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Um condutor de camelos rouba a bola de um grupo de crianas que visitavam as pirmides, no Egito.

O fotgrafo Caio Vilela vive em So Paulo e j documentou jogos de futebol nos seis continentes. Seu projeto teve incio em 2004, na cidade de Yazd, no Ir, e resultou no livro Futebol sem Fronteiras: Retratos da Bola ao Redor do Mundo.

A viagem da bola Se h um elemento a unir as culturas

dos quase 70 pases que o fotgrafo brasileiro Caio Vilela j visitou, ele o futebol e Caio, desde suas primeiras andanas, percebeu o poder global da linguagem da bola. Eu acredito cada vez mais no futebol como uma fora de paz e integrao dos povos, conta. Vilela, de 40 anos (completados em abril, durante um trekking no Nepal), nunca foi um reprter esportivo. Sua especialidade so as viagens alm da fotograa, ele guia prossional. Todavia, durante cinco anos, entre 2004 e 2009, Caio viajou mundo afora em busca das mais diversas expresses do futebol amador, jogado em pequenos campos ou em lugares to improvveis quanto o acampamento-base para alpinistas no monte Everest, terrenos cobertos de pedra e gelo na Antrtica e as margens barrentas dos rios da Amaznia. Vilela percebeu que o esporte mais popular do planeta tambm o mais fcil de ser jogado, sem jamais abdicar de um carter ldico, que extrapola todas as fronteiras. Para Caio, o futebol ainda um fenmeno em expanso. Em pases como a ndia, a Nova Zelndia e os Estados Unidos, por exemplo, a febre da bola parece agora contagiar as novas geraes. E a Copa, acredita ele, uma chance de redeno para o mais problemtico dos continentes. A frica do Sul tem inmeras tribos e 11 idiomas nacionais. Eu toro para que a Copa ajude a promover a harmonia entre todos os grupos do pas, resume.

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Esticando as pernas durante a viagem de motor-home na regio do Monument Valley, no Arizona.

Um time de rua em Sanaa, no Imen, onde 60% da populao tem menos de 15 anos de idade.

Sadhus (homens santos hindus) seguram uma bola na Durbar Square, em Katmandu, no Nepal.

Pausa para o lazer dos guias tursticos nos templos de Angkor, no Camboja.

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O garoto compra uma bola nova em um armarinho de Soure, na ilha do Maraj, no Par.

Um chute a 5 400 metros, perto do monastrio de Rongbuk, no Tibet, com a face norte do Everest ao fundo.

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