Você está na página 1de 1

SIMES, O PIOR DOS LADRES.

Bem l no meio dos anos 70, queimava forte o sol do serto, e vinha de Alagoas, da seca cruel e traioeira, de todos o maior ladro. Dizia ser cabra froxo, mas que tinha um vozeiro. Na cintura uma bainha e na bainha um faco. Um chapu que havia roubado de um homem de poltica, disse ele meu camarada eu te pagarei uma bebida, pois sou filho dum senador e vim mudar a sua vida. O pobre caiu na teia, muito bebeu daquela pinga, e l para duas e meia acordou com muita lambida, era um cachorro magro que lambia sua ferida. Depois de roubar chapu, contos de reis, po seco e virgindade, o ladro seguia adiante, parando de cidade em cidade. Seus nomes eram vrios a depender do gosto e das estaes, mas s um era verdade: Simes, o rei dos ladres. Esse cabra no tinha d, no tinha Deus nem guardava ira. Saa de canto em canto sempre com uma mentira, veio caminhando pra Sergipe, por Itabaiana at parar em Macambira. Ali visitou a igreja, fez promessa pra santo e foi num bordel, disse que as quenga eram feias, mais confortvel taria num quartel, rodeado de polcia, pelo menos comida tinha de graa e pra beber pinga com mel. Foi quando parou na Lagoa Seca e viu ali um bar pequeno, olhou pra l Simes e sua barriga roncou dizendo Eu quero almoar barro, qualquer coisa abaixo disso considero veneno. Simes pra l se foi e fui um homem com enxada na mo

Você também pode gostar