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BEIRA DE GUA EUGNIO DE ANDRADE Estive sempre sentado nesta pedra escutando, por assim dizer, o silncio.

. Ou no lago cair um fiozinho de gua. O lago o tanque daquela idade em que no tinha o corao magoado. (Porque o amor, perdoa diz-lo, di tanto! Todo o amor. At o nosso, to feito de privao.) Estou onde sempre estive: beira de ser gua. Envelhecendo no rumor da bica por onde corre apenas o silncio.

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