Você está na página 1de 18

CITAES DE CZANNE

SOBRE A COR
O DESENHO PELA COR

O desenho e a cor no so mais distintos, pintando desenha-se, mais a cor se harmoniza mais o desenho se precisa...Rea izada a cor em s!a ri"!eza atin#e a $orma s!a p enit!de.% Cada to"!e de&e satis$azer !ma in$inidade de condi'(es C)zanne medita&a as &ezes por !ma hora antes de o e*ec!tar dizia "!e cada pince ada de&e conter %o ar, a !z, a cor, o o+,eto, o p ano, o car-ter, o desenho e o esti o.
1

COR E O ESPA/O. AR 0CAR1A A 2ERNARD3

Permita-me repetir a"!i o "!e e! he dizia4 a+ordar a nat!reza atra&)s do ci indro, da es$era, do cone, co ocando o con,!nto em perspecti&a, de modo "!e cada ado de !m o+,eto, de !m p ano, se diri,a para !m ponto centra . As inhas para e as ao horizonte do a e*tenso, o! se,a, !ma se'o da nat!reza o!, se pre$erir, do espet-c! o "!e o Pater Omnipotens Aeterne De!s e*p(e diante de nossos o hos. As inhas perpendic! ares a esse horizonte do a pro$!ndidade. Ora, para n5s, seres h!manos, a nat!reza ) mais em pro$!ndidade do "!e em s!per$6cie, donde a necessidade de introd!zir nas nossas &i+ra'(es de !z, representadas pe os &erme hos e amare os, !ma "!antidade s!$iciente de az! ado, para $azer sentir o ar.
1 C)zanne.

7n4A dvida de Czanne.08er ea! Pont93 p.::;

Permita-me dizer "!e re&i se! est!do do andar t)rreo do ate i<, e e est- +om. Creio "!e o senhor de&e prosse#!ir nesse caminho. O senhor tem a inte i#<ncia do "!e ) preciso $azer e che#ar- o#o a &irar as costas aos =a!#!in e aos >?an@ =o#h.
2

COR E EAPRESSBO

Ao dia+o "!e d!&idem como, casando-se !m &erde matizado com !m &erme ho, entristece-se !ma +oca o! $az-se sorrir !ma $ace.
3

COR E COR8A.0POR 8ERLEAD PON1E3

O desenho e a cor no so mais distintos, pintando desenha-se, mais a cor se harmoniza mais o desenho se precisa... Rea izada a cor em s!a ri"!eza atin#e a $orma s!a p enit!de.
4

SOBRE A LUZ
LDF CO8O A2S1RA/BO 0POR CRANG EL=AR3.

A !z ) a #o "!e no se pode reprod!zir, mas "!e se de&e representar por o!tra coisa, pe a cor. Ci"!ei satis$eito comi#o "!ando desco+ri isso.
5

o+ser&a'o4 mod! a'o ) de$inir a $orma pe a cor e no pe o tom.

LDF NBO EA7S1E PARA O P7N1OR 0CAR1A A 2ERNARD3


2

Pa! C)zanne. Carta a Hmi e 2ernard, :IJK. Correspondncia. P.LKK C)zanne. A duvida de Czanne p.::; 4 Pa! C)zanne. 7n4 A dvida de Czanne.08er ea! Pont93 p.::;. 5 Pa! C)zanne. in4 Czanne. por CranM E #ar. p. :N:
3 Pa!

A H87LLE 2ERNARD

Ai*, LN de dezem+ro de :IJK A"!i est-, sem contesta'o poss6&e - tenho p ena certeza4 no nosso 5r#o &is!a prod!z-se !ma sensa'o 5ptica "!e nos $az c assi$icar como !z, meio tom o! !m "!arto de tom os p anos representados por sensa'(es co orantes. A !z, portanto, no e*iste para o pintor. En"!anto, $or'osamente, &oc< &ai do preto ao +ranco, sendo a primeira dessas a+stra'(es como "!e !m ponto de apoio tanto para o o ho como para o c)re+ro, n5s escorre#amos, no che#amos a ad"!irir dom6nio, a nos poss!ir. Neste per6odo 0repito-me !m po!co $or'osamente3, &o tamo-nos para as o+ras admir-&eis "!e nos $oram transmitidas pe os tempos, onde encontramos con$orto, apoio, ta como o nadador o encontra na prancha.
6

PERCEPO E NATUREZA
PERCEP/OES CONCDSAS 0CAR1A A HENR7 =APDE13.

No momento contin!o a proc!rar a e*presso da"!e as sensa'(es con$!sas "!e trazemos conosco ao nascer
7

RELA/BO EN1RE NA1DREFA E L7N=DA=E8.A H87LE 2ERNARD

Ai*, LQ de maio de :IJK 8as insisto sempre no se#!inte4 o pintor de&e dedicar-se inteiramente ao est!do da nat!reza e se es$or'ar para prod!zir "!adros "!e se,am i'(es. As con&ersas so+re arte so "!ase inRteis. O tra+a ho "!e e&a S rea iza'o de !m pro#resso no nosso o$6cio ) !ma compensa'o s!$iciente por no sermos compreendidos pe os im+ecis. O iterato e*prime-se com a+stra'(es, ao passo "!e o pintor concreto o $az por meio do desenho e da cor, s!as sensa'(es, s!as percep'(es. No somos nem escr!p! osos demais, nem sinceros demais, nem s!+missos demais S nat!rezaT mas somos mais o! menos senhores do nosso mode o e so+ret!do dos nossos meios de e*presso. Penetrar o "!e se tem diante de si e perse&erar em se e*primir o mais o#icamente poss6&e .
8

PE171 SENSAC7ON.
6

Pa! C)zanne. Carta a H87LLE 2ERNARD Correspondncia. p.LU: C)zanne. Carta a Henri =as"!et. Correspondncia. p.LLJ 8 Pa! C)zanne. Carta a Hmi e 2ernard. Correspondncia. p.LKV
7 Pa!

Pe"!ena Sensa'o &is!a W a %petit sensacion% PODSS78 SO2RE A NA1DREFA :

Como sa+es, $iz m!itas &ezes est!dos de +anhistas, homens e m! heres, "!e #ostaria de inte#rar n!m "!adro S esca a nat!ra T a escassez de mode os o+ri#o!-me a ter de me imitar a estes es+o'os. ?-rios o+st-c! os se me depararam, como encontrar o !#ar correto para cen-rio, sem ser di$erente do "!e $i*ei na mem5ria, "!er re!nindo di&ersas pessoas "!er pedindo a homens e m! heres "!e "!isessem despir-se e manter-se nas poses "!e e! hes indicasse. S!r#e-me tam+)m o pro+ ema de transportar !ma te a desse tamanho, e as di$ic! dades ins!per-&eis criadas por !m estado de tempo po!co prop6cio, onde teria de me posicionar e ao e"!ipamento necess-rio para a e*ec!'o d!m "!adro S esca a nat!ra . Por t!do isto $!i o+ri#ado a trans$erir o me! p ano para !m Po!ssin $eito de no&o a partir inteiramente da nat!reza, e no pintado a partir de notas, desenhos e $ra#mentos de est!dos. A$ina !m &erdadeiro Po!ssin, $eito ao ar i&re, com !z e cor, em &ez de !ma dessas o+ras preparadas no estRdio, onde t!do apresenta !ma dominante acastanhada res! tante da $a ta de !z e da a!s<ncia de re$ e*os do c)! e do So .
10

PODSS7N SO2RE A NA1DREFA.L

Pintar !m Po!ssin &i&o ao ar i&re, com !z e cor, em !#ar de !ma da"!e as o+ras criadas n!m estRdio, onde t!do poss!i !ma co ora'o castanha de !ma t<n!e !z do dia, sem re$ e*os &indos do c)!.
11

O D7XLO=O CO8 ?OLLARD.

Se minha sesso desta tarde no Lo!&re $or +oa, ta &ez encontre amanh o tom ,!sto para tapar estes espa'os. compreenda senhor ?o ard, se p!sesse ai "!a "!er coisa ao acaso, seria $or'ado a recome'ar todo o me! "!adro partindo deste ponto.
12

9 Pa! 10

Czanne. p.::J ar#an Citado por Hmi e 2ernard - Dma Con&ersa com C)zanne. Os artistas $a am de si pr5prios p. >KJ@ 11 C)zanne. De !ma con&ersa com C)zanne re atada por Hmi e 2ernard. :INU. in4 Histria da Pintura moderna. Her+ert Read. p.:U 12 Pa! C)zanne. Carta a ?o ard. 7n4 Czanne. Por CranG E #ar. p.:NJ

SO2RE A Y17CA CO8O D8 ?ER.0C7NAL DA CARA1A A 2ERNARD3

A 5ptica desen&o &e-se em n5s pe o est!do, nos ensina a &er

13

8H1ODO DE 1RA2ALHO 0CAR1A A H87LE 2ERNARD3.

Para $azer pro#ressos, s5 atra&)s da nat!reza, e o o ho se ed!ca no contato com e a. 1orna-se conc<ntrico a c!sta de o+ser&ar e tra+a har. P!ero dizer, em !ma ma'a, !ma +o a, !ma ca+e'a, h- !m ponto c! minanteT e esse ponto - apesar do e$eito terr6&e 4 !z e som+ra, sensa'(es co orantes - ) o mais pr5*imo do nosso o ho.
14

PRO=RESSO E ES1DDOS A PAR17R DA NA1DREFA 0CAR1A A 2ERNARD3

Procedo m!ito entamente, !ma &ez "!e a nat!reza se o$erece a mim m!ito comp e*aT e os pro#ressos a serem $eitos so incessantes. H preciso &er +em o mode o e sentir com m!ita precisoT e tam+)m e*primir-se com m!ita nitidez e $or'a. O #osto ) o me hor ,!iz. E e ) raro. A arte se diri#e apenas a !m nRmero e*cessi&amente restrito de indi&6d!os. O artista de&e desprezar a opinio "!e no se +aseie na o+ser&a'o inte i#ente do car-ter. De&e re,eitar o iteratismo, "!e com tanta $re"Z<ncia e&a o pintor a se a$astar do se! &erdadeiro caminho - o est!do concreto da nat!reza - para perder !m tempo on#o demais em espec! a'(es intan#6&eis. O Lo!&re ) !m +om i&ro a ser cons! tado, mas tam+)m no de&e ser mais do "!e !m intermedi-rio. J est!do rea e prodi#ioso a ser empreendido ) a di&ersidade do "!adro da nat!reza.
15

AR1E CO8O HAR8ON7A PARALELA A NA1DREFA 0CAR1A A [OACH78 =ASPDE1 3

A arte ) !ma harmonia para e a a nat!reza \ o "!e pensar dos im+ecis "!e dizem "!e o artista ) sempre in$erior a nat!reza]
16

13 Pa! 14 Pa!

C)zanne. Correspondencia. p.LUV C)zanne. Carta a Hmi e 2ernard. Teorias da arte moderna. p.:V 15 A H87LE 2ERNARD Ai*, :L de maio de :IJK. Correspondncia. p.LKQ 16 Pa! C)zanne. Carta a [oachim =as"!et :;IV Corespondencia. . P. L:N

PERSPEC17?A 0CAR1A A 2ERNARD3

Para $azer pro#ressos, s5 atra&)s da nat!reza, e o o ho se ed!ca no contato com e a. 1orna-se conc<ntrico S c!sta de o+ser&ar e tra+a har. P!ero dizer "!e, em !ma aran,a, !ma ma', !ma +o a, !ma ca+e'a, h- !m ponto c! minanteT e esse ponto - apesar do e$eito terr6&e 4 !z e som+ra, sensa'(es co orantes - ) o mais pr5*imo do nosso o ho. As +ordas dos o+,etos $o#em em dire'o a !m centro oca izado no nosso horizonte. Com !m po!co de temperamento ) poss6&e ser m!ito pintor. H poss6&e $azer coisas +oas sem ser m!ito harmonista o! co orista. 2asta ter senso de arte - e esse senso ), sem dR&ida, o horror do +!r#!<s. Portanto, os instit!tos, as +o sas e as honras s5 podem ser $eitos para os cretinos, os $arsantes e os pati$es. No se,a cr6tico de arte, $a'a pint!ra. Essa ) a sa &a'o.
17

INTELIG NCIA E LINGUAGE!


A PA7SA=E8 SE PENSA E8 878.0POR =APDE1 CON?ERSA17ONS3

A paisa#em se re$ ete, se h!maniza, se pensa em mim.

18

7N1EL7=^NC7A COLA2ORANDO CO8 SENS727L7DADE.0CRANC EL=AR3

Pintar no ) copiar ser&i mente o o+,eti&o, ) captar !ma harmonia entre n!merosas re a'(es...Dma inte i#<ncia "!e or#aniza poderosamente ) a mais preciosa co a+oradora da sensi+i idade para a rea iza'o da o+ra de arte.
19

17

A H87LE 2ERNARD Ai*, LU de ,! ho de :IJK. Correspondncia. p.L;; C)zanne. Por4 [oa"!im =as"!et. Conversations avec Czanne p.::J 19 Pa! C)zanne. 7n4 Czanne. 02io#ra$ia p_ CranM E #ar3 p.:LN
18 Pa!

OR7=7NAL7DADE CO8O ADS^NC7A DE 1E8PERA8EN1O.0POR LEO =AN=D7ER3

a +!sca da no&idade e ori#ina idade ) !ma necessidade arti$icia "!e apenas deri&a da +ana idade e ausncia de temperamento.
20

REAL7FA/BO CO8 CONHEC78EN1O DOS 8E7OS DE EAPRESSBO. 0CAR1A A ADRENCHE3

Prezado Senhor A!renche, A#rade'o- he m!ito os &otos "!e o senhor e os se!s me en&iaram por ocasio do ano-no&o. Pe'o- he rece+er os me!s e estend<- os aos de s!a casa. J senhor me $a a em s!a carta de minha rea iza'o na arte. Creio a can'-- a cada dia mais, em+ora !m tanto penosamente. Pois se a sensa'o $orte da nat!reza - e, certamente, e! a tenho &i&a ) a +ase necess-ria de "!a "!er concep'o de arte, e so+re a arte repo!sa a #randeza e a +e eza da o+ra $!t!ra, o conhecimento dos meios de e*primir nossa emo'o no ) menos essencia , e s5 se ad"!ire por !ma e*peri<ncia m!ito on#a. A pro&a'o dos o!tros ) !m estim! ante do "!a Ss &ezes ) +om descon$iar. O sentimento de nossa $or'a nos torna modestos. Esto! $e iz com o s!cesso do nosso ami#o Lar#!ier. P!anto a =as"!et, "!e &i&e tota mente no campo, no o &e,o h- m!ito tempo. Rece+a, caro Senhor A!renche, os protestos de me!s me hores sentimentos.
21

DECLARA/BO DE 78PO1^NC7A 0POR 8. PON1E3

8as h- em C)zanne !ma rea inter$er<ncia aos dados "!e he che#a a retina] No seria precipitado &er em C)zanne "!a "!er o+,eti&o e*pressionista] E e pr5prio, ao en&e hecer %no inda#a se a no&idade de s!a pint!ra no pro&inha de !m distRr+io &is!a , >e@ se toda a s!a &ida no se $!ndamento! n!m distRr+io do corpo.%
22

20 21

Pa! C)zanne. Con$orme L)o Lan#!ier. Czanne. 0artistas $a am de si pr5prios3 p.KQ A Lo!is ADRENCHE Ai*, LU de ,aneiro de :IJK. Correspondncia. p.LKN 22 8er ea! Pont9. A dvida de Czanne. p.::N

CO!ENT"RIOS SOBRE #IST$RIA DA ARTE


H7S1OR7A, 87=DELAN=ELO E RACAEL 0CAR1A A CA8O83

Para o artista, Ss &ezes a eit!ra do mode o e s!a rea iza'o che#am m!ito entamente. - Se,a "!a $or se! mestre pre$erido, de&e ser para &oc< apenas !ma orienta'o. Sem isso, &oc< seria apenas !m imitador. Com !m sentimento da nat!reza, "!a "!er "!e se,a e e, e a #!ns dons $a&or-&eis - e &oc< os tem -, conse#!ir- se desprenderT os conse hos, o m)todo de o!tra pessoa no de&em $azer, com "!e m!de s!a maneira de sentir. 8esmo "!e momentaneamente so$ra a in$ !<ncia de a #!)m mais &e ho, acredite "!e, assim "!e &oc< o sentir, s!a pr5pria emo'o aca+ar- sempre por emer#ir e con"!istar se! !#ar ao so ` passar por cima, con$ian'a, eis !m +om m)todo de constr!'o "!e &oc< de&erconse#!ir a can'ar. O desenho nada mais ) "!e a con$i#!ra'o da"!i o "!e &oc< &<. 8iche an#e o ) !m constr!tor e Ra$ae !m artista "!e, por maior "!e se,a, ) sempre re$reado pe o mode o. - P!ando "!er re$ etir, $ica sempre a+ai*o de se! #rande ri&a .
23

ELO H7S1YR7CO 0CAR1A A 8ARA3

A RO=ER 8ARA Senhor Redator, Li com interesse as inhas "!e o senhor se di#no! dedicar-me em se!s dois arti#os da =azette des 2ea!*-Arts . A#rade'o- he as opini(es $a&or-&eis "!e $orm! a a me! respeito. A idade e a saRde no me permitiro rea izar o sonho de arte "!e perse#!i d!rante toda a minha &ida. 8as serei sempre reconhecido ao pR+ ico de apreciadores inte i#entes "!e ti&eram - atra&)s de minhas hesita'(es -a int!i'o da"!i o "!e tentei para reno&ar minha arte. Em minha opinio, no se s!+stit!i o passado, apenas se acrescenta a e e !m no&o e o . Com !m temperamento e
24 25

23 24

A Char es Camom. Ai*, I de dezem+ro de :IJK. Correspondncia. p.LU: Dm arti#o de 8ar* so+re o Sa o de O!tono $ora p!+ icado no nRmero de dezem+ro da =azette des 2ea!*-Arts. 25 7sso responde a !ma o+ser&a'o de 8ar*, "!e, em se! arti#o 0onde inc !si&e reprod!zira !ma paisa#em de C)zanne3, dissera4 %A em+ran'a i#a P!&is de Cha&annes com Chass)ria!, C)zarme com Co!r+et, Odi on Redon com Rodo phe 2resdin, La!trec com Da!mier e De#as. 7ncontesta&e mente, apesar dessas e&oca'(es, $a ta mais de !m e o S cadeia e seria !m en#ano ne# i#enciar a in$ !<ncia e*ercida so+re as R timas #era'(es por !m =a!#!in, !m ?an =o#h o! !m Se!ratT por o!tro ado, as a'(es so$ridas se ,!stap(em, se en*ertam, se com+inam. Assim, !m #r!po de pintores pode in&ocar ao mesmo tempo =!sta&e 8orea! e C)zanneT a #!ns a iaro Camin-Lato!r e Se!rat no $er&or de !ma di e'o com!mT 8a!rice Denis > ... : procede ao mesmo tempo de P!&is de Cha&armes e de =a!#!in. No importa4 com a,!da de esc arecimentos repetidos, mo&imentos de arte tidos o!trora por

!m idea art6stico, isto ), !ma concep'o da nat!reza, seriam precisos meios de e*presso s!$icientes para ser inte i#6&e ao pR+ ico m)dio e oc!par !ma posi'o con&eniente na hist5ria da arte. Aceite, sr. Redator, a e*presso de minha pro$!nda simpatia de artista.
26

?7?7C7CAR OS ES1DDOS DO LOD?RE

A CHARLES CA8O7N Ai*, :N de setem+ro de :IJN Penso ter- he dito n!ma con&ersa "!e 8onet est- morando em =i&ern9T espero "!e a in$ !<ncia art6stica "!e esse mestre no pode dei*ar de e*ercer so+re o c6rc! o mais o! menos direto "!e o rodeia se $a'a sentir na medida estritamente necess-ria "!e e a pode e de&e ter so+re !m artista ,o&em e +em disposto para o tra+a ho. Co!t!re dizia aos se!s a !nos4 Cre"Zentem +ons !#ares, o! se,a4 Cre"Zentem o Lo!&re. 8as, depois de &er os #randes mestres "!e - repo!sam, ) preciso sair depressa e &i&i$icar em si mesmo, em contato com a nat!reza, os instintos, as sensa'(es art6sticas "!e residem em n5s. Lamento no poder encontrar-me com o senhor. A idade nada seria, se o!tras considera'(es no me impedissem de dei*ar Ai*. Espero, por)m, ter !m dia o prazer de re&<- o. Lar#!ier est- em Paris. 8e! $i ho est- em Containe+ ea! com a me.
27

LOD?RE RECLEABO 8OD7C7CA A ?7SBO

O Lo!&re ) o i&ro em "!e aprendemos a er. No de&emos, por)m, contentar-nos em reter as +e as $ormas de nossos i !stres predecessores. Saiamos de as para est!dar a +e a nat!reza, tratemos de i+ertar de as o nosso esp6rito, tentemos e*primir-nos se#!ndo o nosso temperamento pessoa . O tempo e a re$ e*o, a )m disso, po!co a po!co, modi$icam a &iso, e $ina mente nos &em a compreenso.
28

1ESE

DE

ESPDECER

1DDO

PDE

?E7O

AN1ES

DECLARA

D7C7CDLDADES aA H87LE 2ERNARD


despropositados ,- no apresentam ho,e nada de desconcertante...% 26 C)zanne A RO=ER 8ARA \ redator de... Correspondncia. p.LUK 27 A Char es camoin. Correspondncia. p. LK: 28 Pa! C)zanne. Carta a Hmi e 2ernard. Correspondncia. p.LUQ

Ai*, LN de o!t!+ro de :IJU S!as cartas so &a iosas para mim por d!as raz(es - a primeira p!ramente e#o6sta, pois, ao che#arem, tiram-me da monotonia ca!sada pe a +!sca incessante de !m o+,eti&o Rnico, o "!e prod!z em momentos de cansa'o $6sico, !ma esp)cie de e*a!sto inte ect!a . Em se#!ndo !#ar, posso mais !ma &ez descre&er para &oc< -em+ora com medo de estar me e*cedendo - a o+stina'o com "!e +!sco a rea iza'o da"!e a parte da nat!reza "!e, entrando na nossa inha de &iso, nos d- o "!adro. Ora, a tese a ser desen&o &ida ) "!e - se,a "!a $or a nossa sensi+i idade o! $or'a diante da nat!reza - temos de transmitir a ima#em do "!e &emos, es"!ecendo t!do o "!e tenha e*istido antes de n5s. Acredito "!e isso permite ao artista e*pressar toda a s!a persona idade, #rande o! pe"!ena. A#ora "!e esto! &e ho, com "!ase setenta anos, as sensa'(es de cor "!e prod!zem a !z so em mim ca!sa de a+stra'(es "!e no me permitem co+rir minha te a, nem prosse#!ir a de imita'o dos o+,etos "!ando os pontos de contato so s!tis e de icadosT disso res! ta "!e minha ima#em o! "!adro ) incomp eto. Por o!tro ado, os p anos so co ocados !ns so+re os o!tros, e da6 s!r#i! o neoimpressionismo, "!e circ!nscre&e os contornos com !m tra'o preto, $a ha "!e se de&e com+ater a todo c!sto. Ora, "!ando cons! tada, a nat!reza nos $ornece os meios para atin#ir esse $im. ... Se! &e ho. Pa! C)zanne. Dm +om aperto de mo e cora#em. A 5tica desen&o &e-se pe o est!do, nos ensina a &er.
29

D7C7CDLDADES C7NA7S a 8ORRER P7N1ANDO 0CAR1A A 2ERNARD3

A H87LE 2ERNARD Ai*, L: de setem+ro de :IJQ Encontro-me em ta estado de pert!r+a'(es cere+rais, n!ma pert!r+a'o to #rande, "!e temo "!e n!m dado momento minha $r-#i razo &enha a romper-se. b Depois do terr6&e ca or "!e aca+amos de so$rer, !ma temperat!ra mais c emente restit!i! !m po!co de ca ma aos nossos esp6ritos, e ,- no era sem tempoT a#ora parece-me "!e esto! en*er#ando me hor e pensando com mais preciso na orienta'o de me!s est!dos. Conse#!irei che#ar ao o+,eti&o to proc!rado e to on#amente perse#!ido] H o "!e dese,o, mas en"!anto e e no ) a can'ado s!+siste !m &a#o ma -estar, "!e s5 poder- desaparecer depois "!e e! ti&er che#ado ao porto, o! se,a, depois de ter rea izado a #!ma coisa "!e se desen&o &a me hor do "!e no passado e por isso mesmo pro&ando teorias "!e, e as sim, so sempre $-ceisT s5 a pro&a do "!e se pensa ) "!e apresenta s)rios o+st-c! os. Contin!o, pois, os me!s est!dos. 8as aca+o de re er s!a carta e &e,o "!e respondi sempre indiretamente. P!eira desc! par-meT a ca!sa disso ), como he disse, essa preoc!pa'o constante com
29

A Hmi e 2ernard LN de o!t!+ro de :IJU Correspondncia. p.LUV

o o+,eti&o a ser atin#ido. Est!do sempre a partir da nat!reza e parece-me "!e pro#rido entamente. =ostaria de ter &oc< perto de mim, pois a so ido sempre pesa !m po!co. 8as esto! &e ho, doente, e ,!rei a mim mesmo morrer pintando, em &ez de so'o+rar no idiotismo a&i tante "!e amea'a os &e hos "!e se dei*am dominar >por@ pai*(es "!e hes em+r!tecem os sentidos. Se ti&er o prazer de reencontr-- o !m dia, poderemos e*p icarmo-nos me hor, de &i&a &oz. Desc! pe-me por &o tar sempre ao mesmo pontoT mas acredito no desen&o &imento 5#ico do "!e &emos e sentimos atra&)s do est!do a partir da nat!reza, so+ pena de ter de preoc!par-me depois com os procedimentosT os procedimentos, para n5s, no passam de simp es meios de e&ar o pR+ ico a sentir o "!e n5s mesmos sentimos e de sermos aceitos. H o "!e de&em ter $eito os #randes "!e admiramos. Sa!da'(es do o+stinado macr5+io "!e he aperta cordia mente a mo.
30

30

Correspond<ncia p.LQQ

CZANNE POR TERCEIROS

!ERLEAU PONT%& A D'(IDA DE CZANNE&


:JJ se'(es para pintar !ma nat!reza morta, :UJ para !m retrato. 1emperamento insatis$eito. D!&ida&a de se! ta ento at) a morte. No conse#!e e*por no Sa o o$icia . A cr6tica o recha'a, assim como a $am6 ia e os ami#os. 1orna-se cada &ez mais t6mido e descon$iado. DECLARA/BO DE 78PO1^NC7A.

E! me acha&a n!m ta estado de distRr+ios cere+rais, n!m distRr+io to #rande, "!e temi, por !m momento "!e minha $r-#i razo no resistisse...A#ora parece "!e esto! me hor e penso mais corretamente na orienta'o de me!s est!dos. Che#arei ao $im to proc!rado e por tanto tempo perse#!ido] Est!do sempre da nat!reza e parece "!e $a'o entos pro#ressos.. Aprende com Pizarro "!e a arte ) !m est!do preciso das apar<ncias e passa a pintar direto da nat!reza. Os primeiros "!adros so sonhos pintados, e "!erem pro&ocar primeiro sentimentos. 8as a$asta-se dos impressionistas. %C)zanne "!er &o tar ao o+,eto sem a+andonar a est)tica impressionista.. Dizia dos c -ssicos4

SO2RE OS CLXSS7COS.:

E es $aziam "!adros, nos tentamos !m peda'o da nat!reza.>e@ s!+stit!6am a rea idade pe a ima#ina'o e pe a a+stra'o "!e a acompanha.

SO2RE OS CLXSS7COS.L

P!eria $azer do impressionismo %a #o s5 ido e d!r-&e como a arte dos m!se!s%. p.::Q

D7XLO=O CO8 2ERNARD. Em Dne con&ersation a&ec C)zanne, p!+ icado no 8erc!se de Crance, :IL: 2ernard descre&e !m di- o#o "!e mante&e com C)zanne4

- O "!e acha dos mestres] - So +ons, e! ia ao Lo!&re todas as manhs "!ando esta&a em Paris. 8as aca+ei ape#ando-me mais a nat!reza do "!e a a e es. H preciso aprender a &er por si mesmo. - O "!e "!er dizer com isso] - De&emos criar !ma 5tica, de&emos &er a nat!reza como nin#!)m &i! antes. - No res! tar- isso, n!ma &iso demasiado pessoa , incompreens6&e aos o!tros] A$ina de contas no, ) a pint!ra como a $a a] P!ando $a o, !so a mesma 6n#!a "!e &oc<. Ser- "!e me compreenderia se e! ti&esse criado !ma 6n#!a no&a, desconhecida] H com esta 6n#!a com!m "!e de&emos e*pressar no&as id)ias. 1a &ez se,a este o Rnico meio de torn-- as &- idas e aceit-&eis. - Por 5tica "!ero dizer !ma in#!a#em 5#ica, isto ) sem nada de a+s!rdo. - 8as em "!e +aseia s!a 5tica 8estre] - Na nat!reza. - O "!e "!er dizer com esta pa a&ra, trata-se de nossa nat!reza o! da nat!reza em si] - 1rata-se de am+as. - Portanto o senhor conce+e a arte como !nio do Dni&erso como indi&6d!o] - Conce+o-a como !ma percep'o pessoa . Co oco esta percep'o na sensa'o e pe'o "!e a inte i#<ncia a or#anize n!ma o+ra. - 8as de "!e sensa'(es o senhor $a a] Da"!e as "!e esto em se!s sentimentos o! da"!e as "!e pro&<m da s!a retina] - Acho "!e no pode ha&er separa'o entre e as. A )m disso, sendo pintor, ape#o-me primeiro a sensa'o &is!a .
31

31 Hmi

e 2ernard. Une conversation avec Czanne. in4 1eorias da arte moderna. p.:J . =ri$o nosso.

%C)zanne no acha "!e de&e esco her entre a sensa'o e o pensamento, o caos o! a ordem h!mana das id)ias e das ci<ncias% sentidos inte i#<ncia] sensa'o pensamento] caos ordem] impressionismo c assicismo] pes"!isas de C)zanne so as da $ide idade ao &is6&e >o "!e mais tarde a #esta t iria $orm! ar@>CF no ass!me a ci<ncia da perspecti&a@ Os o+,etos mais pr5*imos parecem menores...os distantes... o +ra'o de =!sta&e =e$$ro9 ) a on#ado. O contorno ) a+stra'o pertence a #eometria S!primir o contorno] ?-rios contornos. No h- nada de ar+itr-rio nas cores de$orma'(es, a iais a+andonadas em :;IJ.

RIL)E

O con&incente, o tornar-se coisa, a rea idade intensi$icada pe a s!a &i&<ncia do o+,eto, at) tornar-se indestr!t6&e , isto era o "!e he parecia ser a meta de se! tra+a ho mais 6ntimo.
32

Em paisa#ens o! nat!rezas mortas, mantendo-se intenciona mente diante do o+,eto, capt!ra&a-o somente com rodeios comp icados ao e*tremo. Come'a&a pe o co orido mais esc!ro, co+ria s!a pro$!ndidade com !ma capa de cor "!e cond!zia at) !m po!co a )m da"!e e, e sempre mais on#e, e*pandindo cor so+re cor, che#a&a a !m o!tro e emento contrastante do "!adro, com o "!a , desde !m no&o centro, procedia de modo an- o#o. Parece-me "!e ne e os dois procedimentos - o da capt!ra o+ser&adora e $irme, e o da apropria'o, o !so pessoa do capt!rado - apoiam-se !m contra o o!tro, ta &ez se#!ndo !ma tomada de consci<ncia, de ta modo "!e os dois, por assim dizer, come'am a $a ar ao mesmo tempo, em interr!p'(es cont6n!as e disc5rdias constantes.
33

32 33

Rainer 8aria Ri Me. Cartas sobre Czanne. Pa#. UJ Rainer 8aria Ri Me. Cartas sobre Czanne. Pa#. U:

1am+)m so+ressai! para mim, ontem, o "!anto e es 0"!adros3 so di$erentes, sem cesti od, destit!6dos da preoc!pa'o com a ori#ina idade, se#!ros de no se perderem em cada apro*ima'o com a nat!reza m! ti$orme, e, m!ito mais, de desco+rirem na &ariedade e*terior, com seriedade e consci<ncia, a ines#ota+i idade interior. 1!do isto ) m!ito +e o....
34

H como se cada ponto de cor so!+esse de todos os o!tros. De tanto "!e toma parte, de tanto "!e cada !m c!ida a se! modo do e"!i 6+rio e o esta+e ece4 como o "!adro todo, $ina mente, mant)m a rea idade em e"!i 6+rio.
35

*OAC#I! GAS+UET, CZANNE -CON(ERSATION., PARIS, 1921/ 1930


DESE[O DE CER1EFA ` 1EOR7A 8E DE7AA PER1D2ADO.

H o "!e acima de t!do dese,o - a certezae Sempre "!e ataco !ma te a sinto-me se#!ro, rea mente creio "!e e a ser-... 8as em+ro-me ao mesmo tempo "!e $a hei sempre no passado. De modo "!e $ico impaciente e en$!re'o-me... Sa+es o "!e est- certo e o "!e est- errado na &ida, e se#!es a t!a pr5pria &ida... Pe o contr-rio e! n!nca so!+e para onde ia, para onde #ostaria de ir com esta minha ma dita &oca'o. P!a "!er teoria me dei*a pert!r+ado... Ser- por"!e so! t6mido] 2asicamente, se ti&eres car-ter tens ta ento.... No esto! a dizer "!e o car-ter, por si s5, ) s!$iciente para "!e "!a "!er tipo se,a !m +om pintor... Seria demasiado simp es... 8as no creio "!e !m pati$e possa ser !m homem de #<nio. Citado por [oachim =as"!et C)zanne, :ILQ
36

NA1DREFA A1RXS DAS APAR^NC7AS a NBO SE 7N1RO8E1ER

34 35

Rainer 8aria Ri Me. Cartas sobre Czanne. Pa#. Q: Rainer 8aria Ri Me. Cartas sobre Czanne. Pa#. ;Q 36 Pa! C)zanne. Con$orme [oa"!im =as"!et. Czanne - Os artistas fa am de si prprios. 0re$. +i+ io#r. `p.VJ

8e! o+,eti&o, &oc< &er-, ) isso >C)zanne estende as mos com os dedos a+ertos, apro*ima-as entamente !ma da o!tra, !ne-as e aperta-as con&! si&amente !ma dentro da o!tra@4 isso ) o "!e de&emos conse#!ir. Se passo m!ito a to o! m!ito +ai*o, t!do est- perdido. No se de&e $azer nem !ma ma ha so ta, nem dei*ar "!a "!er per$!ra'o por onde se pode escorrer a &erdade. Em #era desen&o &o o processo de rea iza'o de minha te a por todos os ados ao mesmo tempo. Co oco t!do em reciproca re a!"o# em !m s5 es$or'o e de !ma s5 &ez. No ) certo "!e t!do o "!e &emos se dispersa, m!da] H &erdade "!e a nat!reza ) sempre a mesma, mas de s!a apar<ncia no resta nada. Nossa arte tem "!e esta+e ecer a di#nidade do perd!r-&e . 1emos de $azer &is6&e , pe a primeira &ez, s!a eternidade. O "!e h- por detr-s do $enfmeno nat!ra ] 1a &ez nada, ta &ez t!do. Por isso ,!nto estas mos errantes. A direita e a es"!erda, a"!i, a i, tomo estes matizes de cor, $i*o-os, com+ino-os, e ento $ormam in$as# se con&ertem em o+,etos, rochas, ar&ores, sem "!e e! me d< conta disto. Ento ad"!irem &o !me. 8inha te a ,!nta as mos, ) &erdadeira, densa, est- p ena. 8as se mostro a menor de+i idade \ so+ret!do se penso en"!anto esto! pintando \, se me intrometo, ento t!do se torna dep or-&e e se perde.
37

>Per#!nta =as"!et4 como &oc< se intrometeria]@

- O artista ) s5 !m 5r#o recepti&o, !m aparato para re#istrar impress(es sensoriais, mas !m +om aparato, e*tremamente comp icado. - H !ma p aca sens6&e , mas !ma p aca. a "!e se com!nico! sensi+i idade depois de m!itos +anhos4 est!dos medita'(es, so$rimentos e a e#rias com "!e se deparo! na &ida. - 8as "!ando e e >o artista como consci<ncia s!+,eti&a@ se intromete, imisc!ise &o !ntariamente no processo de trad!'o, t!do o "!e res! ta ) a s!a insi#ni$icgncia. >Per#!nta =as"!et4 ento o artista ) in$erior a nat!reza]@ - No, no "!is dizer isso. A arte ) !ma harmonia para e a a nat!reza. O artista ) para e o a e a sempre "!e no se intromete de i+eradamente. 1oda a s!a &ontade de&e ca ar4 e e tem de ca ar em si as &ozes de todos se!s preconceitosT tem "!e es"!ecer, $azer si encio, para ser !m eco per$eito. A nat!reza de $ora e a da"!i de dentro >#o peia-se na $rente@ de&em se interpenetrar, para perd!rar, para &i&er com !ma &ida metade h!mana metade di&ina, a &ida da arte. A paisa#em se re$ ete, se h!maniza, se pensa dentro de mim.
38

EN1RANHAS DO SER.0POR =ASPDE13


37

ha ter Hess. %ocumentos para a comprensin de arte moderno. N!e&a ?isionT 2!enos Aires, :IUQ. p.L; 38 ha ter Hess. %ocumentos para a comprensin de arte moderno. N!e&a ?isionT 2!enos Aires, :IUQ. p.LI

O "!e tento trad!zir-&os ) mais misterioso, entranha-se nas pr5prias ra6zes do ser, na $onte impa p-&e das sensa'(es. 8as ) esta sensa'o mesma, e! creio, "!e constit!i o temperamento. No ) seno a $or'a do temperamento "!e cond!z ao o+,eti&o "!e se de&e atin#ir. E! dizia a po!co "!e o c)re+ro, i&re, do artista, de&e ser como !ma p aca sens6&e , !m apare ho re#istrador simp esmente, no momento em "!e e e tra+a ha. 8as esta p aca sens6&e o cond!z ao ponto de recepti&idade onde e e pode impre#nar-se da ima#em consciente das coisas. Dm on#o tra+a ho, a medita'o, o est!do, os so$rimentos as a e#rias, so preparados pe a &ida mesma. Dma medita'o constante dos procedimentos dos mestres. E a )m disso o am+iente onde nos mo&emos ha+it!a mente... o so , esc!te-o !m po!co... o acaso dos raios, o ritmo, a penetra'o do so no m!ndo, "!em pintaria isto, "!em poderia narrar] 7sto seria a hist5ria $6sica a psico o#ia da terra.
39

DI(ERSOS
O PENSA8EN1O E8 CON1A1O CO8 A NA1DREFA 08.PON1E3.

C)zanne "!er reco ocar %as id)ias, as ci<ncias, a perspecti&a, a tradi'o em contato com o m!ndo nat!ra "!e esto destinadas a compreender, con$rontar com a nat!reza, como disse >C)zanne@, as ci<ncias "!e bde a &ieramb%
40

CONSC7^NC7A E REAL7DADE 0AR=AN3.

A id)ia de "!e o conhecimento da rea idade no ) contemp a'o, por)m nasce de !ma &ontade de tomar e se apropriar, era t6pica da est)tica e da arte romgntica, e de a passo! para Co!r+et, c!,o rea ismo ) !m ato de apoderamento, e aos impressionistas, cada !m de es empreendendo !m modo pr5prio de rece+er, captar e at) mesmo arre+atar a rea idade. Apenas C)zanne s!pera o "!e ha&ia de ar+itr-rio e eticamente in,!sti$ic-&e nesta &ontade de tomar e se apropriar, resta+e ecendo !m e"!i 6+rio a+so !to, e at) mesmo !ma identidade, entre a rea idade interior e e*terior, entre o e! e o m!ndo, entre o e$et!ar-se da consci<ncia e o e$et!ar-se da rea idade.
41

PERSPEC17?A 0ANXL7SE S78PLYR7A DE =O82R7CH3.


39 40

Pa! C)zanne. Por [.=as"!et in4 Conversations avec Czanne. p.::: 8er ea! Pont9. Advida de Czanne. p.::V 41 Ar#an. Arte moderna. p.:::

C)zanne dei*ara de aceitar como a*iom-ticos "!ais"!er m)todos tradicionais de pint!ra. Decidira partir do zero, como se nenh!ma pint!ra ti&esse sido $eita antes de e. >...@ A in&en'o de 2r!ne eschi da perspecti&a inear no o interesso! e*cessi&amente. E ,o#o!-a $ora "!ando desco+ri! "!e e a di$ic! ta&a o se! tra+a ho.
42

SEN17DOS OD 7N1EL7=^NC7A] 8.PON1E

No "!er separar as coisas $i*as "!e nos aparecem ao o har de s!a maneira $!#az de aparecer, "!er pintar a mat)ria ao tomar $orma, a ordem nascendo de !ma or#aniza'o espontgnea. Para e e a inha di&is5ria no est- entre os sentidos% e %a inte i#<ncia% mas entre a ordem espontgnea das coisas perce+idas e a ordem h!mana das id)ias e das ci<ncias.
43

42

43 8er

E.H.=om+rich. A $istria da arte. p.KNN ea! Pont9. A dvida de Czanne. p.::Q

Você também pode gostar

  • Des Carril Ada
    Des Carril Ada
    Documento1 página
    Des Carril Ada
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Medida
    Medida
    Documento1 página
    Medida
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Original
    Original
    Documento1 página
    Original
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Spotlight
    Spotlight
    Documento1 página
    Spotlight
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Modelo
    Modelo
    Documento1 página
    Modelo
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Roupa
    Roupa
    Documento1 página
    Roupa
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Dina Marquesa
    Dina Marquesa
    Documento1 página
    Dina Marquesa
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Keaton Gaurda
    Keaton Gaurda
    Documento1 página
    Keaton Gaurda
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Des Carril Ada
    Des Carril Ada
    Documento1 página
    Des Carril Ada
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Sabão
    Sabão
    Documento1 página
    Sabão
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Testes
    Testes
    Documento1 página
    Testes
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Jackpot
    Jackpot
    Documento1 página
    Jackpot
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • TR Einar
    TR Einar
    Documento1 página
    TR Einar
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Taloes
    Taloes
    Documento1 página
    Taloes
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Rotatividade
    Rotatividade
    Documento1 página
    Rotatividade
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Redução
    Redução
    Documento1 página
    Redução
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Guru
    Guru
    Documento1 página
    Guru
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Resumo
    Resumo
    Documento1 página
    Resumo
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Dezembro
    Dezembro
    Documento1 página
    Dezembro
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Diploma
    Diploma
    Documento1 página
    Diploma
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Hora Rio
    Hora Rio
    Documento1 página
    Hora Rio
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Impeto
    Impeto
    Documento1 página
    Impeto
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Hiper
    Hiper
    Documento1 página
    Hiper
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Curricular
    Curricular
    Documento1 página
    Curricular
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Centimo S
    Centimo S
    Documento1 página
    Centimo S
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Detergent Es
    Detergent Es
    Documento1 página
    Detergent Es
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Comunicado
    Comunicado
    Documento1 página
    Comunicado
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Calcula N Do
    Calcula N Do
    Documento1 página
    Calcula N Do
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Célere
    Célere
    Documento1 página
    Célere
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações
  • Brandão
    Brandão
    Documento1 página
    Brandão
    Ines Mesquita
    Ainda não há avaliações