - IPOL Introduo Cincia Poltica ICP 2/2013 Prof.

of.: Igor Brando Aluno: Benjamin Constant Vianna mat.: 2010/0047670 Texto fichado: Hannah Arendt. Sobre a violncia. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 2009, pp. 31-44. Hannah Arendt apresenta-se como um contra-ponto Karl Marx expondo sua viso da poltica como senda ao, tomando esta como atividade fundamental da primeira. Ela busca analisar se o poder pode ser apresentado como uma das formas de dominao, chegando resoluo de que na verdade o poder no est concentrado nas mos de uma nica pessoa, mas de muitas, o poder de um algo simblico, conferido por muitos a um como forma simblica que pode ser retirada a qualquer momento. Arendt aponta o consenso existe entre Esquerda e Direita quanto violncia sendo a mais flagrante manifestao do poder, e aponta a incongruncia deste consenso, sendo o mesmo possvel apenas caso a mxima de Karl Marx, de que o Estado nada mais do que o instrumento de opresso da classe dominante, seja verdade incontestvel (p. 31). Como forma de abordar o problema no pensamento marxista, a autora visa explorar a seguinte pergunta, o fim da violncia significa o fim do poder? e apontar que caso fosse assim, nada mais poderoso seria que o cano de uma arma, portanto necessario distinguir poder e fora para se contextualizar a violncia (p. 32) apontada a relao direta de que o desejo de poder est interligado com o desejo de obedecer, e que a ausncia de um necessariamente indica a ausncia do outro (p. 34). Para ela, todas as instituies polticas so manifestaes e materializaes do poder, e caso haja o fim do suporte popular as instituies, h tambm o fim do poder (p. 34-35). Para a teorista a violncia o ltimo recurso a ser utilizado pelo poder para consolidar-se (p. 38), e o uso do mesmo significa o fim do poder, uma vez que ela s utilizada quando todo o resto falhou em fazer-se efetivo (p. 42). Ela conclui que violncia e poder so coisas opostas, onde o domnio de um significa a ausncia do outro. O fato de utilizar-se da violncia implica a incapacidade do poder de se estabelecer de forma a no comprometer o balano social vigente, qui de forma legitima (o estabelecimento deste)

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