12/09/13

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STJ - O Tribunal da Cidadania

Pai que usufrui sozinho do imvel transferido aos filhos deve aluguis ex-mulher 17/09/2012 O pai que reside em imvel transferido aos filhos, aps a separao do casal, deve pagamento de aluguis pelo usufruto isolado do patrimnio. O entendimento da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justia (STJ), ao julgar recurso especial do pai contra sua ex-mulher e filhos. No recurso, ele sustentou que, na condio de usufruturio do imvel pertencente aos filhos, no pode ser obrigado a pagar os valores a eles, a ttulo de locao do bem, pois tal imposio desnaturaria o instituto do usufruto. Alegou que detm direito real de habitao e tambm no obrigado a pagar aluguel outra usufruturia. A me afirmou que o filho que convivia com o pai agora est sob seus cuidados, e que o acordo firmado por ocasio da separao no previa a concesso de usufruto vitalcio, que teria sido indevidamente lanado na averbao da escritura pblica do imvel. Disse ainda que a transferncia da propriedade inclui, alm da transmisso do domnio, tambm a posse sobre o imvel, que hoje se acha limitada pelo indevido usufruto da casa pelo ex-marido. Compensao Em seu voto, a relatora, ministra Nancy Andrighi, destacou que, como o usufruto do imvel deveria ser proveito do casal, por ser de ambos o poder familiar, suas decorrncias, igualmente, deveriam ser compartilhadas: a administrao e a percepo dos possveis frutos oriundos do patrimnio pertencente aos filhos. Entretanto, o uso do imvel somente pelo pai e a resistncia pretenso manifestada pela me das crianas, relativa ao depsito, em proveito dos filhos, do equivalente ao valor do aluguel, gera empeo insupervel para o tambm usufruto da propriedade por parte da me, afirmou a ministra. Assim, segundo a ministra, constatada a impossibilidade prtica de que o outro possa exercer seu direito ao usufruto do imvel, impe-se a compensao, por quem usufrui isoladamente do patrimnio, quele que no pode exercer o seu direito. A to s utilizao de imvel pertencente aos filhos, por um dos ex-cnjuges, aps a separao, representa bvio impedimento prtico ao usufruto comum do bem, pelo que devido o aluguel, na correspondente frao de sua possibilidade de cofruio do imvel, finalizou a ministra. O nmero deste processo no divulgado em razo de sigilo judicial. Processos: Imprimir Fechar
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