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Térga-feira 31 de Dezembro de 1940 Nacopae Ax pabiead 1 Série _Nimero 303 IARIO 00 GOVERNO PREGO DESTE NUMERO —15%60 Decreto-lei n.° 31:095—Aprova o Cidigo Administrative e ‘Eotatute dos Distritos Auidaomos das lhas Adjaceates, MINISTERIO DO INTERIOR Direceao Geral db Administrag&o Politica ‘e Civil Decreto-lei n.* 31:095 ‘Usando das autorizagdes conferidas polis leis n.°1:946, de 21 do Dezembro de 1936, 0 1:67, de 80 de Abril de 1938, 0 Govérno decreta ¢ eu promulgo, para valer ‘como lei, 0 seguinte: Artigo 1.° So aprovados o Cédigo Administrative © © Estatuto dos Distritos Auténomos das Tihas Adjacen- tes, que baixam assinados pelo Ministro do Interior. ‘Art. 2 As cirounscrigdes administrativas do conti- nente e das ilhas adjacentes so as que constam dos ma- pas aprovados pelos decretos-leis n.% 27:424, de 31 de Dezembro de 1936, e n.° 30:214, de 22 de Dezembro de 1989, com as alteragdes constantes do mapa t anexo a0 prosente decreto-lei. ; ‘Art. 3.° Os funciondrios provides em cargos dos oon- celhos que mudam do ordem, por virtude de alteragio dos mapas anexos aos decretos-leis referidos no artigo ‘anterior, passam para a classe do quadro geral que hes corresponda quando jé estivessem providos nos mesmos cargos em 1 de Janeiro de 1937, ¢ mantém a categoria fe classe em que actualmente se encontram quando te- nham sido provides depois dessa data. § 1° Os funcionérios provides depois de 1 de Ja- neiro de 1937 em cargos de concelho a cuja ordem corresponda classe supetior & que ocupam no quadro geral, ow que Ihes dé ingresso nesse quadro, sio obri- gados a apresentar-se ao primeiro coneurso de promogio que seja aberto para a classe imediatamente superiors so forem aprovados, consorvam-se os cargos que ocupam, com a nova classe ¢ vencimentos, mas se nfo se apre- sentarem a prestar provas ou forem nolas excluidos, Passam a set considerados opositores obrigatérios em todos os coneursos de provimento para vagus da sua categoria ot classe até obterom eoloeagio, perinanecendy entrctanto nos earges actuals. § 2" Os funciondrios nas condigBes do pardgrafo an- terior que & data da publicagio do presente decreto~ -lei ja tenham sido aprovados em concurso de promo- gio & classe eorrespondente & nova ordem dos seus eoncelhos ficam desde jé com provimento definitive nos cargos que actualniente ocupam, oonsiderando-se prouiovidos & classe imediatamente superior. Art, 4." Aos funcionsirios que por virtude do disposto uo Cédigo Administrativo fiquem recebendo ordenados inferiores aos que nesta data estejam auferindo sera abonada, a titulo de compensagio, a diferenga entre © novo ordenado © 0 que anteriormente percebiam. Art. 5." Os funciondrios puiblicos que A data da pu- Dlicagio déste decreto-lei so encontrem em comissio de servigo nas Cimaras Munioipais de Lisboa e do Porto no exercicio dos cargos de directores de servigos v chefes de repartigao considerar-se~io néles providos defini vamente se até 15 de Janeiro de 1941 nio Ihes or dada por finda a comissio. | Art. 6.° As disposigdes do Oédigo Administrativo re- lativas ao provimento de lugares de veterindrios e mé- dicos munfeipais nfo se oplicam nos provimentos que hajam de fazer-se por virtude de concurses abertos ane teriormente a 1 de Janeiro de 1941. Art, 7 Em 1 do Janeiro de 1941 serdo obrigatiria- mente insoritos ua Caixa Geral de Aposentagdes, com 08 dircitos e doveres respectivos, os funcionéries abran- gidos pelo artigo 29.° do decreto-lei n." 27:424, de 31 de Dezembro de 1936, actualmente com dizeito & apo- sentagio pelos corpos administrativos. § tinico, Exceptuam-se do disposto neste artigo os funciondrios com: processo de aposentagio pendente. Art. 8.° Os corpos administrativos onvianio & Caixa Geral de Aposentagdes, até 31 de Margo de 1941, rela- tivamente a cada wm dos funciondrios que nela devam ser inscritos, um boletim em duplicado, devidamente assinado ¢ autenticado, do qual conste 0 some completo, categoria, data de nascimento, vencimento mensal ili- muido, data do provimento em cargo com direito & apo- Entacao.e tempo de servigo prestade até 31 de Dezembro Ge 1940 a considerar pela Caixa Geral de Aposentagies, por deliberagio do corpo administrativo, para o efaito, do eéleulo da pensio. 1638 1 SERIE — NOMERO 308 § 1 0 tempo a considerar para o efeito de aposen- tagio que nfo corresponda ao exercicio de cargo a0 qual © mesino direito seja inerente serd mencionado separa- damente, com expressa indicagio sObre a disposigdo le- gal ao abrigo da qual a contagem foi consentida, § 2. Se o funcionério tiver prestado servico em mais de um corpo administrative, também em situagto ¢ direito & aposentagio, ou que, por outro motivo, nela deva sex levado em conta, seré aquela circunstincia igualmente mencionada e feita a discriminagio respec- tiva, § 3° As deliberagdes tomadas pelos corpos adminis- trativos sero, para’ os devidos efeitos, notificadas aos interessados. : : Art, 9.° Os actuais funcionérios administrativos que, por virtude de mudanga de situagio posterior a I de Ja- neiro de 1937, jé transitaram para a Caixa Geral de Aposentagdes poderio requerer para o mesmo fim, no prazo de sessenta dias, a0 wiltimo corpo administrative 8 que pertenceram, a! execugdo do disposto no artigo Art. 10° A Caixa Geral de Aposentagdes abonaré pela totalidade as pensdes dos funcionérios roferidos nos artigos 7.° ¢ 9.*, e para éste efeito recebort dos eor- pos administrativos, em duodécimos, na proporgiio do gue a cada competi, cota parte correspondente so tempo de servigo anterior a 1 de Janeiro de 1941. Art. IL* Os funciondrios administrativos ficam su- jeitos, relativamente ao tempo de servigo anterior a 1 Uf Janeiro de 1037, 20 pagemento de indemnisagae § tinico. Esta indemnizagio seré caloulada com base ‘nos vencimentos que na mesma data entrarain em vi- gor ¢ regular-se-4 em tudo o mais pelo estabelecido nos artigos 83." ¢ 84." do decreto-lei n.* 26:115, de 28 de Novembro de 1935, ¢ artigo 18.* do decreto-lei n.°26:508, Ge 6 de Abril de 1936. Art, 12° O disposto nos artigos anteriores s6 se apli- card as Camaras Municipais de Lisbon e do Porto, me- diante acdrdo a celebrar entre estes corpos administra- tivos ea Caixa Geral de Aposentacées. Art, 18° Os funciondrios do Estado cujos vencimen- tos constituam despesa obrigatiria da administracio dos distritos auténomos sero considerados subscritores da Caixa Geral de Aposentagdes e terio, nessa quali- dade, diroito & aposentagio, desde que satisfagam aos emis requisitos exigidos para a inserigGo na referida A Caixa Geral de Aposentagies caleularé a pensio, levando em conta a totalidade do tempo de ser- Vigo até agora prestado, mas terd direito a-receber, em Guodéeimos, das juntas gerais a cota parte correspon- dente. F ‘ § 2 O disposto no pardgrafo anterior niio se aplica aos funcionarion abrangides pelo artigo 7." do decreto n* 15:805, de 81 de Julho de 1928, pois quanto a estes, a. pensio continuard a constituir exclusive encargo da Gaize Geral do Apoventagtens F ‘Art. 14° Compete as juntas de freguesia a confirma cao JAS Compete a ftntas de logue omtime- 2° 17:695, de 2 de Dezembro de 1929: Art, 15° Sio aprovados os novos quadros ¢ venci- mentos do pessoal vitalicio e contratado das juntas ge- ais dos distritos auténomos das ilhas adjacentes, cons- tantes do mapa 1 anexo ao presente decreto-lei. § nico, As juntas gerais dos distritos auténomos insulares proporfio, no mais curto prazo, & aprovagio do Ministro do Interior os quadros do pessoa! assalariado permanente necessirio aos seus servigos ‘Art, 16.° B aplicdvel ao distiito auténomo do Fun- chal o disposto no artizo 21.° da lei organiea, aprovada pelo decreto-lei n.” 30:214, de 22 de Dezembro de 1939, Art. 17." Para 0 novo lugar de mestre de valas de 1.* classe do quadro dos servivos das obras publicas do distrito auténomo do Funchal transita um dos chefes de conservagdo de 1.* classe do mesmo quadro, cujo lugar fiea extinto. ‘Art. 18.° A Junta Aut6noma do pérto de Ponta Del- ada passa a denominar-se Junta Auténoma dos portos le Ponta Delgada. Art, 19.° Continuam em vigor as disposigées de exe- cugdo permanente do decreto-lei n.* 27:424, de 31 de Dezembro de 1936, e da lei organica dos-distritos auté= ‘noms insulares, aprovads pelo decreto-lei n.° 80:214, de 22 de Dezembro de 1939, em tudo 0 que nfo for con- ‘trariado pelo presente decreto-lei. ‘Art. 20" Emquanto nfo fOr instalada a To Administrativa do Ministério de Interior, prev Codigo Administrativo, competira A Tuspecgiio Geral do Finangas inspeccionar © fiscalizar todos os servigos de contabilidade, orgamento © tesouraria dos corpos administrativos, averiguar as possibilidades econdmicas e finaneeiras dss autarquias loeais, a obra por elas rea- lizada e 0 modo como sio dosomponhadas as atribuigdes do exercicio obrigatério. Art, 21.° Os funcionirios da Inspoccto Geral de Fie nancas poderio realizar inquéritos e sindicincias nos corpos administrativos © seus presidentes e, quanto a estes, instaurar, mediante autorizacio do Ministro do Ta terior, os competentes p¥ocestos disciplinares.. Art, 22. Ficam revogndos: Os artigos 373.° a 395.° do Cédigo Administrative de 4 de Maio de 1896; A lei n." 1:670, dle 15 de Setembro de 1924; 0 decreto n.° 12:596, de 30 de Outubro de 196 0 artizy 23.° do decreto n.* 13:658, dle 20 de Maio de 1927; © segundo dos regulamentos aprovados pelo decreto n.* 19/243, de 16 de Janeiro de 1931; O deereto n.° 27:095, de 27 de Agosto de 1937; © decreto n.° 28:185, de 5 de Novembro de 1937; © decrelo 1.9 28:16, de 17 de Janeiro de 1938; O deereto n.° 28:417, de 17 de Janeiro de 1938; O decreto n° 98:955, de 29 de Agosto de 1938; © deeroto n.* 29:046, de 10 de Outubro de 1938, na parte respeitauto aos corpos adininistrativos; © deereto n.” 29:047, de 10 de Outubro de 1938; © decreto n.° 30:373, de 10 de Abril de 1940, Publique-se ¢ cumpra-se como néle se contém. Pagos do Govérno da. Repwiblica, 81 de Dezembro de 1940, — Awréxz0 Oscar DE FRacoso Canaona — Ane ténio de Oliveira Salazar —Mério Pais de Sousa — Adriano Pais da Silva Vaz Serra—Jodo Pinto da Costa Leite — Manuel Ortins de Bettencourt — Duarte Pa- checo — Francisco José Vieira Machado — Mério de Figueiredo — Rafael da Silva Neves Dugue. MAPA I ‘Anexo ao decreto-lei n.° 34:095 mca lad tea dene tds Seece eae i Vila Nova de Gaia; i Gita 3 Otvigatriamonts federades com Lisboa « Port i Skene, feradeg om Litinn o Piety 3 Srvanor dete, tim soce bun cidade ou vin da El os onsen) 2000004 rials babitamte: ca om que's more tantedas contributes dircian anaalsinte igus fies para 0 Evo ¢gual ow saperior 4 3800 contos (ne'2* do $1" do artigo 35): Lisboa . . | Oviras 31 DE DEZEMBRO DE 1940 1639 Com sede em sede do dstrito; com 85:00 ou mais 4 Aca encarrogado das Terwas das Poroas oe 8 on em que o mantante das oanerinee 1 fiseul enearres: eras hospital de isolamento toe) en drsctas ancafnentoguidstas para 9 Ei spate de eantcya 100800 {Rio otrval ou superiors 2500 conte alinces a) 1. aghinista do plete le Uainiogto © | tony Bed done dee de do artigo 9°) 1 dasloetator 80400 [1+ ordem Chee 1 eniermeiro do hospital dleeolamento \ . . 600800 Braga. .{ Vila Sora sepvonge Scary feat item © | Leiria. eae da Rainha 3:700,000800 1 Kiuador mustuico i COD é Neate OURO ora etter eee tye ‘eo Sos z Lisboa] Vila Franca do sncgoggy nomen vc ici iii! ‘ig ftosuo 3 Nira Tee Biecsios'sl SIIIIDEEIIG 1G deo om 20:000 ou mais habitants o menos de $6400, eee eee ou mone ste B00 habitants, mas ein que © ) Dibwrto de Obra Joa Servion uontante das contributgdes directas anualmente Andestriere, Biietrices ¢ be Viaghe : liquidadas pace o Esto igual ou superior a -lks 2.780400 11600 e infoltor a 2500 contos{aliueas a) © 8) do “(eat 2 ordom| n# Beda § 2" do artigo 3°)" 4.00500 Nazedo de Cara eno Bragansa | Epo OO sean onosg gle main (A). sa0a00 are sf bagee, <2 2) KEM aDED, : ese Settibat . . | Almada - it 1 desenhador de 1.* classe 1.100300 Palmela... . . 1:200.000600 1 desenbador de 2. classe 900500, 2 hefss do conervase 0500 3 hates de conervapae do 0800 3 Spontaores de 1" clases a - roa00 MAPA IL 8 apontadores de 2 clase (©) 800300 1 atare'de obra do edi S000 Anoxo ao decreto-let n.* 31:095 1 Prose do patois at ab Sits ria 430800 1 ferramonteiro maquinista. vse sss = = ‘0500 r Teonting eee LTT T TIT Boogeo Pessoal supranamerisio om servi, Distrito de Ponta Delgada gares itdo soudo extluto h moedide que A) Quadro do pessoal de carteira. 8 chefes de seegio a a 1 chofe de seoretaria. - ae eee ese 1) 600800 4 print ‘fay stots Gaara de otis: - "TOE See Soe “Stes @ wee cocci’ 1 (w RIMS propunta da Pagacoria co Norden 2 2 2293 "S040 iWin otcinses 222222 ‘0 3 RNR Bs do 2° clases ou daciiigraias B) Quadro da terouraria tosourcico. oo oe ee ee ee ge « of) 2000500 Topas EDD p its epee ©) Quad de pereot menor da seoretaria = Aeontious .. = « ween = 59 ye PShewe LITT 2 {3 foo D) Questroeespeninie 1) Diveog de Agriattra 1 director (o director da Estogdo Agricia) Be stag Agrésia: 4 agrduamo, direstor da Botagio Agen « (4) 4.400400 I egonte agricala. =» 2B EIG06 Tpit agioias 222222222222 ‘coun PRaeeagtoae 1D 22220001 ‘00300 Regtacia Floretal: 4 rogente orastal. . . . . + 98399 4 tke dorsta : 521 GP 580688 3 Guardoe Gorstas a 22 3@} sonso0 + 8) Intentncia de Peondria 4 lntendonta do pcndria. . - . « {9 2.509800 1 Sedbne de planus io pbit doen: “ER 8) Inspeopito de Said 1 ingpostor do sade... . fl (7)1.80050 6 delegados desaado a |. tt : ‘409300 1 delegado de sate com fungSes de guards-mor, no conealho de Vila do Porto. « > soog00 1 médieo, director dos estabelecimentos fermais 1.200400 1 assistonte sooial diplomada.. ‘50000 1 farimactutico em Vita do Porte. fenferucira de hospital de isolamento + Bel do pdto de desinteoo doaintsstadores a servente Inddieo sos sorvigos tarinais. uarda dos servigos terials: < 4) Direcgio de Obras Piblieas« dos Servigos ‘fadatriae, Eltetrisoee de Veogao: 4 director, engenheiro eivil. - < 2-1 3am. 2 agbntes tehicona 1G) maa 41 SBcohador de eisse Toosuo 4 fesenhaor de 2* clase 2 S800 3 apontadores do claste a © |: Ssoaun 3 apontatores de 2 classe 92 2 © * Soa chet de comercagdo de dsciace'a: © 2) (Suge 5 chef de consrvapho do 2 classe 9 0800 B ments dovwala dorclanco aes 222 aMa0) Stes de ala de 2° cle 2 0500 1 feramentirg ss (@Seostn Lista (9 ost 3 iotariatan sev 5) Directo doe Series Industrie, Eide ‘rio ede Vago: 4 director, engouhelroindosrial ou mecbnico. .() 2280400 4 Leni astomobilista a 2 Gscais do trabalbo a 1 fiscal de pesos e medidas J montador electricista. |! 4 ausiliar 8) Laboratorio aistrital: 4 director («nioo) 3 quioieo analiste 4 proparador ‘ 1 ajudante de preparado 2 auxiliares do laboratécio @ | 20H Te00800 fi 1600 Ministério do Interior, 31 de Dezembro de 1940.— © Ministro do Interior, Mdrio Pais de Sousa. 31 DE DEZEMBRO DE 1920 Cédigo Administrativo PARTE L Da organizagao administrativa ‘TErULO T 5 Ba divisdo do territério Artigo L® O territério do continents divide-se em concelhos, quo so formam do froguesias © so agrupam am disteitos o provincias. § iinieo, Os concelhos de Lishoa e Porto subdividem- -s0 cm bairros ostes em freguosias. Art.'2.° Os coneolhos classiticam-so om urbanos 0 ra- ais. § 1° Sao concelhos urbaaos : . 1° (0s concalhos quo tenham sade em cidade de 25:000 ‘ou mais habitantes, ou do 20:000 ow snais, sondo eapital do provincia, son popalagio da sede corresponder & arta parte, pelo menos, "da populacio total do eon: cvtho ‘Os concelhos obrigatdriamento federados com os do Lisboa e Porto. § 2.° Sio concolios rurais os concethos nio compreen- didos em qualquer dos nimoros do pardgrafo anterio Art. 3.° Os conealhos, com excepeio dos de Lisboa Porto, podem sor de 1.*, 2." @ 8.* orden. $ 1° Quanto aos conceltios urbano: 1.2 Sao do 1.* ordem os concolhos referidos no 1.° 1.° do § 1.° do artigo antorior © 03 concelhos de Matozi nhos, Vila Nova de Gaia ¢ Cascais; Sio de 2.* ordom os concelhos roferidos no 1. do § 1° do artigo anterior que, nio,retnindo os re- quisitos dos conesthos.urbanos de 1.4 ordem, teabam sede om cidado ou vila de 20;000 oa mais habitantes, fou em que o montante das contribuigies directas anval- monte liquidadas para o Hstado soja igual ou superior a 2:500 contos; 3° Sio do 3.* ordem os concelhos no compreondidos fom qualquer dos niimeros anteriores. '§ 2." Quanto aos conealhos rirais: 1? Sio do 1. ordem: 4) Os concelios com sede em capital de distritos By Os concelhos com 55:000 ou mais habitantes c) Os eoncelhos em que o montante das contribaigdes directas anualmente liguidadas para o Estado soja igaal ou superior a 2:500 coatos. 2.° Sio do 2.* ordem: @) Os concalhos com 20:000 ou mais habitantes monos de 55:000; ') Qs conealhos com monos de 20:000 babitantes em quo o montante das contributgdes directas anualmente Tiquidadas para o Estado soja igual ou superior a 1:000 ¢ inferior a 2:500 contos. 3. Sio do 3.* ordem os coacelhos nko compreendidos em qualquer dos némeros anteriores. "Att. 4.° As freguesias podem ser de 1.*, 2.* @ 3.* or- dem. '§ 1? Sto de 1." ordem as froguesias com 5:000 ou mais habitantes e a¢ das cidades de Lisboa e Porto. '§2.° Sio do 2.* ordem as freguesias com 800 ou mais habitantes 0 menos de 5:000. '§ 5." Sto do 3.° ordem as fFoguesias no compreen- didas em qualquer dos parigrafos anteriores. “Art. 5.° Os distritos podem sor de 1.*, 2.* ¢ 3.* ordem. § 12 Sio do 1.* ordom os distritos do Lisboa @ Porto. § 2° Sto de 2." ordem os distritos eom sede em ca- pital de provincia. {§ 32 Sio do 3.* ordom os distritos nio compreendidos om qualquer dos pardgrafos anteriores. * fe 1641 Art. 6.° A classificagto dos concelhos © fregnesias sor revista polo Govarno no ano fmodiato an co apura~ mento de cada censo do populagio, determinando-se montante liquidado dus contribuigdos direetas pela média dos trés anos imodiatamonte anteriores ao da revisto. ‘Art. 7." As cireunscrigies administrativas 0 por let podou ser alteradas. Art. 8." A eriagio de novos couceihos dependers de rouerimento das juntas das froguesias que hao-de cons titut-los © da vorificagio das seguintes coulicdos L* Fundae-se o podido om razies econdmicas ¢ admie nistrativas; 2° Fiear © novo eoucelio a dispor do receitas ordi- narias suficiontes para ocorrer aos sous cniearzos: 3." Nao ficarom os concolhos do orizem privados dos recursos indlispensaveis sua manuteneto. ©°O roquerimento das juntas do freguesia ser ene viado A junta de provincia, que, com 0 seu parecer, 0 remoterd ao respective govornador eivil, para dste, com a sua informagio, 0 fazer chegur ao Govérno. {§ 2.2 Neahuma proposta on projecto do lei sobro cria- gio de novos concolhios podord ter soguiaento na As- semblea Nacional sem que touham sido observadas as dlisposigoes dasto artigo. ‘Art. 9.° A eringio de novas froguesias deveri sor ro- quorida pela moioria absoluta dos chelvs do familia elei- ores, com rosiddncin habitual na drea em que so pre- tonde a cireunserigio, o depoaderd da veriticagho das soguintes condigBos: 1.” Fundar-se 0 pedido em razdes econdmicas © adini- nistrativas; ° Ficat a nova freguosia a dispor do rocoitas ordi nirias suficiontes para ocorcer aos seus encargoss Bo Nfl ficarem as froguosias de origem privadas dos recursos indispensiveis A sux manutongio; ‘4° Existirem na Srea da pretendida cireunsericto pes- soas aptas ao desempenho das fungdos administrativas em namero bastanto para assegutar a renovagio da junta § 1° A potigao dos chefes do familia sera rometida a junta de provincia, quo, com 0 seu parecer, a reme- ter4 a0 rospectivo governador civil, para éste, com a sua informagio, a fazer chegar 20 Govérno. : § 2° Nonbuma proposta ou projecto de lei sobre cria- glo de novas freguesias tord seguimento na Assemblen Nacional som quo tonham sido observadas as disposigies desto artigo. ‘Art. 10.° Sompre que soja erinda qualquer nova oit- canscrigio adwinistrativa ou transforida qaalquer frac- ‘gio do territério de uma para outra eicennserigio obser- var-so-Ro as disposigdes soguintes: 1° A eargo da circunscrigto nova ou benoficiada ficari uma parte do capital © rospectivos encargos da divida das eireunscrighes do origem, proporcioval 20 ren~ dimwento das contribuigdes direetas cobradas pelo Estado ‘em relagio aos prédios ou habitantes do torritério trans- dos 2.° Os edificios © mais bens préprios dos concelhos ou freguesias de origem situados na parto desanoxada ficario portencendo A cireunscrigio nova on bensticinda 3.° Os bens do logradouro comum continuardo na posse oxelusiva dos moradores que os frulam anteri ‘monte. § iinico, So no torrit6rio transferido oxistirem instala~ gbes da réde geral do algum servigo municipalizado ou explorado por concessto do coneelho de origem so essas instalagdes mantidas, prosseguindo o3 respectivos fornecimeiitos ou utilizacdes, modiante acordo entre as chmaras, 80 se tratar do servigo monicipalizade, ou por nova eoneessio feita pelo concalho novo ou beneficiado a0 mestio concessionario © nas mesmas condighes trax tando-so de servigo explorado por concossio. 1642 Art. LL? Nao sio ae cireunseriveos adm Art. 12.° E da compotéacia do Govérno, ouvidos 0 governador civil e a junta de provincia respectivos: 1° Mudar as sedés dos concelhos o freguosias, alte- vs sau8 nomes 0 os das povoagaes; Pixar a categoria das povoucdes; * Rosolvor as dividas actren dos limites das cirenos crigdos administrativas, fixundo-os quando svjam incertos. § 1." Tom categoria do vila todas as povoagivs que forom sodes de concelho. pormitidas anesagdes temporérins istrativas. as vilas de populagdo suporior a 20-000 habitantes, com notivel ineremento industrial 0 comercial, servidas por graudes vias de eomunicacio © dotadus do instalagdes urhaaas do Agua, luz © osgotos. ‘TiTULO I ‘Do concelho CAPITULO I ‘Dos érgtos da admlatstragto manlelpal Art. 18.° Coneelho 6 o agregado de pessoas rosidentes na citeunserigio manicipal, com intorésses comuns pros- seguidos por Orgios préprios. xt. 14.° Cada concellio forma uma pessoa moral de Feito piblico © tem direito a brasio de armas, sélo bandoira préprios, enjos modelos serto aprovados por portaria do ro do Lateri dos Arqueblogos Porta,gu Art. 15.° Sio érgios da administragio municipal : © conselho municipal; A camara muuieipil; © presideote da cémara municipal. § 1." Nos coneuthos do Lisbon © Porto nio hé con- selho manicipal. a § 2.° Juuto da efmara funcionam os drgios consulti- vos instituidos por lei ou deliberagio municipal. ° Nas zonas do turismo haverd, como auxiliares da aduinistragio manicipal, eorvissdes municipais de turismo ou juntas de turismo. capiruto ir Do consetho municipal seogto 1 Composgao Art. 16° Compdem o conselho municipal: 1.° 0 presidente da eémara; . Ropresentantes das junfas de freguesia- do con- calbo, até ao maximo de quatro: 32° Um representante das Misoricérdias do concelho; ” 4° Um representante das Ordens ou respectivas dele- gages coneelhias; Um ropresentante da cada Sindicato Nacional, ow respectivas secedes coneelhias, © de quaisquer outros of Banivmos andlogos que vonham a constituir-se, até vo tiximo de dois; 6.° Um ropreseatante de cada Casa do Povo do con- caltio ou de cada Casa dos Pescadores, onde as houver, até 20 miximo de dois; 7.* Um representanto de cada grémio ou de qualquer outco organismo corporativo de entidades patronais ou do produtores, existentos ou que vonham a constitai no concolho, até a0 méximo de trés, um dos quais so sempro 0 do Grémio da Lavoura, quando éste osteja eoustituldo. * A eatexoria do cidade s6 poder ser conforida * SERIE — NUMERO 393 § 1° Os reprosentantes das juntas de freguesia serio cleitos quadrienalmente pelos respectivos prosidentes, 86 © concello for eonstitaldo por mais de quatro Frezuosies, © por cada uma dus juntas, se 0 nimero de freguesias for igual ou inferior & quatro. » A eleigio pelos presidentes, quando 1 ela houver lu- ‘gar; realizar-se-4 até ao dia 13 do Novembro, sub a pre- sidéneis do presidente Wa efmara, ou seu delegado, que os convovarii com cinco dias de antecedeneia, pelo menos, por meio do avisos envindos polo corrvio, sob registo 6 corn aviso do recepgio, © publicados em jornais locais, se os houver. Os ropresentantes das Miseriedrdias sorio oleitos quadrionalmenta, até no dia 10 de Novembro, pelos prove- dores, se houver wais de duas Miserieérdias no concelho, pelas mosas, em reinide conjunta, so houver duas, ¢ pela respectiva mesa, se houver xpenas uma, Quando © nimero de Miseriedrdias existentes no con- colho seja igual ow superior a duas, o presidente da cAmura convocard as mesas ou os provedores, conforme 08 casos, com cinco dias do antecedéncia, pelo menos, por meio de avisos enviados polo correio, sob registo & com aviso de recepgdo, © publicados em jornais locais, 9 08 houver, realizando-se 0 acto eleitoral sob a presi Bacia do mais velho dos provedores. § 3° Nos concelhos em que os organismos corporati- vos oxistentes sejam em ndmero superior no méximo dos representantes qiie a lei lhes concede, a designacho déstes far-se-4 por eleigio om que tomem parto os presidentes dos organismos a represoatar. Esta eleigto realizar-se & 10 de Novembro. § 4° Nos coneelhos em que no estejam constituidas secedes dos sindicatos nacionais on niio sejam sede des- tes, 08 vogais dosignados no n.° 5.° sorio substituidos por delegados dos profissionais, empregados ou operé- Fios do concollio, inscritos nos’ mesmos sindicatos, na proporsio do um delegado por trinta inseritos, at ao miximo do dois, designados pelo delegado disteital do Instituto Nacional do ‘Trabalho © Previdéneia, sob pro- posta dos presidentos dos sindicatos. § 5.° Nos coneolhios em quo nao estejam constitul- dos grémios, 0 governador eivil do distrito designaré tum dos maiores contribuintes da contributedo industrial, grupo C, 6 um dos maivres eontribuintes da eontribuieao predial téstica, quo sejam clrgiveis ¢ tenbain domicilio no concellio, pura suprit a falta dos vogais designados no 0.2 7.8 § 6.° Os ropresentantos das juntas do froguesia o das Misorieériias podom ser eleitos de entre quaisquer mu- nicipes, mesino albiios aos corpos representados. * Quando na mesma pessoa recaiam duas ou mais representagdes, deverd o vonal declarar, até a0 momento da posse, ao prosidente da camara, por qual delas opta, a fit do so ordenar a repetigio da cleicio ou designagio de novo vogal pela represontacio abandonada. Art. 17."°O eonselho municipal 6 renovado de quatro fem quatro anos. § iinico, Nos casos do filecimento, perda do mandato ow iinpedimeato de qualquer vogal do conselho munici- pal, 0 presidente da camara providenciard imediata- mente no seatido de serem indicados pelas entidades competentes os nomes dos vogais que hao-ude substitui-los. Art. 18° Nio podem ser eleitos ou por qualquer modo designados para fazor parte do consellio municipal: 1° Os que nio estejam no goz0 dos-scus direitos ivis e politicos ou nao saibam ler e eserever; 2° Os juizes clos tribunais ordinirios © especiais © respectivos agentes do Ministério Péblico e os funcio- nirios seus subordinados ; 3.° Os magistrados administrativos ; 4° Os funcionérios administrativos ; 31 DE DEZEMURO DE 1940 5.2 Os funcionarios policiais; 6.° Os funcionirios dos servigos atuanciros, das con- tribuigdes © impostos © da Fazenda Pablica; 70s funcionirios do corpo diplomitico @ consular portugues; 8.°°Os membros das direcgdes, consolhos de adminis- tragio on fiseais de omprésas, sociedades ou companhias que waham contrato com 0 municipio; 9.2 Os directamente interessacos vm contrato com 0 municipio ¢ os respectivos fiadores ; 10° Os que tenlam com o presidente ou com o chefe do secrotaria da cimara parontesco, pot consangiini- Ande ou afinidade, em qualquer grav da linha rocta ou no toreeiro grau da linha eolatoral ; LL? Os vercadores da cimara inunicipal imediata- mento anterior & eleigio, so aquota tiver sido dissolvida or facto que Ihes seja imputavel ; 12.* Os que tiverem sido demitidos da presidencia da camara om consoqiéncia de processo disciplinar, mas 86 nos oito anos subseqientes & demissio; 13.° Os interditos por sentenca com tréusito om jul- gado © 0s notdriamente reconhecidos como dementes, embora no estejam interditos por sentoncas 14.° Os falidos ou ingolventes, emquanto no forem rehabilitados; 15.° Os pronunciados definitivaments © os que tive- xem sido condenados criminalmento por sentenga com trénsito om julgado, emquanto nko for dada por ex- piada a respective pena © ainda quo gozem de liberdade eondicional; 16.° Os que ostentemn ideas contr Portugal como Estado independento ou propeguem dou- ‘trinas tendentes 4 subversio das instituigies e prinet- pios fandamentais da ordem social; 17.* Os indigentes, os que recebam subsidios da assis- tencia pibliea e os que estejam recolhidos em estabele- cimentos de beneficéncia; 18.’ Os que tenham adquirido a nacionalidade portu- guest, por naturalizago ou easamonto, hi menos de dex anos. § nico. No sio compreendidos nas disposigdes dos n 2.2 6 5.* g 7. os funcionirios na situagho do liconca ilimitada, aposentados ou reformados, nem a2 do n° 4." 03 fuacioniirios em qualquer dessas situacdes que aio dopondam da cimara municipal do coneetho nem pelos sous cofres sojam pagos. “Art. 19.° As fangbes de Vogel do consolko mun sio obrigutorias o grataitas. $1.9 Constituem motivos de escusa: 1° Tdade superior a sossenta anos & data da eleigio; 21° Moléstia créniea do que resulte impossibilidade ou grave dificuldade para o exerelcio do cargo; i BoA donrgagko de autorizagio polo Miaistro rospec- tivo quando 0 eleito soja funcionario piblico, eivil ow militar, © por loi carega dessa autorizagio pat cicio do cargos alhoios as suas funcdes. § 2.9 O pedido de escuss por motivo de idade devera sor feito at6 vinte dias dopois da data marcada para a ipal § 3. 0 pedido de eseuse por moléstia cronies podori sor fvito a todo o tompo, deveado ser instraido cum atostade médico comprovativo. Art. 20.° Perdem 0 mandato os vogais do conselho miinicipal: 1.” Quo aceite cargos ou adquiram situagdes que os tornem inelostvei 22 Que sejam eloitos verendores da camara munici- al Pg'o Que, tendo sido escolhidos para repretentantes de certas ontidades on actividades concelhias em razio dns fancdes exercidas nos corpos dirigentes dos seus orga- nismos represcntativos ou da posse de determinada qua- 1648 lidade juridiea, deisem posteriormente de exercor essas fancdes ou do possuir essa qualidade, Art. 21° A esclusio do lugar por inelogibilidads ow aceitacio de escusa ou perda do mandato de vogal do consellio municipal sor’ declarada pelo presidente. Art. 22.° As fungdos de vogal do consellio municipal nio estio sujeitas a quaisquer outras inelegibitidates ou incompatibilidades além das expressamente desigandas nos artigos anteriores. ‘Art. 33° O conselho muvicipal tem presidente, que serd 0 prasidento da eimara, @ dois socretdrios, elvitos de entre os scus vogais na primeira retiniio,.preferindo, guando baja empato na votagio, os mais novos dos vo- tados. § Gnico. Na falta do prositlente da camara, ou de quem suas vores fizor, assuite a presidéncia 0 mais velho dos voguis presentes ©, na falta dos secretérios, desempe- nhario as rospectivas fangdes os mais novos. ‘Art. 24.° O presidente do conselho municipal pode gonvoear o delogado de waitde, o chefe da seecao de financas, 0 professor dclegado do director do distrito escolar, o advogado sindico da eimara @ 0 voterinério municipal, onde os houver, ou qualquer munfeipo de re- couheeida competéncia em assunto a discutir, a fim de assistirom a corta ou certas rotinides, mas com voto con- sultivo sbmento. Art. 25.° © vico-prosidento da camara 0 08 voreadores podem assistir as reUnides do conselho municipal e tomar arto nas discussdes, mas sem voto. Art. 26.° Nos anos em que deva procedet-se & cons- titaigio do conselho municipal, as juntas do freguesia, of organismos corporativos © as Misorieérdias do eonee- Tho indieario no presidente da eamara, até 15 de No- ‘vembro, 08 nomes dos sous representantes. secgio m Competiacia Art. 27.9 Compote ao conselho munieipal: Blozer quadrienalmente os vereadores o respecti- vos substitutos; 2.° Revogar 0 manduto aos voreadores quando, em faco de exposigio fandamentada do presidente da mara, o julgue conveniente & bon marcha da administra- gio municipal; ® Roquerer ao Govérno inquétito aos actos do pro- sidente da cémara; 4° Dar pareecr sobre o plano anual do actividade da cimara e discutir 6 votar o§ rolatérios de geréacia; 5.° Dar parecer sObre a fixagio das percentagons adi- cionais As contribuighes do Estado, nos tormos deste Codigo, £ Discutir ¢ votar, sob proposta do presidente da efmara, as bases do orgamento ordinirio do munieipi 7.2 Fixar 0 ndmoro do partidos médicos e veterinirios munieipais, nos tormos déste Cédigos 8.* Brocunciar-se s¢bre as dehberagdes da cdmara que, nos termos desto Cédigo, dependam da sua aprovacio para se tornarom executétias; 9.° Saucionar a remuneragio ao presidente da camara nos concolhos de 1.* ordem, ebnforme o disposto no § 1.° do artigo 14.%5 10.° Diseutir © votar 0 plano de urbanizagio ¢ ex- pansio. seegio ut Const ie, sess505, retnives © deliberarles Art. 28.° Nos anos em que deva procedorse 2 cons- tituigio de novo conselbo municipal reiiuir-se-& Gste no dia 25 de Novembro sb para o efeito da vorifcacio dos poderes dos seus vogais ¢ da eleigo dus secre- 1644 tarios © da camara municipal, continuando porém 0 an: tigo conselho, para tudo o mais, om exercicio de fungdes até 31 de Dezembro. $12 A convocagio da retnido sora feita polo, presi dente da cimara com einco dias do antocodéacia, pelo inenos, por moio de avisos envindos pelo correio, sob rogisto o.com aviso de recepeio, ¢ publicados em jornais locais, so 08 houver. § 2 Os podores dos vogais do conselhio municipal serio verificados polo presidente, considerando-so aquel constituido © podendo deliborar desdo que esteja veri ficada a legitimidade dos poderes da maioria dos vogeis. § 8.° A oligo dos veroadoros far-so-4 cm lista com- pleta © por escrutiaio secreto, ¢ cada bolotim de voto conteré os nomes votados para vereadores electives o substitutos 6 teré a forma rectangilar com ns dimenstos do 0°,16><0",20, podendo ser_manuserito, dactilogra- fado, litografado on impresso em papel liso, branco, nio transparento, som marea ou sinal exterior. § 48 Na cleigio dos vereadores o presidento da cf- mara nio tem voto. ‘Art, 29.° O consolho municipal teré daas sessbes or- dindrias om cada ano, uma na primeira quinzena do Fe- vereiro © ontra na primeira quinzona do Setembro, em dias a fixar pelo presidente da cAmara nos avisos do couvocagio. fh.” Cate sossto ordintria durart o mismo de quinze § 2.° Durauto as sossdes ordinarias eslebrar-se-Ro as Tetinides quo forem necessirins, devendo o prosidente anuneiar, no final de cada retiniio, o dia © hora da se guinte. § 3. A sessio ordinaria de Fevereiro seri consagrada especialmente a discussio do relatério da goréneia mu- nicipal referonte ao ano anterior; a sessio ordiniria do Setembro A diseussio do plano dé aetividade o bases do oreamonto ordinirio do ano soguinte. Art, 30.° O conselho municipal retiniré extraordinaria- mento todas as vezes que 0 prosidonto 0 convocar. § linico. As sossbes extraordindrias nfo poderio durar mais do oito dias. Art, 81.° A convocagio, quor das sesstes ordinérias, quer das sessies extraordinarias, do consolho municipal sord foita pelo presidente, dentro do prazo e pela forma estabelecidos no § 1.° do artigo 28.° Art, 82.° O plano do urbanizagio @ expansio o as bases dos orcamoatos s6 podorko ser intogralmento re- Jeitados por maioria do tres quartos dos votos do numero Tegal dos vozais. Art. 33.” As actas das rotnides do conselho municipal sorlio redigidas 0 subscritas pelo chefo da secretarin da edmara 0 assinadas polos membros da mesa. ico. A acta da altima rotiniio de cada ses conselho sera aprovada no finel da mesma renifo. art. 84° 0 conselho municipal delibera por levanta- dos e sontados, salvo se um térgo dos vogais presontes roquerer votagdo nominal. Art, 85.° Em tado 0 que sobre constituigio, retinides @ deliberagdes do conselho municipal néo fice especial- mente regulado aplicar-se-& 0 disposto sobro const ofl @ fancionamento dos corpos a do capiTuLo in Da chmara municipal snogio 1 Composigao Art, 36." A camara municipal 6 0 corpo sidministra- tivo do concelho © compte-s0 de um presidente o de um vice-presidente, nomeados pelo Govéroo, 6 de verendores 1 SERIE — NUMERO 203 eleitos quadrienalmente pelo conselho municipal, nos ter mos do artigo 28.° § 1." O niimero de voreadores 6 de seis nos coneolhos de 1.* ordem, quatro nos de 2.* 0 dois nos de 3." § 2° O prosidente da camara é substituido, nas suas faltas @ impodimentos, pelo viee-prosidente 0, na falta do vieo presidente, por quem o governator eivil designar. Art. 87.° Os concelbos de Lisboa 0 Porto ostio si. jeitos a regime especial em conformidade com o+ arti- Bos BL! o seguintes. Art. 38. O consetho municipal elogerd tantos vorea- ores substitutos quantos os efectivos. § 1” Nos easos do liconcs, impedimento temporario, oxclasio do lugar, porda de mandato ou falecimento dos yereadores efectivos, sordo chamados pelo presides edmara og substitutos mais votados, ou os. mais velhos quando tenba havido empato na votagio. § 2.2 Quando, esgotada a lista dos substitutos, ainda no fiear completo 0 mimero dos vereadores, serio preonchidas as vagas existentes por eleigio do conselho -tmunieipal. Art. 89.° Podem ser eleitos vereadores os muvfeipes, no g0z0 dos sens diroitos civis © politicos, que saibam ler @ escrever © que sejam elegiveis para 0 conselho municipal. Art. 40° As fuagdee do vereador sito obri gratuitas, § 12 Constituem motivos de escusa: 1 Bxerefeio das fungdes de vorendor efective da ‘mesina cdwara no quadriéuio anterior, ou do substitute quando tenha servido oa maior parto do quadriénio; 2. Idado superior a sessenta anos & data de eloigios 3. Moléstia eroniea de quo resulto impossibilidade ou grave diffeuldade para o exeretcio do cargo; 42 A donegagao de autorizagto pelo Ministre res- peetiva quando 0 eleito soja funciondrio ptblieo, civil ou militar, © por lei carega dessa autorizago para o exercicio de cargos alheios As suas fungbes. § 22° Aplica-se a0 podido do escusa das funcdes do vereador 0 disposto quanto aos vogais do conselho ma- nieipal. Art. 41.° Perdem o mandato os vereadores: 1.° Quo aceitem cargos ou adquiram sitagbes que os tornem inelogiveis 2.° Quo eontraiam com outro vereador mais votado, ou, no easo de igualdado do votagio, mais velho, paren: tosco por afinidado em qualquer grat da linba recta. 3. Quo, sendo eleitos vogais das juntas de treguesia, oa de provincia, optem por qualquer dest § nico. Nao podem sor chamados a servir efectiva- mente os substitutos em relagio aos quais se verifique alguma das incompatibilidades previstas neste artigo. Act. 42.° A exelusio do Ingar por inelegibilidade, in compativilidade ou aceitagio de escusa, ou a perda do mandato de vereador, seri declarada pelo presidente da camara, Art, 43.° As fungbes do vereador nio estio sujeitas a quaisquer’outras inologibilidades on incompatibilidades além das expressamente designadas nos artigos anterio- Tos. atorias © ‘sxcgXo 1 ‘tributgden © comp sun-rreeZo 1 obs gare Art. 44° As camaras manicipais tom atributgies: 1.* De admiaistragio dos bons comans 6 préprios do concelho; * Do fomento; 2 Do abastecimento piblico; 42 Do eultnra e assistencia 6. De policia. Att. 45.9 No uso das atributgdes de ailministea hens eomins © préprios do eoncelho, pertonco As eama- as delibera 1.° Sobre a frui¢ao o exploragao dos bens, pastos frutos do, loxra¢ouro comum dos poves de mais do mina Froguosia do coucclho; 2° Sobro a divisto, por saa inieiativa ou a roqueri- mento de dois tergos dos chofes de familia utentes, dos Daldios imunicipais dispoasiveis do logradouro comam o proprios para cultura que no sojan destinados, pelo ‘anism oficial competente, ao estabclecimento de ea- agricolass 3.° Sobro a passagem ao dominio privado, para con- voniento fruiyio ou uproveitamonto, dos baldios muy pais dispensiveis do logradouro comun ¢ impréprios para eultara, ow fora do logradoaro comum; 4.° Sobre o arroteainento ¢ semonteira do torronos mu- nicipais ineultos, por meio do arrendamento ou concessio, cujas clénsulas de ordem téeniea dovem ser submetidas A aprovagio dos servigos competontes; Sobre a plantagio o corto de matas ¢ arvoredos municipais, com a assisténcia técnica dos servigos flores- tais, quando for julgada convenionte; 6.° Sobre o esgoto de pantanos existentes em terrenos do_manieipio; 7! Sobre tudo 0 quo respeite A conservacio, uso feuigito dos bens préprios do concelho. Art, 46.° No uso das atribuigdes do fomento, porteneo ts eamaras deliberar: 1° Sobre a construgio, reparagio e conservagio das ostradas © caminlios a scu cargo, nos termos das lois especiaiss 2. Sobre a abertura de novas raas o pragas nas po- voagtos; 3.° Sobre a pavimentagio das ruas das povoagdes, adequando-a ao traasito automével, quando necessirio; 4. Sobre a constragio e reparagio de pontes e via- datos dé interésse municipal; Sobre o estabelecimento do sorvigos piiblicos do transporte colectivo; 6." Sobre o estabelocimento de barcas de passagem nos rios quo aftavessom o concello; 7.* Sobre o inventhrio das riguezas naturais do con- celho; 8.°'Sobro a oxperidneia © introdugto de novas ealt ras, de ac6rdo com os sorvigos azrondmicos regionais; 9.° Sobro a realizacio do exposigdes agricolas, pocud- rias © imlustriais do interésso para 0 concolho; = 10.° Sobro a fruicio e aprovoitamento das Aguas pa- blicas que por lei estejam na sua adainistracio; 112 Sobre a instalagio do geratoras de energia elée- trica @ distribufeo desta pelo coucelho para fins indus- triais o domésticoss 12.° Sobre a limpeza das povongdes o assoio exterior dos edificios; 13.8 Sobro a criagio © conservacio de parquos. jar- dins, miradouros © outros lugares de aprazimento péblicos “142 Sobre a pro ticas do concelhos 10.° Sobre a instalugio 0 conservagio de aorddromos. Art. 47.2 No uso das atribuigdes referentes ao abas- tecimonto piblico, portonce is eimaras doliberar: 1.2 Sobre a eaptagio de Aguas potiveis, consirueto, consorvacso, limprza 0 desobstrugto do fontes, reserva tdrios, aquodatos © condutas; 2.'Sobro a eoustracto © conservacio do rddes do dis- tribuieko puiblien de Agua para consume domiciliario; 3. Sobre a venda de carnes verdes, podendo ostabe lecer o oxclusivo do seu fornecimento; anda das bolezas naturais 0 artis- 1645 4. Sobre 0 estabelecimonto, duragio, mudanga @ &u- prossio das feiras 0 mereados; 5.* Sobre 0 estabolecimonto e instalacko do mercados, abastoeodores do frutas ¢ produtos horticolas, dostinados A regularizagio do respective coméreiv por grosso, de colaboragto com ox compotontes organisinos corporativos on do coordenagio econdmica ¢ nos termos de logishactio especial 5 6.° Sobre o estubelecimento ¢ instalagio de centrais pastorizadoras on de centrais leitoiras pera tratamento, acondicionamento, distribuigio ¢ veuda do leite destinado ao consumo piblico direetn, ubservada a legislagio es- pecial. Art. 48,° No uso, das atribuigdes de cultura © assis- téncia, pertonce as éimaras deliberar: 1.” Sobro w construgio, conservacio, reparagio ou arrendamento de edificios éscolares, aquisigdo de mobi- lidrio e material didéetico © eringio de instituigdes do assisténcia escolar, nos termos das leis especiais; 2. Sobre o ausilio u concader a estabelocimentos par- ticulares do edneagio © instrugtio © a obras de formagio educativa de juventude existentes no concelho; 3. Sobro a conveniéneia da criagio de institutos se- cundarios municipais @ sua manutengio nos termos da lei; 4° Sobre a criagho ¢ conservagio de bibliotecas po- pulares, arquivos @ museus muniefpais .’ Sobre a pablicagio de documentos inéditos, que interossem & histéria do municipio, ¢ de anais ou bole- tins destinados & divalgagio dos factos notaveis da vida passada @ presente do concelho; * Sobre a instalagfo ¢ exploragio de teatros e cine- mas educativos ° Sobre a conistrugdo © administragio de gimnésios, piscinas @ campos de jogos Sobre a roalizagio de festas populares ou com- participagto nas que forem organizadas por outras en- fidades ; 9° Sobre a erecgio e conservagio de monumentos destinados ao embelezamento das povongdes ¢ A consa- gracio de pessoas ilustros on de acontecimentos momo- Faveis do concelho 10.° Sobre o ausilio para sustentagio dos expostos © ceriangas desvalidas ou abandonadas LL® Sobre o internamento dos alienados 0 hospitali- zag dos doentes do conestho; 12.8 Sobre assistncia aos mendigo: 13.° Sobro a fixagio do dia de ferindo anual no ¢on- celho, escolhido entro as datas das suas festas tradicio- nais 6 earactoristicas; 14." Sobro a escolha © modificagio do brasto de ar- mas, sélo 0 bandeira; 15. Sobre a situagio ccondmica das pessoas que pre- tondam obter a concessio da assistOncia judicidria. Art. 49.° No uso das atribnigdes respeitantes & salu- bridado péblica, pertence as camaras d 12 Sobre a proteccio da Agua potivel dostinada a0 consumo piiblico contra as causas do inquinagio e cons pureagio; . 2° Sobre o estabelocimento de redes do “osgotos adentro das povoagbes ; 82 Sobro a romogho, despejo e tratamento de lixos, detritos imundicies domésticas; 4° Sobro 0 estabelecimento © administracio de comi- térios na sode do coneclho, na eonformidade das lois © regulamentos sanitérios, @ sobre o auxilio a prestar is juntas do froguesia para estabolocimento dos paro- qui .° Sobre a defesy do ar atmosférieo contra os fumos, poeiras © guses toxicos quo o poluam nas povoagdes; 6° Sobro a divagagio de animais nocivos, especial” ‘mente cfis vedios, ¢ construgto do eanil municipal; 1646 7.* Sobre a extingdo dos ratos na eanalizagio pablien @ a destrutgdo do mosquitos nas rogides palnstres; 8.° Sobre a construgio @ conservagio de matudouros, frigoriticos © peixarias. ranicipais ; U2 Sobre a instala;to e manutengio de laboratérios, sunicipais; 10.° Sobre a construgio o conservagto de lavadouros; 11! Sobre a coustrugio @ administragio do estabele- cimentos de banhos piblicos o de aguas medicinais; 12. Sobre a iustauragto de obras de saneamento; 138 Sobre a construgio de casas econdmicas ; 14 Sobre a fisealizagio dos estabelecimentos insalu- bres, incémodos ¢ perigosos ou téxicos, nos termos da lei 15." Sobre fiscalizacio © melhoramento das condigdes higiénicas das «vilaso existentes nas eidades, piitios, sa gudes, serventias, escadas © seus vestibulos @ rosidén- cias dos porteiros ; 16." Sobre a colaboragio a prestar as autoridades sanitérias om tado o que lhes seja solicitado no inte- résso do coucelho, Art, 50.° No uso das atributgdes de pollcia, pertonce . as camaras doliberar: 1.° Sobre tudo o quo intoresso & soguranga © comod' dade do transite nas ruas, pragas, cais © mais lngares pblicos © nfo sea das atributgoes do outras autorida 0s; 2.° Sobro o estacionamento de vofculos nas rnas, pra- gas @ eas © condigdes om que devem prestar os” seus servicos a0 piiblico; 3.° Sobre a ilaminagio piblica nas povongdes © vias piblieas sujeitas & soa jurisdigho; 4° Sobre a donominagto das ruas © pragas das povoa- $0035; 5.6 Sobre a seguranga, olegtacia, salubridade © pre- vengto de incéadio das edifieacdes confinantes com ruas e lugares pablicos ; 1a SME A numerucio dos edifclos nas cidades © vi a5 1° Sobre a atonuagio on supressio dos raldos ineé- modos adentro das povoacoo: 8.° Sobro a orgaaizugio de servigos para provengio © extingko de incéndios ¢ sobre limpeza de fornos ¢ cha- minés subvengies a borabeiros voluntarios; 9.° Sobre o regime iatorno das fviras © moresdos; Sobre a fisealizagio de posos © medidus; 11? Sobre o descanso somanal, nos termos da leis 12° Sobro 0 estabelecimento © manutengio das ca deias municipais © comareis ; 13. Sobro a eringio © sustontagio de uma policia municipal © a instalagto de postos ou construgio de quartéis destinados ao servigo do policia urbana on ra- ral; 142 Sobro a apaseoatagio de gados nas propriodades particalares; 15.° Sobre instalagio o funcionamento de elevadores” de acesso aos andares dos prédios destinados & habita- gio por inguilinos 16." Sobre diseiplian dos cortojos fiinobres. enterra- mentos 8 exoreicio da actividade de agencias funerdrins. Art. BL? Para o desompenho das suas atribuigées, compete as eAmaras: L* Fazor, interproter © modificar os rogalamentos necessirios & bon orslom dos sorvigos o estaholecimentos musieipais © rovogé-los quando dispeasiveis; 2.° Fazor, intorprotar, modificar @ revogar posturas @ 05 regulamentos policiais permitidos ou impostos por Jei ow docreto 5, 32 Blaborar of tombo da sna proprivdade urbana © 0 cadastro da sna propriedade ristica; 42° Proceder a0 inventario dos baldios oxistentes no concvlho © & rrspectiva elassificngdo 1 SERIE — NOMERO 308 5.° Rogistar ox manifestos do jazigos minorais © nas- centes do aizuas minorais do coneethos 6.° Alienar uu afurar, nos termos da lei, 08 bablios divididos; 7# Adquirir bons mobiliétios e imobiliérios nocessi- ios para sorvico do municipio ou para cumprimento de feneargos que lhe sejum impostos por lei e alienar os que forom disponsiveis; 8. Conceder serviddes sobre os bens municipais, sem- pro com a natureza de prectrias; 9.° Conceder terreaos nos cemitérios manicipais para jazigos 0 sopulturas perpétuas; 10.° Aceitar herangas, legados @ doagdes feitos no mu- nicipio on a ostabelecimentos municipais, contanto que a acoitagio das herangas seja a beneficio de inventério; 11° Colebrar contratos de arrendamento, activa o pas- sivamente, @ do prestagio do sorvigos; 12.° Coatratar com emprésas individuais on colectivas furnecimentos necessarios ao fancionamento dos ser~ vigos © & exceugio das obras municipais; : 132° foctuar soguros em companliias nacionais ou, quando estas oo eubram o visco a segurar, em soci des estrangoiras autorizadas pelo Govérno a exorcer a indéstria em Portugal; 142 Instaurar_pleitos @ defender-se néles, podondo confessar, desistir ou transigir, se nio hoaver ofeusa de direitos de terceiro; 152 Mandar claborar o plano geral do urbanizagio & expansio da sede © do outras aglomeragdes populacio- ais onde esta necessidade se faga sentir o promover 0 lovantamento das plantas topogritficas respoctivas 16.° Exceutar obras pablicas por administragio di- recta, empreitada on concossio ; 11." Propor ao Govérno a expropringao por utilidado iblica dos iméveis necessrios & realizagio dos seus ins; 18.° Ordenar, precedendo vistoria, a demoligio total ou pareial ow bonoficiagto das construgdes que ameacem raina ou oferegam perigo para a saiido péblica; 19.° Ordenar 0 despajo. sumirio dos prédios euja ex- propriagio por atilidadg pablica tenha sido decretada ow euja demoligto tena s{do doliberada nos termos do ni- mero anterior, mas s6 quando na vistoria se verifique haver risco iminenta e irremediavel de dasmoronamento fon quo as obras se n&o podem realizar sem gravo pre- juizo para os ocupantes dos prédion; 20. Conceder licengas para edificagto, reedificagio ou quaisquer obras om ferronos confinantes com russ ow outros lugares piblicos sujeitos & jurisdi¢ao municipal ou paroquial, © aprovar os respectivds projectos, fixando, quando necessirio, o alichamento do acordo com o plano geral, dando a cota de nivel, @ cedeudo on adquirindo por venda, compra on troca, independentomento do hasta, piblieo, 08 terrenos necossarios ao alinhamonto; Concoiler licencas para habitagio dos odificios constnidos, reconstruidos on que tenhain softide grande modificagio, precodondo verificacto da habitabilidade por peritos em construsao o salubridade; 22.° Bmbargar quaisquer vbrax, construgdes ou odift- cagdes inicindas pelos particulares sem liconga, ou com Inobservancia das condicdes desta, dos regulamentos ou das posturas municipais; 23.° Conceiler licencas policiais ¢ fiscais, de harmonia com 0 disposto uas leis, regalamentos © posturas, 0 con- coder alvaris de licenga aos estabelecimentos insalubres, Inedmndos, perigosos ou tOxicos, nos termos da lei; 24.° Munteipalizar servigos; 25.° Arrendar as instalagdes de servigns municipali- zados eujn exploragio convenha concede; Conceder a exploragio do servigos resgatar a coneessto, quando o julgue conveniente, nos termos do 81 DE DEZEMBRO DE 1040 respective contrato, o qual tora sempre por baso am eaderao de encargos aprovudo pelo Govoraos 212 Extabelecer oxclusivos de furnecimontos ao pi- blico, quando o intorasse goral 0 xconsolho, em bene. ficio'do sorvigw municipalizado ou concalide, ou para adjudicar por titulo oneroso a um particular em concurso piiblicos 28.° Conceder a particulares o uproveitamento das ‘Aguas piblicas na soa administragao; 29° Conceder, nos tarmos da lei, o estabslocimento @ cxploracto de instalagdes eléctricas de intorésse pi Blico, dentro da area da sua jurisdigto; 30.* Conceder a exploracdo industrial de centrais pas- torizadoras © postus’de recepgio de vite, @ 0 exclusive de forascinwnto de leit para consumo péblieo: BL# Pair av Govérao a conerssio de siguas priblicas para aprovoitamento de enrgia hidréulieg, abastecimento das povoacdes, regas © melhioramentos agricolas; 82.2 Estabolecer taxas; 38.° Declarar preseritos a favor do concelho ou da freguesia os juzigos ¢ mausoleus dos cemitérios mu pais ou paroquiais eujos proprietirios nko sejam conho- eidos ou rosidam om parte incerta © nko exercam os sus direitos por espaco superior a dez anos nom se apresentem 4 reivindicd-los depois de citados por meio de éditos; 34° Lancar impostos, directos @ indirectos, © regula- mentar a sua cobranga; 85.° Contrair empréstimos, estabelecer a sua dotagzo © estipular as condigdes de amortizaclo; 86. Royueror a comparticipagao financcira do Estado para a realizagio de melboramentos urbauos e rurais, obras do Aguas © saneamentos 87.° Aprovar 0 orgamento ordinirio © os orgamentos suplemontares; 88.° Criar omprogos © partidos para médieos, vetari- nérios, parteiras, enfermuiras © agrénomos, e doti- remodeli-los o extingni-los, nos termos da lei; 39.° Nomear, contratur ou asealariar, promover, trans- ferir, louvar, punir, aposeutar o exonerar os funciona tios © assalariados municipais; 40.° Modificar © revogar 08 actos praticadgs pelos fancionarios @ assalariados munieipais; ¥ 41.° Subsidiar estabelecimentos 6 organizagies doassis- tencia, educacio ow instragio; 42.° Subsidiar as juntas do freguesia para a realize gio de methoramontos rurais © desempenlio das suas atribulgbes; 43.° “Associar-so com outras eamarns para a realizagio de interésses comuns dos respectivos concelhos o fazer agordos sobre estabelecimento do bareas de passagem nos rios que sirvain de limite entre o sou concelho 6 os vizinbos § 1° A vistoria a que’se refore 0 n.° 18.° déste artigo sera roalizada por trés peritos nomoados pela camara, sendo um o delegalo de sa‘ide, nos ensos em quo a ilo moligiio ou benoticiacio tenhia por motivo a salubridade pibliea, A delibvragio tomada pela eimara serd imodias tamente iatimada ao proprietirio do prédiae dela cabo apenas recurso eoniencloso por ineompeténeia, excesso de poder ou violagio de lei. $2.° O despojo sumério permitido pelo n° 19." s6 poderd sor ordonado depois do a ctmara entrar na posse do préiio expropriado ou destinado a demoligio, do- ‘vendo executar-se dentro do prazo de sessoata dias, salvo no aso de risco iminento ow perigo para a soguranga piblica; § 3.2 A compra, venda ou troca a quo se relere a parte final do n.° 20.° seri procedida de louvacio feita por trés lowvados, um nomeado pola camara, outro pelo proprictirio interussado © 0 terceiro pelo juiz de diveito da comarca, salvo quaodo por consonso dus partes 80 1647 entenda sor disponstvel por o valor do torrono nfo ex- cedor 5-003, § 4° As doliberagdes dofinitivas sobre obras de sa- neumento, abastecimenty 0 distribuigio de Aguas. esyotos, construct, amplincio e remodclagio do cemitérios © ou: tras do caréeter sanitério s6 podem ser tomadas prece dendo parecer favoravel do Consetho Superior de Higiene, que seri porlido sobro 0 respectivo projecto. § 5.° As doliberacdos definitivas sobre obras de cons- trugio de matadouros ¢ apetrechamento déstes +6 podem ser tomadas precedendo aprovagio dada ao respectivo Projecto pela Direecto Geral dos Servigos Pecuarios. Art, 52.° As deliberagies das edinaras municipais po- dom rovostir a forma do postura ou rogulamento polit sempre que contentam disposigdes preventivas de ea- réeter genérieo @ oxcengio permanente. § 1.° Nay 6 permitido as camaras fazer postaras sobre matérias estranhas as suas atribuigdes on ja reguladas por lei, deereto ou regulamento do Govérno, Os re-ula- ‘mentos policiais deverio contot-se dentro dos limites ioados pela Joi ou decreto quo os permitir ou impa- ser, no podendo cominar saugdes que nio sejam por estes estabelecidas. § 2.° As posturas podom cominar as seguint 1." Pristo até um més, aplicdvel por sonte compotento; Multa até 5005, acrescida de um tergo por cada roincidéncia; 8.* Aprecustio dos instrumentos da contravengio, mé- vois ou semoventes, os quais caucionario a rosponsabi- lidade civil » ponal'do contravontor. Art. 58.° Os regulamontos o posturas loeais serto afixadys om todas as freguesias do concelho nos lugares do estilo, comecando a vigorar na data por éles desi- goada, a qual nilo poderd ser inferior a oito dias, conta- dos da afixagio. Art, 54.° As disposigoes dos regulamentos o posturas Jocais que contrariarom as leis gorais da Nacio serio consideradas nulas © de nenbum efeito pelos tribunais, Art. 68.° Carecem de aprovacdo do eonselho munici- pal, para so tornarom execut6rias, as deliberagbes dus ponas: ca do jaiz Quo revistam a forma de postara ou regulamento J, excupiuados os respeitantes @ policia sanitiria @ 0 transito na via piblica; 2.° Quo onvolvaim alionagto do bens préprios do con- calho; 8.° Quo wijudiquem fornecimentos por prazo superior 4° Quo impliquem a roslizagio de obras publicas, quando 0 seu custo provavel seja:superior a 50 contos, 108 conevllios rurais de 2. 3.* ordem, a 100 eontos, nus coucelhos rarais de 1. ordem o urbunos do 2.* 0 3.4, ¢ 4 200 contos, nos concelhos urbunos de 1.* ordem; ° Quo munieipalizem servigos 6.° Que coneedim servicos piiblicos. ov obras pibliess do valor suporior a 50 contos, nos concelhos rarais de 2. eth ordom, a 100 contos, nos concalhos rurais do 1 ordom e urbanos de 2.* © 3.4, © a 200 contos, nos concothos urbanos de 1.* orden; 7° Que estabelogam exclusives do foraecimentos no piblicos 8.° Que digam respeito a ompréstimos; 9.° Quo impliquem a eriagio, dotagio, remodelagio © extingio de empregos municipals; 10.* Quo respritom & criagio ou adosto a uma fede- racito de municipios, ou A sua dissulugio @ ao destino a dar a0s Tespretivos hens § L® As posturas e regulamentos relativos a policia, sanitiria © aw trénsito na via piblica earocem de apro vaso do Governo, polos Ministérios do Iuterior e das Obras Pablicas © Comunicaydes, respectivamente. 1648 $2 As daliboragdos que respoitom a manicipelizacdo de servigos, concessio de exclusives por prazo superior & um ano 6 criagio do novos partidos médicos, depois do aprovadas pelo consellio municipal, earecem de apro- vagio do Govérno, polo Miaistério do Interior § 3." Ay doliberagdes sdbro instalagio de gerwloras de onergia eléetrica, sobre munivipaiizagdo ou concessio do servigo do nigiy de enurgia clécirien e aprova- ‘gio das respectivas tarifas carccem tinicaiento de apro~ vagin do Govérno, pelo sorvige que snperintender nos sorvigns eléetricos-navionais. § 4° As deliberagos sobre ompréstimos, depois de aprovadas pelo consellio manicipal, carecom do aprova~ giv do Governo, pelo Ministério das Finangas. § 5.2 A aprovagdo a que se roferom 08 pardgrafos anterioros sora podida pelo presidente da etmara aos Mi- nistérios respectivos, por intermédio do governador civ $6." Quanto 4 matéria dos §§ L.° @2.*, eonsiderat-se 4 aprovada a doliboragiy so, dentro do ‘prazo do_triata dias, contados da data‘da entrada do procasso, devida- mente organizado, no Ministério a que tenha sido soli- citada a aprovagto, nio fr publieada portarin conce. dondo-a ou negando-a. Art 56.° Além das atribuicdes referidas nos arti- g0s 44° © soguintos, portoncom js efmaras manicipais, atribuigdes deliberativas @ consultivas em todos 08 casos declarados nas leis, © bem assim atribuigdes consultivas ‘om todos os assuntos sobre que forem ouvidas pelo Go- Art, 57.° As atributgdos deliborativas das efmaras mu- nicipais so umas de exercicio facultativo © outras do oxoreleio obrigatorio. $ tinico. As cdmaras municipais no poderao instituir servigos ou roalizar obras © melhorameatos fxcultativos sem quo estejam criados ou dotados os servigos, obras © molhoramentos obrigatérios, salvo se & rospectiva do- liberagio tiver sido tomada por quatro quiatos dos ve- roadores, nos conealhos de Lisboa e Porto, on aprovada por trés quartos dos vogais do respectivo eonsolho ma- nicipal, nos restantes concolhos. Esta deliberagio deve ser comunicada ao Govérno ¢ s6 se tornard executéria se @sto, dentro do prazo do trinta dias, contados da data da comunicagio, nio Ihe opuser 0 seu vot Art. 58.° Os servicos das cimaras municipais, com oxcepeto das de Lisboa e Porto, podem ser divididos em pelouros geridos pelo presidente © polos verendores. §1° Quando haje divisio em pelouros, pertencerto soinpro & presidéncia os dos sorvigos de secretarin, te- souraria o policia. § 2° Compote aos voreadores, nos seas polouros, es- todar os problemas relativos aos respectivos sorvis Proparar a execugio das deliboragdes camararias que lhes disserem respeito, som prejaizo dos poderes do direc¢io, coordenagho e exeeugio do presidente da camara. § 3. A distribui¢go dos pelouros pelos vereadores sera foita polo presidente da cdmara na primeira relinito de cada ano. . sus-seogio ar cone wont Art, 59.° Nos coreethos urbanos de qualquer ordom incumbo is eimaras 0 exercicio obrigatorio das at bulgdos: © Dos n* 1.9, 3, tigo 46.°; © Dos n.** 1.°'9 2. do artigs 4 * Dos u.* 1%, 10.° @ 11.° do artigo 48.°5 4° Dos n.* 1.8, 2%, 8.%, 4.9, 62, 72, 83 0 14.° do artigo 49.°; Dos n.* 1 12.° do artigo 50.° § tinico. A atributgio do n.° 2.° do artigo 47." 6 do oxorcicio obrigatbrio apenas nos concelhos cujas sodes 2, 3°, 49,.5.°, 6%, 8, 10%, 1" 1 SERIE — NOMERO 303 sojam centros de grandes aglomerados populacionais on do zonas de turismo. ‘Art. 60." Nos coneolhos urbanos de 1.* e 2." ordem incumbe as camaras, além do exorcicio obrigatério das atribuighes enumeradas no artigo anterior, mais 0 dae seguintes: 1. Do n.t 4.° do artigo 48.°; 2 Don? 5.2 do artigo 49.95 Be Do n.*-7.° do artigo 50.° Art, 61° AS ficengas municipais para odifeagoes & reedifeagdes nas sodes dos coxcellios urbanos x6 podorio sor conceilidas mediante a prévia aprovagio do um pro- jecto claborado de hurmonia com o plano de urbaniza- Gio © expansio © subscrito por arquitecto, engenheiro Civil ou constrator civil devidamente habilitado. 1." As licengas a que éste artigo se refere podem ser. recusadas com o fandamento de as construcdes pro- jectadas prejudicarem a estética urbana. '§2° Sompre quo so trato de avenida como tal classi ficada no plano de urbanizagio © oxpausio, podem as cimaras condicionar a concossio das licencas pela obri- gacio imposta aos proprietirios de deixarem jardins fochados, entre u fronto dos prédios © o alinhamento. "Art. 62,° Compete as camaras dos concelhos urbanos ordenar a demoligio de pequenas casas abarracadas © uaisquer construgdes ligairas, dosde que estejam situa- Ue Teatro da rea da sede. ou do luger de turismo . seu projecto nfo tenha sido aprovado nom conce- dida a liconga municipal. Concaos rural Art. 63° Nos coneelhos rurais.de qualquer ordem incumbe As cimaras 0 exercicio obrigatério das atri- ‘buigdes L? Dos n.** 1. 4.° 0 12. r 1° do artigo 47 12, 10.° © 11. do artigo 48.°3 2) 4.2, 6.2, 7.2, 12:° 0 14.° do artigo 4 3. Dos u2* 1.%, 10.%, 11° 6 12.° do artigo 50. ‘Art, GL.* Nos concelhos rurais de 2.* ordem ineumbe as cdmaras, além do exercicio obrigatorio das atribuicoe: enumeradus no artigo anterior, mais o das seguintes 1! Do n.* 2.° do artigo 47." 2° Dos n.* B.° 0 10.? do artigo 49.°; 3 Do n° 5.° do artigo 50.° ‘Art. 65.° Nos coneelhos rurais de 1.* ordem ineumbe as eémaras, além do exercicio obrigatério das atribai- ‘ges enumeradas nos artigos anteriores, mais 0 das se- guintes: ‘Do n 4.° do artigo 48.°, na parte respeitanto a tocas populares; 2.° Do n° 3. do artigo 49.° 3 Do n.° 8° do artigo 50." lo artigo 46.9; Art. 68.° Nos anos em que deva proceder-se & cons- tituiglo do nova cémara municipal reinir-so- esta no dia 5 de Dezembro s6 para o efeito da verificagio dos podores dos sous vogeis © da eleigio do procurador 20 conselho provincial, continuando porém a antiga cé- mara, para tudo o mais, em oxerefeio de fungdes até 81 de Dezembro. 1° A conveeagto da retinitio sera feita pelo presi dente da cimara, dentro do prazo ¢ pela forma estabele- cidos no § 1.° do artigo 28.° (Os poderes dos vogais da cémara municipal sorto vorificados pelo presidente 0 aquela dir-so-é constitulda 81 DE DEZEMBRO DE 1940 © poderé doliberar desdo que esteja verificada a logiti- midade dos poderos da maioria dos vogais nos coucalhos de 1.20 2* ordem 0 de polo menos ui nos eoneelhos do 3.* ordem. Art. 67.° As cémaras munieipais dos concelhos de 1.* ordom reiinem ordindriamente uma vez por semana ‘eas dos concolhos do 2.* © 3." ordem uina vex por quin- zona. § nico. As cmaras municipais rednem extraordiai- riamente sempro que o prosideute as convocar por im- periosa necessidado de servigo pablico. Art. 68° Quando as efmaras nio retinam por falta do niimero, 03 presidentes deverio logo designar o dia para nova reiniie, anuseiando-o por aviso atixado a entrada dos pagos do eonectho. Art. 69.° O vico-prosidento dovord assistir # todus as roiinides da camara, tomando lugar & direita do presi dente, mas com voto consultivo sbmente. § nico. Quando 0 vico-presidente ostiver em exercicio as fangdes do prosidento compotir-Ihe-io todos os po- deres déste. ‘Att. 70.° Bm tudo o mais respeitante & constituigdo, retnides © doliberagdes das cimuras municipais obscr- it-40-4 © que vai disposto sObro constitulsio e funcio~ namento dos corpos administrativos. CAPITULO IV Do presidente da edmara Art. 712 © presidente da camara 0 0 vice-prosidente serio nomeados de entre os respectivos monicipes, do proferéncia vogais do conselho municipal, antigos verea- dores ou membros das comissdes administrativas muni- cipais ow diplomados com um curso superior. 'g 1° Nao podom ser nomeados os quo, nos termos, dos n* 1.2 6 10. a 18.° do artigo 18.%, no paderom sor eleitos vogais do conselho municipal. “g 2. Quando circunstancias excepcionais o justifiquem podera o Govérno nomeat o prosidento o o vieo- presidente da camara som sujeigho a qualquer das restrigies in cadas no corpo désto artigo © no parigrafo anterior. ‘Art. 72.2 O prosidente o o vice-presidente da etimara ‘so nomeados por oito anos, findos os quais poderdo ser reconduzidos por perfodos sucossivos do igaal duragio, © tomam posso perante o governador eivil do distrito, prestando o juramento © as declaragbos de fidelidade exigidas aos funcionirios pablicos, Art. 73.° O presidente da efimara pode ser domitido polo Govérno, livremente ou om conseqiéncia de pro- cosso disciplinar. ‘Att. 742 As Tangdes de presidente da cimara sio remuneradas nos concelhos de Lisboa e Porto 0 nos de 1. ordem. § 1.° Os presidentes das Camaras Municipais de Lisboa, ¢ Porto sio romanerados conforme a tabola anexa a tste Cédigo e os das efmaras dos concelhos de 1.* ordem se- gundo proposta da respectiva cimara, sencionada polo eonselho municipal dentro dos limites ostabelecidos na mesma tabela. § 2° Em matéria de vencimentos os ‘presidentes das eamaras ficam sujeitos ao regime dos fauciondrios admi- nistrativos. § 3. Os presidentes das cfmaray ntio remunerados ficam disponsados de diploma de fungBes pablicas o isen- tos de qnaisquor impostos, emolumentos ou taxas por factos rolativos ao exerefcio das suas fungdes. § 4.° Os prosidentos das edmaras que pereebam remu- netagio tim direito a aposontagio @ sto inscritos na Caixa Geral de Aposentagdes nas condigdes prescritas para os funciondrios que exergain eargos de comissiio do Estado. 1649 Art. 75.* As fangdes de presidente da‘eamara nos concelhos de Lisboa o Porto 0 nos do 1.* ordem sio in- compativeis com 0 exercicio de quaisquer outras fungdes piblicas remuneradas pelo Estado. § 1" Os funcionirios remuanerados pelo Estado que sejam nomeados prosidentes das e&maras muuicipais dos concelhos do Lisboa ¢ Porto ou dos eoncelhos do 1.* or- dem serio considerados om comiss#o extraordinaria de servigo piblico © com dircito a optar pelo seu ordenado ou pelo de presidente da camara, eompotindo porém a sta, om qualquer caso, 0 rospoctivo pagamento. §'2." Aos fonciondrios na situaglo « quo se Tofere 0 pardgrafo anterior sera contado 0 tempo do sorvigo que prostarem na presidéucla das eamaras, para todos os efeitos legais, como s0 fosse prestado nos quadros per- manontos a gue pertencorem. § 3° 0 Conselho do Ministros poderé permitir, om caso de intercsse piblico, a acumulagio dus fungdes de presidente da edmara com as de professor ou director do estabslecimento do onsino superior, médio, licen ow técnico, mas sem quo o exercicio déstos cargos dé dircito ‘8 qualquer romuneragio. § 4° Aok presidentes substitutos das Camaras do Lis- bot e Porto 0 vieo-prosidentes das demsis etmaras que exercam a presidéncia na vacatura da fungio on durante impedimonto do earéetor permanente do presidente efec- tivo sio aplicdveis as disposigoes désto artigo. Art. 76." O prosidento da ctmara orienta 6 coordena ‘a acgio municipal, suporintende na exccugio das delibo- ragbos da efmard ¢ 6 0 magistrado administrative do concelho. Att. 77° Na sua fungio de oriontar © coordenar a acgio municipal e de exccutar as doliberagdes da ca- mara, competo 20 prosidente: 1.” Convocar as reiinibes extraordinirias da edmara @ as sessbes ordindrias © extraordinirias do conselho aunicipal 2. Dirigir os trabalhos nas reinides da efimara e do ‘conselho municipal; 3.° Blaborar 0 relatério anual da goréncist camara para sor presente & sessio ordindria do conselbo muni- cipal; °’ Blaborar, de actrdo com a verenglo, 0 plano anual da actividade da cfimara ; .° Proparar as bases do orgamento ordinario, ela- bori-lo sObro as que tonham sido aprovadas pelo con- selho municipal © submett-lo, bom como os orgamentos suplomentaros,& aprovagto da efmara .° Autorizar o pagamento das despesas orgamen das, liquidadas do harmonia com as deliberagdes muni- cipais; 7.2 Submeter a julgamento as contas de geréucia ; 8 Dirigir © superintender nos servigos municipais no respectivo pessoal ; 9.° Inspeccionar os servigos municipalizados ; '10.* Conceder as licengas policiais da competéneia da camara, salvo recurso das snas docisdes para a propria cfimara} 1L.* Representar a c&mara em juizo ou fora déle, pre- codendo, no primeiro caso, deliberacio municipal sobre © ploito, © escolher os advogados quo forem necessi- ios 5 18.° Execatar 0 fazer exeeutar as deliberagdes da c@- mara, expedindo os diplomas ¢ alvaris necessirios passando atestados; 13° Publicar as’ posturas, regulamentos @ avisos, © vigiat a sua oxeengto ; 14° Assinar a correspondéneia expodida pela camara com destino quaisquer autoridades, corpos adminis- trativos © repartigdes piblicas ; 16.° Participar ao tribunal do trabalho competente acidentes de que forem vitimas os assalariados manici- 1650 pais, intorvir na conciliagio e seguir os mais termios do processo, quando nfo tenha havido transferéncia da res- ponsabilidade do municipio por meio de seguro, inde- pendontemento do deliberacdo municipal, © com a fueul- dade do constituir advogado. § L* As cémaras poderdo autorizar geutricamente os sells présidentes a reprosentar o municipio em todos os pleitos que contra dle forem propostos @ a constituir advogedo; om qualquer caso, as deliberagdes sobre a in- terveugio em juizo autorizain a reprosentagio em L.* ins. Hincia © nos tribunais de recurso, até julgamento defni- -tivo da questio. § 22 0 presidente da camara pode delegar no chefe da secretaria « assinatura da correspondéncia de mero expediente. Art, 78.° O presidente da camara pode praticar quais- quer actos da competéncia desta, sempre quo o exijam cireunstincias excepcionais e nfo soja possivel reini-la extraordinariamente, ficando porém 0s actos praticados sujeitos a subseqiiente ratificagio da eamara. ‘Art. 79.2 Como magistrado administrative, compete 20 presidente da camara: . 12 Informar 0 governador civil; com diligtacia e exactidio, sdbre todos os assuntos de interésse piiblico que 589 Magistrado dova conhecer; 22 Executar e fazer executar no concelho as leis € rogulamentos administrativos; .° Responder a inquéritos econdmicos ou adminis- trativos de cardeter oficial, colaborar na sua re ¢ ausiliar o desempenbo dos servigos de estatistic: 42 Tomar conta do eumprimento dos legados pios ou de assisténcia ou destinados a aplieagdes pias ou de uti- lidade piblica, nos termos da respectiva legislagio; 5.° Exereer, em relagko as pessoas colectivas de uti- lidado publica’ administrativa, as fungdes do inspeccio que lhe forem conBadas pelo governador civil ; 6° Dosignar 0 segundo ou torceiro domingo do més de Oatubro para a eleicio das juntas de freguesia do cconcelho ; 7° Convoear a rotinido eonstitutiva do conselho mu- nicipal, da cimara municipal ¢ das juntas de freguesia ; 8. Declarar a exclusio do Ingar ou perda do man- dato dos vereadores € dos vogais do consellio-municipal ¢ das juntas do freguesia; 9.° Inspeccionar a admivistrsgio paroguial ; 10.° Pussar 06 atostados de bom comportamento moral ¢ eivil que Ihe sejam requeridos e lavrar termos de iidentidade, idonoidaile ou justiticagio administrativa ‘Art, 80. O presidente da cimara, salvo 0 disposto nos $§ 1." © 2.°, 6 também antoridade policial e compo- tothe: 1." Tomar as providéncias necessdrias para que se cumpram as leis ¢ regulamentos de policia geral, distri- tale municipal, urbana ¢ raral, zelando pele manutengio da ordom ¢ trangtilidade pabiies ¢ protegendo a liber- dade, propriedade © soguranga dus habitantes do conce. Thos 2.° Impedir 0 reprimir quaisquer actos contrarios A ordom. 4 moral ¢ & decéneia pablica; 3.° Prostar As antoridades sanitarias todo 0 auxilio que Ihe for solicitado o exercer as atribuigdes quo sobre policia sanitéria Ihe sejam conferidas nas leis ¢ regula- mentos; 4.° Exercer a policia sobre os estrangeiros, nos ter- nos das leis © rogulamentos; ‘5° Exercer a policia dos especticulos, nos termos das lois e ragalamentos .° Vigiar os mendigos, vadios, vagabundos, misicos ambulantes e menores em'perigo moral, propondo supo- Fiormente as medidas que jalger necessérias © conve- nientes; 1 SERIE — NOMERO 303 Risculizar as casas piblicas do jogo, hospodarias, estulagens, cat's, botequins © scmelhantos Bxereer a policia sobre’ as retinides puiblicas e so- Jenidades religivsus, nos termos da lei; Exereer a policia relativa as prostitutas ; 10.° Colaborar, no que Ihe for requerido ow por sua iniciativa, com a’ policia de vigilineia e defesa-do Es- tado: 1L° Exorcer, por si ou scus agentes, as atribulgdes da policia judiciéria relutiva & invostigagio dos crimes piiblicos @ 4 captura dos criminosos, svn prejuizo da compettncin dus tribunais ordindrios ¢ de outras autori- dades da mesina policin; 12.° Conceder licencws de uso © porte de arma de eaga © quaisquer outras licengas policiais que nfo sejam da competéacia de outra autoridade; 13.° Registar @ Ssealizur a lavra’das pedreires esis- tentes no concelho; 142 Executar 03 despejos sumirios deliborados pela mara municipal ; 182 Exoreer as atribui confiadas pelo govercadur fOncia déste. § 1° A compotsacia confurida por éste artigo ao pro- sideote da camara pertenee: L® Noy concelhos que forem sede dv distrito, 20 comandante distrital da polieia de soguranga publica; 2.° Nos concelhos om quo haja scecio de policia do seguranga publica, ao respective comandante, $2. A concessio do licengas para uso ¢ porte de arma de dofesa pertence em toda a area dos distritos 0s comandames de policia de seguranca pablica. Art. 41.2 O presidente da cimara pode, quando gue couveniente, delegar no viee-presidonte 0 exercicio permanente de todos ou do parte dos poderes que lhe competem como magistrado administrativo © autoridade policial do coneetho: Art, 82.* Os prasidentes © os vice presidentes das o maras, bem como os comandantes distritais e de secc! da policia de reguranea publica gozam da garantia adwi nistrativa ¢ stio isentos de impusto do prestacio do tra- balio e de qualquer outro servic pessoal devido no concelho onde residam. Art, 83.° As decisdes do presidente da camara podem ser por Glo ratificadas, revogadas, reformadas ou con- vertilas, quando da ratifieagio, revogacio, reforma ou conversio nao resulto ofensa de lei, regulamento ou con- trato, nos termos seguiote 1." So niio forem constitutivas de direitos, em todos 08 casas © a todo o tempo; 2° Se forem constitutivas de direitos, apenas quando ilegais © dentro do prazo fixado na lei para 0 recurso eontencioso ou até A interposigio deste. § 1.° Das decisdes do presidente da efmara, quando tomadus em execugio do deliberagées municipais, pode Tecorrer-se para a cimara, som prejuizo do recurso con- toncioso contra a deliberagio exeentada e no prazo fixado na lei para interposigio dele. § 2° Das docisdes definitives © executdrias do presi- dento da cimara, quando tomadas no oxorcicio da sua competéacia de magistrado administrative @ superior aatoridade municipal, s6 podo interpor-se recurso con- tencioso © com fundamento em incompeténcia, excesso de pouer ou violagio do lei, regulamoato ou contrato administrativo. § 3.° Das decisdos do presidente da eimara, conta autoridade policial, ¢ bem assim das decisdes das auto- Tidades moncionadas no § 1.° do artigo 80.°, quando tomadas por delegacio do govornador civil, eabe recurso hierdrquico para este magistrado, do euja decisko s0 poderd recorrer contenciosamente, O prazo do recurso hieriirquica 6 de vinte dias. '$ policiais quo The sojum em matéria da compe- 81 DE DEZEMBRO DE 1940 §.4.° O disposto nos parigrafos anteriores aplica-se as decisdes do vico-prosidente da cimara nos easos em que exorga competéncia policial ou de magistrado adminis- trativo por delegagio do presidente. CAPITULO Vv d Dos concethos de Lishos! e Pérto seegXo 1 Camara municipal svp-asogio « conpesetos tate Art. 84° As edmaras imunicipais dos coneclhos de Lisboa © Porto sio compostas por um presidente, no- meado polo Govérno, e dozo vereadores eleitos § 1.° O presidente tem substituto igualmente nomeado pelo Govérno, de entre a voreagto on fora dela. $22 As Cdmaras Municipais de Lisboa ¢ Porto ¢on- servam 0 tratamento «lo exceléngia quo Thes foi eonferido respectivamente por alvara de 29 de Janeiro de 1739 6 sdoereto do 11 de Agosto de 1843. ‘Art. 85.° Os veroadores das efimaras municipais dos concelhos de Lisboa © Porto sio eleitos de quatro em quatro anos. § Ginieo. A clei¢io realizar-se-4 no odifieio da eamara municipal, no fltimo domingo do més de Novembro, excepto se for conseqiéncia do dissolucio, pois nosso caso devori efeetuar-se no dia fixado polo respective deereto. ‘Art. 86.° Sio eleitores das voreagdes municipais de Lisboa © Porto as juntas de froguesia © os orgunisinos ‘eorporativos com sede nos fespectivos conculho: 2 As juntas de freguesia a quo @sto artigo so re- fero silo as quo tiverem sido eleitas para o quadriénio em que hi-de servir a voroagio do cuja eloicio se tratar, mus so a eleigio for conseqiiGneia de dissolugto as juntas referidas sio as quo ostiverem om exereicio de fungdes. no concelho existirem organizagies corpora- as da mosma actividade ou intortsse com catogorias © graus diferentes, s6 os organismos pi mirios intervirdo na eleigio. . Art, 87.2 As juntas de froguesia eos organismos cor- porativos seriv representados no acto eleitoral pelos presidentes, dircctores, roitores ow provedores, ow por queim legalmente 08 substitua, devendo porém om qual- quer exs0 ser comuaicados ao governador civil, até dez dias antes da eleigio © por oficio devislamente autoati- eado, os nomes dos representantes. ‘Art. 88.° A convocacio dos eleitores seré feita pelo governador civil do distrito com cinco dias de antece- deacia pelo menos, por meio de edital afixado nos Io- gares do estilo © publieado em dois jornais de grande circulnedo @ de avisos enviados pelo correio, sob registo. § nico. No edital e avisos convocatérios 0 governa- dor civil indicari a hora a que deve realizar-se a eléicio. Art. 89." No dia © hora fixados para a eleigio, 0 go- vernador eivil do distrito comparecera no edificio da edmara municipal e escolherd, de entre os eleitores pre- sentes, dois seeretirios para com éle colaborarem na verificagio dos podores © identidade dos roprosentantes das juntas de freguesin @ organismos corporativos. §°L? A verifieagio dos poderes © da identidade dos representuntos far-se-i pelos oficios a que se refere 0 artigo 87.°, quo serio préviamento informados na secre taria do govérno civil quanto & oxactiddo das suas in- dicagbes, © pola apresentagio dos respectives bilhctes de identidade. 1651 § 2° Contra as decisdes tomadas polo governador civil podem os interessados, ou qualquer eleitor, apre- sentar, no proprio acto da verificagao, reclemagio verbal, ©, quando esta no seja atendida, poderio apresentar protesto escrito. § 3 Verificada a prosenca da maioria dos represen tantos © roconbecidas a sua identidade e a legalidade dos poderes, constituir-se-a a mesa, qno sera presidida pelo ropresentante que 0 governador civil designar e por dois seeretérios, escolhidos polo prosidente também de entro os roprosentantes. § 4° Quando o aiimero do oleitores prosontes nio corresponier & maioria das juntas de freguesia ¢ orga- nismos corporativos com direito do voto, a eleigio reali- zar-se-d om novo dia, que o governador civil fixaré © que nfo poderd ir além dos tres dias soguintes. § 9. A nova convocagio sord feita pelo governador civil com vinte © quatro horas de antecodéneia, polo mono, ¢ pela forma estabelocidn no artigo 88.° $16. Se depois da seganda convocacio ainda no com- parecer nfimero do eleitores correspondonte & maior nko 80 realizar& a eleigio @ 0 governador civil dark conhecimento do facto uo Mivistro do Interior, para 0 efeito de ser decretado o regime de tutela. ‘Art. 90.° Coustituida a mesa, 0 governasdor civil ontre- gard ao presilente a relagio dos eleitores, com indieagto dos presentes, © bem assim todos os documentos que tenbam servido para a verifieagto dos poderes © quai quer protestos aprasontados no acto da verifiexgao. Art. YL® A eleigio far-se-4 om lista completa ¢ por escrutinio secrcto, § 1.” A lista ser composta do dozo nomes para vorca- dores.efectivos e ontros tantos para vereadores subs- titatos $ 2° As listas concorrontes soriio apresentadas a0 governador civil do distrito até cinco dias antes da clei- (Mo © subscritas por cinco clcitores, pelo menos. $8. Os funcionérios pablicos, civis ou militares, nao poderto ser incluidos nas listas som prévin autorizagio do Governo, polo Ministro respectivo, 0 os sous nomes nfo poderio sor votados sem quo, perante a mess, se faga prova documontal de que foi coucedida essa autori- zagio. Art, 92." Antes da votagho o presidente eomunicaré & assemblea 0 mimero de listas cm presenya 0 of nomes dos respectivos candidatos. Art. 93.° Os boletins do voto devem corresponder as listas em sufrégio, terfo a forma rectangular, com as dimonsdes de 0",18><0",20, © podem ser dactilograla- dos, litogeafados ou impressos em papal liso, braneo, ako transparente, sem marca ou sinal exterior. § L® Os eleitores podorio risear nomes dos boletins do voto, mas nunen substitul los por outros. § 2.°'Os nomes oforecidos em substituiezo ou aditados aos constantes do holetim de voto ter se40 como nio Art. 94.° 6 apuramento far-se & pelo némero de votos obtido por cada lista, tondo-se como voucedora a que obtiver mais votaglo 6 como verendorrs oleitos os que ela figurarem © obtiverem, pelo menos, am décimo da votagio total atribuida a essa lista. § Unico. Quando algom ou alguns dos candidatos veroadores efectivos, pertencentes A lista vencedora, no obtiverom a poreentagom a quo so refero dsto artigo, considerar-se-2 ebmo efectivos os substitutes eleitos, pertencentes & mosina lista, que tenham tide maior vota- Gio, o, em igualdade do votos, os que nela figurarem em primeiro Ingar. Art. 95.° Do quo ocorrer na elci¢fo so lavraré ueta quo traduza fiolmento todas as oporagdos realizedas @ actos praticados, senlo o origins! entrozws em mo a0 presidente da cémara, © uma copia, acompanhada dos 1652 1 SERIE — NOMERO 303 documentos reforidos uo artigo 90.%, remotida so yo.” vernador eivil do distrito, __ Att. 96. Do acto cleitoral poder qualquer das jun- ‘as, do freguesia ou organismos corporativos eleitores recorrer para v auditor adiniuistrativo nas quarenta e ito horas imediatas, devendo este magistrade proferir sontenga nos cinco dias seguintes. § 1." A cleigio 96 podcra ser julgada nula se se veri ficare n proterigio de formalidades ou preceitos leguis quo possam influir no resultado goral da votasio. '§ 2 Da sentenga do auditor n20 cabe recurso. Art. 97.9 (transitério). Além dos sindicatos nacionais @ dos grémios, ou, quando nfo se verifique a hip6tose revista no § 2° do artigo 86.°, as respectivas unides @ federagdes, consideram-se organismos corporativos para, © efeito declarado no mesmo artigo, ainda que nio este jam organizadas corporativaments as associagdes ou organizagbes ocondmicas, morais @ culturais com sedo em Lisboa © Porto que constarem da lista que 0 Go- véruo, pelo Ministério do Intorior, publicard no Didréo do Goveruo até quinze dins untos do acto eleitoral. § iinico. Na desigaagto dos organismos ceondmicos & ‘quo Gsto artigo so refere ter-so-A apenas em vista asse- gurar a representacto dos intorésses @ actividades ainda nko organizados corporativamonte. non-exeoto 1 ‘etoiges, compete Art. 08° As cimaras municipais dos concolhos do Lisboa e Porto nao podorio instituir novos servigos de assist6acin. ‘Art. 99.° Nos concelhos de Lisboa ¢ Porto dependent de doliberacdo tomada em rotnito da eamara: 18 A aprovagio do posturas ou regulamontos poli- 22 A agu 8. A accitagio de herangas, doagdes ou logados: 4° A adjudicagio do fornecimentos por prazo supe- vior a um anos 5 A contissio, dosisténcia ou transacgo judicial nos processos pendentes om quo o munietpio seja partes 62 A aprovagio do plino de urbanizagdo o expansio; 7. A realizagio do obras piblieas eujo valor exeeda :000 eontos; 8.0 pedido go Govémo aa declaragio da ui piblica e urgéncia das expropriagbes; 9.° A monicipalizacdo do servigo 10.° A concessio do exclusivos; 11° A coucessko do servigos piblicos ou de obras, péblicas do valor superior a 5:000 contos; 12° 0 lancamento de novos impostos ou taxas ou © aumento dos existentes; 13." A roalizagio do ompréstimoss 14° A aprovagio dos orgamentos ordinirio © suple- montares; 15. A" opganizagto interna: doe sorvigos snancipas, iinieo. Nas posturas e regulamentos policiais poderé sel cominada a pone do multa at6 2.0005, “Art. 100.° Carecom da aprovagdo do Govérno, para se tornarem execatorias, a8 deliberagbos: 1.2 Que revistam a forma de postura ou rogulamento rolativos 2 policia savitéria on ao transite na via pi- blicas 2° Quo impliquem a realizago de obras piblicas cojo valor excoda 3:000 contos; '3.° Quo concedam servicos piblicos ou obras péblicas de valor superior @ 5:000 contos: 4.° Quo municipalizem servigo 5. Que ostabeluga exclusivos de fornecimento ao pi- lado 6.° Que respeitem a instalagio de geradoras de ener gia olbetrica; 7. Que digam respeito a ompréstimos; 8° Que visom a organizagio interna dos sorvigos mu- picipais § 1° A aprovacio soré pedida pelo presidente da eé- mara ap Ministro do Interior nos casos dos n.° 1.’, 1.* parte, 4.%, 5.° 0 8.%, ao Ministro das Obras Publics @ Comunicagdes nod easos dos n.* 1.°, 2.* parte, 2°, 32, a0 Ministro das Finangas no caso do n.® 7.°'0 a0 Miuistro que superintonder nos servicos eléctricos na- cionais, no caso do n.° 6.° $2 So dentro do prazy de trinta dias, contados da data da entrada no Ministério competente do processo dovidamente organizado, nfo fér publicada portaria con- eedendo ou negando a aprovagio pedida, considorar- 4 aprovada a doliboragio quanto h 'matéria dos, no 1.9), 3° 042 § 8° A aprovagio tutelar pode ser concedida ou ne- geda no todo ou em parte © sob condigko suspeusiva ou Tesolutiva. Art, 101° As Camaras Municipais de Lisboa e Porto tom oma reinido ordinaria om cada més e as extraor- dindrias quo forem convocadas pelo presidente. Nas roiinidos ordindrias podem diseutit todos os actos pra: ticados polo presidente no exercicio da sua competéici © 08 votos qno dessa diseussio resultem serdo subme dos a apreciagio do Ministro do Interior. $ imico. Quando um vorvador porturbe repetidamente © funcionamonto das reiinides, revelando falta de espi- Tito do colaboragiio, ¢ tenha sido ebamado & ordem mais, de trds vezes pelo’ presidente, poderd a camara apli- ear-Ihe a pena do porda do mandato. sogko Presidente da climara 0 servigos muni Art, 102.° Os presidentes das Camaras de Lisboa Porto docidom, por despacho, todos os negécios da com- potéacia des camaras municipais, salvo os indicados no artigo 99.° § 1. O rolatério © o plano anuais da geréncia mui- cipal sorko prosontes & camara. §.2.° Na elaboragio do orgamento o presidente da ara si deve obedibneia as disposicdes logais © as ins- trugdes do Governo. Art, 103.” Os servigos municipais de Lisboa o Porto distribuom-se por direcgdes do sorvigos, quo podem com- preender reparticdes 0 seogtos. Art, 104.° Na preparagio das suas decistes o na exe- eugio de todos os actos de gerdncia municipal o presi- dont da camara nos concelhos de Lisboa e Porto seri coudjuvado polos drectores de servos. $ inico. Cada director de servigos teré a sou cargo ama direecto de servigo: ‘Art. 105.’ Compote aos directores de servigos: 1.° Dirigir todos os servigos comproondidos na res- peetiva direegio e suporintonder nos actos néles prati- cados € no pessoal a éles afecto; 2° Submoter a despacho do’ presidente da camars, devidamento instraidos © informados, os assuntos que dependam de soa resolugio; .° Roceber @ fazer distribuir pelos servigos da direc. gio a correspondéncia a éles roferente; 4.° Propor ao prosidente tudo 0 que seja do intorésse do muniefpio o dos servicos a sen cargo; 8.° Colaborar na olaboracio das hases do orgamento ‘municipal, do plano anual de actividade e no relatério de cia; 6.° Estadar os problemas do que sojam oncarregados pelo presidente e propor as solugdes adequadas; 31 DE DEZEMBRO DE 1945 2 Promover a execugio das ordens © decisdes do presidente o dag deliberacies da edmara nas matérias que Interessem a respectiva dircegio de sorvigoss 8." Corresponiler-se dirvetamente, em assuntos da sua coupetéucia v por delegacio do presidente, eum autori- dades 0 reparticovs publicas; 9. Assistir is retinides da cimara para prestarem, todas as informagdes e esclarecimentos que Ihes forem padidos por intermédio do presidente. $1. O presidente da camara poderé dolegar perma nentemente nos «irectores do servigos a competéncia para © despacho de negécios correntes das respectivas direc- des, © admissio, disciplina e despedimento do pessoal assalariado. $2." Nos casos de breve auséncia da sede do covee- Iho, em servigo, poder’ o presidente delogar 0 despacho de todos os negécios da sia eompeténeia no director do servigos que designar. Art. 106." O presidente da cimara nos concelhos do Lisboa e Porto nio & magistrado alministrative, com- petindo-Ihe porém as obrigughos consignadas nos n.* 1." 3. © 3° 9 na 1.* parte do n.° 8." do artigo 79.° Art. 107." Bin tudo 0 que’ nio esti especialmente pre vista para os concelhos do Lisboa e Porto observar-se- © disposto para os coneelhos urbanos. sxogio mt Aamiisr ages dos aires Art. 108.° Nos coneelhos de Lisboa e Porto havert on cada baivro um magistrado administrativo-com a designagdo de administrador do bairro. § tinieo. Os administeadoros do bairro sto substituidos nas suas faltas e impedimentus, pelos secretirios das res: pectivas admiaistragdes ; ‘Art. 109° Competem aos administradores do bairro, sob a imediata direegio 0 inspecgio do governador civil do distrito: a 1? Os poderes © doveres enumerados no artigo 79. com excepto dos constantes dos n.*" 6.° 0 7.°, quo per teacem a0 goveruailor civil, © dos do n.° 8.%, que ineum- em ao presidente da camara, quanto aos vereador © no governador civil, quanto aos conselhos monicipais © juntas do freguesia, 2.* As atributcdes policiais que por lei Ihes forem con- Teridas ¢ a concessfo de licengas do uso o porte de arma de eaga; : .° Ox actos de inspeecio administrativa uo funciona- mento das juntas de freguosia quo Ihes forem incumbidos pelo governador civil; : 4-0 julgamento, com recurso para o auditor admi- istrative, dos despejos sumérios dos individuos que oas casas de béspedes nfo paguom os respectivos alugudis ‘ou, pelo seu porte, so tornem:importunos oa incémodos, f@ bem assiuy dos que abusivamente vstejam a morar emt asa alliia sem contrato de arrendamento ou subarren- damento ainda quo verbal; a 5.* A execucho das decisdes sobre despejos sumérios tomadus pelos presidentos das Camaras de Lisboa o Porto, no exereicio da respectiva eorapettacia: capiTELo VI ‘Dos érgios muntoipais consultivos seegho 1 0 Bes gerals © Sao Orgios consultivos da administracio 1° A comissio municipal do higiene; 1658 ‘municipal de arte arqueologia; ‘A comissio venatdria concelhia; A comissto manicipal de turismo; Os grémios o sindicatos nacionais © quaisquer ou- ros organismos corporativos do concelho; 6° Outras comissdes ou conselhos, permanentes ou transitérios, exiados por deliberagio da camara @ com a composigio por esta determinada, para fins relativos ao exercicio das atribuigdes municipais. $"inico. As comissdes on conselhos consultivos insti- tuidos pela etmara serio sempre presidides por um ve- reador nomeado pelo presidente, salvo om Lisboa e no Porto, onde a presidéncia poder ser confiada a um direc- tor do servigos. skogko m Comissto municipal de higiene Art, 111° Em cada concelho funciona uma comissto do higiene, eonstitulda por um vereador que seré o pre- sidente, pelo inspector ou delegado de sutde, polo vete- rindrio’e pelo engenheiro municipal, onde os houver, ou, hayondo mais do um, por uquele que o pro edmara designar, ¢ por um vogal do conselho por este, § nico. Nos coucelhos do Lisboa e Porto a comissio cipal do higiene 6 constituida por um vereador e um engenheiro municipal, ambos desiguados pelo presidente da cimatu, pelo inspector de sadde, polo engenticiro chefe da cireuuserigio industrial o polo intendente de peouiria, ou polos representantes déstes fincionsrios. Art, 112.° Compete & comissio munieipal do higiene: 1.” Dar parecer sobre todos os projectos do posturas © regulamentos sanitirios, os quais nao poderio ser apro- vados sem 9 sea voto favorivel; 2.° Dar parecer sdbre todas as questies do salubridado piiblica a rospeito das quais soja consultada pela camara ou pelo seu presidente; 8.° Sugerir & camara, ou ao seu presidente, todas as medidas que eiitenda oportunas e convenientes ao per- feito exercicio das respectivas atribuighes sanitarias 4° Coadjuver 0 presidente da efmara na execugio das deliberacies on decistics tomadas om matéria sank tiria, quando Iho sejx determinado. § tinico. Se % comisstio der parecer desfavoravel & aprovagao de um projecto de regulamento ou postura sunitiria, 0 presidente da eimara, 0 delezado do suide 6 0 veterinirio municipal poderto reeorrer para o Con- selho Superior de Higiene ow para a Junta Sunitéria de Aguas, eonforme os casos. skogio um Comissto municipal de arte arqueatogia Art, 113. Nos concellos om que existam monumontos naturais, artisticos, hist6ricos ou arqueolégieos a con- servar, defender ou valorizar funcionara uma eomissio municipal de arte © arqueologia, composta por um ve- reador designado pelo presidente da camara, quo sori 0 presidente, pelo director do museu da sede do coneelho, onde 0 houver, pur um professor affeial de ensino pri mirio, téenico on liceal nomeado pelo Ministro da Edu. cago’ Nacional, por um representanto das associagdes culturais ov grapos de amigos dos monumentos ou mu. sous do concelho @ por um sacerdote indicado pelo res. pectivo prelado diocesano, $ 1° Nos concelhos urbanos & obrigatéria a cousti- twigho de comissdes de arto © arquedlogis, quo serio presididas por um vereador designado pelo’ presidente. § 2.° Nos coucelhos do Lisboa o Porto as comissdes que éste artigo sn refare serdo constituldas por um vereador ou director de servigos, quo seri o presidente, 1654 6 por seis pessoas peritas, nomeadas pelo presidente da camara, Art. 114.° Compote A comissio municipal de arte © arqueologia: 1 Dar parecor sobre a parte do plano do urbanizagio © expanse relativa & consorragao 0 valorizagio dos mo- mumentos artisticos, hist6ricos, vatarais e arquoolégicus; 2° Dar parecer Sobre quaisquer projectos de constr: gio, reintogracio on valorizugio de monumentos, a res- peito dos quais soja consultada pola efmara ou pelo sea presidente; B. Sugorir as efimaras tudo 0 que entender conve- niente ao embelezuinento das povongdes. a preservacto, dofesa e aprovoitamento dos monumentus @ da paissgom © ay desenvolvimento do turismo; 4.° Colaborar com os drgios da administracto central na defosa dos intorésses srtisticos, progresso da cultura @ educacfo do gosto popular, exereendo as atribuigdes que & lei Ihe conferir. srogko 1 Comissao venatéria concthia Art. 115.° A comissio venatéria concelhia competo dar parecor sdbro todos os assuntos da administragio municipal quo possam rolacionar-so com 0 exercicio, e policia da caga 0 a respeito dos quais sqja eonsultada pelo presidente da camara. seegho v Grémias 0 sindicatos nacie Art. 116.° Os grémios, 08 sindieatos nacionais o as seegdes déstos ¢ quaisquer outros orzanismos corpora- tivus do coneclho sto obrigados a dur o sea parceer sobre todos os assuntos da administracio municipal que tenham relagio com os interésses ccondmicos @ profis- sionais por éles representados © a respeito dos quais sejam consultados polos presidentes das cimaras muni- cipais dos concelhos em que tenham sede. capiTuLo VII Das zonas do turismo secgio 1 Disposigies Art. 117.° Nos coneelhos em que oxistam praias, és- ttacias Lidroldgicas ou climaitiens, de altitude, de pouso ou de reereio, ou monumentos @ lugares do no- meada poderio ser criadas zonas do turismo. $ 12'A eriagho do zonas do turismo dependeri de requerimento da respectiva camara, precedendo delibe- Faplo aprovada ye eonsdlho muoicips ou do provosta do Secrotariado da Propaganda Nacioual, 6 efectuar-s0-4 por meio de decroto roferendado pelos Ministros do In- {erior © das Finangas, ouvido, no primeiro caso, 0 refo- ido Secretariado. § 2° 0 decroto a que so refore © pardgrafo anterior dolimitara a sroa que dove constituir a zona do turismo o fixard a rospectiva sede. ‘Art. 118. As zonas de turismo caja sede coincida com a sede do concelho serio directamento administradas pelas respectivas camaras municipais @ as restantes por Juntas de turismo. ‘Art. 119° As cimaras municipais © as juntas de tu- rismo submeterio 4 aprovagio do Secretariado da Pro- paganda Nacional até 30 de Novembro de cada ano, 0 Pano anual da sua actividade turistica § 1° Os planos das juntas de turismo sero remeti- os por intermédio do prosidente da cfmara © acompa- ihados de informagio deste. § 2° Quando o Seeretariado du Propaganda Nacional no se prouuucie até 15 de Dezembro seguinte, sobre 1 SERIE — NUMERO i3 2 plano apresgitado dentvo do praao fisado nest arti jo. considerar-se-i o plano aprova Art, 120." As despesas resp das atribuigdes proprias dos drgios gestores das zonas de turismo, agindo como tais, 80 pura todos os efeitos consideradas despesay de turismo. Art. I2L® As reecitas especiais das zonas de turismo ficam consignadas as respectivas despesas, dovendo umas @ outras ser anualmonte avaliadas pelts e@mmaras ou juntas do turisino, confurme os cases, em oreamento separado, que sera ancxado xo orgamento municipal. § nico. O Seeretariado da Propaganda Naciowal tem mpeténcia para transmitir instruchos sdbre a organi- zagiv dos orcamentos dais zonas de turismo. ntos_ no desempenho seogko Zones de turismo adminstradas peas clmaras mu Art, 122° Nas zonas de turismo directamento admi. nistradas pola edmara mauicipal, @ para o efeito de cola borar com esta no ostueto dos problemas turisticos, ba- yori uma comissio municipal de turismo, presidida por um vereador designado pelo presidente da camara e com 1a seguinte composicio: 1.° Um representante do Secretariado da Propaguade Nacional; 2.° Um representanto da comissito municipal do arto © argueologia, onde a houver delegado do saide; ° Um hotelei oxistentes na zona; 5° Um comorciaoto estabelecide na zona ¢ um pro- Irlotiriog ambos designados polo providente da efwara saunieipal 5 6.* O capitio dv porty ou delegady maritimo, onde os, , eleito pelos proprictirios dos hotéis § tinico. Quando na zona nao haja hotéis, sera o ho- toleiro sabstituido por pessoa dosigaada yolo presidente da camara municipal Art. 123.° As cimarss wunicipais que administrom zonus de turising incumbeut nessas zonas as atribuigoes. do exercicio obrigatorio impostas iis efmaras dus concy- Thos urbanos de 3.* ordem, so ndo Ihes perteneer maior categoria da mesma classe. Art. 124.* A comissio municipal de turismo compete 1 Colaborar na preparagio do plano anual de act dado turistica ; 2.° Dar parecer sobre quaisquer projectos Jo obras do interésso turistico ; erir 0 que entender por conv: ramento das condigdes turisticas da zona; 4° Dar parecer’ sébre 0 orcamento dos servigos de turismo 5." Deliberar sobre propaganda, despendendo as ver- bas quo para esse ofeito Ibes sejam atribuidas no orga mento. Art. 125." Os sorvigos de seerctaria das zonas do tu- rismo diroctameate administradas pelas camaras muti cipais sorto oxecutados polo pessoal do carteira das ‘mosinas camaras. sregko Zovas do turismo administradas polas juntas de turisino Art, 126.° As juntas do turismo terdo a seguiate com: posia 1.° Um presidente, designado polo direetor do Secre- tariado da Propaganda Nacional, de acordo com o pre- sidento da cfimara municipal 2.20 médico municipal, ov, havendo mais de um, aqucle que o prosidento da camara designar ‘32 Um hoteleiro, eleito pelos proprietirios dos hotéis existentes na zona; 31 DE DEZEMBRO DE 1940 ° Um comerciante estabelecido na zona 6 um pro: prietirio, ambos desigaados polo presidente da eamara; 5. O capitio do porto ou delegado maritimo, ono os hoaver. § nico. As juntas de turismo olegerio de entre os seus vogais win administrador delegado. Art, 127 As juntas de turismo pertenco delibera 1° Sobro 0 inventério das riquezas naturais, arqueo- gions o historieas da zona : © Sobro a realizago de oxposigdes, conservagho divulgagio dos trajes rogionais; 3° Sobre a propaganda das belezas naturais 0 artis- ticas da regito; Sobre a cringio © conservagto de bibliotcess po: ulaross° Pipe Sobro’ a divlgagdo do fuctos notiveis da vida passada @ presente di regiio; 6.8 Sobre a exploracio de teatros @ cinemas; 7.2 Sobre a construgio o administragdo de gimnésios € campos de jogos; B.° Sobre a realizagio de festas populares; 9.° Sobre a erecgio © conservacio dv monumentos; 10.° Sobro acriagto e conservagio de parques e jardins, miradouros © outros lugares de aprazimento publico; 11° Sobre a iluminagto piblica das povoagdes su. jeitas a sun jurisdicto. § finico, As camaras municipsis poderiio enearregar as juntas do turismo da execugto de quaisquer delibe- ragdes municipais tomadas sObre matérias do interésse das respectivas zonas. Art, 128," Para o desemponho das suas atribuighos portenco as juntas do turismo a competéncia conferida por @ste Codigo As camaras municipais dos concelhos turbanos, com excepetio dos poderes do: 1° Elaborar postaras ou regalamentos policiaiss 2° Conceder obras ou servigos piblicos; 3.° Municipalizar servigos; 42° Estabelocer oxclusivos; 5.° Lungar impostos, devendo limitar-se a arrecadar 0 produto dos instituidos por lei; 6.° Contrair empréstimos. § nico. As juntas do turismo podorto comparticipar com 08 corpos administrativos ou com o Estado na roa- izacto do obras © melhoramentos quo interossom & res- pectiva zona. Art, 120.° Quando, por motivo do urgéncia e neces: sidade pabliea, a junta do turismo julgue indispensivel tomar deliberagies sobre objecto nao provisto uo plano anual do actividade turistica, assim 0 comunicara nos doz dias imediatos ao presidento da camara, rometendo- che e6pi $ Guico. O presidento da camara tom a facaldade do, nos dez dias soguiates & recepgio da comunicacio, sus ponder a deliberacto tomada quando nko considers pro- gedente 0 motivo indicado, devondo nesse caso submetéla imodiatamente, com 0 sen parecer, ao Secretariado da Propaganda Nacional. Art, 180.° Compete ao prosidente de junta de turismo: 1.° Orientar a acco da junta, coordoaando-a com a da ‘ara, municipal ; 2° Blaborat 0 relatério anual de gerdacia; 3.° Proparar o plano anual de actividades turistiea 0 submoté-lo & apreciagéo da junta; 4.° Elaborar 0 projecto do orgamento. Art. 131° Ao administrador’ delegado da junta de turismo compete: - 1.° Execatar c fazer oxocatar us doliberagdes da junta; 2.° Bxereor as fungdes do inspeccio que pola’ junta he form confiadas; 3.° Autorizar as ’despesas orgamentadas, liquidadas de harmouia com as doliberagdes da junta, o ofvetuar ‘08 pagamentos; : 1655 4° Organizar © submotor & aprociaglo da junta -as contas do geréacia. Art. 182.° O plano claborado pola junta de turismo 86 seri aprovado pelo Sceretariado da Propaganda Na. cional depois de sobre éle hyver emitido parecer 0 pre- idente da respectiva efmara municipal. Art, 183.° O pessoal das juntas de carismo sors con- tratado ou assalariado por elas, mas os contratos 0.0 assalariamento para lugares dos quadros pormanentos dependerao do autorizagao do Ministro do Laterior, pe- dida para cada easo. CAPITULO vu Dos servigos munlelpais Art, 134.° Os servicos municipais compreendem: 1? Soeretaria @ tesouratia; 2° Servigos especiais. stogio 1 Sooretaria 6 tesouraria Secraaria Art, 135.° Cada efmara manicipal tom uma scerota- ria privativa, por onde eurrerd todo o sen expediente © A qual compote assegurar a oxecugio das deliberagdes camaririas © dos despachos @ ordons do presidente. § 1? O expedionte da socrotaria da etmara, quando as nocessidades 0 exijam, pode distribuir'so por secydes ou servigo: § 2.° Nos coucelios do Lisboa © Porto as fungdes das secrotarias serdo distribufdus pelas dirocgies de ser~ vigos, na forma que os respectivos regulamentos intor- nos determinarom. Art. 136." A seeretaria 6 dirigida por um chefe de seerotaria, sob a inspeccio © suporintendéncia do presi- dento da etmara, § nico. Nas suas faltas e impedimentos 0 chef do soeroturia seré substitnido pelo funcionario de cartoira que tiver maior categoria, ou pelo mais antigo no ser: vigo da seerotaria quando haja mais do um da mesma categoria. Art, 187.° Compete ao chefe de socretaria: 1.° Assistir. 28 reunives do conselho municipal @ da camara municipal e redigir subserever as respectivas acta 2. Assistir, ou fazer-so substitair por um faveiondrio da secretaria, as rotinides dos conselhos de administragio dos servigos mnunicipalizados © das comissbes ou conse Ihos consultivos mubicipais, e lavrar, ou mandar lavrar elo mesino funcionério, o ém qualquer easo subscrever, rospectivas actas; 3.° Certificar, modiante despacho do presidente, os factos © actos que constem dos arquivos municipsis e que no sejam do cardeter confidencial ou reservado ©, independentémente de despacho, a matéria das act das rotnides do conselho municipal e da camara muni- cipal; "Es" Aatentcar todos os documontos © actos ofciais da camara; '5.° Proparar o expodiente © us informagdes necessii- tias para resolugio da eémara; * Submeter a despacho do presidente da etmara os negocios da competéncia désto; 7.8 Levar & assinatura do presidente da efimara a cor- respondéncia © documentos que dela carogam o assinar 4 correspondéncia para quo tenha recebido delegacio do presidonte; 1656 I SERIE — NOMERO 803 8 Dirigir os traballios da secretaria em cooformi- dade com us deliberagdes da eimara ¢ ordens do pre. sidente, distribuindo o servigo pelos Suncionirios como for mais convenionte; 99 Conservar sob a sua guarda © responsabilidade, nos pagos do eoucelho, o arquivo municipal, quando nko hajafeonservador privativo, © nuanter em dia o rogisto de correspondéaca recebida © expedida pela camara, feito om livros, abertos, rubrieados e encerrados pelo presidontes 10.° Organizar 0 endastro do todo 0 pessonl da fr mara, contralizar as informaghs respectivas, executar tis deliboragdes sobre nomeagio, promogio, transferén- cia, louvor, castigo, aposentacio @ exoneragio dos fun- Giondtios © assalarindos municipaiy e assegurar o expe- diente dos concursos para o seu recratamento; TL? Organizar os mapas de langamento das contri- Dutgdes 0 impostos 13. Exercer as fungdes do notirio em todos os actos, fe contrutos om que a cmara for outorganto; {32 Fiscalizar a responsabilidade do tesoureiro ; LLe Comprir e fazer cumprir as disposicdes legais @ regulamentares sobre contabitidade municipal; TD" Manter o presidente da eimara a0 corrente do estado dos servigos da tesouraria e da caisa municipal; 16° Orgauizar es contas de goréacia até ao dia 1 slo ‘Abril d® cada. ano, ou dontro do prazo do trinta dias Gontados do dia da renovagio total da efimara ou da Sabstituigao do algum dos seus vogais por motivo do presuneio ou apuramento de irregularidades na admi Piaragao municipal, © organizat balango do transigto Guando baja substitulsio de tesoureiro, com as formali- dades a preserover om regulamento geral dos servicos Go orcamento, contabilidade © tosouraria dos corpos adm nisteativos 172 Remeter 20 azente do Mivistério Pablico janto de auditoria administrativa competente, dentro de qu Fenta e vito horas © independentemente de despacho, Copins das actas de todas as retinides do conselho imuni- cipaly da eamara municipal, servigos municipalizados Geomissdes © conselhos consultivos municipais que the sejam requisitadas; ig Euviar as Fespectivas conservatirias do registo predial, no prazo do vinto dins a contar du doliberacio, Toeumento autentico de onde constem as novas denomi- haedes das vias pablicas e as mucangas de numeragto enseamento militar ¢ colaborar no recensoamento eleitoral ; 90." Julgar as reclamucies conteaciosas sdbro langa- mento © cobranca de impostos, taxas e mais rocsitas Inunieipais € paroquiais a as transgressdes 0s regala- mentos tvibutirios JL Proceder a cobranga coerciva das dividus wo con- eelio © freguesias, sorvindy de juic nas respectivas exeeucdes fiscais; Desompenbar todus a e rogulamentos lhe impusorem. ‘Art, 188° Nos concelhos em quo a Secretaria da ei- mara estivor dividida em seegdes ou servigos, a compe- Yencia de cada um doles seré diserimiuada om regula- ‘mento monicipal mais fungdes que as leis ‘eawuraria “Art, 139.2 A arrecadagto das receitas, a guarda dos fundos @ valores, o pagamento das despesas © quaisquer panesentos dos diaheiros do municipio ineumbem & te- souraria da edmara. “art, 140. O servigo do tesouraria da cimara muni- cipal ost « cargo de um tesoureiro e & exercido,sob a fisealizagko do cbefo de secretaria @ superintendéncia do presidente da efmar § 1." As fongbes de tesonreiro das eamaras wunieipais, cuja receita ordindria, »purada pela média urrecadada nos Gtimos tr6s anos, ndo exceda 600 contos serio. i medida quo vagarem aqucles lugares, desempenbadus pe: los tesoureiros da Fazenda Pablica dos respeetivos con- colhos, mediante a gratificagio mensal do 1508, 2005 0 BONS, cunformo se tratar de coneelhos com receitas ordi- nirias até 200, de mais do 200 até 400 ¢ de mais de 400 até 600 contos. § 2° Nos concolhos de Lisboa ¢ Borte 0 servigo do tesouraria furd parte da Direcgio dos Servigos de Finan- gas e dependera do respective director. ‘Art. T4L® Compete ao tesoureiro municipal : 12 Promover, logo que estaja habilitado com os res- pectivos documentos, 0 dentro dos prazos regulamenta- Fes, a arrocadugio das roceitas virtuais e oventoais, re- ceber -dos exactores da Fozenda Pablica as que forem cobtadas por estes, entregur aos contribuintes, com o respective rocibo, os documentos de cobranga e liquidar 08 juros do mora que pelos mesmos forem dovidos ; 2.9 Bfectuar 0 pagamento das autorizacdes ¢ de todos os mais documentos de despesa, depois de visados pelo chef do secretaria © selados eom o sélo branco do mu- nieipio; 8° Transforir para as tesourarias da Fazenda Pé- blica ow sorvigos auténomos do Estado, e independen- tomente de ordem ou doliberagio municipal, mas por meio de guia passada pela secrotaria, as importiueias que por lei pertengam ao Tesouro o9 aos servicos do Estado 442 Entregar 20 chefe de secretaria balancetes diarios da eaixa @ bem assim no primeiro dia de cada més os documentos de dospesa pages no decurso do més findo @ a relagio-de cobranga coin a colegio dos documentos do receita 0 titulos de anulaedos 5.° Prestac ao presidente da cAmara e ao chofo de se- eretrin todas a iformaces peda por ene; ° Cumprir as disposigdes loguis e regulamentares Ce ei ene ee 7® Desempenhar as deinais fuugies que as leis © re- gulamentok Ihe im puserem. ‘Art. 12. Em todos ox concelhos existir’ um pro- posto do tesonrvire, nomesdo por alvard do presidente da cimara sob proposta do tesoureiro. § tinico. Nos concelbos em gue 0, movimento da to- souraria v exija 0 propesto ser’ remunerado permanca- femento, devendo coadjuvar o tsoureiro no servigo da tesouraria; nos restantes coneelhos 0 proposto 6 pr tard servico nas fultas ¢ impedimentos do tesoureira ow ocorrendo vacatura do cargo, © vencerd nesses periodos a romuneragto correspondent pgs pele orgamento mo nicipal. skcgio Sorvigos especials enenebs gore Art. 148.2 Os servigos cspeciais das cimaras muuici- pais compreendem : * Os partidos médieos; "Os partidos veterinirios: 3° Os demais partidos autorizades por lei 42 Os servigos de incéndios; 5. Os demais servigos quo us camaras estiverem auto- rizadas a eriar. artis tees Art. 144° Em todos os concelhos, com excepgiio dos, do Lisboa e Porto, existird pelo menos um partido mé- dieo municipal. 31 DE DEZEMBRO DE 1940 1657 § 1° 0 nimoro de partidos médicos manici fixade polo conselho municipal, tendo em atengao as ne- eessidudes dos povos © do servigo piblico, no mixino de cinco para ot eoncelhos de 1." ordom, de quatro para 0s coneslhos de 2." ordem © de trés para os concelhos do 3. ordom. § 2. Hm casos de imperivsa exigdncia do bom pi- blico, davidamento justificada, podori o conselho muni- cipal ultrapassar os miximos Axados no parigrafo ante- cedenta, mas esea deliboragio careco, para so torant executéria, de aprovagio do Ministro do Interior. § 3. Em caso algum podera haver mais do um par- Fadel por] fcenesia eae : § 4° As vagas do médicos munieipais que ocorrerom postoriormente i publicagio déste Cédigo 86 serio proan- hidas se couberem nos quadros fixados om coaformi- dade com o extabelecide nos §§ 1." 2" Art. 145.° Na dolimitagio das areas dos partidos mé- dicos atondor-so-& is novessidades de assistincia eliica dda populagio do eonealho, podondo deixar de haver par- tido nas zonas onde essa’ assistincia ostoja assegarada virtude da exiaténcia de médicos com pulso livre, de Miseriedrdius ou do Casas do Povo, § 1." Na todo do conealho s6 poder baver om par- tide médieo, dovendo os restaates' ter por contros sodes do freguesias rurais ‘on povoagbes importantes, de facil feesso para as populagdes a assistir. $2." Bm eada contro de partido médico rural deverd formar-s0 um posto de socorros urgontos, com 03 indis- pensiveis medieamontos e matorial. § 3.° As cdmaras municipais é permitido fazer acordos com as Misericérdias as Casas do Povo das freguesias Forais para que, mediante subsidio, assumam 9 oucargo da assisténcia eliaica & populagio de determitiadn ren aio Tacluida na de um partido médico. $ 4° Os médicos municipais podem reclamar das de- liboragdes sobre delimitacio dae dreas dos partidos mé- dicos, com fandamonto om inconveniente. piblico, para tuma comissio nomeads pelo Ministro do Interior, © do Taacionamento permanente em Lisboa, juato da Direcgdo Geral de Saide, composts por um representante da Die reegio Geral de Saide, um represeatante da Direccio Geral do Administragio Politien e Civil e um funcioni- rio dos sorvigos geogrificos cadastrais. A comissio ouviri » camara interessada © seguidamente docidira, confirmando on alterando a deliberacto reclamada. As suas decisdos terko fOrca execntéria nos mesmos tormos das sentencas dos auditores o so susceptivels de recurso, restrito aos vieios do incompeténcia, excesso de poder 0 violacio de lei, 2 interpor para 0 Sopremo ‘Fribuval ‘Administrativo. Art. 145.° Nao poderio criar-so. partidos oxelusiva- monte de medicina on oxelusivamonte de eirorgia. ‘Art. 147." Dois ou mais municipios contigaos podom associar-so para estabolocor partidos comuns que abran- jam povoagies limitrofes dag suas cirennscrigaes. § fiuicd. O centro dos partidos comuns sora fixado no acérdo que os eriar, competindo a nomeayio dos respec. tivos serventudrios a uma eomissio constituida como. as comissBes administrativas das federagbos dos muni. pis. ‘Art. 148° Em cada partido médieo seri provido am ico municipal. ‘Art, 149.° Os médicos municipais tori domicilio ne- cessirio e rosidéncin obrigatéria permanente na povoasio fondo for fixido 0 centro do seu partido. § 1.° Quando 40 verifique que o inédico municipal nto reside no contro do seu partido sora notifieado. polo presidente da camara para af fixar residéncia dentro do prazo do trinta dias eso, findo esso prazo, a nfo tiver fixado considerar-se-& 0 facto como abandono de lugar. $22 O Ministro do Interior, sob proposta da res~ pectiva camara municipal, © com 0 parecet concordante do governador civil do distrito © da comissio a que se refore 0 artigo 145.°, podoré autorizar o médico munici pal de um partido rural a residir na sede do concellio quando se mostre que assim facilita 0 acosso a todas as povoagies do partido e que mio hé melhor forma de dolimitar as droas dos partidos existentos, ‘Art, 150.° Incumbe obrigatdriamente ads médicos mu- nicipais: 1° Curar gratuitamente os pobres, 08 expostos, as criangas desvalidas ¢ abandonadas © os presos @ acudir As chamadas do urgéncia guo, a qualquer hora, Ihes se- jam feitas ; 2° Fazer a verificac havido assistencia médica; B.° Proceder is vacinagdes © revacinagtes} 4° Fiscalizar a higieng escolar; . 5. Verificar e certificar a aptidao fisiea das amas nomeades pela cémara, vigiar a aleitagio @ 0 bom tra- tamonto das criangas éxpostas, abandonadas ou subsi- diadas © desompenbar as obrigagdes que 08 regulamentos Thes imponbam quanto A, fiscalizagio médica ¢ higiene dos servigos da infineia desvalida; | 6.* Inspeccionar, nos armazéns, depdsitos e Ingares de vonda, os génoros alimenticios ¢ bebidas; 7.2 Proceder A inspeecio o revistio médicas que devam ser feitas a individuos provindos de portos e lugares in- feecionados ; : 8.° Tomar parte nos exames, visites o diligéncias sa- nitérias em que o seu concurso seja necessirio ov im- posto pelas leis, regulamontos ou posturas municipais 5 9. Visitar, ao menos uma vor por semana, as povon- gBes ‘principais existentes na area dos seus partidos, a fim de af darem consulta; Z : 10.° Anxiliar gratoitamento as intorvongdes cirirgicas operadas nos hospitals existentes na area dos seus par- tidos, quando os docntes sejam pobres © 0 operadot so- licite’o auxilio; IL? Aoxiliar 0 delogado de saiide, cooperando com alo para o cabal desempenko dos sorvigos sanitirios; 12° Ansiliarem-so © substituirem-so roclprocamente ‘os do mesmo concelho 13.8 Exercer todas as demajs atribuioves que Ihes sejam conferidas polas leis e regulamentos. § iinico. As cfmaras determinario, ouvidos os médi- cos municipais, as condigdes de assistincia eliniea gra- toita aos pobres da area dos respectivos partidos, fi- xando horas de consulta especial, que sero toraadus riiblicas, por taboleta on letreiro, & porta do eonsulté- rio ov centro sanitirio ondo devain realizar-se. de dbitos, quando nto tenha wos-sncefo m1 Partion eteratees Art. 151.° Nos concolhos cuja populagto e riqueza pecuatia 0 justifiquem poderio ser eriados partidos ve- terinarios. § 12 0 nimoro de partidos em eada concelho seri fixado pelo conselho municipal, tendo em atengio as condigdes do territirio 0 do povoado © a importineia da rigueza pecuiria na respectiva cconomia. i '§ 2.° Sio aplieaveis aos partidos veterinitios as dis- posighes do § 1.° do artigo 145.° @ do artigo 149.° Art, 152.° Em eada partido vetorinério municipal seré, provido um veterinirio, . § 1. Podem as etmaras wunicipais do dois ou mais concelios vizinhos prover, precedendo aedrdo, win mesmo vetorinario nos seiis partidos. | § 2.° Na hip6tose do pardgrafo anterior, o vencimento do veterindrio sera fixado por acdrdo entre as eimaras, nio podendo porém exceder em mais de um sexto, por 1658 I SERIE — NOMERO 303 cada partido além de am, 0 veneimonto fixado na tabela anest a ste Cédigo, O veneiinonto total assim obtido seri dividide igualmente pelos coneelhos interessados, salvo aedrdo especial. $32 A residdncia do voterinario municipal de mais de um coneelho ser fixada por acdrdo entre as eama- as, atondenilo & Area de cata coneolho, & sua impor- t&ncia pocuirin o & facilidade do comunicagdes. Art. 153." Competo obrigatdriamente aus vetorinarios, municipais: Le A inspecedo sanitiria dos matadouros municipais; 22 A inspeecdo sanitéria dos talhos, salsicharias quaisquer outros estabelecimentos ou locais onde se pro- parem, armazenom oa expontiam A venda produtos ali- meontates do origem animal; : 32 inspeegiio dus aninais, seus despojos © aluja- mentos; 4° A fiscalizagio dos leites © Incticinios. © dos res- pectivos loeais do producdo, proparacio, armazeaagoin © vena 0 a direccdo das evttrais lciteiras para a andliso © tratamonto do leita destinado a distribuicio para con- somo pablico; ° \ informagio de todos gs projectos de coostragio © instalagto dos alojamentos dos animais ¢ dos estabele- cimentos ile fabrica, preparacio, armazenagem ou veda de produtos de origem animal; 62 A fiscalizacto das feiray 0 mercados do xaos T? A assisténcia médico-veterindvia gratuita sos gados dos habitantes pobres do concelho, quando estes no possnam unr mimero do eabecas de gadu superior ao que, para ésto efoito, a edmara fixars 829A vacinagie © revacinagio dus gados o dos ani- 9.° A colaboracdo com o intendente de previria do distrito om tudo o quo respeito a saddo prousria do €0 colo, nos termos das leis © regulamentos rexpectivess 10. A colaboragto com os dolegadus de satde © mé- dicos municipais nas medidas que devam ser adoptadas om comum pura defesa da saiste pablica; LL Ausiliarem-so © substituirom-se reciprocamente os do mesmo eonesiho. § iinico. As eamaras detorminario, ouvides os vete- Finarios musicipais, as condicdes do ‘assistéucia votori- naria gratuita » cluboravio tabela de progos respeitantes, aos demais servigos. Art. 1542 Na auséncia ou impedimento dos veteti- nicios munieipais de um concelho substitutlos-a am ve~ terinario do eoncolhy proximo, desigaado pela edmara, ou 0 delogado de sadde, quando nao soja possivel aquola substituigao.. Art. 155.° Sempre que as necessidades locais 0 fiquem poderio as emaras municipais criar partidos para agrénomos, parteiras ou enformoiras, elaborando 08 rospectivos rogulameutos o obs#rvandy, na parte aplicaval, o que fica disposto nos artigos anteriores. § nico. Sorto mantidos os partidos furmaccutic existentes emquanto so verificar que o exereicio do comér- cio @ indistria da farmacia nfo 6 sufieientomente remu- nerador, no lugar onde estejam criados, para manter 0 estabelecimento cxigido polas necessidades dos povos. sovsxcgo ¥ Serves do Iatatos Art. 156.° Para provengio © extingio do incéndios poderio existir nos concelhos os seguintos corpos de bombeiros: 1° Batalhio de sapadores bomberos; Corpo do bombeiros municipais; BY Associagdes de bomberos voluatirios. § 1. Os batalhdes de sapadores bombeiros s6 podem ser instituldos pela camara em concelhos com sede em cidado de mais de 100:000 habitantes © com prévio acdrdo dos Ministérios do Interior » da Guerra. Haver obrigatdriamente corpos de bombeiros is nds concelhos do 1.* ordem se nio oxistirem organizagies do bombeiros voluntirios ou ustas, s6 por si, no preencherem a fungio a que se destinam. Art, 157. Os batalhdes do sapadores bomboiros serio comandados por oficiais suporiores ou eupitiis da arma do engoaliaria © 0 seu pessoal serd militarizado. § iivico. As eamaras elaborarto regulamontos plinaros para os batalhoes soguudo as uormas du disei- lina militar, podendo sor aplicadns as pragas as penas do repreonsio, do faxinas até 12, quartos de servico até 8, detencio até 20 dias, perda de veneimento até 30 diys, pristo diseiplinar até 30 dias, baixa do servico, © conforida aos comanilantes @ oficiais eompotéacia diseiplinar para a sbplieagio iessas penas. Art, 158. As associagdes do bombeiros voluntirios, com estatutos devidamonto aprovados, sto consideradas pessoas colcctivas de utilidade pibliea administra Art. 159.° Em tudo o que resprita i aquisicio, eon- sorvagio © utilizagio de material o i instrugio do pes- soal combatente, os corpus do hombeiros munieipais @ as associag¥es subsidiadas de bombeiros voluntiriys fiean sujoitas & inspergio téeniea dos comandantes dos bata- Ihoos do sapadores bombeiros do Lishoa © Porto. $ tinieo. Para 0 efoito desto artigo sera o Pais dive dido em duas zonas, norte © sul, nos termnos do mapa anoxo a esto Codigo. Art. 160.* Os butaihdes de sapadores bombeiros 0 os corpos «lg bombeiros municipais uu de voluatarios subsi- diados sio obrigados a acorrer a todos os inendios que so verifiquem na area do coneolho ¢ para que seja pe- dido 0 seu ausilio. Art. 161.? Nos eoncelhos om que nio oxista corpo do bombeiros @ provencio © oxtingdo dos incéndios ficam 2 cargo das autoridades policiais, que poderio requisitar, sob pena du desobediancia qualiticada, os servigos de quaisqucr homens validos para as coadjuvar 0 pedir as eimaras dos coucelhus mais proximos a comparducia dos seus bombeirus ou a dos voluntirivs, mediante 0 pagemento das despesas a que a deslocacéo dé lugar © sem prejuizo da seguranca déssos'euncelhos. § tinico. Fora das sedes dos concelhos © quando na, Jocalidade nado haja corpo de bombeiros compete ao re- gedor o avs cabos de policia prestar os primmeiros socor- Tos, sendo obrigagio de toilos os viziuhos concorrer em unido de esforgos para debelar o sinistro, independente- wento dle requisigiio; mas quando esta se torne necessi- ia devo sor provtamente satisfeita, sob pena de deso- bediéneia qualificada. ‘Art. 102 As autoridades policiais © os comandantes dos corpos dle bombeiros poem em easo dv incéniio: LS Requisitar os sorvigos de quaisquer homens wAli- dos e as viaturas indispensiveis para socorro ‘do vidas © boas; 2. Ocupar os prédios risticos © urbanos _necessirios a0 estabolecimento dos sorvigos de salvagko piblicas 3.° Requisitar a utilizagio imediata de quaisquer aguas, Piblicas 0, ua falta delas, a das particularos necessarias para conter ou evitar o dano, tendo neste dll 0s requisitndos © direito a indomnizacio pela quando da utilizagto resulte prejaizo de diffeil reparagao; 4° Utilzar quaisquer serventias quo facultem 0 acesso 0 local do sinistro; 5.° Ordenar as destruigdes, demoligdes, remocdes e cortes nos prédios contigios 20 sinistrady quando se- jam néeessirios a0 desenvolvimento das manobras da exting%o ou para impedir o alastramento do fogo. 31 DE DEZEMBRO DE 1940 sve-snooio vi Outros series Art. 168.° Para assegurar 0 exercicio de atributgdes que, por exigirem conhecimentos especiais de qualquer cidneia ov arte, nto possam ser exercidas por intermédio das scerctarias on tesourarias poderdo as eimaras mu- nicipais institir servigos ditigidos por diplomados com © correspondents eurso superior ou especial. § L? Os aferidores de pesos © modidas fleam subor dinados, para efbitos administrativos e disciplinares, aos chefes das socretarias das eamaras, except om Lisboa & Porto, onde se observard 0 disposto nos respectivos re- ‘gulumentos interaos. § 2° A fim do fiscalizar o euinprimento das posturas © regulamentos policiais @ coadjuvar a antoridade poli- cial do concelho no exorcicio das sus funcdes, 6 pormi- tido As cdmatas institvir um servigo do policia municipal, a eargo di guardas © graduadlos requisitados & policia de seguranga pibliea, ou de zeladores om guardas cam- postrus, cujns autos do notieix furko £3 om julzo nos ter- mos estabelecidos no Cédixo de Proceso Punal para os Tovantados por agontes do antoridade. 3.° Nos concelhos do Lisbua e Barto os servigns de Policia municipai incambem a um corpo privative milita- Fizulo, cuja disciplina obedecers as normas prescritas neste Obdigo para os batalhdes do sapadores bombeiros.. § 4° Os servigos ospeciais a quo ésto artigo so refere terao regulamento préprio eluborado pela camara, no qual so atenderi As suas rolagdes com os domais servi- gos manicipais. carituno 1, Dos servigos mantcpalizados snegto 1 Inst, objeto «in Art. 164. £ pormitido as camaras, com a aprovagio dos respectivos eonselhos imunicipais e do Govern, ex- Plorar, sob forma industrial, por sua conta 0 rise, ser- ‘vigos piblicos do interésse local que tenham por object: “A eaptagio, eondagio e dlistribuigto do Agia po- tavel; 2.2 A produgio, o transporte ¢ distribuigto de ener+ eléetrica o le gis do iluminagdn; © O apruveitamento, doyuracio @ transformacto das Aguas de exx0t0, lixos, detritos e imunulicioss 4.9 A construeio a fancionaiento de merealos, frizo- rifleos, balnedrios, estabelerimentos de figuas mincro- -medicinais o lavailouros pilicns; 5. A matanca de reses ¢ 0 transporte, distribuigto vonda do eurnes verdes; 6.° A higieuizagiv do produtos alimentares, designa- damente o lvites .° O transporte colectivo de pessoas @ wercadorias. § Gnico. Quando circunstincias especiais © motivos pondlerosos acoaselhem a munieipalizacio do servigos quo teuham por objecto actividades nao incluidas neste artigo, podera 0 Govdrno autorizi-lu, sob proposta da efmara interessada © observado o procosso de eriagto estabelo- cido no presente Cédigo. Art. 165." Os servigos municipalizados visardo a sa- tisfazer necessidades colectivas da populagio do conco- Tho a quo a inieiativa privada ndo proveja de modo com- pleto ¢ devoriio fixar as tarifas do modo a cobrir os gastos do exploragio o de administragio, bom como a permitir a coustituigio das reservas accessirias. $ tinieo, Nos casos em quo os servicos municipalizados prestom ao pablico algamas utilidades acess6rias do sou objecto principal qo normalmonte so obtenham da in- 1659 distria particular, doverdo os respectivos procos ser cal- culados de modo quo nio se estabelega concorréacia com esta, Art. 166° A deliberagdo tendente A municipalizagio do qualquor servigo seré sompre procodida da elabora- gio do projecto em quo so tenham em conta os aspectos econdmicos, téenieos © financeiros da emprésa. Art. 167: Quando a exploragio directa de um servigo municipalizado se tenha mostrado incouveniente, poder a camara, com a aprovagio do conselho municipal © lo Governo, deliberar 0 arreadamento das rospectivas ins- talagdes © a concessio do servigo. seogko 1 Aéministragno Art. 168.° Os sorvigos manicipalizados tom organiza- so auténoma adontro da adwiaistragio municipal, nos tormos déste Colligo, dos regulamentos o das delibera- des das camaras. § iinico. 86 6 pormitido as efmaras explorar servigos susceptiveis do municipalizagio sem a organizagho pres- erita nesto artigo mediauto antorizagio do Ministro do Interior, justificada pelas condigdes ceondmicas da ex- ploragita Art. 169.° Os sorvigos municipalizados sio geridos por um conselho do administracio, presitido pelo presi- dente da edmnara ou pelo vieo-presidente ou por um verea- dor, © composto por mais dois administradores, vorea- dorés on vogais do consclho municipal, designados pelo prosidonte da camara, § 1° Quando forem varios os servicos municipaliza- dos oa sua importincia o justifique, poder o presidente da camara instituir mais de um eouselho do administra- $a, indieando os servicos quo devem eompetir-lhes. § 2° Os conselhos de admiuistragio servem pelo pe- Holo do nm ano, podendo ser reeonduzidos ¢ substital- dos, total ou parcialmente, pelo presidente da etmara. $3." Cessando o conselho as suas funcdes sem que tenha sido revonduzido ou imediatamente substituldo, ficara a geréacia do servigo ontrogue ao presidente da, camara at6 nomeacto dos novos adiinistradores, qual deverd realizar-se dentro do prazo maximo de um més. Art. 170.° Comgete aos conselhos ie administragio: 1° Preparar o submeter & aprovacto da efimara 0 re- gulamento do servigos 2.° Pixar 0 quadro do pessoal o arbitrar-lhe a rot neragio '3.® Contratar, assulariar, punir © dispensar do serviga 08 respoetivos serventusrios; 49 Kisar tarifns; 5.9 Preparar 0 projeeto do orgamento @ apresenti-lo 0 presidente da elmara; ixamiaar os balaneetes quinzeonis ¢ conferit men- salmento a contabilidade ¢ tesouraria; 7.9 Elaborar as contas de geréneia, para sorem pre- sentes & camara; 8.° Fiscalizar ¢ superiatonder em todos os actos do director delegado @ mais pessoal superior; 9.° Propor A cdmara todas as moslidas tendentos a mo- Ihorar a organizacio © o funcionamento do servigo. § fnieo. As doliioragdes a que se referem osm. 2° © 4.° serdo, imediatamente depois do tomadas, comuni- cadas pelo presidente do conselo de administracio a0 prosidento da edinara, 0 qual poder susponder a sua oxo engdo © submeté-las A sangio da emara muvicipal na primoira retinido ordiniria, salvo se a deliberagio tiver Bor objeto Gxar tries do vendn de soorpn sletie, nosso easo ser sempre submetida pelo presidente a camara A aprovagio do Governo, pelo Ministerio com petente. 1660 Art. 171.° O conselho de administracio tera uma rei- ido ordiadria quinzenal o as extraordinsrias quo o pro- sidente entenda dover convocar para o bom funciona- mento dos servigos. § tiuieo. De tudo o que ocorrer aus reiinides sera lavrada acta, a qual devera sor assinada por todos 08 administca- dores presentes. Art, 172.2 Das doliberagdos do consetho de adminis- tragio hd sempre reearso hierarquico para a respectiva chmara, sem prejuizo do recarso contencioso que da deli- beracdo desta se” possa interpor nos termos ordindrios. § tinico, O recurso hierdrquico s6 po le sor interposto no prazo do trinta dias a contar da data om que o inte- ressado tiver tido conhecimento da deliberagio, © nto dé lugar a custas. ‘Art. 173. A orientagio técnica @ a dirocelio adminis- trativa do servigo poderio ser confiadas pelo consclho do administragio, em tudo o quo nfo soja da sua exclu- siva competéneia, a uin“director delogedo. §1.° O director dologado sori responsdvel perante 0 conselho de administragio, a cujas renides assistira para efeitos de informagao ¢ consulta, por tado o quo diga res- peito & disciplina ao regular funcionamento do servigo § 2.° Compete ao director delogado apresentar anual- mente ao coaselho de administracio o relatério da explo- Tacio'e resultados do servigo, instrufdo eom o inventaio, balango ¢ contas respoctivas. Art, 174.2 Os servigos mavicipalizados tam orgamento privativo, que serd anexado ao orcamento municipal, ins- erevendo-se neste os totais das suas receitas © despesas. § 1.° A oscrituragdo dos servigos manicipalizados seré montada nos moldes da eontabilidade indastrial. $2. f obrigatoria a formagio de um fundo de re serva para ampligbes, prejuizos eventuais @ depreciagies ou amortizagdes exttaordinérias, ao qual seri coosi- gnada uma percentagem dos luctos de cada exercicio, sem embargo das rointogragdos poriddicas dos valores imobilizados que constituem encargo de exploragio. §8.° As perdas que porventura resultem da oxplora- 80 do servigo sort cobertas pela cimara, a esta per- tencendo igualmente quaisquor saldos positivos. § 4.° 0 relatorio, 0 balango o as contes dos servigos muuicipalizados serio anualmente publieados, depois de aprovados pela camara. .° © orgamento sori olaborado em couformidade ‘com 0 eatéctor industrial do servico @ tendo em atongio as exigencias da exploragio. Art. 175. B privativa das cfmaras municipais, nos tormos estubelecidos por éste Oddigo, a competéncia para contrair empréstimos quando as necessidades da explo- ragdo ou o desenvolvimento dos servigos 0 exijam. Art. 176° 0 pessoal maior dos servicos munieipali- zados sera todo contratado © 0 rostanto assalariado, @evendo o primeiro ser considerado pertoacento aos uadros mnnieipsis para todos os efeitos nfo exeeptua- dow neste eapitlo. capiruLo x Das foderagies de municipios seogio Dispesigdes comune Art. 177." Diz-se fedoragio do mubiefpios-a associagio do camaras municipais, voluntaria ou imposta por lei, para realizacio de interdsses comuns dos respectivos concelhos.. Art. 178.° A fedoragio de municipios pode ter por objecto: ‘1 O estabelccimento, unificagio @ oxploragio de ser- vigos suscoptiveis de sorom municipalizados nos termos dsto Codigo; I SERIE — NUMERO 503 2. A claboragio © exceucto do um plano eomam do urbanizagio 0 expansio; 3. A administragio de bens on direites comuns que convenha mantor indivisos; 4.° A organizagio © manatengio de servigos expeciais, Art. 179° Sio drgios da federagio de municipios: 1.2 Uma eomissio administrat 2. As eamaras municipais associadas. Art. 180.8 A comissto administrativa da fedoracio do municipios, salvo 0 que vai disposto no artigo 192.*, 6 constitafda pelos presidentes das cfmaaras associadas © por um procarador ao conselho provincial, designido pola junta de provincia, que sera o presidente. § nico. So os muniefpios federados pertencerem a mais de uma provincia, 0 procurador a quo se rofere a parte final déste artigo seré substituido por um repro- seatante do Govérno, nomeado pelo Ministro do Interior. Art. 181° Cabe & comissio administrativa da fede- ragio de municipios exercer, relativamente aos sorvigos foderados, « competéncia que por éste Cédigo for atri- buida a ‘camara’ muniefpal do concelhe federado do maior categoria. Art, 189.° As eamaras dos municipios foderados exer- com, na federagio, as atribaiedes que silo conferidas pelo artigo 55.° aos conselbos municipsis no concelho federado de maior categoria, § 1° A aprovagdo dos planos comuns de urbanizagio © expansio 6 da compoténcia dos conselhos municipais, excepto nos eoncolbos de Lisboa e Porto, em que per- toned as respectivas e&mara § 2." As camaras podem deliberar separadamente ou fom sess20 conjunta, contando-so, neste caso, um voto por cada camara, Art. 188.° A comissio administrativa da federagdo de municipios nomeuré livremente os consclhos de admi- nistragio dos seus servigos mnicipalizados, devondo os administradoros ser escolhidos de preforéacia ontre os vogais dos consolhos municipais interessados. § nico. O mandato dos conselhos de administragio uraré am ano, podendo os administraores ser econ dazidos. Art. 184.° As federagtes do manieipios terto secro. taria privativa. § nico. O possoul das secretarias privativas das fe- doragies do municipios sora destacado das secrotarias das eamaras associadas, sem abrir vaga nos respectivos quadros. Art. 185." O orgemento da federagi é elaborado pela comissdo administrativa © aprovado polas camaras e néle se estaboloceré a cota do cada eoncelho para as dos- esas da federacao. Art, 186.° 0 julgamento das contas das fedoragies de municipios 6 da competéncia. do Tribanal do Contas. snegko a Federagies votuntirias Art, 187.° A federagdo volantiria do municipios dis- solve-se polo preenchimento do fim a quo se destinava, pola oxpiragio do respective prazo @ por deliberagio da maioria das cimaras fodoradas. § nico. Quando so dissolver uma federagio volunti- ria, 0 destino dos bons seré determinado por acordo entre as eimaras, ou, na falta de acordo, pelos tribunais. swegko um Foderagées obrigairias Art. 188.° obrigatoria: 1.2 A fedoragio dos concellios de Lisboa © Porto com ‘os concelhos vizinuos em que a sua influtncia se faca sentir intonsamente 31 DB DEZEMBRO DE 1940 2.8 A federagio de concothos limitrofus de um eou- eelho urbano, do qualquer ordem, com ésto, quando seja considerada itil. Art. 189. A federacio obrigatdria 6 decretada pelo Ministro do Totorior, ouvilo 0. Secretariado da Propa- ganda Nacional © 0 Consolho Superior do Obras Pabli- Art. 190.% Além dos objoctivos que podem ser pros- soguidos pelas federagdes em goral, 6 permitido espe: cialmente ’s fedoragdes impostas pelo a." 1.° do ar- tigo 188.°: . 1.° Conceder a realizacko do obras © a exploragio de servigos da sua competducia 2° Uniformizar as clausulas dos eontratos de con- cossio do obras ou sorvigos pitblicos em que outorgue ou tenha outorgado eada uma das cftnaras associadas 8° Exereer uma fiscalizagio comum sobre os actos dos concessionarios de obras ou servigos que interessom ‘208 rounieipios federados; 4.° Contratar em comum os fornecimentos necessirios 4 administragio dos respectivos municipios; 5.° laborar rogulamentos ¢ posturas sobre seguranca, salubridade o ostética dus construcdes nas cidades, po- ‘voagdes ou zonas doterminadas dos concelhos; 6. Criar sorvigos ¢ instituigdes o realizar obras co- muns destinadus ao fomento do turismo; 7. Efectuar simultineamonte o resgute de sorvigos comuns que tenham sido objecto de concessdos distintas dadas pelos municipios fedorados. Art. 191.° Nenbum servigo piblico pode ser mapi- cipalizado ow eoneedido por qualquer dos municipios obrigatbriamente federados nos termos do n.° 1.° do ar- tigo 188.° som quo proviamente a comissio administra. tiva da fedvrago se pronuncio sobro a convoniéacia de esta o explurar ou couceder. § tinico. 0 Governo pode decretar que doterminado sorvigo, soja explorado ou concodido pola federacao. Art. 192.° A’ comissio administrativa das foderagdos a quo se refiro 0 n.* 1.° do artigo 188.° seri composta pelos presidentes das cimaras associadas. § L? A prosidéncia da comissio seri exorcida, em Lisboa @ Porto, pelos presidentes das respectivas ca maras municipais. § 2° Prrtonce & comissio exercer, nas matérias das suas atribulgdes, a competéneia conferida por este Cé- digo aos presidentes das cimaras dos concelhos mon- cionados no parégrafo anterior. ‘Art. 193° Pertence is cimaras municipais, nas fe- deragies indieadas no n.° 1.° do artigo 188.*, 0 exercicio da competencia conferida por éste Cédigo ‘as camaras municipais dos coneelhos de Lisboa © Porto. Art. 194° 0 Govorno exerceri, pelo que diz respeito fas federacdes referidas no n.° 1.° do artigo 188.*, as mesmas atribuigdes tutelares que éste Cédigo lhe con- foro em relagio aos concelhos de Lisboa © Porto. Art. 195." Consideram-so constituidas as seguintes fe- deragbe: 1° Do concelho de Lisboa com os concethos de Oci- ras, Cascais, Loures © Sintra; 2.° Do concelho do Porto com os concelhos de Vila Nova de Gaia, Valongo, Matozinhos, Maia 0 Gondomar. TiTULO mr Da freguesia capiruno 1 Dos érgtos da administragio paroqaial Art. 196.° Froguesia 6 0 agrogado do famtlias que, dentro do territorio municipal, desenvolve uma acgio social comum por intermédio de érgios proprios. 1661 § Gnieo. Cada freguesia forma uma pessoa moral de direito piablico. " 4 Art. 197.2 Sio drgios da administracio paroquial 1.As familias, representalas polos seus ‘chefes na forma estahelecida na le 2° A jonta do freguosia Art. 198.° Em cada freguesia haveré um regodor, representante da autoridade municipal ¢ directamente dependento do presidente da camara. § sinico. Nas freguesias dos concethos de Lisboa e Porto o regedor deponde directamento do governador civil. capiuLo 1 Da cleledo da junta de freguesia srogko 1 Eleitoras o elegiveis Art, 199° Pertonco privativamonte is familias, re- presentadas pelos respectivos chefes, o direito de eleger as juntas de freguesia. 5 Art. 200.° Para os efeitos déste Cédigo considera-se chefe do familia: 1° 0 cidadio portugues com familia legitimamente, constitulda que com éle viva em comunhto de mosa habitagio e sob a sua autoridade; 2.° A mulher portuguesa, vitiva, divoreiada ow judi- cialmente separada de pessoa e bens, ou solteira, maior on emaneipada, quando de reconhecida idoneidade mor que viva inteiramente sdbre si o tenha a seu cargo as condentes, descendentes ou colaterais; 3.° O eldadio portugués, maior ‘ou emaneipado, com mesa, habitagio 6 lar préprios. “Art. 201." Nao podem ser eleitores: 1.° Os que nio estojam no g6z0 dos seus direitos vis. 0 politicos; 2.° Os interditos por sentenga com triusito em jul- gado 0 08 notdriamente reconhecidos como dementes, em- bora nio estejam interditos yor sentonga; 3. Os falidos ow insolventes, emquanto no forem rebabilitados; 4.° Os pronuaciados dofinitivamonto © os quo ti sido condenados criminalmente por sentenga com transito em julgado, emquanto nio for dada por expiade a res- peeiiva pena e ainda que gozem de liberdade condicional; 5." Os que ostentem ideas contrdrias 4 existéncia de Portugal como Estado independente ou propaguem dontrinas tendentes & subversilo tas instituigdes e princt ios fundamentais da ordem social Os indigontos, os que recebam subsidios da assis: tdncia pablica e os que estejam recolhidos em estabeleci mentos de beneficéneia; 7.2 Os quo tenham adquirido a nacionalidade portu- guesa, por naturalizagio ou casamento, hi menos de doz anos. Art, 208.° Nao sio elegiveis: 1.° Os quo niio podem ser eleitores; Os magistrados © funcionérios administrativos © judieiais, os funcionérios policinis @ dos servigos adua~ neiros, das contribnigies © impostos © da Fazenda Pi- Dlica ¢ da corpo diplomatico @ consular portngués; 32° Os quo tenham contrato com a frozuesia. § nico. A inolegibilidade do n.° 2.° no abrange os magistrados © funcionirios nas situagdes de licenga ili- mitada, aposontados on reformados seeyko Recenscamonto clitoral Art. 208° O direito de votar 6 verificado pelo recon- seamento eleitoral. 1662 Art, 204.° Compote A junta elahorar, consorvar @ rover anualmento 0 recenseamonto dos chefes de familia da Froguesia, - § 1° $6 serao inscritos no receuseamonto os chefet do fainilia residentes na freguesia hé mais de wm ano @ que declarem ser sua intengio permanecer nela, Exceptuam-se os funelonirios pablicos eom domi necessitio. quo sero inseritos ei seguida & nomeagio ou transferéncia. § 2! Ninguém polo ostar inserito no recenseamento do mais do dma froguesia § 32° A inscrigio voluntiria no reconseamento de uma freguesia implien a oscolia de dumicilio nessa fregnesi Art, 205." A. inserigio no reconseamento teri lugar oficiasamento ou por via de requerimento, § L® A inscrigio oficiosa far-se-i, ou por iniciativa da propria junta, om face das informacdes @ declaracdes por ela directamente colhidas, ou om eonseqiiéneis clos mapas organizados pelos servigos piblicas. ‘ $26 A inscrigto por via do requerimento tori por 1° Requerimento, escrito ou verbal, do prdprio inte- ressado, pedindo a inscri¢io no recenseamento, com 0 fundumento de quo reine os requisitos legais para ser inscrito; 2° Requorimonto, assinado por dois ou mais chefes de familia eleitores, pedindo a inscrigio do cidadios, rosidentes na freguesia, que, realizando as condicdos d& jlo eleitoral, nio se encontrem ainda inscritos. Os requerimentos « quo so refero 0 parigrafo antorior serio ilirigidos on apreseutados ao presidente da junta do fregnesia, indieadido, além do nome, a idade, estado, profissio © morada das pessoas cuja inserigio se pretende e doclarando ou confirmando a declaracio, feita polo recvaseando, de que 6 sua intengao perma necor na freguesia. $4" Qualquer chofe do familia poder recorrer du inseri¢io, ow da falta desta, para o presidente da edmara @ da decisio deste para o auditor aiministrativo. Art, 206.? A junta olaborari 0 recenseamento da fre- guosia tomando por base o iltimo recenseamento exis- tente © fazendo ndle as alteracdes que se tornom noees- sirins, de modo quo se conserve aponas a inscricto de todos ‘aqueles quo tonham as condighes do capacidade leitoral definidas neste Cédigo. Art, 207.° Nos eadernos do’ recenseamento inserever- sed, adiante do eada nome de eleitor, a sua idade, es- tado, profissio © morad: Art, 208.° O recenscamento sera rovisto anualmente a fim de sur actualizado com a inserigio de novos eleitores ou com a oliminagio daqueles cuja inscricio nio seja de manter ¢ corrigido quanto A idade, estado, profissao ¢ morada dos recenseados enja inscrigio persistir. Art, 209.° O presidente da junta poder coavocar 0 paroco, 0 regedor on quaisquér pessoas idéneas da fre- guesia, ou requisitar das estagbes offeiais os eschireci- Ientos do que necessite, a tim de obter todas as infor- magies quo julgue ateis & rovisio do recensoameato. Art. 210.° Serio eliminadus do recenseamento: 1? Os falecidos, sendo 0 dbito comprovade pela re- agin fornecida pelo consorvador do rogisto eivil ou aju- dante do respectivo posto; 2.° Os que so inscrevam no recenseamonto do outra froguesia, se esta insetigio fOr confirmada pelo presi- dento da’ respectiva junta ou comprovada por certifi- eado; 3.°'Os que so ausentom da freguosia por tempo supe- rior a um ano, salvo os casos de servigo militar, pristo ou bospitalizagio ; 4° Os que deciarem a transferéneia do seu domicilio politico; I SERIE — NOMERO 503 52 Aqueles om que se vier a verifiear algum dos fondamontos de incapacidade elcitoral enumerados no artizo 201.° $ tinico. A elimioagio por gualyuer outro fundamento 86 podera sor ordenada pelus tribunais do contencioso administrativo precodendo recurso, suegko Operagdes do reconseamanto Art. 211° As operagdes do reeenseamento terio infeio em 1 do Fevereiro de cada ano © serio assistidas 0 fis: calizadas pelo presidente da cémara municipal do eon- celho, ow delegado seu, a qudm cumpro promover o pontual cumprimento das dispusigaos legnis @ 0 esclare cimento dus Wividas quo se suseitem. $ 1 As irvosularidades verifieadas pelo presidente da camara ou polo seu delegado serio por aquele partici. padas ao governailor civil do distrito, quo as transmi- Ura wo Governo quando nfo caiba nn xia compotencia resoly6-las. § 2.° Nas feezuesias dos concelhos do Lisboa @ Porto as atribuicdes de inspeccio ¢ assisténeia as operagdes do recenseamento cleitoral pertencem ao governador civil do distrito, com a eooperacio dos adinistradores dos bairros. Art, 212.° O presidente da junta do froguosia, até oito dias antos do designado para eoméco das operagdes do recenseamento, tornaré pablico, por edital afixado nos lugares do estilo, quo a partir do dia 1 de Feverei © até ao dia 15 de Margo poderio os chefes de fami roquerer a sua propria inseri¢lo uu de tereeiros, quando tans on outros nto estiverem inseritos nos resyctiv cadernos 0 retinam ax condides de eapacida § 1 Nas freguesias situadas ent chlades ou vilas o edital seré publicady, por uma s6 vez, em um ou duis jornais locais, havendo-vs, © nas freguesias dos. conce- Thos do Lisboa © Porto far-se-i a publicagio, também por wma sé vor, om dois jornais de grande cirenlagi O presidente da junta, no proprio dia da al 20 do edital, rometeri cdpin diste a0 presidente da camara municipal do concelbo. Nas freguesias dos cor eelhos do Lisboa o Porto a edpia do edital'sera remetida 0 administrador do bairro. Art. 213." Us presidentes dus efimaras municipais, @ em Lishoa @ Porto os administradores dos bairros, re- cebidas as edpins dos editais a que so refero 0 § 2." do artigo anterior, offciarto a0 conservador do registo ci- vil ov ajudante do respectivo posto, ao juiz de direito ds comarca, aos directores dos estabelecimentos yuo sirvam para hospitalizagio de alienados @ aos directo- res de estabelecimentos de assist0ucin piibliea ov do Ddeneticencia particular existentes no coneetho, comun cando-thes 0 inicio das opcragdes do. recenseamento eleitoral e a obrigagio que Ihes ineumbe de organiza- rem as relagdes © mapas a que se refere 0 a: guint. Art, 214." Até ao dia 15 do Fovereiro sorio remetidos, 208 presidentes das edmaras municipais e em Lisboa © Porto aos administradores dos bairros: 1) Polas repartigdes © servicos eivis, militares ou mi- itatizados do Estado ou dos corpos administrativos, mapa do pessoal com direito de voto; 2) Pelos conservailores do registo’ civil ou ajudantes dos postos. relacdes dos chefos de familia nas condighes do serom eleitores falecidos no ano anterior; 8) Polos juizes do direito © auditores dos tribunais, cespociais. por intermédio dos chefes das rospectivas secro- tarias, relacbes dos individuos que durante 0 ano anterior teahain sido condenados a pena maior ou interditos, por sentenga, da regencia da sua pessoa ¢ administraciio dos seus bons, privados do exercicio de direitos politicos on 81 DE DEZEMBRO DE 1940 declarados falidos ou insolventes ¢ no rohabilitados, desde que a sentenca tonha transitado em julgado. § tinico. Os mapas, rolacdes e notas a que éste artigo se rofere individualizario as pessoas pelo nome, idade, estado, protissiio o morada e serio remetilos a0 presi- dente x eimara municipal do: concetho ow administra dor do bairro do seu ailtino domietlio. Os mapas a quo so refore o n.? 1) eontorio ainda a declaragio, que dover sor presiada perante quem os subserever, dle quo as pessoas néles meneionailas 16m 2 intongto dy permanecor na freguosia onde rosidem. Art. 215. Até ao dia 1 do Margo os chetes do secro: taria das eamaras municipais, e em Lisboa 0 Porto os secretitios das administragies dos bairros, sérvindo-se dos clementos referides uo artigo anterior, organizario, relativamento a eada freguesia, a relagto dos individuos quo, om face daqueles clomentos, devem ser inscritos ow eliminadlos do recenscamento. § 1° O processo organizailo nos termos diste artigo sera imediatamente submetido A apreciagio do presidente da camara on administrador do baitro, que, em despacho fundamentado, 0 declararé organizado em conformidade com a [ei ou ordenara as modificagdes qua tiver por ne- cessiirias $2.9 0 presidente da chmara municipal on adminis- traor do baitro providenciario de forma a que as ro- aghes a quy Gste artigo se reforo estejam definitiva- mente organizadas ¢ delas sejam entregues cépias As juntas de freguosia a quo respeitam até ao dia 15 de Margo. Art. 216.° As juntas, coligidos todos os clemontos roft Fidos nos artigos anteriores, organizardo até 1 do Abril © recenseumento goral da freguesis, pola ordem alfabé- tiea dos eleitores. ‘Art. 217." O recensenmento serit numeraido e rubricads fom todas as suas fOlhas pelo presidente da junta o tera t2rmo de abertura e encerramento, subserito polo mesmo presidente © vogais da junta, declarando-so flo térmo de encerramonto 0 mimerd de elvitores inseritos An, 218.° Una edpia fiel do roconseamonto organizado nos tormos dos artigos anteriores, © tondo, em listas se- parains, as relagdes dos ebefes do familia. quo foram climinados ¢ dos quo foram inseritos do novo, sera e: posta na sedo da junta dirante cinco dias, para oxame” © reclamacio dos interessados. Art. 219." Da inseri¢to ou da falta desta podem o interessado ou qualquer chefe do familia eleitor recla- ‘mar para o-presivonto da cimara municipal do eoacotho, ‘on em Lisboa @ Porto para os administradores dos bai Fos, nos cinzo dias imedintos av do tormo da exposigio do roconseamouto. § Ginico. Da docisio do presidente da camara ou ami: nistrador do bairro, a qual sera tomada nos cinco dias imedintos, cabe recurso, dontro dos eineo dias soguintes, para o auditor administrativo. ‘Art. 220. At6 1 de Maio os auditores admipistrativos proforisdo sontenca, sdbre todos os recursos interpostos dontro dos prazos fixados no artigo anterior. § L? Os auditores poderio fazer apensar todos os. processos do recurso da mesma freguesia cujos funda- mentos sajam idéaticos, para o*efeito de néles proferi- rem umia dniea sentonga. $2. Proferida a sontenga, da qual nio havoré re- ‘curso, 0 procosso sera enviido A junta do froguesia nas quaronta © oito horas seguintes, para esta, até ao dia 10 Uo Maio, introduzir no ‘recenscamento as altoragdos que foram ordenadas. § 8.° O reconseamento que sofrer quaisquer modifica g0es por virtudo do sentenca proferida polos auditores seri de novo patente durante cinco dias na sede da Janta a todas as pessoas quo o quoiram examinar. 1663 Art, 221° Qualquor pessoa poor tirar e6pius do re- conseamento © faz6-las autenticar pelo secretirio oi es- ctivio da junta, modinnte o pagameato de motade da taxaa que so refera 0 artigo 235.9, que tera o destino indicado uo § énico do wesmo artigo. °° junta de freguesia guardard e consorvardé sob sua responsabilidade o recenseamento, bem como to- dos os documentos que serviram para a su elaboragio, Art, 223.° O prosidonty da junta do freguesia, organi- zado definitivameato 0 rocenseamento, remotora ao pre sidento da camara municipal do concelho, © em Lisboa © Porto a0 administrador do respoctivo bairro, até a0 dia 1 do Junho, uma edpia por éle verificada @ rubri- cada om todas as suas fol ‘Att. 224.9 Rocobidas as ebpins a quo se refers o artigo anterior, o presidente da cAmara municipal, ¢ em Lis- boa © Berto o administrator do bairro, mandarto pro- coder & organizacio do livro do reconsvamento eleitoral do concelho ou bairro, do qual constario, dispostos pur ordom alfabétiea, os reconscamontos de tolas as fregue- sins que os compom. § Guico. Do livro do recenseamento, que devera estar coneluido até ao dia 1 de Julho, sero extraidas duas e6pias, para serem remetidas, ati ao dia 31 do mesmo ms, ima ao govarno civil do distriw @ outra & Direc- gio Goral de Administragio Politica e Civil. ‘Art. 225.° O vowal secretirio ow 0 escrivdo da junta do froguesia, 0 cheto de secretaria da cmara municipal € 0 seererario do govdeno eivil do distrito sto obrig: dos a passar, dentro do cinco dias ¢ independentemento do qualquer despacho, todas as cortiddes quo a requeri- mento verbal oi escrito do qualqner intorossado Ihes forem podidas, de too on parto do recenseamento ou da eépia arguivados na secretaria, medianto a toxa de 5§ por eada eortidio, aereseendo 15 por eada nome trans- erito além de cinco. $ Ginieo. A importancin das taxas cobradas nos ter- mos deste artigo constitue recoita da junta do freguesia ‘a quo respeita o reconscamento de que se extrairam as cortiddes. Art, 226.° Todo 0 processo cleitoral, incluindo os re- cearsos intorpostos nos tribunais administrativos © os ro- conhecimentos notariais, 8 isento de imposto do sélo ou do qualquer taxes, salvo 0 que fea diposio no artigo procodente, § injeo. Todos os documentos dostinalos a insteuic procossos eleitorais, e quo por ésse motivo sio abran- kidos pola isengio a que so refuro o corpo deste artigo, deverfio declarar o fim para quo sio passados, @ para nenbum outro poderto sor utilizados. Art. 227° Além do procedimento disciplinar que thes couber, inéorrem nas ponalidades eorrespoudentes a0 crime do artigo 304.° do Cédizo Penal as entidades ou fuucionarios que so recusem a passe as cortiddes ou a praticar os actos necessirios a instrucio dos recensea- entos @ procossos eleitorais ou que sejam responséveis pola sua demora. suogXo tv Apresentagao de Histas Art, 228.° Os vogais das juntas de freguesia sto elei- tos om lista completa. $ 1.° So podom ser votadas as listas apresentadas 20 president da camara municipal do respoctivo coneelho, ou em Lisboa Porto ao administrador do bairro, até dozo dias antes daquele que houver sido designado para a oleicio. z § 2° Cada lista deverd contor seis comes, sendo trés para efectivos © trés pata substitutes, © seré acompa- nhada do ama declaragio, assinada pelos aprosentantes, indicando a freguesia a quo respeita. 1664 § 3. A apresentagio das listas sera feita por eineo sleitores inscritos no roeenseaiento aleitoral, dos quais © primeiro seré considerado como mandatirio dos res- tantos para 0 efeito de os representar em todas as: 6pe- rages subseqdentes em quo tenham do intervir. § 4° Concluida a apresoatagto das listas, o presidente da efmara. ou voroador sou dolegado, © om Lisboa Porto os administradores dos bairros, procoderio & vori- fleagdo deltas, podendo convidar o mandatirio dos apre- sentantes a corrigir quaisquer doficiéncias notadas que no sojam do moldo a invalidél $.5.° As listas enja apresentacio niio obedega ao dis- posto nos §§ 1.", 2° e 8." daste artigo ter-se-io como no apresontadas. § 6.° As listas om quo figurom candidatos euja inele- gibilidade for documentalmente comprovada por qualquer aleitor ter-se-éo igualmente por nfo apresentadas se, o0- ‘vido o respectivo mandatirio, quando eomparoga no prazo que lhe for designado, nto se demonstrar a falsidade da arguigo © aquele nio’propuser outro eandidato em subs- titutglio do oliminado. 7.° Nas listas om que o némero de candidatos for sa- perior ao legal excluir-se-Zo os iltimos nomes excodentes. § 8.° Quando 0 némero de candidatos for inferior a0 fixado na lei, seré a lista havida como nio apresentada 0 © mandatirio, no prazo que lhe for assinado, a nio preencher em forma legal. $9." Os funcionérios piblicos civis ou militares na efectividade de servigo nio poderio ser incluldos nas Jistas sem prévia autorizagio do Govérno, dada pelo Mi- nistro respectivo. Art, 229.° De todas as operagtes referidas no artigo anterior serd Javrada uma acta onde sucintamento se fenumerem as razdes por que foram aceftes ou recusadas as listas aprosentadas. § 1° Desta acta, que seré assinada pelo presidente aa camara ou vereador sou delegado, 0 em Lisboa © Porto polo administrador do bairro, ¢ bem assim pelos mandatirios ou eleitores que so apresentom a declarar gue o desejam fazer, so extrairé ama cépia que serk afixada imediatamente no trio da camara municipal ow administragio de bairro. § 2." A vorificagto das listas © as decisdes que sobre elas tomar o presidente da camara ou voreador seu de- Tegado @ 0 administrador do bairro, bem como a re daceio da acts, devem estar concluldas até oito dias an- tes do designado para a eleigio. § 3. Acto soguido & aprovagio das listas, o prosi- deate da camara on administrador do bairro remeterio aos prosidentes das juntas de freguesia cépias devi mente autenticadas das que tiverem sido aprovadas. §.4° Das decisdes do prosidente da eimara ou ve- reador sea delogado © do administrador do bairro, s0- bbro aprovagdo ou rejeigto de listas, pode qualquer chefo de familia eleitor recorrer nas quarenta @ oito horas imediatas para o auditor administrative, que proferiré sentenca dentro dos trés dias imediatos. Das sentengas do auditor administrativo, que serio imediatamente comunicadas ao presidente da eimara on administrador do bairro, nio haverd recarso. § 5. As sentongas dos auditores de que resulte qual quer modifieagio is decisdes do presidente da cimata ou voreador sen delegado on do admivistrador do bairro sori imediatamente comunicadas por aquclas antorida- os aos prosidentos das juntas de froguesia a que res- peitom, a fim de lhes darem. eumprimento. seogto v Eleigdo © assombleas ou seogtes de voto Art. 280.° Os vogais das juntas de freguesia sito eleitos por escratinio secreto. I SERIE — NOMERO 303 $12 A oloigio roalizar-se-d no segundo -ou terceiro domingo do més do Outubro, conforme 0 presidente da efmara designar, 0 sor anunciada com quinze dias de antecodéncia, pelo menos, por meio de editais afixados nos lagaros do estilo © publicados em joruais locais, so os houver. § 2.° Nos concalhos do Lisboa o Porto a cleicio rea- lizar-se-4 num domingo do més de Outubro designado pelo governador civil dos respectivos distritos, nos ter- mos do paragrafo anterior. Art. 231° Cada froguesin constitue ama assemblea eleitoral. $1" Quando 0 nimero de eleitores o justifique pode- Ho os presidentes das cdmaras municipais, © m Lisboa @ Porto os governadores civis, até dez dias antes do de- signado para 0 acto eleitoral, desdobrar as assemblens em seogdes de voto, demarcando-as de forma quo cada uma destas nio abranja mais do 2:000 eleitores. § 2.° Todos os desdobramontos ordonados seriio comu- nicados ao presidente da juata de freguesia a que res- poitem © A Direcgio Geral do Administracto Politica © Gwvil. ‘Art. 282." As assembleas oleitorais devertio retnir-se em odificios péblicos 0, na falta déstes, em edificios par? ticalares, eodidos para tal ofeito. ‘Art. 283." No domingo imediatamente anterior ao do- signado para o acto oleitoral o presidente da junta, por edital afixudo nos lugares do estilo, anunciari o' dia, Tocal © hora em que reiinem a assemblea ou as seccbes do voto, tornando piblico os desdobramentos, se os houver. Art. 284.° A assembles @ as socgdes do voto serio presididas ‘por quem o presidente da efmara manicipal homear por alvarA até ao domingo anterior & eleigio. Nos concelhos de Lisboa Porto esta nomeacdo pertence a0 governador civil do distrito. §'1.° 0 presidente da efimara, ¢ em Lisboa 0 Porto os governadores civis, nomeariio também um suplente para presidir & assemblea ou secgio de voto no impedi- mento do presidente ofeetivo. § 2° As nomeagdes serio comunicndas, pelo menos até A antevéspera da oloigio, aos presidentes das juntas de froguosia, que as transmitirio aos nomeados. seogio vt Votagto 6 apuramento Art. 285. A mesa da assemblea eleitoral on seocio de voto constitue-se polas nove horas do domingo mar- cado para a eleicio. § winico. A mesa constitnida antes da hora fixada neste artigo considera-se ilegitima, sendo nulos todos os actos eleitorais em que ela interferir. Art, 236." As mesas oleitorais sito constitufdas, além do presidente, por dois escratinadores, dois secretirios © dois suplentes, todos escolhidos pelo presidente. § finico. Se uma hora depois da fixada para a forma- ‘H0'da mesa o presidente nio comparecer, ou se Osto 30 ausontar antos de terminida a oleigio, fara as suas veres © suplente nomeado ou,"na falta déste, o mais velho dos eleitores prosentes. Art. 237.° O presidente da junta de freguesia 6 ob gado a assistit 4 constitui¢io da mosa ou a fazor-se ro- Prosentar por qualquer dos vogais da junta. ‘Art. 238.° Constitulda a mesa, o prosidento da junta ou quem o represontar fara entroga ao presidente da assomblea ou seccio de voto de uma copia das listas admitidas a0 sufrigio © dois cadernos dos cleitores que podom votar o trés cadernos para néles so lavrarem as actas da eleigio, com tormos de abortara e rubricas. 81 DE DEZEMBRO DE 1940 Arf. 239.° Os boletins de voto terdo « forme reetan- gular, com as dimensdes do O",18>< 0:16, e podem sei manuseritos, dactilografados, litugrafados ow impressos em: papel alinago braneo e sem marea ou sinal exterior. § nico, Os holetins do voto inseririo os nomex dos candidatos ofeetivos ¢ substitutos. Art. 240° O presidente ¢ demais componentes da ‘que forem cleitores podem votar em primeira , 30 estiverem inscritos no respectivo caderno, se- guindo-se-thes os magistrados, autoridades © voguis dos corpos administrativos. ‘Att, 241° Depois de votarom as entidades a que se reiure a artigo anterior um dos secretitios procederi & chamada dos eleitores, pola ordei alfabética, ¢, & me- dida que cada um entrogar 0 seu boletim de voto a0 presidente, os dois escrutinadoros desearregartio simul- fancamente 0 nome do vetsnte dos cadernos do recen- seamenfo, apés 0 que a lista seri angada na urna. § Gnico. Finda a primeira chamada soguir-se-t ontra, igualmente por ordom alfabétiea, dos elsitores que nfo tiverom votado, e, terminada esta, a mesa aguardara por duas horas os eleitores qne 56 apresentem a votar, findo © que o presidente declarara encerrada a votagdo. Art, 242.9 Nas, freguesias ondo funeiono ama tnica asseiblea, logo quo a votagdo scja oncerrada proce- dor-so-i ao apuramento da oleigio, fuzendo-so & conta- gem do nimero de votos de eada lista e do cada caudi- dato nola inserito. § 1° Nas froguosias onde a votago se tenha desilo- brado por seogdes dle voto, concluida em cada una des tas a contagey dos votos de eada lista e de cada ean- didato, as respectivas mosas, depois de lavrada acta, da {qual constario os actos essericiais ocorridos, reinir-se-io na sede da junta de froguesia a fim de provederem ao apuramento du eleigdo. $2.9 A assemble do apuramento das seegdes de voto roiinir-se-& no proprio dia da eleigio, sob a presidéaci do imais velho dos presidentes dus respectivas mesas, que escolhori do entre os presentes um secretério o um escrutinador. ‘Art. 243.9 Das actas das operagBes da votagio e apu- ramento constario : A 1. Os nomes dos cidadios que constituiram a mesa; * O numero de votos obtidos por cada lista e por candidato ; ‘A lista eonsiderada oleita; 4° Quaisquer ocorréncins dignas de mencionar-se. § iinico. Desta acta serio extraidas duas copies, para serem remotidas, uma ao governador civil do distrito © outra ao presidente da cimara municipal do coucelho ou em Lishoa © Porto ao administrador do bairro. Att, 244." No apuramonto s6 serio contados os bule- tins “de voto correspondentes s listas aprovadas para sufrigio. § duico. Os eleitores poderio cortar algun ou alguns dos uomes constantes «lo boletim de voto, mas aunca sulstituclos por outros. ‘Art. 245.° Considorar-se-io eleitos os candidatos que constituem a lista vencedora. ‘Art. 246.° Se docorridas quarenta @ ito horas sobro a proclamagio nio houver reclamagdo ou protesto, con- siderar-se-80 defiaitivamonte proclamados 0s vogais elei- tos. Havendo reclamagiio ou protesto, @ presidente da camara municipal, e, em Lisboa e Porto, o administra dor do buirro, decidi-to-é nas quarenta ¢ oito horas soguintes, cabendo recurso desti dovisiv, dentro do igual prazo, para 0 auditor administrative. § tnico, 'O recurso relativo a oleigio clos vogais das juntas de freguesia seri decidido pelos auditores no ‘prazo de oito dias a contar da sua interposicio. 1665 capiT0Lo m1 unta de freguesia skegho Composigao Art, 247° A junta de freguesia 6 0 corpo adminis- trativo da freguesia © compde-so do trés vogais, cleitos drienalmente pelos ehefes de fam ‘Art, 248," Nos casos de falecimento, liconga, impedi- mento temporairio, exclasio do lugar ou porda de mandato dos vogais ofectivos, serio chamados polo presidente da junta os substitutos mais votados, ou os mais velhos quando tenha bavido empate na votagio. Art, 249.° As juntas t8m presidente, secrotirio ¢ tesou- reiro, eleitos na primeira reliniio posterior A sua eleigio. § nico. O presidente 6 substituide nos seus impedi mentos pelo secrotirio. ‘Art. 250.° As fangies de vogal da junta do freguesia sto obrigatorias o gratuitas. § 1? Constituem motivo de eseusa 1 Exercicio das fangdes de vogal efectivo da mosma, junta no quadriénio anterior, oa de substituto quando tenha servido na maior parte do quadriénio; : Idade supwrior a sessente anos i data da cleigao; 3.° Moléstia erénica de que resulte impossinilidado ou grave dificuldade para 0 exereieio do cargo. § 2° Aplica-so a0 pedido do escusa das fangBes de vogal da junta do freguesia o disposto quanto aos vogais do consetho municipal. Art. 251.° Perdem 0 maudata os vogai L.® Quo aceitem cargos ou adquiram situagBes que os tornem inelegiveis; 2 Que contraiam com outro vogal mais votado, ou, no easo do igualdade do votacio, mais velho, parenteseo por afinidado em qualquer grau du linha roctas 8. Quo, sendo cleitos vogais du.eimara municipal ou da junta de provincia, optem por qualquer destas. § inico. Nao podem ser chamados a servir efeet mente os substitutos em relacio aos quais se veritique alguma das incompatibilidades previstas nesto artigo. “Art. 252.° A exclusio do lugar ou perda do mandato de vogal sera declarada pelo presidento da camara oem Lisboa e Porto pelo govornador civil. seegXo 1 AtribugBes © cla Art, 2 Ucliberar: 1° Sobro a elaboragio, conservagio e revisiio anual do recenseameuto dos chefes de familia; 2. Sobre a orxanizacio, consorvagio @ revisio anual do recenscamento dos pobres ¢ dos indigentes da fre- guosia; 3 Sobre 0 modo de fruigto dos bons, pastos ¢ quais- quer frutos do logradouro comum ¢ oxclusivo da fre- guesia ou dos moradores do parte dela; 42 Sobre a divisio, por sua inieiativa ou a requeri- mento do dois tergos dos chefos do familia utentes, dos baldios paroquiais dispensiveis do logradouro comum e proprios para eultura quo nfo sejam destinados pelo organismo oficial competento ao ostabolecimento de ea- sais agricolas; Sobre a passagem ao dominio privado, para eoi- mate fruigdo ou aproveitarsento, dos baidios paro- quiais dispensdveis do logradouro comum e impréprios para cultura, ou fora do logradouro comum ; 6.° Sobro’a administragtio dos bens proprios da fre- guesias 2° das atribuigdes das juntas-de froguesia 1666 Sobre a plantacio do metas, arvoredos corte de lonbas nos terreaos paroyuisis, com a assistGneia téenien dos sorvigos Horostats, qutanda for julgada convenientos 8 Sobre a fruteto 0 aproveitamento das aguas pabli fas que por lei estejant ni sua adesiuistragko 92 Sobre a constragio, conservagio « reparagto de fontes para 0 abastecinento dos mora/dones da freguesia; Sobre a construgio, conervucio o reparagao dos 198 qo no estejan a cargo ds chmaras inunce 118 Sobre o estubelecimento, ampliagio e administra g80 dos cemitérios existentes na dren da freguesia; 12° Sobre a fundacio © administragio de instituigdes de utilidalo peroguial, saa dotagio e extingio, © ausilio As do inieiativa particular; 13. Sobro a administragio 0 conservagao dos tomplos © objectos mobilidrios que os guarnecem, quando nto haja corporagio fabriqueira legalmente coustituida; 14? Sobre a passaigom de atestados para que a lei thes €@ competéneia; 15. Sobro a adiinistragio dos mereados por elas criados ou de que sajam concessionérias. Art, 254.° Bin matéria de assisténcia, 6 das atribut- bos das juntas: 1° Promover, solicitar e distribuir, socorros elas pessoas necossitadas da freguesia, préviamonte inscritas io respectivo recenscamento; 2.° Promover o repatriamenty dos indigontes estra- nhos & frozuesia; 3.° Proteger as criancas pobres, promovendo a eringio © 0 auxilio a postos de protecgio & materuidade e & pri- reira inffncia ; Estabolecor enntinas junto das escvlas primirias, aulas do gimaistica infantil o coléaias do férias © subsi- diar as existentes; Fisealizar 0 tratamento dos oxpostos, desvalidos @ abandonados entragues a amas da sua froguesia, par- ticipando as efimaras ¢ as autoridades sanitirias de quem haja reecbido instructes us faltas que notars 6. Solicitar das autoridades providdncias para os ea- sos de calamidade pabliea, intornumento do alionados © condagio de onfermos para os hospitais, quando no tenbam rocursos para sor tratados om casa, 0 promover 8 organizagio de postos do socorros urgentes; 7. Subsidiar, de harmonia com a informagio dos res- peetivos professores, estadantes pobres da freguesia quo protendau: froqitontar escolas técnieas, mas sdmente em- quanto revelem zélo 0 aptidao. Art. 255." Para 0 dosenipenho das suas atribuigde’, compete as juntas do freguesia: 1.” Fazer, interpretar, modifcar © revogar posturas sobre os objectos compreendidos nos n.** 3.t, 7.2 0 8° do artigo 253.° o os regulamentos de administragio paro- ial; N22" Alienar ov aforar, nos terinos da Ici, os baldios ididos; pens 4.° Concoder serviddos sobre os bens paroquiais, sem- pre com a natureza de precirias; 5. Aceitar herangas, logados 0 doagdes feitos as fre- guesias ou a estabelecimentos paroqaiais, coatanto que a accitagio das herangas seja a benofieio de inventério; 6.° Celebrar contratos de arrendamento, wetiva o pas. sivamente, ¢ de prostagto de servicoss 72 Contratar com omprésas individuais on colectivas os fornecimontos necossdrios a0 funcionamento dos ser- & oxecagdo das obras paroquiais; foctuar seguros, contra quaisquer riscos, em com- nacionais dovidamente autorizadas; 1 SERIE — NOMERO #3 9. Tnstaurar pleitos o defender-so néles, poeudo von- fewsar, dosistir ot transizir, se nto howver ofensa de direitos de tereeivo: 10 Executar. obra recta ou ennprvitad 11° Propor ao Govérno a expropriaete por utilidate lieu dos imoveis necossirios A realizayio dus seus fins; 12° Estabeleeer taxa 132 Requorer a coruparticipagto finanesira do Estado para a realizagdo de methoramentos rursis, obras de figuas @ saneamentos; 14.2 Aprovar o orgamento claborado puto presidente; 19." Providenciar sobre a arrecadacito roguiais; 162 Autovizar as despesns do Larmonia com 0 orga piblicas por administragao die 1s Fecoitas par 11 Contratar, assulariar, low os sous empregados « assalarindoss 182 Atestar a residéncit, vida, costumes © i eondmica dos paroquianos. $1" As doliberacivs das juntas do freguesia que di- gam respeito aos n.** 1.°, 3° 04.° 0 X aquisi¢do onerusi, ou gratuita com vneurgos, do hens imobilidrios sorte submetidas & aprovagao do presidente da edmara muni- cipal on, em Lisboa 6 Porto, do governador civil. ‘As posturas paroquiais sero sompro submetidas A aprovacay do presidente da eimara, quo examinara a su logalidado © contormidade com os intoresses do municipio. Da decisio do presidente da eamara que r, punir © exonerar angio julgar da legalidade das posturas poder a junta de fre- Auesia recorrer para 0 yovernador civil ¢ da dovisto deste para o tribuoal coimpetente, © da decisio que as Julgar pouco coniormes com os interésses clo municipio poderd a mosina junta recorrer para o consellio munici- pal ou, tratandose dos eoaccllios do Lisboa © Porto, para a cémara inunicipal. As juntas do freguesia podem cominar, nas pos- turas que elaborarem, a pana de multa até 1005. $49 Sio aplicaveis as juntas de froguosia as isposi- spes dos artigos 53." 0 A4%, salvo, quanto ao primoiro, iv quo respeita A ufixagdo dos rogulamontos ¢ posturas em todas as freguosias do concellio. Art. 256.° A“pobreza on indigéacia de qualquer mo- rador da freguesia prova-se por meio de certidio ex- trafda do respectivo recenseamento paroyuial. § 1.° Consideram-so indigentes os individuos de qual- quor sexo ou idade impossibilitudos de trabalhar © sem recursos para viver nom familia que possamanté-los ou prostar-Ihes alimentos nos termos da lei civil. $ 2.° Considoram-se pobros os individuos de qualquer sexo ou idado eujo salirio ou rendimentos sejam insufi- ciente para a sua sustenfagio © dos sous, em harmonia com a classe social a que pertencam, 6 08 individuos doentos ou de avancada idade, ou do sexo feninino de qualquer idado, cujos rendimentos sajam manifestamento ingufleientes para a sua manutencko © que no tenham possibilidade de trabalhar om actividade eompativel com 4 sua sitaacio especial. “Os individuos transitoriamente desempregados so inseritos om cadastro & parte, nos termos da res- peetiva logislagio. “Da recuse de inscrigio pela janta de fregucsia pode 0 interessado recorrer para o presideate da ca- mara manieipal. §5.° A qualquer paroquiano pormitido recorrer fun- damentadamente para o prosidente da efmara municipal contra a5 inseriges no reconseamento a quo se refore este artigo. § 6.° As cortiddes de pobreza o indigéncia sito passa- das gratuitamente ¢ isontas do imposto do sélo. As cortiddos do indigéneia podem sor substitui- das por atestados passados pelo prosidente da junta, sob 81 DE DEZEMBRO DE 1940 * doclaragio jurada do dois vizinhos, quando se trato de individuos (alecidos som familia nom bens e que nio es- tivossem inseritos no recenscamonto paroguial ou em casos de ostroma urgéncia que nlo permitam esperar pela roinito dajunta. ‘Art, 257. A Tosidéncia © a vida provam-so por ates tado assinudo polo presidente da junta de freguesia, pro- coilendo deliboragio desta, que, io cxso dy os vognis da junta nao torem conhecimento directo dos factos a ates- tar, soré tomada sObro informagtos, prestadas om do- cumento, na seerotaria, por dois chofes do familia de re- conhecida probidade, inscritos no respective reccnsoa- mento, ou por dois comerciantes estabelecidas na fro: guosia, também de roconhacida probidade, $ 1° Se a possoa que necvssita fazer prova do resi- daneia for ebote do familia inscrito no recensoamento paroguial, pods o atestado ser substituido por certilao extraida do recenscamento. $ 2° A certidio do pobroza ou indigéncia que con tonba refiréncia & residéneia do interessado faz prova, plena désto facto @ dispeasa a jungto no mesmo pro- cuss0 de atestado de residénci § 8 Nos casos do urgéneia o présidente da junta poile passar os atostados a que so refere esto artige in. dopendentemente de prévia deliberagfo da junta. sEegio mt Consttutgto, re daiboragtes Art, 258. Nos anog em quo dova procoder-so & cons- lgfio de nova junta do froguesia reiinir-se-a esta no dia 5 de Novembro ara 0 ofeito da vorificacao dos po- dores dos seus mombros, da oleigio do prosidente, se- eretirio @ tesoureiro e do reprosentanto da junta ao co solho municipal, nos casos indicados aa primeira parte do § 1." do artigo 16.*, continuando porém a xntiga junta, para tudo o mais, em axercieio de fungdes até BI do Dezembro, § 1° A convocagio da reanizo sord foita pelo presi- dente da eimara com cinco dias de antecodéncia, polo menos, por meio do avisos enviados aos voguis pelo cor- roio, s0b rogisto © com aviso de recepgio, © publicados ‘om jornais locais, so os houver. § 2." Os poderes dos vogais da junta do fregnesin sordo verificados pelo presidente da’eimara municipal ou seu delogado, 0 a junta dit-so-A constituida @ poderé deliberar desde ‘que estoja verificada a legitimidade dos poleres da maioria dos vogai Art, 259.% As juntas de freguesia t8m uma retnitio ordindria monsal @ as extraordinérias que o prosidente convocar por imporiosa necessidado de servigo péblico. Art, 260.° Quando as juntas do freguesia nfo reinam por falta do nimero, 0 presidente devera logo designar nova reiinido, manciando-a por aviso afixado & ontrada do odificio onde se realizarem as sessdes da junta. ‘Art. 261.° Em tudo o mais rospeitante as rotinidos © doliboragdos das juntas do froguosia obsorvar-se-4 0 que vai disposto sobro constitufgéo ¢ fancionamento dos corpos administrativos. seogio tv Presidente da jmta Art. 2 guesia: 1.2 Convocar as reinives extraordinarias da juntas 2.° Colaborar com o presidente da Camara Muaicipal ‘om tudo 0 quo soja de interdsse para a freguesias 3.° Dirigir os trabalhos nas roiinides da junta de fre- guesia; Compote ao presidente da j 1667 borat 0 orgamnentos anizar as contas de gordneia; G.* Wsecutar v fazer exceutar as delid Inspeceionar os servigos paroquinis; 8. Prover A desobstrugio das ruas ¢ eaminhos da fre- cbes da junta 9.° Representar a junta ei julzo ow fora dele, pre- cedendo, no primeiry cuso, deliberagio sdbre 0 pleito, © escollior os advozades que forem necessirios; 102 Pablicar as posturas ¢ rogalamentos paroquiais; 11.2 Assinar toda a corrospondéneia da junta, sucgho ¥ Servigos paroq Art. 263.° As jantas de freguesia tém socretaria pr vativa, & cargo ‘do vogal seerotirio on do um oser vito, com os demais empregados que forem necessirios. Quando as suas roceitas avuais forem superiores a 250 eontos poderio contratar um fiel de tosourciro, sob proposta responsabilidade déste. § 1.° 0 pessoal das juntas de freguosia sora todo con- tratads on ussalurindo: Os empregados dos servicos paroquiais nio sio considerados funcivnirios adiinistrativos para 0 efvito da aplicagio das disposicdes deste Cédigo sobre limites de idado, seumalagdes ¢ aposontacio. Art. 364° Competo ao vogal seeretario da junta do freguesia T2 Assistir as reanides da janta ¢ lavrar as respeeti= vas actus; 2° Cortifiear, mediante despacho do presidente, os factos @ ictos quo constom dos arquives paroguiais o, independentemente de despacho, a matéria das actas das reinides da junta; 3° Subserover os atostados que dovam ser assinados pelo presidente; 4° Proparar 0 expodiente 0 as informagbes nocessi- rias paga resolugio da junta; ‘5? Submeter a despacho do presidente da junta os nogécios da competdacia déste; 6." Lovar & assinatura do presidente da junta a cor- respondéneia ¢ documentos qne dela carecain 5 72 Dirigit os trabalnos da secretaria om’ conformi- dade com us deliberagdes da junta: 8.° Conservar sob a sua guarda o responsabilidade, na sede da junta, 0 arquivo paroquial; 9.9 Dosomponhar todas as mais fungdes quo as leis ¢ regulamentos Ihe impuserem. § Gnico. O escriviio tom a compoténcia do vogal se- erotirio. Art. 365.° Ao vogal tesoureiro compete promover a arrecadagio das receitas, ofectuar 0 pagamento das auto- rizagdes de despesa e¢ escriturar o movimento da tesou: roria, apresontendo mensalmente & junta o balaneete da caisa, § finico. O fiel do tesoureiro, quando 0 haja, praticard os actos dle quo for ineumabido pelo vogal tesoureiro, den- sro da competence deste 0 sob a sun directa o mediate scalizagio. secgio v1 Unies de freguesias Art. 266° I permitido As juntas de frogucsia asso ciarom-se para a prossecugio em comam dos fins do assisténcia que por lei Ihes competirom ¢ do quaisquer outros que caibam dentro das sues atribuigdes. Art. 267.° Cada wniio do freguosia 6 dirigida por uma comissio contral das juntas do fregnesia associadas, com- posta de um presidento, designado polo governador ci- vil, 0 dois vogais, eleitos anualmonto pelas jantas. 1668 Art. 268." E obrigutéria a unifio das freguesias dos conevlhos do Lisboa e Porto. § nico. Nas unides a quo éste artigo se refore, a comissio central das juntas de froguesia é coustitulda pelo governador civil do distrito ou sou delegado, eomno presidente, @ por quatro representantes das juntas de Sreguesia. Fardo parto da éomissio, como membros con- sultivos, um representante da Direegto Geral do Assis- tencia o outro das Miseriedrdias locais. "Art, 269." As unides do freguesias terio orgamento privativo, em que se insereverio os subsidios das juntas associadas © as reeeitas propria ‘Art. 270.° Para a eleigio dos vogais da comissio cea- tral, aprovagio e discussio do orgamento por esta ola- borado e apreciacio © julgomento das contas terio as juntas de froguesia associadas uma assomblea anual. § 1.° So as juntas associadas nao forem mais de ciaco, Aologard cada ama om dois vogais a sua representacio na assomblea; sendo em mimero superior a cinco, teri cada junta uni representante. | ; § 2° A assemblon tem presidente o dois secrotatios, por ela oleitos. '§ 3” Quanto & constituigio da mesa, reGinides ¢ deli- Derugies da assembles, observar-se-é 0 disposto para as juntas do froguesi $4. Da decisio da assombloa sobre julgamento do contas eabe recurso para o Tribunal de Contas.: § 5.° Sempre quo as cootas da uniio do freguesias acusem dospesa total superior a 250 contos, sordo jul- gadas pelo Tribuval de Contas. Art. 271." As juntas de froguasia associadas rio as suas atribuigdes do assisténcia om conformidads ‘com ax fostrugdes da comissio central © sogundo o plano por esta tragado de harmonia com as indicagdes da Di- Teegho Geral do Assisténcia. cariTeLo Iv ‘Do regedor Art. 272." Em eada froguesia haverd um regedor 0 um substitato déste, ambos nomeados pelo presidente da ‘edmara municipal 6 por éle livremente demitidos, salvo nos concelhos de Lisboa ¢ Porto, om que a sua nomea gio © demissio pertencem ao governador civil. ‘Att. 273° $6 pode ser nomeado regedor 0 individuo que tiver residéncia na freguesia, saiba ler @ escrever © goze do boa reputacio. ‘Art. 274.° O cargo de rogedor 6 obrigatério, mas 0 nomeado nio pode ser compelido a servir por mais do uum ano © $6 depois de um ano decorrido sobre a exone- ragio podera ser de novo nomeado. “Art. 275." O regedor ndo vence ordenado, mas 6 iseuto de ubolovamentos em tempo de pax do imposto de pres- tagio de trabalho quo incida sobre a sua pessoa, os sous iliares © sobre as suas cousas.ou animais o de todo qualquer servigo obrigatério, no militar ou judicial, e tom direito ao uso e porte do arma do defesa, indepen- dentemente de lien $1. O regedor nio 6 obrigado a dipioma de funcves piblicas nem esta sujeito ao pagamento de quaisquer imposiges, omolumentos ou tasas por actos ou facios relatives #0 exercicio das suas fungbes. '§ 2° As cimaras municipais poderio fixar uma gra- jeagio measal. a abonar aos regedores do concelho, de importincia no superior a 305 a cada um, a titulo de compensagio por ajudas do custo e subsidios de trans: porte © marcha resultantes das deslocagées impostas pelos deveres do cargo. : * ‘Art. 276.° As fungdos de regedor so ineompativeis com quaisquer outras fungdos pablieas, excepto as de jniz de paz. 1 SERIE — NOMEKO 303 Art, 277. Ineumbe ao regedor de freguesia: .° Exeeutar e fuzer exocutar todas us ordens @ deli- beragdes municipais que lho forem comunicadas polo presidente da c&mara; 2.° Velar pela observaneia das postures municipais © paroquiais ¢ regulamentos de policia, levantando autos de transgressio, que remetera & junta de freguesia ou a secretaria, da eamara; 3° Participar ao presidente da camara todas as faltas © irregularidades que notar na administragio paroquial; 4.° Dar parte is autoridades policiais. do concelho dos crimes de que tiver noticia © das provas quo obtiver para a descoberta dos eriminosos; 5.° Coadjuvar ax autoridades judiciais © policiais em todos os actos de investigagio criminal para que o seu conearso seja requoridos 6° Tomar providencias para assegurar a ordem, se- guranga e tranqlilidado pibliea, segundo instrugdes rece- bidas das autoridades policiais do concelho, ou por sua inigiativa, nos casos urgentes; 7." Prostar ds autoridades’ sanitarias todo 0 auxilio de qne carecerem para o exercicio das suas fungdes; 8. Participar imediatamente ao delegado de suide a0 presidente da camara os fuctos porturbadores da saiido pdbliea de que tenba conhecimento, a aparigio de moléstias epidémicas ou suspeitas o as transgressdes das lois, regulamentos ¢ posturas sanitarias; 9.° Impedir que so enterrem cadaveres fora dos eomi- t6rios pablicos; 10.° Impedir quo se faga a inumagio de eadaveres sem guia de enterramento passada pela competente con- servatéria ou posto do registo civil; 1L” Atestar gratuitamente, na impossibilidade &bso- Inta da comparéneia de facultativo para a verificagio do dbito e-easo nio haja suspeitas de erime, que viu © cadaver © quais as informagdes dadas por pessoas id6- neas sobre as eatsas possiveis da morte; 12° Convocar os vizinbos para a extingto de incen- dios © dirigir os respectivos servigos, quando nio estiver presente algum séenico; 13.° Exercor quaisquer outras fangdos de que seja encarregado pelo prosidente da camara ou que as leis © os regulamentos Ihe confiram. ‘Art. 278.° O eserivio da junta de freguesia, haven- do-o, ser encarregado do expediente da regodoria, c, quando nio haja eserivio, o presidente da camara de- signaré pessoa que exerga as funcdes, mediante remu- neragio arbitrada pela junta, de acdrdo com o regedor. Art, 279." O escrivio privativo da regedoria podo ser susponso pelo regedor. mas 36 pelo presidento da cé- mara pode sor demitido, A suspensio © demissio a que este artigo se refero vio dependem de prévio pro: 0880. Art, 280.° O regedor podo ser coadjuvado, no exer- cicio das suas fungdes, por eabos do policia. § 1° A pomosgio los eabos de policia compute 20 presidente da camara, sob proposta do respectivo rege- dor. § 2° Os cabos do policia sb podem ser nomendos: 1.° Do entre os soldados na disponibilidado ou licen- ciados quo residam na froguesia, was sem prejuizo do sorvigo militar a que sejam oventualmento chamudos; 2° De entro os mancebos residentes na freguesia aparados definitivamente para o servigo militar © que tenham sido remidos ou dispensados do seu cumpri- mento; 3. Na fulta de individuos das duas classes prece- denies, de entre quaisquer outros da’ freguesia, que sojam vardes vilidos, do idade nio excedente a cin qienta anos ¢ de proferéncia slistados na Legito Por- tuguosa. § 3." O sorvigo de cabo de policia para os individuos 81 DE DEZEMBRO DE 1946 referidos 0 n.° 1.° do pardgrafo’ antecedente & obri- gatorio até A passagom as tropas torritoriais; para os Feferidos no n.° 2.°'s6-lo-A até perfazerem a idade de qaarenta © cinco anos, o para os roferidos no n.° 3.° darante um ano. § 4.° O sorvigo do cabo do policia pode sor prestado substituto oferecido pelo préprio, desde quo também seja cabo ou satisfaga as condigdes exigidas em qual- quer dos mimeros do § 2.° § 52° Os cabos de policia ndo podem ser obrigados a prostar servigo fora da freguesia, excepto para a euptura de erimiaosos dentro dos limites do respective concelho @ para a conducdo de presos uté a sede da froguesia mais proxima do concelho confinante. § 6.° As froguesias poderio, para molhor organizagio dos servigos de policia, sor divididas em secgdes, & frente das quais haverd um cabo de ordens. 8 7." 0 nimero do cabos do policia para cada fre- gquosin @ para cada secgio soré tado polo presidente ja camara, segundo as conveniéaci § 8.° As nomeagtes dos cabos de policia © dos cabos de ordens, quando a elas haja lugar, efectuar-se-io io més de Janeiro de cada ano, excepto para preenchi- mento de quaisquer vacataras § 9.° Os cubos do policia dinados a0 cabo de ordens © ao rogedor e déles reeebem instrughes para a execugio dos servigos de que forem incambidos. § 10.° Os eabos de policia podem ser suspensos pelo regedor ou pelo prosidente da etmara municipal, mas 86 por ésto podem ser demitidos © independentemente de proceso disciplinar. Art. 281.° O escrivio privativo da regedoria 0 os ca- bbos de polfcia tomam posse perante o respective regedor. ‘Art. 289." Ox rogeloren,cabos de ordeas © eabos de polieia gozam da garantia administrativa nos mesmos termos que os governadores civ Art. 283.° Das decisdes do regedor cabe recurso hie- rarquico, dentro do prazo do trinta dias, para o presi dente da cimara ou para a autoridade policial em cumi- primento do cujas ordens tenha sido tomada a decisio recorrida, havendo recurso das decisdes déstes, em idén- tieo prazo, para a anditoria administrative, ‘TITULO IV Da provincia capiruLor Dos éxgtos da administraglo proviuctal Art, 284.° Provincia & a associagio de coneelhos com afinidades goograficas, econdmicas 0 sociais, dotada de Srgios préprios para o prossegaimento de iiterésses comun: § finico. Cada provincia forma uma pessoa moral de direito pablico. ‘Art. 285." Sio Srgios da administragio provincial: 1° 0 conselho provincial; 2 A junta de provi ‘Art. 286.° Os drgios da administracto provincial tém ‘2 sua sede na cidade que for designada para capital da provincia, capiruzo 1 Do consetho prosinclal seogio 1 Composit Art. 287.° Comptem o conselho provincial 1.° Um procurador eleito por cada ama das edmaras municipais da provincia; 1669 Um procurador olcito por eada federagio do gré- mios ou sindicatos aacionais existentos na provincia, en- tendendo-se que, no caso de a federagio ser nacional ou abranger mais de uma proviucia, 86 sio eleitores os gré- mios © 06 sindieatos com solo na area do jurisdigio do eonselho a constituir; 32 Tres procuradores eleitos pelos provedores ou pro- sidentes das mesas, uduinistragdes ou ditcegdes das p soas colectivas de utilidade piblica administrative exis- tentes oa provincias ‘4 Dole procuradores leitos pelo senado de cada Universidade existente na provincia; 5.° Um procurador eleito pelos professores efeetivos dos liceus 6 institatos secundarios municipais da provin- cia 6° Um procurador eleito pelos professores efectivos das escolas de ensino téenico da provinci 7.2 Os directores dos distritos escolares da provincia. § 1.8 Os procuradores a quo s0 rofore o n° 8.° serio cleitus pelos delegados. dus pessoas colectivas de utili- dade publica administrativa do cada concelho, convocs- dos, para éss0 efeito, até ao dia 5 de Dezembro, pelo provedor da Mivericordia da capital da provincia com oito dias do antecedéncii, pelo menos, por meio de avisos eaviados pelo eorreio, sob registo © com aviso de reeop- ho, realizando-se 0 acto cleitoral sob a presidéncia do mesmo provedor, que comunieard imediatamente o resul- tado a0 respoctivo governador ci Os delegarlos de cada concelho serio eleitos, até 20 de Novembro, polos provedores © presidentes dus reforidas pessoas colectivas, eonvocados, para €ss0 eivito, com dito dias do entocedéncia, pelo menos, pelo provedor da Misoricérdia da sede do concelho, ou pelo presidente da chmara, so no houver Misorieérdia, que presidirao 20 acto © comunicardo imediatamente o resultado da eleigio ao provedor da Misericérdia da capital da provin« As fangdes conferidas nesto parigrafo ao provedor da Miseriedrdia da eapital da provincia eompetom, na Es- ra, a0 governador civil do distrito de’ Lisboa § 2.2 Os procuradores a quo so roferem os n.** 5.° 6. serio eleitos por delogados dos professores dos estube- lecimentos de ensino nélos moncionados, convocados, para ass0 ofeito, até ao din 5 de Dezembro, pelo reitor do licou da capital da provincia © pelo director da escola de ensino téenico de mais olovada categoria, que presi- dirdo 20 acto eleitoral © comunicardo imediatamente 0 resultado da eleigio ao respeetivo governador civil. Os delegados serio eleitos, em cada estabelecimento de ensino, até 20 de Novembro, polos respectives pro- fossores,, convocados, para dsse eftito, pelo reitor ou di- rector, que presidirio ao acto eleitoral © comunicario imediatamente o rosultado as entidades atris designadas. ‘Art. 288° Podem sor eleitos procuradores a0. con: tho provincial os cidadios no gozo dos sous direitos civis © politicos, domiciliados na circunserigio provin- cial, quo saibam lor © escrever © pertengam ao corpo, classe ou instituigdo que representom. § 1? Excoptuam- 1. Os funcionarios © magistrados roferidos nos n.* 2.° a7? do artigo 18.°; 2! Os membros das dircegBes, conselbos do adminis- tragio ou fiscais de emprésas, sociedades ou companhias que tenham contrato com a provincia; 32 Os diroctamente interessados om contrato com a provincia ¢ os respectivos fladores; 4° Os vogais da junta de provincia imediatamento anterior & eloigio, s6 aquola tiver sido diseulvida por facto que Ihes soja imputivel 5.9 Os ompregados das pessoas coloctivas de utilidade pablica adininistrativa com sede na provincia © sujeitas A prestacio de contas. § 2° Nao sio comproendidos no n. do pardgrafo 1670. I SERIE — NUMERO 303 anterior os funcionérios pablicos na situagio de licenga ilimitada, aposentados ou reformados, salvo os quo do- Pondam da junta do provincia ou sojam pagos pelos seus § 8.° As fungdes de procarador ao conselho provincial sto acumuliveis com as do prosidento ou vogal de camara ‘municipal ou junta de freguesia, com as de qualquer cargo do Estado © com as logislativ Art, 289.° O conselho provincial 6 eleito por quatro anos. § nico. Nos casos do falocimento, afastamento ou impedimento de qualquer vogal do consolho provincial © presidente da junta de provincia tomaré imodiatas providéncias no sentido de serom indicados pelas enti- dades compotentes os nomes dos vogais que hio-de substitul-los. Art, 200.° As fangdes de procurador ao conselho pro- vineial sio obrigatérias e gratuit § 1." Constituem motivos de escusa: L? Tdade superior a sessenta anos & data da eleigio; 2 Moléstia eroniea de que rosulte impossibilidade ou grave dificuldade para o exereicio do caro. § 2. Aplicase ao podido do escusa das fangdes de vogal do conselho provincial o disposto quanto aos vo- gais do conselho municipal. § 8.° Os procuradores quo fagam parte do conselho em conseqiéneia do exereicio de fungdes paiblicas pelas quais recebam vencimentos pagos pélo Estado conser- vam-nos integralmente durante as sessdes © tém direito a0 abono do transpurtrs até a capital da provincia, @ re- gresso, @ 4 ajuda de custo legal, pagos polo Estado, §42 05 procradores slotos polas cdmaras manic- pais 18m direito ser indemaizados por estas das des- de deslocagio e do permanéneia na capital da pro- duranto cada sessio. Os restantes procuradores t8m direito a ser ia- ados pela proviacia das despesas a que se refere © pardgrafo anterior. Art, 291° Perdem 0 mandato os procuradores que aceitem cargos ou adquiram situagdes que os toraem inolegiveis. Art, 293.9 A exclusio do lagar on perda do mandato de procurador a0 conselho provincial sera declarada pelo governador civil do distrito com sede na capital da provinei rt. 293.* © conselho provincial tem presidente, vieo- -presidente © dois secretirios, eleitos do entre os pro. euradores na primeira relinito, preferindo, quando haja empate na votagio, o8 mais velhos dos votados para pre- sideato 0 vico-presidento © os mais novos para secreti- rios. § Gnico. Na falta do presidente © do vice-presidente, assume 2 presidéacia o mais velho dos procuradores pre- sentes ©, na falta dos socrotarios, desempenhario as res- peetivas fungdes os mais novos. ‘Art, 294.° Nos anos om quo deva proceder-se & con titaigo do conselho provincial as cémaras municipais, 08 organismos corporativos, a Misericérdia da capital da provincia @ os estabelecimentos de ensino deverio comunicar ao governador civil do distrito com sede na capital de provincia, até ao dia 8 de Dezembro, os nomes dos sous representantes. stogto m Compoticia Art, 295.° Compete a0 conselho provinci 1.° Bleger quadrienalmente os vogais da junta de pro- vineia @ respectivos substitutos; 2° Dar parocor sobre o plano anual de actividade da junta de provincia ¢° discutir © votar 0 relatorio de ge- réacia; 3.° Discutir © votat, sob proposta do presidente, as bases do orgamento ordinirio da provincia; 4.° Pronuaciar-se sdbre as deliberagdes ‘da junta de provincia que, nos termos déste Cédigo, dependam da Sua aprovagio para so tornarem executéria seogio mt Constitute, sosies, ratios delboragos Art, 296.° Nos anos em que deva proceder-se & cons- titulglo do novo conselho provincial rednir-se-& éste no dia 15 de Dezembro s6 para o efoito da vorifieacio dos poderes dos sous membros © da eleigéo do presidente, vice-presidents @ secretirios o da junta do provinci contiauando porém 0 antigo conselho, para tudo o em exercicio de fangdes até 31 do Dezembro. § 1 A convocaglo da retiniio seré feita pelo gover- nador civil do distrito com sede na capital da provineia, ‘com cinco dias de antecedéncia, pelo menos, por meio de avisos eaviados pelo correio, sob registo ¢ com aviso de rocepelo, © publicados om dois jornais da capital da provincia, se os houver. § 2° Os poderes dos procuradares serio verificados polo magistrado instalador, considerando-se aquele cons- fituldo 6 podendo deliberar desde que esteja verificada a legitimidude dos poderes da maioria dos procuradores. Art. 297° O eonselho provincial refine om sessio ordi- niria no dia 2 de Dezembro de cada ano, § 1? A sessdo ordindria durara o maximo do quinze dias, § 2.° Durante a sessio ordinitia celebrar-se-Ao as rea ‘ides que forew necessirias, dovendo o presidente anun- ciar, no final do cada reoido. 0 dia © hora da sezuinte. ‘Art. 298.° A convocacdo da sossto ordinaria do con- solho provincial sera feita pelo presidente, dentro do prazo © pela forma estabelecidos no § 1.° do artigo 296. Art, 299.° As sesses extraordindrias durardo 0 ma- ximo deo oito dias © serio coavocadas pelo presidente, quando o julguo nocessirio ou quando o requeira um t6rgo dos procuradores om oxercicio. § Gnico. As sossdos devem ser sempre convocadas com cinco dias de antecedéncia polo menos, e, quando roqueridas pelos procuradores, dentro de trinta dias con- tados da data do requerimento. Art, 300.* As rednides do conselho provincial podora assistir 0 governador civil do distrito com sede na ca- pital da provincia, tomando lugar & direita do presi- doate. ‘Art, 301° As actas das reinides dos conselhos pro- vineiais sio redigidas © subscritas pelo chofe da secre- taria da junta de provincia e assinadas pelos membros aa mosa. § fnico. A acta da éltima retnito de cada sessio ser aprovada no final da mesma retiiio. ‘Art, 302.° Os conselhos provineiais deliberam por le- vantados e sentados, salvo se tum t8rgo dos procuradores prosentes requorer a votagio nominal, ‘Art, 308.° Em tudo o que sobre coustituigio, ret nides 0 doliberagdes do conselho provincial nite fica es- pecialmente regulado aplicar-sé-4 0 que vai disposto ‘sobre constituigdo e funcionamento dos corpos adminis- trativos. caPiTULo 1m Do junta de provinels seogko Composizae Art. 804.° A junta de provincia 6 0 corpo adminis trative da provincia © compde-se de presidente © vice- =presidente, que serio 0 prosidente e 0 vice-presidente 81 DE DEZEMBRO DE 1940 1671 do conselbo provincial, © do trés vogais, eleitos por ésto de entre os procuradores na sua rednito de constituigio. Art. 805.° O conselho provincial olegeré tantos subs- titatos quantos os efectivos. § L* Nos casos do falecimento, licenca, impedimento temporario ou cessagio de fungtes dos efectivos, sordo chamados pelo prosidonto da junta os substitutos mais votudos, on os mais velhos quando tenha havido empato na votagio. $2." Quando, osgotada a lista dos substitatos, ainda nko ficar completo 0 némero dos vogais da junta, serto chamados, como suplentes, os procuradores ao conselho provincial’ qne o presidente designar. ‘Art. 306.° Podom ser eleitos vogais da junta de pro- vincia os que podem ser eleitos procuradores ao conse- Tho provinei $ tinico, Exceptuam-se 08 que tenham com o pres deate, vice presidents on outro vogal mais votado, ou, no caso de igualdade de votugio, mais velho, ou com i inidado on con- ‘Art. 307.° As fangBes de vogal da junta de provincia sio obrigatorias © gratuitas. Constituem motivo de escusa: 1.* Téade superior a sossenta anos & data da cleigio; 21° Moléstia crénica de quo resulte impossibilidade ou grave dificuldade para 0 exercicio do cargo; 3. Exereleio do fungdos de vogal efectivo da junta no quadriénio anterior, ou de wubstituto om supioate, quando toaha servido na maior parte do quadriénio. 4.° Denexagio de autorizatio do Ministro rospectivo quando 0 eleito seja funciondtio o por loi carega dessa autorizagio para o exercicio de cargos alheios as suas fungoes. § 2° Aplica-se ao pedido de escusa das fungdes de vogal da junta de provincia 0 disposto quanto aos vo- gais do conselho munici ‘Art, 308.° Berdem o mandato os vogais da junta do provineia: 1.* Que contrainm com o presidente, vice-presidento fou outro vogal mais votado, ou, no caso de igualdade de votagio, mais velho, ou com o chefe de secret parontoseo ‘por afinidade om qualquer grau da linha recta 2°" Que accitem cargos ou adquiram situagdes que, nos termos deste Cédigo, os toraom inelegiveis; 32 Que sejam presidente ou vogal do qualquer ct- ‘mara municipal oa junta de freguosia © declarem, até & constituigio da juata, quo optam pelo servigo dé outro corpo administrativo. $ Gnico. Nao pode sor chamado a sorvir efeetivamento © substituto ou suplonte em rolagto ao qual se vorifiquo qualquer das ineompatibilidades 2 quo ésto ar refere. ‘Att, 809.° A exelasio do Ingar ou porda do mandato de vogal da junta de provincia sera declarada pelo go- vernador civil do distrito com sede na capital da pro- vee B10. As de vogal da j vin rt, 810.° As fancdes de vogal da janta do provincia nfo estio sujeitas a quaisquer outras inolegibilidades ou incompatibilidades, além das expressamento designadas nos artigos anteriores. ‘ Atributgdes Art. B1L° As juntas de provincia tem atribuigdes: - 1.* De fomento’e coordenacio econdmica; 2! De cultura; 3. De assistéacia, , Art, 812.* No uso das atribuicdes do fomento e coor- denagko econdmica, pertence as juntas de provincia de- liberar: 1° Sobro a realizagto do inquéritos relativos & vida econémica da provincia o seu incremento; 2.° Sobre o aproveitamento © divulgagio do estatis- tieas que intoressem & economis regional; 3.* Sobre o estado de planos de melhoramentos quo, em seu entender, devam sor executados pelo Estado, na provincia, ou pelas c&imaras monieipais, nos respectivos coneethos; 4.° Sobre a conveniéncia de harmonizar os interésses econémieos das indastrias © actividades do maior impor- taneia para a provincia; bre a realizacio de exposicdes rerionais; Sobro a instituigto de prémios destinados a esti malar a agricultura 6 a pecudria; 7.2 Sobre a instituigho do bolsas do estado para a aprendizagom dus técnicas dteis ao progresso da eco- regional; Sobro o subsfdio a escolas téenicas destinadas a . Tostaurar, manter @ desenvolver as indistrias rogionais tradicionai Art. 313.° No uso das atribnigbos de cultura, pertonce as juntas de provincia deliberar: : i.* Sobre a criagio © manutengo de musous do arto regional © arquivos provinciais; ‘e"Sobre a recolha, iaventariagto © publieacko das tradigdes populares regionais © mais folclore da pro- vinci; * Sobre o inventario das reliquias arquoolégicas @ hist6ricas, dos monumentos artisticos © das belezas na- turais oxistontes na provincia; ° Sobre cousorvagio © divulgagio dos trajes 0 costumes regionais; .° Sobre o auxilio a conceder a associagdes ou ins- fitutos culturais da provincia; 6.° Sobre o estudo das formas dislectais existentes na provineia on em parte dela. Art, 314° No uso das atribuigdes do assisténcia, per- tence as juntas de provincia: .* Estudar @ submeter & aprovacdo superior os planos do assisténcia social acomodados as cireunstincias @ ne- cossidades da provincia, © que devam executar-so pelas forcas das autarquias locais em eooperacio e coordena- io com as iniciativas particulares ou com a compartici- pagio do Estado, quando for caso disso; 2° Subsidiar @ realizagio dos planos aprovados, ou a oxtonsio a novas modalidades da actividade assisten- cial exerci elas organizactos exstontos na provincia ‘Art, 315.° Incumbe as juatas de provincia deliberar s0bre 0 arrendamento, aguisigfo ou coustrugio © con- servagio dos edificios inispensaveis para as reparticdes distritais, incluindo os tribunais do trabalho, @ s6bre o respectivo mobiliario. ‘Art. 316.° Para 0 desemponho das suas atributgbes, compete as juntas de provincia: 1? Fazer, intorproter © modificar os regulementos necessirios 4 administragio provincial e revogar os di ponsdvois . 2° Elaborar o tombo da sua propriedade urbana © 0 eadastro da sua propriedado ristica: 3° Adquirir bons mobilidrios e imobiliérios para ser- vigo da provincia e alienar os que forem dixpensivei ‘4° Aceitar herangas, legados © doagdes feitos & pro- vineia ou a estabelecimentos provinciais, contanto que a accitagio das heranca: benefieio de inventério; 5° Celebrar contratos de arrendamento, activa e pa sivamento, © de prestagio de servicos; * Contratar com emprésas, individusis ou colecti- vas, 08 fornecimentos necessirios ao funcionamento dos sorvigos © & execugio das obras provinciais 1672 I SERIE — NOMERO 803 7. Bfectuar seguros, contra quaisquer riscos, em com- panhias nacionais devidamonte autorizadas; 8.° Instaurar pleitos e defender-so néles, podendo con- fessar, dosistir on transigir, quando nfo haja ofensa de direitos do torceiro; 9.° Executar obras piblicas por administragto directa, ompreitada ou concossio; 102 Propor a0 Governo a expropriagio por utilidade piblice dos imbveisindispensivis & reaizacio dos sous 112 Votar os adicionais as contribulgdes do Estado autorizados neste Cédigo; 12.° Contrair empréstimos, estabelecer sua dotagho © estipular as condigdes de amortizagio ; 18.° Aprovar 0 orcamento ordinério, elaborado polo presidente sdbre as bases sancionadus polo conselho pro- vinci, © 8 orsamentos suplementares elaborados do 14° Providenciar sobre a arrecadagio das reccitas provinciais; 15.° Preparar as contas do goréne Julgamento; 16. Nomear, contratar ou assalariar, promover, trans- forir, louvar, punir, aposontar @ exonerar os fancionirios @ assalariados provinciais @ modificar e revogar 0s res- peetivos actos. Art. 317.° Nio 6 pormitido &s juntas do provincia con. ceder subsidios permanentes ou espociais on donativo a associagdes ou institutos humanitarios ou de assisténcia que nio estejam a sou cargo, salvo o disposto no x. do artigo 314, Art. 318.° Carecom da aprovagio do conselho provin- al, para so tornarem executérias, as deliberagbos das juntas de provincia respeitantes: 1° A empreitadas de obras do valor superior a 50 contos; 2° Ao lancamento de impostos ou taxas on aumento remett-las para 32 A roalizagto de empréstimos; 7 4 A contratos de fornecimentos por tompo supericr a um ano, Art. 319.° Soro submotidas a aprovagio do Govérno, depois de saneionadas pelo conselho provincial, as doli- boragbes das juntas: de provincia que impliquem a exe- cagio, por administracio directa ou por ompreitada, de obras piblicas de valor superior a 8:000 contos e as res- peitantes a empréstimos © a langamento de impostos. § 1° A oprovacio seri pedida pelo presidente da Janta de provincia ao Ministro das Obras Piblicas ¢ ‘Commnicagoes, tratando-so de obras, e a0 Ministro das Finangas, tratando-se de empréstimos ou langamentos de impostos. §2.° As contas das juntas de provineia siio julgadas pelo ‘Tribunal do Contas. ‘Art. 820.° Compete ao presidente da junta: 1.° Couvocar as retinides extraordinrias da junta ¢ 4 sossto ordindria © as extraordindrias do conseiho pro- vincial ; 2. Dirigir os trabalhos das relinides da junta @ do conselho provincial ; 3° Elaborar o rolatério anual da geréneia du junta, para sor submetido & aprociagio do conselho provincial 4.° Elaborar, de acdrdo com a junta, o plano anual do actividade desta © aprosonti-lo’ 20 conselho provin- cial 5. Proparar as bases do orcamonto ordinérié, elabo- Tilo sobre as que teubam sido aprovadas pelo conselho provincial © submott-lo, bem como os orgamentos suple- ‘montares, & aprovagio da juntas 6° Autorizar as despesas orgamentadas de harmonia com as deliberagdes da junta; 72 Submeter a julgainento as contas de geréncias 8.° Dirigir e inspeceionar os servigos de secretaria © tesouraria provineiuis; 9.° Roprosentar a provincia, em juizo © fora déle, precedendo, no primeiro caso, deliberacio da junta de provincia sobre o pleito, o escollier os advogados que forem nocessirios 10.° Executar e fazor executar as deliboragdes da junta, de provincia e do conselho provincial; 11° Assinar a correspondéncia expedida pela junta com destino a quaisqner autoridades, corpos adininis- trativos © reparti¢bes piblicas, podendo, porém, dologar no chofe de seeretaria « assinatura da correspondéneia de expedionto corrente. ~ -§ nico, Das decisdes tomadas pelo presidente da junta em oxecucio das doliberacdes da junta de provincia ou do conselho provincial cabe recurso para 0 drgto que tiver tomado a deliberagio cxecutada, sem prejuizo do recurso contencioso que desta posse intorpor-se, © no prazo fixado para a sua intorposiglo. snogio mr Consttuigto, retnides 0 iboragies Art. 821 A junta de provincia, constitue-se no dia 2 de Janeiro e, varificados os podores dos sous membros, entra imediatamente em exereicio. § L® A convocagio da reiinido sera foita pelo gover- nador civil do distrito com sede na capital da provincia com cinco dias de antecedéneia, pelo menos, © pela forma estabelecida no § 1.° do artigo 296.° § 22 Os podores dos vogais da junta dp provincia sordo verificados pelo governador civil, dizendo-se aquela constitnfda © podendo deliberar desde quo esteja veri ficada a logitimidade dos poderes da maioria dos vogai Art, 322° As juotas de provincia tm uma retnito ordiogria quinzenal e as extraordindrias que forem con- voadas pelo presidente. Art. 323.° As reiinides da junta de provincia 6 aplici- vel 0 disposto no artigo 300. Art. 324.° Os vogais quo residam fora da capital da provineia t8m direito ao abono das despesas de deslo- cago nos dias de retiaiko da janta, por conta do orge- mento provincial. Art. 825.° Bm tndo o mais respsitanto A constituigio, relinides © deliberagies da junta de provincia aplicar- e-4 0 quo vai disposto sObro constituiglo @ funciona. mento dos corpos administrativos. CAPITULO IV Dos servicos provineials Art, 826.° Os servigos provinciais compreendem: 1.° Secretaria © tesouraria; 2° Servigos especiais. Art. 827.° Bm tudo o que diz respeito a servigos pro- vineiais observar-so-4, na parte aplicivel, 0 neste Cédigo quanto @ sorvigos muniefpais. § nico, As fungdes do tesoureiro provincial, quando 4 receita ordindria apurada pola média arrecadada nos ‘ltimos tres anos, nao exceda 1:500 contos, sorio, Ame dida quo vagarem aquoles lugares, dpsempenhadas pelo tesourejro da Fazenda Palilica do concelho du capital da provincia, mediante a gratifleaglo de 2003 ou 3003, eon. forme so tratar de provincias com receitas ordindrias até 600 ou de mais de 600 a16 1:500 contos. 81 DE DEZEMBRO DE 1940 TITULO Vv Da constituigto e funcionamento dos corpos administrativos em geral capiTULo 1 Da constitutgto dos corpos ad latrativos Art. 828° Os corpos administrativos constituem-se nas datas fixadas neste Cédigo, entram em exercicio de fungbes no dia 2 de Janeiro e fancionam além do tempo por que forum oleitos emquanto nio estiverem legal. mente substitaid: § 1. Os magistrados admiinistrativos quo nio convo- carom os corpos administrativos nos prazos e pela forma estabelecidos neste Cédigo sordo domitidos. § 2° O magistrado administrative que tiver convo- cado a reiinitio, desde que julguo legitima a eleigio de, , polo menos, metado © mais um dos cleitos, conferiré posse aos presentes e declararé constituide 0 corpo administrativo. § 3° Sempro que o magistrado instalador suscite a qaestto da validado da oleigto de algum ou alguns vo- gais, submeté-la-d, apés a constituigto do corpo admi- istrative, a julgamento déste. Da deliboragto tomada abe recurso eonteucioso, que poderd ser interposto pelo refurido magistrado admiuistrativo ou pelo iuteressado, sem prejuizo dos recursos interpostos no processo olei- toral. § 4° Se ao magistrado instalador parocer ilegal a eleigéo de todos ou da maioria dos vogais do corpo administrative, continuardo em exercicio os que sorviam A data da eleigio @ serd 0 procosso eleitoral remetido, dentro de vinto © quatro horas, ao agento do Ministério PGblico junto da competent anditoria administrativa, fa fim de, com promogio deste magistrado, serem deci- Aides pelo aaditor, no prazo de trinta dss, as dévidas * suscitadas. ‘Art, 829.° Nioguém pode portoncer ao mesmo tempo a mais do um corpo administrative. § fico. Aquele que for eleito pare mais de um corpo administrative declarard por qual opta ao presidente do que nilo quiser pertoneer, dentro do prazo do & conter da data da eleigto, entendendo-se, quando no faga a doclaragto, que opta pelo da cireuns- ‘erigo superior. Art, 830.* No acto da posso os vogais dos corpos administrativos prestario juramento nas mios do na gistrado administrativo competente ou seu delegado. § 1° Os vogais quo nio tiverom tomado parte na retlaiio de constituigio dos respectivos corpos adminis- trativos @ 0s substitatos © supleates prestario juramento nas miios do presidente quando se apresentarem ou fo- rem chamados a servir. § 2° A formula do juramento 6 a seguinto: «Juro de- sempenhar fielmento ab fuugdes que me sio confiadas». Art. 331.° Os vogais dos corpos administrativos que sem motivo justificado deixarem de tomar posse ou aban donarem as suas fungdos antes de substituldos nelas ia- correm na perda do direitos politicos por cinco anos © na multa de 2.0003, uma o outra aplicadas por sentenga do juiz de dirsito da rospoctiva comarca. § 1° Justificam a falta do posse, no dia designado para esta, doonca do vogal quo impega a sus prosenga © qualquer caso fortuito ou do forga maior, que o corpo administrativo apreciar. § 2.° Sio compotentos para participar os factos punt veis por ésto attizo o presidente do corpo administrativo, € 0 magistrado instalador, dentro do pruzo de trinta dias decorridos sobre a constituigio do corpo administrativo, ou depois 4e cinco faltas soguidas, nko justificadas, a + Teiiaides. 1673 Art. 382,° Tudo 0 que, em matéria de oletgdes, nto esteja especialmonte previsto neste Cédigo serd rogilado pelas leis eleitorais. CAPITULO It Do fancionamento dos corpos admialstrativos secgio 1 Reunites : Art. 883.° Os corpos administrativos vatnem nos edi- Sicios © salas para tal especialmente destinadas. Qual- quer novo local do reiinides seré anunciado, com anteci- pacio nunca inferior a oito dias, por editais afixados nos lugares do estilo, ‘Art. 334.° Os corpos administrativos nto podem deli- berar sem que esteja presento a maioria do nimero legal dos sous membros, § finieo. Si0 membros do corpo administrative o pre- sidento © 08 vogais. Art, 885.° As deliberagdes dos corpos administrativos 86 podem ser tomadas depois de a rediniio haver sido declarada aberta pelo presidente © antes de haver sido encorrada, Art. 336.° As retinibes dos corpos administrativos péblieas, mas a nenhum eidadio permitido, sob qual- quer protexto, intromoter-so nas diseussdes e aplaudir oa Toprovar as opinides emitidas, as votagtes feitas as de- liberagdes tomada § nico. Aquele que violar o disposto neste artigo serd preso, autuado © imediatamonte eatregue aos tribunais ordindtios, ineorrendo em multa até 5.0008, sem pri Julzo da aplicagio de qualquer outra pena, quando haja acumulagao de crimes. Art, 887. As retnides dos corpos administrativos sfo ordindrias 0 extraordinarias. Art. 338.° Nas redvides ordindrias podem os corpos administrativos deliberar sobre todos os assantos das soas atribuigdes © competéncias nas extraordindrias, sd- mente ueérea dos assuntos para quo tenham sido expres- samente convocados. Art. 839.° As cAmaras municipais, as juntas de fre- 6 as juntas de provincia celebram as suas retnides ias periddicamonto, nos tormos déste Codi dias © horas fixados na primeira retnito realizad: a oloigto. °§ 1? Qualquer alteracko quo so faca posteriormente, quor do dia quor da hora das refinives, sord anunciada por editais afixados nos Ingares do estilo com a anteci- pacdo do oito dias, pelo menos. § 2.° Para o efeito do disposto neste artigo considera- -se sempre primeira redniio apés a eleicio a colebrada para a entrada em exercicio de fungdes no dia 2 de Janeiro, Art. 340.* Os corpos administrativos terfo as retinites extraordindrias que forem convocadas pelos prosidentes. § 1.* Aos prosidontes portonce a decisio sdbre a opor- tunidade da convocacio extraordinria, mesmo quando esta Ihes seja requerida pelos vogais do. corpo adminis- trativo. § 2.° Na convocacio devem mencionar-se, expressa @ especificadamente, os axsuntos a tratar. ‘Art, 341.° Aos presidentes dos corpos administrativos pertence abrir @ encerrar as retnides, dirigir as dis- cussdes, dar © retirar a palavra aos vogais, submoter 08 assuntos a votaclo, regular a ordem dos trabalhos ¢ tomar as providéncias necossérias para quo as rolloides io sejam perturbada $ Guico. O presidente s6 “pode retirar a palavra, do- pois de primeira © segunda adverténcia, aos vogais quo 1674 no uso dela so afastom da matéria em discussio ou nfo guardem a devida compostura. Art. 342,° B da competéneia dos corpos administra- + tivos conceder licengas aos seus membros @ julgar justifi- eadas, ou nflo, as suas faltas. '§ Le As licencas acs membros dos corpos adminis- rativos niio poderio exceder trés meses em cada ano. $2. Por cada falta no justificada incorrerio os vo- gais na malta de 208. § 3° Exeeptuam-so as licengas aos presidentes das que sio da competfacia dos gover- sxogio 1 Deitoragios Art. 343. Os corpos administrativos sto independon- tes dentro da drbita das suas atribuigdes ¢ as suas deli- eragdes s6 podem sor susponsas, modificadas ou ana- ladas pela forma e nos casos previstos neste Codigo. ‘Art. 844.° Os corpos administrativos s6 podem de- yerar no exerefcio da sua competéacia © para realiza- gio das rospectivas atribulcdes. ‘Art. 345." & nulo todo 0 acto ou contrato que tenha por objecto a roniineia ou a transferéncia, para qual- quer individuo on entidade, pablica on privada, do exer- cicio da competéncia conferida pela lei aos corpos admi- nistrativo: ‘Art. 346.° Os corpos administrativos sto obrigados a doliberar sobre os assuntos da sua competéncia deatro do prazo do triata dias contados da data em que lho requeiram quaisquer intoressados 1! A falta de doliberagio dentro do prazo extabo- lecido neste artigo equivale, para efeitos de recurso con- tencioso, a0 indoferimeato do requerimento apresentado. § 2° Se, interposto recurso contencioso, éste for jul- gado procedento, o auditor condonard solidariamento, nas perdas e danos cansados pela abstengto, os membros do corpo administrative em exere(eio 20 tempo do re- querimonto. § 3. Para o,efoito do disposto neste artigo os fuu- cionérios a quém seja presente qualquer requerimento sObre que deva incidir deliberagdo dos corpos admin’ trativos ou docisio dos respoctivos prosidentes sio obri- gados a pasar rocibo datado no duplicado ou eépia apresentado pelo requerente, sob pena de incorrerem em responsabilidade disciplinar. ‘Art. 347.° As doliberagdes dos corpos administrativos sio tomadas & pluralidade absoluta de votos dos mom- bros prosontes, votando primeiramente os vogais © por fim 0 presidente, § 1.2 No caso do empate o presidente tom voto de qualidade, obsorvando se, quanto a0 eserutinio secrete, © disposto no § 1.° do artigo 349. § 2° So no primeiro escrutinio nio houver maioria absuluta do votos uem empate, proceder-so-é imediata- mente a nova votagio, e, se nesta suceder o mesmc sord a deliberacio adiada para a relinito seguinte, ba: tando entio a maioria relativa, Art, 348.° As deliberagdes dos corpos administrativos sto tomadas por votacio nominal, salvo o disposto no artigo seguinte. ‘Art. B49. As deliboragdes respeitantas & nomoagio, promogdo, louvor ou exstizo de funciondrios o, em geral, as que envolvam apreciagdo do mérito ou demérito do qualquer pessoa serio tomadas por escrutinio secreto. § 1° Quando baja ompate em votacio por eserutini seereto, procedor-so-d imediatamente a nova votacio, @, 60 0 ompate se mantiver, ficard 0 assunto adiado para a reGnito seguinte; mas $0 na primeira votagho que nesta se realizar ainda hoaver empate, procedcr-se-d a votagio nominal. I SERIE — NOMERO 308 § 2° A votacHo por escratinio secreto pode receir s0- bro uma proposta e ser precedida de discussio. Art, 850.° Nenham membro pode escusar-so do votar sobre assunto tratado om retiniso a que assista, salvo estando por lei inibido de o fazer. § 1.° 0 voto com lista branca, nas votagdes por et erutinio secreto, equivale & escusa de votar, 0, 8¢ pader influir no resultado da deliboraclo, considerar-s nula a votagio, que se repetiré, na mesma ou em alt riores relaides, tantas vozes quantas as necessdrias para quo a deliberagio seja valida. $2" Os membros dos corpos administratives podem justificar resuwidamente 0 seu voto, salvo so a votagio for por eserutinig secreto. § 32 Os membros dos corpos administrativos quo vio- em o disposto nosto artigo sio considerados como tendo faltado As rospectivas rotnides som motivo justficado. Art, 351.° Os membros dos corpos administrativos nio podem assistir a rotinides ou a parte daquelas em que forom tratadas questdes quo Ihes digam respeito ou @ sous parentes consangitineos ou afins até ao tereeiro grav, ou ainda a pessoa, singular ou colectiva, de que Sejam mandatarios ou ropresentantes legai § dnico. As incompatibilidades e impedimentos resul- tantes do parentosco por afinidade subsistem ainda dep de distolvido 0 easamento que lhes tenha dado origem. ‘Art, 352.° Os membros dos corpos administrative ainda quando s0 encontrem de liconga, no podem tomar parte ou interésse nos contratos por estes eolebrados, sob pena de nulidade do contrato © perda do mandato, ‘Art, 353.2 De tado 0 que ocorrer nas retinides dos corpos administrativos se Javraré acta om livro especial, numerado e rubrieado em todas as folhas polo presidente, que assinaré os termos de abertura © encerramento. ‘Art, 354.° A acta de cada retniio serd redigida subscrita pélo chofe do secretaria ou eserivao tida & aprovagto do corpo administrativo na redniio se- guint Nos casos em que 0 corpo administrativo assim 6 delibere, a acta seré aprovada em minuta no final da a que disor respeito langada depois n0 res- peetive livro. § 22 As actas sorfio assinadas pelos prosidentos apés 1 reiinito de aprovacio. ‘Art, 855.° As deliberagdes dos corpos administrativ 86 so tornam executérias depois do lavradas ¢ aprovadas actas do onde constarem, ¢ s6 por estas poderio ser provadas, salvos os casos de extravio ou falsidade, om que serio admitidos todos os meios de prova. § 12 As certiddes das actas devem ser passadas, dependentemente de despacho, pelo chefe do secretaria ou escrivio do corpo administrativo, oa quem suas vezes fizer, dentro dos oito dias seguintes & entrada do res- pectivo requerimento. * So as actas de que so pedir cortido respeitarem 1a geréncia finda bé mais de cinco anos, prazo a que so relere o pardgrafo anterior soré de quinze dias. '§ 3° A infracezo do disposto nos pardgrafos anto- rioros constitue falta disefplinar ¢ 6 puaivel com a mult de 1008, splicada pelo juiz do direito da comarc a requerimento, fuudamentado e instrufdo, do interessado. Art. 356.° O titulo dos direitos conforidos aos parti- culares por doliberagdes dos corpos administrativos que 08 iuvistam om situagdes juridicas permanentes serd am alvard expedido pelos respectivos presidentes. § 1° Excoptuam-se os casus para que a lei presereva, forma especial § 2.° Os alvaris expodidos om execugo de delibera- ‘goes dos corpos administrativos sero registados em livro proprio existente nas secretarias déstes. 31 DE DEZEMBRO DE 1940 § 8° As disposigdes désto artigo aplicam-so também nos casos em que o prosidente da eimara exerga com- petoncia prépria e nio de mera execucio. Art. 857.° As doliberagdes dos corpos administrativos podem ser por estes ratificadas, revogadas, reformadas u convertidas nos termos previstos no artigo 83.° para as decisdes do prosidento da camara, $ Gnico. As doliberagdes dos corpos administrativos, ‘bem como as decisdes dos sous Srgios executivos, quando aulas ¢ de nenhum efeito, podem, a todo o tempo, ser por éles docluradas inexisteates, mas nfo ratificadas, re- formadas ou convertitas. seopio mm Especialdades de algumas deiboragtos somanogio 1 ‘onag eos bens pipes Art, 858,% As deliberacdes que envolvam alienagio de bens préprios imobiliérios dos corpos administrativos 86 serio vilidas quando tomadas por maioria absoluta do némero legal dos sous membro § L° A alivnagio soré foita em hasta pablica, indo- pendeatomente dus leis de desamortizagio, precedendo edital de, pelo menos, vinto dias. § 2." O produto du alienagao deverd converter-se em . fundos ou outros bens que constituam patriménio do corpo administrative, § 3.° Exceptuam-so do disposto neste artigo ns cessdes para alihamento permitidas As camaras muaicipais, a veuda dos terrenos que sobrom das wxpropriagdes por utilidade pablica, a adjudicagio de moradias para classes pobres, # alionagio a favor do Estado ou de outras pos- soas colectivas de direito pablico © quaisquer outras alionagdes excoptuadas por lei. Empreadas«frsecinests Art. 859." As deliberacdes definitivas sobre contratos do empreitada ou de forneeimonty 86 podem sor tomadas apés coneurso piblico, precedendo edital de, pelo menos, vinte dias, § 1° O corpo administrativo deliberaré primeira- mente a abertura de concurso, aprovando os respectivos programa e caderno de encargos, quo sero patenteados a tolos os intoressados durante o prazo do edital. § 2° Se no coneurso nto tiver havido licitantes, abrir-se-4 nova licitagdo com o aumento de 10 a 20 por conto sobre a baso da licitagdo primitiva, conforme 0 presidente fixar, ©, se ainda assim os nio hoaver, po- der-seri recorrer a0 concurso limitado on ao ajuste par- ticular, ow optar pela admiaistragio directa. § 8.° Nio poderio ser adjudicadas empreitadas on fornecimentos aos individuos ou sociedades quo tonbam pendeates nos tribunais acgdos, om que sojam réas, emergeates de outros contratos de ompreitada, tarefa om fornecimento- celebrados com o Estado ou autarquias Joeais ou que tenbam sido condeoados em acedes da mesma natureza cuja docisio tonha transitado em jul- gado hé monos do cinco anos. § 4.° Em tudo o que diga respeito ao proceso do eoneurso observar-se-So, na parte aplicivel, as instru- Ges uprovadus pelo Govérno para a arrematacio © adjudicagio de obras pablicas do Estado e suas respec- tivas liquidagbes. § 5." Em igualdade de condigbos do qualidade proco, serio sompro preferidos, nos fornecimentos de materiais, os produtos portugueses. Art. 360.° As obras serio do proferéacia feitas por smpreitada ©, em todos os casos, precedendo o8 neces- sirios estudos @ orgamentos. 1675 por administragio direct 1'As obras manicipais eujo valor nio exceda 50 contos, as paroquiais cujo valor nio excada 10 contos © a8 provinciais de valor inferior a 25 contos; 2.° As obras do construgio e grande reparagko, quando haja extroma urgéacia; 3.° As obras que ficariam mais caras se fossem resli- zadas por empreitad: 4° As obras quo, postas a concarso piblico, nfo tenham tido lieitantes om segunda pracas 5! As obras para quo o corpo administrative dispo- nha de materiais, direceio © mio de obra fornecida pelo seu pessoal ordindrio, desdo que nio tonha do fazer novas aquisiges ou admissdes © os projgctos sajam de- vidamente aprovados. § 2.7 As obras a quo s0 reforo 0 n.° 1.°, quando de valor superior metade das importincias néle fixadas 86 podoriv sor adjudieadas procedendo consulta a trés empreiteiros, pelo menos. § 8.° Nio poderio fazer-se desdobramentos do om- preitadas que co conjunto atinjam verba superior & fxada 0 corpo dasto artigo. Art. 361.* Podorio fazer-so independentemento do concurso piblico : 1.° Os contratos do fornocimonto até metade do valor fixado no n.° 1.° do artigo anterior; 2.° Os forneeimontos avulsos de artigos © do expe- diente ordindrio das repartigbes ; 3° Os foraocimontos do artigos caja fabricagio © comércio constituam exclusivo legal 4° Os contratos para aquisigio de obras. do arte, objectos e instramentos quo sé possam sor fornecidos por artista ou téenico de valor comprovado: 5. Os contratos que so reconheca, por deliberagso do corpo administrative, ser inconveniente sujeitar & con- corréaci 6. Os contratos de fornecimonto do enorgia eléctrioa, mas 86 quando assim for determinado pelo Govéruo, sob proposta da entidade quo superintender nos servigos de lectrificacio nacional, com fundamento na necessidade de coordenagdo dos elementos de olectrificagio geral do Pais. § nico. Os contratos de fornecimento a quo se refere © n.? 1.° deste artigo s6 poderio ser. adjudieados proce- dendo consulta a tres fornecodores, pelo meno! senseogto ms once eeroes Art. 862.° As deliberagies dos corpos administrativos que tiverem por objecto conceder a exploracio de obras ou servigos piblicos deverio obedecor aos seguin Fineipios : 1° Nenhuma concossio podera ser feita, salvo dispo- siglo’ de lei especial, por periodo superior a vinto anos; 2° A concessio, depois de competentemente aprovada a doliberagio do ‘corpo administrative quo a resolva, ser adjudicada modiante concurso piblico, eujos pro- grama © caderno de encargos ficario sujeitos A aprova- ‘so das compotontes reparticbes téenicas do Estado; 8.° As concessdes adjudicadas nio sio transmissiveis, total ou parcialmenta, ainda mesmo por arrendamento, sem prévia autorizagdo da entidade concedente © do Governo; 42 Em todos 08 contratos de concessio deve ser pro- visto 0 direito de resgasto pola entidede concodento ou pelo Estado, a partir, pelo menos, do décimo ano de exploracto, § tinico. A concessiio dos servigos do distribuico do eléctrica podord fazor-se, independontamente do 10 piblico, nos mesmos termos provistos para 08 contratos do fornecimonto de enorgia oléctriea e ocorrendo as mesmas eircunstancias, 1676 I SERIE — NOMERO 303 seogto 1v ‘angio das dalberaztes Art, 363.° Sio nulas ¢ do nenhum efoito, independ temente de declaragio pelos tribunais, dnieamente as seguiates deliberagdes dos corpos administrativos: 1? Quo forom estranhas As suas atribulgves; 21° Que forem tomadas tumultuosamente ou com in- fracgho do disposto nos artigos 334.° © 547.°5 3.° Quo transgredirem as disposigdes logais respoitan- tes a0 lungamento de impostos; * Que prorrogarem os prazos de pagamento volan- tario dos sous impostos, taxas ou multus © da remessa do _autos ou cortiddes dé relaxo para os tribuvais; 5° Quo carecorem absolutamente de forma legal; 6° Quo nomearem funcionérios sem concurso, nos casos em que a lei o oxija, ou a quem faltem os requir sitos da nacionalidade @ da idades 72 Que antorizom contratos do locagio de servigos para cujo oncargo nfo exista verba no orgamento em vigor. § Gnico. As deliberaghes nulas ¢ do nenham efeito sto impugaiveis sem dependéncia de prazo, por via de inter~ posigio do recurso contencioso ou de defesa om qualquer processo administrative ou judicial. Art. 864° Sio anulaveis pelos tribunais as delibera- g0es dos corpos administrativos vicindas de.incompetén- ia, oxcesso de poder 0 violagio de lei, regulamento ow contrato administrativo. §.1.° As doliberagdes anulaveis s6 podem ser impu- gnadas em recurso contencioso dentro do prazo legal. § 2° Decorrido 0 prazo sem que se tenha feito im- pugnagto em recurso contoncioso, fica sunado 0 vieio da doliberacio. ‘Art, 865.° A executoriodade das deliberagdes dos cor- pos administrativos das quais se haja recorrido conten- ciosamente pode ser susponsa polo tribunal, a requeri- ménto dos rocorrentes, quando da execucto delas possa resultar prejuizo irreparavel on de dificil reparacto. ‘Art, 8866.° O concelho, a froguesia ¢ a provincia Tos pondom civilmenta polas perdas © dunos rosultuntos das doliberagdes dos respectivos corpos administrativos ou dos actos quo os sous Orgios exocutivos, funciondrios, assalariados ou representantes praticarem’com ofensa da i, mas dentro das respectivas atributgdes e competéncia, com observancia das formulidados essonciais © para a realizagio dos fins logais, § nico. Os coneslhos’ respondem ainda, nos termos estubelocidos neste artigo, polos actos dos administradores © gorontes dos servigos municipalizados @ das juntas de tarismo, © 08 concelhos © as freguesias pelos actos dos orgios das federagdes de municipios e das unides do fre- guesias, respectivamento. ‘Art, 367° Os presidentes, vogais, fun , asa lariados ou representantes dos corpos adiinistrativos, @ bom assim os administradores ¢ gerentes dos servigos municipalizados, federagdes de munictpios © unides de freguesias, sio pessoalmente responsaveis pelos actos em quo intervenham © de que resultem para outrem perdas @ danos, sompro que aqueles nio tenham sido pratieados dentro das suas atribuigBes © competéncia, com obser- vaucia das formalidades essonciais @ para’a realizagio dos tins logais. szcgio v ‘Aogies em que os oorp0s administratives tenham interdsse Art, 868.° 0 Ministério, Pablico junto dos tribtinais exis 6 competeate para propor oi seguir, como parte al, a8 aégdes quo tenham por fim: : ‘azer valer quaisquer direitos dos corpos adminis- trativos; 2.° Fazor entrar no cofre dos corpos administrativos quaisquer quantias om quo os sous membros tiverem sido condenados ou por quo forem responsiveis; 8.° Cobrar coercivamento as multas impostas aos membros dos corpos administrativos © dos conselhos provinciais © municipais. $12 Sempre que na accio ou proceso intervenha 0 Estado, ser este representado pelo Ministério Pablieo, podendo'o corpo administrativo constituir procurador, nos tormos legais §.2.° Os presidentes dos corpos administrativos sio obrigados a fornecer aos magistrados do Ministério Pé- Dlico todos os elementos de quo estes curegam para s propositura 6 prosseguimento das acgdes a quo éste artigo s0 refere, sob pena de, nio o fazendo por negligéncia ou inedria, incorrerom pessoalmento em responsabilidad civil. ‘Art, 369.° Qualquer contribuinte, no g6z9 dos seus, dircitos civis ¢ politicos, pode intentar, em nome © no interésse das autarquias locais om que tiver domicilié bé mais de dois anos, as acgdes judiciais necessérias pars manter, reivindicar @ rebaver bens ou direitos do corpo administrativo que hajam sido usurpados ou de qualquer modo lesados. § 1.° As acgdes roferidas nosto artigo s6 podem sor intentadas quando 0 corpo administrative as nio tiver proposto nos trés mesos postoriores A entraga de uma exposicdo cireunstanciada acérea do direito que se pre- tende fazer valer dos eis probatérios de quo so dis- pee para o tornar efectivo. § 2° Os que obtiverem voncimento, no todo ou em parte, nas acgdes:de que trata ésto artigo terdo direito ao rebmbélso das quantias que houverem gasto com os pleitog, até dois tergos do valor real dos bens on direitos mantidos ou readquiridos. Art 870.° Em todas as acgdes judiciais em que soja autor ow réu um corpo administrative podera qualquer contribuinte, rosidente ha mais de dois anos na respectiva cireunserigio, constituir-se assistente do mesmo corpo ‘dministrativ,oferecondo o produzindo prova que iqule aproveit @ prosseguindo com jsengio de enstas ¢ selos até final. Art. 371.° Os corpos administrativos sio isentos de preparos, eustas @ selos nos processos em quo forem interessados. CAPITULO Il Da Interroneao do Gov?rno no fanclonamento os corpos administrativos seogio 1 Inspec administrativ Art. 372.° 0 Govérno, pelos Ministérios do Interior © das Finangas, exerce inspecio sdbre 0s corpos admi- nistrativos, a fim de averiguar se cumprem as obrigagdes impostas por lei @ se os sous sorvigos fuseionam regu- larmente 6 no,interésse do publico. Art, 373.° A inspecgio a exercer pelo Minfstério do Interior competira: 1.2 Averiguar as possibilidades econdmicas ¢ financel- ras das autarquias locais, a obra por elas realizada, 0 modo como si0 dosomponhadas as atribuigdes de exerci- cio obrigatério, o sistema de colaboragio @ coordenagio da actividade provincial com a municipal © desta com a paroquial © receber e procurar dar satisfagio &s quei- Xas 6 reclamagdes dos povos 2° Orientar os presidentes das jantas de provincia 0 das cAmaras municipais, uniformizando a interpretagio & 2 aplicacdo dos textos legais ¢ chamando a sua atencio para as lacunas © deficiducias notadas na administragto; 81 DE DEZEMBRO DE 1940 3.9 Realizar inguéritos aos presidentes das edmaras, aos corpus administrativos © respectivos servicos, ¢ ins truir processos disciplinares; 1° Proceder a ostudos sdbro a administracio local; 5° Desempenhar-se das demais fungdes que Thes se jam conferidas por Art. 374." A inspecglo do Ministério das Financas axorce-se pela forma prescrita no artigo 670. Art. 875." Em matéria de inspecgio administrativa, compete aos governadores civis: 1° Podir aos prosidentes das cfimaras informagdes @ esclarecimentos sdbre os servigos municipais @ paroquiais @, aos presidentes das juntas de provincia, sobre os ser- vigos da provincia, quando déles carecam ; 2° Informar 0 Govérno de todas as irregalaridades de que ténham eonhecimento, ocorridas no funcionamento dos corpos administrativos, e dos rumores pablicos que porventura corram a tal respeito; 3.° Enviar a0 Governo, no final de cada ano civil, um relatério sObre a vida administrativa no distrit 4.° Ausiliar, por si © pelos funcionarios ¢ agentes sob as suas ordens, os inspectores em servico no distrito. ‘Art. 376.° Ao presidente da cimara cumpre, em ma- téria de inspecedo administrativa: 1.” Fiscalizar funcionamento das juntas do fregaesia © sorvigos puroquiais, dando indieagbes o transmitindo instragdes aos prosidentes, no sentido de se obter 0 me- Ihor rendimento @ a mais porfeita coordenagio da acti- vidade de todos os corpos administrativos do concelho, dentro dos limites estabelecidos na lei; 2° Participar ao governador civil as irregularidades verificadas no funcionamento das juntas de freguesia. § tinico. Nos concelhos de Lisbua Porto as atribu- ges de inspocgio sobro as juntas de freguesia pertencom 20 governador eivil do distrito, com a eooperagio dos administradores dos bairros. Art. 377° 0 Govérno pode transmitir aos corpos ‘os instrugdes destinadas a uniformizat a leis © 0 funcionamento dos respeetivos ser- szogio m olugao Art. 378° Os corpos administrativos podem sor dis- solvidos pelo Govérno: 1.° Quando, por via do inguérito, ge mostre que a sua geréneia 6 nociva aos interéssos das respectivas aut 59° Quando, dopois do advertidos, deixem de tomar as deliberacdes indispensiveis ao desempenho das atri buigdes do exerefeio obrigatério ou so recusem a satis fazer as desposas obrigatbrias; 3° Quando so recusom a prostar & inspocgto todas as informagdes @ esclarecimentos qua Ihes forem pedidos ou 1 facultar aos inspectores 0 exame dos sorvigos @ a con- sulta dos documentos necessérios; 4° Quando se recasem a dar cumprimento as decisbes dofinitivas dos tribunais ; 5.° Quando nio tenhawm os orgamontos aprovados de forma a entrarom em vigor no dia 1 de Janeiro de cada ano, por facto que Ihes seja imputévol, apurado em in- quéritos Quando nfo aprosentem a julgamento, nos prazos logais, as respectivas contas, por facto quo Ihes soja im- putével, apurado em inquérito. § tinico. Nos casos dos n.°* 3.° 0 4.° 0s corpos admi- nistrativos 86 podem ser dissolvidos depois de ouvidos A dissolugto sord ordenada por decreto fundamentado, do qual constem os factos ou omissdes que lhe deram causa. 1677 § nico. No decreto de dissolugio das camaras decla- rar-se-d 60 08 presidentes sio ou nio abrangidos. Art. 380.° A dissolagdo mio prejudica o emprégo dos meios admioistrativos para cofrigir os abusos, qua a mo- tivaram nem 0 procedimento judicial pelos actos que envolvam responsabilidade eivil ou criminal. Art, 381.° No deereto do dissolugio declarar:s tem ou nio lugar o regime de tutela. Em easo afirmativo, procede-se pela forma prescrita nos artigos 384." e se- guintes e, em caso negativo, a nova eleigdo realizar-se-d dentro dos vinto dias seguintes & publicagio do decreto om data neste fixada. § tinico. Na hipdtese de nfo so estabelecer o regime de tutela, a geréncia dos jnteresses a cargo do corpo solvido ineumbiré, nos concelhos, ao president da c&- mata, nas freguesias, ao regedor e, nas provineias, ao governador civil do distrito com sedo na capital da pro- vineia, seogko ut 0 do ttola Art. 382° 0 Govérno declarari sompre o regime de tutela se as irregularidades que derem causa & dissolu- gio dos corpos administrativos forem lo molde a com- Promoter gravemente os intorésses locais a seu cargo, @ ‘om especial : 1.° So os encargos da divida absorverem a térea parte das receitas ordinarias, exceptuados os reombolsos, repo- sigdes © receitas consignadas '2 So as contas anusis de gerfricia, incluindo os lucros ‘ou subsidios aos servigos munieipalizados ou federagies d municipios, aprosentarem saldo negative om trés anos econdmicos sucrssivos; B.* So os encargos com o pessoal excoderem a percen- tagem das receitas ordibérias consentida por lei; “4° Se ja tiver sido decretada outra dissolugio dentro dos wltimos quatro anos. ‘Art, 383.° 0 Govérno decretaré o regime de totela: 1.° Se ndo for possivel constituir o conselho municipal ou 0 conselho provincial. por insuficiéneia do nimero de leitos; e, por falta de mimero, dovida a culpa dos res- jectivos vogais, no so realizarem as sessdes ordindtias jo conselho municipal ou a do eonselho provincial; 8°'So as cimaras municipais, as juntas do freguesia ‘on do provincia nto forem eleitas por impossibilidade de realizagdo do acto eleitorsl. ‘Art, 384.° Estabelecido o regime do tatela, eoré a ge- réneia dos iateréssos municipais, paroquiais ow provin~ ciais confiada a uma comissio administrativa de nomea- glo do Govérno, composta de um presidente © do um nimero par de voguis fixado para cada caso, com as’ atribulgoes © eompeténcia que a lei confira ao corpo administrativo. 2 Os vogais das comissdes administrativas devem ser escolhidos de preferéncia ontre os rosidentes ou con- tribuiates da eireunserigto. '§ 2° Da comissto administrativa poderdo fazer parte do corpo administrativo substituido, se a tutela imposta por facto que nao Ihes soja imputavel. § 3.° Os vogais das comissdes administrativas tém a8 mesmas incompatibilidades, direitos © obrigagdes dos vo- gais dos corpos administrativos © tomam posse nos mesmos termos que estes. § 4.° As comissdes administrativas dependem do Go- vérno, a cujas ordens © instrugdes devem obediéucia, quando transmitidas por escrito. - . § 5° O Govérno pode livremente demitir © substituir os vogais das comissbes ndministrativas. : '§ 6. Duranto 0 periodo do tutela a competéncia do couselho municipal ou provincial, seré exercida pelo go- 1678 vernador civil do distrito com sede na capital da pro- vineia com recurso para o Miuistro do Inte ‘Art, 889.° As comissdes administrativas servem até a0 fim do quadriénio do corpo administrative substituido. Art. 386.° Ao fiadar 0 periodo do tutela o presidente da comissio administrativa tomaré as nocessérias pro\ dencias para a constituigdo © reiaido dos drgios electi- vos da administragho municipal, paroquial ow provincial. § tinico. Eleito e empossado 0 corpo administrativo, © presidente da comissio fara entroza da goréncia, con: siderando-se desde éss0 momento findo o regime de tutela @ exonerada a comissio administrativa, Art. 387.° Se. terminado o periodo do tutela, nio for possivel reinir os érgios eleggivos da administragao do concelbo, freguosia ou provincia, ou se, dentro dos quatro anos imediatamento posteriores A expiragio dasse pe- riodo, houver de novo fundamento para a aplicagto do mesmo regime, proceder-so-4 do seguinte modo: Tratando se de coneolho ou de freguesia, sorio ex- $ @ anexados aos concelhos ¢ freguesias vizinbos ; ° Tratando-so de provincia, serd a Tespeetiva capital mudada para a sede de outro distrito da cireunscrigio, ou, 80 na provincia houver um s6 distrito, para out cidade, ou ainda, na impossibilidade de aplicagio de qualquer destas sangves, sord estabelecido o regime de tutela por cinco anos. TITULO VI Dos haldios CAPITULO UNICO Da classifteagto © aproveltamento dos baldlos seogio 1 Classitagto invontirio. Art. 388° Dizem-ro baldios os terrewfos nn indiv Aualmento apropriados, dos quais s6 6 permitido tirar proveito, guardados os regulameutos sdministrativos, fos individuos residentes em cert cireunserigto ou parté lela. § tinico. Os torrenos baldios sio proscritiveis. Art. 889.? Os baldios, para efeitos de regulamentagio do seu us0 0 fruicio ¢ os demais consignados na lei, so munieipais ow paroquiais. § 1.” Presumom-se municipais os baldios que, ha pelo menos trinta anos, estajam no logradouro comum 0 ex- clusivo dos moradores de um concelho ou de mais de ‘uma freguesia déle, § 2° Presumem-se paroquiais os baldios que, hé pelo menos trinta anos, estejam no logradouro comum 0 ex- clusivo dos moradores de uma freguesia ou de parte dels. Art, 890." Os baldios, quanto & sua utilidado social @ aptidio cultural, classificam-se om: 1.2 Baldios indispensiveis ao logradouro comum; 2.° Baldios dispensiveis do logradouro comum @ pré- pring para cultora; 8° Baldios disponsaveis do logradouro comum @ im- proprios para cultura; 4.° Baldios arborizados ou destinados & arborizagio. Art. 391.° As edmaras munieipais farko organizar ou completar, nos termos do pardgrafo seguinte, o inventé- Tivs de todos os terrenos baliios existentes no coneetho. $ inico. Deverio constar do inventirio os seguintes dados 1? Sitaagio, érea @ confrontagdes; 22° Os lugares de cujos moradores sio logradouro © ‘© nimero de chefes de familia utentes; I SERIE — NOMERO 303 3.° So sio munielpais oa paroquiais; 4.° A parte aproveitada, a desaproveitada, a indispen- sivel e a dispensivel do logradouro comum} 5.° A aptidao cultural das diversas partes do terreno ¢ so algumaa delas esté arborizada ou deve sor destinada a arborizagio. Art, 892." Elaborado o inventirio dos baldios do con- celho, ser o mesmo exposto ao piiblico, na secretaria da camara, pelo prazo de trinta dias, o que so anunciaré por editais afixados nos lugures do ‘estilo © publicados nos jornais locais. $1.” Qualquor chofo do familia morador no coneelho ow junta de froguesia interessados na elaboracio do in- ventirio, @ bem assim as pessoas singulares e colectivas gue disputem a propriedade ow posse de torrenos néle ineluldos, poderio recorrer para a cimara dentro do prazo estabelecido neste artigo. § 2° A pelicio do recurso o ov documontos quo a instrufrem serio ontregues ao chefo da secretaria da ct- mura, mediante recibo. * 0 recurso sera docidido nos trinta dias seguintes a0 térmo do prazo para a sua apresentacio. Da delibe- ragio da cdmara poder-se-& recorrer contenciosamente, salvo se versar sobre o direito do propriedade ou posse dos terrenos, cujo conhecimento 6 da compoténcia dos tribunais ordinarios, stogto it Bales Indisponsveis ao legradoro comm Att, 393° Os baldios quo sojam aproveitados como Jogradouro comum pelos moradores de algum concelho ‘ou freguesia © se considerem indispensiveis, sob essa forma de utilizagio, & economia local, continuardo a ter ‘© mesmo caricter @ destino. § nico. Considera-se logradouro comum a apascen- tacio de gados, a produgio e corte de matos, combus- tivel ou estrame, a cultura © outras utilizagBes, quando ni se verifque apropriagio individual de qualquer par- cola dos terrenos @ a frulyfio pertenga de modo efectivo 08 moradores vizinhos. Art, 394° O modo e 0 tempo de fraigio dos baldios, aproveitados como logradouro comum, serio regulados, de barmonia com o direito consuctudinario © as conve- nincias da economia local, pelo corpo administrative a quem competir a sua administragio, seogko mi Baie dispensiveis logradoure comum Dispostgtes comune Art, 895.° Sto considerados dispensiveis do logra- douro comum: 1.° Os baldios que, por doliberacio da ctmara muni- cipal ou junta de froguosia que os administrem, e pre- codendo parecer do organismo oficial competente, assim forem classiticados © como tal inseritos no rospectivo inveatério; : 2° Os Baldios do logradouro comum que déle forem dispensados a requorimento de dois tergos, pelo menos, dos chefes de familia utentes, apresentado & camara mu- niefpal ow & junta de freguesia que os administrem; 3.° Os baldios abandonados © desaproveitudos que mais de dez anos nio sirvam de logradouro comuza ou nos quais durante o mosmo perfodo se tenham produzido sdmente actos isolados de aproveitamento. Art, 396.° Doliborada a classificacio dos baldios como dispensiveis do logradouro comam, os corpos adminis- trativos solicitariio ao Ministério respectivo que seja veri- 81 DE DEZEMBRO DE 1940 ficada a aptidio dos terrenos para cultura , de harmo- nia com o que lhes for comunicado, procederio nos tormos. dos artigos sozuinte § iinico. Os baldios a que se refere o n.° 3.° do artigo anterior so considerados impréprios para cultura, inde- pondentemente da verificagio determinada neste artigo. aieesprtortes para cutura Art. 307.2 Os baldios disponsiveis do logradouro comum e proprios para cultura, nio reservados para 0 ‘organismo oficial competente, serio divididos om glebas ‘com 0 minimo de 1 hectare ¢ estas aforadas ou vendidas ‘om hasta péblica a chefos de famflia quo tonham sido compartes, por mais de um ano, na fruigio déles. § 12 O Govérao publicaré os regulamentos necessé- tios sObre o proceso de divisio, preferéncias, condigoes de aforamenty e remicio do foro, so as glebas forem aforadas, ou da alienagio, se forom vendidas, sobre os direitos © obrigagdes do enfiteuta on adquironte © sobre 05 titalos de concessio e transmissio. §2.° Emquanto nfo forem publicados os regulamen- tos previstos no parégrafo anterior, podem os corpos administrativos dar de arrendamento, por “prazo 0 saperior seis anos, os terrenos a que so refere este artigo. Art. 898,° Os baldios que, pela sus pequena érea, nto sojam suscoptiveis do divisto om glabas do 1 hectare, pelo menor, serio encorporador no dominio privade isponivel_ do concelho on froguesia e alienados pola forma ostabelecida para os baldios impréprios para cul- tora, sor-ssogio mr ‘Balaes impréptes para extra Art. 399.° Os baldios dispensaveis do logradouro comum © impréprios para cultura sio considerados bens do dominio privado disponivel do eoncelho ou da fre- guesia. ‘Art. 400.° Os baldios integrados no dominio privado disponivel sto aliondveis om hasta piblica, indopenden- temonto das lois do desamortizagio, e por inteiro ou em glebas de mais de 1 hectare. L? Os chefes do familia © quaisquer moradores vi- zinhos da froguesia on freguesias com direito & fruico do baldio terio preferéneia na adjudicagio. {§ 2.° A alionacio sera sempre condicionada pelo apro- veitamento dos terrenos sob qualquer forma. secgio 1 Baldo destinados &arborizagae Art. 401.* Os corpos administrativos em euja circuns: cricio existam baldios arboriziveis sio obrigados a pro- mover a respectiva arborizagio por force do sou orca- ‘mento on om comparticipagto com o Estadv, no prazo de vinte anos e segundo o plano estabelecido polo Go- ‘Art. 402.° Os baldios arborizados ou quo por utilidade piblica o devam sor, especialmente para fixagdo das da- has na proximidade do mar, nfo slo divisiveis entre os compartes nem desamortizaveis por qualquer forma. Art. 403.° Os baldios arborizados ficurio sujeitos a0 regime florestal. '§ Gnieo. Continuard a ser pormitido aos compartes 0 aproveitamento de lenhas, matos © combustivol dos bal- dios arborizados, mas nos tormos das postaras mi pais e paroquiais claboradas de acérdo com as autori- dades dos servigos florestais © em conformidade com as leis e regalamentos do policia florestal. 1679 TITULO VIL Do distrito capiTuLo 1 Do gorernador elvil Art, 404.° Em cada distrito haveré um magistrado administrative, imediuto representantes do Governo, com 1a designagio do governador civil, © um substituto deste, ambos nomeados pelo Ministro do Tnterior, ao qual fieam imediatamente subordiaados, podendo ser por éle livre- mento exonerados on demitidos. § 1.° No impedimento simultineo do governador civil efectivo @ do substituto exercord as fungdes o secretério, do govérao civil. §2.° No caso do o governador civil se ausontar da sede do distrito com curta demora e por motivo de ser- vigo piblico, poder delegar as suas atribuigdes, ou parte dolas, no seeretirio do govérno civil. Art, 405.° $6 pode ser nomeado governador civil 0 cidadio portugues originirio, no g6z0 dos seus direitos civis © politicos, compreendido nalguma das seguintes categorias: 1. Diplomados com um eurso superior 2* Funciondrios civis com categoria igual ou supe- rior A de chefe do repartigio; 3.* Oficiais do exéreito ou da armada com patente no inferior a capitio on primeiro tonentos 4.8 Antigos governadores 5.* Antigos presidentes de camara; 6.* Antigos voroadores ov vogais de junta de provin- cia, quo tenham exercido o mandato durante quatro anos, pelo menos. § tinico. O cargo de governador civil 6 incompativel com o exereieio do qualquer outro cargo piblico ou da advocacia. ‘Art. 406.° Os governadores civis sio iseatos do im- posto do prestagio de trabalho » do qualquer outro ser- vvigo possoal do coneelho onde residam, podem usar arma de fogo de qualquer modélo, independentemento de licenca, gozam das honras militares do general ou contra-almirante © 18m direito a flamula prépria. § 1° Os governadores civis que sejam oficiais do exército ou da armada de patonte inferior a general ow contra-almirante nfio podem usar farda nas ceriménias fem que concorram com oficiais de patente superior & sua, fou em que Thes sejam prestadas honras militares. $ 2.° Os oficiais do exéreito ou da armada em exer- cicio das fangdes de governador civil usario, abaixo d galdes, duas estrdlas do modélo adoptado para oficiais om sorvigo na policia de seguranga $8.° Os governadoros civis dos dist Porto tem direito a utilizar automéveis do Estado de 2.* categoria © podem escolher para secretirio um fun- ionirio do quadro do respectivo govérno’ civil. ‘Art. 407.° Compete ao governador eivil: 1? Toformar 0 Govérno sobre quaisquer assuntos de interésse piblico on do interésse particular que com aquele tonbam relaci 2° Enviar aos Ministros a quem sejam dirigidos, @ dovidamonte informados, quando o possa fuzer, os ro: quorimentos, exposigies ' potigdes quo sejam entregues no govérno civil; 3. Chamar a’ atencio dos prosidentes das eamaras manicipais para as leis o regulamentos ¢ transmitir-lhes as ordens superiores, dando-lhes as instrugdes convo nientes para a sua execucdo; 1680 4.° Exercer as atribulgdes de inspeecio que Ihe sio conferidas por éste Cédigo © demais logislacto; {02° Prestar todo o auxilio © cooperagio aos funcions- rios enearregados de iospecgio aos corpos administra. tivos em servigo no sou distrito; 6.° Mandar proceder as cleigdes dos corpos admit trativos nos prazos legais; 7.* Providenciar para que as sessdes dos conselhos icipais © provinciais tonbam lugar nas épocas pri- _ 8° Aprovar os estatutos das, pessoas colectivas do uti- lidade pablica administrativa © das associaghes de ins- trucio, de cultura, de reereio, de educacio fisica e des- Porto, constituidas nos respectivos distritos, que por lei nao devam sor submetidos A aprovagéo doutra autori- _9.° Exercor tutela sobre as pessoas colectivas do uti- lidade pablica administrativa, nos termos da leis 10.° Superintender nos servigos da secretaria do go- vérno civil @ conceder aos respectivos funcionérios i conga até quinze dias em cada ano; 11° Regular a distribuigio © utilizago de todas as dependaucius do govérao civil e tomar as modidas no cessdrias para a siia conservagio @ reparacdo; 12.° Dar posse aos funciouirios piblicos © adminis- 4, N08 casos desiguados ua lei; 18.” Levantar confiits do atribuigdos entre as autori dados administrativis © judiciais, nos termos das leis ¢ regalamontos respectivos ; 14° Conceder licougas’ aos presidentes das edmaras muuicipais do distrito. $ Giaico. Compete aos governadores civis dos distritos ede em capital ‘de provincia convocar a retnifo itutiva do conselho proviacial e da junta de pro- viacia, Art, 408.° Competo ao governador civil, como anto- Fidade policial do distrito: 1.° Tomar as providéacias necessérias para manter a ordem ¢ tranqiililade piiblica, proteger as pessoas 0 a Propriodado 0 fazer reprimir os actos contrarios & moral © & doctncia piblica; 2.° Exercor, como inspector distrital, a policia dos especticulos; .° Exereer, quanto a reinides piblicas, as atribur 808 quo Ihe forem conforidas por Iei 4.° Exorcor a fistalizagio necosséria sdbre os estran- goiros residentos no sou distrito; 5.° Conceder passaportes nos termos das leis,o regu- lameutos, visar os que para ésso fim lhe forom apresen- tados, dopois de iufurmados pela secretaria, o tomar providencias para obstar & emigragio clandestina; 6.° Providenciar sobre lotarias o rifus autorizadas pelo Governo, casas piblieas do jogo, hotéis, hospedarias, estalagens, pensdes, botequins 0 semelhantes; 7.° Providenciar sobre misicos ambulantes © filar- ménicas, fogueiras © fogos de artificio; 8.° Superintender na policia dos eultos; Providenciar acérea dos estabolecimentos © agén- ius onde s0 inculquem quaisquer servigos; 10.* Providenciar acgrea do leildes om lugares pobli- do corretores de hotéis, pevsdes ou estabelecimen- melhuntes, criados de’ servir e mogos de fretes; Tomar providénacias policiais sobre mendigos, vadios @ vegabundos; 12.° Conceder licengas para o estabelecimento de casos de ompréstimos sobre poubOres'nas localidades onde niko i da Caixa de Crédito Popular e quando gjum ostabelecidas por bancos, casas bancdrias ou associagdes do socorros mituos; 18° Exercer as atribuigdes do policia sanitéria que Iho sejam cometidas pelas leis © regulamentos e, om 1 SERIE — NOMERO 303 especial, perseguir 0 exerefcio ilegal da medicina © pro- fissdes sanitérins; 14° Concodor licongas policiais quo nfo sejam da competéncia do Govérno ou dos administradores bairro nem das edmaras municipais on seus presidentes; 15.° Roquisitar aos comandantes distritais de policia, © aos comandantes das foreas da guarda nacional repu- Dlicana quo estacionom on sirvam no distrito 0 que tiver por conveniente para a manutengio da ordem © segu- Tanga do distrito; 16.° Requisitar a forga armada aos competentes coman- dos militares nus casos oxtremos em que a acgio poli ou da gaarda nacional republicana so revele insuficiento; 17.° Autorizar corridas de velocidade ou ontras provas, do comperigdes desportivas quo so pretenda realizar nas estradas nacionais do distrito © providenciar sobre 0 respectivo policiamento; ; 18° Exercer quaisquer outras atribuigdes policiais que &s lois 0 regulamentos the confira § nico. O governador civil pode élaborar regula- ‘mentos obrigatorios em todo o distrito sobro as matérias das atribuigdes policiais que nto sejam objecto de lei ou rogelamento geral dé administragio yublia. Estes Tegulamenjos earecom de aprovagio do Govérno, serio publicados no Ditrio do »» entrario em vigor nos prazos fixados para a vigéacia das leis, so dles pro- prios niio fixarem outros, © nio poderio cominar mul- tas superiores a 5008, acrescidas de um térgo por onda roincidéuci Art. 409. Nos casos do éxtroma argéacia © nocessi- dade piblica pode 0 governador civil tomar todas as rovidencias administritivas indispensdveis, solicitando, Fogo que he seja porsivel, a ratiscagto pelo Governs dos actos que tiver praticado fora da sua competéneia normal. Art. 410.° 0 governador civil pode ser eucarrogado de inspeceionar @ fiscalizar qualquer servico piblico de- pendente do Govérno, soja qual for 0 Ministério em que © servigo esteja integrado, © corresponder-se directa ‘mente com todus os Ministros, eumprindo as ordens 6 instragdes que nas matérias da respective competéncia bles receber. Art. 411.° O governador civil pode ratiticar, revogar, reformar ou converter ag suas decisdes, nos termos pre- vistos no artigo 83.° para as decisdes do prosidente da camara, § 1° Dos actos do governador civil eabe recurso hie- rarquico para o Govérno, sem prejuizo do recurso con- tencioso, quando a ésto haja lugar, ¢ dentro do mesmo Prazo. § 2. Dos actos do governador civil argiiidos de in- compoténcia, excosso de poder on violagto de lei, regu- Tamento ou’ contrato administrative pode recorrer-se contonciosamente, nos termos © prazos leg Art, 412.° 0 governador civil nfo poderé ser, sem prévia autorizagio do Govérno, demandado eriminal- monte por actos relatives as suas fungbes, alada que estas hajam cossado. 1L? Constituido o corpo de delito, enviar-to-4 eertidio das pecas do processo a0 Ministro’ do Interior, com 0 pedido do autorizacio. §2° A antorizagto seré concedida por despacho ou denegada em portarie, publicados na folha oficial dentro de trinta dias a contar daquele em quo 0 respectivo pe- dido der entrada no Ministério do Interior. Nao sendo denegada nosto prazo, entender-se-d concedida para to- dos os efeitos. § 8. Concedida a autorizago exigida noste artigo, © governador civil fica desde logo suspenso do exercicio das suas fungbes. 81 DE DEZEMBRO DE 1940 CAPITULO I Da seeretarin do govtrno civil Art. 413.° © expediente do govémo civil corre por uma socrotaria privativa, dirigida por um secretario. Art. 414.° Compete a0 secretirio: 12 Dirigir, sob as ordens do governador civil o em conformidade com o regulemento interno, o expedionto ¢ trubalhos da secretaria ; 5 2.° Proparar os processos quo tonham de sor rosol- vidos pelo governador civil, intorpondo parecer ou in- formando, nos termos das leis @ regulamentos; 8.° Receber e dar andamento a toda a corrospondéacia mais papéis quo entrarom na secretaria, apresentando 20 xovernador civil, fechada, a corrosponddacia quo tiver a indicagao de confidencial ou reservada; 4.° Autenticar todos os documentos o assinar todas as certiddes expedidas pela socrotaria © subscrever quais- quer termos oficiais; 5. Conservar ilidade © arquivo com todos on funcionirios 0 re- partigdes subordinados ao governador civil e, em nome de ordem déste. com quaisquer magistrados, funciond- rios © corpos administrativos do distrito; 7.2 Substituir o governador civil, nos termos dos §§ 1.° @ 2° do artigo 404.°; 8.° Resolver, no impedimento acidental do governador civil @ quando 6ste no possa ser prevenido, o8 negécios que exigirem pronta resolugao; 9.° Dar parecer relativo & interpretacdo e aplicegio, das leis, nas consultas quo polos presidentes dos corpos administrativos sejam submetidas & apreciagio do Go- ‘vyérn0, por intermédio do governador civil 102 Exereer quaisquer outras atribuigdes que Ihe se- jam impostas por lei, regulamento ou decisio do Go- ‘yérno. ‘Art. 415.° Em eada govérno civil existird um rega- lamento interno da respectiva secretaria, elaborado de harmonia com as leis, regulamentos © instrucies do Govérno © aprovado pelo Ministro do Interior. TITULO VOI Das pessoas colectivas de utilidade piblica administrativa CAPETULO I Dispostoes comuns seogio 1 Rogime gerl ttl Art, 416.° Consideram-se pessoas colectivas de utili dado pablica administrative as associagdes beneficentes oa humanitarias e os institutos de assisténcia on educa- ‘go, tais como hospitais, hospicios, asilos, casas pias, ereches, lactarios, albergues, dispensirios, sanat6rios, bibliotecas © estabolecimentos anilogos, fundados por perticulares, desde que umas e ontros aproveitem em especial aos habitantes do detorminada circunserigio e nao sejam administrados polo Estado ou por um corpo administrativo. Art. 417° As associagdes © institatos referidos no artigo anterior adquirem personalidade juridica no acto da constituicio © sio para todos os efeitos reconhocidos desde logo de utilidade publica. Art. 418.° As pessoas colectivas de utilidade pibliea administrativa estio submotidas a tutela do Estado, em contormidade com as leis, decretos, portarias, instrugdes @ ordens emanados do Govérno. Art. 419.° As pessoas colectivas do utilidade piblica administrativa gozam do isoncio do preparos, custas e selos nos processos em quo forem interessadas. Art. 420.° Compota a0 governador civil, por si ox por intermédio dos presidentes das cémaras maniéipais © sem prejuizo do qualquer inspeccio superior organi zada por lei, fiscalizar a administragio destes pessoas colectivas @ coordenar om todo o distrito a sua accio, harmonizando-a com a dos corpos administrativos, do mode # obterse o méximo rendimento dos esforgos 6on- juga: § Guico..O governador civil pode solicitar aos Minis- térios do Interior © das Finangas a inspeegao dos ser- vigos de determinadas associagdes ou ins Art, 421° Nio sio executdrias som aprovagio do go- vernador eivil as deliberacdes que aprovem orcamentos ordindrios oa suplementares ou fixem os quadros, forma de provimento @ vencimentos do pessoal. § nico. A Direccio Geral de As: tencia para traasmitir instrugdes sdbro organizagio dos orgamentos que éste artigo so refere © fiscalizar 0 seu cumprimento. Art, 422.° Dependem de autorizagio do Govérno, dada pelo Ministério do Interior: 1.° A aquisicio de bens imobiliérios por titulo one- Toso e a sua alionacdo por qualquer titulo; 2.° A realizagto de omprostiuos Art. 423.° As possoas colectivas de utilidade piblica admninistrativa s6 podem aeeitar herangas a beneticio de inventério, @ nio sio obrigadas a cumprir encargos que excedam as fOrcas da heranga, legado ou dougio, quer por absorverem 0 seu valor, quer por envolverem pros- tacdes periédicas superiores co rendimento dos bens re- cobid § finico. Os encarzos quo excedam us forgas da he- ranga, Iegado ou dongio serio reduzidos até uo limite dos respeetivos rendimentos ou a térea parte do capital. Art, 424° © governador civil remeteré a0 agente do Ministério Pablico competente: 1° Copia das deliberagdes executérias que, tendo sido tomadas ‘com violagto das leis, regulamentes, compro- missos ou estatatos, devam ser anuladas contenciosa- mento; 2.° Os elementos necessirios para efectivar, pelos meios judiciais competentes, a responsabilidade solidaria das mesas, direcydes on administragdes, por haverem mutuado capitals sem a garantia de penhor ou hipoteca, ou haverem praticado outros actos inconvenientes 10s intorésses da ‘on institutos 8.° A participagtio de quaisquer actos on omissdes por quo sejam responsaveis os gorentes das associagdes ou {institutos © que déom lugar a aplicacao de sancdes penais. § Gnico. Para o efeito do disposto no n.° 1.° ineumbe as pessoas colectivas do utilidade publica administrative © dover do satisfazor prontamente todos os pedidos de cépias das actas © mais documentos dos seus arquivos 6a do informacdes complomentares que Ihes forem feitos, de ordem do governador eivil. seogio 1 Pessoal Art. 425.° Os emprogados das pessoas colectivas de utilidade pabliea administrativa serdo coutratados ou as- salariados. § Guico. Os empregados a quem ésto artigo se refere nko so funcionarios administrativos, © #6 lhes sio aplicé. 1682 I SERIE — NOMERO 303 as disposigdes do estatuto dos funcionirios que as leis expressimento doterminarem. Art. 496.° As entidades tutelares informar-se-do som- pre, antes de aprovarem as propostas de quadros ov de Modificagio de quadros, sobre a forma por que foram claborados, procurando averiguar se nelas existem cargos dispensaveis on cajo provimento deva fazor-se de modo menos oneroso, seogio mr Orgamento, contailidade 0 toseuraria Art. 497." A elaboragio © execugio do orgamento @ © fancionamento dos servigos de contabilidade © tesor raria das pessoas colectivas de utilidade piblica adi ni serio regulados pelo Govérno em moldes quanto possivel semelhantes aos estabclecidos para os corpos administrativos e tendo em atencio as difereng quo caracterizam as diversas catogorias de associagies institutos. Art. 438. As contas do gortncia das pessoas cblot vas de uiilidede pabliea administrativa sort julgadas la junta de provineia, com recurso para o Tribunal Be Contas, ou por éste, so a desposa total acusuda {Or superior a'500 contos. § 1.° As contas serio apresentadas até 1 de Abril do ano seguinte Aquelo a que disserem respeito. §2° De todas as contas de geréncia submetidas a jul- gamento sera remetido um duplicudo & Direegto Geral de Assistéacia. seogto 1 Dissoupto © etingto Art. 429.° Compete ao governador civil dissolver, de- pois de ouvidas, as mosas, direcgdes ou administragdes das pessoas colectivas de ‘utilidade publica administra- tiva quando se prove, em inquéritd ou sindictncia a que préviamente se proceda, algum dos seguintes factos: 1? Falta de elaboragio ou de aprosentacdo dos orca- mentos nos prazos legais, por motivos que Ihes sejam impatévei 2.° Falta do organizaggo ou de apresentago das con- tas do goréncia sem motivo justificado; 3.° Inobsorvancia das instrugdes @ ordens legalmente dadas pelo Govérno ou polo governador civil © oposi- glo a0 exercicio das faculdades de fiscalizagto das enti- dades competentes ; 4.° Pratica soguida de actos de geréneia nocivos aos interésses da ussociacto ou institutos 5° Desvio dos fins estatutirios; 6.° Prorogecto ilegal do mandato para além do tempo para quo foram eloitas. Art, 480.° Dissolvida # mesa, direcgio ou administra- go, 0 govornador civil nomeara, no préprio alvard de dissolugio, uma comissio administrativa de trés mom- bros, por éle livremento escolhidos, & qual ficam pei tencendo as atribulges © competéncia das mesas, di roogdes ou administracdes dissolvidas, excepto quanto & admissto do irmaos ou s6cios com direito de voto. § 12 0 alvard do dissolugio designard também 0 dia da eleigto da nova mesa, dirocglo ou administragio, eompreendido nos sessonta dias segaintes, sem o que serd nulo e de neahum efeitos '§ 2° Sto inelegiveis para a nova mesa, dirocgio ou admninistragto os membros da que tiver sido dissolvida por facto que lhe seja imputével; § 3° Quando a goréncia de um institato nfo se cons- titua por processo eleitoral, 0 governador civil pro- vidoneiara ‘pela forma quo om seu ontonder mais so harmonize com a vontado do institutdor e 0 interésse iblico. : PuAti, 431. Serko extiatas pelo governador civil, pro- cedendo antorizagko do Govérno: ° As associagdes legalmento eroctas que nfo tenham ‘0 dobro do nimero de irmaos ou sécios necessérios para, constituirem mesa; ° As associagdes ilogalmonto erectas; ° Os institutos que tenham preenchido o seu fim ou que seja impossivel ou socialmente indtil conservar. Art. 432. Os bens o valores das associagdes ow in fitutos extintos serio arrolados © reverterfo pa Estado, § nico. A Direc¢io Geral do Assisténcia tomard conta dos bens 9 entregé-los-& seguidamento & Miseriebrdiado lugar ond@ tena tido a sua sedo a associagio ou instituto extinto ou, nfo a havendo, & da sede do concelho ou, na falta desta, a qualquer obra de assisténein piblica ou particular existente na circunserig8o. ° CAPITULO I Das associagbes beneficentes ou humanitérlas snogko 1 Wisoriedrdias Art. 433° A denominagio de «Santa Ca cbrdius ow do «Misoriedrdia> 96 pode ser usada por.es- tabelecimentos do assisténcia ou bonoficéncia criados © adminisirados por irmandades ou confrarias canbni monte erectas © constituldas por compromisso, de har- monia com o espirito tradicional da instituigio, para a pritica da caridade crista, § nico. Os compromissos das Misoricérdias carecem da aprovacio do Governo. Art. 434.° Silo atribuigdes de exercicio obrigatério das Miseric6rdi 1.” A sustentagio de postos hospitalares, especialmente para socorros urgentos ° 0 socorro bs grividas © a proteccdo aos xecém- -nascidos, podendo, por acOrdo com as c&maras, oncar- Togar-se da assisténcia 208 oxpostos © desamparados; 3. O enterramento dos pobres © indigontes que nio tenham familia ou meios para o funeral. § nico. Os governadores civis fiscalizam o cumpri- mento das obrigacdos impostas is Miserieérdias, auxi- Tiando-as na obtengio dos recursos necexsérios @ suge- indo superiormento as medidas indispenséveis para as dotar dos meios materiais ¢ finauceiros que de outro modo nio 60 possam conseguir. Art. 435° B da competéncia das mosas das Miseri- c6rdias propor ao Govérno a expropringio, por utili dade pablica © urgonte, de quaisquor prédios, résticos ‘ou urbanos, indispensiveis & realizagto dos ‘sous fins bonoficontos Art, 436.° As centiddes extrafdas dos livros @ do- cumentos existentes nas socrotarias e arquivos das Mi- sericbrdias, subscritas pelos secretirios o autenticadas com 0 respective sélo branco, fazom prova plena em jnizo. Art, 4372 Sio aplicéveis is Misericérdi sigdes relativas & alienacdo de bens préprios, © fornecimentos dos concelhos. § tinieo. Ser disponsado 0 conearso sempre qué fornecimento a contratar tentia por objecto géneros cujos precos estejam fixados por entidades oficiais ou pelos organismos corporativos ou de courdenacio econdmica. Art, 438.° As disposigies déste Cédigo nao so apli- cévois & Misoriedrdia do Lisboa. 31 DE DEZEMBRO DE 1940 suogio 1 utras associagdee da Art, 439.° 8i0 consideradas do benoffesneia as asso- eiagdes que tenham por objecto principal socorrer os pobres © indigentos, na infincia, invalidez, doonga ou velbice, ben como educé-los ou iustrul-los. Art. 440.° As associagdes do benoficéncia. carocom, para so constituirem, do autorizagdo do Miaistério do In terior, pola Direcgio Geral do Assistéucia, quo onvird © governador civil © condicioaaré a autorizagdo por forma a garantir a cooporagio com a Misericérdia local @ a acpio comum de todas as assuciagbes ¢ institutos do assisténcia no mosmo coneslho. efeéncia sopio ut AssociagBos humanitirias Art. 441.° Sio consideradas humanitirias as associa ‘gBes quo tenham por objector principal socorrer feridos, doeates ou niufragos, a oxtingio do ineBudios on qu quor outra forma de ‘proteecdo desinteressada do vidas hamanas ¢ bens. § Gnico. Para efvitos do rogulamontacéo juridica sito equiparadas As associagdes humanitirias as quo tenbam objecto principal a proteccio dos animais. ‘Art. 442. As associagdes humanitirias earccem, para s0 constituirom, do antorizagio do governador eivil. § 1.° A autorizagio sera pedida pelos fundadoros om roquerimento -acompanhado pelo projecto dos vstatutos. ° O governudor civil consultara sobre 0 pedido 0 presidente da etmara municipal do eonealho onde a asso- ciagio protonde estabelecer-se, padindo-Iho informacio sobre a viabilidade do projeeto © provavel utilidade da do presidente da ctmara © + sob parecer do secretirio do govérno civil, ser 0 pe- dido dospachado polo governador civil, considerando aprovados os estatutos quando seja concedida a auto- rizao. ‘Art. 443.° Os haveres das associagbes extintas rever= torfo para 0 municipio, que os aplicard em servigos que prossigam 0 mesmo fim. So estes nio existirem, seguirio © destino proscrito no artigo 432.° cAPiTULO It Dos institutes de utllidade local Art, 444° Sto considerados institatos do utilidade lo- ‘eal as pessoas colectivas do utilidade pablica administra tiva constituidas por fundagio de particulares mediante afectagio de bens dispostos oni vida ou por morte para prossecucio de um fim de assisténcia on de oducacio. ‘Art. 445.2 A vontado expressa do fandador on funda- dores sori respeitada em tudo o que nio eontrariar us lois do interéss0 © ordem pablica 6 os princfpios da moral e da ordem social, por forma a realizar-so o fim do util dade piblica visato, salva a hipétese de manifesta im- possibilidade do direito ou do facto. ‘Art. 446.° Quando os fundadores nio tonbam providen- ciado sObre a organizacio @ admiuistragio do instituto ‘competiré a0 governador civil do distrito regulé-las por meio de estututos © regulamentos adequados. § Gnico. Os estatutos oregalamentos poderio sor ou- torgados pelo governador civil ou propostos pelos testa menteiros ou administradores da heranga ou legado © por aquole homologados. | ‘Art, 447.° So, preenchido o fim do instituto ou to nada impossivel a sua prossecucio, o governador civil achar inconvenionte extinguir o estabelecimento, poder& 1683 modificar os ostatutos © destinar o respectivo patriméni ‘outros fins do utllidade publicn semlnagten aot visa. dos pelo fundador. Art. 448.° Os haveros dos institutos do utilidade local que sojam extintos reverterdo pura o Estado, quo, pela Direcgio Geral de Assisténcia, Ihes daré destino tanto quanto possivel conforme com’a vontade do fundador, TITULO Ix Das associagtes religiosas e sua actividade beneficente ou de assisténcia Art. 449.° Sio consideradas associngdes religiosas as gue constituirom om o fim principal da sustontagio lo culto, de harmonis: com as normas de hierarquia 6 disciplina da roligiio a que pertencorem. Art, 450.° As associagdes religiosas constituom-se por simples participagio escrita ao governador eivil do dis- trito onde tenbam a sua sede, § 1.° A participagio da constitutgio das associagtos religiosas da igreje catélica sera feita pelo bispo da diocese onde tiverom a sede ou por sea legitimo repre- sentanto. § 2.° A participagto a que #0 refere o parigrafo anto- rior serd registada em livro proprio na secretaria do go- verno civil respectivo, ficando desde o registo reconhecida 4 porsonalidade jurfdica da associagio a que respeitar. Art. 451.° Em caso de modifcagio on de extingto de uma associacio roligiosa far-se-& participago nos mesmos termos estabolocidos para a constituigio. Art, 452.° As associaghes religiosas. administram-so livremento, observadas as normas aplicdveis as pessoas morais perpétuas do direito civil portugues. Art. 458.* As associagdes rolixiosas que, além de fins religiosos, se propuserom também fins de assisténcia on beneficéaeia, em cumprimento do devores estatutirios ou de encargos que onerem herancas, legados ou doaghes por elas aceites, fleam obrigadas & prestagto de epnt: perante a junta’ do provincia. relativamente & sua acti- vidado beneficente ou de assisténcia. § 1° As contas serdo aproseatadas até 1 de Abril do ano seguinte Aquele a quo disserem respeito. § 2° Da decisio proferids pela junta de provincia cube recurso para o Tribunal de Cantus, interposto no prazo de dez dias a contar da notifieagio. Art, 454.° Os institatos de assistéacia on boneficdneia fandados, dirigidos ou sustontados por associagdes reli- giosas ficam sujeitos ao regime legal dos restantes inst tatos de iutilidade local do fins andlogos, sem projuizo da discipline e espirito roligiosos que os informam. PARTE II Dos funciondrios administrativos © dos assalariados TiTULO 1 Dos funciondrios de cartoira das secretarias @ tesourarias CAPITULO 1 Das eategorias © quadros Art, 455.° © pessoal maior das secretarias dos gover- nos civis administragdes do bairro © das scerotar @ tesourarias das eimaras municipais @ juotas de pro- vinela constitue tres categorias, compreendondo cada uma delas trés classes. 1684 I SERIE — NOMERO 303 § ‘nico. A distribuigto dos funeiondrios pelas rentes categorias @ classes faz-sv pela forma constante do mapa anexo a éste Cédigo. Art. 456.° Os funcionérios da 1.* 0 2.* categoria cons tituem um quadro, com a designagio dé quadro geral administrative dos’ servigos exturnos do Ministério do Interior. § iinico. Pertencom também ao quadro goral artigo se refere os agentes do Ministério Pal das auditorias administrativas © 08 administradores dos bairros do Lisboa © Porto. ‘Art. 457.° Os funciondrios da 3.* catogoria constituem juadros privativos de cada govérno civil, administragao AP'bainro, camara municipal e junta do proviacia. § Gnico. Os funcionérios dos quadros privativos dos ‘civis © administragbes de bairro podem sor 8 do-um para outro distrito ou bairro. ‘Art. 458.° O quadro-tipo do pessoal do cada secreta- ria e tesouraria 6 0 descrito no mapa anexo a bste Codigo. § 1° Os corpos administrativos deliberarto sobre a fixucio dos seus quadros, podendo adoptar quadros mais reduzidos do que 0 quadro tipo. § 2° Em caso do imperiosa neceésidade do servigo poler& o Ministro do Interior, a requerimento do res- pectivo corpo administrativo sob proposta do gover- nador civit do distrito, pormitir quo seja fixado o quadro do pessoal com um mimero de funeiondrios superior a0 do quadro existente, podendo mesmo exceder 0 quadro- ipo desde quo 0 aumento se dé nos escriturérios do 8.* classe. Art. 450.° O pessoal dos servigos burocriticos das Camaras Municipais do Lisboa © Porto constitue quadros privativos das mesmas Camaras 0 a sua categoria, ven- Cimentos, recrutamento, provimento, promogio © licen- gas serio regulados nus Tespoctivas organizagdes inter- nas dentro dos prinefpios estabelecidos neste Cédigo. § 12 Os lugares do directores dos sorvigos contrais @ de chefes de reparticgio da Direcqto dos Servigos Cen- trais 86 puderio ser preeuchidos de futuro por funcio- nérios da 1.! categoria do quadro geral dos sorvigos externos do Ministério do Interior. {§ 2° Os funciontrios do quedro geral dos servicos exteruos do Ministério do Interior provides provisbria- mente em lugares dos servigos centrais das Camaras de Lisboa © do Porto s8o considerados na situagso de inactividade fora do quadro. caPETULo 1 Do recrutamento ¢ provimento snogko 1 Disposigbes comun Art. 460.° Sio requisitos essenci ‘208 concursos, 1° Ter a nacionalidade portuguesa, adquirida por naturalizagio ou casamont toubom jé passado dez anos, pelo menos; 2° Tor dezéito anos de idade, pelo menos, mas nto mais de triata e cinco, excoptuados, quanto’a éste li- mite, 08 quo jé forem funcionérios piblieos ou adminis- trativos; 3° Nio estar interdito judicialmente, nem suspenso ercicio dos direitos politicos ; ‘4° Possuic a robustez fisiea necessAria para o exer cicio do cargo, nto sofrer de doonga contagiosa, parti- cularmente tuborculose contagiosa ou evolativa, © ter sido vacinado ou haver sofrido ataque de variola nos ‘ikimos sete 80085 para a admissio igindria ow bro os quais 5° Haver cumprido os devores militares que, nos ter- mos das lois sobro recrutamento, tenham cabido ao eon- corrente até & data do conearso; © Estar livre de culpa no respeetivo registo erimi- nal e policial € niio ter sofrido anteriormente pena que importo domissio de fangbes piblicas, salvo tendo sido rebabilitado em revisdo do sencenca; 7° Estar integrado na ordem social o constitucional vigente, com activo repidio do comunismo e de todas as ideas subversivas; 8.° Nio fazer parte do associagBes ou institulgdes do caricter secroto; . .° Tor sido aprovado no exame do 2.° ciclo de on oguivalente. § 1.2 Os candidatos quo anteriormente tenham exer- eido qualquer fangio pablica ou administrativa devortio Provar a quitagio com a Fazenda Nacional ou com a au- tarquia que serviram. § 22 No caso de os candidatos serem funciondrios do Estado ou administrativos & data do concurso, ficam spensados, mediante a prova dessa qualidade, da jua- gio dos documentos comprovativos dos roquisitos dos ne 18 06.20 9." § 3° Os candidatos que nao sejam ainda funcionérios dovem juntar ao requerimento de admissio ao concurso 08 dociimentos comprovativos dos requisitos dos n.* 1.°, 2.8, 52 e 72 a 9., fieando porém, quando aprovados, dependents o provimento da juncio dos documentos res- tantes, para o quo serdo notificados por aviso publicado no Didrio do Govérno. § 4° Os candidatos que tenbam concorrido a algum coneurso realizado anteriormonte para o provimento de ‘vagas do mesmo quadro poderio utilizar os documentos aprosentados para admissio ao eoncurso anterior, com excopcio daqneles cuja validade haja caducado, desde que no requerimento indiquem ésses documentos e mea- cionem a data da entrega. § 5.* Os documentos juntos aos requerimentos para - admissio aos concursos poderio ser restituldos aos can- didatos nao eprovados © aos que, tendo sido aprovatos, desistam do provimento ou nfo o tenham obtido durante © prazo de validade dos mesmos concursos. § 6. 0 certificado do ragisto criminal © policial faz prova de bom comportamento moral e civil @ substitu ‘em todos os casos, os atestados que désso comporta- mento sejam exigidos nas leis adminis ‘Art. 461. Sempre quo saja pormitido a fanciondrios requerer a admissio @ concursos de promogio, entes- iceus, der-se-i quo se trata do funcionirios com provimento definitivo. srogio m "undo privat sever nr nate Art, 462.° © recrutamento dos funcionérios dos qua- ros privativos dos govornos civis, administragdos do dairro, e&maras manicipais ¢ juntas de provincia é feito por concurs Art, 463° Os coneursos para as vagas que ocorrerem, nos quadros privativos dos governos civie 0 administra- ges de bairro serio ubertos pola Direcgio Geral do Administracio Politica © Civil 6 realizar-se-t0 no Minis- ‘tério do Interior ; 08 concarsos para as vagas que ocorre- rem nos quadros privativos dos corpos administrativ. serdo abertos por deliberagio déstes e realizar-se-io nas respectivas sodes. § 1° Os concursos serio anunciados no Ditrio do Govérno com trinta dias de antecedéncia, pelo menos, declarando-so sempre o motivo da vacatara. 81 DE DEZEMBRO DE 1940 1685 * Cada concurso serd valido tnicamento para o provimento das vagas existentes data da respectiva abertura. § 3.° Os concursos para provimento de Ingares dos quadros privativos dos governos civis dos distritos au- tnomos ‘serio abertos por despacho los respectivos governadores.civis ¢ realizar-se-io nos governos civis, ‘onde a vaga ocorrer, sendo as provas prostadas perante ‘um juiri constituido pelo governador civil, o secretirio do xovérno civil @ 0 ehefo da secretaria da junta goral do distrito, sob a presidencia do primeiro. Art. 464.° Os concursos constario de provas documen- tuis © priticas, regulando 0 Govérno uniformemente 0 Programa ¢ modo de prestacdio destas. Art. 465.° O jéri das provas dos concursos seré cons- tituid 1.° Para os governos civis © administragdes de bairro, por dois funcivndrios superiores da Direcgto Geral do Administragio Politica e Civil @ um secretirio de go- ‘yerno civil, todos designados polo Ministro do Inte- 2.° Para as eamaras imunicipais, pelo presidente da camara, um vereador por esta designado © 0 chefo da secretatia; B° Para as juntas de provincia, pelo presidente da junta de provicia, um procurador por esta designado: © 0 chofe da secretaria. § Gnico. No caso de impedimento on suspeigto contra qualquer membro do jéri, sera éste substituido por quem © Ministro do Interior desigoar. Art, 466. Prestadas a3 provas priticas por todos os concorrentes admitidos ao concurso, o jtri elaborark a proposta graduada dos candidatos aprovados, sdop- tando a classificacto de muito bom, bom © suficiente, © apresenti-la-4 20 Ministro do Interior ou a0 corpo admi- nistrativo, conforme os casos, para ofeito da rospectiva nomeagio. ‘Art. 467.° Constituem preferdncias a observar para 0 efeito do provimento dos candidatos aprovados em con- carso: L* Melhor classificagio obtida no concurso; 2° Ter prostado servico militar durante o tempo minimo exigido para a instrucio de reerutas ou para a freqiéncia dos cursos de proparagio para quadros mili- cinnos; 3.° Maiores habilitagdes litrrérias; 49 Ter exercido, ainda que interinamente ou por cou- trato, fungdes piblicas ou administratives; 5° Mais tempo de sorvico no exorcicio das fungdes a ‘se rofere 0 nimero anterior. : § Gnieo. As preferéneias enumeradas neste artigo nko se acumulam, @ s6 quando existnn dois ou mais eandi- datos om izuuldade de condigbes relativamente A primeira preforéneia so recorrerd & segunda, procedendo-se do mesmo modo quando dois ou mais so encontrem em igual sitaaedo quanto a esta, @ assim sucessivamente. ‘Art. 468. ‘Tém competéncia para fazer 0 provimento: a) Das vagas dos quadros privativos dos governos civis e administragdes dos bairros, © Ministro do Interior; ) Das vagas dos auadros privativos dos corpos admi- nistrutivos, 08 respectivos corpos administrativos. ‘Art. 469.* O provimento faz-se por nomeagto. § dinico. Quando a nomeacto dé ingresso n0 quadro 0 provimento tra cardeter provisério durante dois anos, findos os quais o funcionario seré provido defiuitiva mento ou demitido. ‘Art. 470.2 O ingresso nos quadros privatives dé-se polo eargo de eseriturdrio dv 8.* elnsso, ou de 2.* classe 0 0 quadro no houvor eseriturérios do 3.*, salvo se s0 tratar de diplomados com um curso superior, que poderdo ingressar por qualquer das clas © son-secofo a Promesto Art. 471° A promogio do uma para outra clas dontro dos quadros privativos faz-se mediante concurso realizado entre os funciondrios com provimento defnitivo no mesmo quidro © na classe imediatamente inferiory. § 1° So nenhum dos eandidatos obtiver aprovugtoy ou 80 0 coneurso fiear deserto, abrir-so d novo eoncurso, 8 quo poderio ser aslmitidos os funcionirios de qualquer classe do respeetivo quadro, e diplomados com um curso superior. §.2.° Se o segundo coneurso a quo se refere 0 pard- grafo ‘antecodenta ficar igualmento deserto, ow nXo der Tesultados positives, abrir-se-d terceiro concurso, a que poderdo concorrer ‘quaisquer funcionérios, ainda quo estranhos a0 quadro, tendo preferéneia, em igualdade do classificagio, os de classe mais elevada. secpio ur Quadro goral administrativo Art. 412.° O recrutamento dos funcionarios do quadro geral administrativo 6 fvito sempre mediante coneurso de habilitago © concarso de provimento, nico. Exceptuam-so os doutores em dircito, que podem sor providos em lugares da 8.* classe da 1.* ca- tegoria, independentemento do concarso de habilita “Art. 473.° Para a admissdo ao quadro goral admi trativo realizar-se lo no Ministério do Interior, quando © Ministro o determinar, coneursos do habilitagao, véli- dos por trés anos. § nico. Os conoursos sero anunciados no Didrio do Gorérno com trinta dias do antecedéncia, pelo menos. ‘Art. 474.° O coneurso de habilitagto constard do pro- ‘vas préticas, .eonsistindo estas em exercicios de redac- lo, problemas sdbre orgamentos o rosolucto de easos do direito administrative. § Gnieo. O regulumento do coneurso o respectivo pro- grama ou as alteragdes introduzidas néles. sero” publi- eados pelo Governo trés meses antes, pelo menos, da Prestagto das provas. Art. 475.° O jiri do coneurso de habilitagZo para o quadro geral adwinistrativo sora constituido pelo director geral do adwinistragdo politien © civil, presidente, © por um secretirio de govérno civil e um chefo de socre- aria de edmara municipal, ou um funcionério da Direegao Geral de Administragio Politiea @ Civil, nomeados pelo Ministro do Tnterior. Art. 476.° $6 podem sor admitidos 20 coneurso do ilitagdo para o quadro geral administrativo: (Os funciondrios dos quadros privativos com pro- ‘vimonto defiuitivo © mais de cinco anos de bom e efec- tivo servigo ha eatrgorias 22 Us diplomados com qualquer eurso superior. § ‘nico. Quando 0 eonestso fique doverto, ou texbam sido aprovados candidatos em némero insuficiente pura, (© proviniento das vagas existontes o provistas dentro do prazo da um ano, sera aberto novo concurso, # quo sero obrigatdriamente concorrentes todos os fuuciondrtos nas eondigdvs do n.° 1.° déste artigo com menos de sessenta anos de idade. [oe ‘Art, 417.2 Findas as provas praticas, o jéri elaborara a lista graduada dos coucorrentes aprovados, adoptundo 1 classineacto de muito bom, bom © suficiente. A lista, depois de aprovada pelo Ministro do Interior, sera pu: Diieada no Didriv do Govérno. § tnico Consideram-se aptos a ser providos nas va- gas que venham a dar-se em qualquer dos cargos da ha 1686 8.* classe da 2.* categoria todos os Bandidatos aprovados, tondo porém os candidatos elassificados com muito bom preforéncia sobre os classifieados com bom @ estes sobre 08 classificados com suficiente. Art. 478.° Os candidatos aprovados no concurso de admissto ao quadro goral administrative ingressardo néle & medida que forem sendo providos em cargos da 3.* classe da 2.* categoria. Art. 479.° Os oficiais do quadro interno da Direcgto Goral do Administragio Politica e Civil poderdo transitar para 0 quadro geral dos servigos externus independente- mento de concurso do habilitagto, mediante o provimento em cargos correspondentes & sua categoria. § 1.° Para o efsito do disposto neste artigo os cargos de terceiro, segundo @ primoiro oficial consideram-se correspondentes, respectivamento, & 8.*, 2.* 0 1.* classo da 2.* categoria do quadro geral dos servigos externos. § 2° Os lugares do toreeiros oficiais do quadro in- torno da Dirocedo Geral do Administragio Politics ¢ Civil serdo provides, por esculha, de entre funcionirios da correspondento classe da 2." categoria do quadro goral administrative dos sorvigos externos. § 3° Os lugares de segundos e primeiros ofcisis da mesma Direcgdo Geral poderdo igualmente ser providos, por escolha, de entro funcionirios de correspondents categoria @ ‘classe do quadro goral administrative dos servigos externos. Art, 480.° 0 provimento nos cargos do quadro geral dos servigos externos fuz-so por nomeagio. § 1° Quando a nomeagto dé ingresso no quadro ¢ 0 nomeado nao for a essa data funcionario administrativo, © provimento terd earketor provisorio durante trés anos, § 2° Findo o porfado de trés anos o provimento serd convertide em definitive so 0 funcionirio tiver dado provas de moralidade, aptiddo o 2410; no caso contririo serd demitido, seaencofo ut Promegte Art. 481° A promogto do uma para outra categoria ow do ama para outra classe depende sempre de con- curso de habilitagao. Art, 482.° Os concursos de habilitagio para promo- gio, anunciados no Lidrio do Guvérno com trinta dias de antecedéneia, pelo menos, realizar-se-40 no Minis rio dy Taterior, quando 0 Ministro 0 determinar, e s validos por tr6s anos. Art. 483.° Os coneursos de promogio constario de provas documentuis e préticas adequadus & natureza dos cargos. § nico. Os regulamentos dos concursos ¢ os respec- tivos programas ou as alteragBes néles introduzidas sero publicados pelo Govérno trés moses antes, pelo menos, da prestagio das provas. ‘Art, 484.° Os jiris dos concursos de promogio serio constituldos 1° Tratando-se de concurso de promogio de uma para outra classe, dentro da 2.* categoria, pelo director geral de administragio politica e civil, presidente, 0 por um funcionirio superior da mesma Direc¢do Geral @ um secretirio de govérno civil, ambus nomeados pelo Ministro do Interior; 2° Tratando-se de concurso do promogio A 3.* classe da 1+ categoria oa do promogto de uma para outra classe dentro da 1.* categoria, pelo director geral de administragio politica © civil,’ presidente, © por um juiz do Supromo Tribunal Administrativo, ou profes de qualquer das Faculdades de Direito nario da 1.* categoria, nomeados pelo Mi terior. 1 SERIE — NOMERO 303 Art. 485.° 86 podem sor admitidos aos concursos de habilitagio para promogio: 1 Tratando-se de promogio & 2.* ou 1. classe da 2.° categoria, os fuaciondrios do quadro geral dos ser- vigos exteraos @ do quadro interno da Dirvecio Geral de Administragio Politica o Civil portoncontes as classos imodiatamento inferiures que tenham dois anos, pelo me nos, de bom o efvetivo servico na sua classe; 21° Tratando-se de promogio & 3.* classe da 1.* ea- tego 2) Os foncionérios da 1.* classo da 2.* eategoria que sejam licenciados em direito © tenham trés anos, pelo menos, de bom @ efeetivo servigo na sua classe; 2) Os licenciados em direito que tenhum, pelo menos, ‘tr8s anos do exoreicio efectivo das fungdos de presidents do cémara municipal ¢ que delas nfo hajam sido demi- tidos disciplinarmente on em consoqisncia de dissolucao. 3. Tratando-se de promocéo & 2.* ow 1.* classe da 1.* ‘categoria, 03 funcionarios perteucentes as classes ‘imediatamonta iuferiores § L® Quando nao haja concorrentes em némero sufi ciente para o provimento das vagas existentes 0 das quo s0 preveja que ocorram dentro do prazo de um ano, 0 Ministro do Interior mandaré admitir como opositores obrigatérios todos os funcivnérios mas condigdes reque- ridas na lei @ com menos do sessenta anos de idade, © poderd dispensar do tempo de bom @ efectivo servico exigido na lei os restantes que ainda o nfo tiverem, § 22 Os opositores obrixatérios que faltarom as pro- vas do coneurso som motivo justificado incorrem na pena disciplinar de trinta dias de multa aplicada pelo Mi do Interior, independentemento de procosso © mediante simples participagio do director geral de administragio politica 6 civil Art, 486.° Findas as provas praticas, o jéri elaboraré a lista graduada dos concorrentes aprovados, adoptando a classificacio do muito bom, bom © suficiente. A lista serd publicada no Didrio do Governo. § Guico. Consideram-se aptos a ser promovidos todos 08 candidatos aprovados, tendo porém os candidatos lassificados com muito bom proferéneia sObro os clas: ficados com bom 0 estes s0bre os classificados com aufi- lente, son-sneoio ut rovimeta Art. 487° Logo que se verifique uma vaga de cargo pertencente 20 qtadro geral admiuistrativo, 0 govorna- dor civil, 0 administrador do buirro ou o presidente do corpo administrativo, conforme os ensos, comun © facto a0 director ‘goral de administracao politiéa © eivil, que, dentro de oito dias, anunciard 0 respectivo eoncurso de provimento no Didirio do Govérno, decla: rando sempro 0 motivo da vacatura. § finieo. O coneurso sera aberto por oito dias perante 4 Directo Geral. Art, 488.° Podem concorrer: @) Os candidatos aprovados no coneurso do admissio a0 quadro ou no eoncurso de promogiv, conforme os ebsos; 8) Os fanciondrios da mesma categoria © classe com mais de dois anos de servigo no cargo que ocupem; ¢) Os funciondrios na situaglo de “inactividade no quadro; 4d) 03 fancionarios rehabilitados em revisio de processo. § 1." Os concorrontes toro apenas de requerer o pre vimento, indicando nos sous requerimentos os titulos que os habilitam a coneorrer. § 2.° So a vaga a prover pertencor aos governos civis ou administragdes de bairro, 0 proceso de coneurso serd apresentado ao Ministro do Interior, @ se a vaga perteacer a um corpo administrative seré aquele reme- tido ao respeetivo presidente pelo director goral. 81 DE DEZEMBRO DE 1940 § 3." Aos conearsos do provimento dos Ingares de se- eretirios de governos civis, chofes do secrotarias, agon- tos do Miaistério Pablico junto das anditorias © bem assim dos quo envolvam exereicio de tungdes de autori- dado 66 podem sor admitidos candidates do sexo mas eulino. ‘Art. 489.° O Ministro do Interior e os corpos admi- nistrativos fardo us nomeagdes atendendo & ordem do classificacdo dos concorrentes. § 1. Em igualdade do elassificacdo 6 motivo de pre- fortncia 0 facto de 0 eandiduto ter prostado servico nas fileiras durante o tempo miaimo exigido para a instructo do recrutas ou para a freqiencia dos cursos de prepara ‘eo para quadros milicianos. § 2.° A nomeucdo pelos corpos administrativos sord feita até & sogunda rotinigio apés a recepgio do proceso © comunicada ao director goral do administragéo poll- tiea © civil dentro do prazo de quarenta ¢ oito horas, a fim de ser publicada no Didrio do Govérno. ‘Art. 490.° O candidato nomeado siroultaaeamente para mais de um cargo deverd optar por am déles. comuni- llugio & Direcgdo Geral de Aduinistr nomeagbos. § L* Entendo-se que as nomeagdes sfo simaltineas sempre quo entro elas nfo exista intervulo superior a dez dias. § 2.° As nomeagdes que recaiam om candidato j& pro- vido hé mais de dez dius, embora nao esteja ainda om- possado do cargo, ter-se-o por inexistontes. 3.° O candiduto nomeado que se recuse a accitar 0 cargo.a que concorren e em que foi provido fica inibido do $0 apresentar a novo concurso do provimento durante trés anos a contar da data da nomeacto rejeitada, cadu- cando a validade do concurso de habilitagko em quo fot ;provado no caso de essa nomeacko rimeira na categoria ou classo para quo estava habilitado. caPiTULo It Posse Art. 491.° A nomeagto dos fancionarios para cargos administrativos s6 produziré efeitos, em relagdo ao ser vigo pablico, desde a data da pos: ‘Art. 492. A posse & acto piblico © pessoal. que em aso alam poder ser praticado por procuragio. § nico. A identidade do empossado provar-se-4 pela apresentugio do bilhete doe identidade passado polo Ar- quivo de Idcntificagio. ‘Art. 493.° Os funciondrios administrativos sio obri- gados a apresontar-se pessoalmente a servir os cargos para quo forem nomeados, promovidos on transferidos, no prazo de trinta dias contados da publicagio dos des- pachor § 1° As nomeagies, promogdes ou transferénciak para © continente de individuos residentes nas ilhas adjacen- tos, ou vice versa, sbmento obrigam posse no prazo de sessenta dias contados da publicacio dos despachos. '§ 2° A autoridade ou corpo administrative quo fizer a nomeagio, promogio on transferéncia pode, havendo fo justificado, prorrogat 0 prazo para a posse por mais trinta dias, ou pelo tempo que for necessirio, 2 houver impedimento por motivo de moléstia. § 3° A prorrogagio do prazo por tempo superior a noventa dias s6 poder ser concodida polo Govérno. § 4.° No caso do rointegragto de algnm funciondrio isto dos tribunais ou do Govérno, 0 prazo do posse conta-so desde a notific Bo. § 5." As prorrogagdes de prazo para a posse silo, para efeitos fiscais, oquiparadas as licengas. 1687 Art, 494.° Nao podo ser conferida posso no funcioné- tio provide em eargo de tosoureiro de qualquer corpo administrative som que se mostre ter sido prestada a eaugio do valor seguinta: 2) De 5.0008 nos concelhos de 3.* ordem; 8) Do 10.0005 nos concelbos de 2.* ordem; ¢) De 15.0005 nos concelhos de 1.* ordem @ nas juntas de provincia, com excopgio da Estromadura e do Douro Litoral; d) De 25,0005 nas juntas de provincia da Estrema- dura © do Douro Litoral; e) Do valor que, sob proposta das Cimaras Municipais do Lisboa e Porto, for dotorminado pelo Ministro do Toterior quanto a ostes concolh § nico. A caucio seré prestada mediante depésito de dinheiro ou do titulos da divide pAblica fundada, pri- meira hipoteca sobre prédios urbanos on seguro de eau Art. 495.° No acto da posse o funciondrio apresen- tara diploma de fungdes piiblicas, passado pela autori- dade competento para a nomescio, @ da tuxa corres- pondente 20 vencimento do cargo em que foi provido, © prestard o seguinte juramento: «Juro ser fiel & minba Patria, cooperar na real zagio dos fins superivres do Estado, defender os principios fundamentais da ordom social e politica estabelecida na Constitucdo, respeitar as leis @ do- dicar a0 servigo piblieo todo o meu zélo, inteligén- cia @ eptidios. Art. 496.° De tudo quanto ocorrer no acto da posse se lavraré auto em livro proprio, subserito polo chefo da socretaria, ou por quem suas veres fizer, assinudo pela autoridade quo conforir a posse, pelo empossado 6 pelas testemunhas presentes. ‘Art. 497.° Sao competontes para conforir a posse: 1." 0 Ministro do Interior, ou delogado seu, aos go- vernadores civis; 2.° Os governadores civis, ou delegadus seus, aos pre- sidentes das efimaras, aos administradores do bairro, aos rogodores, nos concelhos do Lisboa e Porto, © aos socretarios ¢ mais funciondrios dos governos civiss 32 Os administradores do" bairro, gos secrotirios ¢ mais funcionérios da administragio do bairro; 4.° Os presidentes das edmaras municipais, aos rege- dores, salvo o disposto no n.° 2.°, e aos chefes de secre- taria @ mais funeiondrios’ da e&mara; 5.° Os presidentes das juntas de provincia, nos chofos do secretaria ¢ mais fancionarios da junta. § doieo. Quando qualquer fuucionirio provido om novo cargo de que deva ser empossado se encontre, por motivo de servigo, afastado do local onde deva exeree-lo, tomard posse perante 0 governador civil do distrito em que se encontrar, devendo o respectivo auto ser remetido, nas quarcnia’ oito horas seguintes, & autoridade que, nos termos deste artigo, a devesso con- ferir. Art, 498° A antiguidade, os vencimentos © 0 tempo para & sposentagdo contam-se sempre desde a posse, que determina também o momento a partir do qual se fixa 0 domicllio necessirio. caPiTULo IV Servigo dos funclonérios © eu aposentagto sregio'r Deveres dos funconérios Art. 499.°°Os fuacioodrios administrativos estio a0 servigo da colectividade © nto de qualquer partido ou 1688 1 SERIE — NOMERO 503 organizagio do intertsses particalares, incumbindo-Ihes acatar e fazer respoitar a autoridade do Estado. § nico. E vedado aos funcionérios administrativos constituirem-so om sindicatos privativos ou iutegrar-se colectivamonte em qualquer orgaaismo corporative ou associagto profissfonal. ‘Art. 500.° Sto doveres comuns a todos os funcioné- ios administrativos | 1.* Bxoreor com competénci que lbos estiver confiado; '2.° Observar ¢ fazer observar rigorosamento as leis fe regulamentos, defendeudo em todas as cirgunstia- cias os direitos © legitimos interésses da Fazonda Pablica; 3." Cumprir at ordens de sorvigo, eseritas on vorbais, dos fancionérios « que estiverem hierarquicamento su bordinados; 4° Honrar os seus superiores na bierarquia admi trativa, tratando-os, em todas us circunstineias, com deforancia @ rospeito; 5.° Guardar segrédo profissional s0bre todos os as suatos que por lei no estejam expressamento autoriza- dos a rovelar; 6.° Desempenhar, com pontualidade @ assiduldade,-o servigo quo Ihes estiver confindo; . 7.° Ausiliar 0 Govérno por todas as formas no pros- seguimento da sua politica ad i B.° Zelar pelos intorésses do Estado, participando as autoridades superiores os actos ou negligéncias que os lesarem © do quo tonham conhecimentos 9.° Proceder na sua vida pibliea e particular de modo ‘a prestigiarem sompro a fungao piblieas 102 Dar 0 exemplo do acatamento pelas institutgoes vigentes @ de respeito pelos sous simbolos e autoridades representativas; 11° Punir com justiga as faltas profissionais prati cadas pelos seus subordinatos, participando superior- monte todas as que exijam a intervenglo de outras au- toridudes, o louvar propor os louvores @ recompensa: merecidos; 12.° Concorrer aos actos © solenidades oficiais para que sojam convocados polas autoridados suporiores; 18.° Usar de arbanidade nas relagtes com 0 piblico, com as antoridades © com os faneiondrios seus subor- dinados; 14° Informar com escripalo, isongzo o justign a rest peito dos sous inforiores hierérquicos; . 15.° Aumentar a sua cultura geral ©, em especial, cuidar da sua instruct» no que respeita as matérias que interessam & administragio péblica; 16° Opor-se com decisto a todas as tontativas ou os de alteragdo da ordem piblica ¢ aos de iasubur- dinagto ou indiseiplina dentro dos servigos. Art. 501.° Os funciondrios administrativos tam domi- cflio necessério no lugar quo for fixado para exercerem permaaeatomento as fungdes dos sous cargos ou para centro da sua actividade funcional. § Guico. Os superiores hierériyuicos podem antorizar os fuaciondrios a residir fora do lugur da sede dos ser- vigos quando a facilidade de comunicagdes permita répida deslocagio entra residéncia © a sede dos servicos. Art. 502.° As ordons @ instrugtes dadas pelos supe: riores hierérquicos em objecto de servigo @ forma legal devem ser cumpridas exacta, imediata.¢ lealmente. § 1.° So uma ordem de caracter excepcional for dada verbalmente, pode o funciondrio, usando de linguagem respeitosa, solicitar que, para salvaguarda da sua ponsabilidade, lho seja transmitida por escrito, nos eatos seguintos: : 1° Quando haja motivo plaustvol para so duvidar da sua autontiejdados z6lo © actividade 0 cargo 2° Quando seja ilogal; 3.° Quando com evidencia se mostre que foi dada em virtude de qualquer procedimento doloso ou errada in- Formagio; : 4.° Quando da sua oxecugio so devam rocoar graves males que 0 superior nav houvesse podido prever. § 2.° Se o pedido de transmiss4o da ordem por os- crito no for satisfeito dentro do teinpo em que, seni prejuizo, 0 cumprimonto desta poses ser domoraito, o inferior ‘comunieard, também por escrito, 20 seu imo- diato superior hierdrquico, os termos exactos da ordem tecebida e do pedidv formalado, bem como a nfo sati fagio déste, executando a ordem seguidamente. § 3° Se a nenhuma demora « ordem verbal puder estar sujeita, ou so fOr ordenudo o sou imediato cum- primento, o inferior faré a comunicagio referida no parégrafo precedente logo depois de excentada a or- dem. - § 4.° Considerando ilegal a ordem recebids, o info- riot fard exprrssa mengto déste facto ao pedir.a sua transmissiio por escrito, ow na declaragdo que so seguir ‘a0 cumprimento. Art. 80B.° Sio consideradas ilegais, para o efeito do sea cumprimento por inferior hierérquico, apenas as seguintes ordens: 1! As que emanarem do antoridade incompetonto; 2° ‘As quo forom manifestamente cuntrarias & letra da Tei. . $ tinico. O inferior que camprir ordem ilegal_sem haver satisfeito ao precvitaado no § 4.° do artigo 502.* serd solidariamente responsivel com quem a houver dado pelas conseqiéneias que da sua execugio resulta- rem. + Art, 504° Os funciondrios de secretaria e tesouraria, deveriio comparecor diariamonto nas socrotarias respec- tivas © al permanecer durante seis horas do efeetivo ser- vigo. § 12 0 trabalho das socrotarias dos governos civis, das administragdes de bairro @ dos corpos administra- tivos, em casos de urgente nécessidade ou de acumula- cdo de expodiento, poderé comegur uma hora mais cedo on prolongar-se até uma hora mais tarde sem direito a qualquer remuneracho especial. § 2° Chegada @ hora de saida em cada dia, nenhum funciondrio se retiraré som que 0 secretario, o chefo da secretaria, o tesoureiro, ou quem suas vezes fizer, declare terminado’o traballio do dia. ‘Art. 505.° Em cada sceretaria ou divisto dela, na tesouraria ¢ nos demais servicos com pessoal de carteira haveré um livro de ponto, de modélo wniforme, numerado e devidamente rabricado nas suas folhas, no quul os fun- ciunirios assinarao A entrada ¢ a sala. § 1 Os livros de ponto devem ser encerrados, secretario, chef da secretaria ou chofe do ser quinze minutos depois da hora de entrada e, seguida- moate, enviados a0 governador civil, ao administrador de baitro ou ao presidente do corpo admiuistrativo, eoo- forme os casos, om poder de quem permanecerso até & hora do aida do pessoal. * § 2° Depois de assinedo o livro de ponto nenhum fancionirio pode ausentar-se sem licenga do respective chef, a qual s6 podera ser concedida por motivo jus- tifeado © pelo tewpo estritamente necessério. A con fravenglo a @ste proceito equivaleré a falta injust jeada. § 3° Os livros de ponto podem ser substituldos por processos mecanicos de registo de entrada @ saida do pessoal. Art. 508.* No livro de ponto Iangar-se-fo as notas re- lativas & freqiéncia dos funciondrios, das quais se ex- trairé no fim de cala més uma relagiv em duplicado, cujo original seré remetido ao gévernador civil, admi- 81 DE DEZEMBRO DE 1940 nistrador do bairro ou presidente dai cmara municipal ou juuta de provincia, conforme os casos, ficando a copia arquivada na socrotaria, para servir do base A elaboragto das folhas de vencimento. § nico. Anualmento seré oaviada polo secretirio ou chefo da secretaria ao Ministério do Toterior a relacdo de freqiéneia relativa aos funcionarios do quadro geral admiaistrativo. seogko Feats cengas eow-snegio 1 Fats ao serge Art. 507.° Os funciondrios administr tar ao servigo dois dias em cada més, seguidus ou valados, dedo que no préprio dia da falta 0 participem 08 rospectivos chofos, declarando por escrito 0 motivo que 2 justitica. § 1.” A participacto 0 declaragio a que ésto artigo se refere podero ser feitas por pessoa de fumilia do fuucio- nério, quando @lo proprio nto possa“faz6-lus. * O seerotario ou chefe de sceroturia poderso con- siderar insuficiente a justificugio da falta, cabendo em tal caso rveurso para o goveraador civil, administrador do bairro ou presidente do corpo administrativo, que definitivamente resolverdo so a falta deve ou nfo ger tida por justificada. Art. 508.° Os funcionarios podem também faltar até tr@s dias seguidos por motivo de falecimento do edujuge ‘ou do parentes por cousan;cdinidade ou afinidado em qual- quer grau da linba rocta © no segundo @ torceiro da li- nha transversal. desde quo justifiquem as faltas quando 80 apresontarcm ao sorvigo. § nico. Os funcionarios do sexo feminino podem fe tar até quinze dius no periodo da maceruidade, Art. 509.° As fultas justificadas nos terthos dos arti- gos anteriores nfo implicam perda de vencinientos. Art. 610.° Se as faltas forom dadas por motivo do dovnga o esta excedor os dois dias fixadox no artigo 507 fa justificagdo deverd sor feita por atostado médieo, #0 eompromisko de honra ¢ com a assinatara devidamento Teeouhecida, em que so doclaro a necessidade dv ausén- cia para tratamonto. § 1° Oatestado serd enviado a sectetaria competent no prazo improrrogavel do trés dias, a contar do terceiro dia da doenga. So porém a doonga domorar mais do um més, doverd ser enviado novo atestalo om cada més, até ao dia 3, om rulagko a0 més anterior, 8, s0 excode riod do dois meses, seré o funciondrio, findus mandado examinar pelo dologado do suite, para efvitos de ticong $2" No atestado médico far-se-4 mongio do nimero do bilhete de identidade do funcionario. 0 ostado de doonca do funciouério, comnnicado igo on comprovado por atestado médico, Iquor moweuto. mandado verifcar por ral, polo delegado de saiide ou por médico privativo dos servigos, quando 0 governador civil, 0 admioistrador do ba'rro, ou o presidente do corpo admi- nistrativo o julgarem conveniente, § 4.° So, 20 easo do pardirafo anterior, o funeionario nao for encontrado no seu domicilio ou n0 lugar onde tiver indieado estar doeuto. ou 0 rerultado da verificagio da dovaga for negativo, serto as fultas bavidas como ia- justiticadas, iudependentemente da accdo diseiplinar quo ‘a0 caso couber. § 5." So, ordonada a verificagao da doenea, nos termos do § 32, 0 rosultado for confirmativo ¢ esta continuar, 0 fancionério tord direito ao abono de todos os seus venci- mentos até trinta dias, perdonslo porém 0 venciimento de exetcicio se a docnca oxceder éste limite, salvo 0 que 1689 jer a ser estabelocido para os funcionérios tu- § 6.° A doenga superior a oito dias sera obrigatbria- ‘mente wandada veritiear nos tormos do § 3." Art. BIL? As faltas ndlo justificadus, ou assim consi- deradas, produzirto a perda total dos ‘vencimentos, na parte correspondento a0 dia ou dias de auséncia. Trinta faltas nao justificadas, quando seguidas, constituem pre- sungdo de’ abandono do lugar e, quando interpoladas, mas dadas dentro do mesmo ano civil, infraegao disci. plinar punivel. son-secefo 1 eames Art. 512° Considera-so sitaacto de Licenga a inter- Tupgio tomporaria do exereicio de funcdes. requerida pelo funciontrio e antorizada pelos competentes superio- res hierirquicos. Art. 513. Os fancioosrios administrativos podem uti- lizar as seguiates licengas: 1." Licenga graciosa; 2 Liconga pur doonga; 3.° Licenca ilimitada. Art, B14.° A liconga’graciosa 86 pode ser concodida aos funciondrios com mais do um ano de servigo efoctivo quo teuham boas informagovs dos seus chefes e eu} seacia uo prejudiquo o servigo das sveretaris Jimite maximo 6 de trinta dias em cada ano. § L° A licenga referida nosto artigo nfo produz a perda de veneimentos, nem esté sujelta ao pagamento do emolumentos. § 2° Na licenea graciosa serio descontadas as faltas dadas no ano civil anterior, salvo as justificadas por motivo do dovnca ou resultantes da situacio de licenga por doenca, até triuta dias, eas dadas nos termos do artigo 508.° sou § taico. * Neahum pedido do Tieonga graciosa poderd ser subaetido a dospacho da entidado hierdrquica compo- tente sem estar devidamento informado e nltidamente exelarceida a situacto do funciondrio no que diz. respeito as faltas dadas, justificadas ou nik § 4° Nao poilerio gozar das regu presente artigo e seus pardgrafos os funcioadrios que ha ‘menos de um ano tiverem sofrido pena disciplinar supe- rior & de repreeasio verbal ou oscrita. § 5° As licencas graciosas sio sempre revogaveis por conveniéncia de servico. . Art. 815. A licenea por Goonga s6 poderé ser conce- ida por perfodo no suporior a dois moses e mediaute pareeor fundamentado do delegado de saide. § 1. Esto prazo, mediant» parecer do mesmo dele- gato, poderd prorrogar-se, més a més, até sois moses, findos os quais o fancionario passari, couforme desejar, a situagio de aposentado, se a ela tiver dircito, ou a de Tiewnca sem vencimento durante tr8s moses. Se, decor- tido este prazo, ainda nio puder apresontar-s vigo, pasar a situacto de lcenga imitade. §'2." Para 0 ofeito da contagom dos prazos fixados neste artigo compatar-so-do sempre as faltas justiticadas por doonca que tiverem sido dadas imodiatamente antes da concess#o do liconga o as que forem dudas depois do tarmo desta. Art. 516.* A licence ilimitada 66 pode ser concedida aos funciondrios com mais do trés anos de efvetivo se vigo no quadro em que so encontrem, prestado imediata- mento antes da data de coneessio; uma licenga som veneimento o dotormina vacatura do cargo. * Se 0 funcionério quo obtiver a licenga ilimitada pertenesr a um quadro privativo, abro vaga no quadro, a0 qual s6 poderd regrassar um ano apés a'concessdo da lieenga, portencendo-tho a primeira vaga da sua cate- goria ¢ classe que so verificar depois de requerida a Teadmissio ao servico. : 1690 § 2 Os funcionérios do quadro geral administrative que obtenbam liconga ilimitada passam a situaglo de inactividade fora do quadro. Art. 517.° Tem competéacia para conceder as licon- a8 a que so reforem os artigos untecedentes: , até quiuze dias em cada ano; at6 triata dias; 0 do Totorior, por mais do trinta quando a licenga deva ser gozada iuterpoladamente ou no estrangeiro. 2° Quanto aos funcionérios das administragdes de Darr . a) O director goral de adminis até trinta dias em euda ano; 4) O Ministro do Interior, por mais de trinta dias, oa quando a liconga dova ser gozada interpoladamente ou 2o ostranveiro. 3. Quanto aos funciondrios dos corpos admiaistrati- vos: a) Os'presidentes, até quinze dias em cada anoj, 2) Os corpos administrativos, por mais de quinze dis 4.° Quanto a licenga ilimitada: 4) O Ministro do Interior, aos fanciondrios do quadro geral © dos quadros privativos dos governos civis e admiaistragdes do bairro; 5) Os corpos admiuistrativos, aos fanciondrios dos re peetivos quadros privativos. ‘Art, 518. Os delogados do 4 impedimento, os médicos municipais sto obrigados a Yerificur as doongas dos funcionarios administrativos, nos tormos d8ste Codigo. § 1° Sompre quo o delegado de satde julgue neers- strio ‘ou 0 competente superior hierérquico tena por conveniente submoter o fuacionério a uma junta médica, serd esta constituida pelo referidy delegado do sadde ¢ mais dois fucultativos dusignados pelo goveruador civil. § 2° Os funcionérios doontes quo, devidamente auto- rizados, estejam a resitir fora do seu domicilio necessério, podem ‘ser submetilos a uma janta médiea constituida pola forma referida no parigrato anterior quaudo 08 Tespeetives suporiores hiordrquicos o tenham por conve- niente. tragho politica o civil, secgio ur Situagies dos tancionéie son-exocto sai grat Art, 519° Os funciondrios do quadro geral adi trative podom encontrar-se, que exereem, nas seguintes L* Actividade no quadro; B.* Toaetividade no quadro; 3.* Inactividade fora do quadro. Art. 520.° Cousideram-se na situagto de actividade no quadro 08 funcionsrios legalmente providus em cargos adwiaistrativos correspondentes as suas eatrgorias, desdo ‘que se verifique alguma das soguintes condigdes : 1.* Estarein no desempenho efuctivo das ruas fungdes; 2.4 Encontrarom-se no géz0 de liceuga graciosa, ou com parts de doente, ou na situaglo de liconca’ por doongs, at6 sels ou nove meses; 8." Terem sido competentemente ineumbidos do desem- ponko de comissdes extraorulindrins do sorvigo pablico, no Pafs ou fora déle, por tempo no superior a um ano; 4.* Terem sido chamados’a desempeahar 0 sorvigo nilitar normal do reeruta ou convocados para cursos tuilicianos, para satisfazorom condigoes de promocio, para perlodos de exureeio ou para periodos de mano- ras. I SERIE — NOMERO 308 Art, 5212 Consideram-se na situagio de inactividade no quadro os funcionarios que, legalmente investidos ‘numa categoria, se encontrom transitdriamente fora do exercicio do cargo, © om especial : 1.* Os que, tendo estado na situagio de inactividade fora do quadro, reingressem néle para eguardar o provi- mento em cargo udministrativos Os quo forem disciplinarmente punidos com sus- penstlo de exercicio © vencimentos; 3.° Os que estejam a sor assistidos na tuberculose de harmonia com 0 preceituado ha lei. § 1.° Os funciondrios na situagto de inactividade no quadro ndo abrem vaga neste. § 2.° Os funciondrios punidos com suspensio de exer- cicio © vencimentos por tempo inferior a sessenta dias voltardo, oxpinda & pena, a-exercer 08 cargos ein que ‘ostavam providos; mas os que sejam suspensos por mai de sessenta dias abrom vaga nos roxpoctivos eargos. § 3.° Os funcionérios assistidos na tuberculose nao dao, Yaga 08 seus cargos, 08 quais 86 interivameute poderdo sor ocupados durante o tempo que durar a assisténcis. situagto de inactividade ada; . 5) Tncumbidos. por autoridade compotente, do desem- penho de comissbes extruordindrias de servico piblico, no Pals ou fora dele, por tempo indeterminado ou supe- ¢) Providos provisdriamento nos lugares de directores de servigos © chofes de reparticho das Direcgdes de Ser- vigos Coutrais das Camaras de Lisboa @ Porto. § oie. A passagem a situagio de inactividade fora, do quadro abre vaga neste, mas decorrido um ano sobre ela o dosde que tonbam cossado os motivos quo a deter- minaram pode o funcionério requerer, a todo o tempo, © reingresso no quadro. son-sscgio mt Quaarerprivativos Art. 528.° Os funciondrios dos quadros privativos podem encontrar-se, em relagto & fungdo pablica que excreom, nas soguiutes situagdes: L#* Actividade no quadros 2.2 Inactividade no quadro; B.* Inactividade fora do, quadro. Art. 524.° Consideram-so na sitaagio de actividade no quadro os funcionérios que se encoutrem nalguma das ara igual sitaagto do quadro geral. leram-se na situacto do inactividade Art. 625.° Com ‘no quadro os funcionérios disciplinnrmente punidos com @ vencimentos ou assistidos na suspensio de exerci tubercutos § Gnico. Os fanciondrios nesta situagio nfo dio vaga, @, cossados os motivos da inactividade, voltam desde logo ao exerelecio do cargo. ‘Art, 520," Consideram-se na situaglo de inactividade fora do quadro os fanciondrivs no g0z0 de licence ilimi- tada ou incumbidos de comissdo extraordinaria de sor- ‘vigo piblico por tompo indeterminado ou superior a um ano. § Ginico. Os fancionarios nesta sitaagdo abrem vaga no cargo © no quadro, mas decorrido um ano podem r juerer a primeira vagn que se dé no quadro, em lugar sua categoria e classe, passando, quaudo providos, desde logo A situagdo do ‘actividade. secgko 1¥ Vencimontos Art. 527." Os funciondrios do seerotaria o tosourari tm os ordenados fixados no mapa anexo a ésto Cédigo. 31 DE DEZEMBRO DE 1940 § 1° Os ordenados dos funcionirios dos concelhos urbanos de 2.* @ 3.* ordom, quendo estes reinam os requisitos de populacto oa cle rondimento oxigidos para 08 coneethos raruis de 1.* ou 2.* ordem, sero os fixados ara ostes concelhos. § 2.° Os vencimentos dos funciondrios adainistrativos sto isontos do imposto de rendimento. § 3.° De todos os vencimentos a pagar aos funcionirios adininistrativos se descontara o imposto do sélo, ¢ quai quer outras imposigdes wstabelocidas por lei ou decreta- das por sentonga judicial. 1 § 4.* Os vencimentos s6 sio ponhordveis nos termo: © até 208 limites fixados no Codigo do Procosso Civil. Art, 528.* O veneimento corresponde ao efeetivo exer- cicio do eargo em que o fanciondrio estrja provido, salvo nos casos exprossamonte exceptuados por I Art. 529." Us vencimentos dos fancionérios adminis- trativos dividem-se em vencimento do categoria @ ven- cimentos do exoreicio. idera se vencimento do catogoria 5/5 do yuido ao cargo. § 2° Consideram-so vencimentos do exoreicio 0 sexto restanto do ordonado 0 todos os demais proventos certos @ incortus atribuidos para remuneragio das fungdes, Art. 530." Os ordenados fixados no mapa anexo a esto Cédigo 6 por lei podem ser alterados, © em caso algom poderé qualquer funcionsrio perceber mais do 9 por ceuto do ordenado que competir aos funcionsrios de categoria ou classe imediatameate suporior do res- peetivo quadro, Nao sorto considerados, para os efeitos desto artigo, as participagdes nas multas, a8 ajudus do custo, os abonos para transportes ¢ para falhas, os emolamon- tos pessuais, a gratificagto pelo servigo do reeousoumento a quaisquer outros proveatos andlog. § 2° A gratifieagio pelo sorvigo do reconseamonto eleitoral nao pode exceder om cada ano a importinei de uin més de ordenado. § 3° As contravongdes ao disposto neste artigo obri- gain & reposiedo da quantia indevidamente recebita, Art. 831.° 0 Govérno deturminard quo os voncimentos dos funcionarios fiquem sujeitos a uma dedugio eujo pro- duto so destine exclusivamente a subsidiar 0 susiento © educacio dos filhos dos funciondrios que tiverem nume- rosa familia Art. 532. © ordonad® seré pago no final de cada més mediante recibo assinado pelo funcionério. § 1° 0 dirsito no ordenado adquire-se pelo facto da prestagto de servigos durante um ou mais dias, mesmo que nfo perfagam im més, devendo ser paga 20 funcio- nario ow a sous herdciros a parte proporcional do duo- Aécimo om curso, quando 0 servigo seja interrompido antes de decorridos trinta dias, por falecimento, demis- silo, exonoragto, transferéacia ou licen © pagamento do ordenado e mais voncimentos cuja importineia total nto exceda 5.0008, em divida a um funcionério falecido, poderd ser foito ‘aos hardetros mediante habilitagio admiuistrativa porante a entidade devedora. § 8.° O proceso da habilitagdo-administrativa rega- . lar-se-& polo disposto para as rupartighes do Estad Art, 533.° Nao havord emolamentos gerais dostinados a ser distribuidos uniformemeate pelos fuacionarios, re- vertendo para o Estado on corpos administrativos, con- forme 08 casos, a receita emolumentar estabelecida na lei. $ duico. Os funciondrios tém direito aos emolumentos pessoais devidos pelos particulares em virtude do oxer- eicio de fungdes notarinis 0 de julzameato ou de cola- boragdo nostas ¢ a quaisquer otros pormitidos por lei. Art. 584° Os tosouroiros dos corpos administrativos, além do ordenado, perceborio mais um abono mensal para fulbas, a fixar pelo corpo administrativo, mas que 1691 Ho poderd exceder 1503, 1008 ou 50, conforme se trate de concolhos de 1.4, 2.* ou 3.* ordom. § Gnieo. Os tesoureiros da Fazenda Pablica quo exer- gam as fungdes de exactores muuicipais receberito, como nica remuncragdo, a gratifieagto mensal a que so refore 06 dafeo do ari 140, Art. 585.° © funcionério que, por motivo de servigo piiblico @ em obeditacia a ordens superiores, se deslo- ear pereeber’ a ajuda de custo e 0 aboao para trans. portes estabelecidos na lei. Art. 586.° O abono de ajuda de custo seré feito nos termos soguinte As deslocagies por dias sucossivos aio direito 20 pagamento da ajuda de custo por inteiros . As deslocagdes om quo a saida 6 a entrada na sede dos servigos sejam no mesmo dia, mas antes das ‘onze horas a saida o depois das dozassete a entrada, por exigancia do sorvigo dovidamente vorificade pelo “respective chefe, dio direito ao abono de metade da ajuda de custo; B. As deslocagdes quo teubam Ingar dentro das horas do expadients ordindrio das repartighes no dio direito 20 abono de ajuda de custo; 4.° Em caso algum se abonaré ajuda de custo quando 1 deslocagao s0 48 para local situado a menos de B quilé: ‘metros da sede dos servico Art. 537° Os funcionirios administrativos quo to- nham a sou cargo servicos do fiscalizagio ou policia tem dircito a participar das multas cobradas, nos ter- mos da | Art. 538.° Tem direito aos veneimentos de categoria © oxereicio: 1? Os funciondrios no exoreteio efvetivo dos cargos em que estiverem provides; 2.$ Os foncionérios no gdzo de liceuca graciosa, ou om parte do donate ou ua situagio de licenga’ por doenca, at6 trinta dias ¢ os assistidos na tubcreulose; Os funciondrios no desempenho de comissdes ex- traordindrias de servico piblico de duragio até um ano ordenadas pelo respectivo corpo administrative ou pelo Ministro, conforme 08 casos, © que nio tenham romune- ragio propria 4.° Os fanciondrios reintogrados nos seus cargos por sentenga quo anule o acto que os puniu, em relugio 20 tempo em que estiveram ilogalmente afastados do cargo. § ,anico. Os funciondrios providos em novo cargo por virtide do qual tenbam de transforir-se de localidude consideram-se em exercicio efectivo do antigo cargo no periodo, nfo exendente a cinco dias, que mediar entre a cessacdo das funcdes no lugar de que saem © a posse do lugar que vio ocupar, ‘Art. 539.° Tem direito ao vencimento do categoria, perdendo o de oxercicio, os funcionsrios com parte do doente ou na situacdo do licenga por doonga por mais de trinta dias © 08 quo so encontrem dotidos pela policia, sofrendo pristo proventiva. Art, 40.° Nao tem direito a vencimentos: 1.° Os funcionérios que faltarem sem motivo justi- ficado, em relagio aos dias em que tenbam faltado; 2.°'Os fuucionérios nas sitaagdes de inactividade no quadro ou fora do quadro, salvo 0 disposto quanto aos assistidos na tubereuloses 3.° Os funcioudrios chamados a dosempenhar o servigo militar normal de recruta ou convocados para cursos de ofciais milicianos, para satisfazcrom condigdes de pro- mogin, pata periodos do exercicio on para porlodos do manobras. Art. B41.° Os vencimentos de exercici do ser abonados aos funcionsrios ad © seguinte destino: a) 0 sexto do ordenado constitue receita da entidade a cujo servigo osteja o funcionério; que doixarem istrativos torko 1692 2) Os restantes proventos que porventura a lei eonceda serio abonados ao funciondrio ou funciousrios que teabam desempenhado as fungdes do cargo-em substituigao do ausente. Art. 642.° 1 aplicivel aos funciontrios administra tivos assistidos oa tuberculose o regime de vencimentos estabolocido na lei para os funcionérios tubereulosos. seogiov ibidades © acumulagios Art. 543.° Os funcionicios de carteira nilo pod 1.° Bxereer a profissio do comerciante, por si sen cOajugo, © a direcgio, admioi sociedades comerciais; 2.° Exoreer qualquer actividade ou emprozo, aciden- tal ou permavontomente, com ou seu remuncragio, dentro das horas normsis do desempento das fungdes publicas; 3.° Exorcer qualquer lugar em emprésa que teaha con- trato com o Estado on auturquias locaiss 4.° Exercer fungdos nos corpos dirigentes ou na secre- tari ou tesouraria das pessoas colectivas de utilidade pliblica administrative 2 fisealizagdo ow ao jul gamento do contas pela ontidade on repartigdo & cijos quadros pertengam ; 5.° Ser editores, diroctores ou proprietirios de joraai on publicagBes poriddicas que nio sejam de cardcter ex- clusivamente cientifico ou literdrio. Art, 544.2 O oxorcicio efectivo das foncdes de socre- tatia 6 tesouraria é incompstivel com o exercicio, nto imposto por lei, do outro qualquer cargo ou fungao pibliea também remunerado. Art. 545.° Os funciondrios administrativos nfo po- dom, sob pena do nulidude, outorgar, por si ou inter- posta pessoa, em contratos de obras ¢ fornecimentos com , ‘08 corpos administrativos sob euja dependéncia servirem, ‘Art. 546.° O funciondrio administrativo que oxereor profissto ou fangfo piblica ou privada incompativel com 0 sou cargo seré procossado disciplinarmenty © de- mitido deste. ‘Art. 547.6 O fancionario administrative nomeado para outro cargo ou fungdo péblica nfo acomulivel deveré declarar, poranto 0 sou superior hierdrquico, dentro dos doz dias imediatos ao da data da nomeacio, por qual opta, e, no o declarando, seri demitido dos quadros administrativos. seopko vr Antiguidadeo informagzes Art, 548.° A antiguidade dos funcionérios admis trativos conta-se 1 Desde a data da posse do cargo, para efeitos da antiguidade nos respoctivos quadro e categoria ou classe; 2.° Desde a data da posse do primeiro cargo pablico, para efsites da antiguidade no servigo piblico. ‘Art. 549.° A contagem do tempo para a antiguidade 6 feita atendéndo-so oxelusivamento ao tempo de ser- vigo efectivo. ‘Art. 550.* Nao so conta para efeitos de antignidado: 1.2 0 tempo pasado nas situagies de ivactividade no qnaitro 6 fora do quadro; 2° O tempo que, por virtude da disposigies discipli- nares, for considerado perdido para efeitos de antgui 8° O tempo de aus6ncia ilogitima do servigo pa 4.° 0 tempo com parte de dovnte ou de liceng: docnga que, num perfodo de tres anos, exceder ‘meses soguidos ou nove interpolados. Art DBL! Conte-so para eftitoe de antguidade: 1.° Todo 0 tempo de actividade de servigo prestado com provimento provisdrio ou intetino, desde que seguido de provimento definitive no mesmo cargos I SERIE — NOMERO 303 2.° O tompo de suspensto proventiva cm procreso dis- ciplinar que tenha termiaado por decisto de improce- déncia ou absolvigio, on quo exceder a pena uplicada 3.° O tempo gasto no cumprimento dos deveres mili- tures; 4.°° 0 tempo de duragto das comissies extraordind- rias do servigo piblico de que o funcionario ténha sido competentemente ineumbido; 5. 0 tompo do exercicio de fungdes de Ministro, de Sub-Secretirio de Estudo, de guvernador civil, de chefe de Gubinote ou seerotério de Ministros 6.° 0 tempo que houver sido deseontado por ofeito de pena disciplinar anulada contenciosamoute ou revogada. ‘em procosso de revisto. ‘Art. 552.° Anualmento a Direccio Geral do Adu. nistragao Politica o Civil elaborard o pablicard no Di rio do Govérno a lista de antiguidady dos funcionirios do quadro geral administrativo, © 03 socretdrios ou cho- fes do sccretaria elaborario as listas dos quadros priva- tivos, a8 quais sordo publicadas om Ordem de Servico. § 1.° Nos trinta dias que se soguirem & publicagto das listas podora, quom se julgar projudicado, rocorrer para o Mizistro do Iuterior, tratando'se da lista do qua- dro geral, ou para 0 governador civil, presidente da e&- mara municipal, da juata de provincia ou administrador do bairro couforme’os casos, tratando-so das listas dos quadros privativos. § 2.° A autoridade que receber 0 recurso resolvé-lo-6, dontro do trinta dias, ouvida a Direesao Geral ou 0 fun- ciondrio que tiver elabgrado a lista, § 3.° Do despacho quo resolvor 0 recurso, on da falta Aayuele no prazo legal, eabe recurso contencioso. § 4.° Os despachos do Ministro do Interior sero pa- blicados no Didrio do Govérno ¢ os das outras entida- des em Ordem de Servigo. ‘Art, 53. Cada funciondrio teré um proceso indivi- dual, do qual constargo todos os dadus o informagdes respeitantes & sua carreira no servigo piblico. § 1° Os procassos individuais dus funciondrios do quadro geral serto arquivados na Direecio Geral do. Administragio Politica ¢ Civil ¢ os dos funciondrios dos quadros privativos nas respectivas secretarias. i § 2.° A orgenizagto dos procossos individuais sora uniformemento regulada prio ro do Interior para todos os funciondrios administrativos. ‘Art, 554." Os fancionarios theumbidos do servigo de inspeccdo dardo informagdes coueretas sobre o mérito © moralidade dos funcionirios dos quadros quo desem- penhem cargos nos sorvicos por 6les visitados. Essas informagdes serao fundamentadas 0, sompre quo posst- vel, documentadas ¢ abonadas, mas quando prostadas com falsidude serd instaurado ‘proceso disciplinar a0 funciondrio inspector. seogko vit ‘Aposentagtes Art, 555.° Os foncionérios de secretaria ¢ tesouraria tem direito @ aposentacto nos termos e pela forma esta- elecida para os funciondrios poblic Art. 556.° A aposentacio dos funcionétios de secre- taria.¢ tesouraria que de faturo sejam nomeados compe- tird & Caixa Geral de Aposentacdes, na qual obrigatd- rinmente sero jngeritos como subseritores, Art. 557. A aporentagio obrigatéria ou compulsiva dos fanciondrios do quadro geral administrative © dos quadros privativos dos governos civis o administragdes de bairro 6 da exclusiva compoténeia do Govérno a dos funcionérios dos qnadros privativos dos corpos administrativos da exclusiva competéncia déstes, obsor- vadas, na parte aplicivel, as disposigdes lgais relativas aos fuacionsrios pablicos. 81 DE DEZEMBRO DE-1940 capituLo v Da discipline secgo 1 Responsabilidade discipinar Art, 558.° Todos os fanciondrios administrativos, qual- quer que seja a sua situacdo, sto respousiveis discipli- narmento, perante as autoridades que bierirquicamente thes forem supertiores, pelus infruccdes que comotam. ‘Art, 559.° Considera-se infracgao disciplinar o facto voluntario praticado pelo funcionsrio com violagdo de algum dos deveres gerais ou especiais decorrentes da fangio que exeres. § inieo. A violagko de doveros 6 panivel quor consista em acglo quer em omissto, e independentemente de ter produzido resultado perturbador do servigo. Art. 560.° O direito de exigir a responsabilidade dis- ciplinar em’ que qualquer funciondrio administrativo haju, incorrido presereve passados cinco anos sobre a data em que a falta tenba sido cometida, salvo o disposto nos pa- Tagrafos seguintes. § 1.° So 0 facto qualificado do infrecgto disciplinar for também considerado infracedo penal @ o8 prazs de pres- cerigdo do procedimonto criminal forem superioros a cinco anos, aplicar-se-llo ao procedimento disciplinar os prazos estabelecidos no Otdigo Penal. §2° E improseritivel o direito do exigir bilidade disci 1 responsa- jaar por qualquer das infraccdes a que £0 referem os n. 6.2, 7.2 0 11. do artigo 5x0. art OSL Os foncicirionadainitrativos Ream sul tos 20 poder disciplinar desde a data da posse. ‘Art. 562.° O despacho de pronincia, com transito om julgado. polos erimes onunciados no § tiaico do artigo 71.° do Codigo Penal determina a suspensio de exeretcio @ vencimento do funcionrio até julgamento fioal. § nico. A perda do vencinicuto a que ésto artigu 80 sord reparada sdmento no aso do absolvicto. ‘Art. 563.° Subsistem em vigor as dispoxigdes do 6- digo Penal quanto & suspensdo ou demissto por efuito de pena sofride nos tribaoais criminais competentes © quaisquer disposigdes espociais nao revogadas polo pre- Bento Cbdigo. Penas. Art, 564.° As ponalidades aplicdveis aos funcionérios administrativos polas faltas disciplinares que cometerem sto: 1° Adverténcia; 2.2 Repreensio verbal ou por escrito; 8.° Multa, correspondento aos voncimentos do exerel- io, do cinco até trinta dias; 4° Suspoasio do exereicio o voucimentos de dex até sessonta 3.° Suapensto do exereicio e veacimontos de sessenta até eouto © oiteata dias; ° As penas dos 1." 3.° 6 seguintes do artigo anterior sero sompro rogistadas 0 proceso individual do fancio § Gnico, As amnistias nflo destroem os efeitos j& pro- duzidos pela aplicacto da pena nem determinam 0 can- celameoto do registo do castigo aplicado, que servira para apreciagio da conduta do funcimétio, mas néle so averbaré que, por virtude de amnistia, a pena deixou de produzir no futuro os efeitos leg ‘Art. 566.° As ponas disciplidares t8m tnicamento os efeitos declarados na lei. “do tantos di 1693 § finico. Os efeitos das ponas estabelecidas iieste C6- Aigo sto 08 seguintes A peoa de multa implica a perda, para efeitos de antigua, do antoe dee quantos aqueles a que cor- espondorem os vencimentos perdides; As ponas do suspensiio de exercicio © vencimentos implicam: @) A porda da faculdade do gozar licouga gractosa 2p periodo de um ano contado desde o trmo de expe io da pena; 4) A perda, para ofeitos de antiguidado © aposentagdo, quantos tooba durado a suspensio; <) A impossibilidads de promosito durante um ano con- tado do t8rmo da oxpiagio da pena; d) Para os funcionérios do quadro geral, a parsagem a situagao de inactividade no quadro, e, quando superior a sessenta dias, a abertura de vaga nos cargos em que estejam providos, ¢ que nv poderdo voltar a exorcer. 32 A pona de demissto importa a perda de todos dirvitos de fancionirio © a impossibilidade de ingressar novaments nos quadros e do ser contratado ou provido interinamente em quaisquer cargos, sulva a hipétese de rehabilitagio obtida em rovisto do processo disciplinur. Art. 567.° © funciondrio do qiiadro geral que, por efeito ‘da pona de suspensto do exercico'e veneimentos superior a sessenta dias seja colocado na situagio de inactividado podord, cumprida u pena; ser provide com- pulsivamente, pelo Ministro do Taterior, em Ingar da sua categoria © classe cujo coneurso de provimento tenha ficado deserto de concorreates. ‘Art. 568. O funcionério que, dentro do cinco anos contados da data da primeira condenagto, soja por tres vezes eondenado na pona do multa, ou daas vezes na do suspensio de exercicio © vencimentos por tempo que, somado, exceda conto vinto dius, passaré a ocupat © dltimo lugar na eseala de antiguidade do quadro a que pertencer. ‘Art. 569.° Nao pode aplicar-so a0 mesmo funciondrio mais do uma pena diseiplinar por cada infraegto, ou pelas infracedes acumuludas quo sejam apreciadas num 6 precoss § nico. O procedimento disciplinar 6 independent do procedimento criminal, no que respeita & aplicacto das penas. ‘Art. 510° Para os funciondrios aposentados as ponas do mult ou suspensto serdo substiiidas pela perda yensfo por igual tompo e a pena de demissio pela porda dofaltva da poosts. seogio ur Compettncia.ssptinar Art. 571° As penas de adverttacia ¢ repreensiio sto da compettncia de todos os funciondtios em relagio aos que Ihes estnjam subordinado: ‘Art. 572.° Os corpos administrativos tm competéncia: 1.2 Para’ aplicagto, aos fauciondrios dos. seus quae dros_privativos, dus penas dos n.% 1° a 7.° do tigo 564°; 2° Para a aplicagio, aos funcionirios do quacro goral que se encontrem a0 sea sorvigo, das penas dos n.* 1 2.3.° do mesmo artigo.564.° § nico. O presidente da camara municipal tem com- peténcia pura advertir e repreonder qualquer funcionério municipal ‘Art. 573.° Compete aos governadores eivis a apli gio, os fancionirios dos quadros privativos dos res- pectivos goverans civis, das penas dos n.% 1° a 5. do artigo 5G4.° hos funcionérios do quadro geral das penas dos n.% 1.* a 3.° do mosmo artigo. 1694 Art. 674.° Compote aos admioistradores dos bairros « aplicagio, aos fancionArios dos quadros privativos das respectivas administragdes, das penas dos n.% 1.° a do artigo B64.° ‘Art. 575.° 5 da competéncia do Ministro do Interior 1 Odo artigo 54% aos foacionsrios dos quadros privativos dos governos civis © admiuistra- es dos buirros; 2.° Dos n.° 4.° @ seguintes do artigo 564.°, aos fan- ciondrios do quadro gor. Art. 576.° A compottacia disciplinar dos superiores envolva sempre a dos sous inferiores hierdrquicos dentro do servigo. § nico. Nenbum superior poderé delegar em subor- + dinado a sua eompoténcia de punir, salvo o disposto para 98 concolhos de Lisboa e Porto. srogio 1v ‘Aplcago das ponas ‘Art. 5T7.* As penas dos n.** 1.° © 2.° do artigo 564.° serio aplicadas por faltas leves de servigo 0 sempro no intuito do aporfeigoamento profissional do funcionsrio. Art. B78! A pona do ne 3.° do artigo 564. sera apli- cada, om goral, nos casos do negligéocia ou ma com- preensio dos deveros prefissionai . § ‘nico. Esta pena serd especialmente aplicivel aos funciondrios: 1.° Quo na arrumagio dos livros 0 documentos a sea cargo nio observarom a ordem estabelecida superior mente ou quo na escritnraggo cometerem erros por falta do atongio, se déstes factos no tiver resultado projutzo para 0 servigo; 2.* Quo desobedeceram as ordens dos seus chofes, sem consoqiéncias importantes; 3° Que deixarem de participar as autoridades com- peteates traasgressio de.quo tivereim conbecimento; 4.° Quo cometerem falta de respeito, considerada leve, para com superior hiorérquico; 5° Que discutirom piblicamente actos de superior hierarquigo; 6.° Que, ‘pelo defeituoso camprimento ou descoubeci mento das disposighes legais 0 rogulamentares ou das ordens superiores, demonstrarem faita de zélo pelo ser- vga; 7.® Que nas relagdes como piblico faltarem aos deve- res de cortosia. Art. 579.° As penas dos n.** 4.° @ 5.° do artigo 564.° so, om geral, apliedveis nos casos: 1° De nogligéacia grave © demonstrative de falta de x6lo pelo servico; 2° De erro do officio; Do procedimonto’atentatério da tigio dv funcionsrio ou da fangto. § Gnico. As penus roferidas neste artigo serdo espe- ciulmeno aplicvvis aos funcionérios: 1° Que, dentro do mesmo ano civil, derem trinta faltas intorpuladas © nfo justiticadas; 2° Quo, por falta de caidado, dorem infor errada a superior bierirquico, em’ matéria de servigo; B.° Que comoterem incoufidéncia, so do facto nfo ro- sulter prejuizo para as entidades, de que forem serven- tuarios ou para tereviros; 4° Que demonstrarem falta de conbecimento de nor- mas ossenciuis reguladoras do, servigo, da qual baja re- sultado prejuizo importante para as ontidades de que forem serventuitrios ou para terceiros; 5.° Que deixarom «lo passar, dentro dos prazos legais, as cortiddes quo Ihes sejam requerisas; 6° Que, por virtude de promessa on dédiva, nio po- nidade © pros- I‘SERIE — NOMERO 308 nirem ou nfo participarom transgressdes on falta di aling grove dquo waka, sonbeaimento juo desobedecorom de modo escandaloso, ou em piblico, &s ordens suporiores; 8° Que, fora do servigo, ‘agrodirem, injuriarem ou desrespeitarem gravemente superior hierarquico; 9.° Que com mi £6 dorom participagio de que resalte 8 injusta punigdo de inferior hierdrynico; 10° Que sé apresentarem em reparticdo piblica em estado de embriaguez; LL Que aceitarem dadiva ow par provonioatos da marcha ou rota lontes em repartigdo péblica; 12.° Quo accitarom presentes de subordinados ou de posaoas sujeitas A sua autorilade; 13.° Que fizerom ou minutarem requerimentos ou po- tignes que teuham de ser informados, resolvidos ou ex- pedidos pelas secretarias em que prextem servicu; 414.° Quo freqientarem, com etcdndale, taberass 00 prostibuios, ou que perminecerem em tabernas, cafés ou ipactlo em lucro de negécios pen- outros lugares pablicos durante as horas destinadas ao sorvigos 15.° Quo realizarem despesas niio provistas nos orga- montos, ou excederem as autorizagdes orcamentais, sem a existbacia do receitas que garantam 0 sou pagamento; 16.° Quo receborem fundos, cobrarem receitas ou re- colherem verbas de que ndo prostem contas; 17.2 Que convocarem: ou promoverem rednides ou manifestagdes politicas contrarias A orientagio politica do Estados 18." Que praticarem, om relagio a eleigdes politic ou administrativas, actos que a lei fio imponba; 19.° Que se manifostarem, pela imprensa, em comicio piblico ou em meosagens individuais ou colectivas, sobre © oriontaglo, os actos ou as decisbos do Governo ou dos corpos administrativos, discordando déles ou consu- rrando-085 G 20. Que divulgarem boatos destinados a porturbar a tranqiilidade on a ordem pibliea, ou susceptiveis de perturbarem, ou que espalharem noticias que praju quem 0 crédito publicos 5 21° Quo discutiram publicamente os actos do Pre dente da Repabliea, dos Ministros, dos Sub-Secrotai ‘do Estado © dos governadores civis ou de quaisquer ou tros funcionérios suporiores da administragto ptblica, com Animo do injariar as suas pessoas on de deturpar ‘a verdade, ou que ofenderem por qualquer forma ou meio 0 prestigio do Estado, a honra @ considersgio de- vidas 20 seu Chefe © ao Govérno’e o respeito & ban- deira © 20 hino nacional. ‘Art. 580.° As penas dos n.** 6.° o 7.° do artigo 564.* sto aplicéveis, em goral, as infracodes disciplinar revelem impossibilidade de adaptago ou incoaveniente permanéncia do funcionério no servico. § 12 Estas penas serdo especialmente aplic faneionarios: 1 Quo agredirem, injariarem ou dosrespeitarem gra- vemento superior hierdrquico, nos locuis de servigo ou om servigo pablico; 2.° Que violarem segrédo profissional ou cometerem inconfidéncia de quo reeultem prejulzos materiais ou morais para as entidades de que jorem serventudrios ou para toreeiros; 3" Que incitarom 4 indigeiplina ou 2 ingubordinaglo ‘os seus inforiores hierarqaicos, on que aconselharem, ineitarem on por qualquer forma provocarem a0 nko cumprimento dos deveros inerentes & fungto pabliea, 4 desharmonia ontro elementos da forga urmada ou i. desobodigncia as leis, deeretos © ordens das autorida- des; 4° Que praticarem, durante 0 servico piblico, actos de grave insubordiuaco ou indisciplina; 0 81 DE DEZEMBRO DE 1940 5. Que sofrerem condenaco a pena maior ou correc- ional ‘por eolaborarem, por qualquer forma, em tarbagies de ordem piiblica ou em conjuragio © ‘mento que com clas andem ligados; 6.° Que comparticiparom em oferts ou negocingdes do emprégo pablico; * ~° Que tomarem parto ou intorésse om contrato celo- brado Bats eatinds de gue jam serveataiian; 8.° Que recusarom, sub qoalquer protexto, a prostagto de juraueato de fidelidades. 9.° Que abandonarem 6 sou lugar ou dolosamento articiparem abandono de lugar do aigum funcionério, Bando lugar a demiseao dostes 10.° Quo se concertarem com outros funcionérios para 4 cessugio simultdaea do servigo piblico ou que entra: rom em colixaglo para es80 efoito; 11° Quo forem encontrados om alcance de dinheiros pAblicos ou por éle possam ser responsabilizados; 7 12° Que praticarem em piblico actos deshonrosos; 13° Que piblicamento professarem opinides contra rias & oxisténcia © integridade do Portugal como pais, independente ou favordveis & subyersio violenta da or- taco compulsiva s6 poderd sor aplicada aos funcioudrios que reinam os requisitos le- gais para Ihes ser concodida a aposentacio facultativa, Art, 581.° Para o ofeito da gradaagao dus penas so- ilo sempre tomadas em conta tudas as vircuastincias ema que a infraccdo tiver sido cometida o-a natureza do targo ocupado prio infractor. Art, 582.° So circunstincias atenvantos especiais da infracgdo disciplinar : 1.° A prestagio de mais de dez anos de servico com exemplar comportamonto 0 20 2.°°A confissto espontinea da infracgto; 3. A prestagto de servigos relovantes & Patria; 4° A provocagio de superior hivrarquico; 5. 0 acatameuto do ordem de superior bierérquico, znos casos om que nfo fosse devida obodiéncia. § Gnico. A existéncia de circunstancias atenuantes es iis serd atendida para o efvito do aplieagio da pena imediatamento inferior & merecida pelo facto, ou & redu- 80 a metade do tempo de duragto do castigo. Art, 583.° Sdo circunstancias agravantes espociais da infracglo disciplinar: 1.2 A promedituglos A combinagto com outros individuos para a pré. tica da falta; i 3. 0 facto de ser comotida durante o comprimento do pena disciplioar: 4.° A acumulaglo de infracgbes 5 A reincidéucia; 6.° A voutade determinada de, pela condata adoptada, produzir resultados prejudiciais a0 servico paiblico ou ao interésse geral, independontemente de estes ofectivamente 80 verificarem; 7.2 A prodagho efvctiva do resultados prejudiciais 20 servigo piblico ou ao interésso geral, nos casos em que © funciondrio dovesso prover essa conseqiéacia como efeito necessario da sua conduta. § 1° A premeditagio consiste no desigaio formado yinte © quatro horas antes, polo menos, da prtica da infracgao. 2° A acumulagdo dase quando duss on mais in fracgdes silo cometidas na mesma ocasilo, ou quando uma_é cometida antes de ter sido punida a anterior. § 8.° A reincidéncia di-so quando a infracgao 6 come- tida antes de passado um ano sobre o dia em que tiver findado 0 cumprimento de pena imposta em consequéacia, de intracgto anterior. § 4° Vorificada a existencia do alguma cireunsténcia agravante especial, no poderé levar-se em conta no- 1695 nhuma atenuante, mesmo especial, @ aplicar-se-4 sempre 6 maximo da pena currespondente A infragao mais grave 8 castigar. . srogio ¥ : Prooesso discplinar Depa sera Art, 584° As penag-dos n.° 3.° © seguintes do ar- tigo 584." serao sempro aplicadus precedendo apura- mento dos factos om processo disciplinur. Art. 585.° O processo disciplinar 6 sempre sumirio, allo dependendo do furmalidades especiais, e deve ser eonduzido de modo a levar rapidameate a0 apuramento da verdade, emprogando-se todos os meios necessArios para a sua pronta eonclasio. Art, 586.° Em processo disciplinar a fnica nulidade insuprivel 6 a falta de eoneossio do audiéncia ao argtido ‘nos casos om quo a lei a impuser. "Art. O87.* Nonlin falta dotxard do merecer a. atea- do do superior herdrquico, para que a disciplina dos servicos seja mantida om tormos justos, tendo-re sempre preseute que o exeimplo do iateird cumprimento do dover © 0 espirito de suerificio no exercicio das fungdes piblicas silo 08 maiores factores da diseiplina v da boa ordem dos servigos. Art, 588.° Os processos disciplinares sero isentos de eustas @ selos, mas, n0 easo de condenagio, as despesas do processo correrio por conta do infractor, no tudo ou em parte, conforme a decisio da autoridade ou corpo administrative que panir, incluindo-se nestas despesas a importincia do sélo devido pelos requerimentus © do- euinentos juntos pelo argtido. Art. 589.° Seré admitido condicionalmonte as provas de qualquer concurso o arguido em processo disciplinar que teaba dircito de a clas concorrer, mas 9s provas serdo anuladas soa pena for iuposta e a condauagio tiver 0 efuito de fazer perder ao candidato a antiguidade precisa para a admissio ao concurso. Instrugto to processo . Art. 590.° Sompre que chegue a0 conhecimento de walquer autoridade ou corpo administrative que um funcionirio soa subordinado praticou ialraccio discip nar puuivel, seré pela mesma autoridade ou corpo admi- nistrativo instaurado 0 competente processo. § 1.° Quando as infracgdes sejam verificadas cionérios da Inspeceto Geral do Finsogas ou da inspec- glo adminisirativa 0 processo disciplioar seri instaurado independeotemente de delibrrado ou despucho da auto- Tidade com competéncia disciplinar sobre os arguidos. ° As participugdes, queixas ou deufneias contra qualquer funcionério deverto merecer sompro toda a atencdo A autoridade ou corpo administrative a quem forom dirigidas, os quais s6 deixardo do Ihos dar segui- mento quando fundadamente so convengam da sua im- procedoneia, Art. 591. Tornando-so nocesstriv averiguar factos ou apurar cireuastéacias para detorminacho da respon sabilidade disciplinar poderd a autoridade ox corpo adwinistrativo, em cuja imediata dependéacia se ex- coutre o funeionitio argido nomear um instrutor do rocesso. § 1.° 0 instrutor do processo doverd sor escolhido de eatre funciondrios do categoria ou classe superior & do argiido ou mais antigus do que éle na mesma cate- goria ¢ classe. § 2.° A fuculdade de nomeagto de instrator nto ex- clue, nos casos em que nfo soja usada, a competéacia 1 SERIE — NOMERO 303 ides @ dos corpos admiaistrativos para procederem & iastrugio do processo, por iatermé- io dos sous prosideates ou de um dos vogai Art. 592.° As autoridades ¢ 08 corpos admiaistrativos podem ordenar inquéritos a certos fuctos ocorrides nos servigos na saa dependéaci jndicdncias aos mesmos sorvigos. As infracgdes disciplinares nélos verificadas darto lugar a instuaragio de tantos processos disel- pligares quantos os funcionérios infractoros, medinnto Aecisdo ou deliberacto da autoridade oa corpo adminis- trativo eompetente, quo poderi dispensar a instragdo déles, ordenando que so oxtraiam logo os, artigos de aeusagto. Art. 598.° Os instrutores, sindicantes ou inquiridores tomerfo, desde a sua nomeagto, todas as provideacias precisas’ para que se no posta alterar o estado dos fuetos © dos documsntos ou livros em que se descobria ou se presume existir alguma irrogularidade, nem subtrair a8 provas desta. Art. 594.° O funcionério implicado em qualquer pro cesso disciplinar ou visado em sindicdneia ou inquérito joderé ser, sub proposta do instrutor, sindicante ou inguiridor, provontivamente suspenso do exercicio das suas fungdes, sem vencimento on apenas com 0 venci- mento de eatogoria, até decistio do processo, mas nuuca por tais de noventa dias. § 1° A suspensio preventiva soré ordenada pola autoridade ou corpo administrative sob cujas ordens imodiatas servir 0 fuacionério argaido, salvo 80 éste per: toncor & 1.* eategoria do quadru geral, caro em quo essa compettacia pertoacerd an Ministro do Iaterior. ‘A perda do vencimento sera reparada, coofir- mada ou lovada em conta na decisto final do processo. Art. 895. Os instrutores procurardo averiguar as cit- cunstdacias em que a falta foi eometida, ouvindo 0 par- ticipsnte, 43 testeraunhas por ésto indicadas 0 as pessoas que dos’ fuctos possam tor eonhecimento, retinindo examinando todos os clementns do prova. § 1." Quando 0 fancionério seja argtido de ineompe- toncia profissional e ndo se juntem ao processo documen- tos comprovativos da acusacdo, poderé o iastrutor con- vidé-lo a prestar provas sObre matérias actos corrontes das fangdes que correspondam & sua catogoria, sob comi- nnagto de; em caso do recusa, 80 considerar provada a acusagho. § 2° As dilizencias que tiverem de ser feitas fora da loealidade onde corret 0 processo podem ser requisita- dae, yor ofeio ou telograma, & respostiva autoridado admiaistrativa, Art, 596.° Coneluida a instrugto do processo, 0 trutor deduzird a acusagto do argtido sob a forma de artigos. : § nico. Os artigos do acusagio devem’ enunciar pre- e coneretamonte, com todas as eircunstancias conhe- s de modo, luzar © tompo, 08 factos imputados 20 argtido 0 as infracgdes disciplinares que déles derivem. Art. 597." Nos catos om quo os inspectores adminis trativos ow de finangas verifiquem nas suas visitas do insprecdo a existéncia de infracedes disciplinares que jol- guom suficientemente indiciadas nos respectivos relaté. Tios poderdo desde logo fazer seguir processo discipli- g08 de acusagio autuados em separado. Detesa de agate Art, 598.° Os artigos de acusagio xerdo remetidos ou entregues ao argido, marcando-se-Ihe um prazo, no inferior a cinco dias nem superior a vinte, para respon- der por escrito, romecsa dos artigos de acusagio pelo correfo serd feita por meio de carta registada com aviso de re- eopgiio. § 2° So o argaido ostiver ausento em parto incerta, seré publicado aviso no Diario do Govérno citanilo para aproseotar a gon dofesa no prazo que Ihe fOr dosi- gnado. ‘Art, 599.° Durante 0 prazo marcado para a apresen- tagio da defesa pode 0 argiido examinar o processo di ciplinar, por si ou por advogado constituido, '§ 12A respostn dove sor aesinada pelo argaido. § 2° Com a rosposta pode o argitido juntar quaisquor documentos © indicar até trés testemunhas -para cada facto, mas nfo mais de dez, residentos ou que apresente na localidade onde so estiver a proceder & instragdo do Focess0. PIg'3. As testomunhas 6 podim depor sobre os fuctos para quo foram procisameuto indieadas. ‘Art. 600.° N&o podem sor juntas aos antos rospostas que contenham matéria estrasha & acusagio e desneces- siria & defesa, § 1° Se a rosposta do ncusado estiver redigida em tormos desrespeitosos seri considerada © punida eomo falta grave do rospeito a supcrior. § 2.9 Se a resposta revelar fuctos puntveis estranhos & acusagio © quo nfo interessom A dofvsn nfo seré aquela junta ao processo, mas ser-Ihe-& dado soguimento ©, 80 08 factos rospuitarom a superior hierérquico do acusado, sord a-resposta considerada, para efvitos legais, queixa contra superior hierdrquico. sup-szcgio 1 Decade ctcpear sua. exeoupte Art, 601. Aprosentada a dofusa do arghido o ing Tidas as testemuahas por éle indicadas, o instrator, nao for a propria autoridado com compoténeia para de cidir © prucosso, relaté-lo &, propondo a pena que enten- der justa, @ ontregard os autos & autoridade ou corpo adniuistrativo que 0 tiver nomeado. § 1° Os processos instaurados pelos inspoctores adininistrativos ou de finaagas serio imediatamente, de- peis do rolatados, remetides ao corpo administrative ou 20 Ministro do Interior, de modo que eatre a dats da instauraglo © a remossa ‘nfo baja intervalo superior a quinze dias. § 2° Os processos om que sejam arglidos funciond- ios do quadro geral admiuistrativo © instaurados nos termos do partgrafo anterior serio sempre remetidos 20 Ministro do Interior. Art, 602." Sempre que a autoridade ou corpo admi- nistrativo que tiver mandado instaurar o procosso jul: gue quo a pona a aplicar excode a sud eompetdncia, Tometeré 08 autos, com dospacho ou deliboragio, & auto: ridade competente. Art, 603.° Quando varios fanciondrios, embora de di- ‘versos quadros, sejam argaidos da pratiea do mosmo facto ‘ou de factos entre si conoxos, a auturidudo que tiver com- poténeia para punir 0 fanciondrio de maior categoria decidiré rclativamente a todos os argaidos. Art. 604.° Nos casos em que haja da exercer-se a inar do Ministro do Taterior sera o processo submetido ao director geral de administracto politica © civil para, no prazo de cinco dias, interpor pa- Fecer sobre os seguintes pontos: 1° Regalaridude formal do proceso disciplinar; 2° Existoncia material dos factos imputados ao fan- cionério; 3.2 Qualifeagto dos fuctos como infracgto diseiplinar; 4° Circunstincias atonuantes ¢ azravantes 5.* Natureza pouco grave, grave ou muito grave da infraegio, © pena aplicivel. 31 DE DEZEMBRO DE 1940 Art. 605.° Os processos diseiplinares cuja decisto seja da compotéacia dos corpos administrativos entrario n8 ordem do dia da primeira reiido ordiniria a celobrar. § 1° Quando o processo tenha sido instaurado em conseqiéncia de inquérito on sindictnela levada a efeito pelas inspeegies administrativa ou de finangas, © 0s fac- fos apurados sejam reputudos de extroma gravidade pelo respectivo inspector geral, dovera o presidente do corpo administrative convocar uma retinido extraordindria ime- diata para decisto do processo, se a roiinito ordinaria mais préxima ainda deworar trés ou mais dias. A infrac- gio do disposto neste parégrafo é punida com a aplicugdo da multa do 1.0005 a0 presidente do corpo administra- tivo, salvo se provar que no teve conhecimeuto da che- gada do processo a secretaria, pois nesso caso ftcar4 ros- onsivel polo pugamento o respective chafe de secretaria. § 2.° As resolugdes dos corpos administrativos om processes disciplinares instaurados pelos inspectores ‘administrativox oa do finangas, carecom, para sa tornarom executirias, da homologa-’ao do Ministro do Interior que om despacho fundamentado poderé alterar a pona epli- ada. Art. 606.° As penas da compoténcia do Ministro do Interior, do governador civil © do administrador do bairro serio aplicadas por despacho o as da compe- tavia dos corpos administrativos om deliberag8o exarada na respectiva acta. As ponas serio notificudas aos at gaidos ou, no sondo possivel, publicadas por extracto no Didrio'do Govérno. § Gnico Excoptuam-so do disposto neste artigo as ponas do adverténcia © do repreensto, Art, 607.° As penas disciplinares comegario a pro- duzir os seus efeitos legais no dia seguinte ao da noti- ficagto do argiido ou irés dias apés a publicagto no Diério do Governo. Pracases espacial por abandene de lgar« por fata de aslauttade Art. 608.° Sempre que umn funcionério administrativo deixe de comparecer ao servigo durunte cinco dias, de- ois do expressamente ter manifstado a aus inteneto le abandonar o cargo, ou faltar durante trinta dias dteis seguidos @ sem justiticagio, sera pelo seu imestiato supe- rior hierarquico levantado auto de abandono de lugar. Art. 609." A presungio de abandono de lugar, consti tufda pelos factos a que se refare a parte final do artigo anterior, 86 poderd sor destruita, apés o levantamento do anto, por meio de documentos autéaticos que justifi- quem as faltas © 0 motivo del Art 610.* Serd levantado auto por falta do assidat- dade a0 funciondrio que, dentro do mesmo ano civil, der trinta faltas, intorpolatas, som jastficagto. Art. 6IL* Os autos de abandouo do lugar ou por falta de assiduidade serio remetitos & autoridade ou corpo administrativo competente para a aplicagio da res- peetiva pena. Art. 612." Recebido 0 auto, a antoridade competente aplicaré logo @ pena que ao caso couber, ©, se 80 tratar do um corpo administrativo, serA a deliberagio tomada na primeira redaido. sus-svecio vt 5 ovate dos procasoseatnres Art. 613,° A todo o tempo pode sor pedida a revisio dos processos disciplinares. quando so aleguonn faetos oa isceptiveis de justificar a inoctneia dos sido condenados. \do na revir#o de um proosso disciplinar apresentaré requerimento nesse sentido A au- toridade ou corpo administrativo que teria competéacia para punir o funciondrio segundo a lei vigonte & dats do pedido de revisio. 1697 § 1° 0 requorimento indicard os fnctos ¢ cireunstao- cias, nfo consideradvs uo processo disciplinar, que a0 requerente parecam justificativos da sua inocéneia, » serd instruido com os ducumentos quo nio existissem on nao pudessein ter sido utilizados A data da instrugio ¢ defosa @ que posteriormente tivesse obtio. § 29 A simples alegacio do ilegalidade, de forma on de fundo, do proceso © decisio disciplioar nfo constitue fundamento para a rnvivlo. ‘Art. 615." Reerbido o requerimento, a autoridado ou coryo adiinistrativo a quem for dirigido resolverd s0- bro se dove ou nav ser concedia revisio do proceso. § finico. Do despacho on doliberacio que nio conce- der a revieto nio cabe reciurso contencioso. Art, 616.° Se for concedida a revisio, sera esta apensa a0 processo disciplinar, nomeando-se instrutor diferente do primeiro, que marcar a0 intorrseado prazo para responder por escrito aos artigus de acusagio constan- tes do processo a rever, seguindo-se os termos dos arti- gos 599." o seguintes. ‘Art, 617." A revisilo do proceso nto suspende 0 cam- primeato da pena. Art. 618° Provando-se a inocéncia do funcionirio, sera revugada a decisio condonatbria proferida no pro: ce8s0 rovisto. $ tinico. A revogaco a que se refere ésto artigo pro- duzird os seguintes efvitos : Caneelumento do registo da pena no processo in- dividual de funciondrios 2. Anulagio dos efeitos da pena, com as excepcdos seguintes: a) Em nenbum caso serio pagos os voncimentos que © funeiondrio deixou de recuber 5) Sordu respeitadas as situagdes eriada ciondrios pelo provimento nas vagns abertas no cargo ou no quadro em virtude do castigo imposto, mas sem. pre sem prejuizo da reconquista da antiguidade pelo Tehabilitados ¢) O rehabilitado ocuparé a primeira vaga que ocor- rer no sou quadro ou cm classe ou categoria inferior do mesmo quadro, se, aberta vaga, éle a requerer. outros fan- TITULO 1 Dos funcionarios dos rvigos especiais CAPITULO 1 Disposigdes gerats Art. 619.° Os funcionarios do pessoal maior dos ser- vigos ospeeisis constitulrto em cada corpo administrative uo quadro proprio. § 1° Os bibliotecdrios, arquivistas, analistas, deseoba- dores, topografos, fixeais sauitdrios @ fiscais do obras habilitados pelo menos com o 2.° ciclo do curso dos liceus ou com curso especial sto consi ios do pessoal maior dos servicos es; § 2.° Se, para execucio déstes servigos. form necos- sitios funciondrios de carteira, serio estes destacados do quadro do pessoal do secrotaria o tesouraria. Art. 620.° As vagus quo so abrirem nos quadros dos servigos especiais sero sempre providas por meio de conctirso, salvo quando so trate do reerutumento do Pessoal maior dos corpos de policia ou de hombeiros. 4. 621." O provimento dos cargos dos servigos es- peciais pode fazer se por nomeagto vitalicia ou por con- trato, consoante a deliberagto do corpo administrative, salvo so 2 Ici impuser uma un outra. § 1° Tratando-so do cargos crialos para ocorrer & nocessidadles traasitérias 0 provimento far-so-A sempre por contrato. 1698 § 2.° Nao podom ser providos por contrato os partidos médicos ¢ veterinérios municipais. ‘Art. 622" Os funciondrios dos servicos espe pondem, quanto & discipliaa, dos corpos admini 4 cujo servigo so oncontrom; mas, quando a loi o permit ‘ou imponha, poderiio cooperar com outras auturidades @ funciondrios, recebendo déles as ordons o instrugies de caricter profissional atinontes ao mais perfeito desem- peaho das fungdes que exercem. 1.° Sempre que pelas autoridades ou funcionirios roferidos neste artigo for verifcada alguina falta grave no exereieio profissional do funcionirio devordo parti- cipé-la por escrito 20 corpo administrative compotente, instraindo a participagto com todos os elementos de Prova que possam obter. § 2° 0 disposto no pardgrafo anterior nio prejudices © que estiver estabelecido em leis espotiais quanto & discipling dos funciondrios subordinados & diroegio tée- nica do servicos do Estado. ‘Art. 693.° Nos processos disciplinares instaurados a médicos, vetorinarios, engeoheiros, advorados sindicos ¢ agroaomos seré sompre nomeado instrutor um funcio- nario superior da Direcedo Geral de Administragao Po- Iitica © Civil, ou da 1.* eategoria do quadro geral, ou um magistrado judicial on do Ministério Pablico requi- sitado ao Ministério da Justiga. § tiaico. Sto apliciveis aos examos a quo so procoda em processo disciplinur instruido nos termos do artigo an- terior as diaposigdes dos artigos 178.°, 179.°, 180.*, 182°, 187.°, 188.*, 196.° © 198.° do Cédigo de Proceso Pedal. ‘Art. 624.° Os ordenados do pessoal maior dos sor- i ais silo os constantes do tabela anexa a ésto § tinico, Os aferidores de pesos e medidas nfo pode- 780 poreebor veneimentos superiores aos fixados na ta bola anoxa a este Codi Art. 62 0s funciondrios vitalicios dos servigos especiais as disposigbes doste Cédigo sobre posse, deveres, faltas, licencas, sitaagdes, vencimontos, antiguidade, aposcntagdes discipliva dos funcionérios do secreturia ¢ tesouraria que forem compativeis com 4 natureza das suas fungd § finico, Os funciondrios dos servicos especiais que no sejam obrigudos pormanGneia nas reparticdes no esti sujeitos as prescrigdes sObro fultas, incompatibili- dades ¢ acumulagoes. ‘Art. 626.° Os contratos para provimento dos cargos dos servigos especiais eonstario de instrumento lavrado pelo ehefo da seeretaria do respectivo corpo adminis- ‘rativo em livro prépri ‘Art, 627.° Sto roquisitos essenciais da capacidade para contratar por parte do candidato a funciondrio os enu- merados nos n.** 2.° a 8° do artigo 460.° 6 ainda « posse das habilitagdes minimas oxigidas para o cargo 2 prover, entendendo-se, no siléncio da lei, quo sio as do exame do 2.° ciclo do curso licoal ou eqniparadas. Art, 628.° Os prazos de duragio dos contratos nto poderio em-caso algum exceder trés anos, ticitamente renoviveis por perfodos de um ano. 5 ‘Art. 629.° Os vencimentos cortos atribufdos a um con- tratado nfo poderdo ser superiores aos quo por lei cou- berem aos funeiondrios vitalicios de categoria corres- podente nem ioferiores a metade, ‘Art. 630.° Os funciondrios contratados dos servicos espociais, emquanto desempenbarem o cargo, ficam su- jjeitos 208 devares comuns dos funcionarios de socretaria @ tesouraria @ respective regime de assiduidade, faltas, Ticencas @ disciplina, © devem sor inscritos na Caixa Goral de Aposeatagées quando ocupem lugares dos qua- dros permanontes. ‘Art. 631." Sio nulos ¢ de nenhum efeito os contratos de locagio de servigos colebrados com infrucglo das di I SERIE — NOMERO 303 posigdos legais on em que so assumum encargos nfo Previstos nos orgamentos em vigor. ‘A declaragio da nulidade do contrato nao obriga © funciondrio A reposigio dos veneimentos que tiver recebido por servigos efectivamente prestados, salvo provando-se quo Iho 6 imputavel a causa da nulidude. ° Os vogais do corpo administrative que tiverem intervindo na deliberagdo em execuco da qual se cole- brow o contrato nulo sio solidiriamente responsaveis pelos prejuizos resultantes da exocugto déste uté & de- claraglo da nulidado. A efectivacio dessa responsabili- dade seré promovida pelo agente do Miuistério Pal junto da auditoria administrativa competente. CAPITULO 1 Dos médtoos manfetpals do partido Art. 682." © provimento dos partidos médicos mu cipuis far-s0-4 precedendo concurso do provas documen- tais, salvo o quo vai disposto relativamento & transfe- rencia. ‘Art. 638.° Ocorrendo vaga de médico municipal no quadro dos servigos especiais de um concelho, serd posta 8 eoncurso aborto pelo prazo de trinta dias © anunciado no Diério do Govérno @ nos jornais locais, indicando-se © motivo da vacatura. ‘Art. 684.° Ao eoncnrso poderio coneorrer licenciados @ doutores em medicina por qualquer das Universidades portuguesis que provem ter nacionalidade portuguesa, © idade inferior a trinta © cineo anos, ter cumprido os deveres militaros, estar inscritos na Ordem dos Médicos, possuir aprovagiio no curso de medicina sanitéria, estar integrados na ordem social e constitucional vigento ¢ nio fazor parte de associagdes @ institulgdes de cardeter se- creto. § L® Os concorrentes que forem nomeados deverdo provar, antes da posse, que estio livres do culpa no Tegisto’eriminal, s6 encontram uo gozo dos sous direitos civis © possnem robustez fisica e sanidade necessarias 20 exercicio do eargo. §.2.° Aplica-se & apresentacéo de documentos © sua restituigio 0 disposto quanto aos funcionérios de secre- taria e tesouraria em tudo o que for aplicével, incluindo © respeitante & disponsa de documentacio dos concor- ontes quo forem, ao tempo do coneurso, funcionirios piblicos on médicos municipais noutro coneetho. ‘Art, 635. Encerrado 0 concurso, sera 0 respeetivo proceso submotido & deliberacio da camara municipal ha primeira rediniio ordindria que se celebrar, sob pena de incorrer 0 presidente na malta de 1.0005, aplicavel pelo juiz da comarca a requerimento de qualquer inte- rossado, Art, 686.° Os concorrentes serdo classificados om trés grupos: a) No 1.° grupo entram os que provem servigo durante dois anos, pelo menos, como intecnos nos Hospitais Civis, como assistentes do quadro das cadeiras de elfaica das Faculdades de Medicina, como médicos do Hospital de Santo Anténio no Porto, on eomo médicos militures do exéreito ou da armada; 2) No 2.° grapo ontram os que provem servico enmo médicos municipais noutros concelhos, ou como médicos das Casas do Povo; 5 ¢) No 3.° grapo os restantes. Art. 637.° Os concorrentes do 1.° grupo tém prof réneia absoluta sobre os do 2.° grapo e estes sdbre os do 3. gra} ‘Art. 638° Em igoaldade do circunstancias ontre eon- correntes classifieados no mesmo grupo proceder-se-d do seguinte mod a) No 1.° © 2.° grupos serio graduados consoante 0 tempo de bom ¢ efective servico prostado nas situagdes ref 31 DE DEZEMBRO DE 1940 2) No 8.° grapo atende-se: 1. Ao tempo do servigo prostado no exéreito como médica civil na qualidade de contratado; 2° A maior pratica documentada do servigos eliaicos em estabelecimentos hospitalares, casas do said on outras similares; '3.° A melhor classificagio do diploma aniversitario. § nico. Pura o efeito da contagem do tempo de ser- vigo dos médicos municipais, 0 tompo do residéncia efec- tiva om centro de partido rural situado a mais do 15 qui- IWmetros de distancia da sede do concelho ontraré com © aumento de 20 por cento. Art. 639." O partido vago pode sor requorido por qualquer, dos médicos ‘munieivais do concelho at6 & lecisio do concurso aberto pera o provimento da vaga no quadro, § fivico. Havendo varios pretendentes, seré colocado no partido o médico municipal com mais tempo de servigo no proprio eoncelbo. ‘Art. 640." I permitida a permuta de partidos entre os médicos municipais néles providos, desde que seja requerida & etmara muoicipal por ambos os interessados, © 0 requerimento receba deferimento. Art. 641.° Fora dos casos de transferéncia requerida @ do permata consontida, os médicos municipais, uma ‘ver, colocndos num partido, sio inamoviveis. Art. 642." As fungdes de médico municipal sio incom- pativeis com: 1.° 0 exercicio, por si ou por seu eOnjuge, da profissio de comerciante, @ especialmente da protissio farmacea- tiea; 2.0 As fungdes do oficial do quadro permanente do exéreito ov da armada no servigo activo; 3.° 0 exercicio de quaisquer fungdes piblicas alheius & profissdio médica; 4° 0 oxorcicio do qualquer outra profissio liberal. § dinico. As fungdes de delogado do saéde s6 sto acamuliveis com a8 do médico moneipal quando esto so encoutre provide no partido da sede do concelho. CAPITULO mI Dos veterinérios mantctpats de partido Art. 643.° O provimento dos partidos voterindrios mu- nicipais far-se- precedendo coneurso de provas do- cumentais. ‘Art. 644," & aplicdvel_ aos coneursos para o provi- mento dos partidos vetorinirivs 0 disposto quanto aus partidos médicos. ‘Ar.. 645." Os concorrontes sordo classificados em dois, grupos: a) No 1.° grupo entram os que provem torvigo du- ante um ano, pelo menos, como funcionirios da Direc¢io Geral dos Servigos Pecuarios, vererinarios militares, inspectors de matadouros ow veterinérios municipais noutros eoneelhos; 2) No 2.° scrapo os restentes. Art, 646.° Os concorrentes clussifieados no 1.° grupo tam proferéncia abtoluta sObre os do 2.* grupo. Art. 647." Em igualdade de cireunstancias entre con- correntes do mesmo grupo proceder-so-4 do seguinte modo: a) No 1.° grupo sorfio graduados consoanto 0 tempo de bom @ efectivo servigo prostado nas situagbesroler 4) No 2° grupo atende-se & mothor classificacdo do diploma de curso e, ainda quando assim 0 nfo desfuga ‘a ignaldade de circunstaincias, 2 antiguidade do diploma, preferindo 0 mais antigo. Art. 648.° As funcdes do votorindrio municipal t6m as incompatibilidades prescritas para os médicos manic 1699 Art. 649. Quando no concelho exista um nico par- tido © vetorinrio municipal seja obrigado a dar con. sultas rogulares fora da sedo, om localidades que dale distom mais de 15 quilémetros, sor-Iho-4 abonado men- salimento um subsidio global para transportes no supe- rior a umm terco do ordenado. TITULO UI Do pessoal menor, especializado e operério . CAPITULOT Da com Igo do quadro e forma do provimento Art, 650.° Bm eada govérno civil © administragko de bairro haverdé um quadro privativo de pessoal menor, compreendendo continuos, motoristas © oficiais de dili- géncias, 0 enjs lugares serio providos por cmtrato. Art, 651° Em eada provincia ou concelio haverd um quadro de pessool menor, especiatizado e uperétio, com- preendendo todas ou algumas das classes dos soguintes fotoristas, telefonistas, continuos o oficiuis de di- 2.° Fiscais dos impostos, fiscais informatores, fiseais dos moreados, eacarrogados do servico de limpoza pi- blica, zeladores, clheiros, apontadores, figis; 3. Jardineiros profissionais, bumbsiros, mestres @ contramestres de matana, enfermeiros @ ajudantes de enfermeiro, eapatazes ou inostres do obra, do ofcinas © de jardins; 4° Mestros e gnardas florestais ou campestres, mestros @ cabos de eantoneiros, ¢ cantoneiros, vigilantes de par- ques ¢ bibliotoeas, eoveiro 5.* Ajudantes dos motor ajadantos dos fitis, servento: § nico. Nas provineias ou concelhos onde a comple- xidade de servigos © 0 nimero dos serventudvios o juxtic fique poderd desdobrar se 0 quadro a quo éste artigo se relore em dois on trés quadros distint. Art. 652° Os cargos dos trés primeiros grupos do quadro a que so refore 0 artigo anterior serio providos por contrato, os restantes do mesmo quadro por assala- Fiamonto a titulo permanente © 0 demais pesoal menor, cspecializado ou operério necessirio aos sorvigos serd admitido por assalariamento eventual. tas, ajudantes dos coveiros, CAPITULO It Dos contratados Art. 658.° No pessoal menor, especislizado @ operirio ‘86 08 contratados so considerados funcionirios adminis- trativos. Art. 654.° 0 prazo do durago dos eontratos sera do um ano, sucessivamente renovavel por periodos de igual duracio. § nico. Consideram-se tAcitamente reconduzidos os coatratados que nfo sejam avisudes da denincia trés mesos antes do térmo do periodo de duragio do contrato. ‘Art. 655.° Os contratados sio da livre escolhia da an tidade a eujo servigo se destinam, de entre possoas idé- reas ¢ aptas para o exereicio de fungdes piblicas. § 1° O eandidato deveré provar, antes do contrato, a posse dos requisites exigidos no artigo 627.° § 22 Sio habilitagdes minimas para contratar as de instrugo primaria elementar, provadas pelo respective § 3.° Os contratos do pessoal dos governos civis administragdes dos bairros 86 podom sor eelebrados com prévia autorizacto do Ministro do Tuterior. 1700 Art. 656.° B aplicével 20 pessoal menor, especializado © operériv contratado « respectivos contratos 0 dispusto nos artigos 626.°, 628.*, 629.° » 630.°, © o8 seus ordena- dos sto us constanwes da tabola anoxa a este Codigo. ‘Art, 657.° O pessoul menor. esperializado © operirio 6 obrigado a prostar quarenta @ vito horas de servigo normal em eada semana. nos termos do horério que for festabelecido pola autoridado ou corpo administrative do que dopenda. '§ 1 Os intorvalos para repouso e alimentagio nio sho contados como tmpo de servigo util. $2 As horas extravrdinarias de trabalho devide- mente autorizado serio remunerada: parte, nos termos das leis viguntes para os empregailos ou operdrio: pessoal militarizado terd horario especial. CAPITULO IIT Dos assalariados Art. 658.° Os corpos administrativos podem empre- gar os assulariados necessirios pars a prestagio de ser- Vigos evontuais @ exeeucio do obras. § L® Sordo também assalariados, mas a titulo perma- noate, os servontuirios dos cargos dos dois dltimos grupos do quadro do possoal menor, especializado @ operirio. Pg 2° Ninguém pode ser as para lugares dos quadros permanentes, nem mautido a0 servigo com mais de seteata anos de idaile. ‘Art. 659.° Aos, assalariados de um e outro sexo com bom comportamoato, z6lo © reconhecida axsiduidade © mais de cinco anos de sorvigo efectivo poderto ser con- cedidns, em cada ano civil © sem projuizo do servigo, até dozo dias de licenga sem perda de salirios. § 1.° Nestas licencas sero doscontadas as faltas dadas no ano civil anterior por motivo de doenga nio causada polo servigo. ,AS licengas serdo concedidas, a requerimento do intoressado, pelo presidente do respeetivo corpo admi- nistrativo, que poderd delegar a sua competéneia nos chefes do secretaria on directores dos sorvicos. {§ 32 Independontemente das faltas dadas no gozo de Jieeuga poderdo os assalatindos dos quadros permanentes faltar a0 trabalho ou ser autorizados a ausentar-so déle, com perdu de salério, sempro que participem a falta ou sada aos respectives chefs. ‘Art. 660.° Os assalariados do um © outro sexo com mais de trés anos de bom e efeetivo servigo que faltarem por motivo de doenga nio provocada por a trabalho terdo direito, em cada ano civil, aos soguintes abonos: 1.° Nos primefros vinto dias do doenga, 0 salirio completo; 2. Do 21.° ao 40° salarios 3." Do 41.° ao 60.° dia de doonga, 25 por eento do salario. § 1.° As assalariadas parturientes recoberdo o salério completo durante quinze dins. '§ 2." Para os efeitos do quo dispde ésto artigo deverd © assalariado on pessoa de familia fazer a participacto da doenga a0 chefe dus respectivos servigos no prazo de vinte e quatro horas ¢ por escrito, a fim de a mesma sor comprovaia. $32 O assalarindo que tiver dado parte de doente nao for encontrado no seu domicilio ou no lugar onde ‘iver indicado estar doeate, ou que déles se ausentar sem Ticenea do um médico manicipal ou privativo dos srrvicos, ilém da perda do direito aos abonos a quo se refere éste artigo sora dispensado do servigo. ‘Art. 661.° No assalariamento 6 permitido o mero ajusto verbal, quando nio seja para lugares dos quadros, ja do doenga, 50 por conto do I SERIE — NOMERO 308 mas a remunoragio serd obrigatbriamente referida, em todos us casos, a cada dia dtil de trabalho ou em relacio 2 cada seman, considarando-se nesta hipotese como salitio 0 cocionte da divisio da retribuiggo acordada pelo nimero de dias tei Art, 662." Os assalarindos que facam parte de qu dros dos corpos administrativos tém dirvito a aposenta- cdo nos mesmios termos om que o tenham os dos quadros do Estado. Art, 663.° Em tudo 0 mais nfo previsto nos artigos anteriores aplicar-se-& 0 disposto no Cédigo Civil. ‘TiTULO IV Dos interinos Art, 684. Sempre que haja necessidade de assezurar © regular desemprnho das fungdes do um cargo vago perteuconte a qualquer quadro privativo dos governos civis, administracbes de bairro ou corpos administrati- vos poderio as entidades competentes prover nélo inte- rinamento individuo que redna os requisitos indispensa- veis para o seu oxercicio, ‘Art. 665.° E também permitido o provimento interino do enrgos pertencentes a0 quadro goral admiaistrativo dos sorvicos externos @ 20s quadros privatives quando se verifque alguma das hipdteses seguintes: a) Estarem 08 titulares dos eargos requisitados por outros servigos em comissio extraordindria de servigo pablico com remuneragio propria; 3) Estarem os titulares dos cargos a ser assistidos na tuberculose, do harmonia com a lei; ¢) Terem sido demitides por decisito disciplinar de que penda recarso contencioso os funcionirios que estavam providos nos cargos; d) Ter ficado deserto 0 coneurso de provimento do cargo. § 1.° Nas hipdteses das alineas a) o 5) a interinidado poderé durar o tempo do impedimento dos fuacionarios fitulares; na hipdtese da elinea o) cossaré logo que a decisio do recurso contencioso transite em julgado © na bipétese da alinea d) durara at6 ao provimeuto em novo concurso, que sera aberto dentro do prazo de um ano @ contar do que ficou deserto. £0 provimento intorino de cargos pertencentes ao quadro geral pertence sempre ao Ministro do Into- rior, sob proposta dos corpos administrutivos interes- sudos se 0 cargo hes respeitar, @ recairé de preforéncia, em candidatos aprovados no concurso de habilitagio para, a categoria ¢ classe do lugar a prover ‘Art, 666." 0 interino pode ser demitido a todo o tempo, @ polo exercicio do cargo no adquiro quaisquer direitos, salvo & pereepc&o dos correspundentes vencimentos. In: cumbem-lhe porém, emquanto prestar servico, todos 08 doveres, gerais © éspeciais, inerentes & fungio que de- sempenhe. : ‘Art. 667.° Os provimentos de carsetor interino 86 podem ter daragdo superior a um ano nos casos prévistos no artigo 665. PARTE II + Das finangas locais, ‘TITULO I Disposigdes gerai capitulo 1 a autonomia financetra dos corpos administrativos Art. 668.° O concelho, a freguesia 0 a proviacia gozam de autonomia financeira, sem prejuizo du fscalizagig ¢ tatela do Estado. 31 DE DEZEMBRO DE 1940 Art. 669.° A geréneia financeira dos corpos adminis. trativos 6 rezulada por anos econdraicos, correspondentes aos anos civis. Art, 670.° 0 Govérno, por intermédio da Inspecgto Geral ‘do Financas, inspocciona e fisealiza todos os xer- vigos de contabilidade, orgamento o tesouravia dos corpos administrativos. capiTuLo 1 despesn e sus cla Ds recelt Art. 671.° A recite dos corpos administrativos 6 ordi- ndria 0 extraordingria, § 1.° Constituom receita ordindri 1. Os adicionais as contributgdes © impostos gerais do Estado; 2° Os impostos especiais e os jaros de mora; 8.° Os rondimentos dos bens préprios, mobilidrios ¢ imobilidrios 4° As tuzas rondimentos dos servigos; 5° O produto das multas por transgressdo de posturas + @ regalamentos o de quaisquor outras aplicadas nos termos do presonte Codigo o a quo a lei nBo dé destino especial; 6.° O produto da cobranca de eréditos vincendos no ano econdmico; 7° A importineia das componsagdes do roceitas, a recober do Estado; 8° Os subsidios permanentes, as participagdes do lu- ‘os da exploragio de servicos ifleago § 2 Constituem roceita extraordiniria: 1! As herancas, legados, doagdes, donativos @ subsi- dios eventuai © prodato de empréstimos; 3.° O produto da alionagio de bens; ios eventuais do Estado ou de outros corpos administrutivos; 5° O reombélso de capita 6.° Outros quaisquer rendimentos que por sua nato- reza no dovain normalmeate repetit-se em anos econé- Os corpos administrativos 86 podem con- troir ompréstimos para amortizagao extraol outros empréstimos, aquisigio do iméveis al indisponsiveis aos servigos 0 realizagio de obras @ mo- Ihoramentos de utilidade pablica, proviamente ostudados © projectados, que nio soja possivel custoar polas re- ceitas ordindr ‘Art. 673° Os empréstimos dos corpos administrati- vos quando no contraldos na Caixa Geral de Depési- tos, Crédito © Providéncia e6-lo-0 por forma que 0 encargo efectivo déles resultante ndo exceda o que pro- viria da taxa de juro exigida por aquele estabelecimento. $1 Aos corpos administrativos 6 permitido, garan- a Caixa Geral de Depé- , Crédito e Previdéncia mediante a consigdagto da receita proveniente dos adicionais as contributgdes di rectas do Estido at6 & importincia necessiria para amortizagio e servigo de juros. $ 2° A garantia a que ésto artigo se refere 26 pode ser prestada com prévia autorizagio do Ministro das Finangas. . ‘Art, 674.° Os encorgos da divida de um corpo admi- istrativo n&o poderdo exceder a°quista parte da re~ ceita ordindria arrecadada no ano econémico anterior Aquele em quo se efectue o empréstimo, salvo tratan- do-se do ompréstimos para servigos municipalizados, os quae podorto sor antoriados sempre quo 0s oncargoe ales rosultantes tenham componsagio suficiente no ren- dimanto dos mesmos servigos. ‘Art. 675.° As despesas dos corpos administrativos aio: 1.° Ordinérias ou extraordiniria 21° Obrigatérias on facultativas 1701 § 1° Sdo despesas ordinirins todas as de cardctor permanente @ normal, incluindo os oncargos da divida ; sio slespesas extraordinarias as que hajina de fazer-se com grandes melhoramentos piblicos, reporagio de pre- julzos excepcionais ou para ocorrer a encargox transi- ‘érios. § 2° So obrigatorias as dospesas que resultem «lo pagamento dos vencimentos 20s funcionérios © assula- tisdos dos quadros, ou da satisfagio do encargos rogu-. larmente contraidos, ¢ as demais cuja realizagio a lei imponha ; sio facultativas todas as outras. Art, 676.° As desposas orgamentadas para pessoal nfo podem exceder 50 por cento da receita ordindria ofec- tivamente arrecadada no ano anterior. CAPITULO IIT Po orgamento Art. 677.° A. previstio © cOmputo das receitas © des- pesas de cada ano econdmico constaré do orgamento ordindrio aprovado polo corpo administrative até 1 de Dezembro do ano anterior. § 1.* Nos orcamentos dos corpos administrativos clas- sifear-se-Ro as reeeitas © despesas em ordinarias o ex- traordinarias. § 2° Todas as roceitas 0 desposas serv inscritas pela sua iroportineia total, sein deducko de"quaisquer despe- sas ou recoitas a que ddem lngar, inserevendo-se estas, também pela totalidade, no lugar competente. § 3.° Existindo servicos auténomos, figurario no or gamento ordinario ag suas recsitas e desposas globais, como simplos contas de ordem, anexando-se-lhe, porém, 08 orcamentos proprios dos servicos. Os lueros liyuidos que pertencam ao corpo aduinistrativo so lovados & reesita propria déste, bem como os oneargos de emprés- ° timos por que seja responsivel, e, & despesa, os subsi- dios necessarivs para preoncher os resultados negativos da exploragio, xe os houver. : ‘Art. 678.2 Na organizagio do orcamento ordinério observar-se-Ao as seguintes regras: ; 1.4 S6 poderdo ser dotadas despesas facultativas de- pois de dotadas as despesas obrigatérias; os encurgos yesultantes de disposigio de execucdo permanente ros- peitantes a servigos ja organizados tém preferéncia sobre Quaisquer novas despesas com os mesmos servicos on com outros que se pretonda criar 2.2 Nao é permitida a incluso de verbas para despe- sas imprevistas ou eventuais, ou outras que nio sejam suficientemento individualizadas ; 3.* As dividas pussivas quo tenham transitado do ano anterior serio orgamontadas em verba global e deseritas em rol anexo pela importincia de cada uma delas, nowie do crodor, naturoza da divida, data da liguidacéo ¢ decla- ragio dos motives por que nfo foram pagas no ano a que se rofiram ; ‘4.2 As obras © molhoramentos piiblicos dotados serio especificados, juntando-se ao orcamento a estimativa; "Dit As. dospesas obrigatorias no efectuedas no ano em que tiverem sido auforizadas serio insgrita gamento ordinario do ano soguinto juntamente com us itantes a éste, se for caso disso} MG" Figurando no orcamenfo das receitas 0 produto de impostos indirectos, sora obrigatéria a juucko, eu fanexo, da pauta dos mosinos impostos 7° As dividas activas nio consideradas incobriveis, ‘com excepgao das resultantes de impostos, taxas ov li ences, serio descritas de modo que, em Tolagéy a cada ta delas, so conheca o responsivel © a origem, impor tincia @ natureza da dividas Bt Os legados, donativos © quaisquer substdios even- tunis, cuja arrecadagio nio eaje certa, sero iuscritos 1702 ‘em orgamento suplementar, ou no primeiro orcamento ordinitio, elaborados depois de recebides ; 9.* As receitas quo por lei, deereto ou contrato te- ham aplicagdo a certas © determinadas despesas nfo dom ser desviadas para outros fins; . 10. Sdmente serio inscritas nas receitas extraordind- riag as importincias dos empréstimos jé concedidos eujo Jevantamento 80 wre provavel no decurso do ano econémico, de harmonia com o plano da sua aplicacdo 5 11.* Os impostos ou taxas s6 podem ser incluidos no forcamento depois de criados por deliberagio dos corpos administrativs, no exercicio de faculdades conferidas pot ls, salvo nos casos em qu a ei ordene a cobranga independentemente dessa doliberacio. 1° Nio se considera incluidos na regra 8." deste artigo os subsidios a receber do Estado para obras detorminadas, os quais porém s6 podem ser: inseritos quando no orgamento da despesa so inclaam as impor- ‘téncias que com os referidos melhoramentos devam ser dospendidas. A inscrigio orcamental seré feita om verbas separadas para cade subsidio © obra, nfo podendo ut zat-se as dotagdes correspondents sendo & medida que os subsidios sejam concedidos. $2.2 Quando um corpo administrative se recuse a inserever- no orgamento, ou a satisfuzer, uma despesa obrigatdria, serd o facto participado & Direegao Geral de Administracio Politien Civil para que promova o cumprimento da‘lei, sob pena de dissolugdo do mesmo corpo administrativo. +t. 679. Para o efeitu da sua inseriglo no orca- mento, a importéncia das reecitas ser caleulada pela forma’ seguinte: 1? As receitas certas, pelo seu quantitativo; 21° As rooeitas variveis, pola méia da eobranca dos filtimos trés anos; 3° As receitas cuja variacio tenha cardcter regular, pela importincia da receita efeetiva do dltimo ano, corrigida por um coeficiente de aumento ou deminuigko, caleulado em face da cobranca désse ano 0° dos duis anteriores. 8 Gnico, Em anexo ao orcamento figurarto os edleu- los das médias © a justificnsio dos copficientes do cor- recgio utilizados para o cOmputo das receitas. ‘Art. 680.° Os corpos administrativos podem elabo- rar, no decursy do ano econdmico, orgamentos” suple- mentares destinados a ocurrer a deeposas imprevistas ou insuficientemente dotadas no orgamento ordinériv. § 1. Salvo quando vo trate de despesas a custear por meio de empréstimos ou de despesas urgentes © impre- vist inportaa, por Iai ow am casos do sinistro on de calamidade pibliea, nio podem ser aprovados mais de dois orcamentos suplemeatares em cada ano econémico. § 2." Os orcamentos suplementares nilo tem cxrécter do" previsio, devendo as despesas n6les inscritas ser custeadas oxclusivamente por fOrca ie receitas certas. '§ 3° Nos orcamentos suplementares s6 podem servir de contrapartida, em recoita, as novus verbas de des- pesa: © produto de empréstimos; © produto das receitas exprexsamente criadas para, aumentar o rendimento municipal on para fins doter- rinaclos 5 BY As sobras do verbas destinailas a outras despesas quo xe nao realizem ou para as quais x0 reconheca oxeessiva a dotagio orgamental * As comparticipacdes du Estado, mas apenas quanto f parto da despesa com a obra on methoramento que for orgada por conta da comparticipagios 2 © saldo om dinheiro apurady na conta de gerénc § do" parégrafo anterior, quando se verifiyue quo a cu a que se reforem os 2. 2. ¢ 3° I SERIE — NOMERO 908 branga das reesitas, exclaidas as provenientes do reem- bolxos © reposigies, das cousignadas e das extraordi- niriay, nfo atinge u importineia da sua previsio no orgamento ordindrio, s6 podem servir do base a elabo- ragdv de orcamentos suplementares na parte necessiria para cubrit as diferences provistas até a0 fm do ano ecoudmico. § 5." O saldo em dinheiro apurado na geréneia ante- rior niv pode ser utitizado pare ocorrer a outras despesas einquanto nio estiverem previstes as verbas necessirias para pagamento dos encargos, assumidus, vencidos e ao agos em conta do ano anterior. §6° As despesas a fazer pelas verbas do capitulo «Pagamentos a diversas entidades por consignacao de receitas> consideram-se autorizadas, independentemente do orcaniento suplemontar, até & concorréncia das im- portincias cobradas pelas correspondentes verbas do capitulo eConsignagio de receitas» do orgamento ordi- nario das reeeitas. oo § 2 De igual mal, pur sor atoriaadas, indepene Uentemente de inscrigo em orcamento suplonientar, as despesas do reemb6lso das importincias pagas por tittlos. do anulactio nas tesourarias da Fazenda Pablica e resul- tantes do pagamento da percentagem devida a0 Estado pelo langamento e cobranca do reccitas das autarquias ocais feita pelas secgdes cle finangas, bem como do ad cional para o Fundo de cadastro, sempre que a previsio orcamontal da despesa seja exeedida om virtade le so cobrarem receitas superiores Ax previstas. ‘Art. GBi.° As vorbus dos orgamentos suplementares deveu ser descritas com a mesuia arrumagiv e@ nuuera- cio por capitulos, artigos e classes a que no orcamento ordinétio obedecerem as verbas da mesma natureza. Art. 682." Os orgamentos, quer ordinarios, quer su- plomentares, sorao organizados de forma que as desp sas mio excedam as receitas. ‘Art. 683.° Quando, por qualquer motivo, 0 orga- mento ordindrio nko tiver sido aprovado at8 ao comico do ano om quo tom do reger, continuario em vigor os orgamentos do ano anterior, mas sdmente quanto d re ordindria © quanto as despesas obrigatorias impres- cindiveis ao regular funcionamento dos xervicos. Art. 684.° Os orgumentos, antes de defini aprovaios pelos corpos aiministrativos, extardu tos av piblico durante oito dias, anunciando-se o intecio desta tempo medianto editais afixados uos lugares do es- filo. § nico. Qualquer eleitor ov contribuinte da eircuns- erigho, ou mero interessado, poderé expor av corpo administrativo 0 que tiver por conveniente acerea dos. projectus orgamentais. ceariTuLo Iv Da eobranca das reeeltas Art. 685." A cobranga dos impostos directis que uho sojam constitaidos por adicionais a impostos do Estado e om geral a dos rendimentos em relacio avs quais seja adoptado o sistema de luncamento serd regida, na parte aplicévol, pelas regras estabelecidas para os reniimen- tos do Tesouro. a | ‘Ast, 686.° O lancamento © cobranga dos adicionais sdbre as contribuigdes ¢ impostes du Estado serio feitos juntamente com os distes, pelas competentes seeches de inangas e tesourarins da Fazenda Péblica, ficando a entrega do prodaty avs corpos adwinistrativs sujeite as dedagdes legaix. Art, 687.° A todas as dividas aos eorpos ad wstos ou quaisquer rendinentos, quando wrazo da sua cobrayga & boca do eufre i adiciofada a importine’ ida xegondo as texas em. tivos, por 31 DE DEZEMPRO DE 1910 vigor para as contribuigdes do Estado, sempre por meses, qualquer que seju a quantia, 1° Sobre os juros de mora nio recaem quaisquer adicionais nein imposto do silo. § 2° Quando a importancia liquidada nfo for méltipla de dezena de centavos soré arredondada por excesso para a dezena imediatamente superior, nio podenio eon- tndo eobrar-se monos de 550. $3.2 Os juros de mora prescrevem pelo lapso de cinco ands. $ 4° Quando no mesmo documento de cobranga este- jum englubadas receitas do Estady e dos eorpos admi- rativos os juros de mora serio liquidados sobre o total 6, no fim de cada més, divididos proporeionatmente, arreiondando-so a parte do Bstado para a dezena de eontavos imediatamente superior. Art. 688." Os corpos adininistrativos néo podem pror- rogar 0s prazos para o pagamento voluntirio dos seus impostos ou taxas nem para a remessa ao tribunal das certiddes de relaxe ow documentos exeqaivel Art. 689." Os eréditos por impostos, taxas @ multas devidos aos curpos administvativos goram dos privilé- givs que pelos artigos 885.° ¢ 887.° do Codigo Civil pertencom & Fazenda Nacional, mas sem prejuizo desta. Art, 690." As dividas dos, corpos administrativos por impostos, Gontribuigdes @ mais rendimentos que nko sejam cobrados cumulativamente com os do Kstado aplicam-se as disposigdes estabelecidas para a cobranga evarciva das contribnigdes e impastos devidos a éste. Art. 691° Quando as dividas nio disserem -respeito a impostos, contriburgdes ou outros rendimontos quo te- nham sido liquidados virtualmente, serio debitadas aos tesourciros para ofeitos do procadimento oxecutivo. § iinico. Nos rondimentos a que ste artigo se refere incluem-se as dividas provenientes de fornecimentos dos servigos municipalizados a consumidores que nio tenham eangio. ‘Art. 602.° Nas oxecugtos por dividas aos corpos adimi- nistratives servirlio de juices os chefes das secretarias das edmaras municipais da rospectiva circunserigio admi- nistrativa ou do coneelho da capital da provincia, se $6 tratar de rendimentos provineiais. § 1° Em enda concelho havera escrivais e offeiais de diligenoias das execugdes fiscais, propostos pelo chefe da secretaria © nomeados por aivari do prosidento da cimara, por quem poderio ser também exonerados © domitidos depois do ouvidos por escrito. {§ 2.° Os funeionirios administrativos nao podem acumu- lar as fungdes dos seus cargos com as referidas no pard- grafo anterior. § 3° Aos escriviis o oficiais do diligancias quo, no fi- nal de cada trimestre, se apure terem reeebide do emo- Iumentos importaneia total inforior a 3005 ¢ 1505, res- pectivamente, abonaré a edmara as qua! para perfazer ésses minimos trimestrais. ‘Art. 693.° Das decisdes proferidas polo chefo da, se- eretaria eabo recurso para o juiz do direito e da decisto déste para o respectivo Tribunal da Relagio; das deci- sdes proferidas om 1.* instaneia pelo juiz de direito eabe recurso para o Tribunal da Relagio © da decisio déste para o Supremo Tribunal de Justica. § tinico. Exceptuam-se do disposto neste artigo as Ca- maras de Lisboa e Porto, eujas dividas por impostos, coutribuiges © mais rendimentos serio cobralas coer: civamente polos competoutes tribunais dos distritos fis- cais, nos termos da logislagio em vigor, coutinuando os roctirsos a sor intorpostos para os tribunais do eonten- cioso das contribuigdes @ impostos. Art. 694° As cortiddes 0 relagies de relaxo serio on- tregues polo tesoureiro do corpo administrative ao chofo dy socretaria, dentro dos prazos estabelecidos para as dividas ao Estado. iquidada nocessarias . 1708 § 1. As custas e percentagens serio contadas de har- monia com as disposigies vigentes para as dividas por nighes @ impostos do Fstado. Nos concelhos fora de Lisboa ¢ Porto pertence- a0 chefe da secretaria 50 por conto da importaneia, das taxas @ perrentagens que tho forem liquidadas como Juiz, revertendo o restante para o respective corpo adic nistrativo. $3.2 0 emolumento de 550 roferido na alinea 4) do artigo 26.° do decreto n.° 7:027-A, de 15 de Outubro de 1920, © 0 do 20 por conto a qué se rofere o docreto n.° 10:716, de 27 de Abril de 1925, pertencom integral- mento ao corpo administrative, ‘Art. 695." Aos processos executivos, na parte nko es- pecialmente rogulada por ésto Codigo, sorio aplicadas as normas por que se Tegem as execugdes fiscais do Es- tado, ficando igualmente os respectivos funcionérios su- jeitos iis sangdes previstas nas mesmas normas. CaPiTULO V Do pagamonto das despes Art, 696.° Nenhuma despesa poder ser paga sem au- torizagio da autoridade competente. $6 pode ser auto- rizado 0 pagamento de désposas dotadas no orcamento, © até ao limite da respectiva dotagio, som prejuizo do disposto nos §§ 6." @ 7.° do artigo 680." Art. 697." As autorizagdes de pagamento servio assi- nadas pelo presidente do corpo administrativo e subseri- tas pelo chefe da seeretaria, indicario o capitulo, artigo e-alinea do orgamento om quo estiverom dotadas as des- pesas, @ mencionario a data das doliberagtes que auto- Tizaram 0 pagamento. $ 1.° Nos coneelhos de Lisboa © Porto nfo 6 obrig t6ria a mongio das datas das deliberagdes, © as autor zagdes serio subscritas pelo director dos servigos de finangas, que visaré os recibos a quo elas derem lugar, exceptuadas as folhas de vencimentos, salirios e pensbes, que serio, visadas pelos chefs das repartigdes ou dos servigos. “g 3. Os famcionirios quo subscreverem orilens pro- cessadas com infracgio do preceituado neste artigo e o8 tesoureiros que as pagarem soriio solidiriamente respon- siveis pelas importancias pagas. Art, 608." Até 15 do Janeiro do cada ano poderio ser pagas, por conta do ano econémico anterior, as despesiis autorizadas & data de 31 de Dozembro. 1° As importineias das receitas por cobrar em re- lagio ‘a 31 do Dezembro transitario para o novo ano econdmico © as cobrangas serio inscritas em conta das respectivas verbas do novo orgamento. $2. As autorizagbos de despesa quo nto forem pagas até 15 de Janeifo considerar-se-to caducas nesta data. Art. 699.9 Todos os depésitos dos corpos administra- tivos © sous servicos auténomos serio feitos na Caixa Geral de Dopdsitos, Crédito © Previdéncia, $ tinico. Serio obrigatbriamente depositados ne mesina Caixa todos os fundos que nio tenliam imodiata aplicagto, inelaindo os depésitos de garantia on caugio dos consu- midores dos servigos municipalizados ou susceptiveis de munieipalizagio. CAPITULO VI Da contabilidade @ contas Ce gerd. etn Art. 700.° As contas sorio prestadas por anos eco- némicos. § 1° Se houver durante o ano substiturcdes das go- réncias administrativas respousiveis, organizar-se-io contas relativas ao tempo decorrido até & substituicio, som prejuizo da conta anual. O eucerramento das con: 1704 1 SERIE — NOMERO 303 tas seri maqnela hipétese roforide & data em que se efectuar a substitaigio. § 2° A substituigo parcial das geréncias, quando so pretumirem ou epurarom inregularidades, dard sempre lugar a prestagio de contas. . § 8° As contas dos corpos administrativos sfo oons- tituidas pelas dos tesoureiros, salvo sempre 0 direito das goréncias responsiveis a rejeiti-las ¢ 0 dos vogais subs- fituldos, nas hipdteses dos parigrafos anteriores, a for- mular 9 soa protesto om oxposicio fundamentada que acompanhara as contas a julgamento, § 40 Na organizagio das contas doveryio observar-so as instrugdes aprovadas pelo Tribunal de Contas, sendo remetidas & Direegio Geral do mesmo ‘Tribunal ow i entidade que as haja do julgar até 30 de Abril do ano seguinte aquele a que respeitam. § 5." Nos casos provistos nos $§ 1.° © 2%, as rospoe- tivas contas serio enviadas ao Tribunal, ou a entidade julgudora, com a conta anual. Art. 701° Os sorvigas de contabilidade © os de lan- gamento © eobranga dos rendimentos dos corpos admie nistrativos exeentar-se-Ro segundo normas regulamenta- res quo 0 Governo decretara pelos Ministérios do Interior e das Finaneas. ‘Art. 702° O Ministério Piblico intentard as acgBes necessirias para fazor entrar nos cofres do concelho, da freguesia. ou da provincia as quantias pelas quai os vogais dos corpos administratives tenbam sido jul- gados responsivoi ‘'niTULO IL Das finangas muni capiruLo 1 ‘bas recettas swoyko 1 Inpostos Art. 103.° Os impostos munieipais sto diroctos o indi- resto: § iinico. Nao 6 pormitido as cfimaras eriar impostos diferentes dos provistos neste Cédigo. Art, 704.* Sio impostos diroctos: 1.° Os adicionais As contribuigdes © impostos do Bs- tado; 2. 0 imposto do prostacto do trabalho; 3. O imposto para o servigo de ineéndios; 4.° 0 imposto sobre bilhares, casinos © casas de ro- ervios £" lieonga do ostabelecimonto comoreial ow indus- tial; 6. 0 imposto de turismo; 72 Os juros de mora. Art, 105.° As efitmasas municipais poderfo langar uma percentagem adicional sobre as colectas da contribuigto redial © industrial, do imposto profissional sobre pro- 860s liberais, imposto proporcional do minas o de Aguas minero-medicinais, sinposto de trinsito o imposto sObre aplieagio de eapitais, seccto A, liquidadas para 0 Estado nos respectivos concelhos. ‘Art. 706° A pereentagem adicionsl nio poder ser superior a: 85 por conto sobre a contribuigko predial résticas 11 por eonto sobre a contribuigio prodial urbana; 14 por conto sobre o imposto profissional (profissties libers 14 por canto sobros coatrbutgta industrial, grupos A 12 por cento sobro a contribuiyio industrial, grupo Bs 2 por cento sobre o imposto de miaas, parte pro porcional, e sobre o imposto de iguas minero- =medicinais; 10 por conto sobre o imposto de aplicagio de enpi- tais, soccdo A; 30 por cento sdbre 0 imposto do trfnsito. § Gnico. A fixagdo das porcentagens adicionais ser’ foita anualmente do mado quo possa sor comunicada 20 respectivo director do finangas até ao dia 30 de Setom- bro, ontoudendo-so, na falta de comusieagio, que con- tiovam em vigor as percentagons fixadas para o ano an- terior. Art, 707.° O iiposto de prestagio do trabatho, que podora ser eobrado em dinheiro, corresponde ao servica das pessoas, animais ¢ veictlos’do coneslhio em um dia do cada ano. § 1.° Sido obrigados ao pagamento do imposto de pres- tagio de trabalho todos os chefes de familia residentes ou proprietirios na cireunserigio municipal 1? Por si o por cada uma das pessoas da sua fami- lia ow domésticos, do vinte © um a cinglenta anos de dade, quando tenham residéncia habitual na sirea do concelho © sejam vardes validos; 22° Polos carros, carrétas, animais de carga, do tiro ou de sela que empregarem habitualmente na circuns- erigio. § 2. Fieam isentos do imposto: 1° Os chefes do familia com mais de cinco filhos le- gitimos a sou cargo, quando pagnem anualmento x0 Estado menos de 3008 de contribuigdes divectas 2.° Os indigentes ; Os magistrados administrativos e os regedores das Sroguosias. § 3. Pica igualmento isentos, salvo sendo proprio- tarios na cireunscricao: 1° Os magistrados juliciais © do Ministério Pitblico; 2° Os oficiais, sargentos @ pracas do oxéreito © da armada, da guarda nacional republicans, da policia de seguranga pibliea e da guarda fiscal, emquanto no activo ou na situagio de reserva, mas em servicos 3. As autoridides poli 4.° Os funeionirios dos'correios, telégrafos © telefo- nes 5° Os funcionirios dos servigos aduaneiros © das, contribnicdes © impostos; Os professores priinéios ; 7 Os faroleiros. § 4° A tarifa da remigio do imposto de prostagio de trabalho seré elaborada anualmente © junta ao orga- mento ordinitio do coneetho, devendo ser consentido aos dosempregados o pagamento por prestagio de servic mapa do langamento do imposto estar pa: toute, durante oito dias, na respectiva secretaria, para 08 contribuintes o poderém examinar, o que se anunciari por editais. § 6." Nos eoncelhios de Lisboa @ do Porto nfo. é per- anitido o langamento déste imposto. Art, 708.° 0 imposto para o servigo de inetudio des- tina-se exelusivamente a manter os servigos de extingio @ prevengio de incéndios existontes no concelho o, em especial, 4 aguisicio de matorial. $ 12°As e@imaras que mantenhan ou subsidiom ser- vigos de ineéndios poderio colectar os préilios urbanos da sede do concelko © 08 estabelecimentos comerciais € industriais de toda a circunserigio quando uns ou ontros 31 DE DEZEMBRO DE 1940 nio estejam soguros yelo seu galmonto autarizadas. $2.7 A tase do imposto sobre os prédios urbanos & por wil sobre o valor da matriz provlal. on sobre a diferonca entre este o 0 valor seguro quando tal difo- Fenga soja superior a 15 por ceuty do valor da matriz. £3. A taxa do imposto sobre os estabelocknentos comereinis e industriais 6 igualmente de 0.) por mil. mas rocaira sébre o valor normal dotersninado pela ruitipt cagio pelo factor 10 da colecta da cout trial ot das importancias da mesiaa colee para ofeitos do lingamonto da. Te iat colhos, @ aceites na respectiva liquilucto. Seri tambssne coloctivol a diferenga entre o valor normal ¢ 4 valor seguro sempre quo Seja superior a 15 por eenty do prix moivo calor em sociedates le- doclarailas, wea do comeéreio @ in polos couttibuintes colectados per outrns con $4.9 Nos seguros contra fugu, agricolas © pecuirios a Tnspeeetio do Sexguros cobrar’ wntalmento, de La 31 de Maia, das sociodades de segures antorizadas as per~ contagons do 6, nos seguros contra fogy, @ do 2, nos se- yuros agricolas @ pecuirios, sobre us prémios provessa- dios no sino imediatamonte anterior, liquidos de estornos, ¢ anulagies. §.5.° A Inspocgio do Seguros, tendo em atencio a receita de prémios de cada concelho © as despesas ofee- tivas destes com servieo do extingio e prevencio de ineéndios, sujeitaré & aprovagio do Ministro dus Fi- nangas a distribuigio da eolecta pelos varios concolhos. $6. As Camaras de Lisboa © Porto nunca recebs menos de 35 © 18 por cento do total, respective mente. §.72 Sio apliciveis a0 imposto para sorvigo de in- céndios, directamento langado -pelas cdmaras, as dispo- sides do § 5.° do artigo anterior. ‘Att. 709.° Os impostos sobre bilbares, casinos 9 ou- tras casas do reoreio, bem como sobre as destinadas exploragio rogular da indastria de especticulos, sio co Drdos por meio de licenga peiida pelo interossado até B1 de Janeiro do cada ano ou nos trinta dias seguintes Jiquele ein que iniciar a actividade tributada, no podendo exceder 10 por cento da colerta da contribuigio indus- ‘rial, do imposto énico sdbre espocticulos piblicos ow do valor locativo dos lugares onde o contribuinte esteja jnstalado, no easo de no pagar aquola contribuicio, ou 85 por eento nos concelhos de Lisboa e Porto. § 1° Consideram-se casas do recreio, para 08 ofeitos dleste artigo, os lugares onde seja permitid a pessoas indetorminadns jogar, participar de quaisquer distracgdes ou presoneit-las modiante o pagamento de entradas ou taxas. ° Aplicam-se a @sto imposto as disposigies que rogulam o langamento e cobranga da licenga de eomércio @ indistria, correspondente ao grupo C da contribuigio industrial. Art. 710." A Ticenga de estabelecimento comercial ou industrial & dovida pelas emprésas singulares ou colec- tivas ou suas sucursais, filiais, agéneias, delozacies, correspondéncias ou estabelecimentos qne exergam qual- gues gamo do comreid ou do initia na eecunsericto 'f tinieo. Para os ofeitos do disposts neste artigo con- sidora-se comérei ou indlistria toda a actividade sobre quo incida contribuicio industrial on imposto de natu- reza especial que a substitua. Art. TLL As taxas do licenga do estabelecimento comercial ou industrial niio poderao exceder 10 por conto Ja importiueia da colecta da contribuigio industrial quidada on liguidavel para o Estado, ou 5 por conto tratando-se de sociedades an6nimas. 1705 § 1° 0 disposto noste artigo nio s0 apliea ao conce- Tho de Lishoa, cajas taxas de livenga poderao ser fixadas até aos soguinttes limites: por conto, para as coleetas do grupo A da con- trihutgte industrial 20 por conto para as e 45 por conto para as volectas dog Serio aplicdveis os limites fixados no parigrafo antorior avs coucelbos ‘tras, cobvanclo impos tus indirectos i data da publicacio daste Codigo, deli berent suprimir toda a tibutagio do cousume publica, desde quo essa deliberacio seja aprovada, bem como us novas taxas de licenga de estabelecimento comercial ¢ industrial, por despacho do Ministro das Finaneas publi- eado no Lidrio do Govéruo. ‘Art. 712." A Tiquidagao da licenga de estabelecinento comercial ow industrial teré por base 9 langamento da contribuicty industrial © as declaragdes dos coutribuintes, quinids so trate de sucursais, flinis, agéncias, detega- goes, correspondéncias ou estabelecimentos. quo sejam Eoleetados por ontro coneslho, mas corrigidas estas com elementos fornecidos pela fixealizacii. § 1.2 As doclaragdes compreonderde « ramo de comée- cio on indistria, o rondinento iliquido da sociedade ou emprésa 6 0 da sucursal, filial, agencia, delegugio, cor- respondéncia ou estabelecimento, devendo ser apresen- tadas na socretaria da efmara até BL de Dezombro de cada ano. $22 As omprésas isentas do pagamento do contri- buigdo industrial av Bstado, inas ni do pagamento de impostos mnnicipais, paga mga de estabelocimento comorcial ¢ industrial, calculada sdbre a base da contri- buigiio industrial que ies seria liquidada, segundo a lei, s0 ni estivessem isentas. Art. 715, As licengas de estabelecimento comercial @ industrial serio pagas & boca do eofre por todo o més de Abril em cada ano, ou nos meses do Abril e de Ou- fubro quando a cimara municipal delibere yormitir 0 pagatonto em duas prestagdes. Art. TLL! Os impostos indiroetos consistom em de- torminadas taxas Ianeadas sdbro os gados, géneros @ artigos vendidos no concelho para consumo © devem constar de ma pauta estabeleeida pela camara. § 1.2 Nao 6 permitida a eobranca do inpostos indi- reetos por motive de entrada ou transite, no concelho, do gados, géneros ou quaisquer artigos produvidos now ros, nom pela saida dox de producto Ioeal. As vendas para reverida nfo podem também ser tributada {§ 22 Estiv isentos de iinpostos indirectos muni LP 'As matérias primas; 31° A energia motriz. on para iluminagio; 2° Os cereais paniticiveis, as farinhas 00 pio; £2 Os ysneros ou artigos destinados ao fornecimento dos’ ostabelecimentos de assisténcia pabliea, ou a fing do assistoneia prostada por pessoas colectivas do utili dade pibliea administrativas 3.2 As miquinas agricoles ou destinadas & indistrias 6 Os automoveis @ seus acessérios, a gasvlina, o per troleo © os dleos mineraiss 7° As aguas minero-medicinais. Art. T15.° As taxas dos impostos indirectos deveriio sor fixadas em escados on contavos por unidale de conta, paso ou medida, e nfo poderio exeeder 10 por conto do prego dos géneros constante da estiva camard- Tia, salvo quando ge trate de artigos de luxo on de pro- dutos de beleza 1706 § L° Nio poder eseeder 1 por eento do valor do género a taxa laneada sobro sémeas, massas alimenti- cis, hortalias, logumes e frutas verdes. $2." Nao poiterd oxceder 3 por conto do valor do g6nero a taxa langada sobre arroz, agdear, azeite do 105 graus, azeitonas curtidas, banha, bacalhan, bata- tas, eas, canes verdes, fumadas ¢ silgadas, carvio, le- nha, pettéleo, subi, sal, sardinha, cavala 6 earapan © quetjo de cabra ou de ovela. § 3° A tributacio do consumo de vinhos, earnes e Ieites continua regulada por legislagio especial Art. 716.° Sio nulas e de nenhum efeito as delibe- ages que transgrodirem o disposto nos artigos ante. ores ou quo lungarem sdbre os géneros de fora do concello algum imposto ow taxa que niio seja langado sobre os géncros do coneelho, sendo responsiveis porante 08 contribuintes pelas receitas cobradas os que houverem tomado a deliberagio. Art, T17.° Sobre os impostos indir quer adicional. Art. 718.° A cobranga dos impostos indirectos pode ser ayulsa ‘ou feita por manifesto ou por avenga s¢ 0 contribuinte assim 0 requerer. $ iinico. B protbida a cobranga por arrematagho © a cobranga em barreiras ‘ou postos permanentes nas es- tradas nacionais on municipais. Art, 719.° As disposigdes desta sub-see¢io nao so apli cam ao concelho do Porto até & remodelagio do seu sis- toma de impostos. Art. 720.° B permitido as camaras munieipais o Ian- gamento de um imposto até 3 por cento ad valorem s6- bre 0 peixe pescado nos respectivos concelhos. § iinico. O imposto de peseado poderé ser cobrado, a solicitagdo du camara, conjuntamente com o langedo pelo Estado, fleando nésso enso a sua entroga sujeita As dedusdes estabelecidas para os adicionais is eontriba- bes directas. tos nio recai qual- seegio mt propries T2L° Constitnem rendimentos de bens préprios © rendimonto de acces e obrigagbes na posse da efmara; 2. As participagies de Incros; ® As rendas, foros e pensdes; ° Os juros de depdsitos ; * Outros rendimentos de naturoza aniloga. Art. 722° A eobranga dos renilimentos de bens pro- prios, quando feita fora das datas dos respoetivos cimentos, seri regulada pelas normas aplicaveis a cobranea de rendimentus de igaal natureza pertencentes a0 patriménin do Estate. $ imico. As cimaras municipais promoverio a remigio dus foros, censos ¢ pensdes de que forem eredoras, na forma ostabelecida para o Estado, até ao dia 31 de De- zembro de 1946. seegio a Texas Art, 723.° Az cdmaras munieipais podem cobrar taxas: 1° Por enterramontos, concessio de terrenos nos comirérios municipais ¢ uso de jazigos municipais © casas mortudrias ; 2.¢ Pela aforigio dos pesos © medidas ; B* Polo registo ¢ licenga de edis 5 42 Vela utilizagio dos locais reservados, nos merea- dos o foiras, por parte dos vendedores 5° Pelas licengas aos vondedores ambalantos ; 6.* Polas licengas de uso e porte de arma de eaga, de exorcicio da eaga © do eriagio, posse © uso de furio; 1 SERIE — NOMERG 303 7.* Peta utilizagio dos matadouros nos termos de lei especial 8. Pela utilizayio de quaisquer instalagdes destinadas a0 couforto € comodidade on recreio do priblicos 9.2 Pela autorizagio para empréxo de meios ‘de pu- blicidade destinados a propaganda nas vias pablicas do concelho ; 10. Pela prestagio de servigos ao piiblico por parte das repartigdes ow dos funcionsrios municipais 11° Por quaisquer licencas da sua compeféneia que nio estejam isentas por lei; 12.° Pelo aproveitamento do dominio piblico na admi- nistragio do municipio ou dos bens do logralouro comam do eoncelhv. § tinico. A licengu referida no n° 5.* désto artigo substitue a licenga de estabelecimento comercial ou in- dustrial ¢ fiea sujeita aos limites desta. Art, 724° As importancias das taxas fixadas na bela anexa'a éste Codigo niio poderko ser excoulid nem sobre elas poderao recair uaisquer adicionais, in- luindo 0 imposto do sélo. § tinico, Sobre as taxns cobradas pela passagem do licongas que nio sejam de estabelecimento comercial @ industrial recatri 0 adicional de 30 por eento para o Estado. cuja importancia total sera entregue mensal- mente, por meio de guia, na tesouraria da Fazenda Pé- liea do respective coneelho. skcgho 1v Maltas Art. 725.° Do todas as multas eobradas para as efmaras municipais ‘pertencera metade ao autaante, salvo so por lei especial for determinada outra forma de distribuigio. § nico. Sobro as multas recaem smente os soguintes, adicionais: 25 por cento para o Estado; 10 por cento para o Fundo de Socorros a Naufrazos nos coneelhos limitados por costa maritima, enseadas, dafas ow rios navegiveis 10 por conto para o albergue distrital. Art, 726.° A cobranga de multas aplicadas por trans- gressio de posturas e regulamentox policiais podera ser feita no proprio inomento da verifieagdo sempre que o transgrossor deseje pagar imediatamente e a importineia da multa no seja superior a 505. § iinico. Para o efeito do disposto neste artigo avs agentes da potieia municipal serio entregues, mediante recibo, eadernetas de impressos, com as folhas numeradas, e seladas com o slo branco, devendo os agontos prestar contas ditriamente ao chefo da seeretaria, que passara guia da receita cobrala a fim de esta dar entrada na tesour seegko ¥ Contenciso dos impostos © outros rendimentos municipals Tenors Art. 727." A instrugio ¢ julgamento das reclamayies dos interessalos contra # liquidagio € cobranea dos im- postes, taxas e outras reeeitas municipais, bem como das transgressies cometidas pelos contribuintos aos re- gulawentes da liquidacio © cobranga dos mesmos im- postus © taxas, pertence, em 1.* instincia, ao chele sceretaria da cimiara municipal, com roeurso para 0 juiz de direite da comarca @ déste para a Relagio du respec tive distrito judicial. § nico. A compotéacia para julgamento das transgres shes 0 contravengdes As postiiras © regulamentis poli ciais pertouee exclusivamento aos tribuoais ordindtios, 31 DE DEZEMBRO DE 1940 salvo 0 disposto em leis especi Lisboa. Art. 728.° O chefo da secretaria é independent no exercicio das suas fangies jurisdicionais, io devendo obedigneia a ordens que Iho sejam dadas sobre a deci a proferir. No julgamento «las reclamaghes ¢ transgres- sdes inspira-se tinicamento nos preceitos uplicaveis das leis © regulamentos © nos ditames da sua consciéncia. ‘Art. 739.° Servird de eserivio © contador em 1+ ins- taneia o funcionirio da secretaria municipal qne for de- signado pelo chefe. “Art. 780.° Nestes tribunais nio havera audigacias. 31° Em Lisboa @ Porto as fungdes atribuidas nesta seccio ao chefe da secretaria pertencerio a triba- nais especiais de reclamggdes e transgressdes ou ao fun- cionirio designalo na ofganizagio interna dos servigos. is quanto 20 concstho de sonssegto x eclamagios conten Art. 732. As reclamagdes contra a liguidagio € branca de impostos, taxas ou outras receitas municipais, serio apresentadas na socrotaria da efmara no prazo de sessenta dias, contados do inicio da cobranca, 30 50 tratar de receitas virtuais, ow da liquidagho, se se tratar de receitas eventuais. § iinieo. So os contribuintes tiverom sido colectados som fundamento algum para o serem, e mio devessom prosumir a liquidacio do imposto, taxa ow rendimento, ou so tiver havido duplicagio déstes, poderio os into- ressados reclamar dontro do um ano depois de realizado ‘© pagamento eventual ou, quando tenha havido langa- mento, dentro de igual prazo a contar do infeio da eo- dranga voluntiria do imposto, taxa ou rendimento, ‘Tendo havido cobranga coereiva, 0° prazo sori do sois mesos, eontados da citagio, se esta tiver sido feita na pessoa do proprio devedor, ou da penhora, so tiver sido feita por qualquer outra forma, Art, 733° As reclamagdes sordo assinadas por advo- gado, por solicitador on pelo interessado, mas neste enso A assinatura sera reconhecida, ou o rogo dad peranto notério quando o interessado nio saiba eserever. Art. 734° Os interessados podem roclamar eom qual- quer fundamento, designadamente os seguintes Tnoxisténeia ou cessagio dos factos tributérivs ° Erro na determinagko da matéria colectavel e do seu valor; 3.° Brro na designagio das pessoas on fi 44° Duplicagio ou omissio de contrib descrigiv de factos tributirios ; 5." Aplicagio de taxa diferente da devida ou érro de. eilenlo na fixagko do imposto, taxa ow rendimento; * Daplicagio dv imposto, taxa on rendimento * Tegalidade do imposto, taxa oa rendimento, quando a deliberasiw que os houvor eriado tenha sido anulada pelos tribunais do contencioso administrativo, ‘ou nestes penda recurso interposto eum fundamento na ilogalidade du mesma deliberagio 5 8° Incompeténcia do funcionirio que fez a liguida- gio. 5 § Gniev. Quando se invoque a ilegalidade do imposto, taxa on rendinento ¢ haja reeurso pendente nos tri- bunais do conteneioso aulininistrativo, sobrestar-se-it no julgamento da reclamacio até definitivo julgamento do recurso, ‘Art. 735.° Os reclamantes podem indicar testomunbas, as quais, depois de prestarem jaramento perante o chofe da seeretarin da eamara, serio por Gste inguiridas. lavrando-se auto dos seus depotmentos. § imico. As testemunhas sero apresentadas pelos indopendentemente de notificagio, no ia dos para a inguirig até tros 1707 Art, 736.° As decisdes proferidas pelo chofo da secre- taria serio sempre fundamentadas. § finieo. Antes de proforir qualquer decisio, deveri © chef da seeretaria ouvir por eserito us fanciominios encarregados da fisealizagio do servigo a que a Teck magio disser respeito. Art. 737." As decisiies do deferimento serio notifi cadas a0 presidente da etmara @ as de indoforimento, total on parcial, ao prosidente da etmara o aos interes! sados. § ‘nico, Nos concethios de Lisbon o Porto « notif- eagdo A cimara sori feita na pessoa do director dos sorvicos de finangas, entregando-so-Ihe e6pia da sentenga ow decisio proferida. Art. 738. As reclamucdos ‘leferidas prodazem a anne lagio ‘ow a reetitieagio do imposto, taxa ou rendimento reclamados.. Art, 739.° Nas roclamagdes no sto dovidas custas na 1.* instineia, sondo, poréim, devidos selos, se 0 recla- mante for desatendido. § 1° Se houver Ingar a0 pagamento de selos, ou de eustas © svlos, easo tonba sido interposto recurso, a conta soré organizada na ultima instfneia em rolacio a todas clas. § 2° As custas sorio contadas nos termos da parte elval do Codigo das Custas Judiciais. § 3.° So as custas 9 solos nto forem pagos dontro do prazo do dex dias, contado a partir da data da notifiengio da decistio condenatéria 20 reclamante, seri o mesmo oxocutado nos tormos déste Cédigo, servindo de base & exooacho uma certidia du qual eonste « inportiacis om Art, 740.* Nostas reclamagios as nutidados insuprt- vois sio aponas as soguintes: 1.* Tnoptidio da roclamagio; Falta do notificagio da intorposigio de recurso a0 recorrido, para eontraminuter, quorendo, no prazo de oito dias. ‘Art. 741.° Da decisio proferida pelo chofo da secre- aria cabo recurso para o juiz de direito du comarca & da decisio désto para o Tribunal da Relacto, intorpos- tos, um @ outro, no prazo de oito dias, a contar da noti- ficagio da sontenga recorrida. 8 tuieo. B obrigatério © recurso por parte da cimara indo a docisio Ihe soja contréria © As informagdes of- ciais, om réclamagio do valor superior a 1.0005, Act. 742° Quando, por motivos imputiveis aos eon- tribuintes, a liquidagio dos impostos diroctos © a co- branga dos impostos indireetos, que seja inlopendente de prévio processo ile liguidagio, se niio fizer nos prazos fixados nos regulamentos fiscais, ou quando, tendo-se fuito nessos prazos, a Tiguidaco vouha a sor consido- raat, polos inesinos motivos, inexacta, seri levantado auto ‘de transgressiio, quo fur £8 atd prova em contririo. § (nico. O anto seré lavrado porante dus tostemunhas, menciouando-s0 adle 0 objecto da transgressio @ as dis- posigdes legais ou regulamentares infringidas, © seré assinado polas ditas testemunhias, pelo transgrossor, se @sto, sendo o auto levantado na’sua presenca, o quisor © puder fizor, ¢ pela entidade ou fanciontrio que ofee- tuar a diligéneia. Art. 743." Os autos de transgrossio s6 podem ser evantados pelos funciondrios municipais ¢ serio reine- tidos, no prazo de tré’s dias, ao chofe da soerotaria da efimara, que, dentro de igual prazo, mandara avisar 0 transgressor para nos oito dias seguintes solicitar guins para pagamento, ou apresentar a sua defesa 0 0 rol de festemunhas, até no maximo de einco, sob a eominagio 1708 de, no pagando nem s0 defendendo, ser condenado para efeitos do execucio fiseal § 1° So findo ésto prazo o pagamento nko tiver sido efectuado mas 0 transgressur tiver apresentado a sua dofesa, o chefo da secretaria marearé 0 dia da inguiri- clo das trsiemmabas, que sera logo notificado av trans- grossor @ ao antuante $28 Nio havera inqnirigtv das testomunhas do auto. § 3." As testemunhas do transgressor deverio ser por Ale sprogentadns na data mareaa para a ingutsio. "Se o trausgressor nio pagar nem se defender, seri logo condensiy e dobitate a-quantia om vida ab tesoureiro, para ofeite do cobranga coereiva. “rt. 744 Peita a inquirigio das testomunhas © re- duzidos a escrito os seus depotmentos, on se com a de- fesa no forem indicadas testemunhas a inquirir, o es- crivio far o processo concluso ao chefe da seerotaria, pata julgamento. Art, 745.° O chefo da socreturia poderd, antes do jul- gamento, mandar 0 procosso a informar a quaisquer servigos da efimara on aos fiseais do regulamento trans- gredido. Art. T46.° A. sentenga ser fundamentada, julgando subsisiente ou insubsistente a transgressio @ fixando, xno primeire caso, a importincia do imposto, muita e mais encargos a pagar, bem como a posson ou possoas ros- ponsavois pelo seu pagamonto. § L® A. sontonga seri notifieala ao autuanto @ a0 transgrossor no prazo do cinco dias, para reeorrerem, querend $2.9 Se o prazo do recurso terminar som que ésto tonba sido intorposto ou som que o transgressor tenba pago a importineia em que howver sido condonado, 0 chefo da secretaria da cimara promoveri a cobranga coerciva, nos termos déste Cédigo. § 3° 1m cuso-do condonagio acresceré & importancia o"imposto ¢ da malta um adicional do 10 por eento, nunea inforior a 208, quo sord distribufdo, om partes iguais, ontro a ekmara 0 chole da socretatia. ‘Act. TA7." Nus processos de transgressio as nulidaies insuprivels so apenas as seguintos: 1? Falta do primeira citagto, notifeagio ou axisos * Niv cumprimento das formalidades exigidas para 6 Ievantamento dos autos de transgressiio, exceptnada a indicagio da loi ou regulamento infringides. Art. 748." Da decisio proferida pelo ehefe da secre- taria chbe recurso para o juiz. de diceito da comarca © da docisiv désto para o “Cribunal da Rolagi postos, um o outro, dentro do prazo de vite dias, tar da notificagio da sontonga recorrida. Art. 749." Nos casos omissos nesta seegio obsorvar- 80-4 0 disposto nas leis reguladoras ilo eontencioso das contribuighes ¢ inpostos do Estado. CAPITULO It Das despesas Art. 750.” unstituem despesas obrigatdrias da admi- nistragiv municipal 1? Os vencimentus e saltrios do possoal ; 2" As peusies de aposentagio on por desastres no sballios 3. Os encargos dos ompréstimos logalmente contrai- dos; ‘£2 As resultantes ile contratos logalmente celebrados 5 32 As do pagamento de divides exigiveis, reconlieet= das ¢ liquidadas por sentenga judicial ou do contencioso adiainistrativo, om confessad:s polas efimaras adontro das soas atribuigiess G2" As dos litigins' das edmiarass 72 As dos prémios de segure dos bens munieipaiss 1 SERTE — NOMERO 308 8.° As dos impostos, foros, pensdes ou outros eitear- gos @ quo estiverem sujeitos ‘os bens proprivs do con- calho © o produto de adicionais on percentagens devidos ao Kstado; 8° As dv pagamonto de emalumentos pelo julyamnento das contas5 10. as cla assinatura do Diario do Gorérno; 1L° As do dotacio dos servicos munieipais e em goral as necossirias para o desemponho das atribuicies do exercicio obrigatério da edmara, ‘Art. 751.9 Serio também satisfoitas obrigatoriamonts L? As despesas do ronda ou constragio, -conservac © roparacio dos edificios destinados aos tribunais judi ciais da 1° instineia com sodo na circunseri¢io itn cipal © as de mobilidrio, agua @ luz dos mesmos tribu- ais. 2 As despesas com renda, instalacio © mobiliirio, digua @ Inz das seegies do finangas conceliins © dos dairros de Lisboa © Pérto, tesourarias da Fazenda Pi- Ddlica, tribunais das exocucdes fiscais, conservatorias do rogisto civil, inspocgdes © delegagdes do sade, conser- vatdrias do registo predial, nos eoncethos que sejam sede de comarca, ¢ das administragies de bairro, nos conee- Thos de Lishoa e Porto; 3.2 as dospesas com renda do casa, mobiliério e wa- torial didictico, expediente, higione, saide e confOrto das escolas primérias, salvo qnando outra entidade tenha yoluntiriauente assumido a obrigagio delas ou deva suporti-las por disposie%o legal ou contratual ; 4° As desyesas com vencimentos ¢ instalagio dos car- coreiros, que serio ropartidas oatre os conealhus da eo- marea, do modo que caiba ao da sedo um térgo, pelo menos, do total; 5.° As despesas de ronda ou construcio, conservagio @ reparagio dus easas para os magistrados judic 6. As despesas do transporto de doentés para trata- mento anticribico, quando nio sojam conhecides ow io possuam recursos os donos dos cis raivosos; 7. As despesas com o tratamonto o transporte dos dventes pobres resisiontos no conce'ho admitidos com guia, passada pola efmara municipal nos Iospitais Civis de Lisboa, Hospital da Universidade de Coimbra, Hospital Escolar, Matornidade Dr. Alfredo da Costa, Instituto de Oncologia, Tustituto de Oftalmologia do Dr. Gama Pinto & no Hospital de Santo Antinio, do Porto, calculadas nos termos do lei especial; 8. As dosposas dos rocensoamontos eloitorais, do re- conseamento inilitar © do recenseamento escolar; 9.° As dospesus do pagamento do subsidio por ampa- 0, nos termos das leis le recrutamento militar; 410." As despeses com as cotas que, por lei, hajam de ‘pagar @ associagdes ¢ institutos nacionais ou internacio- Art, 752" A desposa orilindria com reparacio, melho- ramonto 6 renovagio das instalagdes @ mobiliario das re- partigdes concolhias «epententes do Estado niio poderé ‘exeeder 2 por conto clo total du receita ordiniria pre- vista no orgamento. Art. 753." As cfimaras municipais dotario obrigatd- riamente as ébeas © melhoramontos das freguesias, de ‘modo que todos os anos Ihes sejam destinados, e gastos nelas conforme as necessidades mais urgentes, 29 por cento do produto Iiquido dios adicionais is conttibuigdes do Estado arrecadaclos pola edmara nos concelhos rurais € 20 por conto nos urbanos, com profertneia das fre- nasa ow povuagis que nig constituam a ged0 do on calho. : $1." Em relagio as freguosias cuja drea se contenha na da sole do concelho nfo fieam as edmaras snjeitas a obrigacio provista neste artigo, mas deverko concodor as respoctivas juntas subsidios para fins de assisténcia ow outros semelhantes. 81 DE DEZEMBRO DE 1940 1709 § 2 As importancias a que ésto artigo so refere serio distribuidas pelas juntas das fregeesias contempladas, ou aplieadas pela camara municipal do aedrde e com a eo rperaci cas juntas. B.-A entraga das vorbas que forom atribuilas as fas do fregucsia para sorem empregadas nox termos esto artigo seri feita, até final do ines de Julho, pelo tesoureiro da efimara, assistido Who roxpeetive presidente, ans presidentes sas jantas, que se farao acowpanhar do tesoureiro e dle respective regedor. $42 As vorhas recebids serio imediatawento dlepo- sitadas aa filial concolhia da Caixa Geral de Depésitos, cousignandy a cada fregvesia 0 que por direito the for atribuido. Os levantamentos dda Caixa sorio efectnados modianto documonto, assinado pelo prosisonte ¢ tesou- roiro da junta. na medida dos encargos 0 sald. $52 Até AV Wo Dezembro ile cata avo seri, polo presidente do cada junta de fresuesia, ontregue na-ca- nara municipal, médiante recibo, uma rosenha dos me- Ihoramentos # realizar © dos eneargos a suldar no ano imediato com as verhas que hes hajam de ser distri- buidas. w ” As percentagens a quo sc refere o artigo anierior soriv distribuidas anwalmente pela seguinte forma: L? 10 por conto da importineia total seri rateala por todas as froguosias do coneelho, com destino as desye- sas de expeitieute das respectivas juntas 2° Os restantes 90 por cento serio aplicades nas freguesias onde houver necossidaces mais imperiosas ow urgentes a suprir, ou quo disponham de meios ou valo- res que pormitam execugio mais fieil ou pronta dos mne- Ihoramentos a fazer, procurando-se eoneentrar recursos, mas sem deixar de’ atender, em anos sucessivos © por turno, se preciso for, a todas as froguesias do concelho. Art. 7502 As edmaras manicipais polerio tambéin eniregar a cobranga © aplicagto do imposto de prestacio de trabatho ein certo ano e-em detorminala freguosia, aldeia, sitiv ow lugar do coneelho a respectiva junta de Froguesia, que receberi tolos os podores eonferides por i permitido && efmaras municipais deli- erro abuny aliantado de importineia nfo superior a SONS ao chefo «la seerctaria, a fim de constituir fundo permanente para dlospesas correntes «de expediente da Secretaria que, pela fregigneia, deminata importancia,e dlexa ser autorizado & favor, (©. chove da seorotaria justifleard todes os mnoxes © num tinico titulo as despesas que tiver elvetualo por conte du fando permanente. CAPITULO 11 Do orgamonto Art. 731.” © orcamento ordinario do municipio serd elaborado de harmonia com as bases votadas pelo con- solho municipal, sob proposta do presidente da e&mara. § dinico. As bases contorio: @) O compnto aprosimado das despesas « ofgetuar ; 3} O criteria de distribuigio das dotacdes destinadas a obras ¢ melhoramentos das frexguesias; ¢} A diseriminagiv dvs obras ile intertsse pablicu a realizar pela camara 0 sna dotagio aproximada 5 ‘) Os novos lugares a eriar; 2} aA indicagio das econum tragio munieipal; “f) A.aprovagio das deliberagbes sobro criagio ds nu- vas receitus © indicagio de quis sejam 5 7) A aprovacko «das deliboracies eamararias sobre prestinus caja realizagio se provoja on sobre a parte de empréstimos a levantar no nove ano. isa realizar aa artuinise Art, 758° A receita ordiniria dos municipios. serd classificada @ distribuida polos seguintes eapitulos: 1° Impostos directos 2 Tmpostos indirectoss 3." Vasas. Rendiment 4° Rendiventa cio be cipais ¢ mounicipalizades 5." Reembulsus © reposigies Be 0 de recestis. Art. THU! A roecita oxtraordin finico eapitnto. 30." Os capituios ila receita onlinaria ¢ extiaor- diniria seriv dividilos em artigos e estes em alineas, carrespondendo us artigos a grupos de rendimentox da mesma origom ¢ natureza eas alfneas aos xendimentos ingularmonte considerados. Art, 7612 As despesas das cdmaras serio tumbéin lassifieadas. no orgamento em capitules, cada wm dos quais correspondera a um sorvigo nunicipal, excepto 0 L!, dostinade & inserigio «los oneargos «le empréstimos; 0 32, as despesas cunt o pessoal aposentado; 0 pendl- timo, ao pagamento a diversas entidades por consignagio de receitas, © 0 iltimo, as despesss extraordiniias. Art, 763° Em cada capituto as despesas serio dis- Griminadas por artigos, com numeragio seguida, @ Te partidas polis seguintes classes 1.2 Despesus com o pessoal ; 21° Despesas com o material; 3." Pagamento de servicos e diversos eneargos. § 1.2 Nas despesas com o pessoal os artigos discrimi nario as remuseracoes certas 0 as renuneraies actten- tais ©, tanto em relaco a umas como a outras, ag des: pesas com 0 pessoal do qurdro © com o pessoal con tratado «mn axsatariads. § 2.° Nas despesas com 0 material devo ser separa: damente inscritas as yerhas para couitrucoes ¢ obras hone, episighes de utilfzacito permanente, conserragao e aproveitamento do material 0 aguiticues de material de consumo corrente, dovendo individualizar-so 9 mais pos- sivel as obras a quo as vorbas se destinen. '§ 32 As despesas de pugamento de servigns € divor- sos eneargos devem ser diseriminadas em despesax de hhigiene, sade e conforto, seguros, foros e coutribuicora © vutr # xervicos e encargos, subslividinto-se 0s respec: tivos artigos nas alineas necessirias para suficiente in- dividualizacio das dospesses. ‘Att. 763.2 Em anexo ao orgamento ordinitio do mu nicipio figurarto : {a} Os orgamientos dos servigus municipatizados j B) Oy orgamentos das zonas de turism, § tinico. Os orgamentos anesos serio quanto possivel elaborados segundo as roxras preseritas para a elabo- ragio do orcamento ordiniio. ‘Art. 164." Os eleitores e contribuintes da i gio municipal podem, singular ou colectivamente, recla~ mar para os tribunais adininistrativos contra as verbas orcautentais cuja inserigio on dotacio soja ilegal ow contréria is bases aprovadas pelo conselho municipal. caPrror.o Iv Da contabilidade maaicipal da contubili- pliadas a todos 76). As normas regulamontar dale das Gamaras -muniefpais serio os coneelhos. Art. 766." O regulamento da contabilidade municipal comproendersi: 1° A indieuedo das obrigagies dox chofes de secro- taria ¢ dos tesvureiros municipal 2-0 proceso a sexi n eubranga de todas’ as receitas, eserituragiy @ pagamonto de 1710 1 SERIE — NOMERO 303 todas as despesas, o numero, espécie ¢ arrumacio dos livros © os modelos dos impressos a adopta: 3.° Os preceitus a seguir para a preparagio dos orga mentos ¢ organizagio das contas ea arrumagio ¢ ar- quivo dos documentos de receita © despesa. Art, 767.° A distribuigio dos avisos aos contribuintes, expedidos pelos tesvureiros antes da abertura do cofre municipal, poiert ser feita pelo correio ou por inter- médio dos regedores ou dos zoladores da eimara, fleando neste caso desonerada a responsabilidade do tesoureiro mediante reribo passado polas antoridades ou agentes 8 quem os avisos forem entregues para distribnigi, rt. 768,° Os recibus das importineias pagas pelas eamaras manicipais podem ser passados pelos eredlores separadamente das autorizagdes de pagamento. Art, 769.8 A conta de gerénein ser organizada, sob direegio do prosidente da camara, pelo chefo da se- cretaria ou pelo director dos sorvigos de finangas, pur ambos assinada, submetida a aprovagto da camara mu- nicipal, pelo presidente, até 15 de Abril do ano seguinte Aquele’a que respeito e remetida ao Tribunal de Contas até 80 do meso més. CAPITULO V Di.postgo0s oepoctais para as zouas de turismo Art, 770.° As juntas de turismo gozam de autonomia financeira adentrd do municipio. Art. TIL° Sio receitas propri rismo? 1° 0 imposto de turismo; 22 Os rendinentos de bens proprios 3.° As participagdes do lucros ¢ rendas fixes: 4° O Iuero de exploragdes comerciais ou industriais; 5.° Os subsidios permanentes ; Os donativos ; 2 As hierangas,’Iegados ou doagdes que « camara aceite em seu nome; 8.° 0 produto da’alionagio de bens e da amortizagio ou reembdlso de quaisquer titulos ou eapitais; 9.° O produto dos empréstimos que a efmara contraia com destino a aplicacio na zona e para fins de tarismo, eaucionados pelos rondimentos da junta; 10.° Os saldos verificados na geréncia anterior. §.1.° As rocoitas enumeradas nos 0." L° a 3.° sio de earictor ordinario; as don." 6.° a 10." de caracter extraordinirio. § 2° Do produto das recoitas urdinirias entrogario as cémaras nas tesourarias da Fazenda Pablica a ime portincia correspondente a 20 por cent, que constituird reevita do Estalo. Art, 772° permitide as c&maras municipais dos coneelios em que existam zonas de turisme 0 langar mento do imposto de turismo. §.1.° 0 imposto de turismo recaind sobre todos os rendimentos sujeitos as contribuigies predial e indus- trial do concellio, nfo podendo exceder 3 por conto das respectivas colectas liquidadas para o Estado. § 2° Esto imposty sera cobrado como adieional as contribuigdes dlo Estado. § 3° Nos concollios om eujas cireunserigdes existam dnas ow mais zonax do turismo as eamaras municipals Aistribuirio entre elas o produto total do imposto cobrado nos tormos deste artigo, tendo em atengay a popula flutuante de cada uma ¢ as necossidades a prover. Art. 773.° Nos coneolhos om quo existam zonas do tue tismo ficam igualmento sujeitas ao imposto do turismo, lancado até ag maximo de 3 por eento: 1? As rendas das casas arrendadas a pesso1s quo elas residama por tempo inferior a seis meses; 1s dus jintas de tue 2° A importiacia total das contas pagas nos hotéis, pensdes, hospedarias, casas do hospedes, restaurantes, sanat6rios @ casas dy repouso quando a didria suja supe- rir a 108; 3. Aw dospesas foitas nos ostabelocimentos a que se rofore 0 nimoro anterior © nko liquidadas por difria, § 1 So os hdspedes ou comensais permanecerom inia- torruptamonte nos ostabelecimentos a que se refere o n° 22, excoptiados 0s sanatérios @ eatas do repouso, por mais de trinta dias, ser-lhes-4 liquidado -o imposto por metade da tuxa no’ sogundo periodo de trinta dias, © pola quarta parte no periodo que cxceder sessenta dias, § 2° As familias compostas de quatro on mais pos- soas, excluidos os servigais, benoficiam da redugto de 20 por conto no imposto ragulado nesto artigo, sem pre- Jnizo do preeeituado no pardgrafo anterior. + § 8. As casas codidas grataitamento ficam sujeitas 20 imposto do turismo, quo recaira sobre a renda detormi- nada por avaliagio. § 4° Os estabolecimontos onde so vendam bebidas a0 piblico © as pastelarias. confeitarias, casas de chi, cafés © leitarias pagario de imposto de turismo a taxa anual fixa que for arbitrada pela camara, entre 50S © 5008. .° Estilo isentos do imposto ‘de turismo os funcio- nérios do Estado ou administrativos, quando so encon- trem na zona por obrigagio de servico péblico, os membros do corpo diplomaitico e consular das nxedes estrangeiras © os portadores do passaporte diplomético ‘ou do missio special. Art. T14.° Sobre o posto de turismo nio reeatrio quaisquer adicionais, mas liquidar-so-A 0 imposto do sélo. Art. 775.° A cobranea cooreiva das receitas das jun- tas do turismo seri feita nos termos preseritos para as demais receitas manicipais. Art. 776.° Os servigos de contabilidade e tesouraria das zonas de turismo terko escrita diferento da das maras @ em tndo © que respsita & elaboragio le or: mentos @ conta de. geréncia observar-se-4, na parto apli- caval, © disposto para os municipios. THULO I Das finangas paroquiais carirero Uxico Das recoitas, das dospesns, do orcamento e das contus purogulais Art. 777.2 Constituem receita ordindria das freguesia: 1. Os subsidios do municipio e © produto do imposto de prestacio do trabatho que por éle seja eodido; 22 0 rendimento dos bens préprios ; 8.9 As taxas pelo uso dos bens do logradouro paro- quia; M4" Orendinento dos mercados ¢ eemitérios paroquiaiss 5." As multas impostas por lei, regalamento ou pos- 6.° 5 por conto sobre o imposto de minas, parte pro- poreional, cobrado na freguesia ; 7.2 Quaisynor outros rendimentos permanentes esta- belecidos pur Jef ou regulamento, Art. TT? Sio despesas obrigatérias da freguosia : 1.2 0s voncimontos do pessoal; As resultantes ile contratos logalmente colebrades ; As do pagamento de dividas exigiveis; 42 ‘As dos litigios paroquiais 5 5.° ‘As dos promios de seguro dos, bens © edificios paroquiais; 31 DE DEZEMBRO DE 1940 6. As dos impostos, foros, pensdes e outros eneargos 8 que estejam sijeitos os bens proprios da freguesia; * As de dotacio dos servigus paroquiais; ‘As dos revenseamentos. paroquia art. 779° O orcamento paroquial diseriminaré com, precisio e clureza as diversas verbas de receita e des- pesa_e sori transcrito no livro do aetas da junta na Feinido em que tiver sido aprovado. § nico. As dividas que surjom na sua elaburagio & exeougio serio submetidas ao presidente da cimara, quo as resolver ouvido o chefe dla socretaria municipal. Art. 780. A contabilidale paroquial deve ser simples e clara, podendo, nas freguesias de pequena receita, ‘constar de um iinico livre, abertu, rubricado em todas as folhas @ encerrado pelo presidente da cimara, Art. 7BL” As juntas de freguesia no podem em caso algum contrair empréstimos, mas élhes permitide o lan- gainento de dorramas extraordinivias a toda a freguesia ‘ow & uma povoacio, Ingar on sitio dela, quando as ne cossidadas urgentes ‘los povos o exijam e para beneficio dos coleetados. $12 0 produto da derrama s6 poderd ser apticalo ‘em obras @ melhoramentos pablicos, a fazer com parti« cipagio do Estado ou do coneetho, ou sem cla. §2.° A derrama sera langada tendo por base os ren- dimentos da propriedade que tenham servido para a li quidacio da contribuicio predial, nfo podendo exceiler 15 por conto «las coleetas liguidadas para o Estado, $3.2 A cobranca 6 feita por uma s6 vex nos primel- ros trinta dias a contar da abertura do eofre, ow nos sessenta dias xeguintes com os rospectivos juros do mora. Findo dste prazo, sera a divida relaxada para execugio nos térmos estabelecidos para xs receitas municipais. Art, 782." As contas de geréncia serio assinalas pelo presidente © vogais da junta de freguesia e enviadas 20 presidente da camara, ‘para julgemento, até 20 tim do de Fevereiro do’ ano soguinte aguele a que res- $18 O presidente da camara julgaré as contas até 30 de Abril do ano em que as Teceber, com recurso para_o Tribunal de Contas § 2.° Exeeptuam-se as contas que acusem dospesa to- tal superior a 250.0008, as quais serio remetidas pela junta de freguosia directamente ao Tribunal de Contas © por éste julgadas. ‘Art. 783.° As reclamagdes sdbro taxas © quaisquer outros rendimontos paroguinis serio julgadas em 1. ins- tania pelo chefe da secretarin da camara, com recurso para o juiz do direito da comarea e da iecisio deste para_o” Tribunal da Relagio, seguindo-se, na parte aplicivel, 0 disposto nos artigos 727.° e seguintes. ‘TirULO IV Das finangas provinciais CAPETELO ONICO Das receltas, das despesas, do orgamento das contas provinelats Art. 784! As juntas de provincia podem langar 0 adicional de 2 por cento sobre as colectas das. contri- buigdes predial e industrial e do imposto profissional sobre profisshos libetais, liguidadas para o Estado na froa da sua jurisdigio. Art. 789." Const nisteagio provineial 1.2 Os veneimentos do pessoal; 2.9 As pensies de aposentacio; Bl Os encargos dos empréstimos legalmente conteai- dos} sm dospesas obrigatorias da admi- Wut of? At rosultantes do contratos legelments eelobra- As do pagamento de dividas exigiveis; 62 As dos litigios da junta de provineias Te As dos prémios de seguro dos bens provi 8° As resultantes. do arrendamento, x io © consorvagio dos edificios indispensaveis repartigdes provinciais @ distritais do Estalo, que por lei ostiverom a sen cargo, e respectivo mobi- idrio, considerando-se como tais’ os tribunais do traba- Tho; 92° As dos impostos, foros ¢ pensdes ou outros encar- gos a quo estiverom sujeitos os bens proprios da pro- 10.’ As de dotagio dos servicos provinciais ; IL? As do pagimento de omolumentos yelo julga- mento das eontas. rt, 786." A receita ordinivia das provincins sera classificada’e distribuida no orgamento pelos seguintes mais As contribuigdes do Estado; ‘axas. Rendimentos de diversos servigos © de bens préprios; '3.° Reembolsos reposigies; 4° Coosignacio de receites, Art. 787.° Emguanto nio for decretado o regulamento da contabilidade provincial sio aplicaveis, tanto quanto possivel, ao orcamento © contabilidade da provineia os preceitos relativos ao orgamento ¢ contabilidade muni- cipal. Art, 788° As contas das juntas de provincia sto julgadas polo Tribunal de Contas. Art, 789.° As reclamagies sObre taxas ¢ quaisquer outros rendimentos cobrados pola provincia serao ji gadas em 1.* instaneia pelo chefe da seerotari junta, com rocursy para o juiz do direito da comarca da sedo da provincia ou da 1. vara evel, @ da deci- sio déste para o Tribunal da Relaciv, soguindo-se, na parte aplicavel, o disposto nus artigos 727. o seguintes. THTELO V Dos cofres dos governas civis caPITULO UNICO Das receltas, despesas e aduinistracho Art, 790° Em cada govérno civil oxistiri um cofre privativo, F Art. 791." Constituom receitas do cufre privative + 1.° 0 produto da taxa de 105 por eada petigiu ow relierimento de interésse particular visado ou despa- chado pelu governader civil 2 O produto das taxas aplieadas a estabelecimentos autor dos a funeionar depuis da hora do recolher 5 50 por cento de todas as multas eobradas por in- io dos regulamentus distritais de policia; 4.° Todas as demais que the sejam destinadas. Art. 792.° Siu despesas obrigatdrias do cofre priva- tivo as respeitantes a: 1° Correspondéncia postal, telegeafiea c telefonica; 2° Transporte do governailor eivil, em assuntos de servigo piblico, quando nio devam ser satisfeitas por verba inscrita no Urcamento Geral do Estado; 3. Todas as que nto tenham dotagi estabelecida no Orgamento Geral do Estalo, nem estejam, por lei, a cargo de outra eotidade ou organisino, e sejan inerentes a0 desempenho das fungdes de governador civil; 4° Repatriacio de indigentes para os respectivos con- cellius, quando as juntas We freguesia no possam ocur- Ter a estas despesas. 1712 Art. 798° Incwube av seeretirie do govéruo civil, como administrador do atte: . 14 Conservar sua orden na Caixa Geral de Depi- situs, Crddita ¢ Providéncia todas as receitas andar satisfazer todas as ordens de pagamento das pelo governador eivil ofective ou por yttem 0 pstitaa, respeitantes a cada uma das despesas obriga- torias ¢ com eubimenti dentro das respeetivas receitas © Conferir mensalmento o balaucete do caite e or © processo anal de contas, que seri remetido Tribunal de Contas até 30 de Abril da ano imediato loa que respeitem ; Designar, de acdrdo com 0 governador civil, 0 funcionirio da ‘seeretaria a quem especialmente deverao ser confiados os servieus de contanilidade do cofre. _ Art, 194° U Govérno Civil do disteito do Porto con- tiuuara a providenciar, nos termos legais, acérea da ins- talucio o axsisténcia. do Hospital de Santa Clara, devendo consignarlhe, com prejulay do qualquer outva, a verba repatada indixpensivel 20 preonchiracnto do sou fim. “Art. 795.° Os saldos annais dos cofres privatives dos sgovernos elvis emtituem reeeta do Fado, PARTE 1V. Do contencioso administrative TITULO I Dos tribunais do contencioso administrativo caPrroLo 1 Da organtzagto Art, 796." Ax yuestdes contenciosas da_administra- so local que por lei nko ostejam sajeitas & jurisdigio de outros tribunais sio julgadas pelos tribunals do enn- toucioso administrativo, nos termos ddste Cédigo. rt, 797.” Os tribunais do eonteneiaso administrative 1? As auditorias; © Supreme Tribanal Administrative. 798." Na sede de cada distrito judicial do con- tisente haverd uma auditoria administrativa, com juris- Miedo na respectiva éren. Art. 799." O julgamento das questoes contenciosas pertenee, em caila anditoria, a um auditor administra- tivo, com a categoria e vencimontos do juiz de direito de 1. classe. ar $1.7 0 auditor no poderd oxoreor as suas fungdes nos easos en quo esteja imped, se escuse ou seja jul gada procedente a suspeigio, de harmonia com o precei- Tuado na lei de processo ei “8 2.° A escusa © a suspeicio serio julgadus polo pre- sidento do Supromo Tribunal Administrativo. $3. Nas suas faltas @ impedimentos o auditor seri substtudo pote juz da 1 vara jicial da gomarea da sede da auditoria ou por quem siias vozes fizer. ‘Art. 800.° Os anditores administrativos sio nomeados de entre os fuueiondrios de qualquer classe da 1.* cat goria do quadro geral administrative dos servigos @ ferns do Ministério do Tnterivr, com doz anos, pelo inenos, de servigo efeetivo no mesmo quadro © aprovados en coneurse cle habilitagio por provas piiblicas, eseritas e orais, § tinieo. Se, encerrade o prazo do concurso, se veri- ficar nio haver concorrentes em mimero necossirio para, © provimento das vagas existentos ou provaveis, podera set prorrogado 0 prazo, pur despacho do Presidente do Conselho, admitindo-se a concorrer funcionirios da L® categoria com qualquer tempo de servigo. T SERIE — NOMERO 808 Art. 801.° Cumpro ao auditor: 1 Tomar a deelaragio do honra ¢ conforir a posse ag agente do Ministérie Pablieo; ‘2° Mantor a ordem dentro do tribunal, aptieondo aos pertarbadores as sancoes da leis 32 Ordenar a instauracio’ We provessos disciplinares aov finciowirios do govérno civil em exercicie na se tretatia, remctendo-os iquole wagistralo para jubyar mento; 42 Informar sobre os poilides do licenga dos funcio- nitrios da secretarias 2 Cumprir us mandados © as cartas de ontros tribu- nais dp contencioso administrative. Art, 802° Os auditores admiuisteatives sko indeyen- dentes nos sous julgamentos e gozam de inamovibilidude nos mesmos terinos dos mia § Le Ax infracgdes disciplinares dos anditores udmi- jjulgadas pela soecio do. contencioso administeative do Supremo ‘Tribunal Administrative, a cujos acérdios 0 Presidente do Consetho dara éxecugio, sulyo 0 recurso para o tribunal pleno. $22 O proceso disciplinar ser instruido por am juiz do Supremo Tribunal Administrativo dosignado pelo presidente, observando-se o disposto quanto & disciplina dos magistrados judiciais. Art. 803.° Junto de cada anditoria faneionaré um agente do Miuistério Pablico. '§ 1° Os agentes do Ministério Pablico junto das au- ditorias estio imediatamento subordinados ao agente do Ministério Piblico junto da secgio do contencioso adni nistrative do Suprémo Tribunal Administrative. § 2.° Nas suas faltas on impedimentos os agentes do Ministério Pablico junto das auditorias serdo substituides pelos delegados do Procurador da Repablica da 1.* vara jadicil ds sede da auditorin ow por quem ‘vase vexes {§ 3° As infracgdes disciplinares dos agontes do Mi- nistério Pablico janto das auditorias sio julgadas uos tormos estatuidos para as dos auditoros. § 42 0 proceso disciplinar serd instruido pelo agente do Ministério Paiblico junto da seegio do conteneiose administrative do Supromo Tribunal Administrative, ‘Art. 804.° Os agontes do Ministério Pablico junto das anditorias sio nomeados pelo Presidente do Conselho de entre os funcionitios da respectiva classe da 1.* cate- goria do quadro geral administrative dos sorvicos exter: nos do Ministério do Interior ou os candidatos habilita- dos que requoiram 0 lugar. ‘Art. 805.’ Compete ao agente do Ministérie Bablico junto das anditori 1,° Recorrer, por iniciativa propria, no eumprimento de instrugdes Superiores on mediante participagio dos goveruadores civis, de todas as deliberagies ilogais dos Corpos administrativos © mais entidades de eujas decisdes ou doliberagies conheco » auditor; 2° Rocorrer para o auditor contra as nulidades das ‘loigies dos corpos administrativos © dos conselhos mu- nicipais 0 provinetais 3. Intervir om todos os procossos, pugnando uéles pela reparagio da lei ofendida © defendendo os legitimos Intordsses do Estado e das antarquias locais; 42 Promover o andamento dos processos pendontes ; 5.* Interpor os compotentes recursos das decisdes ilegais proferidas pelo auditor; 6.° Participar ao competente delogado do Proeurador da Repablica todas as infracches ow delitos de que tiver conhocimento pelos processos contenciosos; 72 Prestar no agente do Ministério Pablico junto da seegio do contenciosu administrative do Supremo ‘Tribunal Administrativo todas as informagdes oficiais que the forem pedidas; 31 DE DEZEMBRO DE 1940 8. Fiscalizar a arrecadagio, deposito ¢ levantamento de multas, custas @ outras receitas do tribunal; 9.° Kseriturar ¢ fazer escriturar os livros e expedionte proprio, © organizar 0 arquivo; 10.* Corresponder-se directamente com todas as auto- ridades @ repartighes pablicas; 112 Praticar quaisquer outros actos que Ihe sejam cometidos por Joi ou ordens snporiores. Art, 806.° Em cada quditoria administrative haverd una secretaria, & qual competiré dar expedionte a todos 0s processos ¢ negécios que forom afectos ao tribunal, inelnindo os privatives de agente do Ministério Péblico, © guarda ¢ arquive dos respoetivas livros, processos © mais papéis. § iinico. As secretarias «las auditorias funcionam sob a imediata direegio do um chefe de socretaria e a su- perintendéneia ¢ fiscalizagio do auditor ¢ do agente do Ministério Méblico. ‘Art. 807." As fimgves de chefe de secrotaria das autti- torias serio desemponbadas por um oficial da secretaria do govérno civil, designado pelo governador civil. § 1° O chefo da seerotaria pods ter uz ajudanto, por ale pago © nomeado pelo Ministro do Interior, sob pro: posta sua‘e informacio favoravel do auditor. §2.° Na falta oa impedimento do chofo da socretaria sori @ste substituido pelo ajudante, so o tiver, ou por um funcionirio da secretaria do govérno eivil, requisi- tado polo anditor ao governador eivil. ‘Art. 808." Compote ao chofe da secretaria da audito- ria: 1.° Rogistar a entrada de todos os processos e demais papéis dirigidos & auditoria © apresentar diariaments ao auditor os que exrecam de despacho 5 2.2 Axsistir 0 auditor em todos os actos da saa fin- gio que nio forem despachos on sentongas ; 3° Escrever todos os tormos e autos do processo a que assistir o auditor ow o agente do Ministério Pa- Blico 5 4°’ Registar as cartas precatérias expedidas ou do- yolvidas pela auditoria; ‘2 Contar 0s procossos ; 6. Registar, pelo teor, toda a correspondéncia expe- dida pela auditoria © redigir a quo nfo for minutada pelos magistrados 5 7.2 Executar 0 expodiente proprio do agente do Mi- nistério Pablico de yuo fOr encarregado por é3te; 8.° Registar as Ticongas, diplomas ¢ posses dos 2 gistrados; 9° Suporintender nos sorvigos de limpeva, anruma- gio e conservagio do tribunal ¢ suas dependéncias ; 10.° Exereer as atribuigies do chet de secretari tudo o que rospeito & assidutdade e disciplina do res- peetivo pessoal. ‘Art, 809." Ein cada auditoria haver diligencias. § tnico. As fungdes de oficial de diligéneias serio desemponhadas por um continuo do govérno civil, de- signado pelo governddor civil, ao qual incumbirio as atribuigdes dos fancionirivs de igual categoria dos tri- Dunais judiciais. ‘Art. B1O.° Junto da Presidéneia do Conselho funciona ‘© Supremo ‘Tribunal Administrativo. § tinico. A organizagio do Supromo Tribunal Admi- nistrativo regulada por lei especial. um oficial de cAPiTULO IL Do funciouamento Art, 811." As auditorias funeionam no edificio do go- vémno eivil do distrito om euja sode existam. ‘Art, 812." Os papéis relatives aos actos processuais 1718 das partos serio apresentados nas socretarias dos tribu- nais do contoncioso administrative dentro dos prazos Jogais © is horas regulamentares, mediante recibo, se for exigido. § 1." Os despachos, sentencus ¢ acbrifos serio profe- ridos nos prazos legais © dovidamonte notifieados, $2" As diligencias de produgio de prova, quanto as haja, realizar-se-To om tas © horas proviamente mar- caus ¢ notificados as partes. Art, 813.° As seerotarias dos tribunais do contencios» administrative estardo abertas, para ox respectivos ser- vvigos, todos os dias dteis, durante as horas normais dy servico piblico. ‘Att. 614." Haverd nos tribunais do conteneioso admi- nistrativo as mesmas férins que nos tribunais judiciais, mas os ineidentes cle pedido de suspensio das decisdes © deliberagdes recorridas, bem como os processos elei- torais, correrto mesmo em férins. ‘TITULO IT Da competéncia contenciosa capiTuLo 1 Dispostgdos gerais Art. 815." O contencioso administrative abrange as deliberagdes © decisdes definitivas o executérias da admi- nistragio pablica, quaudo argaidas, perante os tribunais, de incompettnela, excosso de poder ou violagio de lei, regulamento ou contrato administrativo. '§ 1° Compreendem-se ainda no &mbito'do eoatencioso administrative: a) As questdes sobre interprotagio, validade ou oxe- cugio dos contratos alministrativos,’incluindo as que teaham por objecto ofectivar a responsabilidado con- tratoal ; b) Os pedidos de indomnizagao de pordas © dunos fei- tos 4 administragio por actos ou factos ilicitos, excluidos ‘0s quo tenham silo praticados em exeengio do eontratos; ¢) As questdes respeitantes admiinistragio © policia dos bens do dominio piblico. : § 2.° Consideram-se contratos administrativos tnica- monte os contratos do empreitada o do concessko de obras piblicas, os de cuncessio de servigos piblicos ¢ os do Fornecimento continuo @ de prestaglo de servigos calebrados entre a administragio € os partieulares para fins de imediata utilidade péibliea. ‘Art. 816.° Nio 6 permitido aos tribunais do conton cioso administrative julgar, prineipal ou incidentalmente, questdes sGbro 0 osiado ou qualidade das pessous, titn- los de propriedade ox posso e validado de contratos que no sejam considerados administrativos ou direitos deles emergontes. Art. 817." Nos rocursos do decisbes proferidas em pro- cessos disciplinares os tribunais do contencioso admi nistrative nfo podero conhocer da gravidade da pena aplicada nom da existoneia material das faltas impa- tadas aos arguidos, salvo quando se alogue desvio de poder ou quando a lei fixe expressamento quer a pena, quer az conilighos do existéacia da infraegio. $ Gnico. O disposto neste artigo quanto A apreciagio da existéncia material das faltas disciplinares nose aplica aos recursos da competéncia dos auditores nem aos recursos intorpostos das respoctivas sontongas. Art. 818.° A competéncia contenciosa 6 de ordom piblica © no se altera nem se modifica por arbitrio das partes. A sua apreciagio precederé o conhecimento de qualquer outra matéria. Art. 819.° Os juizes do. contencioso administrative niio podem abster-so do julgar a protexto de falta ou W714 7 SERIE — NCMERO 308 obscuridade da lei, caréneia de provas, inntilidade da decisio ou qualquer outro motivo. cavireo tt Da compettncia eontenetosa dos auditores Art, 820.° Compote av auditor julgar: 1,? Os recursos das decisdes dos magistrados ailminis- trativos e dos presidentes das edmaras municipais, salvo, quanto a estes, o disposto nos $$ 1.” @ 3. do artigo 83.3 22 Os recursos das doliberacdes dos corpus adminis- trativos, das comissoes administrativas das foderagdes de muniefpios © das comissves centrais das unides de freguesias 5 3. Os recursos das deliberagies do consellio muni- cipal 6 do eonselho provincial; 7 “42 Os recursos dns deliberagdes das juntas de tu- rismo, das juntas auténomas dos portos e das comissdes venatdrias, rogionais e concelhias 5.° Os recursos das decisdes dus concessionizios de exploragio de obras ou servigos munieipais que vielom os regulamentos las obras ou dos servighs; "Os rocuravb das doliberagdes das meats, direcgbes, ou assembleas gerais das pessoas coloctivas dé lado pablien adwinistrativa, quando arghidas de vio- Tacto de fe, regulamento, eompromiaso ou ostatutes; 7.2 As acgios para ofectivagao da responsabilidade das autarquits locais proveniente da nio execugio de con- rato administrative ou de facto dos respectivos eorpos, istrativos, funciondrios ou assalariados ; As acgies sobre validade, exeeucio ou interpro- dos contratos administrativos celebradus entre 0 coneelho, a froguesia ou a provineia e os particulares; 9.° Os recursos contra a inscri¢o ou omissio 10s recenseamentos paroquiais dos ehofes do familia © dos pobres ¢ indigentes ; 10.° Os reeursos contra a inserigko ou omissio no ro- censeamento eleitoral; 11° Os recursos relatives as oloigdes dos éxgfos da administragio municipal, paroquial om provincial @ das mess, direcgdes ou gerdicins dax pessoas colectivas de Jaragdes de perda de mane dato @ inelogibilidades © eseusas dos eleitus para ux cur- pos administrativos © para os conselhos miunicipais ¢ proviné 132 Todos os demats recursos ou accbes ontregues por lei ao seu julgamento ou quo, pertencende wo con- tencioso administrativo, nfo estajam exprossamento atri- buidos n outro tribunal. § Gaico. Em todos 08 recursos ou accdes pendentos na auditorin eompetem ao auditor os poderes conforidos 408 julzes dos tribunais ordindrios para o exercicio da sua jurisdigio, e em especial 1 Condenar em eustas © impor multas nos termos da leis 2.* Mandar risear nos papéis que lhe furem subme- tidus quaisquer expressdes ofensivas ou menos respei- tosas para 0 tribunal ou para os Poderes Pablicos, ou que contenham matéria contriria & moral ow & ordem social o politica existentes ; 32 Dar conhecimento ao Ministériv Pablico de quais- quor ilogalidades ou irregularidades de que tena conhe- cimento no decurrer dos processos, nos casos em que carega, para proeeder, da promogio daquele magistrados 4° Requisitar, oficiosamente ou a requerimento das partes, a todas as autoridades piiblicas, eorpos adminis- trativos € pessoas colectivas do utilidade pabliea adii- nistrativa as informagdes, documentos © quaisquer outros elementos de aprecingio que julgue necessirios para instrugio dos processos ; 5. Expedir eartas precatérias para quaisquer tribu- ais; 6. Decrotar x suspensio da executoriedade das déei- sdes @ deliberagdes recurridas quando Ihe seja requerida @ veritique poderem resultar da execugio prejuizos irre- pariveis ow de dificil reparagio ° Ordenar providéncias ‘eautelares requeridas pela administragdy contra os particulares, nos termos em que foram admitidas na lei de proceso eivils 8° Julgar ineidontes, tais como de faisidlade, habilita- cio e liquidagio, surgidos nos processos pendentes na auditoria, admitir protestos e ordenar justifieagdes @ no- tifieacdes avulsas cujo objecto ou causa tenham conexio ‘com processus pendentes ou a propor na auditor 9.° Ordenar a consignagav em depésito da quantia ow cousa devida nos casos admitidos pela lei, em que o de- vedor pretenda livrar-se de ubrigagio emergente de con- ‘rato administrativo. Art, 821° Os recursos a que se refere o artigo ante- rior podem ser interpostos: 1. Polo Ministério Pablico ; 29 Pelos titulares de interésse directo, pessoal o legt- timo no provimento do reewrso Art, 822° A qualquer eleitor, ou contribuinto das contribuicdes divectas do Estado, no gGz0 dos seus di- reitos civis © politicos, 6 yermitide recorrer das deli- Dderaghes, que fonha por ilegais, tomadas pelos corpos administrativos das cireunscrigées em que se ache recen- seado, ou por onde seja colectado, © pelas demais enti- dudes’ roferidas nos n.” 2°, 3.2 0 4° do artigo 820. com jurisiigig na mesma dre : Art, 8%3.° Os recursos a que so refero 0 n.° 6.° do artigo 820.° podem sor intorpostos por qualquer gerente, inmio ou associado no p'eno gdz0 dos seus direitos sociais. Art, 824.° As acgtos para ofeetivagio da responsabi- Tidade civil podem ser propostas por quem alogar sor vitima de lesiio causada por faeto da administragio ow sous agentes. Art. 8252 As acghes sobre contratus administrativos 86 podem ser propostas yelas entidades contratantes. Art, 826. Pole gualquor eleitor, nos tormos estabe- ecidos wa lei eleitoral, intorpor os recursos enumerados nos n° 9.%, 1L° © 12.° do artigo 820.° Art. 827° Nio pode recorrer quem tiver- aceitado, expresst on tieitamento, a decisio ou deliberagio depois de proferida. $12 A accitagio ticita é a que deriva da pritica, pontinea © sem reserva, de facto incompativel com a vontade de recorrer. §.2 A execucto ow acatamento pelo funcionsrio no se considera aceitagio ticita do acto executado ou aca tado, salvo so depender da vontade do exeentante a escolha da oportunidade da execugio. Art, 828.° O prazo para interposigio de quaisquer re- cursos enjo julgamento pertenca aos anditores adminis- trativos 6, salvo quanto aos eleitorais, do trés meses, contados da data en que a docisio ou deliberagio tonha tilo comégo de execuezo, on da data da sua publicagio on notifieagio aos interessados. § tinico. Exceptuam-se do disposto neste artigo, po- dendo ser impugnada a sua legalidade a todo o tomps 1° As deliberagdes © Uecisdos nalas © de nenkum feito; 22 'As posturas e regulamentos policiai 3° As deliberacdes que ecriem iinpostos nfo permiti- dos por lei. Art. 820.° As acgies sobre contratos administrativos podem sor intorpostas a todo 0 tompo, o as de respon- sabilidade civil dentro dos trés anos seguintes i efecti- vacio da ofonsa que as logitimar. 31 DE DEZEMBRO DE 10 Art. 830. Os prazos para os recursos © processos leitorais sio estabelocidos nas disposicdes referentes is eleigves. ‘Art, 831.° As sentengas proferidas pelos anditores adininistrativos, quando passadas em julgado, tém forca executiva. 1. 832.° Na execugio das sentencas profaridas pelos auditores proceder-se-t do seguinte modo , “Se 0 exeqiiendo fér un corpo administrative © ésto nfo deliberar dar execugio i sentenca no prazo de tr0s meses contados da data do trinsito em julgado, assim o participart o exeqiiente av auditor administra tivo. Recebida a participagio, 0 auditor romoté-la-é & Direegio Goral de Administracto Politica © Civil, para que se ordene a execucio pedida, sob pona de dissolu- gle do corpo administrative; 2° So o oseqiendo for uma pessoa colectiva do uti dade piblica administrativa, proceder-se-i nos mesmos termos do nimero anterior, mas 0 proceso seré rome- tidy ao govornaulor eivil respectivo; 3.° Bin todos os outros casus em que a execugio deva correr contra algum Grgio da administragto publica, remeteri o auditor o processo & entidade que sobre aquele exerga poder hiordrquico ou de mera inspecgio; 4° Se o exeytiendo for algum particular, a execugio serd promovida pelos interessados nos tribunais comuns, com base na seittenga do auditor eaPiruto mt Du competducta coutenelosa do Supreme Tribunal ‘Adntuistradtvo Art. 833.° Compete ao Supremo Tribunal Administra- tivo, como tribunal do contencioso da adininistragio lo- cal, julgar: : 1? Os rocursos intorpustos das decisdes dos anditores; 2.° Todos os demais recursos confiados por lei ao seu julgamento. § iinico. Tem tno 0 que sobre competeneia do Supremo ‘Tribunal Administrative nio so eneontre regulado neste Codigo aplicar-sedo as disposigbes «las respectivas leis © rogulamontos espoeiais. TITULO III Do processo nas auditorias CAPITULO I Dos recursus da competducia dos auditoros seogto Artigulados Art. 834° Os recursos contoneivsos da competéncia dos auditores serio sempre interpostes por petigio. § 1° O recurso cousidera-se interposto na data em que a petigio da entrada na secretaria da auditoria. § 2 Os recorrentes sio obrigados a constituir advo- gadv que tenha escritério un eseolha domicllio na sede da auditoria, ‘Art, 883." Na petigio deverd o recorrente meneionar © acto recurrido © indicar a autoridade ou drgio quo © tiver pratieado, expor com a maior clareza @ eoncisio 68 factos @ as razdes do direito em quo se funda o re- eurso ¢ formular precisamente 0 pedido. Ef § 1° Os fundamentos do recurso serio deduzidos por artigus numerados. : $2 So além da autoridade ou rgio quo praticar (© acto recorrido houver, & data da interposigto do re- 1715 curso, pessoas a quem a procedéncia deste possa direc- tamento prejudicar © que por isso néle sejan interessa. das, deverd 0 recorrente requerer a respectiva eitagio a peticio inicial. §.3.° Podem cumular-se no mesmo recurso pedidos compativeis © entre si conexos ou dopendentes, e, em especial, o pedido de anulagao dle um acto administr com o de indemnizagio de perdas @ danos ou do con. denagio em multe. § 4 E permitide a eoligagio de recorventes quando © Tecurso soja interposto do mesmo acto administrative @ tena o mesmo fundamento juridico. § 5° A potigio sera acompanhada de tantos dapli- eados quantas as entidades © pessoas a citar. Art. B36." A peticio sera instruida coin certidio ow cépia autentiea da decisto ou deliboragio recor, ot com contrafé da respectiva notifieagio, ou ainda com um exemplar dx publieagio offeial em «que tonlia sido inserta Por estracto on na integra. § 1." Quando 0 recurso seja interpasto de acto ticito resultant da passividade di administragio, petigzo sera instruida tinicamente com a eépin do requerimento sem resolugio, na qual tenba sido passado recibo pelos servigos onde deu entrada o original. $2.° Se ao recorrente tiver sido recusado 0 documento comprovative da decisio ou deliberagio recorrida, pedido quinze dias antes, pelo menos, do térmo do prazo par « interposigio do recurso, assim o declararé na prépri poticio inigial, indieando duas tostemunhas da recusa. Art. 837." Logo que petigio do entrada na secre- tarin da auditoria, seri autuada e registada em livra os. pecial, om que se mencionem ox nomes do recorrente 9 dos recorridos, 0 niimero de urdem dlo processo, a data da sua apresentagio, a natureza do pedide 6, om notas sucessivas, rubricadts pelo secretario da atditoria, 0 expediente quo tiver até final devisio. .° As potigdes © os documentos que as instraam serdo imodiatamente numerados ¢ rubricidos pelo secro- tiario, © qual langaré também néles uma nota do rogisto, contendo 0 nimero de ordom, a data da apresontagio 6 as follias do livro onto estivorem rexistados. § 20 Avs reclamantes slar-se-, quando © roqueiram, certificado do registo @ recibo dos documentos com quo tiverem instruido a peticéo. Art, 838.° So’ la petigiv e dos documentos anexos se mostrar que o recurso foi apresentado fora de tempo ou 6 manifestamente ilegal on que o foro administrative 6 incompetente, sera indeferido én (imine e dar-se-i baisa no registo. § 1.” As doficiéueias do forma ou de instrugio da petigio, © bem assin a irregalaridade de ropresentaglo do recorrente, niio sio motivos de indoferimento imediato, mas se, notifieado o recorrente para as suprit ou toga” larizar ‘no prazo que the for marcado, nio aprosontar nova petigio, serd enti indeferido in himine 0 recurso. § 2° Se o recorrente supriy ow rogulaizar as defi- citneias, consideta-se 0 recurso interposto na data em que a primeira petigio tenha dado entrada na seeretaria, Act, 889." Quando nao veurra nenbum dos casos pre- vistos no artigo anterior e se mostrar feito o preparo, proferiri 0 auditor 0 despacho de recebimento do re. § 1.° O despacho deve ser proferido nos dez dias se- guintes A entrada da petigio na secretaria § 2.° No despacho de recebimento ordenara o auditor a citagko do autor do acto recorrido © dos demais inte- ressados no recurso. § 3.° Se 0 recorrente réyuorer na petigio a suspensio da ‘executoriedade do acto recorrida, 0 auditor resolvord no despacho de reeebimento, que eat tal caso ser pro- ferido mesmo em férias, se'6 de coneeder ao rect to suspensivo. 1716 I SERIE — NOMERO 303 § 4° Verificando-se a bipotese prevista no § 2.° do artigo 836.°, 0 auditor ordenari que na citagio se a6 eonhecinonto i autotidade on drgio recorrido de que deve, com a contestagio, juntar o documento recusado, sob pena de multa até 10.0008 aplicével no proprio pro- 0880 aos responsaveis pela desubedicncia. "Art, 840.° A citagao tem por objecto chamar os cita- dos a contestar 0 reoursy no prazo do dez dias. No ueto da citagio serio advertidos do que a falta, de contesta- ggho importa confissio dos factos articulados polo rocor- rente. G1? A citagio das autoridados, brates da adminis- -ayfio local @ pessoas colectivas do utilidade yiblica administrativa far-se-a por ofleio envindo pelo correio sob registo. $2." A citagio dos particulares sora feita pelo oficial de diligeneias da auditoria ou, fora da sede da auditoria, jelos oficiais de diligeneias das edmaras municipais, me- gio do auditor dirigida aos respectivos pre- sidonte: § 3° No despacho que ordonar eltagto a fazer fora da'sedo da anditoria marcaré 0 auditor prazo de dilagio consuante o disposto na lei de processo civil. '§ 4° Aplica-se As notifieagdes o disposto nos pardgra- fos anteriores quanto & citacio. ‘Art. 841.° Emquanto decorrer 0 prazo para contesta~ gio estari’ » process patente na secreturia, durante fas horas de sotvigo, a fim de as partes 0 poderem exa- minar 0 tirar 08 necessirios apontamentos. Se pedlirem quaisquor certidoes, ser-lhes-io passadas inediatamente. ‘Art. 842° A contestacio serd dedazida por artigos, apresentada na secretaria dentro do prazo do dex dias @ contar da citagao ou do tormo da dilagio, e nly ha- ‘vera mais articulados no processo. ‘Art. 843. Junta a contestagio ou decorride 0 prazo ara ola, 0 auditor, no prazo de quinze dias, proferird Tespach sunoudor, apretiando seas partes $80 logitimas 6 ostiio dovidamente representadas @ resolvendo as ques- tos privias o prejudiciais quo possam obstar 20 conhe- eimento do funrlo da questio, se o processo ja furnecer elementos para a decisio, ou deforinde-a para « sentenga final, no caso contrério. § iinieo. Do despacho a quo s@ refere éste artigo, quando puser térmo ao processo, eabe recurso de ape- Tago, que subiré nos proprios autos. * seogho 1 Prova Art, 844.° O recurrente @ os recorridos juntario, com os articulados, toda a prova documental, dastinada w de- monstrar a verdad dos factos néles alegados. "Art. 845.° Quando no recurso se alegar matéria de facto © o processo houver do prosseguir, » auditor, no proprio despacho sancador, especificaré os factos que Eonsidera confessados, admitidos por acOrdo das partes ow provados por documentos, ¢ elaboraré conjuntamente tum questionario em que fixe, por ordem numérica, o8 pontos de facto controvertidos.cujo apuramonto interesse B resolugio do recurso, ordenando por fim que as partes apresentem 0 rol de testemunhas @ requeiram a produgto, lo prov por qusisquer outros meios admits em juio, "Art. 846.° No prazo de dex dias a contar da notifiea- go do despacho saneador dario os notificades cumpri- mento 20 que néle lhes for ordenado, podendo também Teclamar para o auditor sdbre 0 restante contetido do Gespacho ; no easd de ser usada esta faculdade, 0 audi- tor resolvera a matéria das Teclamagoes no prazo de cinco dias "Art. 847.° A produgio da prova reger-se-é pelo dis- posto na lei de processo civil em tudo que nfo for eon- frério ao proceituado neste Codigo. $1." Nio 6 admissivel depotmento We parte. § 20° As testemunhas serio inguiridas pelo auditor ow juiz depreeado © os depoimentos serio sempre roduzidos ‘a escrito. * seogho ut Discussao ¢ julgamento Art. 848.° Conelnida a produgio da prova, sera o pro- cosso continualo com vista aos advogados do recor- rente e do recorrido, para alegarom por eserito. § tinico. O auditor fixara o prazo de vista a eada advn- gado entre deze trinta dias, conforme a complexidade do recurso. Art, 849.° Soguidamente o auditor proferira sentonca no prazo de vinte dias. Art, 850.° O rocorrente pode desistir om qualquer es- tado do recurso, sem embargo da faculdade quo assiste ‘20 Ministério Piblico do promover a prossecugio, até final, no exercicio da aegio publica. § nico. Para 0 efeito do disposto nesto artigo, o au- ditor, jnlzeda a desisténeia, dara vista do proceso a0 Ministério Pab CAPITULO 1 nogdes Art. 851.° Revestivio a forma de acgio as questbes submotidas ao julgamento dos auditores que versom a interpretagio, Validade ou execugio dos contratos admi- nistrativos 0 a efvctivacto da rosponsabilidade das autar- quias locais proveniento da no execugio dos contratos administrativos ou de facto dos respectivos corpos admi- nistrativos, seus funcionirios ou agentes. § tinico. Excoptusin-so xs quostios surgidas da im- pugaagdo do decisdes ou deliberacbes defiuitivas © exe- cutdrias sObre validade ou oxecugio dos contratos admi- nistrativos, que tomardo a forma do recurso contencioso. ‘Arty 853." As aegdes da compoténeia dos auditores seguirilo os tormos do procosso civil eomam. § 1° A discussio seré sempro eserita, aplicando-se- -Iho, bom como f produgio da prova, o disposto para proceso de recarso contencioso. § 2.° Nas aecdes sObro interpreta contratos administratives empregar-se-i sempre 0 pro e0880 suinitio, @ nas rostantes o proceso ordinirio, in- dopendentemente do valor da ca CAPITULO TIE Dos recursos das decisdes dos auditores Art, 853.° As decisdes dos auditores podem ser im- pugnadas por meio de recurso de apelacio, de agravo ou de queixa interposto para a secgio do contencioso administrative do Supremo Tribunal Administrative. § imico. As anditorias nio tam algada. ‘Art. 854° Nio admitem recurso os despachos do mero expodiento, nem os proferidos no uso legal de um poder discricionirio. " § nico. Nos despachos de mero expedionto compreen- dem-se 05 quo se destinam a regular, de harmonia com a lei, 08 termos do processo. Podem recorrer 03 que tiverem ficado ven- cidos. pela ‘decisto do auditor ou quo tiverem aproson tado 0 roquorimento por élo indeferido. ‘Art, 856.° O recurso abrangera toda a decisiio profe- rida, podendo o Supremo Tribunal Administrativo con cor, som restrigdes, da matéria de dircito para o efeito do avoriguar da legalidado do acto administrativo subme- ido a fiscalizagio contenciosa, sem embargo de o jul- gado em recurso ter sido parcislmente favoravel a0 ora Tecorrente. : 31 DE DEZEMBRO DE 1940 “Art. 857.% Compete recurso de apelagio nos casos em que 6 admitide em proceso civil. geste saat susjende sempre a execuctiv da lecisio apela “Art, 898.9 Compete rocurse de. agrary dus decisdes suseoptiveis do recurso de quo nio podo apelar-se. “Art, 859. Tem efeito suspensivo © sobem imediata- mento nos proprios autos os agravos interposto: ‘a) Do despacho que indeferir in limine a peticio inicial; 4) Do despacho de recebimento do recurso interposte para o auditor, quo tenba recusado a citagio do autor do acto recorrido; ‘¢) Do despacho saneador que puser térmo 20 processo; 4 Do despacho quo resolver a matéria das reelama- des formuladas contra o despacho saneadors 2) Do daspacho pelo qual o juiz so declare impedite ou indefira « impedimento oposto por alguna das partes; "f) Da. decisio proferida sobre confiito de jurisdicio ou competéneins ig) Do despache quo anule todo processo ou julgue incompetente v tribunal. “Art, 860." Os agravos no moncionados no art terior subora nos préprios autos, mas a final, para seromn conhecidlos com recurso de apelagio, © n&0 t8m efeite suspensivo. « rt, B61.° O recurso de agravo do despacho de rece- imento do recurso contencioso que tenha resolvido sus- pender ot no suspender o acto administrativo impu- Enado sera intorposte no prazo de quarenta © oito horas & sobe nos préprivs autos, imediatamente, mesmo em ferine, do produzinio efeito suspensive quanto x esta parte do dospacho, § nico. Bara o julgamento déste recurso no Supremo ‘Tribunal Administeative também niio hi ferias, CAPITULO IV Direito substdiério Art. 862.° Ein tudo 0 que nfo estiver especialmente provisto no presente titulo observar-se-d o disposto para ‘0 procosso civil. Ministérig do Interior, 31, de Dezembro de 1940.— © Ministro do Interior, Mario Paix de Sousa. TABELA A Ordenados e quadros Ordenados dos presidentes das cémaras municipais Lisboa 5.000800 Porto 4.500800 Coimbra we . 4.000300 Guttos eoucuitos urbanos do 1 ordom. | S| 1 8.000500 Conceibes rurais de L* ordem com sade em sede 46 ‘dsteieo Bea . * 2.500800 Outros conecibos rurais de 1* ordom 2.000500 Ordenados dos directores de servigos das cdmaras municipais De Lisboa 4.000800 De Porto: 3.500300 1717 Ondenados do pessoal maior dos servigos especiais tious manips Providos am partite com centro na see do onneelho ew DPapyion om prtite eqn eootto ictanteiais'ég “OO? "Bqutdmatee ie sel deconelhe ss "750900 Veteriisios monica: os conus de Lt orden. ss + Nes contin p32 efem 2 LLL L Daca ieee 88 32 Salem ELLIE LL spon Aferidors: vn Tin Lisboa o Parte ‘00 Batre sonal esto ‘Tom dieito & poreartagom lgal oe sevigos extern, Wongeata qua somadao ordenado fso nie cxoeda o¢ faites softnte Tin Lisboa e Porto, » «+ « 1.gongg0 Ruvcancchoa ta ts orden a LLL 2 Manoa Noy concther dy-beordom 2222 2! Dott ae NO Costin Go Se ondem 21S TILL sono Quadro geral do pessoal maior das secretarias dos gover- nnos civis ¢ administragdes dos hairros ¢ das secreta- rias e tesourarias das cémaras municipais ¢ juntas de provincia, e respectivos ordenados. clasco | Seerethriog dos governos oivis dos disteitos | 915 1 class | Sees ee dos disteitos to ri0g, + classe | Seeretssios dos 2. classe | Go 2. orden, Soerotdrios das governos eivis dos distritos | (0B orden; } a szovernos civis dos distrites 2.9508 Adiministradores dos bairros de Lisboa 1 entogoria 0 Pblico junto das + 09g ais dos concellios urbanos do 1 ordem; (Chetan de secretaria das juntas de provincia ‘coin sede Lisboa Pérto, } Ghofes de seorotaria das ctimaras manic ig dog concelbos rurais do 1* ordem; Primeiros offciais das secrctarias dos go- ‘vornor eivis de L* ordem: Seretivios das adininiste ‘de Lisboa ¢ Pirto;, Primeiros oficinis das sooretarias das of Taras manieipais alos conculhos arbanos ‘T* ordem; z citer se setarn das ents do pov | My eicegto dans Ebon Be; | chefes de seesotaria das edmaras munioi ies dos bairros| Ls classe ‘Teanielvos dat juntas de provfosin com sede em Lishoa © Pérto. a Seygudos ofcias das seerotarias do gov | os cis dos disrits do 1", 20 3 Bay Cleton de seortnria das efvaras wuniei paises soncalbos de 3s orem; spuds ois as weretarins ds cdma 2 alt dor coacslbos dol ender; ‘rapourires as ctinaras_inoneipals doe| ‘concellios de 1.* orden: : -Tieourltos a, juntse de provints, com ena dos 0 hon Bvt | segundo alias das accretion das juntas "is provineia com sede vm Lisboa e Porto. | ‘Torecizes ofsinis das seretarias dos “fsnoe civ dos diortes do 1 ©9.6r- ‘my Coefen do scoretaria das cimaras muaiei- ait dos conceis do 3+ anlar; -rapecitun ojos das screraias das, cd- ras munisipais dos eanccipoe de 1 ore "dos urbanoe de 2 order: -rosonrotos ax eamaras_mutielpais dos Gonceltos ae 95 ordems -rofonion ofeiats da soortarias das joo odo provincia, ! categoria 1.2008 3. classe ‘008 1718 I SERIE — NOMERO 303 Aspirant day senetatias dos gues ci : 1 seer citer tern ee is Aare as lini Stove meena «| Fring ‘Bese baits to Lisboa Ports f 1 Sonat de 2+ case ‘Tesourviros das vdmaras wunieipais dos Le 2 secretirie? actus | "eonclign de beundons 1 1008 | Angra do trisno « [ESR Acphfunta das tectearas das el Aiea neo seponde hea wicipais dos concelhos de 1.*, 2.* ¢ 3." or- 36 1 terceiro oficial. dane . 1 secretin; Aapitastes das seretarias das juatas do Aonatragdes dos bairros 4 Sapam, Toric i 1 Serials do 2 classe, 2 jeriturdsioe de 2.* classa das sooretarias 1 clefe de seoretaria; 5 Sateovernoy cies Gets 203° oto {femmes i Barefdtion do 2" cla-t'dns ino, 3 Ses for sits to inten Paros 1 Congas urbanos se J] asctase fe = claae a wecrnarias} cong { Costs 2 ieknosatea 3 tmunieipais dos eoneclhos de A aspirantes; ge eae ns 3 tabeirsbe de 2» cass; sertnrtios de 5 Sasso das seeretaran j |S eseritiraree do Bsa Sas juntas de provivla prari® fe 8 { Exerituirios do 8 claw as serotaving | I tesoureira: u Becton “aa mars mgnictnis da concohonto| 8508 | Concetios urtanon tn |} eee ieay Eee el BS elem 3 aapranton | sceteitvirin de 2+ case; @ Ghritardice do 8 sas Outros serventudriox nto especifieades 1 eliofe de secretaria Coens whan, ae [Sm © que for arbitrado polos eorpos administratives, segundo as 3 orden iH aspirantess rogras-nermais das oquiparaghor nio podando ultraparear 0 liento das chefee do secrotariay salva quando haja dalibseagao Sprovada polo Ministro do Tatorior 2 escrituririos de 22 elosse; 1 estriturdriy do 8: classer 5 {1 chefe de seretaria; Ordenados do pessoal menor B.] concetios rurais de 1+ | testo odeal: dos governos civis, administragdes dos bairros, Bp ordem sss. + |B aspirantess ‘maras moneiaise juntas do provinca [Ree a 2 dans a z Pro ws 3 cscrituririus de 3.* classe. Continues do 1+ clase do Govdeno Civil do Lisboa . . 580400 5 thee dg cometarin; Gantnuoy do 3 sass de vetaneagotergs avis” ° Sonaoo | Concalnos era do a+ |} emits. Oficiais do diliggncias das adm tragdes dos baieros —550s00 Continuos e oficiais de diligt 2 eseritursrigs de 2 classe; dos corpos adiuinis= r ous csse 1 eseriturdeio de B classe ‘rativos. 00300 Zeladore Litt 00500 (tlt de sorta Capatazas de obras | | | ae 150500 Concethos rurais do 3 | "esonreivo; Cafeercios == fiiiiiiiiien: 800800 riam ural as } Surana os tena 4 eserituriio de 8. classe.’ serventaétios alo espoifento nar nganeim aaa 1 chefe de secret 1 tesoureiro © que fr arbitrado pélos eorpos adninistrativos, segundo ag “ rogras normais das equiparades. 2 | De Lisboa ¢ Porto fee ae a Daspirantes; Quadro do pessoal maior das secretarias dos governs | 4 cnerituriros de 2+ clase, civis, e administragdes dos bairros ¢ das secretarias = 1 chete de seertaria; ¢ tesourarias das camaras municipais ¢ das juntas do 3\ yo stag 3 fesouretroj provinci eh *]1 aspirante: jeri 1 hatred Primoiros oScia i 12 Regundos ofeia 08 3 toxeciros oficiais 5 \ 5 aepirantess Dietettan da 5 creritararion do 2* clase ordem 1 sceretirios ' {i Bramaio oe seta, . )i Segue o! Porto. «19 teroeiros oficiais 1 43 Sslaeibs do 2+ clase Comitérion : 1 seoretiriog stigo 1. Imago em cote: 2 1 Segue Shea; Artigo 12 Inuwapi 3] pistritos do 2+ ontom | terasire ofial Caisto de madeira: 3 1 aspirantes oor eee nee : faapicaate ee 2 Pel raids natsrio pra yore exmasdo 3 | Na secrotaria do Govdrn0 Civil do distrito de Coimbra haver& nee & | Sis sogundoe ofciais. 4a) Sepulturas de 2 metros 30500 4 seraisiog 6) i par pic i030 . 1 Segundo of ) Sepulduras fe 1 motto 1 13600 4 vstrturdso de 2+ classe, 2) Seputturas parpttuas de quai 1 sooretirio; tha ab fez ae 1.000500 PEE aac 81 DE DEZEMBRO DE 1940 1719 Caixiio de chumbo: deximor Art. 8° Diversos = . 5) Em sepoltura perpétaa—por eada eaixdo de chumbo peta . : 16h prc east ccicy, 082 Oe er sn apagao de sopuleura revervada-—por cada periodo «) Acender a tanqueta sees 1 eee eee por cada nevione gosto &) Reenter focitos cada Pll t tango 8) Paratentes wwtcnailion para mise 20500 “Art. 2 faunagto om jasignsparticwares (a+ 2) Condugio de ears 1) Gom earioter de penpotuidado . - «+ 10300 «) Carros tiverdios eee ee 60 3} Com cardoter vemporarion = = 2s 6 7030 8) Garrats tupiomontance ~ ena 2 0800 Art. 8° fnnagdo om jariyos manivipaie: 8) Depssito de enistes: 1) Por poriode inferior a vinte anos e superior aquinze: 2) Na sapta oo dpiityrepneado pat eee eee aoe en ‘prio de vinte € quatro horas ou feae= in de outros pite 5 Proves 5 * sos00 8} fdem de outros piste = es 1.500400 1 Ne pile gran piinio'do vis So arereneneaeetrans ‘quatre hocacoufacgdon se ne 208 2) C ms ter pert a 6) Navtipdnito goal and motivado pr abrat «) Compartin-ntos do 1 © 2° pos ‘omjasigos partlatarea=por cuba eaisdo 3 Iam ures pisos ss 'ybe fortdio de quince dias ov facplo 20800 48) Ocspagdo pele pertodo de um ano: 4) Incineragio de cada corpo ou de grupo do ossadas 1) Gomnactientos do Lv 0B pisos 220900 asset) pee eet ee ee 500800 tem de outros pisos 3008 ae B 5) Sinais fanordrios om sepaltara: Art Ae Bouma Re Beas ces 2 30800 1) Por cada ossada, incluindo # sua Timpexa 50300 ieee ere caharet cern cereale oe jo omto a ; 6 Soldagem do casio fora dos cenitérios: Ark 52 Oonpario de omdrioe muvivipae : «) Dentro das horas de aspediente. . - sos00 4) Compartimentes de 1+ classe 1} Bora das horas de expetionte «= << 100500 1) Pole poriodo de win ano =. « 30300 See eres aia suns 3 sup 2 Tis orto meio. «a ree ‘ Hor 8 oqgq0 ) Trasladaghas—por cada caisao 750500 ) Con eardeter porpsive < | 1.20500 2) Compartimentos de 2. classe: Licengas PEON zeae am snc jaigh 2000 AN BY anon or poriote infeioe a vine ies © suposior ‘a uine ere 950500 1) Desoragts finehres na eapela ) Gor earetor perpérue ean300 9) Anmar tava da. capela 10400 1) Afar tarima propria = ion Art. 62 Tratamesto ds sepulturas 6} Armagao da capela: = ° arr) 41) Ajardinamnonta: 2) Tampa cop dobratiga os frhadaa, om cngart 5 ‘mt de jazigo ou osedrlo munieipal-—por cata A) Sepplturas som rovestiment ad ae 0500 48) Por cada perforto de seis meses... - ‘99500 3) Obras em Jazigos o sepulturas: 8) Boma mane se 1 a 4) Constructo on amplingto de jazizo 1B) Sepulturas com rovestimento = ) Por cada periodo de um ano... +++. 15300 @) Por cinco duos = = = 70500 2) Abatilamonto: : 4a) Por eada periodo de um ano 30800 8} Por cinco anos. 125500 8) Revestimeato com grade: '@) Por cada periode de um ano. +--+ -- 20500 Q} Por cinco anos. ees 90800 4) Revostimento com cimento—pelo porfodo do cinco ‘anos. 4 ee 200300 ‘Art 1 Concenato de lerrenos: 4) Para sopulturas perpétuas 1500500 2) Para construgio de jazigos: ‘0: prhinciros 3 metros quadrados ov fracgio. . 600600 cee inetre quadeado -" pon 400600 Os metro quadrado : : 22 tangoo Obemetro quadrats | 2.2. 1) gangoo Otemotre quadeado 2222002 1.000800 Cada inetro Yuadrado a mais 1300500 {oy Inettade eal caren aria para cncomendasoy foxemecnes Taree iograts om jnigos pert 1) Revestimento de sepultara emt eantaria + @ Cravagho de epitstio + "S000 @) Limpera, e beneficiagde— por eada poviodo ap quinze dias. = ees 20600 4) Procrogasio dle prazo para exceutar obras determi= hnadat pela cdmara~por cada perfodo. de tres este eee sn Fa 25800 6) Velar durante & noite corpos depositados na ca eer re te ere a coo Obsereagdes: 19 & taxa nfo & dovida quando se trate de en~ torramentos, em tallies privativos des counbatentes da Grande Guorra, invalides do traatho, ete. Be'Xe sepulturas, devidamente nameradas, toro as seguintes dimensdee (comprintento, largura e profundidade). Be> Ronovagiio de liconga do antncios uminosos: com a via pfibliea—por metro quadrado por ano 4) Nie confinanies com a via piblica—por me” tro quadrado por ano’. ) Minimo de taxa a Cobrar. | | Antincios laminosos com projacgto do imagens: A) Tnstalagio— por metzo quadcade ou fracsiio Oporane weve eee 9) Renovagio- por metzo quatrado on fracgio eper ano ns = Art. 2° Bandeivas de reclame: 4) Anunciando assuntos comersisis—por eada uma e 4) Astmeiande teed —por eada 6 for wats |. . + | Art. Placas pruibindo aftzar eartazes: Por eadaunia © por ano ss... eee Art L* Beclamos divertor: 1) AMixagio de andncios (Exclusive de) no exterior dos oy adaeg esontaveeyn ne calocados om eaisithos enpectats de madcirs on eek Csnbais dav price contnantesepm a wis pation {tzslsivo oy por concurs publics Pe 2) Betsdo da chic tasa wale imprdion ond edetam os ansbrleroyetan races tas ouivtlesios a verenes~ sé daspaloess, roreal@palivi'a mig © 20 Lt oot! 8) Uapouigdo de Tameaday, ou quaisuer’ objcaos, hot “hastelos wn freste aos eotabeloshmeutae ow fora miniatura por me oe: 6) spose le fornia revise easondas Yor dasa” lagu vara abjotasdopendurados igo fxcetono i cgntimotres do sales ttre Tinea ou trac, tara anual 1) Rens sna a ia ply ai po 8) Anureiios te ro, aitoflanieso outros aparclbos ore fond’ cnssen paras vin pbisa anual e poreada wn 9) Reclaaios (Exibighe dy) na via publ Por dex dias. Por eento © oite Por ano. Homens-reclamo com aniineio—eada. .. 40) Reclamos (dstibuteto de impressos)— taxa diécia 1) Reglanios ou dizeres (oo passcio da via publica, em frente do estabalecimento. do requerente)—tada amotre lincar ou fracrfo, taxa aials = 12) Reclamos ‘am etifelos, muro, paredes,palicadas, ies albsiw A coupapo to cabeltimenta Te: Até Lmetro—taxa anual. . - De mais dot metro a 6 inctros De mais de 6 metros —-taxa anual 18) Tabulotny plans, cscudos, cantonsiras, pain © ‘semelhaintes— por eada tnetro linear ou ira 0 sentido da maior dimenaio, taxa anual '1 » 14) Globes, cubes, prismas e semelhantes por cada taxa anual 10500 15300 — 500300 12850 1390 100500 50800 1.000300 300800 10500 50500 80500 50000 30500 80300 31 DE DEZEMBRO DB 1940 1721 18) Yin motradors quads clos m lugares Ar 6+ Pius amuneadoras eretamon arate ‘soteclando com vie publica ate 10 centingtioe sia pice epotuis—por cals © por Ae ealioneia™-por cada oporheto linear ou fac: Caen enen 000 sey uate nde ih male inet, avo ual — $0400 Art. 1+ Gamal’ ou ga cone eon ¢ fe 5) Lifenjes'e'antncios nfo esposiicaden'. ss 30800 tc nano sw0s00 Art. 5 Alpendres: ; Art. 8* Maton cadifus« popinon pais ~ 5 ANG moto de avany por cada metro quad eava'mtro qarad « por 205 0300 4) AtéA metro de avango—por cada mse quaraio © Art 9 Posis‘e mareol ammetatores no lunine> por ane : vee’ ansn ea et peee oe lense metaint 50500 2) Got mais 40d tre de avango : os00 Quando sejam anuneladores dc matede um protutg on fismayo dobro da tara estar Art, 6 Sanefas coocadas na frente ox lalerais dos Eotesida. ‘ipendres Art 10# Molar enscon—por eda mato quadrado Por cada una e porano 10400 por ano, 18400 » eee 7 ae Art 1L* Dubus sublerrdncos para conduedo de qual r ‘hor lipuido por cada metooyar aso 2400 AML Ts Toldov: Are 1a cba fits tase antl © PO og Tastalagioso Ieanga do 1 ano: ‘se abe Pe pitt “taxa anspor ests RO8tD 4) Até 2 metros—por eada metro ou froogio 4000 «ALL 127 Dost indetnvon-— tars oneal ope ore 8) Derwais de wotros ats metros ou fracyao $3800, capo oe ey msc eentes } Do mais dod mottos ate Ormstros ou traepio 30800 a: Borns eaant (para condn aes), a) De mais de 6 metros ou fracgio 25300 ‘cabaces (para venda de castankas), bar~ Faous (etna de iets), bancades, bal- Referinas: aes, drvores, tabuletas, stands, tabuleiros, ¢) Por cada metro ou fracgies © por ano. . » 20800 propagandistas, balangas (para pesar ae a pessoas), manjericos, bringuedos, peru, 46400 Art, 8* Anéneion poridtee pintadés em madeira, Moree te por cas © por ms ‘ala ou outro watrtal~—eaia e'por an 300800 Observapien.—1.* Os letreiros, quando eseritos em estrangeito, pagam a dibro das taxas fisadas. 2 ‘Be As tazas slo dovidas sompro quo os anincios so divisem da via pibliea, ontondendo-so para tsto efeito como via publica o camaiohos de ferro, ruas, pragas, avenidas por onde trausitem ix vremente pedes, automndvels ou outros veiculos. vu capagto de via pibtion Axtigo 1° Bombas abestecedovas de gusolina, eo, ar ¢ égua 1 —lnstalagio na via piblica, por arrematapio: ‘Taxa base anual. soe ss + 1500400 Nt 2— Som arronatagto: "Taxa anva 1.800500 7 B—Instalagdes em paseais junto ae yarayer com oF Gopésitos no nubeoloe 4) Bombas de gatotina ou sloo—tara anual 1.500500 5} Bombas do Sr'ou digoa taxa ancal - - 750400 Ns 4—Com dopésito no subsolo da geraye 42) Bombas do gasolina ox 6le0—taxaanual. . 1.000500 3) Bombas de Ar ou Agua taxa anval. =» 5 200500 Ne 5—Autorizagio para traspasse do instalago de qualquer hatucexa: ‘Taxa igual & lignidada anualmente. Otecrvagien.—L As vombas refuridas no ne 5 do artigo 1 podem também sor dadas do arromatagio, com preforonala ein talquer caro dos donos 48s garage. MBH As dovne d do mesmo artigo s6 podem ser Ticenciadas em rome dos proprictrioy das garages. 3. O waapasse das Lomas depende sompre de autorizapo mi nicipal sts NEE arte grualeptna 20500 ‘Atk B> rouge de tacarion e velar por mehr 6 por anon eo 20500 ‘Art 4 Fetas: 4) Coustrustes provisirias ua via publiea por motivo ) congestion outrasealcrageee por cada mo ro quadrado on frangdo.e por ms es) 0) Masia desea, or out sas poreada epormie ne ee ee 2500 Art 52 Flor telagrifcos on telefOniooe— yor metro Spor ange vemneg perme 3400 vi Art, 15 Diversoe 4) Cartas « inserigio de eondutores de veieutos: Carroctio. we ee ee Gocheiro aroador 222. t eee Gocheiro profisionsl = | Gnarda-Foio oformoa do cartas Reformnas da eartas de eoheito ainitor- Moro de fretes 8) Triasito de animals 0 veieuls (a): Auinmais do carga ou sola (cada) —tasa anual Bicielos ou treklos—taxa anual Veieulos do daas rodas: Ue animal—taxa avual Dots animals — taxa anual Mais de doe aniuala-—tasa anual © 30000 Veteutos de quatro rod ‘Um animnat— taxa anual... - = 90800 Dols antninis—taxa saul 2385800 Mais de dois anitiais—taxa aousl 180500 2) Outros veieulos Garros de mo (una roda)—taxa anual. 30300 Garros So {uae owrateolas)—taxasnial $0500 Gnrretas funersrlas— taxa aneal 5000 Veieulo atrelado a outro taxa nasi 100500 Zorras do trabalho (taxa quinzenal) ‘raclonads por una ou ds parethas So aiciais ss fe ‘20800 or eada parciba a ins alées da dus’ 3400 ‘aceuradan por tm yscaloavtmovel, © $0400 Por cada v nee 0300 ar cata nol 100300 Vistorias a earrogan 25500 Nola, —Quando destinados a sorvigos do lavoure, as taxas sto redusidas a 80 por conto. x Aferlgio de pesos ¢ medidas ‘As fizadas ua logislaglo vigente. ‘Taxa de aferigdo de taximotros—eada ... . . . . 25800 em loxtraorindria por cada ano ald da princi — ‘eusto de cada ano 12350 wa so eonclie eae eabro pars rae epee de thal 1722 Obsereayies.—1.4 A contorigio ste melidas e aparclbos de me- dir fea + joita nto de matade dae taxa 2* Waailo-as atvrigdus ow conferigbes se fizerem fora das ofel- nas a fotalidado slag taxas 6 clevada a 10D por eeuto. 3+ \'sferigxo uormal de taximatros, conta-quilsimetros o outros aparetins de modie ea veriGeayso do son mocanismo efectuar-se-40 anualinonte, na épgea dos afllamentos, nas vlleinas manicipais © cearreiras a dave fim lostinal 4 igdo we taximetros © a roaferi¢do daqueles que iquor sircunstAncia touham de ser subuietilas a nova ateriga, fora la epoca norina, ae-se-Ro ain qualquer ocusido, seado vallag pong ate aqueln spoca. ‘902-8 obrigatéria @ aforigao anual dos taximetros, Subsitio de marcha: 0s subsidios de marcha a abonar aos aforidores que por motive do serviga tiverein do doslosar-se das ofeinas a uma distducia sux perior 23 quildiactros serdo os seguintes Pereurso a pé: qutlalace Cada aferidor eee . 1870 ‘Transports em auto-diligoncia: Cada aferidor ) ‘Transporto do automével: Cada aferidor. se Bed 1se0 Rateio: 0 custo do transporte sera rateado pelos astabelocimentos que forem afwriios na musina Arma e no tndsino diay podundo, em viso de difiealdate no rateio, estalclocer-sv por delibcragao municipal lina cota lisa por cada estabelecimento, tomando-se por base para (0 suit ealeulo os vncaryos uormais do ttansporte. x Matadoure ‘Taxas Antigo 1+ Uuitizugio de mauatouras, matanga, preparagio de reves e dintribulyio de earner. As taxas fsadas por portaria dos Ministros da Eeonomia e do Ia terior. Art. 2° Industriatizapio’ doe despojee ¢ aa armasenagen até des semua @) Salga do poles: ovioas—por cata nia - 4400 Bovinas adolescentes—por cata saa 1300 Ovinas ecaprinae~poreada uaa > 2) “330 Equileasporeala'unas sess SL LL 3550 2) Peepacagies: Secazem © pulverizagio de sangve— quilo- ras ° i, 350 pistedesehe 2 Lill js sebayom ¢ seeayoin de trpas— por inigo de ibe . ae ea . 1620 Art. 9 Armacenogem e conservagdo de prodaton Pela armazenayen conservagio dos produtes industrializades ‘além do primeira porfodo de tex semanas e por periodes do quar fro seinanas ow frag: Ls periodo . 2° perioue . Be poriodo | 4° porlode A partir do inicio da 27+ ustralizades considera smana do dopdsito 08 produtosin- ‘abandonados favor 0 municipio, Art. 4° Tratamento de gado em descanso : De roses bovinay adultas aléin de vinte 6 ogi deas— por eula dia.» : 2850 Do russ ovina adoescetas © stnas — pur a caladiae sees 1450 De reses ovinaa ¢ capriaas—por cadadia 380) I SERIE — NOMERO 303 Art. 5° Servigo de admiesta de gale fora das horas ‘do horério normal: Minis De roses bovinas adultas o equideas — por cada une» oer ae 8850. De roses ovinas adolescentes ¢ suinas— por eadaumas ss wees 3850 De roses ovina’ 6 caprinas—por cada ama! 50 Art. 6» Prestagiio de servios téenie 4a) Servigo de reinspoeso: De reses bovinas adul ‘una eee oar 50300 De roses Vovinas adoleteentes 6 wiisas— por fata ume ae mT soso De tess oviias ¢ capeiaai—por eada ima’ | 10500 2) Vistorias a vefevles de tsansporte de earnes Pecceinreieae ee er ones 20300 Art. 19 Diversoes ‘Admissio do fornecodores on outros. nego- ‘clantes ores om ates NE 50500 Por eala pedido de batxa Petit S3s00 Por eada eertieado Be inatiizagao ou de sa eer ene x0g00 Art, 8° Sebvelase para a construgio do novo max tadvuro de Lisboa (eo aplicavel em Lis- boa Por eae quilograma do carne abatida. -. 620 Olersuties.— 1° A eabranga das taxas de armarenagem do coiros v do poles © produtos industialivados & feta quando. os Scui prepriefiios procedam aos respectivos leventamntos 2 As rows recusadas para consume podem sor selanpescionadas raiiante 0 depdnit refer na alinea a) do artigo 6 . Nolen de um coideraas iproprias pas ensumo o dpc sito convertovsoem receta manisipal sob a desgnngho. Tusa por feinapori de yudors e080 conteanfoaord 9 duponito reetituldo 08 ‘ieraneadon 304 iginonenabolecos nos antizos 2 tulo poilem ser alteradon por proposta das & nile do Mindstro do Tutetio. 3204. diste eapi- waras munieipais © x Obras seegio 1 Inscrigio ¢ respensabilidade de constratares Pela inserigho dos eonstrutores: simon 4a) Para assinar projectos . Bi 23800 5} ara assinar prejeotos& dis obs 200800 Registo do termo de responsabilidade téenfea de obras Delos coustratores-inseritos 4) Em eada licenga de quinze diss . 10300 5} Em eada Leenga de ita dias 15300 «) fin cada leona de noventa, diag 20600 Eni cada liceuga de conto e-oitenta dia 0500 6) En cata lieenga de doze meses - 20800 Aliquidar conjuntamente” com o8 presos tari: ios das lieengas. secgho 1 Licengas — Tarifa geral Para execugto de qualquer obra: a a) Licenga por quinze dias. = +... 15800 4) Licenga por trinta dias: 22... 25300 «) Licenga por noventa dias © 2°. | 85500 Livenga por conto'e oitonta dias: | | 150500 oj Lene por dee mene 20 Por cada periodo de trinta dias ou fracgio além Prete osoleenen 2 nt? Gas on tase ¢ 25800 Tarifas de superficie Licenga para obras de construeto nova, modifeaso ou ampliae edo do edifefs, ald da tata geral 4) Até 100 metros, quadrades de superticie—por “**™** Atnetre quadeahg ns et, 2 spertiefe— por 509 81 DE DEZEMBRO DE 1940 1728 2) De mais se 100 metros quatrados a 500 metros ‘quadeados do. superficie —a taxa. anterior feroeida por caa 10 metros quadradgs de 605 4) De mais do #00 metros quartrados até 1:000 we- ‘ros quadrados do superticio —a taxa corrus pondente a 600 metros quadratos aereseida or cada £0 motrov qualraios da 205, 4) De taaie do ros qualraos fislo—por eala metre qualeado: =. ss > 4850 Tarifas expociais Aldo das tarifes anteriores: 1) Pata construe de janeas do sac, al les ou varandas corridas. que se projec- tom sobre a via poblieas we 6) Até 0% 30 de balaugo—por metro linear... 6500 1) Dormais ds‘0% 50 se balango por motro linear 10800 ) Ate 0,30 de Latango — pur anlar e por metro liscdt sey Press eee 30500 1) Pela construgho do. marpuises on corpos ‘alientos projectando-se sobre a via’ pic Utica? PS * 4) Ats 0°50 do balango — por aular & por metro acai eo eat rene 100° , mala do 0° 50 de batango— por ana © por ‘mutro linea» Sete snes eee 14500 It) Pela constragis de alpondres 2) At6 1 metro da balango— por metro linear 15500 3} om 'mais dat iota doe baiaugo por metro Tingat sewn e een tees ese 20600 1V) Pela construgio do terragos no prolongs ‘mente dos Pavimentos do eélieies oa Servindo-lhe do coburtara utiizive), como logradouro, esplauado, ete! 44) At5 100 mmetros quadrados de supectisie— por rmitro quavtead 550 2) Demmais de 100 matros quariraslos até 800 eteos ‘quadrados slo supetficio—~a taxa anterior Berowiila por cada 10 otros qualador de 02 2) De twais de B00 metros quadrados de superti- cio—por metroqualralo sss sss 1500 V) Pela construgio. de margs e grades de vs= dagao defaitivos counantes com a via piblieas Por metro linear oo. ee vee eee 5800 VI) Pela consteuetio do vedacdes do madeira (nto ‘compreendende tapuines para vr wetagies de etter ‘ber provisstio, do sistuma ligeiro, cout nator com a via publica: Por metro linear... eee eee - 3850 VI1) Pelos terrenos anexos, logradouros ejar~ dine, contivantes ou ngo com a vis pic bliea: 4) Ath 100 mneteos quavteadoa le superfioie ‘0500 4) Demais de 100 metcos quatralos Ne superti ‘taxa anterior acreseida, por cada 100 na feos quadrados ot fracgha, des ss = 25100 Villy Pela contrgi de tlheoy, caposiras ‘econgéneres em logradoures,quiatais ou Jardine: . 4) Até 50 metros quulrados de superficie —por me- toquutatess sent e st 880 2) De'inats de 50 metros quadrados do supert oF metro quadrasto pedewes 7) IS) Pola modifeagio das fachadas prinei- ‘ais dos euifcios: @) Abertura, amplispio on fechamento de vos do porta ou jauela-—por cada vio.» . +.» 1000 2) Ratorma vi alteragdo da fachada—por metro ‘quadrado de supertioie de fachala alterada 3500 Obsero gder— 1.9 Para ebculo da tarifa de superficie a cabrar pela ‘concessio de lieenga para obras procoler-se-A do seguinte Biodk ‘a)Trataudo-so da eonstrugio de edifisos para babitag%o, eada pavimento em que se dividir o edificio projestado ou cada’pavj- ‘ment arescnta a elif exatnte srk medio separadamente or fogo ou habitagio, incloindo a ospessura das paredes wa parte Jae lhe corrospondor” no respectivo pavitionto, da entrada ou ei dada le, sesso do ecifiei,sewlo. a taxa ‘8 quo corres- poner b superiete de eada om dos fozos oy babitagbs em queso Uividis 0 edlfef, wadiia como aca fut indicados 0 inposto total 4 cobrar serd-a sown dos produtos fas tasas obtidas peas Areas {ue ihe correspouderesn; Mistinado 9 vivenda propria, tendo portanto sun af fogo, wedir-sosa wuportiei lo todas os pavlinento, sonido i taxa a aplicar a que correrprndr &soina das supertcies ses Pavimencos. © imposto tial ers 0 produto dessa taxa pela rea Boat ‘) Pralando-se de edifciosdestinados a estabelacimentos comes cials ou industrials somar-se-2o as eas lo fodos 08 pavimentos, 0 os houver, aplicando A dvea total'a taxa que Ihe carresponder, 4) Na ampliggdo de saperticio de pavitnentos do qualquer edi= ficio, paren doterminagao da taxa a aplicar medir-se-A a super fick’ do todo 0 pavimento, incluindo a parte acreseentata, mas 0 {mposto eobrar terd ealeulado contanio. sbmente com a cuper- Hole a atresia. O fnponto total sors soma do resultades ‘btidos para eada um dos pavimentos ampliados em que o edi- fieso ee divi. aoa. roa 22 ‘taxa da mupertiie, tatando-te de angart, barracos | chados ou abertos © alpendres de conetrugio ligeea,serd reduaida 2 notade 35 Quando ae trate de pridios idénticos de cardoter esonsmico, ‘até-doie pavimentor, ronsdos no mesmo projeto e exja constru~ {Ho deja duita simultincaments, pasar-so-t: 7 2) Uma licenga para cata préai, ineluindo todas as taxas a Glo aplicdveis, ones as do prazo e responsabitidades b) Uma Hieenga geral para cada geupo de dois'a quatro prédios, em qué sordo mencionadas todas. as Houncas referidas no nimero Snterior 8 eontondo. apenas a8 taxas rclativas ao prazo para & Ganstrupio do bloco e'4 rosponsabilidade. : iA eos geal gu sortie linen 5) les que poder ser provrogada em'enso de necersidade © nas condivbes "25 As licongas para alteragdos ao projecto aprovado, quando seflm attorisiels, orto concelas a oondigius Je que tratam sv aligeas.a) 9} ‘4 So as vacandas existonts na fachada do fronts pagam taxa 1 soparade da taza do supertiie- As varandas ou trragos junto SO algido. posterior cdo iscluldos na modigio da superficie dos Pavinentos'a que dizem resp ‘bs As licengas para abrar eadycam: . 2) Quando Ss obras estiverom intarvompidas por mais de quinze ine; #} Quando as obras continnaram depois de Sndo 0 prazo nelas indieado por tis dot Cinco dias para as Ticengas de quinze dias; ‘Des dias para as Hcnngas de tia dias; . Quioce dias para as ligengas do uoventa dias ou sais. 6+ Quando uma obra tonba sido ou estaja sendo exeeutads sem vga an taxas a apliear as Lcaneas a conceder para a sua leza- Tizagdesotrordo unt aumento de duas vezos € mela o valor das tah normals. “is Tela prorrogapio do prizo de qualquer lieenea apenas serd cobada tai eral rogicto do tirmo de responsabilidad, quando C'houver. A prorrogagdo x) podera sor coneedda quando podida fates do termtinar & leenga, comprocndida a tolerancia xada na ervagao 8 : fr O'prazo das icengas no eaduca no fm do ano, was sim no Aitiin dla do que for Sxado'no acto da sa concessto, seegio mt Licengas para tapames, andaimes, amassadouros nese Pars realdeiras do asfato Pela ocupagio da via piblica ou resguardes, tapumes, an ‘eessbrios © materia Wer Pte um Semen oa gy o nea ee 1) Non pints saee— pct alr Nes ra his eg erese ere ee es aegis ee tema ag I SERIE — NUMERO 303 1724 29 Andaines ios ©) Andsimes a parte defendida por tapames (sento fe taxa 2) Andaitno® aa parte nfo defendida por tapumes, d= Tan o patos dove eses—por cada ms 0 fracyde, yor andar ou pavimento & que OOFrespon dame por metolinear sn = + = 1300 «) Pela provfogacdo dasto preso 4) Nos priméiros sais mest — por eada andar mi cada metro Uneat." 2300 Nod meses seguintes auunenta por més e por eee eee 0 Notas, —1.+ As cabecsiras dos tapumes também ontram na me- digg Be Amassadouros e depésitos de entulhos Ooupando a via piblica fora dos tapumos, para obras | + por metro quadrado ocupado aha 5500 Nota. —Batos annssadosros o dopésitor do entlbo so podem tor mais de ? metros quadradon, 4 Depéiton de materia: Cenpands a via piblica fora dos tepumes—por metro Gndrade ocupado e por més = SS 5300 1+ Caldeiras detinadas a derieraxfalto © cuits Prodan: Na via piblica, fora dos tapumes das obras —por cada ‘one Oper 1) Quinze dias 15200 Bets dn : 30500 ¢} Gada poriodo d'qiises dink am ds 35200 Tubes para descarga de entulhoe: Para fora dos tapumes—por eada o por: 3) Quins dias 3} Trinta dias. A ¢) Cada periodo de quinze dias aléin dos triata Lots. — As lisongas a que ve rotere esta ssegdo x6 podem ser ccitodidas on face dn lichga pars obras tn amen talerda Sine praso. quo fot extabeloldn para arts uo ne 5 das obaer= Savtes da seeglo sxogio wv : ‘Taxas de vistorias As vistoria, roquoridas do harmouia coma logislagio geral ‘ou camaravi, 8 sorfoordenadas dope de pagas 40 soguin~ to tare: 1) Vistoias para obtengo de lcengan para lhabitagie. de peédios © de osupegao das onus lojast = ; 4) Visloria—Baifeagfo com um 86 fogo = ss + 150500 8} Poreata fgoamiis snes nes so 2 Most 1) Por cada ovspapio {lojas, garages, oto)! 2.12 10800 1) Vistorias para obteneTo de ieoncas para ) iscapagde do edlicages totleoats deatinadas a babitagdo tramitéria on ‘2 qaaisquer fas enmerafla e indue- tities 4) Raion com ut pavinento, «s+ 290 5} or-cada pavimonto a maisaigmde wm 2 | S12 25600 III) Vistorias para permaissdo de telbeicos ¢ ute bes fm ages 380500 IV) Vitoria pars prorrogapto de prazo de Pintara® de prédios, moras, quionques, fois eette tenes 25600 YV) Vistoriag do eopecicadas, como a8 302 essirian aos prédion rh ralna-ara- fiagees ete 150700 Otservagdes.—1.* Tratando-se do um bloco do virios prédios idéntioos de earketer veondmicn, retuidos no mesmo prejecto, por cada grapo do dois o quatro prédios a taxa a cobrar pola vistoria, €e habitagto serh oqaivalente a de nm a6 prédio eom o nimero de fogos igual a0 que coustar do project, 2* Para os elvitos da obscevagio anterior, a vistoria de habi~ taste tord do ser roqucticla vim eonjuato, para todos os préion de const projete,passauo-s, para edn pri, in Teng 3" Sobre ns taxas de. vistoria para tum adicional de 803, para ofultoe du § creto n° 143873, de 3 2 Outubro de TUT. itarso sord cobrado do artigo 4." de de sxogio v ‘Taras de licengas para habitagio ou para oeupagdo eGo edificapdes novar Pela Ticenga para habitagio ou para ocupao do edifieagies 1) Livengas para habitagtio: 0) Bienes a 80 metros guards do sper ar Habitagao (ogo) Tonnes *— x0s00 +) Pol'tala 30 aos! ghadrados dc sapariie' mas ‘slim dos primo e por habstagao 1800 Ml) Licensas para ooupasto: 4) Badiengion que to destinam a comércio ou indistria ad 8) metros quadeados de spericiepor avit meee eee eet ees asd) Por cada 26 moiroa quadrados a mais alm ds p vaciros © por pavimento are 10300 1 BaiicagSesUostinadas a exposigbes pormanentes, ga ‘rages ¢-semelhantesy ate 30 metios quadrados do Sopertiie © por pavimento ss» 20800 Por dads 30 metros’ quadradoe Je supertile a mais 'além dot primoiros'e por paviménto. <= <-> 16600 6) Béifcapies destinadas a qualquer outro fm — até 50 taetts quadrados de suport 5 10300 Por eada BO ation quadrados 8 sais alin dos p Beier 1350 ‘nares e por poviaiato Neta.—O minim desta taza do tiauca srk d6 255, o stbre a tage tail sek eradn'wnafiional e358, gun fares a PE aide Se deur uc 10015, do 842 Outre So tt, Senstitats Neate do Buia. seegio vr ‘Toxas de prorrogagao de licenga para limpeza de prédios Pola liconga de conoossio do isengo tempordvia das obras do Titpera ¢ conservagie dos proisos: 4) Pros de um ou dois pavimentos—porcadafecbada 1300 5} Préioe de trée ou quatro pavimentos —por cada fa- rates, rere a ee 6) Pridios do ciued ou seis 'pavimentos —por cada fa: chada. . . eee ie wae 7600 4) Pridioe do ‘ais de ‘cis pavimontos — por cada fa: u chada ayieae i + 8500 ) Muros 0 outcas vedage Stic a via pibiica ou data ‘istoe por leet finear ss = a0 {f) Barracar— por ead uma Dil 350 4) Barracbes, tales c similares — por cada win aco 1h Pavilhdes, quionques e sastalngiox semsthantes, ol Caudossdbre a tia piblisa — por eada vim 20500 2 Bscadaa outras serventias comune 10500 snegio vt ‘Taxas do liconga para prorrogagio de obras ‘intimadas pola camara Pela liconga de prorrogagiio de prazo para in‘eio de obras in= ‘tmadas pola cdimara municipal a 4) Prorrogagio até tets meses. ss «5, 25800 8) Idem ats seis mesos. = = PES DD IIT s0s00 @) Idem até por ano... oe 100300, seogKo vutr Taxas diversas Polo averbaisenta e registo, nos documentos respeitautes a win Brédio, do move do sau novo propritdrio, om caso do tras ‘Taxa de averbamento e registo . ‘30800 31 DE DEZEMBRO DE 1910 1723 xi essatads Gulénria do coupasio do lojsy semaxins e depisitos Mereados municipals abastecedores « retathistas Derivatives, barracas,terrenus oeupados por baveacas “ Datticulare, bancas'emesave trade —-o pagamento Ocapagio de ojas-—eada inetro quadrads ou fracgio, ee ee cereerenians a eI » “ea moveal le ; 0300 epneho de ariaitne’ !dapixitos‘prvatvas cada ‘nett qualrao ou faegho" asa indus 35600 ‘ocapapie do baraeas(propriadade do mnie ea 10 motos qusrados’— taxa mensal 5300 De nis de it) 3B) inotosquadrados —tsxa wmonal oes ns mens tua 4300 Devas do 20 motos quadrados—tsea cit. ©8400 “Terroos geupados por barrcasparticulares— ada mo- ‘ro quadrat, taxa mencal “oe 8200 catgut re Com laces Sac ~ tas ‘manual por sala matre quadsade ou farelo ou por tata mateo linear We frente ou fracydo im mereaos Solerton oy urrandoe nn ss nog Cocupapio dares de tarraio~-por cada netiogiadesdo on feacedo ow por‘eala nckeo Muear do Cette 02 iracgdo oi orados cobortos ou arasios. 4300 aranedphaatranyormatc goats mnisl $80 Batracas do peter piv metre quatrade, tara mesecl £39 Barracas do xportadores de pelao— por metro ua rade, tira noanal rs = Pe 0300 1 laste — taxa mensal 5400 Si laste —taca mensal © © 2 Sogo > clanee — tana meal © 200 Nos moreados coberts ou arruados estas taxasmensais odo sor aubsttuldas por tas ddeise do acupas fio, por cxda metro lindar de ento.oufeacelo'da 3500 ira do ginuros © preston para lls, srnsebis¢ opbiitm privativos bu ndoybarearas-bokces¢ ses o tatralo por volume até 3B qutlogcamss () 1400 don dom —do mats de 8 quitcerarse vo) 1300 Tdum’—por cada carro ou anspore cos’ proluos ¢ mes a anal en : 15000 dspace loan st inti’ do valunsnestraies, uit d8 capacldade e das coudigbs de vtlzapes Fegultmentaor das fojas~cada cto quadrate'ou isto are ome” See ee eS sos00 cupapie do annassns’e dapisitas privates wm Talto de volumes entrados dentro eapasidade das eautigien de wtiinag regulamentates do arte” fin ou dapinito ena’ metre quatraty 00 trace teu mondo S . +H 5300 eapapto didn da tread, ain limit devalues n° Gos dene spac das comand oe izansd Togulsnentaree cats toi qunado. fracko oa Cada mete linear de lronte of facgio out tmereadoscobertn ou armuaion «eons @) 30500 Bapens'e mesa, sm ite do elames entradas dentro ‘ta capacdado'o dan ontigdcs do wlbaagie egulae mmenres: 4. clawse— tara measal 100500 2 caste — tara mencal 3300 * lance tae mensal 500 Nos moreados eabertos ou arruados oats tas ‘mananls pedo ser subtitaldas gor mata aidria i ocupagho, por cada metro linea de froma ou racy de © s2s00 Aceeadagio de volumes, inluind taas, om armazéas © dapiitos comune Jos mereades Por dine volume... 2.2.2.0 20 Por somana'e volume! © 2 spo Borie dunes. | f 52 a0g00 Manutonpfo de volomes nos lagares d trad, baneas mana incaindo lara dos hora etek dos ‘nereadie até du sua abertara por diac por cada volume ee 1300 {Uso particular da alangas — cada ve 330 Uo do setiaascopeiais--cada ver. 17 = Esvagon ou proparots do pasompor woe: <1 580 carga v descarga de produtos (comsarios de vend andativin veadoloras poe grosn © iaterucdl: Tian rogontes o mogos pastcares) Pordia... 2.2... 1500 Porm 222 DDI22 00 xur Aproreitamento do domfaio pablico na admialstracto do municipio o dos bens do logradouro comum do concelko Apascentapo do gado © oeapagio de terrenots 8G} Eatigeralipos eesy—ioea anual <<. 2S. 00 eae dees an sins 9 prove al 3 Caprino (por eabopa) — taxa anual (2) Not mreaonshastcadors os tase miximas TABELA C Servicos de incéndios Minto. ‘Tels-os-Montes ¢ Alto Douro Baixo, Dour. Boira’ Alea, iL Beira Literal. Zoua norte—Provincias . Beira Baisa, Zona sul—Drovineias . - . + Algarve. ‘Ministério do Interior, 31, de Dezembro de 1940. — O Ministry do Interior, Mério Pais de Sousa. iNDICE PARTE 1 Da organizagio administrativa Jo 1 —Da divitio do tersitcio ‘Nilo Do coat ee sual aplinlo "Y= Dos: drgios da ‘administrayta savneipa Capitale 11 — Do eooselho municipal ‘Secpo 1 — Composigdo. Seegdo 1 Competinoia Bilt Soopdo Il — Constieutedo, sossdea,roanides e dcli- Doragiee vn ee ness Capitulo UI—Da edmara municipal Secsiio T—Composigia 2d Atctatgbs © conpetncta <7 SS: rego T~ Disposigoas gorais » | eet Coneolhos urhanos |< Sub-soogdo TI —Concelbos rurais «<<< ° Seosio Ti — Constituiglo, reliniies e deliberagies Capitulo TV — Do presidente da cdmaras se. Capitulo _V— Dog concelhios de Lisboa o Barto Seopio 1—Cimara municipal . ‘Sub-soeodo I Composigae o ele Sab-seopio I — Atribuigdes, compeidn nies ¢ dliberagies. Seegio II —Prosidonto da etmara e servigos rau. igipats as Soopie II — Adin istragies di capita 01 Das Seon mings Beoplo if Comiasdo municipal de higicas SeopSo ILI—Comissio mus sipal de arte.e arqueo- Secgio IV — Counsato venaidria concelhia * ~ Seopio V—Grémios © sindioatos nacionais’ | 1726 * Copiealo Vt Dag zonas de taine ©... s+ eepdo T— Disposigdes eorals = Sccido If —Zome corbin ndnistradss plas Seogto LI Zonas turismo Sse veins “utas do turin Capitulo VIII — Das servigas mantpais ‘Seegdo 1 —Scoretariae texourania ‘Suseesa0 1 Soohtarls Shbcseogdo I —Tevouraria Socio li Survigos espe'ais besoepao f—- Dlaporigies Sub-soegao 1 — Parteloe mis Sub-suegao Ill — Partilos vuterinirios ibeseegao IV — Outros partitos Sibsrecrto \¥—Suregon da intutios| << 2 Sab-scegte VI — Outros servigns Copigalo 1X— Dos servigas municipatzadoe |” Seepdo 1 Inebierglo,ubjotee fn SS 2 Scendo Il Adminiseagtols ss | Copitula N— Das faleragies te wunieipios | Sevgio I Visporiaes eomuna ss - cefao I! —Feleragas voluntivias. | 2 2 2 | eqae TL— Peerage obrigatorias © 7 2 > 188: ‘Titulo Da freguesia Capitulo T—Tioe srgios dn ‘adminatragdo paroguiai Sa a near pron ‘Seopdo 1 tleitores clogs Scefdo I= Meconseamento eitoral Sooedo Ill — Operasius do reconseanonto Scere IV — Aprossntagho de ise ss erie V— Bhitecaronbleas assets Scetao VI Vorapie o spuramonto » = + =~ Capitulo tIt Da janta de froguosias <2 Secpdo 1 Composigio, copie Hl — Atributgeen eon Scogdo 1l—Constieuigho, roibcs © deliburagtes Serego 1 —Prandente ds unta ccfo \V—Servigos paroyuinia ©. 1222! Seceao VI— Unidos defrogtustas |S 2S Capitule 1W"—Do regetor + tulo IV—Da provincia. » Capito toe dros da Cap. minfateagdo provincial talo 11 —Do consetho provincial " oe Seeedo T—Gamiosistgs ss SS Socgho 11 — Comet Seoqae HH —Canatitagao,ssibos ecb e dli= vores oe Capitulo 11 —ba jintade provincia ©) 222122 ‘Socgio | 1—Composigao Sexpio TI Atbatebes ¢ competineta © sov20 III —Constituigao, rotuibes 0 de Capitals W_-Dos ertips provinces ‘Titulo V—Da constitutyio e funeiunamento dos corpos adai~ nistrativos em yoral 3280 Capitulo T“De eonsttteas dos crpes aminata: tivos 3282 Capitulo 1T—De ficionamenia os corps ania: tivos 3332 Seopa t—Retnides 22222220222 Scopio If — Deliberagbee Secgio 11 —Especiatidades de algunas detiber oes Sub-socgio" —Alicnsgio los bens propri eee wep al ato Sub-seegao cote Ue obras ou servi- 3622 Seogdo 1V —Sangio das Geliberagdor slog Boe Scogda V—Acgies om que os compos administra- fivos tenham Intercise 342 Capitulo II —Da intervengio do Guvdrno 10 funcio= rnamento sos corpos ata ‘Titulo VI—Dos baldios . . - Capitulo nico Ba ctasteasto e aproviiamonts dos ‘ali F 1—Ctanstcagio » inventicio | | | UT Balls ihaiopestveis ay logradoire Seesf0 Sect Seco m— alpina doen! gubeorgo "I~ Dlepsigies cocun. |” 7 Siow uaa sie oacegag ulation Smeg pac cue 7 ion tara. ee 390.2 Seegdo 1V—Baldiosdestiedes& aborzasto’ <2 I SERIE — NUMERO 303 ‘Tstalo Vit Do distrito : ee ‘Capitalo [Do governiador civit | | DID. gots Capitale IL Da Sovretaria do govéruo civil. 413° ‘Tita BHI Das, petoan coletivas de tdade pabtlea Silminasteatiea Capitala t—Disposigdue commas 2221S! Peso Le Rccing geal etc Soest f= Pessoal Steqio Ill —Oreamento,cosinbilidade 6 tosoura Sedo IV — Ditsolugie v extigio Capita It— Das srociyses Genceentcs ov tani. Secgdo 1—Miseriesadlas |! Stotdo il Ostras astoviagdes do hinetcdneia Seccdo Ill — Associngdes hunanitieiag =~ Capitulo it— Dos inatititos do uilidade loval « ° ‘Tile ES "Das acing reli welicents ow de asistencia ws ss» PARTE I Dos funciondrios administrativos ¢ dos assalariados Titulo T—Dos fwsaiontios do cartira das seortarias ¢ tesourariag : be Capitulo 1— as categoria: ¢ quadros. on Capito Do rerutancnro @ provimente « « « ‘Seoylo T—Wisposigges comuns. es ss Seovdo Il — Quadros privativos Sub-secclo I Ingrosso wos quadros Suh-acepio 1L— Promuyio Seogfo il Quartro geral administrativo Rub-sceeho 1 — Ingrosso wo quadro Sub-seegio 1 — Promogto Suneeegdo HI—Provimente 22.0222 2 Capitulo It — Posse Captuio 1V—Servigo dos fncionios oa aposenia” donee Seesio. T— Deveres dos fanoiouixios Soogdo 1 Pattas ¢ Heoncas ‘Sub-soeedo 1 Faltas ao servigo . Sub-eoopao I — Liecugas Seapao Ill —“Situagbes doo funciouSrios ‘Sub-tooya0 I Quadro geral « a ____Subssvogdo 1 Quads privatives |< 2 2 ‘Seegio. IV =~ Vencimentos Seetdo _V—Ineompatibilidades o acamnlagdes Scogde VI—Antighidlude ¢ informagtes. +. - Scope VIL— Apogentagies - : Capitsla V—Da diseiplina.™. « ‘Scc¢ho 1—Respousabilidade diseipiinar << 2 Soogao It —Ponas diseiplinares e seus efeitos Seepie HIL—Competineia diseiplinar s+. Scepio IV —Aplieagio das peuas. «0.2211 5 Seofio V— Proceso diseiplinar «<2 ‘ub-ssepdo I Disponiedos gorais Sub-ecoyie 1 Inatrogsa do praeesso Suteasefio III Detesa de argiido = Sabsaeao IV Data dtlnr esas: Sul-secgio V—Prootsnts expeciais por shan= = ono le hrgar e'por falta de aesidurdado. \ Subescopio VI—-Revisio don proseion dsc plinares Titilo 11—Dos funeiondrios doesarvigas cspeciais Capitulo t= Disposigbes gerais. = Gapitele. f= or meligosnunisipay de partido > Capitale 111 — Dos voterindrios muvicipais de partido ‘Titulo fit" Do possoat menor, expecializado © operdrio. Capita, Bs compaigde do geadro 2 forma 86 Capitulo 11 —Doscontratadas. | 21] ae Gepitao 111 Dow asataciados << 5 Tiealo W— Dosinteritos ss ss ss PARTE Ul Das fiaangas locais ‘Titulo | — Disposigdes gorais. ose Capitulo, T—Davautoromia fisanesira ‘dos’ corpos a aininitrativos 6580 Capitulo 11 —Da roveita v dospesa e sua classitcagas 67l-* Capitulo {Il — Do orpamento sn ees se et eit Gapitalo IV— Da eobranga das reccitas Capitulo V—De pagamento das despesas, | * Capitulo Vi—Da Contabilidade e contas de geréncia 700s 81 DE DEZEMBRO DE 1940 1727 ‘Titulo H— Das fnangas municipais Capitulo T— Das roceitas = 5 1—Tugpestos Sib-acegay I impostis directs Subsreegio tt — Impostor indiracios edo TT Headey do bone poprios | a0 I — Voss eats eyo V—Contoncioso los’ impostas ‘outros rendimentos munieipais. Sub-soegdo “t as Subsseepio 11 — Roclamagtes eontonc reaped IIE — Transgresos toa Capitulo I~ Das desposas fapitulo TIT — Do orgamnento «| Capitulo 1V— Da concabilidaude municipal Capitulo “V—Disposiodes expecta para as vonav ds ‘turene : ‘Titolo III — Das fnangaa paroqaiais Capitalo nico —-Das recsitas, das desposas, Jo orga: Mo w das eoutas parequiais ‘Titulo 1 — Das finaneas provineiais, Capitalo (inico— Das’ rocoitas, das desposas, do orja: monto o das eontas provinciais ‘Titulo V— Dos otros dos governor vis w Capito tito ay Feceitas, depen» administra: Wrertereccreee + 790" PARTE IV . Do contencioso administrativo ‘Tilo 1—Dos trnais do sontneovoadanstraiva ‘Gapieato I~ Da arganizags Capitaly Do fadsionaente. © Soe gerais © Gepialo = Dacompotzneincontncin di ard faptalo Til —Da coup "roibunal Adroiniseat ‘Titulo 1 —Do prososso nas auitorias Capito "Bos otra da somptncia doe ais Seopde I=: Articatados = Seeyto Prova. = epi I — Diseussdo ¢jelzainento. Capitate. Tt Das aogoee Capitulo 1 on rcaroy a Beic ds acs Capitulo 1V —Divaito subaididrios ss tee Estatuto dos distritos autonomos das iihas adjacentes TITULO I Da divisio do territorio Artigo 1 O territdrio das ilhas adjacontes divide-se, para cfeitos administrativos, em coucelhis, que se subdi- videm em froguesins e se agrupam em distritos autbno- s distritos auténomos do Funchal @ de Ponta Ko de 1. ordem; os restantes distritos auté- nomos sio de 2.* ordem. ‘TITCLO IT Dos distritos autonomos capiTULo 1 Dos drgios da administragao alstrital Art. 8.° Cuda distrito das ihas adjacentes constitue uma pessoa moral do direito piblieo, dotada de autono- min administrativa 0 financeira. Art. 4.* O érgio da administragto disteital auténoma 6 a junta goral, que exereo as suas atribaigdes © com- peteacia directaimento ou por iatermédio de uma comis- so exocutiva. Act. 5." 0 Govérno da Republica 6 representado em cada distrito por um governador civil, a eujo eargo esta 2 gestio dus interésses politicos © administrativas do Estado, a superintoudéncia ua policia geral o a inspeegho ¢ fiscalizagdo tatelar da administragio distrital auténoma, Art. 6.° As juntas gerais poderio deliberar a eriagto de quaisquer Srgdos privativos do consulta, do cardcter permanente ou transitério, com a eomposigio que deter- ninarem e para fins relativos ao exorcfeio das suas atri- buigies e enmperincia. § Guico. E obrigatério para os funciondrios do Estado que desempention. fangdes no distrity auténomo & acei- tagio das fuagdes dos drios consultivos distritais para que sujam desigaados pola janta geral. Art, T° As juntas gerais poderio sempre solicitar 0 parecer dos érgios consultivos da administracdo central do Estado acérea do nexéeios dos sorvicus pilblicos que Ihes estejam confiades 0 s6bro que tenbam do deliberar. cavireLo tt Da junta geral seogio 1 Composipo,constiugte, tosses « reinides Art. 8.9 A janta geral do distrito 6 composta por setn procuradéres, dos quais trés natos © quatro eleitos quadrionalmente. § 1. A junta geral tom presidente nomeado por quatro anos, pelo governator do disteito, de entry os procara- dores eleitos, porendo-excepcionalmente reeair a no- meugio em pessoa estranha 20 corpo administrative dosdo que teaha rovelado méritos extraordingrios om sorvigos prestedos ao Estado. § 2° Nos casos em que o yovernador do distrito use a faculdaito conferida na partr final do parégrafo nnte- rior, 0 prasidento acresce ao nimero dos procuradores © tem 05 «esmos dircitos © deveros. § 3° O presidente da junta geral pode serrrecondu- zido © a todo o tompo exonerado ou denitide pelo go- vernador do distrito. $.4.° Nas suas faltas o impodimentos o presfdento da Junta geral sera substituiclo por um presidente substitute, homeado nos mesmos termos pelo goveraador do dis: ‘rito, © na falta de um ¢ outro exerceré as fungdes 0 pro- curator mais velho. Art, 9.° So procaradores natos 4 junta geral: a) O-reitor do liceu da sede do distrito; 2) O delogado distrital do Instituto Nacionel do Tra- balho @ Previdéneia; ¢) 0 engonheiro director téenico da Janta Autonoma dos portos nos distritos de Ponta Delgada, Angra do Heroismo ¢ Funchal ¢ 0 enxenbeiro director das obras piblicas no distrito da Horta. § 1.2 Os procuradores natos sto substituidos, nas fal- tas ¢ impedimentos legais, por quem suas vezes fizer nos lugares publicos quo desompeabam. '§ 2° Quando o Ministro das Obras Pablicas considero inconveniento x participagio dos oogenheiros a que se refere a aliaca c) nas juntas gerais, serio substituidos por procuradores de nomeagto do nesmo Ministro, es- colhidos de preferéncia de entre individuos diplomados com um curso superior de engenharia. Art. 10.° Os restantes procuradores serio eleitos, om lista completa e por escratinio seereto, pelas cAmaras munieipais » orgunismos corporativos morais, cultarais @ econémicos do distrito. § 1 Cada lista contera quatro nomes para procura- dores efvetivos © quatro para procuradores substitutos. § 2° Kmquanto nio estiver completa a organizagho corporativa, a relagio dos organismos com direito de sufrégio seré elaborada pelo governador do. distrito, ouvida a delogagio do Tosiituto Nacional do Trabalbo © Previdéncia e por modo a dar representagio, tanto quanto possivel, as diversas actividades sociais do dis- tito, 1728 I SERIE — NOMERO 203 § 3. Blaborada a relagio dos organismos, ser publi- exdu nos jornais loeais © ufisada nos pagos do concelho da sede do distrito durante quioze dias, polo inenos, podendo os intoressados reclamar eontra ela para 0 g0- Voraador do distrito, qa» decidiré dofiuitivamoate. § 4.° As camaras municipais © os organismos corpo- rativos sordo reprosentados no acto de eleicio pelos seus presidentes, juizes on provedoros. Qaando, porém, teoham sede fora da ill onde estiver a sode do distrito, Jo votar por correspondéncia Todas as listas sorfio encorradas num sobres- erito branco, fechado, som quaisquer dizoros © com as dimonsdes que forem fixades. Quando o voto seja por correspondéneia, sera asse sobreserito motide nontro, também fechado, lacrado, e enderecado, como corres: pondéncia postal registada, ao governador do distrito, com a mengio de sb dover ser aberto no acto eleitoral. Neste caso, 6 ao governador que compete abrir o sobres- crit exterior quando ehamado o elettor que 0 remeton ¢ dopor na urna o sobrescrito, néle contido. § 6.° O acto eleitoral efectuar-se-& em dia designado pelo governador do distrito, entre 15 de Novembro © 5 de Dezembro, consoante as conveniéncias resultantes das comunicagdes maritimas. Art, 11° As fungdes de procurador & junta geral sto obrigatdrias e gratuitas ¢ 86 admitom escusa ou se per- dem nos casos e pela forma que a lei ostabelece para 0s vrocuradores provinciais. Art. 12.2 0 presidente da junta geral pode convocar para assistir a determinada reiiniso ou parto dela, com oto consultivo sbmente, 0 sceretirio do govérno civil ou 0 fimeionirio que o substituir quando aquele exerca as fangdes de governador, o engenheiro director das obras publicas, 0 director’ da escola. do ensino técnico profissional, o director do distrito escolar, o inspector do saide, 0 director de agricultara ou da estagio agr’- ria e o intendente de pecuiria. ‘Art. 18.2.0 chofo da sccretaria distrital, ow quem 6 substituir, desompenharé as fangbos do socretirio nas reiinides da’junta goral, mas sem voto. Art, 14.°'A constitaigdo, sessdes, reitnides 0 dolibera- goes da junta geral e as incompatibilidades e inelogibi- Jidades dos respectivos procuradores sio reguladas, na parte aplicavel, pelo disposto no Cédigo Administrative para os conselhos provinciais. srccio 1 ‘Atribulgdes © competéncia Art, 15.° As jantas gorais podem ter atributgdes: De administragio dos bens distit 2° De fomento agrario, florestal © pocnirio; .° De coordenaedo econdmica; 4° De obras piblicas, fiscalizagao industrial e viagto; 5. Do sade publica; 62° Do asistencia; 0 eduengio o cultura; De policia. Art, 16.° No uso das atributgies do,administragio dos ons distritais, pertence as juntas deliberar: Sobro cadastro, consarvagio, uso 0 fruigiio dos bens préprios que coustitaam o patriménio do distrito; 2° Sobre cadastro, policia © defesa dos bens do do- minio pablico distrital; 3. Sobre frufgio e policia dos baldios municipais oa paroqaiais quo tenham sido sujeitos a0 regime florestal ou que, permanecondo maniatios, convenha aproveitar para mais dtil aplicagio em beneficio dos povos. Art, 17.° No uso das atribuigdes de fomento agririo, pertones ds juntas doliberar: 1.* Sobre o estudo das possibilidades agricolas do dis- trito © sea aproveitamonto integral; 2.° Sobre a experimentagdo ¢ introdugio de novas calturas @ melhoramonto das existentes; 32 Sobre o estudvlocimeato do viveiros, de campos do ensaio 0 de demonstracio o de posts agricolas m6- 42 Sobro assisténcia fitopatoldgica © eria tos de sanidade vogetal; 5.° Sobre a realizagio de concursos, exposigdes o feiras agricolas; 6° Sobre a instituigio de prémios aos agrieultores que adoptem novos processos técnicos mais convenieates: ou introduzam novas cultaras de-iaterésse para a eco- nomia distrital T.® Sobre o fomento da apicultura ¢ da sericieultura, de ac6rdo com os parcceres técnicos competentes. Art. 18.° No uso das atribuigies de fomento fforestal, porteuee as juntas deliberar: 12 Sobre a submissio de terronos arborizados ou plantados para arborizagio, pertencentes a entidades piblcas ou partcuares, ao regime florets parsal eso le simples policia 2.* Sobre regulamentagio de cortes, dosbastes 0 der- ratas das esséncias florestais © do fabrico. de carvio vegetal; ° Sobre povoamento florestal de terrenos baldios ou distritais; 4° Sobre polieia das matas © arvoredos e persoguicio das transgressies; 5. Sobro criagéo © manuteagéo de viveiros florestais, @ introdagio de novas esséncias, dependendo esta de parecer favordvol da Direegio Geral dos Servicos Flo- restais © Agifeolas. § nico, As atribugaes a que dete artigo so refere passam para o Ministério da Economia logo que éste pelos seus servigos préprios dé comégo de execugio, nas has adjacentes, a0 plano de povoamento florestal de- terminado pela lei n.* 1:971, de 15 de Junho do 1988. Art. 19.° No uso das atribuigdes de fomento pecudrio,, pertonce as juntas doliberar: L® Sobre protocgio, melhoramento ¢ aumento da ri- queza peeuiria do distrito; 2° Sobre higiene ¢ sanidade dos gados; 31° Sobre eriagio e manutongio de postos zootéenicos; 4° Sobre introducao e difusio, independentemente de autorizaglo, de novas ospécies ¢ racas pecudrias conv niontos As ‘condi¢des do distrito 0 melhoramento das existentes, mediante parecer favoravel da Directo Geral dos Servigos Pecuitrios 5° Sobre institnigio de prémios aos eriadoros; 6. Sobre realizagio do foiras, eoncursos © exposisdes de gado. Art, 20.° No uso das atribuigdes do coordenagio eco- némica, pertence is juntas doliberar: Sobre a reslizagdo do inquéritos A vida econémica do distrito © estudo das solugdes convenientes aos seus problemas; 2° Sobre o aproveitamento © divulgacio das estatis- ticas oficiais que intoressem & economia do distritos 3.2 Sobro a harmonizagdo dos intorésses ¢ actividades econdmicas do distrito, em ordom a obter maior beneticio piblico; 42 Sobre conjugagio de esforgos dos municipios, fre guesias ¢ Casas do Povo para melhoria da condigio so- ial dos habitantes do distrito. Art. 21.° No uso das atribuigdes relativas as obras publicas, fisealizagio industrial e viagdo, pertence as juntas deliberar: Sobre construgio, reparasiio, conservagio, arbo- izagdo © policia das estradas que ligam as sedes dos distritos As sodes dos concelhos © das vias principais que asseguram as comunicagtos entre os diversos lugares 10 de pos- 31 DE DEZEMBKO DE 1940 das ithas,. quando classificadas, pela sua importineia ecoudmien on turtsticn, como estradas distritais; 2. Sobre o estabelecimento do eaminhos de ferro no leito, das suas estradas ow em leito proprio; : 3° Sobre coustracto, reparacio e conservagio “le edificius publicus distritais 5 4° Sobro protecsfio dos monumentos nacionais; 3° Sobre froicie © aproveitumeuto das aguas que sejam propriedady do distrito, ou das diguas pablieus ua sua administragto; 6." Sobre regularizagio das torrentes e eaudais 0 impeza, Tegularizacio © eurrecgio de valas @ cursos de agua; agi S008 aprovotamento das éguas por meio de obras We irrigagio ; 8.° Sobre obras de fixagto do nivel das lagoas ; ¥.° Sobro policin dis iguas o da pesca; 10. Sobro fiscalizagto das indistrias eldetricas ; LL® Sobre licenciamento ¢ fiscalizagio das indastrias insalubres, inebinodas @ perigosus © Sobre inspeecao de pesos © modidas ; Sobre proteccio, desenvolvimento ©. aperieigoa- months das poyuenas inddstrias locais teadicionais; 14! Sobre fiscalizagio das euldeiras © motores. A\ct. 22. No uso day atribuigdes do sadde publica, pertoueo as juntas deliberar: ‘bro a vigilincia e defosa sunitiria do distrito ; jobre a policia suaitiria dos portos © embarca: gdes @ demais servigus de sanidade maritima; 3.° Sobre a protilaxia social, especialmente polo com- bate ao aleoolismo, & sifilis © & tubereuiose e pela pro- tocedo as gravidus © pudrperas ; 42 Sobre salubridade dos lugares © das habitagbes, tendovem especial atengio o combate avs rates; 5° Sobre fiscalizacio dos comitérios 62 Sobre a manutengdo ou auxilio a hospitals, sana- torios © dispensitrios distritais ; 7.8 Sobre a etiagio © manutencio de centros sunité- ios rurais, de proferdncta junto das Casas do Pov 8.9 Sobre a inanutenctio ‘de um servigo anti-epidémico permanente, hospital do isolamento para doontes ataca- dos do moléstias inficiosas, parque sunitério © material para brigadas sanitérias ; 9.° Sobre a manatencdo de um posto de desinfecgiio piiblica, eom balnedrios 10° Sobre a manuteneio de servigos laboratoriais onde se possa proceder a andlisos bacterioldgicas © & preparagio de vacinas; 11° Sobre-a manutencio © administragio dos seus estabelecimentos balaeures. Art. 23.° No uso das atribuigdes do assisteneia, por- tence As juntas deliberar L? Sobre inturnamonto, om estabelecimentos piblicos ou privados, dos velbos, doentes © desamparados que sejain muito pobres ou indigentos Jio de alienados curiveis, inter- is perigosos o vigilineia e auxilio 08 incuriveis inofensivos ; 3.2 Sobro educagio do criangas auormais 5 © Sobre protecgio & maternidade e & primi facia pela institulgdo de enfermarias-matornidades, pos- tos de pucricultura, creches @ jerdins de infincia 6 pela visita domicilidria do visitadoras especializadas ; 5.2 Sobro soeyrros a ndufragos ; 6. Sobre o ausilio a estabelecimentos privados de assisténcia a eriangas érfas ou om perigo moral 0 a ou- ‘ros organisinos piblicos ou privados do assistoncia. Art. 24.° No uso das atribuigdes de educagio eul- tura, pertence as juntas delibera 1.° Sobre criacio, manutengio ¢ supressio do escolas primétias © postos escolares; 1729 22 Sobro dotacio, instalagio 9 apetrechanionty dos estabelecinentos piliees do ensino liceal, t6e maxistério primario erialos’e dirigidos pelo Estado; 3.° Sobre erincio 0 manntengio do ercolas praticas elementaros de agricuitura ¢ do escolas do leitaria; 4." Sobre institutedo de bolaas para estudantes distin. tos, mas pobres, que dovam prosseguir os ostudos fora do ‘distrito, evutanto que so obriguem a exercer a fa tara profissio no distrito que os pensiona; 5.° Sobre a criacio @ minutengio de jardins e hortos botinicos; 6. Sobre a eriugio e manutencio de museus do arte regional 6 de historia natural, arquivos distritais e biblio- tecas popularesy 72 Sobre a recolha © dofesa do folclore do distrito; 8° Sobro o inventirio ¢ protecgio das reliquias histé- rieas, dos monumentos artisticos © das belezas naturais do distrito; 9.2 Sobre a conservacio e divalgaglo dos trajes 0 ¢os- tumos locais; 10. Sobre o estado das formas dialectais existentes no. distrito 5 11° Sobre 0 auxilio a coneeder a associngies ou insti- tutos culturais do distrit Art. 25.2 No uso das atribuigdes de polieia, pertence As juntas deliberar: 1. Sobre a sogaranga e comodidade do transite nas estradas distritais Sobro a convouidneia © condigbes das edificades junto ig estradas distritais; 3.° Sobro o ostacionamento dos vefeulos nas estradas daistritais 5 4.° Sobre a iluminagdo pablica nas estradas distr 5 Sobro a organizacho da pol com as e@maras municipais. § nico. As atribuigdos dos n."* 1.*, 3.° 94." poderio, modiante acérdo, ser transferidas para as edmaras muni- cipais nos trocos do estrada quo atravessem povougdes. ‘Art. 26. Para o doxempenbo das suas atribuighes, compete privativamente as juntas gerais: 1.° Fazer, intorpretar © modificar os regulamentas ue- ‘cessiitios aos servicos distritais ¢ revogar os disponsi- veis 2.° Fazer, interpretar, modificar © revogar posturas sobre matérias das atribuigdes das cAmaras municipais que convenha regular niformemento para todo 0 dis- tito; * Adquirir bons imobilidrios para o servigo do dis- tritos 4.° Aceitar herangas, legados doagdes feitos ao dis- trito ou a estabelecimentos distritais, contanto que a aevitagio das herangas seja a benoficio de invontério; .* Aprovar as empreitadas do valor superior a 50.0008 © 08 contratos do forneciononto por tempo superior a um is; raral, de acérdo Disentir ¢ votar o plano quadrienal da adminis- do distrito; * Langar os impostos © respeetivos adicionais nia forma da lei; 8.° Contrair empréstimos, estabelecer sua dotagio © estipular as condigdes de amortizagio; 9.% Aprovar as bases do orcameato ordinirio; 10. Decidir sobro os recursos graciosos que sejam intorpostos das doliberagdes da comissio executiva, ou das decisdes do sen presidente, quando ndo constitativas de direitos; 11.° Subsidiar associagves ¢ estabolocimentos de assis- téncia @ instrucio de interésse para o distritos 12° Comparticipar com as eamaras municipais e juntas ‘om melhoramentos urbanos ¢ rurais nos me: mos termos que o Estado e sem prejuizo das compattici- pagbes déste; trai 1780 182 Dar parecer sobre os projectos to regulamentos, logislatives claboradus polo governador do distrito no uso da sua fuculdado roguldmontaria, $ dnico. As deliboraghes sobre empréstimos enrocom, para eg tornarem executérias, da aprovagio do Ministro das Finangas. ‘Art. 27" © plano quadrienal da admioistragio do dis- trito. soré eluborado em sessio extraordinirin da junta goral, eonvoeada para @ss@ ofeito dentro dos seis me- Ses imediatamento seguiutes A sua eleicio, 0 plano compor-se-A do trés partes: a prioeira diseriminando as necessidades pablieas do distrito, gra- duadas por ordem de urgéneia o de importaucias a funda destinada ao eiloulo das possibilylades provive Qo distrito no quadriénio; a tereoira com as normas gerais do oriontacio administrativa a seguir e 0 enua- indo da obra a fazer, som pormenor. $2. A toreeira parte do plano tord tantos capitulos quantos 08 servigos especiais do distrito o sora instruida om os rolatorios © propostes dos respectivos chofos. '§ 32 O plano quadeienal da junta geral serd remotido, com os seus documentos ea edpia das actas das reanides ‘om que foi diseutido, & Prosidéneia do Conselho, e depois de aprovado ein Conselho do Ministros, com as moditica- {goes que forem tidas por convenientes, s6 poderd ser alterado pelo mesino §-4.° Até A resolugio do Consollio de Ministros con- sidora-se provisbriamente em vigor 0 plano aprovado pela junta geral. $52 As juntas gerais, suas comissdes exocativas sorvicos dependentes nio pudom, sob pena do responsa- Dilidade pessoal solidiria dos procaradores, tomar inieiativas ow ordouar obras quo contrariem disposto no platio quadrienai ou nélo nio estejam provistas, salvo ‘ocurrendo cireunstineins oxtraordindrias que exijam pro- vileueias urgentes ‘Art. 28.° AAs juntas gerais sto corpos administrativos independentes dentro da érbita das suas attibui suas deliberacdes, bem como ax das respect s0es executivas. 86 poilom ser suspensas, mod anuladas pela forma ¢ nos eusos previstos no prosente Estatato 6 no Cadigo Administrativo. '§ 1° A indopendéncia das juntas gerais nio preju- dica 0 direito de oriontagio meramente técuica da adai- histragio eontral sobre os seus servigos nom a faéuldade dg inspecgio. '§ 2” Os scrvigos proprios do distrito niio dovem obe- digueia a ordens. do autoridades ou funciondrios do Ra- tado, salvo quando desempenhem fanedes polas quais bie- Firquicamente thes estejim subordinados por forea do Tei expressa. CAPITULO IIL Ba comissdo exccutiva seegiot Composig, atribugBes e funcionamente Art. 20.° No inicio do cada quadriénio a junta geral do distrito elegera dois dos sous procuradores para, junta: mento com o prosidente da junta geral, constituirem a comissio executiva. 1° A junta clogora também dois substitutos para servirom no caso de falocimento, licenca, impedimento tamporirio on cessacto de fangdes dos efeetivos, segundo a ordem da votagio ou, em caso de igualdade, a da dade, '§ 22 Nas faltas 0 impedimentos dos substitutos serio chamados a gorvir os procuradores que rosidirem na capital do distrito, comecando pelos mais velhos. ‘Art. 30.° O presidento da comissio executiva serd o presidente da junta geral, dosignado nos termos do $1.° do artigo 8." 1 SERIE — NOMERO 403 Art, 3L* A comissio exocutiva 6 dologata da junta gral procede sempre em sua represeuneio,exbend Art. 82.° A comissio reine ordindriamente uma, vez por scwana © oxtraordinariamente quando 0 presidente 4 cunvocar. Art. 33.9 B socretario, sem voto, da comissio exe- eutiva o chefe da socrataria da junta’ geral. ‘Art, 34° Do todas as dolibsragdes da eumissiio exe- cutiva’ xeri, pelo sceretirio, claborado um resumo para ser publieado na imprensa local 0 no boletim distrital, quando 0 haja, ou distribuido pelos procuradores, no casu de ao esistir boletim. ‘Art. 35. Das doliboracdes da comissio exeeutiva que nilo sejam coustitutivas do direitos eabe recurso gracioso para a junta goral, que 0 aprociara na primeira rengizo telebrada apés a data da doliboragdo, decidindo-o como entender de justiga. § nico. $6 om docisio do recurso pode a junta ge- ral revogar, converter ou reformar com ofsite ratroaetivo deliberagdes da sua comissio exccutiva; em todos o8 mais casos apenas doliberaré para o futuro, seegho u* Comp Art, 86.° Compete is comissdes executivas das juntas corals: : 1? Adquitir bens mobilirios ¢ os imobilisrios de valor inferior a 50.0005 ; "2" Celebrar eontratos de arrendamento, activa 0 pas- sivamontos 32 Contratar com omprésas individuals ou colectivas, 08 furnecimentos necessarios ao funcionamento dos ser- vigos o & exeengio das obras distritais, quando por tempo inforior a um ano 4° Efectuar seguros, contra quaisquer #iscos, em com- panhias nacionais devidamentn autorizadas ; 5.° Bfactuar obras piblicas, por administragio directa, compreitada ou concessio, quando de valor inferior a 50.0005; 6. Instanrar pleitos e defendor-se néles. podendo con- fossar, desistir ou trausigic quando néo haja ofensa de direitos do tereeiro Propor uo Governo a espropriagko por atilidade piblica dos imdveis indispensdveis & realizagio dos seus fins; 82 Propor a0 Govérno a alteragio dos quadros do fancionalisme distrital ; 9° Nomear, contratar ou assalatiar, promover, trans- ferir, eonceder licengas, louvar, punir, aposentar @ 0x0 nerat os faneiondrios ¢ assalarindos distritais @ instau- rar processo fisciplinar aos funciondrios do Estado pagos pelo son coffe que nao tonham foro especial, remetendo-o dopois para decisio & antoridade competente; 10° Modificar © revogar os actos praticados pelos fauefondrios 0 assalariados distritais IL" Submeter, por meio de alvaré, os baldios, as matas 0 as propriedades particulares ao regime florestal parcial on de simples policia; 12. Conceder licengus para corte, desbaste ¢ derrama, de frvores, entrada e pastagem nos perimetros flores- tais e para’o fabrico de carvio, bem como quaisquer outras licengas, autorizngbes © permissdes da compe- ‘tBncia dos servigos florestais; 18. Aprovar as transferéncias de verbas orgamontais, © 08 orgamentos suplementares; 14! Aprovar as contas do gereneia ¢ remetd-las para jlgamento. 31 DE DEZEMBRO DE 1940 Art. 87." Compete sind: comissiies executivas aas juntas gerais que téuham atribulghes relativas a obras piblicas, fisealizagio industrial © viagio: 1? Ordenar, precoileado vistoria, nos mesmos termos estabelecilos para as ediwaras mani i Voneticiagi» © 0 despejo dos edificios construidos A Deira das estradas distritais sob a sua jurisdi¢io quando amgacem ruina on oferavam perigo para a sade publica; 2.° Cunceder liceagss para editieacdrs ou reeditieacdes junto as estradas o mais lugares piblicos sujeitos & sua jurisdicao ¢ upruvar os respectivos prajectos, fxando 0 alinhaments, dando as cotas de nivel e cvdeulo ou adquitinle por venda, compra on troea, com prévia louvugto, was independentemente de hasta publica, os terreaos necessirios ao refuridy alinhanionto$ 3° Embargar quaisquer obras, eonstrugdes ou edifiea- ges iniciadas pelos particnlares’ nos Ingares sujeitos sua jurisdigio, som lieenca ou cout inobservaacia das condigdes desta; . 4° Bstabelecor taxas pela ocupacko temporaria de Ingares ¢ torronos do uso © logratouro pablico na sua Jurisdigio, poto aproveitsmento dés beus, pustos o frutos do logradouro comam de quo sejam aduinistradoras, pola concessdo de Ticengas & por quaisquor outros sor: vicos administrativos 5 5.9 Requeror a comparticipagio financeira do Bstado para a realizagio de melhoramentos urbanos 0 rurais, obras do aguas ¢ saneamento previstos no plano quadric: nal © dotados no orgamento distritel ; 6° Coneader alvaris de licenga para cxploragio das indiistrias insalabros, incémodas, perigosas ou toxicas que ndo sejum da compoténcia das cimaras wunicipais, quando o rosultady das vistorias seja uodnimemente aprovativo @ nio tenba havido reclamagdes ou estas hajam sido retiradas; Conceder licencas para instalagbes eléctricas e fazer a sua fiscalizagio; 8.° Coneader licancas, prectrias e rovogiveis, de apro. Voitamento industrial do enorgin hidraulies até’ a0 limite de 10 0. Ve; 9° Conceder lieongas, precirias @ revogaveis, de aproveitamento de Aguas pablicas para reza até 10 mite do 60 hectares do suporficie irrigeda em prédios no coufinaotes com as correntes; 10. Concoder as domais licencas © praticar os outros actos do administragio da compotdacia dos servigos in- dustrisis, hidranlicus @ eléetricos nao meneionatos nos niimeros anteriores 11° Conceder carreiras regulares ou provisorias do transportes colectivos em automéveis pesados e licencas para exploragio de automéveis pesados de aluguer para transporto de passageiros ou mercadorias ; 12.° Determinar, ouvidas us edmaras:munieipais inte- rossadas, os locals’ de acesso, itiurarios e demais nor- mas de transito dos velculos de transporte colectivo; 13.° Pixar os hordrios das earroiras rogulares @ apro- var as suas alteragdes de conformidade com a lei; 148 Aprovar as tarifas das carreiras do automéveis pesados; 15.° Autorizar a circnlagio do automéveis pesados de largura superior a 2%,25 nas ostradas distritais, mediante parecer favorivel do director des obras piblicas. § iinico. Exceptuam-se do disposto no n.° 10.° deste artigo as coneessdes de aproveitamento hidroeléctrico © hidroagricolas, as concessdes de instalagbes eléctricas 4 que 86 refore’o artigo 12.° do decreto n.° 14:72, de 22 do Dezombro de 1987, @ as declaragdes de utilidade piblies mencionadas no artigo 15.° do mesmo -decroto, {ue continuam a deponder da aprovagio do Govérno. Art. 88.° Compote ao presidento da eormissio execativ 1.° Convoear as retinides extraordindrins da comissio; 1i31 2° Dirigir os trabalhos nas rotnides, abri-las o en- cerré:las, orientar ax diseussdes, dar a pelavra aus vogaie @ rotirarIha quando, depois de advortilos, ua afetens as ordem do dia ou desrespeitem a fungio ow lugar, subme. ter os assuntos # votacin, regalar a ordom dos trubulhos ¢ superintender na polieia da sala; 3.° Elaborar 0 relatério -anual da goréncia da comis- sio, para ser presente a junta g 42 Blaborar 0 plano quadrional da administragao do distrito, para ser proposto a janta goral, 6 0 plano anual da actividade da coniissio exocutiva; © Preparar as bases do orcaivento ordinério; 6.* Propor trsnsferdncias do verbas orgamentais € or- cameutos suplementares ; 72 Remoter & comissio distrital do coutas os actos sujeitos ao visto ; 8. Autorizar us despesas orcamentadus do barmonia com as deliberagdes da cowissio © apés o visto da comissiv do contas, quando necessirio; 9.° Superintender nos sorvicos de secretoria o iosou: raria, podendo advortir e repreender verbalmento os respectivos funcionarios, © distribuir polos vérios sor cos 0 possoul do earteira conforme us necessidades quo honver; 10." Inspeceiunar os deninis sorvigos dependeutes da juote © teansinitir-lhes as deliberagdes desta o da sua comissto exccutiva; 11° Propor as altoracdes nocessirias na organizagio dos sorvigos distritai 12° Representar a junta geral em juizo 0 fora déle, podendo constituir os advogados que forum necessérios, assinar citagdes © notificagdes judiciuis feitas & junta & contestar ¢ impugnar us acgdos quando seja urgente @ contanto que submeta o assunto a doliberagio da eomis- so executiva na primeira retiniio que se seguir; 13. Executar @ fazer oxecutar as deliberacdes da junta geral © da comissdo exceutiva, expedindo os alvaris, Ticoncas o diplomas necossirios 14.° Publicar as resolugos, postaras, regulamentos, aniincios @ avisos o vigiar pola sua execugio; 15." Assinar a correspondéneia expedide pela comis- sio oxecutiva com destino a quaisquer autoridades, cor- pos administrativos ¢ repartigbes piiblicas; 16.° Assinar os cheques, mandados © rocibos para Jevantamento de fundos da junta, depois de assinados pelo tesoureiro 0 de visados pela contabilidade. Art, 39.° O presidente da comissio exccutiva corres- ponde-se com v Govérno por intermédio do goveraador do distrito. CAPITULO Vv Dos sorvigos distritals Art. 40.° Siu servios distritais vigos pecuarios ; * Servigos de eaiide; Servigos de obras pablicas: * Servigos industriais o eléetricos; * Servigos do vingios 9.9 Laboratéri § duieo. A lei organiea fixa quais os sorvigos existontes cm cada um dos distritos auténomo: srogio t Secretaria Art, 41.° Cada janta goral tem uma secrotaria priva- tiva, por onde corre todo o seu expediente © A qual compote registar as doliberacves © decisdes dos érgios 1782 istritais, assegurar a roxpoctiva exeeugio e eseritarar a contabilidado central. § inico. Os servigos da secretaria, quando soja neces- sitio, poderio distribuir-se por seegdes, nos termos.do respective regulamento interao. ‘Art, 42.4 \ secretaria é dirigida por um chefe de se- eretarin, sob x iaspeecio © superintendéncia do presi- denre da comissio executiva, Art. 48.° Compete ao cbefe de secretaria: 1.° Assistir as relinides da junta geral ¢ da comissiio executiva e lavrar o subscrever as respectivus actas; '2.° Certificar, mediante dospacho do presidente, os factos © actos que constem do arquivo distrital e, iudo- pendentemente de despacho, a matéria das actas da junta geral © da comissio executiva; ‘8° Aatenticar todos os documentos @ actos ofic da junta e sus comissio executive, guardando para esse efeito, sob sua responsabilidad, 0 sélo brancos 4°" Preparar 0 expediente © prestar as informagies nocessirias para rosolugio dos érgios distritais © man- ter em dia 0 registo @ o indice das suas deliberagdes © decisdes; 5.° Dirigir os trabalhos da seeretaria em eonformidado com 0 regulamento interno, as deliberagies da comissio executiva 6 as ordons do presidente; 6.2 Conservar sob a sua guarda © rosponsabilidade arquivo distrital, qaando nfo teaha conservador priva- tivo; 7. Manter em dia o rogisto da correspondéneia rece- ida ¢ expedida; - 8° Organizar 0 cadastro do todo o pessoal da junta, centralizar as informagies respectivas, exocutar a8 deli beragdes sobre nomeagio, promocio, transferéncia, licen- gas, louvores, punigio, 'aposentaciio © exoneracdo. dos funeionarios ¢ assalariados distritais e assegurar 0 expe- iente dos concursos para o seu recrntamento; 9.° Exereer as fangdes de notirio em todos os actos ¢ contratos em que a junta geral for outorguntes 10° Assegurar a pablicagio das deliberagdes om actos dos Srgios distritais; 1L! Organizar © dirigir o servico da contabilidade da juata, comprir e fazor cumprir as disposigbes legais que The sio aplicaveis; 12.° Fiscalizar a responsahilidade do tesoureito; 13° Manter o presidento da comissio executiva ao corrente do estado dos servigos da tesouratia © da caisa; 14.* Organizar as contas do gereneia at§ ao dia 1 do Abril de cada ano, on dentro do prazo de trinta dias contados da data da renovagio total da comissio exe- cutiva ou da substituigdo de algum dos sous vogais por motivo de presungio ou apuramento de irregalaridades na, administregio © organizar balango de transicio quando haja substitotgio de tesoureiro; 15.° Visar todas as autorizagdes @ mais documentos de desposn © us cheques, recibos @ mandados para le- yantamento de diuhiros’da junta, depois de feitos os necesedrios langamentos na contabilidade ¢ antes do os submeter 4 assinatura do presidente da comissio oxe- entiva, podendo delegar a sua competéncia no ehefe da seco de contabilidade, quando 0 houvers 16.8 Remeter ao governador do distrito eopins de todas as actas das retinides da junta geral o da comis- silo exeentiva; 17. Elaborar 0 resumo das doliberacdes da comissio executiva para publieagio nos jornais loeais © no bole- tim do distrito, quando exista, devendo, no easo de nio existir o bolotim, remeter esse resumo a todos os pro- curadores © ao agente do Ministério Pablico da audito- ria competente; " 18.° Mandar entrogar, por guia, na tesouraria as taxas, emolamontos ¢ multas processadas na seerctaria; I SERIE — NUMERO 303 19. Desempenhar as mais fongdes que as leis, regu Iamentos ¢ deliberagdes Iho impuserem. $ nico. As contas organizadas nos termos do n.° 14°, por mudanga de responsiveis wo deeurso de uma gerén- cia, $6 serio rometidas a julgemento conjuntamente com as contas finais da geréncia. seegko m Tesouraria . Art. 44.° A arrecadagio das receitas, a guarda dos fundos e valores, 0 pagamento das despesas 6 quaisquor movimentos dos dinheiros da junta on a ela confiados incumbem a tosouraria. "Art, 48.° O sorvigo da tesouraria da junta geral esti ‘a cargo de um tesoureiro © 6 exercido sob a fiscalizagio do chefe da secrctaria © a superintondéncin do prosi- donto da comissio éxecativa. § 1.° Nos distritos de pequena receita as funcdes do tesoureiro da juuta poderio ser desempenbadas pelo te- soureiro da Fazenda Pabliea do coocelho da sede do distrito, modianto a gratifieagio mensal de 3005. § 2." Os tesoureiros privativos dus juntas gerai obrigados a prestar a caugto de 25.0003 nos distritos Je 1.* ordem ¢ de 15.0008 nos de 2.* orden. 82 Os fuados e valores das juntas deverio sor de- positados na Quixa Geral de Depésitos, de modo que nio transite normalmente de um dia para 0 outro, na conta da tesouraria, importincia superior & eaugio do tesou- reiro. § 4° Quando 0 movimento da tesouraria o exija, ba- yeré um proposto do tesoureiro, da coufianga do mesmo tesoureiro, contratado pela juuta ¢ por ela remunerado. § 52 Nos concelhos situados fora da ilha da sede do distrito os pagamentos o reecbimentos por conta da junta ‘geral sorio fcitos pelos respectivos tesoureiros da Fa- zenda Pabliee. Art. 46.° Compete ao tesourciro 1? Arreeadar as receitus da juntas 21° Efectuar o pagamento das autorizacbes e de todos os mais documentos de despesa, depois de visados pelo chefe da secretaria ou da seco de contabilidade e de solados com o sélo branco da junta geral 3.° Transforir em cada dia pura a Caixa Geral do Depésitos os fandos recubidos quando excedam a itapor- taacia da sua caugio ou outra inferior que seja fixada no regulamento da tesouraria ‘42° Transferir, mediante guia passada pela contabili dade, para a compotente tesouraria du Fazenda Pablica 8 importincias que por lei pertengam ao Tesouro ou aos servigos do Estado; 5.° Assinar os cheques. recibos ¢ mandados para le- vantamento de fundos da junta ¢ remeté-los & contabi- lidade a fim de serem virados @ depois submetidos & assinatura do presidente da comissio executiva; 6.° Eseriturar as relagdes de cobranca, 0 didrio da a oventual, o livro eaixa, o livro da despesa paga ivro do eontas corrontes dos rondimentos virtoais; 7.° Entregar a0 chefo da secretarin balancetes didzios do éaisa ¢ bem assim no primeiro dia itil de eada més os docamentos de despesa pagos no decurso do més findo ea relugio de eobranca, com a coleccto dos documentos. do receita © dos titulos de aoalacio; 8.° Prestar ao presidente dn comissio executiva todas. as informagdes pedidas © facultar-Tho 0 balango da te- souraria sempre quo élo 0 determinar; 9.°"Fisealizar as pagadorias de obras pitblicas da junta, quando as haja; 10.° Cumprir as disposigdes legais ¢ regulementares sobre contabilidado; 11° Desempenhar as demais fungdes quo as leis 0 re- gulamentos lhe impaserom. 31 DE DEZEMBRO DE 1940 seoyo ut Servigos agricolas Art. 47. Os servicos agricolas compreendom a Esta- go Agrérin o a Rexéncia Morestal «, quando completos, constituem a Dirvegao do Agricultura do distrito. Art. 48.° A direegio da Estagio Agriria ser desom- * ponbada por win agrénomo. § 1.2 Quando no distrito exista Direogio do Agrical- tara sordo as fungdes do director inerentes as de direc- tor da Bstagio Agraria, § 2." O director da Agricultura seré substituido nas suas faltas ou impedimentos polo rogonto agricola ou antigo. Compete ao director de Agricultura ou, io © havendo, 20 dirvetor da Estagdo Agraria: 1.* Propor 4 comissio execativa a parto do plano qua- Arienal rolativa ao fomento agricola © florestal ¢ as mo- didas conveniontes para exeengio do que for definitiva- mente aprovado; Bxecutar fazor exceutar as lois, regulamontos ¢ duliheragdes relativos aos servicos a seu cargo; 3. Dirigir 0 possoal empregato na Direegio ou Esta- fo © manter a discipliaa nos servicos; Elaborar um relatério anual sdbre os servicos o sou eargo, para ser prosente 2 comissio exceutiva; 3° Prestar ao presidento da comissio executiva a co- Iaboragito quo Ihe for pedida; 6. Mandar entregar, por guia, na tesouraria da jonta a8 taxas, emulumontos © tai imoatos do servigo, ‘Art. 50.° Compute & Estegio Agréria: Proceder & exporimontagio ¢ ensaio do somontes @ culturas nos campos 0 viveiros da junta; 2 Intensifivar a vulgarizacio de cunhecimentos agri- colas © prestar informagdes titvis aos agrienltores; 3. Prostar assisténeia téenica avs agricultores, forne- condo-lhes sementes soloceionadas, facilitanto-Ihes érvo- res do feuto © onxertias © respoudendo a cousultass 4.° Estudar as condigdes ecoudmieas da producto dos prineipais génoros agricolas vo seu movimento comer- cial vos mercados interno « oxtornos5 ‘5.° Combater as moléstias das plantas © montar pos- tos de sanidale vegetal ; 6.° Colaborar no extado 0 na aceito tendontes a0 mo- lboramento da indistrin de lacticinios; 7. Mauter postos agricolas, vitivioicolas o outros quo ‘a economia das ilhas justitique; 8. Ministrar o ensino pritico elemontar da ogricultura goral o espeecializada. ‘Art. BL? O director da Estagdo Azriria 6 0 delegado ax Inspoegio Goral das IndAstrias © Comércio Agriculas no distrito, direetamento dela depondento © com as atri- bulgdes © compettucia estabelevidas na lei § ainico. Nas faltas © impedimentos do director da Bstacho Agriria serio as fungdes de dolegado da Tas- perciio Geral desempeuhadas peto intendente do peendria, © na falta désto pelo inspoctor de satde. ‘Art. 52° Compete & Regéncia Flotestal: 1.° Cuidar dos viveiros florestais 2° Fazer a somonteira ou plantugo dos torrenos os- colhidos pola junta, de acordo com os estudos do sil eulturos competentes; '3.° Organizar os procossos pura concossio de licongas @ autorizagdes da compoténeia da junta, informando-os devidamento antes de serom subsoetidos a deliberacto; Suporintensor na policia florestal, com todas as atvibuicdes @ direitos confuridos pelo rexpectivo regula mento aos funciondrios florestais do Estado; 5. Dirigir os servigns de conservagio © do explora ‘gio das matas, do acdrdo com as normas legsis © a5 1738 instrugdes téenieas da rostais © Aqiicola 6.° Procoder aos trabalhos de conrervaglo 0 trata mento dos jurdias da junta geral 0 de arborizagio das estradas distritais, conforme for acordado com a Diree- gio das Obras Pablicas, & poda das drvores; 7.2 Fazer 0 povoamonto piscicola dos lagos o lngons pablicas. jrecgio Geral dos Servigos Flo- seegio 1v ‘Servigos pecutrios Art. 58.° Os servigos pecosrios, compreendendo os sorvigos zootécnicos, ostio a cargo da Intendéncia de Peeuitia. ‘Art. D4, O lugar do intendente de pecusria seré exer cido por um vetorindrio. § Gnico, O intendento de pecairia seri substituldo, nas suas faltas © impedimontos, pelo vetorinério mu ipal da sede do distrito ou, nto 0 havendo, polo di rector da Agricultura. ‘Art. 59.° Compoty a0 intendento de pecuiria: 1. Bxecutar © fazer exveutar 28 leis, regulamentos 0 instrugdes relativos & sanidade dos gados ¢ realizar a8 necossirias eampanhas profiliticass 2° Promover a aplicaglo dus leis © rogulamentos de policia sauitiria @ velar pela sua rigorosa oxocugio; 32° Cumprit o fazor cumprir as leis © regulamentos relatives a higione o salubridado dos produtos alimen- tares do origem animal, oxercendo fiseulizagio, eolhendo amostras ¢ levantando autos, quo sorao cnviados a dele- gagho da Inspeegio Geral das Indistrias 0 Comércio Agricolas ; 4° Promover 0 fomento zootéenico @ desenvolvimento e melhoramento das indistrias preudrias; 5.* Suporintendor avs pustos zootéenicos do distritos 62 Bstudar as racas novas a introduzie no distrito 0 oxporimentar a sua adaptabilidado © rendimento; 7. Divulgar conhecimentos iteis aos eriadoros de gado; 8." Anxiliar, em eolaboragio com a Direcgio do Agi cultura, 0 aperfel da indistria dos lacteinios; * Orivutar, ditigir 0 inspeecionar os servigos a cargo dos voterinativs municipais 10. Propor comissiw exeentiva a parte’ do plano quadrional relativa ao fomento pecuario e as medidas Convonients & oxecupio do que for deftvamontoapro- yao 11.° Dirigir 0 pessoal empregado na Tatendoncia ¢ manter a diseiplina nos servigos; 128 Elaborar um relatSrio anual sobro 08 servigos seu cargo, para ser presont & comissio executiva; 13.’ Prostar ao presidente da comissto exogutiva a eolaboracio que lhe fOr prdida; ° 14," Mandar entrogar, por guis, na tesouraria da junta as taxus, emolumentos @ mais rendimentos do sorvigo. + steg?o ¥ ‘Servigas do sade Art. 56.° Os sorvigos do sade coimpreendom a dado fervestre @ a sauidode maritima, o hospital do i lamento © 0 posto do desinfeegio, estio a cargo da Inspeceio de Sade. Art. 57." O lugar do inspector de sutde ser’ provido em médico babilitado com 0 concurso para inspectores do aglomerados de mais do 10:000 habitantes, ou com 0 curso de medicina sanitéria @ cinco anos, pelo menos, do excreieio das fungdes do delegado ou guarda-mor dé sadde. 1734 § 12 Os madicos habilitados com 9 concurso de pro- vas piiblicas para iaspectores dos aglomerados do mais de 10:000 habitantes quo concorram a0 provimento do lugar preterem os coneorrentes que niv tenhaim ess0 coneurso. 0 inspector de satdo seré substituido, nas suas falias 0 impedimentos. pelo adjunto, quando o haja, ¢, mio © havondo, pelo delegado de saide do concelho da sede do distrite § 3." O' inspector do satide nto podo, sob pona de demissio, intervir como médico em actos sujeitos & sua autoridade sunitéria, nomeadamonto passar atostados que dovam ser apresentidos na inspecgio. Art. 58.° Compete ao inspoctor de saédo: 1° Estudar as condigdes, sanitirias do distrito 0 pro- por as medidas conveniontes para o sou melhoramento; 2.¢ Promovor a execugto dus leis ¢ rogulumentos © das ‘ordens © instragdes relativas saddo pibliea dimanadas da dirvecio geral compotent»; '8.* Orientar, coordonar 0 fiscalizar 0 servico dos dele- gados do saides 4.° Exorcer & inspocgio da higiene do trabalho e das gir a estagio do saéde maritima da sede do istrito, procoder a visita do saédo, conceder ou negar livre pratiea &s ombarcagdes © cumprir ¢ fazer cumprir as doniais presericdes do sanidado maritima; 62 Taspoceionar o sorvigo das rostantes estagdes de saiide maritima do distrito; 72 Diigir 0 posto de dé infecgio pablica 6 balnedrios © hospital de isolamento @ 0 combate as epidomias @ As moléstias infeceiosa 9." Tospoccionar os hospitais, casas de saide, coutros sanitirios, dispensérios o ostabelecimentos balncares o de assistducin mantidos ou subsidiados pela junta geral; 10° Fazor camprir as disposigdes logais sobre oxer- ciciv médico profissional: 11" Propor & comissio oxceutiva a parte do pluno quedrienul relativa 4 higieno, profilaxia ¢ defosa da saédo ib icw no distritos 12° Elaborar um relatério anasl s6bre os servigos a sou cargo, para ser presoute A comissio oxocutiva; 18.2 Dirigir o pessual empregado nos servigos de saiide o manter a disciplina néloxs 14° Corresponder-se directamente com a Direecdo Geral do Saide sobro assuntos de policia o estatistica sanitaria @ execugio téenica dos serv 15.° Prostar ao prosidente da eomissio executive a colaboracio que Ihe for pedida 16.° Mandar entregar, por guia, na tesouraria da junta as tuxus, omolumentos, multas ¢ mais rendimentos pro- vonientes do servico. Art. 59.° O posto de dosinfoecio © o hospital do iso- Inmento serdo aproveitados tanto para o servico maritimo como para o terrestre, sendo também comum o respec: tivo pessoal. Art, 60.* Os sorvicos do obras piiblicas distritais com- proovdem a construgio, reparagio © conservagio de Ostralis @ edificios @ os sorvicus hidraulicos, @ estio a eargo da Direocio das Obras Pablicas. “Art. GL. A. Diroccio das Obras Piblicas seré che- fiada por um engonbeiro civil. § Gnico, Nas suas faltas © impedimentos 0 director as obras piblicas sord substituido polo enzenheiro subaltorno mais antigo da Diroegio ou, nfo 0 havendo, pelo condutor on agente téenico mais antigo. I SERIE — NOMERO 303 Art. 62.9 A Directo das Obras Pablicas teré uma seegio de expedionte contabilidade, uma seecto de estudos © as secctes de conservacio que form necessi- rias, tudo nos termos do regulamento elaborado pela junta geral, podendo também, no caso de se consi- dorar indisponsivel, oxistir uma pagadoria e uina seegio do hidréulica. Art, 63.° As obras nos cdificios do Estado 6 monu- patos nacionals existentes no distrito sordo feitas pola Direegio das Obras Pablieas, a requisigao, sob as ordens @ por eonta da, Directo Goral dos Jee © Mont anentos Nacionais. Art, 64." Compote & Direeeio das Obras Piblicas assisténcin técnica As chmaras muvicipais que plo tonham repartic&o propria de engenharia, a fiscalizacfo das cons- trugdes urbanas 6 a informagio 6 fiscalizagto das obras realizadas com 0 auxilio do Estado om regime de com- articipagio. ‘Art. 65.° Compete ao director das obras piiblicas: 1.° Propor & comissio executiva a classificagio das ostradas do distrito; 2° Proceder ou mandar procodor A cluboragio de estudos, plantas, projectos @ orgamentos de obras o tra- Dalhos i ofectaar no distrito; 8.° Dirigir @ fiscalizar, ou mandar oseeutar sob sua responsabilidade, as obras e trabalhos ordenados. pola comissio executiva, depois do compotuntomente ostuidados © projectados; Maudar invontariar 0 matorial da junta entroguo & Direecio e vigiar pola sua conservagio j 5. Assulariar, nos termos dus instrugles recobidas da comissto oxceutiva, 0 pessoal nio permanente quo soja necrssario para a realizagio dus obras ¢ trabnlhos; 6. Ordenar a instrugito de todos os processos sdbre matéria relativa aos servigos a seu cargo que toubam de ser resolvilos pela comissio executiva, intorpondo oles 8 sua informagto e parecer; 7! Projectar 0 dirigir as obras do melhoramento, saneamento ou aproveitamento das aguas 0 corrontes piblicas, seus loitos, Alveos margons, ou das lovadas para irrigacio porteneentos ao distrito on a particularos 8.° Superintender na policia © consorvagio das aguas piblieas sob a administragio da junta, claborando as hecessirias instrugdes, nos tormos da lel; 9.° Exereer os demais podores © doveres que aos di- rectores do estradas, de edificios on de hidraulica com- potom pelas leis © regulamentos em vigor no coutinento; 10.° Propor & comissio exccutiva as obras mais neces: sérias © urgentes que devam figurar no plano quacrienal, documontando-as com momérias descritivas ¢ estudos j& feitos © coin uma estimativa do custo; 11° Dirigir 0 pessoal empregado na Direcgio @ nas. obras ¢ traballios 0 manter a disciplina nos servigus; 12. Elaborar um rolatério anual sobro os servigos & seu cargo, para ser presente & comissto oxecutiva; 18.° Prestar a0 prosidente da comissio execu eolaboragio que the for pedida; 14.° Mandar entrogar, por guia,.na tesouraria da junta as taxas, emolumentos, multas © miais rendimentos pro- venientes dos servicos. seegio vir Servios inditriio © elétricos Art, 66° Os sorvigos industriais © olSetricos com- preoniem os da compoténcia das circunscrigoes indus- friais 0 08 do licenciamento e fisealizagio dus instalaydes eléetricas de sorvigo piblico e particular. Art, 67. Os sorvigos industriais © eléctricos cons! tuirio uma scegio ancxada a outros sorvigos afins, c forme o interésse do cada distrito aconselhe, chofiada 81 DE DEZEMBRO DE 1940 1785 ‘por um agente téenico de méquinas on electrieidade 80 08 servigos a quo estiver anoxa nio furom dirizidos por engenheird industrial, mecaaico ou electrotécnico. ‘Art. 68.° Competo & secgio dos servigos industriais © eléctrivos: 1.2 0 registo do trabalho nacional ¢ 0 servigo da os- tatistica industrial; 2. A organizagio dos processos do liconciamento das inddistrias insalubres, ineémodas, perigusas ou tOxicas ; .° 0 expediento do licanciamonto © a prova, renovar io do prova, vistoria o fiscalizagio das caldciras, go- « adores © recipiontes de vapor ¢ a autorizagio para construgio do, chaminés 4.° O inquérito sobro as causes dos sinistros nas cal- 5.2.0 registo, vistorin e autorizagio para instalagio fancionamento de motores 5 6.2 A inspeecio do posos @ medidas ; 7.2 A organizagio dos procossos de condicionainonto industrial que hio-do ser resolvidos polo Govérno; 8.° A organizacio dos processos do licunciamento do instalagBes eléctricas o fiscalizagio das mosmas instala- bos. - “Art, 69.° Ao chofo da secgio compete: 1.° Taformar todos os processos organi 2» Apresontar ao prosidento da comissio oxecutiva 08 pr8cessos sobre que deva recair deliberagio ; 3.° Romotor aos Ministérios eompotentes os processos quo por éles dovam ser rosolvidos, corrospondento-s0 directamente, para ésto efeito, com as Direcydes Gerais rospectivas 5 Mandar pagar, por guia, na tesouraria da janta as taxas, emolumentos, multas © mais rondimentos pro- ntos dos sorvicoss .° Dirigir 0 trabalho do pessoal da seccio 5 68 Elaborar um rolat6rio anual sobre os sorvigos a seu cargo, para ser presente A comissio exceuti Prostar ao presidente da comissio executiva a coluboragio que ihe for pedida. dos na seegios seogXo vite Serviges de viagto Art. 10.° Os sorvigos do viagio sorto anoxados a 3s servicos afins, conforme o interdsso do cada distrito nsvlhe, podendo, no eaxo do ser deminuto o seu mo- vimonto, ‘ser cheliidos por um engenheiro ou agento téenico do quadro dos sorvivos a que estiverem anexos. ‘Art. T1.° Compete ao chefe dos sorvigos do viagio: 12 Informar todos os processos que teaham de ser resolvidos pola comissio oxceutiva ; 2 Autorizar a exploragio do transporte de excursio- nistas om antomévois pesados do aluguer ; 3° Aatorizar os transportes a que so roferem o § iinico do artigo 1., 0 § dinieo do artigo 5.° @ 0 artigo B5.° do ogulamento espacial do transportes om auiomsves po- sudos 4° Autorizar 0 refdreo do uma carreira com um novo carro ou 0 emprago de carros do terceiros ; 12 Caneel viataras ompregadas om eareiras rogu- 6.® Autorizar a susponsEo do cerreiras ragulares 7.2 Exereer a competéncia dos chefes das circunseri- gdex do vingio. Art. 72.° Nos distritos do Funchal 0, do Ponta Del- gala haverd uma seecto téeniea dos servigos de viagio, com a compet8ncia quo a lei © os rogulamontos Iho eoa- ferem, em espocial o exame dos eanilidatos a condutoros do automéveis © 0 registo, passagom © averbamentos dus respeetivas cartas § Ginico. A seccio técnica do Ponta Delgada exereer’ a sua competéneia om todo arquipélago. seogko 1x Laboratéri ditrtal Art, 73.° Os servigos laboratoriais serio eoncentrados, nun laboratério distrital, onde so procedord a analises de torras, toxicolégieas, bromatolégicas, bacteriolégicas © clinieas’e & preparagio de suros ¢ vacinas. § nico. O laboratério poderd tor duas seecdes, uma do anilises quimicas © outra de anilises bacterivlégicas 6 elinicas. Art. 74° 0 director do laboratério distrital seré. um médico bacteriologista ou um ongenheiro quimico. Art. 75.° As undlisos requisitadas pelos sorvicos dist tais © prla policia ao director do laboratério ou solicita- das polos servigos do Estado ao presidento da comissio executiva serdo gratuitas, mas as andlises para purtteula- res estiio sujeftas ao pagamento do taxas, segundo o pre- girio quo for aprovado pela comissio executiva capituLo Vv Dos funclonirios ¢ assalariados dlstritats Art. 76.° O possoal maior do cartoira dos servigos tritais eonstitae um s6 quadro privativo em cada di trito auténomo. ‘Art. 77. O recratamonto © provimento dos funciond~ ios do carteira da junta geral far-se 4 nos termos pres- critos no Cédigo Administrativo para os quadros priva- tivos. § 1. O jiiri das provas dos concursos seré constituido elo presidente da comissio exceutiva, pelo seeretirio 0 govsrno civil e polo chofe da seeretaria. § 2.2 Em todos 03 concursos © nomeagdes a ofectuar nos distritos uuténomos 6 permitida a apresentacio do certifieado do registo criminal © policial polos concor- rents até dois meses depuis do encerramento do eon- curso ou sla nomeacio. Art. 782 O chofo do sceretaria sor nomeaido, me- dianto concurso de provimento, de entro eandiatos ha- Dilitados, pelo menos, com a licenciatura em dircito © eoneurso do ingresso no quadro goral administrativo dos servigus externos do Ministério do Taterior. Art. 79.° O possoal maior téenieo dos servicos distri- tais constitue tantus quadros especiais quantas as diree- ges ou reparticdes. § 1° So para a oxccngto do tais sorvigos so tornarem neeessirios funcionirios de cartcira, serio estes desi- gnados, pelo prosidento da comissio executiva, de eutre 0s do respectivo quadro. § 2." O recratamento do pessoal’ nfo de eartoira far- -soné nos termos prescritos polas leis © regulamentos para anélogos cargos © servicos do Estado, ‘Art. 80. 0 provimento dofinitivo dos lugares téenieos sori sempre por meio do coneurso documental, em que 08 candilatos provem a posse dos requisitos gerais para 0 oxercicio do funcdes piblieas © mais as tabilitagdes especialmente exigidas para o desemponho do cargo. § tinico. A comissio exocutiva da junta geral podord sompro optar "pelo provimento por contrato anual, suces- sivamente renovivel, mas contanto quo o cantratado possita A clita do primeiro contrato os roquisitos gorwis © as habilitagdes especinis para 0 exerelcio da funcio, Art. 81.2 $6 6 permitido contratar pessoal permanente para o provimonto do vazas correspondentes a luxares dos quadros aprovados por lei, O pessoal assalariado de caricter permanonte, com as garantias conferidas pelo Cédigo Administrative, ser apenas 0 quo preencha lu- gares dos quadros propostos pela junta goral © xpro- Vados plo Ministro do Luterior, depois do ouvida a Cuixa Goral do Aposentagbes. 1786 I SERIE — NOMERO 303 § 1° Os contratos para a prostagiio de servigos tran- sitérios nto poderdo excader a duragio de seis moses, ronovaveis apenss por mais trés mesos, ¢ estipularto sompre a remuneracio global dos servicos prostados, com a cliusula do que metade, polo monos, s6 sord paga depois do éles concluidos § 2° $6 podom ser assalariidos os apontadores, os sorventuérios do pessoal menor, os cantonciros, os ope- ririos 6 08 trabalhaduros, mas 0 pessoal que no preonche vaga nos quadros prestard sorvico tnicamonte emquanto durarom 08 trabalhios o obras pare quo for chamado. Art. 82.2 O tempo do sorvigo prostado As juntas go- rais por funefonarios do Estado, ainda quo so encontrom na sitaagio de liconga ilimitada nos quadros dos Minis- térios a quo portencam, 6 contado pare efeito de apo- sontagio. § 12 Os fancionérios do Estado aposentar-se-Ko som- pre pela Caixa Geral do Aposentagdes, que pagaré toda 8 pensio, reecbendo dopois da junta geral a cota parte ‘dente ao némero de anos do servigo que Ihe sposto neste artigo aplica-se aos fanciond~ ios quo antes do seu ingresso nos quadros do Estado tenham sido nomeados para cargos corrospondentes 20s dos mesmos quadros na dependéncia das juntas gorais ‘anténomas. TITULO I Das finangas distritais aPiTULO 1 Da receita ¢ despesn, orcamento © contabilidade Art, 83° Constituom receita ordindria dos distritos auténomos: 1.° A contribuigio prosial, ristica 0 urbana; 22 A contribuicio industrial ; 3.2 0 imposto profissional 42° 0 imposto sobre a aplicagio de capitais; 5.° 0 adicional até 20 por conto das colectas das con- 82 Os juros de mora; 9.° Os adieionais quo por lei devam sor cobrados para a junta goral eum as contribuigdes directas do Estado; 10.” Os rendimentos dé bens préprios, mobilidrios 6 imobiliérios 11° As texas, omolaumentos o rendimentos dos servi- cos distritais; 12° O produto das multas cobradas polos servicos distritais em conse éneia da transgrossio de postaras © roxulamentos cuja aplicagdo soja da sua competéncia ; 18.* O produto da cobranga de eréditos vincendos no ano cconémico; 14.° Quaisquer outros rondimentos atributlos por lei ‘Art. 84° A cobranga das contribuledes © impostos, adicionais @ juros de mora seré feita pelo Estado 0 0 produto entregue mensalmente As juntas gerais, & me- dida que va sendo arrecadado. § 1.° As juntas gerais pagardo ao Estado, como com- ponsagio da cobranga, 2 por conto das quantias arreca- Tatas, deovendo fazer-so & respective doduglo om calla ordem do entrega de receita. . 8 2.° O contencioso das contributgBes o impostos @ a cobranga cooreiva regulam-se pelas leis comuns, sondo compotontos as autoridades e tribunais nolas institufdos. ° No primeiro trimestre do cada ano, quando nio estejam,conclnidas as tabolas de cobranga 0 oncerradas “ 4s contas do més de Janciro por motivo justiicado, po dora a direegio de finangas fazor entroga om cada mes A junta goral de 80 por conto do duodécimo previsto para as recsitas por ela cobradas. Art. 85.° Portencom as juntas gerais as receitas dos cofres privatives © os emdlumentos das secrotarias dos govoruos civis © da policia, as taxas © emolumentos do passuportes, licengas de emigragdo © de agontes de emi Gracto, as moltus aplicadas polas delegagdes do Instituto Nacional do Trabalho © Previdéncia © pelos tribunais do trabalho © as receitas da delagagto da Inspeegio Ge- ral das Indéstrias © Comércio Agricolas. § 1.° Nos distritos em que 0 ensino lieeal © técnico soja custeado polas juntas gorais pertoncem a estas os endimentos provenientes dos emolunientos das secrota- ras dos licous © escolas, dos bolotins de matricula e ins- ericho, propinas, requerimentos para exame, cartas do curso © venda de cadernos escolares. § 2.0 Nos distritos que touham a sou cargo os ser 408 industriais, eléetricos @ de viacio pertencem as jun- {as gorais as respoctivas receitas, sulvo as de registo de trabalho nacional, de que terdo dois tergos, © a8 do li- conciamonto 0 fiscalizagto do caldeiras @ motores, de que thes eabe metade. Art. 86.° Constituem desposas obrigatérias de admi- nistragio dos distritos auténomos: 1.° Os vencimentos do pessoal legalmente provide nos lugares dos quadros aprovados por lei; a2 ‘As ponsdes do aposentagio; gai, OF eneargos do’enpréstimos legalmonto contrat. 85 achi? At renultantes do contratos loguimente entra. os; 5.° As do pagamento de dividas exigiveis; 6.° ‘As dos itigios; 7.* As dos prémios de soguro dos bens distritai X82 As dos impostos, foros, pensdcs ou outros encar- 03 a que estejam sujoitos os bens préprios do distrito; 9. As de dotagio dos servicos distritais; 102 As do pagamento dos emolumentos pelo julga- mento de contas; IL? As da hospitalizagio dos alionados; 12° As resultantes da instalagio © manuten¢to dos servigos do Estado postos a sou cargo, nomendamento © govéruo civil, os estabelecimentos dé ensino liceal © ‘téenico, a delegacio do Instituto Nacional do Trabulbo 0 Providénei inal da trabalho, a direcgto do dis- Pabliea do Ponta Do'gada ¢ 0 Arquivo Distrital do Funchal © dos vencimentos do res- pectivo pessoal; 18.° As do expediente da comissio distrital de contas; 14° As do instalagio © consorvagio da direegio de finangas © quaisquer outras repartigdes distritais; 132 0 subsidio para dosposas de representagio do presidente da comissto oxecutiva o as despesas de grando Tepresentagio do govérno do distrito; 16. As qno nos distritos do continente ostejam a cargo dos cofros privativos dos governos civis; 172 Qnaisquer outras que a lei imponba. Art. 87.° O orgamento das juntas gorais sord organi- zado nos termos preseritos pelo Cédigo Administrativo, mas a receita ordinéria seré clossificada 0 distribulda pelos seguintes capitalos: 1.° Contribuicdos © impostos; 21° Taxas—Rendimontos do divorsos sorvigos e do bens proprios; 8.9 Consignagiio do receitas; 4° Reombolsos, reposighes o dividas activas. Art, 88° $6 podein ser inscritas no orgamento da despesa de um ano econdmico sob a rubrica de dividas 81 DE DEZEMBRO DE 1940 passioas os que figurom na relagho anoxa & conta do ‘geréneia do ano anterior. "Art. 89° B pormitide as co juntas gerais: ‘L.° Transforir verbas do orgamoato das despesas dentro da mesma classe, nio podendo ser transferidas as quo se destinem a dotar construgdes o obras novas © a con- servagio © aproveitamento de material 2° Aprovar orgamentos suplementares para ocorrer as despesas imprevistas ¢ extraordinarias resultantes do imposigio legal ou de factos ou circunstancias anormais. § Gnico As deliberagdes sobro transferéneia de verb: @ aprovagio de orgamentos suplementares s6 se tornam executirias depois de aprovadas pelo governedor do Aistrito, ouvida a comissio distrital do contas. ‘Art. 00.9 A contabilidade distital,regerse-tpolas normas estabolecidas para a contabilidade municipal, com as altoragies julgadas indispenstveis quo as juntas gerais introduzirem nos sous regulamentos privativos. § Gnico. O regulamento privativo da contabilidado 36 entraré em vigor depois de aprovado pelo govornador do distrito, ouvida a comissio distrital de oo ‘Art. 91° Os rendimentos dos servigos admuinistrativos © osfecinis da junta serio sompro cobrados pola tesoura- ria, medianto guia passada na repartigio onde foram processados. § nico. Exceptuam-so os sorvicos “a que for conce- dida autonomia financeira por assim o permitirem as leis © regulamentos por quo so rogem idéaticos servigos do Estado. issdos oxecutivas das CAPITULO I Da com! Art. 92° Em eada distrito auténomo haveré uma comissio distrital de contas. composta pelo director de financas, pelo delegado do Procurador da Repéblica na comarca da sedo do distrito © por um vogal designado pelo governador. § 1:2 A presidancia da comissto pertenco ao director do finangas; mas se estiver fuzendo as suas vores 0 subsite, passaré a0 delogado do Proeurador dx Re- publica. . § 2° Os funciondrios que fazem parte di comissio serdo substituidos por quem os substituir nas funcdes piblicas quo exereem, eo vogal nomendo, por wim subs- fituto também do nomoagio do governador. § 3° O vogul do.nomeagio seri escolhido de entre pessoas com pritiea da admiuistragto distrital, de pre- forencia formados ou licenciados em direito ou em cién- cias econdinicas 6 financeiras. § 4° 0 oxpodionto da comissio corre pola direegio do finangas do distrito, § 5." As fungdes da comissio sto obrigatdrias © gra- taitas. ‘Art. 93.9 Compote & comissio: 1.° Dar parecer sobre a transferdacia de verbas © 0s ‘orgamontos suplomentares da junta geral; 5 32 Dar parecer sdbre o regulamento privativo da contabilidade distritals * Dar parocer sObro as diividas quo a comissio exe- eutiva tiver acérea da execucio das disposigies legais relativas & roalizagio de despesas 0 da sujeigio ao exame ¢ visto; 4.° Examinar 0 visar: @) As minatas de todos os contratos de arrondamento, ‘ompreitada © concessio, bem eomo os de fornecimentos Por prazo superior a um més; 2) Os contratos de qualquer naturoza; ©) Todas as doliberagdos © decisdes que envolvam abonos do qualquer espécio a pagar por vorbas do orga- Aistrital de contas . 1737 ‘mento distrital, incluindo as nomeagies, mesmo inte- rinas, © as que concodorem geatitieagdes de carécter pormanonte autorizadas por loi, mas sem limite fixo nela Participar ao governador do distrito-0 aos tri- competentes os actos praticados pela junta geral, comissio uxecutiva ou seu presidente com desrespeito do disposto nesto artigo. § tinieo. Nio estio a) As antorizagies @ mandados para pagamento de vencimentos cortos ou eventuais inerentes por dispo- sigho legal expressa ao oxercicio de qualquer eargs; 'b) Os abonos a pagar por verbus giubais om soldudas, Frias 0 saldtios do pessoal operdrio. Art. 94.° O exame 0 visto soré feito por dois vogais, um dos quais seri sempre o director do finangss © 0 outro desiguado para Gsse sorvigo por escala de semanas alternadas, A secrotaria da junta gral remetoré & direcco de finangus, dentro dos ito dias seguintes & aprovacio da respectiva acta, ebpin de teor om duplicady da parte respoitante & deliberagao, selada com 0 solo branco da junta, on, tratando-se de despacho do presidente da comissko oxecutiva, cépia do ducumento em que tenha sido proferido, com o teor date. '§ 22 A copia em duplicado do acto sujeito a visto ser acompanhada do processo que tenba instruido e iberagio ou decisto © de informugao da contabilidade da junta s6bre o eabimonto de verba. $3.° Recobida a obpia, soré logo registada om livro prd- prio na direcgio de finangas, capeada, autuada 0 reme- tido 0 procosso aos vogais enearrogados do examo. visto. $4 O oxame consistiré om verificar s0 a dospesa 6 autotizada por lei, se esté corroctamonte classificada se tom cabimento na compotente verba orgamental. § 5.° Concordando os dois vogais, serd aposto ou ne- gadoo visto, mas, so discordaroin, o presidente couvocaré imodiatamento a rednigo da comissto, para se resolver por maiori $6. A concessio ou denegagio do visto deve fazer-se no praso méximo de quatro dias dteis contados da data da entrada do acto na direcgio de finances. $7." A comissio pode pedir novos documentos om esclarveimontos A junta geral, devendo nesso caso eon- tar-so 0 prazo desde a data da entrada dos elementos pedidos. § 8° Concedido ou negado 0 visto, soré dovolvido & socretaria da junta um dos exemplares da eépia do acto, com a decisto exarada, acompanhada do processo ins trutor, ficando © outro exomplar arquivado na direegdo de financas. §9.° A rocusa dd visto sera sempre fundamentada, Art. 95.° Da decisio da com*ssio distrital de contas sObre denegacio de visto poderd a comissio executiva da junta geral interpor recurso para o Tribunal de Costas, no prazo do trinta dias © sem efeito suspensivo. ‘Art.'96." A recusa do visto pla comissio distrital de contas importa a anulagio das deliberagdes ou decisdos, salvo so vier a sor concedido pelo Tribunal do Contas. § 1° Nenhum contrato nem nomeacio poderé comocar a produzir os sous efeitos om data anterior & do visto. § 2.° Sio nulus as nomeagdes ¢ contratos foitos som visto prévio da comissio de contas. Art, 97.° Ficam pessoal e solidariamento responsiveis polas despesas feitas som o visto da comissio distrital do contas os procuradores A junta goral, os vogais da comissio oxecutiva © sou prosidente e os funcion: quem soja imputivel a omissdo dossa formalidade, § tinico. No euso do nto ser possivel o a responsabilidade presumir-so-io rosponsiveis o presidente da comissio exocativa @ 0 chofe da secretaria. 1738 a TITULO IV Dos governadores dos distritos autonomos caPiTULO NICO Desiguagio ¢ competéncia Art. 98.° Nos distritos autnomos 0 goveroador civil tem a designagdo do egovernador do distrito auténomos @ goza em todo 0 territério du cireunseri¢ao das honras que competem aos Ministros do Estalo, com precedéucia sobre todas as anturidades eivis, judiciais e militares que nélo sirvam, estacionem ou trunsitem, exenptuados 0 Presidente da Repiblica, o Presidente do Conselho, os Ministros, o8 Sub-Secrotirios do Estado o os prosidentes do Supremo Tribunal de Justiga, da Assemblea Nucio- nal ¢ da Camara Corporativa, § 1° Os vencimentos dos governadores sio 0s quo constam da tabela anexa ao presente Estatuto 0 que aéle fica fazendo parte integrante. : § 2° Os governadores naturais do continente © quo af se encoutrem residindo & data da sua nomeagio tm dieito 20 aboao do passagens, por conta do Estado, para si @ suas familias, na viagom’do ida apés a nomea- go @ na do rogresso um caso de exoneractio ou demis- slo, bem como ao pagamento do frote do excesso de Dagagem, at6 ao limite que for autorizado pelo Ministro do Interior. '§.3.° B protbido 0 abono regular aos governadores de importineias por conta da verba de despesas do grande represeatagio dos orcamentos das juntas gerais. Art, 99." Aos governadores dos «listritus auténomos ‘compete, além dos porleres contiridos pelo Codigo Ad ajstrativos aos govornailores ei 1.° Fisealizar a aciividade do 08 dopeudentes do Estado 0 existontes no distrito, in- formaudo 03 competentes Ministros das irreguluridades do qu tiverem conkecimentos 2.* Resolver em easo do urgéncia as diividas e difical- dades quo surjam na aplicarto dus Iris © rezulamentos pelox servieos do Estado, participando logo ao Miuistro competente a deeisiio tumada; 8.° Visitar, ao menos uma vez eada ano, os diferentos pontos das ilhas que constituem o distrito, recchendo as Peticdes o reclamacdes que thes forem spresentadas o in- quirindn das nocessidades loc 4.° Nomear o presidente da junta geral @ 0 sow substitute, um vogal efvetive © outro substitute para a comissio distrital do enntas, os presidentes das ctma- ras wunicipais, os conselhus municipais, onde Ihes fOr permitide, © os regedores; 5° Exercer tutels, ouvida a comissio distrital de eontas, sobre as deliberagdes da comixsio exocutiva re- ativas’& transferdncia do verbas orcamentais ow a orga mentos suplomentares; Aprovar, ouvida a comissio distrital de eontas, 0 regulamenty privativo da contabilidale da junta geral; 7. Suspender as deliberagdes da junta gersl 0 da comissio executiva quando as considere gravewento le- sivas slo interesse geval; * Autorizar a admissio do candidatos a concursos abertos yslvs corpos administrativos 0 pessoas colectivas do utilidade piblica admiuistrativa quando verifique no Tevelarem espitito do apesicio aos prinetyios e-senciis da Constituigo Politicn © que dio zarantia de cooperar na rralizacio dos fins superiores do Kstado; 9° Regular a exportaio dos produtos agricolas © de Bade por moio de instrucbes dirigistan As alin ouvinlo 0 delegado da Inspercto Ger Coméreio Agricolas, nos termos da legislacio em vigor} 10." Superintender nos servigos da policia civiea, sal 4 compoténeia legalmente conferida aos Orgios suporio- * rario do I SERIE — NOMERO 308 res desses servicos, dispondo da policia do seguranga pata maoter « ordem 0 tranquiliade publica mas nom intromissto na investigacto criminal © nas prisdos pre- ventivas durante o prazo legals 1L° Em goral, superiatender na administragio pi blica do distrito, providenciando sobre tudo 0 que, por loi ow regulamento, ndo seja das atribuigdes de outras autoridades. Ant. 1002 0 Govérno poder, por decreto, delegar poderes miaisteriais om algum ou em todos os governa- dores dos distritos aut6nomos. ‘ § tinieo. Em casos de extrema urgéncia © verifican- ¢ circunstincias excepeiouaia, a delegacto sera feiia por telograma, mas apenas pelo tempo quo durarem as ircunstincias quo a justifiquem. Art. 101.° Compote uns governadores, ouvida a junta geral © obtida autorizagio do Presidente do Conselbo, elaborar regulamentos legislativos sobre quaisquer maté- rias no reguladas por Tei ou deereto, ou quando os re- gulameutos do Govérno nio sejam aplicaveis aos dis- fritos auténomos. $ dnico. Os regulamentos logislativos sero publieados 20 Liidrio do Gocerno @ por eilitais afixados nos lugares do estilo em todo o distrito, aplicando-se-thes os dem: preceitos rolativos aos regulamentos dos governadores civis. TITULO V ‘Dos concelhos e freguesias CAPITULO T Dos concothos sKegXo 1 Disposigdes gorals Art, 102.° Os presidentes das eimaras municipais com sedo em ihas que nio sejam sede do distrito toman posse na propria efimara pela apresentagio do alvara do nomieacio. § fiuico. O auto do posse sera lavrado no livro pré- prio pelo chefo da soeretaria da efmara, que logo ex trairé copia para sor envinda a0 govornador. Art, 103.* 0 quadro-tipo do pwssoal maior das scero- tarins dus edmaras nos concelhios rurais de 3.* onlem soré, salvo 0 que vai disposto pars os concelhos de Porto Santo @ do Corvo, um chefe de seereturia, um escritue classo'e um escriturario do 3." classo. § 1° Os chefes de sceretaria dos concelhds rurais de 3.* ordem sio para todus os efvitos considerados pes soal do quadro privativo dns respectivas efmaras, in- cluldos.na 1.* elasso da 3.* entegoria, mas com os ven- cimentos da 3." classo da 2.* catogoria da tabela anexa a0 Coligo Administrativo. § 2° Nos concelhos em que o pessoal actualmento existento excoder 0 qualro serio 08 funcionirios exee- dentes considerados escriturdrios de 3.* classo supranu- ‘merérios, extinguindo-so os luxares & medida quo va- ‘Art. 104.° O quadro-tipo do pessoal maior das secro- tarias dus eamaras dos coneellivs rurais do 2.* ordem ser de um chefo de sceretaria, um aspiranto 0 dois es- criturarios do 3.* classe. § nico, Qaundo 0 movimento da secretaria o justifi- que, podera 0 goveroador do distrito autorizar nos cua calhos cuja receita ordindria média nos dltimos trés anos soja superior a 600.0008 a eriacio de mais um lugar de escriturario do 2.° elasso. Art. 103.° O intendento de peeudria poderd exereer as fangBes de voterinario municipal do eoneelho da sedo do distrito, mediante a gratifieasio monsal de 6005, paga pela Camara, 81 DE DEZEUBRO DE 1940 Art. 106.° Continua a ser pormitido o Iangamento de impostos indirectos sobre os séneros importados para consumo pelas alfindogas das ilhas, incluiado as maté- is primas, : 1 As ctmaras musieipais claborardo uma paste, sobre 0 modalo da pauta aduaneira, com os géneros 6 artigos tributados, oxeluindo os isontos expressamento de imposto para o Estado. § 2.° A pauta mun‘eipal s6 so torna oxecut6ria depois do aprovada polo Miaistro das Finangas, ouvide o direc- tor da alfindega do distrito autonomo x quo o concolho jertencer. PGB A cobranea dos impostos indireetos sord feta pelas alfindogas no acto do despacho, qualquer que seja a declaragio dos importadores aeéreu du destino das moreaorias. § 4.° Sdmento sordo restituidos sos importadores os impostos cobrados por géucros quo s0 roexportarom. Art. 107. As eimaras manicipais existentes em cada ‘tha fario sempre, entre si, acdrdo para a adopeio da ‘mesma pauta @ repartigan do produto do imposto cobrado, sendo facultative 0 acordo entre edmaras de diferentes ‘thus do mesmo distrito. § 1.° Quando faltar 0 acdrdo das efmaras interessa- dax, decidird sobre os pontos nio rosolvides o goveraa- dor’ do distrito, ouvida a comissio executiva da juata geral. § 2° O produto dos impostos cobrados sora mensal- ‘mente entrogue pelus alfindegas as efimaras, na propor io do quo entro elas tiver sido acord:ido ou for estabe- Yecido polo governador na falta do acdrdo, decluzindo 5 por conto como componsagio das despesas do cobranga para o Estado, 3. Os acordos a quo Osto artigo so rofero sori ‘obrigutdriamente revistos de doz om doz anos, a partir de 1940, Art, 108.° Nao tom aplicagio nas ilhas adjacentos 0 Aispostd no artigo 713.° do Cosligo Admiaistrativo. § 12 O diroctor da alfandega tera sompro om aton- sd parecer que’ der sobre os projectos das pautas inudivipais, a necessidade do nio ocarocor os géneros de cousumo corronte das classes pobres o de evitar os ‘excessos do protoccionismo da economia do uma ilha om detrimento das outras ilhas ou do continents. § 2° 0 impoxto sobre vinhus do pasto niio poderé exceder 530 por litro © o imposto sdbre o alcool simples seri sompre o dobro do que incilir sobro a aguariteuto, Art, 109.° Constitue receita das edmaras municipais © produto total do imposto sobre tabaco importado das outrus ilhas do arquipélago ou produzide na luealidade. Art, 110.9 Os eis ratoiros @ us portadores de costs, pagario a taxa annal de registo e liconga de 255 Art. LIL A cobranva dos impostos indivectos sobre ‘08 géneros vondidos para consumo nos mereados rauni cipais podord ser feita por arramatacio quando se mos tre havor considerivol projulzo ua eubranga directa 0 & doliberagdo da edmara soja aprovada polo consolho mu- nicipal § nico. Fora dos morcados municipais aplica-se 0 Aisposto no artigo 718.° do Cédigo Administrativo. srogXo 1 ins para as thas de Pérto Santo e do Corvo © Nas ithas de Porto Santo © do Corvo nio haveri juutas do froguesia, cujas at t6acia passan para as respoctivas e&marus municipais. Art. 1132 O lugar de presidents da etmara muuicé pal sert dusempenhado pelo delegalg maritimo quando sto syja oficial da armada. 1739 § 1° No caso do o delogado marftimo nao ser oficial da armada o governader do distrito poderé nomear qualquer outro funcionario distrital on do Estado resi. dente na iba. § 2.° © presidente da camara 6 também o delegado de junta geral na ill, Art. 114° 0 eoaselho municipal ser constituide por dez a quinze municipes, designados yuadrienalmento pelo governador do distrito de entre os chefos do famitis do concelho, maiores de trinta anos, probos e de si cons- cigneia. § finieo. Nao podem sor designados para o consolho municipal os individuos compreendidos nos n.* 1.°¢ 8. a 18.° do artigo 18.° do Cédigo Admiuistrativo. Art. 115.2 As Camaras Municipais de Porto Santo © do Vila do Corvo nao tém atribuigdes do exercicio obrigatério nom drgios muaicipais consultivos o fieam dispensudas de mandar levantar x plauta topogrifica da tedo do concelho © de orgunizar o respective plano de urbavizac Art. 116.° As socretarias das camaras a que osta sec- silo se refere estario a cargo de um eserivio, com 2 competincia dos chofes do secretaria, provido por eqn: ‘rato anual, tAeitamento reaovavel, § 1.° O lugar de escrivao poderd ser acumulady com gnnlquor outra fuugdo piblicw remunerada. § 2° O vencimento mensal do escrivio seri mente fixado pola etmara, da barmonia com as poss lidades finaneeiras do concelho, mus sem nunea exeeder eee de abs § 3.° Em caso de absolute necessidade poderd o go- vernador do distrito autorizar us c marae a coatratar am ait de seeretaria, com o vencimento mensal mé- 8 42 Nos concolos om quo actualmento houver fun- ciunérios com provimoato vitallcio manter-seZ0 estos, com os vencimentos quo estejam auferindo, max os lu gares soriio extintos A medida que forem vagando, Art. 117.° Na ilha do Corvo o escrivio da Camara dosemponha as funcdes de notério publica. Art. 1f8.° As fangtes dv tosoureiro mubicipal ser dosempenhiadas por um dos vorealores de camara, de- signady pelo prosidente, quanio as recaitas ordit anuais sgjam inferiores a 100.0003, aplicando-so-lhe 0 disposto no artigo do Codigo Administrative. § Gnico. Se as recoitas oxeoderem 100.0005, aplicar- -80-4 v disposto no § tinico do artigo 140.° do mesmo Codigo. Art, 119.° Sio disponsadas estas eamaras do paga- mento do quaisquor cots para assvciaytes o institutos pacionais o iaternucionais que a lei imponha aos muni cipios. caPituLo 11 Das froguestas sucgio 1 Froguesias do Arquipéago dos Apis Art. 120° Em cada freguosia do Arquipélago dos Agores haverd uma junta do freguosia ¢ um regedor, com as atribuiedes © competéneia que Ihes sio confori. das prlo Céigo Administrative. § ‘inico. Exeeptua-se 0 disposto quanto A ilha do Corve no artigo-112.° do presente Estatato. Art. ‘As juntas do freguesin acrescem As 8 proprias atribuigdes as que por lei incumbem As Casas do Povo sobre instruciv, odueneio @ progrossos locals. § 1." As juntas polom também formar mutualidades © cooporativas nos tormios permitidos As Casas do Povo, ‘mus essis instituicdox terdo s6vios privativos, uma direc. cio propria, de quo furé parte o presidente da junta, © 1740 1 SERIE —NOMERO 303 finongus © administragio auténomas, ficando com direito a receber o dote para organizugio'e fundo permanente concedido iis Casas do Povo 0 sob a oriontacio @ tutela do Instituto Nacional do Trabalho © Previdencia. § 2 Para coustituicio das mutualidades ¢ eooperat vas a quo ésto artigo so refero 6 permitida a unito d fregacsivs do mesmo coueelho, nos termos estabelecid pelo Codigo Administrativo, § 3.2 O Instituto Nacional do Trabalho © Previdéncia regularé, por meio de instracdes, a exceugto do disposto neste artigo, no devendo constituir-se Casas do Povo sendo nas condigdes néle previstas ‘Art. 122.° 1 perwitido as juntas de freguesia dos Acres fuzer_a exploragio agricola dos sous. baldios ‘susceptiveis de cultura, © que ndo convenha dividir, 0 arrocadar as rospectivas receitas. seogto 1 fo‘ Arquipdlago da Madeira Freguesi ‘Art, 128.¢ Em cada freguesia do Arquipélago da Ma deira haverd um regedor, eom a competéncia que Ihe 6 conferida pelo Codigo Admiuistrativo. ‘Art. 124.° A represontacio das juntas de freguesia nos eonselhos municipais seri suprida por quatro vogsis, nomeados pelo governador do distrito, de proferducia de entre municipes residentes nas freguesias ou sitios fora da sede do coneelho. ‘Art. 1252 As atribuicBes das juntas do freguesia serio dosempenhadas e a sux compotducia sora exercida pelas efmaras municipais, salvo se por lei forem entreguos a outra eatidade. ‘vivULO VI Disposigses finais e transitérias Art. 126.° Em tndo 0 que nio.esteja especialmente visto no presente Estatuto, vigoraré 0 disposto uo Co- Tigo Adminetrativo do-eoutioente ‘Art. 127." Sompre que no Cédigo Administrative do coutinunto se exija a intervengio do conselho provincial fou da junta do provincia entender-se-& que a functo pertencd nas ilhas. adjacentes & junta geral do dis Anténumo © sua comissio oxocu ‘Art. 128.° Sio apliciveis aos servigos téenicos distri- tais os rogulamentos vigentes no eontinente para os scr- vicos da_mesma natureza, entendondo-se sempre que perteuro As comissdes oxecutivas das juntas erais a Competencia que nesses regulamentos 6 atvibuida as di- reegbes gerais, Juntas Autéoomas do Estradas © das Obras de Hidréuliea Agricola o Junta de Electrificagio, Nacional © quo os chefes dos servicos distritais tem a ‘ecomperéncia dos funcionarios dirigentes das maivres eir- eanserigdes do sorvigos externos uttes previstas. ‘Art. 1292 Nio'é permitida aos corps administrativos 1 eoocessio de subsidios permanentes, temporiivs ou peciis ou do donativos a emprésas particulates com fins Jucrativos 0 a publieagdes periddieas, mesmo quando 80 destinem « ndmeros do propaganda local. § nico. Pelas desposas feitas com infraceio do posto neste artigo responderio pessoalmente o presidento 4o corpo administrative © o chefo da respectiva secreta- ‘Art. 180." As divides quo surgirem na aplieacio do presonto Estatuto serio resolvidus por dexpacho do Presidente do Consclho, salvo tratando-so do matéria, osporialmente regulada no Cédizo Administrativo, pois fem tal caso a divide soré resoivida por despacho do Ministro do Taterior. Art. 131.9 De futuro as disposigdes deste Estatuto nko #0 consideram rovogadas por qualquer lei goral ou especial sem Ihes ser feita expressa rofereneia. ‘Art. 132.° Ficam rovogados os decretos n.°* 15:085, de 16 de Fevereiro de 1928, © 15:80, de 31 de Julho do 1928. Ministério do Interior, 31 de Dezembro de 1940. © Ministro do Interior, Mério Pais de Sousa. Tabela anexa 1-Veacimentos moussis dos governadores dos di tritos auténomos: s ‘Anges do flerism0 Bela 2—Subsitio mensal para desposas de representa- ho dos prosentes d : Angra do Hleroiamo @ Horta Ponta Delgada ¢ Funchal (e). sponse ate Ministério do Interior, 81 do Dezembro de 1940.— © Ministro do Interior, AMér’o Pais de Sousa. indice Titulo 1—Da divisko do torritorio. ‘Titulo U— Dos distritos aut ‘Copituio 1 — Dos or Capitulo 1 — Da junta, Pens ‘Seogdo I—Composigho, ‘eonstituiglo, ceseBes’ 6 rounidea ne as in eepo Il — Atriburybes © compet Capitulo I1I—Da cowissdo oxeoutlva ss ss Seegdo I—Composigto, atribulgdes ¢ Tuaciona ‘muito ‘i . Seegto II — Competivcia dnooos Copitul IV — Don goign dntitafn © 22 22S SS gan 7 12 Seordanig Seciae frourarss fe Seceio 111 — Rorvigo agro : Sesrae rvigos prow Sogo 'V—Servigos doaaive, | © 222. | Sociao Vi Servigos de obras pitlicas «SL Socrao Vil Serviges infuytiats 0 ectriecs Sccyae Vill — Servigon de vingdo™ Sccgae 1X —Laoratdro distrtal’ 2 1 2° Capitulo V —Dos fucionarios e assalar ‘Titulo lias Bnangas sintitats Capitalo T—Da ecita v dospess, orgameato bilidade st Capitulo — Da comin distil de conan: ‘Titulo TV —Dos governadores sos distritos autsvomos ‘Capitito inico—esiznacdo e competéncia » = = + Titulo V—Dos concelhos © trogtesian «> = Capitalo 1 Dos concrtlon ss «> Secelo 1-—Disposigbes gerais <1. 11 21. yope Seegdo Il —Dicposigdes espeeiais para'as has’ do ‘Phrto Sant £ do Conve sss +=. 1129 Capitule N—Das froguesian es Seccdo |—Frogwesier Us Arqsindags ds Ae Fregurias uo Arquelage de ed cs Tas transitorias, ‘Titale VI— Disp ‘Daruena Naoiowai be Lisaoa

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