A guerra colonial

Designa-se por Guerra Colonial, ou Guerra do Ultramar, o perodo de confrontos entre as Foras Armada Portuguesas e as foras organizadas pelos movimentos de libertao das antigas provncias ultramarinas de Angola, Guin e Moambique, entre 1961 e 1974.
Colnias portuguesas em frica no perodo da Guerra Colonial.

 Logo aps a sua criao em 1945, a ONU consagrou o direito dos povos autodeterminao e independncia. Gradualmente, vrias potncias coloniais europeias, como a Inglaterra, a Blgica, a Holanda ou a Frana, concederam a independncia s suas colnias. Portugal, contudo, tomou uma atitude diferente.
Salazar entendia que as possesses portuguesas faziam parte integrante do pas: as colnias eram consideradas provncias ultramarinas, sendo Portugal um pas pluricontinental e multirracial, que se estendia do Minho a Timor. Perante a poltica intransigente de Salazar, formaram-se nas colnias portuguesas movimentos independentistas. Assim, em Angola, surgiram o MPLA, a FNLA e a UNITA, na Guin, o PAIGC e, em Moambique, a FRELIMO. Em 1961 deram-se as primeiras revoltas em Angola e, nos anos seguintes, na Guin (1963) e em Moambique (1964).

 Portugal enviou ento tropas para frica. Entre 1961 e 1974 foram mobilizados mais de 900 000 portugueses que se juntaram s tropas recrutadas localmente.

 A guerra colonial, que durou 13 anos (1961-1974), provocou despesas elevadas e o isolamento do pas a nvel internacional. Mas, acima de tudo, a guerra colonial provocou mais de 10 000 mortos, para alm de feridos e incapacitados.

 Foi apenas com o 25 de Abril de 1974 que a guerra colonial terminou e as colnias portuguesas se tornaram independentes.

Aquele Inverno
Letra e msica: Miguel ngelo, Fernando Cunha Intrprete: Delfins/Resistncia

H sempre um piano um piano selvagem que nos gela o corao e nos traz a imagem daquele Inverno naquele Inferno H sempre a lembrana de um olhar a sangrar de um soldado perdido em terras do Ultramar por obrigao aquela misso Combater a selva sem saber porqu e sentir o inferno de matar algum e quem regressou guarda a sensao que lutou numa guerra sem razo... sem razo... sem razo...

H sempre a palavra a palavra 'nao' os chefes trazem e usam pra esconder a razo da sua vontade aquela verdade E para eles aquele Inverno ser sempre o mesmo inferno que ningum poder esquecer ter que matar ou morrer ao sabor do vento naquele tormento Perguntei ao cu: ser sempre assim? poder o Inverno nunca ter um fim? no sei responder s talvez lembrar o que algum que voltou veio contar... recordar... recordar... Aquele Inverno