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Há uma espécie de história que é “construída com base na extração e combinação dos
testemunhos de diversas fontes” e que pode ser designada por “história de cola-e-
tesoura”. Esta forma de história vive a ilusão de alcançar um conhecimento cem por
cento objetivo, onde o papel do historiador é silenciado. As fontes têm a verdade
inscrita, salvo se se verificar que estamos perante uma falsificação. A verdade
resultaria, assim, do somatório dos fatos organizados numa narrativa homogênea e
convincente. Esta história esquece que as fontes não conservam a verdade. Desde
logo, os caprichos da vida natural e humana fizeram com que tenham “desaparecido”
muitos eventos históricos. Com efeito, o que nos foi legado é, desde logo, uma seleção
produzida pela própria história da Humanidade. Os contemporâneos dos eventos
foram os primeiros a selecionar. Se o critério para a verdade é o da objetividade, então
convém dizer que há muita subjetividade no trabalho do historiador (como no de
qualquer outro cientista).
Há outra questão afeta ao trabalho do historiador e que aqui será discutida apenas
sumariamente – o anacronismo. Fazer ao passado perguntas que habitam o presente
requer, normalmente, uma série de cuidados: evitar levar para o passado palavras,
conceitos e convenções que não lhe pertencem; evitar comparações entre concepções
de hoje e de ontem. Estes são alguns cuidados que um historiador deve ter para não
incorrer no anacronismo.
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Entretanto, esses cuidados, quando excessivos, tornam-se verdadeiras barreiras que
impedem o conhecimento de facetas potencialmente fecundas para uma visão
ampliada do período estudado e do próprio presente, barreiras que dificultam o
compreender o presente pelo passado e o passado pelo presente. É importante que o
historiador ouse mais em suas pesquisas sem, contudo, negligenciar a sutileza
necessária para esse ‘jogo anacrônico’. Entre o atual e o antigo é preciso saber ir e vir,
e sempre se deslocar para proceder às necessárias distinções.
Basicamente, a história pode ser vista de dois modos: primeiro, podemos supor que
os fatos históricos seguem uma linha de evolução constante desde o aparecimento
do homem na Terra até os dias de hoje. Então, cada século é enriquecido com as
conquistas do século precedente e, assim, os tempos atuais seriam a culminação de
todo o trabalho da humanidade do passado. Dentre os fatos que parecem corroborar
esse ponto de vista apontamos os seguintes:
1. O progresso tecnológico:
2. O progresso científico:
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a sensação de sermos semideuses com domínio quase completo das forças
da natureza; e a medicina, que maravilha! Já conseguimos curar uma enorme
quantidade de doenças e, com os progressos da genética, até já
vislumbramos a possibilidade de criar seres vivos e até mesmo seres
humanos com inteligência superior programados como robôs de carne e osso!
E assim por diante. Diante de tudo isso, os vagabundos de plantão – que
poluem o mundo com o furto e as negociatas indecentes – ficam
boquiabertos com “tanto progresso”, uma vez que eles se fartam com os
lucros que abastecem suas contas bancárias e aplicações financeiras de toda
espécie. Entre os intelectuais, o mito do progresso é engolido por vaidade
pessoal. A psicologia nos ensina que, salvo raras exceções, nada é mais
agradável do que pensar na grandeza das nossas criações nas ciências, nas
artes e nas letras. Olhando para o passado como um degrau para galgar
níveis mais elevados, são arrogantes e se sentem superiores.
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Alternativa metodológica:
Uma segunda linha de interpretação da história, a ser assumida nesta disciplina, não
a vê como uma evolução constante, mas, sim, como uma sucessão de organismos,
que evoluem segundo certas leis que denominamos culturas ou civilizações.
Portanto, a história pode ser definida como o estudo das culturas históricas e suas
relações. Como um organismo, as culturas históricas se exteriorizam através de
formas expressivas associadas a um grupo de povos que possuem uma imagem
comum do Universo.
Nesse âmbito, é importante notar que o método de estudo da História não pode ser
apenas o dedutivo – como causa e efeito –, mas, principalmente, necessita do
método indutivo que, pelo uso do princípio da analogia, permite sentir e apreender
a evolução global das culturas históricas harmonizando os fatos num quadro geral
em que seja possível explicar um grande número de situações absolutamente
incompreensíveis no contexto da corrente filosófica anterior. O fenômeno
matemático vai aparecer, então, em sua essência, de maneira harmônica com as
outras criações humanas, fato este completamente obscurecido e distorcido pela
ideia nefasta contida no entendimento do progresso como um fenômeno
ascendente e contínuo.
II. Na visão que desejamos adotar nesta disciplina, os fatos históricos se tornam
consequências das diferentes manifestações do ESPÍRITO e que, usando os
homens, lhe dá a forma. Os grandes gênios e as grandes figuras da história,
em vez de serem vistos como heróis ou dominadores, são compreendidos
como manifestações visíveis da ação do Espírito.
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III. A história pode ser assumida como uma sucessão de culturas ou civilizações.
Vamos assistir ao filme “The story of 1” – produzido pela Rede de Televisão BBC de
Londres – em que é possível vislumbrar algumas destas questões teóricas aqui
tratadas. A tradução literal do título do filme é “A História do Número 1”; prefiro
assumir que se trata de UMA história do número 1.
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Os primórdios da Matemática
A fim de colaborar para uma necessária reflexão sobre as histórias do Universo, da
vida sobre a Terra e da dramática trajetória do Homem desde o seu surgimento,
vamos assistir em seguida o filme “Quest for Fire” que pode ser traduzido para
“Guerra do Fogo”.
Retroativamente aos
Marco
nossos dias
15 bilhões de anos “Big Bang” dá origem ao Universo
14 bilhões de anos Surgem as primeiras galáxias
10 bilhões de anos Surge a Via Láctea
Forma-se o Sistema Solar; cristais assumem certas
5 bilhões de anos formas geométricas; corpos celestes orbitam em
elipses
2 bilhões de anos Primeiras formas de vida
600 milhões de anos Profusão de vida no mar
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Hominídeos adotam caminhar bípede e liberam as
6 milhões de anos
mãos
Entre 250 e 200 mil anos Surge, na África, o Homo Sapiens Sapiens
O Homo Sapiens Sapiens deixa o continente
100 mil anos
africano e começa a povoar todo o planeta
• O Homo Sapiens Sapiens chega à Austrália,
atravessando pleo menos 60 km de mar aberto.
• Surgem utensílios mais bem elaborados o que
50 mil anos
sugere pensar numa “revolução cultural”
cusada, talvez, pela melhoria da linguagem
entre os Homo Sapiens Sapiens
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Atenção!
Em torno de 9000 a.C., a História da
Humanidade atinge um marco crucial: a prática
da Agricultura.
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Detalhe relevante:
A noção de quantidade nunca foi privativa de nossa
espécie: experiências com animais – inclusive
pássaros – mostram vestígios da noção de contagem,
na medida em que alguns deles conseguem distinguir
quantidades maiores de outras menores. Portanto,
certamente, o Homem dispunha dessa noção
numérica muitos milhares de anos antes da invenção
da Agricultura, mas ela teve que ser aprimorada no
contexto da Revolução Agrícola porque o comércio
foi sendo praticado, as cidades – com seus templos,
monumentos e edifícios – foram sendo levantadas;
surgiram, assim, os governos e os inevitáveis
impostos.
Vamos continuar nossa revisão cronológica. Estamos há cerca de 9000 a.C., quando
já havia pequenas cidades na Mesopotâmia, sendo presumível que a cerâmica fosse
produzida, usando-se, provavelmente, a roda de oleiro.
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Retroativamente aos
Marco
nossos dias
Por volta de 6000 a.C. Com a tecelagem de fibras de linho, produziam-se
roupas e cordas
5000 a.C., A irrigação é praticada na agricultura
aproximadamente
No entorno de 4500 a.C. Um calendário é instituído por um povo pré-sumeriano
Em torno de 4000 a.C. O metais (inicialmente o cobre) estão em uso
Na vizinhança do ano O bronze (liga de cobre com estanho) – mais
3600 a.C. consistente e útil – passa a ser usado
• As primeiras carroças (com rodas) são construídas
Cerca de 3.500 anos pelos sumérios, na Mesopotâmia.
antes de Cristo • Barcos egípcios já navegavam ao longo do Rio Nilo e
faziam pequenas incursões no Mar Mediterrâneo
E já que alcançamos o terceiro milênio e meio antes de nossa Era, é importante parar
para dar destaque à invenção máxima desse período: a escrita. É nessa época que os
sumérios desenvolveram um sistema de símbolos que evoluiu até se tornar uma
forma abrangente e completa de escrita cuneiforme, isto é, traços em forma de
cunha. Alguns séculos mais e os egípcios criaram seu próprio sistema de escrita
através dos hieróglifos.
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Aqui cabe observar que foram os sumérios e os egípcios que inauguraram o registro escrito dos
acontecimentos através do tempo – a História.
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Voltemos a traçar aspectos sumários da nossa cronologia.
Retroativamente aos
Marco
nossos dias
Os grandes monumentos de pedra surgem no Egito.
Uma pirâmide de degraus é erguida destinada a servir
de sepultura ao faraó Djoser. Tal obra indica que os
egípcios já dispunham, à época, de conhecimentos
práticos de Geometria que, certamente, aumentaram
significativamente com a elevação da pirâmide de
Por volta de 2700 a.C.
Quéops, de base quadrada, com impressionantes 230
metros de lado – inaugurada em 2650 a.C. – tendo 146
metros de altura. Cerca de 2.300.000 blocos de pedra
foram erguidos na execução desse projeto que incluía
galerias, câmaras mortuárias e uma série de detalhes
de grande complexidade geométrica.
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Tablete numérico pré-cuneiforme,
Suméria, c. 3100 a.C.
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“Livro” de exercícios sobre Geometria,
Babilônia, c. 1700 a.C.
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Tablete Plimpton 322, Babilônia, c. 1800 a.C.
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Volume do tronco de uma pirâmide (“receita egípcia e fórmula moderna)
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Símbolos para a soma e subtração no Pairo de Ahmes, c. 1650 a.C.
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Diagrama encontrado no Chou-Pei Suann King, relativo aos triângulos retângulos,
Século XII a.C.
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Origens da cultura grega
O historiador ateniense Tucídides (c. 460-400 a.C.) descreve a Grécia primitiva
evidenciando a instabilidade da população da época. Afirma ele:
“Parece-me, por exemplo, que o país, hoje denominado Hélade, não tinha
população sedentária nos tempos antigos; em vez disso, havia uma série de
migrações constantes, pois as várias tribos aí existentes viviam sob
frequente pressão de invasores mais fortes que os forçavam a abandonar
seus territórios. Não havia comércio e facilidades de comunicação, quer por
terra, quer por mar; o uso da terra era limitado às necessidades diárias e não
se preocupavam em armazenar bens de consumo para transações comerciais,
nem no estabelecimento de uma agricultura regular, pois, devido à falta de
fortificação, a qualquer momento poderiam ser obrigados a deixar suas terras
por força de invasores inesperados. Portanto, como suas necessidades
diárias poderiam ser obtidas não importa onde, eles não hesitavam em
transferir sua residência de um lugar para outro e, portanto, não construíam
cidades de tamanho razoável nem se preocupavam com o aproveitamento de
recursos naturais.”
• ao leste, eram com a Armênia, com a Assíria e com a Arábia, regiões vizinhas
das províncias de Bitínia e Pontus, Capadócia, Síria e Egito;
• ao norte, as fronteiras terminavam com os acampamentos das tribos
germânicas limítrofes das províncias da Dácia, Panônia e, no extremo norte, a
Britânia;
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• ao oeste, o limite natural era o Oceano Atlântico e
• ao sul, a fronteira era com o deserto do Saara e com as províncias da
Mauritânia, da Numídia e do Egito.
Do ponto de vista de suas origens, a cultura grega foi precedida pela assim chamada
cultura minóico-micênica 2 que se constituía de elementos das mais variadas
civilizações da Ásia e do Egito. Durante escavações arqueológicas em Creta, uma
grande quantidade de objetos do Egito evidenciou, senão um domínio, pelo menos
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A civilização minóica foi uma civilização que se desenvolveu na ilha de Creta, a maior ilha do
mar Egeu, entre 2700 a.C. e 1450 a.C., o período anterior ao da Civilização micênica. Teve como
principal centro a cidade de Cnossos. O termo minóico deriva de Minos, título dado ao rei de
Creta. Os minóicos foram uma civilização pré-helênica da idade do bronze, em Creta, no mar
Egeu. Baseando-se em descrições da arte minóica, essa cultura é frequentemente descrita como
uma sociedade matriarcal voltada para o culto à deusa. O termo Minóico foi criado pelo
arqueólogo inglês Sir Arthur Evans (1851-1941) a partir do nome do rei mítico Minos, associado
ao labirinto, que Evans identificou como sendo o sítio de Cnossos. É possível, embora incerto, que
Minos fosse um termo usado para identificar um governante minóico específico. Pode também ter
sido usado para descrever o governante minóico da época. Como os minóicos chamavam a si
mesmos ninguém sabe, mas a palavra egípcia Keftiu e a semítica Kaftor ou Caphtor e Kaptara nos
arquivos de Evans, se referem evidentemente à Creta minóica.
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um intenso comércio e movimento de viajantes. Além disso, um alto número de
crenças e costumes cretenses denota uma incontestável origem asiática e egípcia.
A cultura grega antiga é uma maravilhosa fusão entre mito e realidade, aspecto que
merece atenção quando estudamos o conceito de número dessa civilização. De fato,
o número tinha influência nos feitos heroicos e cerimônias religiosas. Por exemplo,
foram doze os trabalhos de Hércules (o maior de todos os heróis gregos) e o número
de prisioneiros troianos sacrificados no funeral de Pátroclo (um dos personagens
centrais da mitologia grega no episódio da guerra de Tróia). Aliás, doze – que sempre
teve importância central nas considerações dos matemáticos gregos – é o número
de faces do dodecaedro regular que, desde tempos imemoriais, se liga a uma série
de mitos da Grécia.
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só se tenha firmado no início do ano 1000 a.C.. Os dóricos estavam subdivididos em
três grupos principais – Hylleis, Dymanos e Pamphylios – e, em pouco tempo,
espalharam-se por todo o continente grego e a eles devemos a formação da
arquitetura primitiva na Grécia, que examinaremos mais adiante, pela sua
importância na formação da geometria, expressão básica do número grego.
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santuários, pois, afinal, a arquitetura é sempre a primeira forma expressiva de
qualquer estilo que surge em todas as civilizações.
Polêmicas à parte, é na Ilíada que tomamos contato com as ideias sobre a origem do
Universo segundo nos contam Homero e Hesíodo. No capítulo XIV, versículo 201 e
seguintes declara-se que
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Isto nada mais é do que a ideia de que o mundo provém da água, como elemento
primordial, fato sustentado pelo matemático Tales de Mileto, como veremos na
sequência. Isso não era uma unanimidade. Aristóteles, por exemplo, considerava
essa afirmativa com certa reserva. De qualquer modo, sob a forma de mito, Homero
conta-nos o fato importante da origem das coisas, de elementos primordiais, no caso
a água. Também quando ele nos diz que a constelação de Ursa Maior nunca se
banha no Oceano, isso quer dizer que na Grécia esse grupo de estrelas próximas
entre si estava sempre acima do horizonte, o que era um fato importante para a
navegação, uma vez que a estrela polar estava próxima à tal constelação.
Por sua vez, Hesíodo – o mais antigo poeta grego do qual se tem alguma certeza sob
sua vida, e que vivei no século VIII a.C., – coloca a origem do mundo no elemento
primitivo terra, personificado por Gaia que, gerando Urano – o firmamento – foi
fecundada por ele por influência de Eros – o amor – que era ao mesmo tempo o mais
antigo e mais jovem de todos os deuses. Seu filho – Cronos – simboliza o tempo e,
para indicar a sua influência natural, ele aparece devorando os seus filhos até que
um deles – Zeus – consegue sobreviver, devido a um hábil truque de sua mãe – Rhea.
Depois de vencer o próprio pai, Zeus tornou-se o chefe de todos os deuses. Homero
coloca-o como senhor do Armament, descrevendo-o como o “deus de cabelos azuis”
e isto, por influência provável do Oriente uma vez que, em Khorsabad (no Iraque),
encontram-se inúmeras estatuetas de deuses que tinham os cabelos e as
sobrancelhas azuis.
Toda a mitologia grega, como descrita por Homero e Hesíodo, está impregnada de
ideias que depois se revestiram de uma roupagem própria nas Ciências. Isso
evidencia que o período mitológico do pensamento científico, em todas as
civilizações, é um fenômeno natural e não um período de atraso ou misticismo como
pejorativamente abordam as correntes materialistas da interpretação dos fatos
históricos.
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Do mesmo modo, as
explicações de fenômenos
naturais são ligadas às
entidades mitológicas:
• os deuses viviam lá no
Olimpo, o mais alto pico
de uma cadeia de
montanhas que se
estende da Tessália até
o golfo de Salonica, a
segunda maior cidade
da Grécia.
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