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dugao - > de Tensao Este capitulo 6 dedicado ao estudo das tensdes que ocorrem em muitos dos elementos contidos nesta escavadeira, como, por exemplo, elementos de barra, elxos, parafusos e pinos, 1.1, INTRODUGAO © objetivo principal do estudo da me luro engenheiro os meios para analisar e pr inica dos materiais € proporcionar go fu vérias méquinas e estruturas de apoio de carga Tanto andlise quanto o projeto de uma dada estratura envolvem a determin das tensdes ¢ deformagdes. Este primeiso capftulo € dedicado ao conceito de rensdo. so 1.2 apresenia um ripido exame dos métodos bfsicos de estética ¢ sua aplicagio na determinagdo das forgas nas componentes de uma estrutura stp sistindo em componentes conectadas por pinos. A Segio 1.3 apresentard 0 jensdo em uma componente de uma estrutura e mostraré como aquela tensio pode ser determinada a partir da orga na componente. Apés uma breve discussfo da andlise € projeto de engenharia (Segdo 1.4), voo8 estudaré sucessivamente as tensdes nor mais em uma componente sob carga axial (Segl0 1.5), as tensdes de cisafhamento originadas pela aplicagdo de foryas transversaisiguais e opostas (Sega 1.6), € nsies de esmagamento criadas por parafusos e pinos nas componentes que eles conectam (Segio 1,7). Esses varios conceitos sero aplicados na Segdo 1.8 para a de- terminago das tensbes em componentes da estrutura simples considerada anterior mente na Seo 1.2 A primeira parte do capftulo termina com uma deserigéo do método que voce devers usar na soluglo de determinado problema (Seco 1.9) e com uma discussdo «a preciso numérica apropriada nos eflculos de engenharia (Segio 1.10) Na Segio 1.11, em que examinamos novamente um elemento de barra sob carga axial, seré observado que as tensGes em um plano oblique inclu as tensdes normal e de cisalhamento, enquanto na Seglo 1.12 voc8 notaré que sto necessérias seis com- ponentes para descrever 0 estado de tensio em um ponto em um eorpo, sob as con ges mais generalizadas de carga Finalmente, a Segdo 1.13 serd dedicada a determinagio do limite de resisiéncia de um material € 20 uso do coefice no céleulo da carga admissivel para uma componente estrutural feito com aquele material 1.2. UM BREVE EXAME DOS METODOS DA ESTATICA Ne as forgas nos elementos de uma estrutura simples. Considere a estrutura mostrada na Fig, 1.1, projetada para suportar uma carga de 30 KN. Ela consiste em uma barra AB com uma seco transversal retangular de fa seo vocé examinaré os métodos bésicos da estética enquant — Fig. 1.4 Gap. 1 Inbodugdo~ 0 Conceito de Tensio 3 30 X 50 mm e uma barra BC com uma segdo transveisal circular com didmetro de 20 mm, As duas barras esto conectadas por um pino em B e sfo suportadas Por pinos e suportes em A e C, respectivamente. Nosso primeiro passo serf tracer um diagramma de corpo tivre da estrutura, separando-a de seus suportes em A e Ce mostrando as reagdes que esses suportes exercem na estrutura (Fig. 1.2) Note que o croqui da estrutura foi simplificado omitindo-se todos os detalhes desnecesstirios. Muitos de voo8s devem ter reconhecido neste ponto que AB e ‘BC sto barras simples. Para aqueles que nao perceberam, vamos proceder A nossa andlise ignorando tal fato © assumindo que as Wireybes das 1eayies ei A © C sv desconhecidas. Cada uma dessas reagbes, portanto, seri representada por duas componentes, A, A, em A, ¢ C, ¢ C, em C. Eserevemos as trés equagdes de equilfbrio a seguir: sok HEM =0: A{0,6 m) ~ (0 kNY(08 m) = 0 Fig. 12 ‘Ay = +40 KN an sye A+ C,=0 -A, C= ~40KN a2 +TEF, = 0: A+ G,= 30KN =0 A, +.C,= +30kN 3) Encontramos duas das quatro incégnitas, mas no podemos determinar as outras ‘duas a partir dessas equagGes, e nfio pode ser obtida nenhuma equacio indepen- dente adicional a partir do diagrama de compo livre da estrutura, Precisamos agora ‘lesmembrnr a estrutura. Considerando o diagrama de corpo livre da barra AB Fig, 1.3), eserevemos a seguinte equago de equilforio: Fig. 1.3 +52 My = 0: -A(O8m)=0 A,=0 a4) Substituindo A, de (1.4) em (1.3), obtemas C, = +30 kN, Expressando 03 1e- sultados obtidos para as reagdes em Ae C na forma vetorial, temos A=40KN — C,=40kN©,C, = 30kNT Notamos que a reagdo em A & dirigida ao longo do eixo da barra AB e causa ‘compressio naquela componente. Observando que as componentes C, ¢ C, da em C si, respectivamente, proporcionais as componentes horizonial © vertical da distincia de B a C, concluimos que a reago em C ¢ igual a 50 KN, Fx a € dltigida ao longo do eixo da barra BC, e provoca tragdo naquela componente, win} NE Esses resultados poderiam ter sido previstos reconhecendo que AB ¢ BC io barras simples, ou seja, componentes que esto submetidas a forgas apenas os B = em dois pontos, sendo esses dois pontos A e B para o componente AB, e Be C para a componente BC. Sem diivida, para uma barra simples as linhas de ago ddas resultantes das forgas agindo em cada um dos dois pontos sio iguais e ‘opostas © passam através de ambos os pontos. Usando essa propriedade, @ o poderiamos ter obtido uma solugdo mais simples considerando o diagrama de Fig. 14 corpo livre do pino B. As forgas no pino B so as forgas Fyy € Fyc exercidas, respectivamente, pelas componentes AB e BC, e a carga de 30kN (Fig. 1.4a). Podemos expressar que 0 pino B esté em equilfbrio tragando 0 trifngulo de Fn forgas correspondente (Fig. 1.4b). Cs Como a forga Fc esté dirigida a0 longo da componente BC, sua inclinagio a mesma de BC, ou seja, 3/4. Entdo podemos escrever a propargéo Fas _ Fac _ 30kN at ae dda qual obtemos INE Fyp=40KN Fac = SOKN As forgas I”4y € F'gc exercidas pelo pino B, respectivamente, na barra AB © haste BC sdo iguais e opostas a Fyg ¢ Fac (Fig. 1.5). Fig. 15 4 Aesiséncia dos Materials XS @ ; Conhecendo as forgas nas extremidades de cada uma das componen: tes, podemos agora determinar suas forgas internas, Cortando a barra BC algum ponto arbitrério D, obtemos duas partes BD e CD (Fig. 1.6). Como forgas de 50 kN devem ser aplicadas em D, ambas as partes da barra, pa manté-las em equilfbrio, concluimos que uma forga interna de 50 KN é pro- duzida na barra BC quando uma carga de 30 KN é aplicada em B. Verificamos ainda, pelas diregdes das forcas Fgc © Fgc na Fig. 1.6, que a barra esté sob tragéo. Um procedimento similar nos permitiria determinar que a forga in- terna na batia AB é 40 KN © que a barra esid sob compressao, 1.3. TENSOES NOS ELEMENTOS DE UMA ESTRUTURA Embora os resultados obtidos na sego anterior representem uma primeira e necessiria ctapa na andlise da estrutura apresentada, eles nfo nos dizem se aquela ccarga pode ser suportada com seguranca. Se a barra BC, por exemplo, vai se que- brar ou no sob essa carga, depende nfo somente do valor encontrado para a forga interna Fyc, mas também da érea da secdo transversal da barra e do mate- Fial do qual ela 6 feita. Sem divida, a forga interna Fyc realmente representa a resultante das forgas elementares distribufdas sobre toda a drea A da seco trans: rsal (Fig. 1.7), ¢ a intensidade média forgas distribuidas ¢ igual 8 forga por unidade de rea, Fyc/A, na segio. Se a barra vai ou no se quebrar sob 0 feito dessa carga, depende da capacicade do material em resistir ao valor cor- respondente Fyo/A da intensidade das forgas intemnas distribufdas, Tudo depende entio da forga F A forga por unidade de rea, ou intensidade das forgas distribufdas sobre luma dada seco, 6 chamada de tenséio naquela segdo e € representada pela letra grega o (sigma). A tenso em uma componente de Srea de seco transversal A submetida a uma carga axial P (Fig. 1.8) é obtida dividindo-se o valor da carg: pela firea A: 1 da fren A da s9go transversal e do material da barra Serd usado umm sinal positive para indicar uma tensio de tragdo (componente sob wacio} de compressio (compon te em compress). Como nessa discussto sto usadas as unidades métricas do Sistema Interna cional (SI), com P expressa em newions (N) e A em metros quadados (mm), a ensto ose expressa em N/m. ssa unidade € chamada de pasea! (PA), No entanto, considerando-se que pascal 6 um valor extremamente pequeno, na pritica deverto ser usados multiplos dessa unidade, ou seja, quilopascal (KPa), © megapascel (MPa) e o gigapascal (GPa). Temos um sinal negativo para indicar ten 1 kPa = 10° Nm? MPa = 10°N/m? 1GPa a = 10° Nim? Quando so usadas as unidades inglesas, a forga P geralmente é expressa em libras (Ib) ou quilolibras (kip), ¢ a dea da sepdo transversal A em polegadas ‘quadradas (in’). A tensio o serd entdo expressa em libras por polegada quadrada psi) ou quilolibras por polegada quadrada (ksi).t As principals unidades SI usadas em mecinica sf lisadas em tabelas na caps frontal interna deste Ivo. Na tabela do indo dvi, notaes que | psi é aproximadament igual 87 KPa, € 1 si aproximadament igual 27 MPa (Cap. 1 Introdugo - 0 Conceito de Tensio 5 1.4, ANALISE E PROJETO Considerando novamente a estrutura da Fig. 1.1, vamos supor que a barra BBC seja feita de ago com uma tensio maxima admissivel Gq 165 MPa. A barra BC pode suportar com seguranga a carga & qual ela est submetida? O valor dla forga Fyc na barra jé foi ealculada como 50 kN. Lembrando que o diéme- tro da haste € 20 mm, usamos a Equaglo (1.5) para determinar a tensfo criada na haste pela carga. Temos P = Fic = +50 KN = +50 X 10°N 2 A r= o( 2a) a(10.X 10m)? = 314 x 106m? P_ +50 10-N o* A” 314 x 10m? +159 X 10° Pa = +159 MPa ‘Como © valor obtido para o é menor do que o valor da tensio admissfvel do 0 utilizado 49, conclufmos que a barra BC pode suportar seguramente a carga qual ela esti submetida, Para completar, nossa andlise daquela estrutura tam- bem deverd incluir a determinagdo da tensio de compresséo na barra AB, bem ‘como uma investigagao das tensdes produzidas nos pinos e seus mancais. Isso seri discutido mais adiante neste capitulo. Deveremos determinar também se as deformagoes produzidas pela carga so aceitiveis, O estudo das deformagées sob ccargas axiais serd discutido no Capftulu 2. Un considerayao udicional, necesséiria para componentes em compressao, envolve a estabilidade da componente, ou seja, sua capacidade para suportar uma dada carga sem apresentar uma mudanca brus- ea na sua contfiguragao. Isso seré discutido no Capitulo 10. papel do engenheiro nao esté limitado & andlise das estruturas e méquinas existentes sujeitas a uma dada condic@o da carga. Mais importante ainda para 0 cengenheito é o projero de novas estruturas e méquinas, ou seja, a selegdo de com- pPonentes apropriadas para executar uma tarefa. Como exemplo de projeto, va- ‘mos voltar & estrutura da Fig. 1.1 e supor que serit usado o alumfnio, que tem luma fensio admissivel yy, = 100 MPa. Como a forga na barra BC ainda serd P= 10 KN sob a carga dada, devemos ter ent, da Equagiio (1.5), P42 P_ SOXI0N Fran 100% 10%Pa 00% 10 como A = mr, —_ (500% 10 a -\™= 12,62 x 10m = 12,62 mm d= = 25,2 mm Conclaimos que uma barra de alumfnio com 26 mm ou mais de digmetro seré adequada, 1.5. CARGA AXIAL E TENSAO NORMAL Conforme jé indicamos, a componente BC do exemplo considerado na segzo anterior & uma barra simples e, portanto, as forgas Fyc ¢ F’ge atuando em suas extremidades B C (Fig. 1.5) estdo dirigidas ao longo da eixa da componente BC. Dizemos que a componente esté sob carga axial. Um exemplo real das com- Ponentes estruturais sob carga axial é dado pelas componentes da ponte em tre- liga mostrada na Fig, 1.9. Sr 6 esietincia dos Materais Fig. 1.10 Fig. 1.9 Essa ponte em treliga consiste em barras simples que podem slar Sob tragdo ou compressa. Retomando & barra BC da Fig. 1.5, lembramos que 0 corte que tragamos através da segdo da barra para determinar a forga intema na barra e a tensSo cor- respondente era perpendicular ao eixo da barra; a forga interna era portanto normal ao plano da sego (Fig. 1.7) ¢ a tensio correspondente 6 descrita como ima narmal Assim, a formula (1.5) nos dA a renstie narmal em una compo- nente sob carga axial: Ty (5) Devemos notar também que, na frmula (1.5), 0 & obtido dividindo-se a in- tensidade P da resultante das forgas internas distribuidas sobre a se¢do transver~ sal pela érea A da segdio transversal; ela (a tenso @) representa, portanto, 0 valor ‘édio da tensfio sobre a seglo transversal, € nflo & tensio em um ponto espect- fico da segiio transversal. Para definirmos a tens#io em um dado ponto Q da sego transversal, deve- mos considerar uma pequena érea AA (Fig. 1.10). Dividindo a intensidade de AF por AA, obtemos o valor médio da tensio sobre AA, Fazendo AA aproximar-se de zero, obtemos a tensfo no ponto Q: AF ii a [Em geral, o valor obtido para a tenso oem um dado ponto Q da seco é diferente do valor da tenso média dada pela formula (1.5), e observa-se que o varia através da soso. Em uma barra delgada submetida a cargas concentradas Pe P’iguais e de sentidos opostos (Fig. 1-1 a), essa variagdo € pequena em uma segdo distante dos pontos de aplicasao das cargas concentradas (Fig. 1.1 Ic), mas € bastante significativa nas vizinhangas desses pontos (Fig. 1.11b e d). Pela Bquacdo (1.6), vé-se que a intensidade da resultante das forgas inter- [r= fou Mas as condigfes de equilfbrio de cada uma das partes da barra mostrada nna Fig. 1.11 exigem que essa intensidade soja igual a intensidade P das cargas cconcentradas. Temos, portanto, [, P= |dF Joa an gnilica que a resultante sob cada uma das superficies de tensto na Fig 1 A intensidade P das cargas. Essa, no entanto, é a tinica infor- ica nos fornece, relativa & distribuigio das tenses normais nas a barra. A dist real das tenses em uma dada segio € esta jerminada. Para saber mais sobre essa distribuiglo, 6 necessério con- es do modo particular de aplicagao das cargas nas extremidades da barra Isso ser discutido mais no Capitulo 2. onsideraremos que a distribuigao das tenses normais em uma ‘componente sob carga axial é uniforme, exceto nas vizinhangas imediatas pontos de aplicaedo das cargas. O valor oda tensBio € endo igual a ogy € podle ser obtido pela formula (1.5). No entanto, devemos perceber que, quando assumi- mos uma distribuigao uniforme das tensbes na sego, ou seja, quando assumimos as internas esto distribuidas uniformemente através da seyo, segue- se da estitica elementar} que a resultante P das forgas internas deve ser aplicada no centréide C da seglo (Fig. 1.12). Isso significa que uma distribuigdo uniforme vomente se a linha dle agdo das cargas concentradas P e P ssar através do cenurdide da secdo considerada (Fig, 1.13), Esse tipo de car mento & chamado de carga centrada e consideraremos que ele ocorre em to- de barra retos encontrados em teligas e estruturas conectadas por pinos, como aquela da Fig. 1.1. No entanto, se um elemento de barra estiver carregado axialmente, mas excentricamente como mostra a Fig. 1.14a, percebe- mos pelas condiges de equilibrio da parte da componente mostrada na Fig. 1.14b ue as forgas internas em uma fem ser equivalentes a uma forga P um conjugado M, cuja intensidade € dad pelo momento M = Pa. A distribuigto das forgas, bem como a distribuic&o corres- Pondente das tensGes, ndo pode ser uniforme. B também a distribuigio de ten nio pode ser simétrica como mostra a Fig. 1.1. Esse caso sera discutido em detalhe no Capitulo 4. rar as deformagées result 1.6. TENSAO DE CISALHAMENTO s tensGes correspondentes discutidas nas Seg6es 1.2 € |.3 eram normais a see3o considerada. Um tipo muito diferente de tensdo € obtido quando forgas transversais Pe P' sio aplicadas & componente AB (Fig. 1.15). Passando um corte na seedo transversal C entre os pontos de aplicacio das duas orgas (Fig. 1.160), obtemos o diagrama da parte AC mostrada na Fig, 1.16b. Coneluimos que devem existir forgas internas no plano da sego, e que a resul- tante dessas forgas ¢ igual a P. Essas forgas internas elementares so chamadas foreas de cisalhamento, e a intensidade P de sua resultante € a forga cortante na segao. Dividindo a forga cortante P pela dea A da segio transversal, obtemos édia de cisalhamento na seco, Indicando a tensfo de cisalhamento cla letra grega 7 (tau), es Deve-se enfatizar que 0 valor obtido € um valor médio da tensHo d mento sobre a seedo toda. Contrério ao que dissemos antes para as tens6 mais, a distribuigdo da tensio de.cisalhamento através da segiio no pode ser cla uniforme. Conforme veremos no Capitulo 6, 0 valor real r da ten- siio de cisalhamento varia desde zero na superficie da componente até um valor ser muito maior que o valor médio tyes: méximo “ay, que pod Veja BEER, Ferdinand P, e JOHNSTON JR.,E. Russel, Mechantes for Engineer, 4 Graw-tll, Nova York, 1987, u, também dos meses autres Mecdnia Vroral para Engenkers, 2d, McGraw-Hill, Sto Paulo, 2006 ap. Intcdugdo ~¢ Coneelto de Tensio 7 Fig. 1.16 Fig. 1.15 s6es de cisalhamento so encontradas comumente em parafusos, pinos rebites usados para conectar varios componentes estruturais ¢ de méqi (Fig. 1.17). Considere as duas placas A e B, conectadas por um parafuso CD ( 1.18), Se as placas estiverem submetidas a forcas de trago de intensidade F, sorfio desenvolvidas tensdes na seco do parafuso correspondendo ao plano EE Desenhando os diagramas do parafuso e da parte localizada acima do plano EE’ (Fig, 1.19), concluimos que a forga cortante P na segdo é igual a F. A ten: sfo de cisalhamento média na segio € obtida de acordo com a formula (1.8), dividindo-se a forga cortante P = F pela érea A da se¢do transversal: Fig. 1.17 com um paratuso em elslhamento ig. 118 Fig. 1.19 Dizemos que o parafuso que acabamos de considerar encontra-se em cisa- Thamemto simples. No entanto, podem ocorrer diferentes situag6es de carga. Por exemplo, se forem usadas chapas de ligagio Ce D para conectar as placas A e B (Fig. 1.20), 0 cisalhamento ocorreré no parafuso HJ em cada um dos dois anos KK’ e LL! (e cimilarments no perafuso EG). Dizemos que os parafusos cstio na condigio de cisalhamento duplo. Para determinar a tensio de cisa nento média em cada plano, desenhamos os diagramas de corpo livre do pa- 0 HJ e da parte do parafuso localizada entre os dois planos (Fig. 1.21) Observando que a forga cortante P em cada uma das segdes 6 P = F/2, con- a tensfio média de cisalhamento € cluimos qu (1.10) Fig. 1.20 Fig. 1.21 Cap. InrodugBo ~ © Concoto de Teneo 1.7. TENSAO DE ESMAGAMENTO EM CONEXGES -afusos, pinos e rebites criam tensGes nos componentes aos quais eles se 20 longo da superficie je contato. Por fe esmagamento, ou supert asidere novamente as duas places A e B conectadas por um para- Fuso CD que discutimos na sego anterior (Fig. 1.18). O parafuso exerce na placa A uma forya P igual e oposta & forca F exercida pela placa no parafuso 1.22). A forea P representa a resultante das forgas elementares distribuf- lus superficie interna de um meio-ilindre de didmetro de de comprimento pig 499 i espessura da placa. Como a distribuigfio dessas forgas ¢ as tenses cor- spondentes é muito complicada, usa-se na prética um valor nominal médio o, 1 tensio, chamado de tensdo de ¢ nto, obtido dividindo-se a carga P pela drea do retingulo que representa a projegiio do parafuso sobre a seco la placa (Fig. 1.23). Como essa drea é igual a td, onde 1 a espessura da placa limetro do parafuso, temos p_P aie aa CAD) rig t.28 1.8. APLICACAO A ANALISE E PROJETO DE ESTRUTURAS SIMPLES Stamos agora em condigdes de determinar as onexdes de vérias estruturas simples bidimensionais e, portanto, em condigées ojetaressasestruturs, Como exemplo, vamos voltar 8 estrutura da Fig. 1.1 que consideramos na Segiio |.2 e vamos especificar os suportes econexdes em A, B, e C. Como mostra Fig. 1.24, a barra BC com difimetro de 20 mm tem extremidades achatadas yy d=B0 ISTA SUPERIOR 8 vistas exrnemipape fF) —120 00 f ¢ SUPERIOR DABARRAAB Fig, 1.28 9 y com segio transversal retangular de 20 X 40 mm, enquanto a barra AB tem uma segdo transversal retangular de 30 X 50 mm e esta presa com uma articulacio va extremidade B. Ambos 0s componentes so conectados em B por um pino a partir do qual é suspensa a carga de 30 kN, por meio de um suporte em forma de U. A barra AB é suportada em A por um pino preso em um suporte duplo, enquanto a barra BC esté conectada em C a um suporte simples. Todos 0s pinos tem 25 mm de diam a. Determinagao da Tensao Normal nas Barras ABe BC. Conforme determinamos nas Sepbes 1.2 e 1.4, a forga na barra BC & Fyc = 50 KN (tracao) © a Grea de sua segdo transversal circular € A = 314 10® m’; a tenstio nor- ‘mal média correspondente € ogc = +159 MPa, No entanto, as partes achatadas da barra também esto sob traci, e na seplio mais estreita, onde esté localizado ‘um furo, temos A= (20mm)(40 mm — 25 mm) = 300 10-* m? valor médio correspondente da tensfio 6, portanto, P__50x10N 0 x 10m (och Note que este é um valor médio: préximo ao furo, a tensio realmente teré um valor muito maior, como veremos na Sepfo 2.18. tf claro que. sob uma carga crescente, a barra falharé pr6ximo de um dos furos e nfo na sua pare cilindrica; set projeto, portanto, poderia ser melhorado aumentando-se a largura ou a ssura das extremidades achatadas da barra ‘Voltando nossa atengéo agora para a barra AB, recordamos da Seg 1.2 que a forga na barra é Fy, = 40 KN (compresséo). Como a érea da sogo transversal ‘angular da barra €A = 30mm x 50 mm = 1,5 X 10"? mi, 0 valor médio da ten- so normal na parte principal da barra, eae 0s pinos A eB é 40 x 10°N a 7 X 10°Pa = —26,7 MPa Sead 10°Pa = —26,7 MPs Observe que as seges de Grea minima em A ¢ B no estilo sob tensio, pois a barra est em compresso e, portanto, empurra os pinos (em vez de puxd-los mo faz a barra BC), b. Determinagao da Tensao de Cisalhamento em Varias Conexées. Para determinarmos a tensfio de cisalhamento em uma conexio, por exemplo um parafuso, pino ou rebite, primeiro mostramos claramente as forges aplicadas pelas vrias componentes que ela conecta. Assim, no caso do pino C em nosso exemplo (Fig. 1.25a), desenhamos a Fig. 1.25h, mostrando a forga de 50 KN apli- cada pela componente BC sabre o pino, e a forga igual e oposta aplicada pelo su- porte. Desenhuando agora o diagrama da parte do pino localizada abaixo do plano DD! onde ocorrem as tenses de cisalhamento (Fig. 1.25c), concluimos que a forga cortante naquele plano & P = 50 KN. Como a frea da segdo transversal do pino Gep. 1 Introdugo ~ 0 Conceita de Testo 17 Considerando agora 0 pino em A (Fig, 1.26), riotamos que ele esté na condigao de cisalhamento duplo. Desenhando os diagramas de corpo livre do pino € da parte do pino localizada entre os planos DD’ e-EE’ onde ocorrem as lensdes de cisalhamento, conclufmos que P = 20 KN e que P 20 kN A” 41x 10 Considerando © pino em B (Fig. 1.27a), verificamos que o pino pode ser di- Vidido em cinco partes que estio sob a agio de forgas aplicadas pelas barras € suporte, Considerando sucessivamente as partes DE (Fig. 1.276) e DG (Fig, 1.27e), concluimos que a forga cortante na secdo E é Pe = 15 kN, enquanto a forca cortante na segio G & Pq = 25 kN. Como a carga do pino é simétrica, concluiimos que o valor méximo da forga cortante no pino B é Po ‘que a maior tensio de cisalhamento ocorre nas segdes G e H, onde _?e 25 kN fet A” O91 10 90,9MPa o Fig. 128, Fy 2048 bs ioeiat Fy 2040 e Fino 2 615k $@=15kN « Fig. 127 ©. Determinagao das Tensdes de Esmagamento. Para determinarmos ‘tensdio de esmagamento nominal em A na barra AB, usamos a férmula (1.11) «da Seedo 1.7. Da Fig. 1.24, temos ¢ = 30 mm ed = 25 mm. Lembrando que P= Fyy = 40 KN, temas a 40 kN ‘d~ (BOmm)(25 mam) 08 a tensio de esmagamento no suporte em A, usamos ¢ = 0 mim e d = 25 mi: _P 40kN t od ~ GCOmm(25 mm) = 53,3 MPa Para. obs 2(25 mm) 32,0 MPa ‘As tenses de esmagamento em B na barra AB, em B e C na barra BC, eno suporte em C so encontradas de forma semelhante, 1.9. METODO DE SOLUGAO DO PROBLEMA Voot deve abordar um problema em mecénica dos materiais da mesma maneira como abordaria uma situagdo real de engenharia, Usando sua experiéncia ¢ intuiglo, voe8 tert mais fecilidade para entender e formular © problema. No entanto, uma vez definido claramente 0 problema, nao hi lugar em sua solugdo para divagagées. A solugio deverd ser baseada nos prinefpios fundamentais da estitica e nos prineipios que voc€ aprenderd neste curso. Cada passo a executar j dloverd sor justificado com base no que avabamus Ue Uizet, ul restando lugar para “intuigo". Depois de obtida a resposta, ela deverd ser verificada. Aqui nnoyamente, voc® pode usar 0 seu bom senso e a experiéncia pessoal. Se no es- tiver completamente satisfeito com 0 resultado obtido, verifique cuidadosamente a 12 a formulagao do problema, a validade dos métodos usados em sua solugio e a precisio dos seu enunciado to problema deverd ser claro e preciso, Devers conter 0s dados mecidos ¢ indicar quais as informagtes necessérias. Deve-se incluit também lum desenho simplificado mostrando todas as grandezas essenciais envolvidas. A solugdo da maioria dos problemas que voc® encontrar necessitaré que primeiro sejam determinadas as reagdes nos apoios e das forgas e conjugados internas. Isso vai requerer 0 desenho de um ou virios diagramas de corpo livre, como fizemos na Segdo 1.2, a partir dos quais voc# escreverd as equagdes de equi- librio. Essas equagdes podem ser resolvidas em Fungo das forgas desconheci das, das quais serdo calculadas as tensdes e deformagdes necessérias. Ap6s obter a resposta, ela devers ser cuidadosamente verificada. Eros de raciocinio freqlientemente podem ser detectados especificando-se as unidacles or meio dos seus célculos e verificando as unidades obtidas para a resposta. Por exemplo, no projeto da barra discutida na Segio 1.4, encontramos, ap6s especi- ficar as unidades com nossos célculos, que o didmetro necessério para a barfa estava expresso em milimetros, que & a unidade correta para uma dimensio; se tivéssemos encontrado uma outra unidade, saberfamos que algum engano foi comatido, Enos de cdlculo geralmente podem ser detectados substituindo-se nas ‘equagées os valores numéricos obtidos que ainda nfio foram usados, e verificando se a equagdio é satisfeita. Nunca é demais destacar a importincia do calculo cor- reto na engenbaria, céleulos. 1.10. PRECISAO NUMERICA A precisdio da solugao de um problema depende de dois itens: (1) a precisdo dos dados fornecidos e (2) a precistio dos eélculos executados, A solugio no pode ser mais precisa do que o menos preciso desses dois itens. Por exemplo, se a carga de uma viga for 75.000 N com um possfvel erro le 100.N para mais ou para menos, 0 erro relative que mede o grau de preciso dos dados & 100 N = 0,0013 = 0,13% 75,000N Ao calcular a reagio em um dos apoios da viga, ndo teria significado expressé: Ja como 14.322 N. A precisiio da solugo no pode ser maior do que 0,13%, no importa quo precisos sejam os célculos, e o erro possivel na resposta pode ser de até (0,13/100\14.322 N) = 20 N. A resposta acequada deverd ser escrita como 14.320 + 20 N. Em problemas de engenharia, raramente os dados sto conhecidos com uma precisio maior do que 0,2%. Portanto, quase niio se justifica escrever as resposias de ais problemas com uma preciso maior do que 0,296. Uma regra pritica é usar 4 algarismos para representar nimeros comegando com um “I, € 3 alge rismos em todos 0s outros casos. A menos que seja indicado 0 contrétio, os da- dos fornecidos em um problema devertio ser considerados conhecidas com um ‘gran comparsivel de preciso. Por exemplo, uma forga de 40 N devers ser lida como 40,0 N, € uma forga de 15 N deverd ser lida como 15,00 N. As calculadoras de bolso e os computadores so amplamente usados pelos cengenheiros e estudantes de engenharia. A velocidade e preciso desses dis- positivos facilita 03 célculos numéricos nas solugées de muitos problemas, No entanto, os estudantes néo devem usar mais algarismos significatives do que os necessérios meramente porque sto facilmente abtidos. Conforme mencionamos, uma precisio maior do que 0,2% raramente € necessdria ou significativa na solugo pritica dos problemas de et “eA 180 mm A BUN eco Ie 95 mm dine 4 min dectametto 4 Fie = 672N Sol 0mm le es Fy) 6.4 mm de emery 6.4 on de diimetto Gap. 1 Introducdo-0 Gonoetto de Tensao 13. PROBLEMA RESOLVIDO 1.1 [No suporte mostrado na figura, a parte superior do membro ABC tem 9,5, mm de espessura e as partes inferiores tm 6,4 mm de espessura cada uma. E usada resina ep6xi para unir as partes superior ¢ inferior em B. 0 ppino em A tem 9,5 mm de didmetro e o pino usado em C tem 6, mm de ddifmetro. Determine (a) a tensto de cisalhamento no pino A, (b) a tenso de cizalhamento no pino C, (c) @ maior tence normal no membro ABC, (@) a tensto de cisalhamento média nas superficies coladas em B, (e) a ten- sfio de esmagamento no membro em C. Corpo Livre: Todo o Suporte. Como membro ABC 6 uma barr si ples, a reacio em A é vertical; a reagto em D 6 representada por seus com- pponentes D, ¢ D,. Esereveros 45 EMy (2200 N}(380 mm) Fyc{250 mm) = 0 yom (3044N Fac 3344N trap 4, Tensio de Cisalhamento no Pino A. Como este pino tem 9,5 mm de difmetro e esté sob cisalhamento simples, escrevemos 3348 770.5 my ‘h Tensio de Cisalhamento no Pino C. Como este é um pino de 64mm de diet ¢ esté sob cisalhamento dupo, eserevemos Hc ___1672N 4” Frm) Fac A ™ 4 = 47.2 MPa 4 = 520MPa ¢, Malor Tensiio Normal no membro ABC. A maior tensto é encon- trada onde a rea 6 menor; isso ocorre na segio transversal A onde esti lo- calizado o furo de 9.5 mm. Temos Fac 3344 3344.N 7 Ag (9.5 mmn)(30 mm — 95mm) — 194,75 mm a4 = 172MPa 4, Tensio de Cisathamento Média em B. Notamos que existe ligago ‘em ambos os Iados da parte superior do membro ABC e que a forga de cisalha- ‘mento em cada Indo € F, = (3344 NV2 = 1672 N. A tensto de cisalhamento :média em cada superficie € entio es te 124MPa 74 ~ GO mmy45 mm) «¢. Tensio de Esmagamento no Membro ABC em C. Para cada parte o vinculo, F; = 1672 N e a frea de contato nominal & (64 mm) (64 mm) = 40,96 ma, Fi __1672N a3 0, = 408 MPa A 90,96 mm sie 14 pesisténca dos Maerias PROBLEMA RESOLVIDO 1.2 A barra de ligagio de ago mostrada na figura deve suportar uma forga de trago de intensidacle P = 120 KN quando & rebitada entre suportes du- plos em Ae B. A barra seré feita a partir de uma chapa de 20 mm de es- pessura, Para a classe do ago a ser usado, as tenses méximas admissfveis sto: ¢ = 175 MPa, 7 = 100 MPa, o, = 350 MPa. Projete a barra deter: ores necessfirios de (a) 0 diimetro d! do parafuso, (b) a di ida extremidade da barra, (c) a dimensao ht da barra. SOLUGAO a. Didmet do Parafuso. Como 0 parafuso esté sob cisalhamento LP = GOKN. 60 kN 100 MPa 27,6 mm Useremos d= 28 mm Neste ponto verificamos a t mum de espessura ¢ o parafu jo de esmagamento entre a chapa de 20 ‘com 28 mm de diametro. PB 120 kN 3 = 214MPa <350MPa OK ». Dimensiio b em Cada Extremidade da Barra, Vamos considerar uma das partes extremas da barra, Lembrando que a espessura da chapa de ago € ¢ = 20 mm e que a tenso de tragdo média ndo deve exceder 175 MPa, escrevemos 60 kN v- 175 MPa @ = 17,4mm ta (0,02 ma + 2a = 28 mm + 2(17,14 mm) b= 623mm < wensfio ht da Barra, Lembrando que a espessura da chapa de ago € 1 = 20 mm, temos ont VON k= 343 mm th (0.020 mh Usaremos fi = 35mm PROBLEMAS 1.1. Duss barras cilindricas cheias AB e BC sfo soldadas uma & outra em B & submetidas a um cartegamento conforme mostra a figura. Sabendo que dj, 50 mm e cs = 30 mm, caleule a tensio normal no ponto médio da (a) barra AB, (b) harra BC 4.2. Duas barres citindricas cheias AB e BC sfo soldadas uma 2 outra em Be suubmetidas @ um carregamento conforme mostra a figura. Sabendo que a tensio nor- 140 MPa em nenhutna das barras, determine os menores valores admissiveis de d ¢ smal média no pode ex 4.8. Duas barras cilindricas cheias AB e BC slo soldadas uma & outra em B e Submetidas « um carregamento conforme mostra a figura. Determine a tenséo nor- ‘mal média no ponto médio da (a) barra AB, (b) barra BC. Ban 0mm LOWY i TaniN q sr a pear 1.4 No Problema 1.3, determine a intensidade da forga P para a quel a ten- so de tragdo na barra AB tem @ mesma intensidade da tensio de compressfo na barra BC, 1.5 Duas chapas de ago precisam ser unidas por meio de parafusos de ago de alta resisténcia de 16 mm de didmetro que se encaixam dentro de espagadores cilin- dricos de lato, Sabendo que a fenstio normal média no deve exceder 200 MPa nos Parafusos ¢ 130 MPa nos espagadores, determine o didmetro externo dos espacadores {que Fesulte no projeto mais econBmico e seguro. 1.6 Um medidor de deformagto locatizado em C na superficie do osso AB in- dca que'a tensao normal média no osso 6 3,80 MPa, quando 0 0380 est submetido « duas forgas de 1.200 N como mostra a figura. Supondo que a sepdo transversal do oso em C seja anular ¢ sabendo que seu dimetro extemo 6 25 mm, determine o dlifmetro interno da segdo transversal do osso em C. 1.7 Sabendo que a porgio central da barra BD tem uma érea de segao trans- versal uniforme de 800 mm?, determine a intensidade da carga P para a qual a ten- ‘sto normal naquela parte de BD 6 50 MPa, 135 wm 509m 120 mn ‘Cap. 1 Introdugo ~ 0 Conceito de Tensto 15, 300 om 250 mm Fig. Pt.t © P12 1.200 c a 2.200 Fig. P16 1.8 A barra AC tem un de espessura ¢ 25,4 mm de largurs. Determine a tensfio normal na parte central da barra AC 1.9 Cada uma das qué lar uniforme de 8 X 36 mm Determine o valor méximo da tensto normal média nos vinculos que conectam (a) b) 0s pontos Ce E, o transversal retangular uniforme com 3,2 mm tro barras verticais tem uma segio transversal retangu sada um dos quatro pinos tem um difimetro de 16 mm. 1s pontos Be D, Fig. P19 1.40 Duas forgas horizontals de 22 KN sfo aplicadas ao pino B do conjunto do na figura. Sabendo que € usado um pino de 20 mm de dimetro em cada flor méximo da tenso normal média (a) na barra AB, (b) na conexio, determine barra BC ] 4.11 A barra rigida EFG € suportada pelo sistema de treliga mostrado na figura. Sabendo que @ componente CG é uma haste circular s6lida de 19,0 mm de em CG didmetro, determin: 1.42. A barra rigida EFG € suporiada pelo sistema de weliga mos figura, Determine a érea da segdo transversal do componente AE para a qual a ten- normal na componente € 103 MPa. 1.13 Sao usados dois cilindros hidréulicos para controlar a posigo do brago robotico ABC. Sabendo que as barras de controle ligadas em A e D tém cada uma 20 mm de difmetro © esto paralelas na posigio mostrada na figura, determine a ten so normal média na (a) componente AB, (b) componente DG. =" Fig. Pi.t1¢ P1.12 ‘ao i_ Fig. P1.13 1.14 0 conjugado M de intensidade 1.500 IN m & aplicado & manivela de um I motor, Para a posigo mostrada, determine (a) « forga P necesséria para manter o sis. brio, (B) a tens normal média na biela BC, que te 50 ma Qn tema do motor em eq Fig. Pita ransversal uniforme de 1.15 Quando a forga P aleangou 8 KN, o compo'de prova de madeira mostrado na Figura falhou Sob eisalhamento ao longo da superficie indicada pela linha tracejada. De- de cisalhamento média ao longo daquela superficie no instante a fala. 1.16 As componentes de madeira A e B devem ser unidas por cobrejuntas de ‘nauleira compensada que serdo totalmente coladas &s superficies em contato. Como parte do projeto da. junglo, e sabendo que a folga entre as extremidades das compo- nentes deve ser 64 mm, determine 0 comprimento L minimo permitido para que a ten- ‘to de cisalhamento média na cola nfo exceda 0,8 MPa. Fig. P1.16 1.17 Uma carga P ¢ aplicada a uma barra de ago suportada por umna chapa de aluminio na qual foi feito um furo de 15 mm conforme mostra a figura, Sabendo sjue a tensto de cisalhameuto ud deve eaceder 120 MPa na haste de ago ¢ 70 MPa na chapa de aluminio, determine a méxima carga P que pode ser aplicada & barra. 1.18 _Duas pranchas de madeira, cada uma com 12 mim de espessura ¢ 225 mm «de lanzura so unidas pela junta de encaixe mostrada na figura. Sabendo que a madeira llizacs rompe por cisathamento ao longo das fibras quando a tensio de cisalhamento média aleanga 8 MPs, determine a intensidade de P da carga axial que romper a junta 160m, Fig. P1.18 1.19 A forga axial na coluna que suporta a viga de madeira mostrada na figura P= 75 KN, Determine o menor comprimento L admissfvel para a chapa de con- {ato para que a tensio de contato na madeira nao exceda 3,0 MPa, 1.20 Uma carga axial de 40 KN é aplicada a uma coluna curta de madeira Suportaca por uma base de concreto em solo estével. Determine (a) a tensio de conta- to méxima na base de conereto, (b) 0 tamanho da base para 0 qual a tensAo de con- tato média no solo seja de 145 kPa. (Cap. 1 ntodvego 0 Concsito do Tensio 17 San. Fig. PLAS, fics) 10mm bh fh 8 mT Fig. PL.I7 7 4.21 Uma carga axial P é su tada por uma coluna curta W200 x 59 com Ho transversal de fea A = mm e distribuida a uma fundago de concreto 9 uma placa quadrada como mostra a figura, Sabendo que a tensdo normal m na coluna ndo pode exceder 200 MPa ¢ que a tensio de esmagamento a fun 10 MPa, determine poreionars o projeto mais econémico e seguro 1.22 Tr érie de parafusos para da parafuso € 12 mm eo didmetro inter € 16 uum, win pouco maior do que o dlametro dos Turos nas ina, O difimetro di ada ausuel Determine 0 menor difmetro externo d permitido para as aruelas sabendo que a slo normal média nos parafusos 34 MPa e que a tensfo de esmagamento xceder 8 MPa Fig, P12 1.23 Uma barra de ago AB de 0,12 mm de didmeto est4 enceixada em um ondo préximo & extremidade C de uma componente de madeira CD. Para 0 mento mostrado, determine (a) te normal média méxima na madeira, (5) a distincia b para @ qual a tensio de cisalhamento média 6 67 indicadas pelas linbas pontthadas e (c) a tenstio de esmagame 1.24 0 cilindro hidréulico CF, que contiola parcialmente a p a. A barra BD fuso com d DE, foi bloqueado na posigio mostrada na fig m 16,0 mm metro de 9,5 mm. al por um pa Determine (a) a tensio de cisalhamento média no parafuso, (b) a tensflo de esm barra BD. 1.25 Um pino com didmetro de 6 mm 6 usado na ca na figura. Sabendo que P = 500N, smento nominal no pedal em C, (¢) a tensio magamento nominal em cada lado do suporte em C. Fig. P1250 P1.26 1.26 Sabendo que uma forga P de intensidade 750 N é aplicada ao pedal mos figura, determine (a) o didmetro do pino C para o qual a tensfio de cisalha mento média no pino € 40 MPa, (b) a tensto de esmagemento eorrespondente no pedal so de esmagamento correspondente em cada lado do suporte em C 1.27 Para a montagem ¢ carregamento do Problema 1.9, determine (a) a te: sifo de cisalhamento média no pino B, (6) a tensa mBno componente BD, (c) a tensio de esmagamento média em B no componente ABC, sabendo que essa componente tem uma seglo transversal retangy indo 10% SO arn 128 F sto de cisalhamento m de esmagamento média e a montagem e cartegamento do Problema 1.10, determine (a) a ten- C,O)a ragamento média em C no ponente BC, (c) a ensio de esmagamento média em B no componente BC a no pin tensto de e ‘Cap.1 Introdugo - © Conceito de Tensso 19) 1.11. TENSAO EM UM PLANO OBLIQUO SOB CARREGAMENTO AXIAL Nas segies anteriores, vimos que forgas axiais aplicadas em um elemento de barra (Fig. 1.282) provocavam tensdes normais naquele componente (Fig. |.280), enquanto forgas teansversais agindo sobre parafusos e pinos (Fig. 1.29a) provocavam tensbes de cisalhamento naquelas conexdes (Fig. 1.296). A razio pela qual se observou uma relagto entre forgas axiais e tenses normais, por um lado, forcas transversais ¢ tensGes de cisalhamenta, por outro lado, era porque as fensdes estavam sendo determinadas apenas em planos perpendiculares ao cixo do componente ou conexio. Conforme ser visto nesta sega, forgas axis provo- «cam tensbes normais ¢ tensées de cisalhamento em planos que no sfo perpen- diculares a0 eixo do componente. Da mesma forma, forgas transversais agindo sobre um parafuso ou um pino provocam tenses normais e tensbes de cisalha- mento em planes que no sto perpendiculares ao eixo do parafuso ou pino. hb la Fig. 1.29 Considere a barra da Fig. 1.28, que esta submetido as forgas axiais P e P' Se cortarmos barra por um plano formando um Angulo 9 com um plano nor- ‘nal (Fig. 1.30a) e desenharmos 0 diagrama de corpo livre da parte do compo- nnente localizada A esquerda daquela seco (Fig. 1.30), encontramos pelas ccondigdes de equiltorio do corpo livre que as forgas distribuidas agindo na seco devem ser equivalentes & forga P.° Decompondo P nas suas componentes F e V, respectivamente normal ¢ tan- gencial a seedo (Fig. 1.30c), temos P=Posd V=Psend (1.12) A forga P representa a resultante das forgaS.normais distibufdas sobre a seo, © orga V, a resultante das forgas tangenciais (Fig. 1.30d). Os valores médios das tenses normal e de cisalhamento correspondentes si obtidos dividindo-se, respectivamente, Fe V pela drea Ay da segtio: o a \ oe ay co Substituindo Fe ¥ de (1.12) em (1.13), e observando da Fig. 130c que ¥ . Ay = Ay 608 8, OU Ay = Ag/c0s 8, onde Ay indica a frea de uma segdo perpendi- @ ‘cular a0 eixo do componente, obtemos Fig. 1.0 Pcos 0 _ Psend ‘Agfoos 6 7 Ales 6 ou P 1 = sen 80086 1.14) Aon ems (14) Notamos da primeira das Equagdes (1.14) que a tens normal o € maxima quando f= 0, ou seja, quando o plano da seco & perpendicular ao eixo do com- onente, e que ela se aproxima de zero & mestida ficamos que o valor de c quanto @ = 0é 20 resistencia dos Materia Fig.1.31 Fig. 1.32 mo j& vimos anteriormente na Segio 1.3. que a tensio de cisalhamento 7 6 zero para 8 ela alcanga seu Valor méximo nda das Equages (1.14) mostra (0c0 = 90", e que para 0 ~ 45° = 45° cos 45° F son 5° cos (116) 2A A primeira das EquagGes (1.14) indica que, quando @ = 45°, a tenso normal tambéun € igual 2 F/2Ag P a! = cost 45" 40 2A (a7) Os resultados obtidos nas Equagées (1.15), (1.16) e (1.17) sto mostrados grafic ig. 1.31. Notamos que a mesma carga pode produzir uma ten- so normal ¢,, = P/Aa e nenhuma tensfo de cisathamento (Fig, 1.36), ou uma tensio normal e de cisalhamento da mesma intensidade 0" P/2Ao (Fig. 1:31 ce d), dependendo da orientagto da segéo. 1.12, TENSOES SOB CONDICOES GERAIS DE CARREGAMENTO; COMPONENTES DE TENSOES Os exemplos das segie Fegamento axial e conexdes sob carregamento transversal. Muitos componentes estruturais e de méquinas esto sob condigdes de carregamento mais complexas, Considere um corpo sujeito a varias cargas P,, P, etc. (Fig, 1.32). Para en: tendermos a condig&o de tensdo criada por essas cargas em algum ponto Q in- terno ao corpo, vamos primeiro passar um corte através de Q, usando um plano paralelo ao plano yz. A parte do corpo & esquerda do corte esta sujeita a algu: mas das cargas originais, e &s forgas normais e cortantes distribuidas na seedo. ‘Vamos indicar por AF e AV" respectivamente, as forgas normal ¢ de cisalha- mento agindo sobre uma pequena fren AA que circunda 0 ponto Q (Fig. 1.334) anteriores ostavam limitados a eomponcntes sob car a Fig. 1.33 Note que € usado o indice superior x para indicar que as forgas AF* e AV" m sobre uma superficie perpendicular ao eixo x. Enquanto a forga normal AF tom uma diregio bem definida, a forga cortante AV" pode ter qualquer di- rego no plano da sego. Decompomos ento AV* nas duas componentes de forga, AV} € AVS, em diregdes paralelas aos eixos y e z, respectivamente (Fig, 1.33), Dividindo agora a intensidade de cada forga pela érea AA, e fazendo AA sproaimatse de zero, defnimos we consponecin' to modes mre ar Os hb BA 1.18) : ae (1.18) BTA Notamos que 0 primeirn indice em oy, Figs @ 7 6 uoado para indiear que as tur soes em consideragio sio aplicados em wma superficie perpendicular ao eixo x. O segundo indice em 7, € 7. identifica a diregdo da componente. A tensto nor- imal 0, € positiva, se o sentido do vetor corespondente aponta para a diregdo Positiva de x, isto 6, se o corpo esté sendo tracionado, e negativa em caso con- trio. Analogamente, as componentes da tensio de cisalhamento Ty € 7, S40 Positivas, se 0s sentides dos vetores correspondentes apontam, respectivamente, nas dtesdes postivas de ye 2 ‘A andlise acima também pode ser fita considerando-se a parte do corpo lo- calizada & direta do plano vertical através de Q (Fig. 1.35), As mesma intensi- ddades, mas com diregSes opostas, sfo obtidas para as forgas normal e de cisa- thamento AF", AV, © AV. Portanto, 0s mesmos valores sio também obtidos Para as componentes de tensdo correspondentes; mas, como a seglo na Fig, 1.35 agora esti voltada para o lado negativo do eixo x; win sinal positivo para o,in- sicard que 0 sentido do vetor correspondente aponta na diego negativa de x. Analogamente, sinais portivos para ry ¢ rr. indicario que vs seutidus dos ve~ tores correspondentes apontam, respectivamente, nas diregdes negativas de y e z, como mostra a Fig. 1.3. Passando um corte através de @ parulelo ao plano zt, definimos da mesma maneira as Componentes da tenslo ¢',7,x,€ 7. Finalmente, uma segdo através de @ paralela wo plano xy resulta nas componentes ory € 7. Para favilitar a visualizagdo do estado de tenséio no ponto Q, consideraremos tum pequeno cubo de lado a centrado em Q e as tensBes que atuam em cada uma «as ses faces do cubo (Fig, 1.36). As componentes de tensio mostradas na figura 1 GT & 0 ue representam as tensBes normais nas faces perpendiculares, ‘espectivamente, 0s eixos.x, ez € as seis componentes de tensfo de cisalhamento To: Tas €t€. Recordamos que, de acordo com a definigBo das componentes de ten- so de cisalhamento, 7, representa a componente y da tensfo de cisalhamento que atu na face perpendictlar ao eixo x, enquanto ry, representa a componente x da io de cislhamento que atua na face perpendicular ao eixo y. Note que somente tts faces do enho sto realmente visiveie na Fig. 1.36, ¢ que componentes Je tet $0 iguais e opostas atuam nas faces ocultas, Embora a8 tensées que atuam nas faces do cubo diferem ligeiramente das tensdes em Q, 0 erro envolvido & pequeno « desaparece & medida em que o lado « do eubo tende a zero, ‘Vamos sleduzir agora relagdes importantes entre as componentes de tenso de cisalhamento, Consideremos o diagrama de corpo livre do pequeno cubo cen- tratlo no ponto O (Fig. 1.37). As forgas normal e de cisalhamento que atuam nas virias faces do eubo sto obtidas multiplicando-se as componentes de tensio correspondentes pela ‘rea AA de cada face. Primeiro escreveremos as trés cequagies de equilibrio a seguir: ZR=0 35, 3h=0 (1.19) Como hé forgas iguais e opostas as forgas mostradas na Fig. 1.37 que atuem nas faces ocultas do cubo, esti claro que as Equagées (1.19) ficam satisfeitas. Con- siderando agora os momentos das forgas em relagio aos eixos Qr; Oy, ¢ Or" de- senhados a partir de Q em diregdes, respectivamente, paralelas aos eixos x, y€ z, esotevemos as trés equagdes adicionais a seguir EMy=0 = -SMy=0 EM, (1.20) a Cap, 1 Introdugdo ~© Conosito de Testo 21 Fig. 1.34 Fig. 1.35, y 88 pa na nya ya aA aa a4 waa Fig 1.37 22 Fig. 1.29 Fig. 1.40 Usando a projego no plano x’y’ (Fig. 1 notamos que somente as foryas de isalhamento tém momentos, em relago a0 eixo z, diferentes de zero, s formam dois conjugados, um de momento anti-horétio (p. ce outro de momento horétio (negative) ~(r4, AA) 1.20) resulta, entéo, sas for Adda. + EM, 0 _ A relagio obtida mostra que a componente y da tensao de cisalhamento aplicada sobre a face perpendicular ao eixo x & igual & componente x da tensfo de cise Ihamento aplicada sobre a face perpendicular ao eixo y. Das duas Equagces restantes (1.20), determinamos de mancira semelhante as relagoes Concluimos das Bq ‘componentes de tensio para definir 0 estado de tenstio em uum dado ponto Q em lugar das nove componentes consideradas originalmente, Essas seis componentes 880 4,0), Typ Tro € Tor Notamos também que, em um dado ponto, o cisa- thamenio ndo pode ocorrer apenas em um plano; deve sempre existir una ten- so de cisalhamento igual em outro plano perpendicular ao primeiro, Por exem- plo, considerando novamente o parafuso da Fig. 1.29 ¢ um pequeno cubo no centro Q do parafuso 39a), vemos que tensdes de cisalhamento de igual dade devem estar atuando nas duas faces horizontas do cubo e nas duas faces perpendiculares as forgas Pe P’ (Fig. 1.395). Antes de concluirmos nossa discussdo sobre as componentes de tensio, vamos considerar novamente lemento sob carga axial. Se con es do nto ¢ lembrando os resultados obtidos na Seplo 1.11, encontramos que © iado de tensio no elemento pode ser descrito como mostra a Fig. 1.40a: as linicas tens6es so as normais o, que atuam nas faces do cubo perpendiculares a0 eixo x, No entanto, se 0 pequena cubo for girado de 45° em torno do eixo ide modo que sua nova orientagdo corresponda i orientagio das segdes conside- fdas na Fig. 1.31c € d, conclufmos que as tensbes normal e de cisalhamento de igual infensidade esto atuando nas quatro faces do cubo (Fig, 1.404). Ob- servamos entio que a mesma condigdo de carregamento pode levar a diferentes nterpretagdes do estado de tensdo em um dado ponto, dependendo de orien: lagiio do clemento considerado. Discutiremos mais sobre isso no Capitulo 7. inten 80 de umn siderarmos um pequeno cubo com faces, respectivamente, paralelas 8s fa ele 1.13. CONSIDERAGOES DE PROJETO Nas segGes anteriores voc® aprendeu a determinar as tenses em barras, para fusos e pinos sob condigdes simples de carregamento. Nos préximos capftulos vocé aprender a determinar tenses em situagées mais complexas. No entanto, em aplicagées de engenharia, a determinagdo das tensGes raramente € 0 objetivo final. Ao contrétio, o conceito de tensdes € usado pelos engenheiros como auxiio na sua mais importante tarefa, ou seja, o projeto de esiruturas e miquinas que executariio determinada fungo com seguranga e economia @. Determinagéo do Limite de Resisténcia de um Material. Um elemento importante a ser considerado por um projetista é como © materi se- lecionado se comportaré sob um carregamento, Para um dado material, isso € ‘Cap. 1 Introdugiio- o Concelte de Teno 23. ddeterminado executando-se testes especificos em corpos de prova preparados ‘com aquele material. Por exemplo, um corpo de prova de aco pode ser preparado ecolocado em uma méquina de ensaia de laboratério para ser submetido a forga » centrada conhecida, conforme descrito na Se¢do 2.3. A medida cm que se aumenta a imensidade da forga, sao medidas vérias alteracdes no corpo de prova. por exemplo, alteragdes em seu comprimento e didimetro. Even- ‘ualmente pode-se atingit a méxima forga a ser aplicada ao corpo de prova & este se rompe ou comegat a suportar menos carga. Essa forga maxima é chama- da de cargu-iomute do corpo de prova e & chamada de Py. Como a carga apli 1 € centrada, podemos dividir o valor da carga-limite pela drea da segiio transversal original da barra para obter 0 limite da tenséo normal do material nbém conhecida como limite de resistencia & tragdo do usado, Essa tenso,t material, & Pi ova (1.23) Fig. 141 Hi disponiveis varios procedimentos de ensaio para determinar 0 limite da fensao de cisalhamento, ou limite de resisténcia em cisalhamento, de ua mate- tial, © procedimento mais comumente usado envolve a torgio de um tubo eir- cular (Segao 3.5). Um procedimento mais direte, embora menos preciso, con- siste em prender uma barra retangular ou redonda e, com uma ferramenta de ‘| conte (Fig. 111), aplicar uma carga P creacente até ser obtida a curguclinite Py para cisalhamento simples. Se a extremidade livre do compo de prova se apoiat | ‘em ambas as superficies de corte (Fig. 1.42), 6 obtida a carga-limite para cisa- lhamento duplo. Em qualquer dos casos, o limite da tensio de cisalhamento € obtido dividindo-se o valor da carga-limite pela Arca total sobre a qual ocor- ‘eu 0 corte, Lembramos que, no caso de cisalhamento simples, essa € a rea da seedo transversal A do compo de prova, enquanto em cisalhamento duplo ela é Fig. 142 i igual a duas vezes a dren da segdo transversal. b. Carga Admi | ranga. A carga maxima que um elemento estrutural ou um componente de | miquina poderi suportar sob condigBes normais de uilizaglo € considcravel- | mente menor do que o valor da carga-imit. Essa carga menor € conhecida | como carga admissivele, as vezes, como carga de irabalho oa carga de pro- jeto. Somente uma fagao do limite da eapacidade de carga do elemento € ut lzada quando aplicada & carga admissfvel. A parte restane da vapecilale Je | wervando que r = Ts Conchufmos que sio necessarias oo ey seh ak ae noe - peed A Segio |. oi dedicada a uma discussio dos virios conceitos usados no FIG: 1.96 REED Eyeeapaeneeron eore tne ae ee eee eee ou limite de resisténcia do material usado, conforme determinado por um laboratério de teste em um corpo de prova daquele material. O limite de carga deverd ser considerayeimente maior do que a carga admissivel, isto € lemento ou componente poder: portar sob condigées normais s rlagdo entre a cagafinite ea c finda com coeficenie < cs (1.26) Coeficiente de seguranga detexminagio do coeficiente de seguranga que deveré ser usado no projta de ume dada estutura depende de muitasconsideragdes,algumas das quais 4 Segio 1.13 terminou com a discussfo de uma abordagem sltemativa 20 gguctrte de projeto para projeto, conhecda como Coeficiente de Projeto para Carga e Resisténcia, que Coencere 26 Pk permite ao e heiro distinguir entre as incertezas associadas A estrutura € a OBLEMAS DE REVISAO 1.59 Par a ponte em tei Pratt ¢caregamento mostrado na figura, deter mine 4 tensio miédia no componente BE, sibendo que area da seq transversal ddaquele componente & de 3.750 mm Fig. P1593 3,2 mm de espessura, determine a tensKo normal na parte central daquele vinculo quando (a) 8 = 0, (6) 0 = 90" Fig. P7.60 1.61 Duas pranchas de madeira, cada uma com 22 mm de espessura ¢ 160 mm de largura, sto unidas por uma junta de encaixe colada, mostrada na figura Sabendo que a junta falharé quando a tensfo de cisalhamento média na cola atingir 820 kPa, determine o menor comprimento d admissivel do encsixe se a junta precisa suportar uma carga axial de intensidade P = 7,6 KN. 2mm Fig. P1.6i 1.62 0 vinculo AB, com largura b = 50 mm e espessura = 6,4 mm, é use do para suportar a extremidade de uma viga horizontal. Sabendo que @ tens nor- ‘mal m&dia no vineulo € ~138 MPa, e que a tensio de cisalhamento média em cada uum dos dois pinos & 82 MPs, determine (a) o didmetro d dos pinos, (b) a tensio de cesmagamento média no vinculo. Fig. P1.62 1.63 _ Um sistema constitufdo de bars e cilindro hidréulico controla a posictio dos garfos de uma empilhadeira. A carga suportada pelo sistema mostrado na figura € 6.600 N. Sabendo que a espessura do elemento BD € 16 mm, determine (@) a ten ‘io de cisalhamento média no pino de 13 mm de didmetro em B, (b) a tensio de es zamento em B no elemento BD. [ms am st00m,| Fig, P1.63 1.64 Determine a maior carga P que pode ser aplicada em A quando 60, sbendo que a tensiio de cisalhamento média no pino de 10 mm de dimetro ‘em B ndo pode exceder 120 MPa, e que a tensio de esmagamento méidia no elemento 19. Pr.64 AB e no suporte em néo deve excedet 90 MPa. i 37 1.65 A carga de 8.800 N pode ser movida ao longo da barra BD para qual- «quer posigao entre os limites Ee F, Sabendo que oy = 42 MPa para 0 ago usado nas barras AB © CD, determine onde os limites devem ser edlocados se 0 movimento 5 permitido para a carga deve ser © maior posstvel. sea eam Binet 1.66 Dois elementos de madeira de 75 % 125 mm de segtio transversal re- net langular uniforme si unides por uma junta colada, como mostra a figura. Sabendo (que P = 3,6 kN e que o limite de resist2ncia da cola € 1,1 MPa em traci ¢ 1,4 MPa em cisallamento, determine 0 coeficiente de seguranga. 135 20 v Bion Fig, P1.66 1.67. Os dois vinculos yerticais CF que conectam os dois elementos ho- rizontais AD e EG t#m uma segso transversal retangular uniforme de 10 X40 mm € sfo feitos com um ago que tem limite de resisténcia em trago de 400 MPa, en- quanto os dois pinos em Ce F tém um didmetro de 20 mm e so feitos de ago com um limite de resistncia em cisalhamento de 150 MPa, Determine o coeficiente global dle eeguranga para os yinculos CF © o8 pinos que 08 concctam aoe elementos hori- 1.68 Uma forga P é aplicada a uma barra de ago encaixada dentro de um Fig. P1.67 bloco de conereto, conforme mostra a figura, Determine o menor comprimento L para 0 qual pode ser desenvolvida a tensfio normal admissfvel na barra. Expresse 0 resultado em termos do didmetro d da barra, da tensio normal admissivel Oy4y 0 ago e da tenso média de aderéneia tay, entre 0 concreto e a superficie cilindtica sla barra. (Despreze as tensdes normais entre o concreto e a extremidade da barra.) Fig, P1.68, 41.69 As duas partes do elemento AB so coladas ao longo de um plano for- mando um angulo 6 com a horizontal. Sabendo que o limite de tensio para a junta colada é 18 MPa em tragao ¢ 9 MPa em cisalhamento, determine (a) 0 valor de 6 para 0 qual o coeficiente de seguranga do elemento seja méximo, (b) 0 valor corres- pondente do coeficiente de seguranca. (Dica: equacione as exprossées obtidas para 0s coeficientes de seguranga com respeito & tensio normal e de cisalhamento,) 1.70 _As duas partes do elemento AB sto coladas a0 longo de um plano for- ‘mando um ngulo @ com a horizontal, Sabendo que o limite de tensdo para a junta wolada € Ue 18 MPa em agg ede 9 MPa em clsalhamento, determine o inter- aes Se Era asap A a 3B ecistsncin dos Materais PROBLEMAS PARA COMPUTADOR Os problemas a seguir devem ser resolvides no computado tert de ago consiatindo de n elementos cilndtiovs sul vf dos entre si é submetida a0 carregamento indicado na figura. O digmetro do elemento € indicado por d, © a carga aplicada em sua extremidade inferior por P,, sendo que 1 intensidade de P; dessa carga € considerada positiva se P, estiver ditecionada para mo mostra a figura, e negativa em caso contrério. (a) Esereva um programa ador que possa ser usado para determinar a tensio média em cada ele mento da barra, (b) Use esse programa para resolver os Problemas 1.1 € 1.3 1.02 Uma carga de 20 KN € aplicada a0 elemento horizontal ABC, conforme eco transversal retangular uniforme de » vinculos verticals, cada um com segio trans Cada um dos quatro pinos em A, B, Ce ro d eestd em corte duplo, (a) Escreva um programa de com- utador para calcula os valores de d de 10 mm a 30 mm, usando incrementos de 1 mm, (1) © valor méximo ds tenso normal média nos viaeulos que conectam os pinos Be D, (2) a tensao normal mSdia nos vinculos que conectam os pinos C e E, (G) a tensio de cisalhamento média no pino B, (4) a tensio de cisalhamento média no pino C, (5) a tensfo de esmagamento média em B no elemento ABC, (6) a ten. so de esmagamento média em C no elemento ABC. (b) Verifique 0 seu programa comparando os valores obtidos para d = 16 mm com as respostas dadas para os Problemas 1.9 ¢ 1.27. (c) Use esse programa a fim de determinar os valores ad- missiveis para o didmetro d dos pinos, sabendo que os valores admissiveis para es tens6es normal, de cisalhamento e de esmagamento para o ago usado so, respect vamente, 150 MPa, 90 MPa, © 230 MPa. (d) Resolva a parte ¢ considerando que a espessuta do elemento ABC foi reduzida de 10 mm para 8 mm, 10 50 mm e é suportado por quatr | ‘mostra a figura. O elemento ABC tem w I retangular uniforme de 8 X 36 m mo mesmo dif 1.C3 Duas forgas horizontais de 22 KN sfo aplicadas ao pino B do conjunto ‘mostrado na figura. Cada um dos ts pinos A, B e C tem o mesmo diametro d e esti ‘em corte duplo, (a) Escreva um programa de computador para ealcvlar os valores de 4 de 12 mm a 38 mm, usando incrementos de 1,2 mm, (1) 0 valor méximo da ten- siio normal média no elemento AB, (2) a tensdo normal média no elemento BC, 3) 4 tensdo de cisalhamento média no pino A, (4) a tensdo de cisalhamento média no pino C, (5) a tenséo de esmagamento média em A no elemento AB, (6) a tensio de ‘comagamento média cm C no elemeuty BC, (7) a teusso de esmagamento mesa em B no elemento BC. (b) Verifique o seu programa comparando os valores obtidos para 20 mm com as respostas dadas para os Problemas 1.10 € 1.28. (c) Use esse pro: sgrama para encontrar os valores admissfveis para o didmetro d dos pinos, sabendo ue os valores admissfveis das tenstes normal, de cisalhamento ¢ de esmagamento para o ago utilizado so, respectivamente, 150 MPa, 90 MPa, ¢ 250 MPa. (c) Re- solva a parte ¢ supondo que um novo projeto esteja sendo investigado, no qual a es essura € largura dos dois elementos s4o alteradas, respectivamente, de 12 mm para 8 mm, e de 45 mm para 60 mm. ‘ 1.C4 Uma fora P de 18 KN formando um Angulo a com a vertical é apli OF cataroclememo abe, contrme mos a ig O eemeate ABC sport bor @20"'_umpino eum supe em C e por un bo BD formando um Angulo coma hr zontal (a) Sabendo que a cargilnite do cabo 110 KN, ere um programa Fig. Pi.cs computador pia fizer uma taela dos valves do coefiiete Ge sogueng do abo para vlores de ae Pde 0 até 4S, usando lncremenon em ae Bcaespondene a Increments de .1natan a tan B. (2 Veriigue gum, pars daa onl 8 valor maximo do oeficente de seguranga€ blo par B= 38,66" expan por Qué. (6) Determine 9 menor valor possvel do cocfiiente de tguranga ras B= 38,66, bem como o conespondente valor de a, explgueoresade sai, 460 nm —=}-5 rn} Fig. P1.ca 1.C5 Uma carga P ¢ suportada, conforme mostra a figura, por dois elemen- {os de madeira de segio transversal retangular uniforme e unidos por uma junta co- Jada, (@) Designando por ay ¢ zy, respectivamente, o limite de resistencia da junta fm tragao e em cisulhamento, escreva um programa de computador que, para cer- tos valores de a,b, P. ou. € Ty, © para valores de a de S° a 85° em intervalos de 5°, ossa ser usado para calcular (1) a tensio normal na junta, (2) a tensto de cisa. ‘hamento na junta, (3) 0 coeficiente de seguranca relativo a falha em tragao, (8) 0 coeficiente de seguranga relativo & falha em cisalhamento, (5) 0 coeficiente de se- _guraiga global para a junta colada. (b) Aplique esse programa usando as dimensBes « carregamentos dos elementos dos Problemas 1.29 e 1.31, sabendo que oy = 1,26 MPa e ty = 1,50 MPa para a cola usada no Problema 1.29, e que 1 = 1.000 KPa © ty ~ 1.900 KPa para a cola usada no Problema 1.31, (c) Certfique-se, em cada lum dos dois casos, de que a tensdo de cisalhamento seja méxima para a= 45° 1.€6 O clemento ABC é suportado por um pino e suporte em A e por duas bar- "as, coneciadas por pinos ao elemento em B ea um suportefixo em D. (a) Escreva um. programa de computador para calcular a carga. Pajg para quaisquer valores dados de (1) o ditmetro dj do pino em A, 2) 0 didmetro comum d, des pinos em Be D, 3) 0 limite dt tensio normal em cada uma das duas barras, (4) 0 limite da tenséo de cisalhamento 7, em cada um dos trés pinos, (5) 0 coeficiente de seguranga global de- sejado CS. O seu programa dever também indicar qual das trés tenses & critica: a ‘ensZo normal nas barra, atensio de cisalhamento no pino em A, ou a tens de cisa- ‘hamento nos pinos em Be D. (b e ) Verifique o seu programa usando 0s dados dos Problemas 1.53 ¢ 1.54, espectivamente, e compare as respostas obtidas part Pyyy Com, ‘quelas datas no texto, (d) Use o seu programa para determinar a carga admissivel Paiy bem. como quais as tensbes que slo erfticas, quando d, = d; = 15 mm, oy ‘1O-MPa para as barras de aluminio, ry = 100 MPa para pinos de ago, e CS. = 3,2. Vista uperor [20 180 zs 5mm x a ce tH 2 — Sinn D 2mm. Vit frontal Fig. P1.06 Vista tera ‘Cop.1 Introdugdio - 0 Conceito de Tensto 39 Fig. Pt.c5, Tensao e Deformacao — Carregamento Axial Este capitulo 6 dedicado ao estudo das deformagées que ocorrem em componentes estruturals sujeitos a carregamento axial. A altera¢ao no comprimento das amarras diagonals fol cuidadosamente considerada no projeto desta ponte suspensa no Porto de Houston. Cap. 2. Tensio 2 Deformagio - Carregamento Axial 47 2.4. INTRODUGAO No Capitulo 1. analisamos as tensbes originadas nos varios componentes ‘cone xdes polis exrgas aplicadas em uma estrutura ou méquina, Aprendemos tam- bcm a projetar componentes © conexdes simples para que nif falhassem sob condigies especiticadas de earregamento. Um outro aspecto importante da anise prujeto de estruturas relaciona-se com as deformagées.produzidas pelas car- 228 apficadas a uma estrutura,E claro que & importante evitar deformagbes tio standey que possam impedir a estrutura de atender ft finalidade para e qual ela Jt destinada, Mas a anilise das deformagtes também pode nos ajudar na deter- ‘inagde das tensdes. Sem éuivida, nem sempre & possivel determinar as foryas nos componentes de uma estrutura aplicando somente 0s prinefpios da esttica; : isto porque aesttica baseada na hipétese de estruturas rigidas ¢ indeformiveis, | Considerando as estruturas de engenharia deforméveis e analisando as defor. ‘magfes em seus varios componentes, poderemos calcular as Forgas estaricamente indeterminadas, ito &, indeterminadas dentro do ambito da estética. Também, confomne indicamos na Sepio 1.5, a distibuigao de tensBes em um dado com. Ponente ¢ estaticamente indeterminada, mesmo quando € conhecida a forya naguele componente. Para determinar a distribuigSo real des tensdes dentro de ‘um componente, &ent8o necessétio analisaras deformagdes que acortem naquele componente, Neste capitulo, vamos considerar as deformagdes de um compo. nente estrutural como uma haste, barra, ou placa sob carregamento axial, Primiro, a deformagdo espectfica normal ¢ emum componente sera definida como a deformacdo de componente por unidade de comprimento. Constrvinda tum gritico da tensio @ em fungao da deformagéo especifica ¢, & medida que aumentanmos a carga apficads a0 componente, obteremos um diagram fensdo- sletormugite especifica para 9 material utilizado, Por meio desse diagrama Podemos determinar algumas propriedades importantes do material, como seu ‘medule le elasividade,e se 0 material é diitil ou fil (Secdes 2.2 a 2.5). Voce vend tambem na Seo 2.5 que, embora o comportamento da maioria dos mate- "ais seja independente da directo na qual a carga é aplicada, a resposta de ma- teriais eompositos reforgados com fibras depende da diregao da carga. Por meio do diagrama tensio-deformagéo, podemos também determinar se as deformages no modelo desapareverdio depois de a carga ser removida (neste caso dizems que o material fem comportamento eldstico,) ou se haveré uma de- formasdio permanente ou deformagéo plastica (Segao 2.6), A Seedo 2.7 & dedicada ao fendmeno da fadiga, que faz. com que os com Ponentes estruturais ou de méquina venham a falhar apés um mimero muito grande de cargas repetidas, mesmo que as tenses permaneeam na regio elistica. A primeira parte do capitulo finaliza com a Seco 2.8, dedicada & determi sia deformagiio de varios tipos de eomponentes sob varies condigdes de carregamento axial Nas Segdes 2.9 2.10, settio considerados os problemas estaticamente in- dererminados. sto, problemas nos quais as reagées e as forgas internas néio po- dem ser determinadas apenas pela estética. As equagées de equilbrio derivadas do dhagrama de corpo livre do componente devem ser complementadas por re- lashes envolvendo deformagées: essas relagdes sero obtidas da geometria do problema Nas Sepbes 2.11 cx introduzidas constantes adicionais associadas ‘com inateriais isotrspicos — isto &, materiais com caracteristicas mecanicas in- epenvientes da direcio, Elas incluem 0 coeficiente de Poisson, que relaciona deformayio lateral e axial, © médulo de compressibilidade volunética, que saructeriza a variagio do yolume de um material sob pressto hidrostitica, e © inédulo de elusticidade transversal, que telaciona a8 componentes de tensfo de cisalhamiento e a deformagio especttica de cisalhamento. Vamos determinar tam ‘bam as relagbes rensdo-deformagao especificas para um material isotrépico sob om cactegamento multiaial, 2.15, a rn aber 42 resetbncia dos Matern Fig.21 Fig.22 Fig. 23 Na Seco 2.16, sero desenvolvidas relagGes tenstio-deformagio especttica avolvendo vérios valores distintos do médulo de elasticidade, do coeficiente de Poisson e do médulo de elasticidade transversal, para materiais compésitos reforgados com fibras submetidos a carregamento multiaxial. Embora esses ma. teriais sejam nio-isotrépicos, geralmente apresentam propriedades especiais, onhecidas como propriedades ortotrdpicas, que facilitam seu estudo. No texto deste livro até aqui, as tensdes so consideradas uniformemente distribuidas em uma dada segdo transversal; também supomos que elas perma- rnegam dentro da regito eldstica. A validade da primeira hipétese € discutida na Segdo 2.17, enquanto concentragdes de tensdes proximas a furos circulares adogamentos em placas so considerados na Segao 2.18. As Segdes 2.19 e 2.20 dedicam-se & discussto das tenses e deformagdes em componentes feitos ‘com um material dictil quando o ponto de escoamento do material é excedido. Veremos, também, que dessas condigdes de carregamento resultam defor ‘magées pldsticas permanentes ¢ tensdes residuais. 2.2, DEFORMACAO ESPECIFICA NORMAL SOB CARREGAMENTO AXIAL Vamos considerar uma barra BC, de comprimento L e com segio transver sal uniforme de Area A, que esté suspensa em B (Fig. 2.14). Se aplicarmos uma forga P a extremidade C, a barra se alonga (Fig. 2.1). Construindo um gréfico ‘com ob valores da intensidade P da forga em fungdo da deformagiio & (letra arega delta), obtemos um certo diagrama forga-deformagao (Fig. 2,2), Embora esse di. rama contenha informagées (leis para a anslise da barra em consideragao, ele nio pode ser usado diretamente para prever a deformago de uma barra do mesmo material mas com dimensées diferentes. De fato, observamos que, se uma de- formagtio 8 € produzida em uma barra BC por uma forga P, € fora 2P para provocar a mesma deformago em uma barra B’C’ do mesmo com- primento £, mas com uma frea de segio transversal igual a 2A (Fig. 2.3). Nota- ‘mos que, em ambos 0s casos, o valor da tensio é 0 mesmo: ¢ = P/A. Por outro lado, uma forga P aplicada a uma barra BC", com a mesma segiio transversal de rea A, mas com comprimento 2, provoca uma deformagio 26 naquela barra (Fig. 2.4), isto é, uma deformagio duas vezes maior do que a deformagao 8 que cla produz na barra BC, Mas em ambos os casos, a relagio entre a deformagio 0 comprimento da barra & a mesma; ela € igual a 5/L. Essa observagio nos (Cap. 2 Tense © Detommagio - Carregamento ial 43, loss intouuztr o conceito de detormacao: definimos dleformagdo especifica ‘af em uma barra sob carregamento axial como a deformacdo por unidade fe comprinente dayucla barra. Designando a deformaga espeetfica normal por «let greg epsilon). escrevemos est Qu Coniuinde o uritice da tenso o = P/A em fangio da deformagio es- peifica € = 6/L, obtemos uma curva earacteristiea das propriedades do ma- cvial 2 si Uepende das dimensées de corpo de prova uitizado. Essa curva & chumids de diagrame tensdo-deformagdo e seri discutida em detalhes na Come « barra #C considera na discussdo anterior tinha uma seyao trans- sa oniforme de area sl, pedetfamos supor que a tenséo normal o tem ura “ator constante igus it P/t por toda a barra. Assim, era apropriado definie a de- Yevmasv expeeffica € como a relagao entre a deformagio total 8 sobre ocom- IN O: sit sina defomagdo expecta em um dado pono Q conernde wt faved meno elemento de comprimento nko deformado Ax (Fig. 2.5), Designando gig. 25 pero de doclenona ss un ale cette nee fovmecde expectfica normal no porto Q como Ad _ dé e= fins = = .2 Say te ee Com a ueformagio eo comprimento so expressos nas mesimas unidades, 1 defounnagdo especitica normal ¢ obtida dividindo-se 8 por F, (ou d& por di) & luna quand adimensional, Assim. obtemos o mesmo valor numérico para a defovmagio especitica normal em um dado componente, independentemente de saris 0 sistema de unidades méirico SI ou o sistema inglés, Considere, por exemple, oma barra de comprimento £ = 0,600 m com segéo transversal uni- oume, que sofre uma deformagdo 5 = 150% 10-* m, A deformagdo espectfica ceorrespondenite & 10 2 10~ nvm = 250 10° Note que a deformasaio poderia ter sido expressa em micrometro: 5 Posleviannos. en 50 jum, 8 _ 150um 7 dai m7 250 mam = 250 «ler a respost como “250 microns”, Se usarmos unidades inglesas, © compri= mento © « deformacio da mesina barra so, respectivamente, L = 23.6 pol e 5 = 591» 10 pol. A detormacdo especifica eorrespondente & _ 891% 107? pol i L~ Be pol \yue € @ mesmo valor que encontrumos usando as unidades $1. No entanto, usuat- ‘vente, quando os comprimentos e deformagées s8o expressos em polegadas ou nicmpolegadas (pol), costuna se manter as unidades originals ia eapressao whiida part a deformagiio especifica. Em nosso exemplo, a daformagao espe- vitica seria eserita como € = 250 X 10° polfpol ou, alternativamente, como € = 250 aepol/pol 1 epollpol 250 * 10° pol/pol ee et tt SS 44 esiténcia dos Matas | 2.3. DIAGRAMA TENSAO-DEFORMACAO Vimos nd SepHo 2.2 que o diagrama que representa a relagdo entre tenséo € deformagao especifica em um dado material € uma earaceratiea importante do material. Para obtero dingrama tensfo-deformagéo de um materi, geral tmente se exeeuta um ensaio de tragdo em umm corpo de prova do material, A | Fig. 2.6 mostra um tipo de eorpo de prova usado comumente. A rea da seglo transversal da parte central cilfdtica do corpo de prova foi determinada com precisao e foram feitas duss marcas de referéncianaquela parte uma cistan- cia Za uma da outra. A distincin Ly & conhecida como comprimento de refe rnc do corpo de prov © corpo de prova € entio colocado em uma méguina de teste (Fig. 2.7), sada para aplcar uma carga centrada P, A medida que a carga P aumenta, « distancia L entre as dus mareas de referencia também aumenta (Fig. 28). A dis tincia L € medida com um extensOmetro, © 0 alongamento B= 1 ~ Ly € trado para cada valor de P. Him geral usa-se simullaneamente um segundo extens6meio para medir e registrar aalterato no didmero Go corpo de prova Para cada par de leituras P e 8, 6 calculada a tensto o dividindo-se P pela ea Fg. 26 Core do prova tio para original dy da seco transversal do corpo de prova,e a deformagi especticn € lenio de rapao € obtida dividindo-se o alongamento 8 pela distancia orginal Iy entre 28 dass mareas de referéncia,O diagrama tenslo-deformapto pode eat se obtido colo. cando-se € como abscissa e como ordenada F Fig. 2.7_ Esta maquina ¢ usada para ensalar corpos de prova em Fig. 28 Corpo de prove com carga trap, como aqueles mostrados neste capitulo, e trago. (Cap. 2 Tenato © Deformagto -Caregamento Axial 45 Os diagramas tensio-deformagio dos materiais vatiam muito, ¢ ensaios de trap diferentes executados com 0 mesmo material podem produzir resulta- dos diferentes, dependendo da temperatura do corpo de pfova e da velocidade de aplicagao da carga. No entanto, & possfvel distinguir algumas caracterist- ‘eas comuns entre 0s diagramas tensio-deformagao de vérios grupos de mate~ riais. Assim, € importante dividir os materiais em duas categorias principais. om base nessas caracteristicas, ou seja, materiais aticteis e materiais frdgeis. Os materiais diteis, que incluem 0 ago estrutural, bem como muitas ligas le vutios mteiais, so caracterizados por sua capacidade de escoar na tempe- ratura ambiente, A medida que 0 corpo de prova € submetido a uma carga crescente, seu comprimento, inicialmente, aumenta linearmente com a carga © 4 uma taxa muito baixa. Assim, a parte inicial do diagrama tensd0-defor- mmagiio é uma linha reta com inclinagio bastante acentuada (Fig. 2.9). No en- tanto, apés alcangar um valor etitico de tensio a, 0 corpo de prova sofre uma 20 Rupa State grande deformago com aumento relativamente pequeno da carga aplicada, i — Esa deformagao 6 provoeada por destizamento do material a0 Tongo de st Za ' petices obliquas ¢€ devido, portato, primeiro as tensBcs de cisalhamento, vy i Conorme podemos nora em dois diagrams tensGo-deformagao de dois maz tetiais dctes tipicos (Fig. 2.9), 0 alongamento do corpo de prova na ruptnra | BL pode cdl vseccmce acre u abts esunccanenmr essa alcisac | Bh ce vale pleura dc cay cunerde a jel ae ape i diminur devido a aba cal (i210) awe fondmene gd Eceabecida coun ety Defeats acai carga teas tt sa aldence peoamalev let a aloes an Gs nae 500mm ~ 0 * 10 8 _ 24 um Am _ 150 x 10-8 @~ mm Da lei de Hooke, ¢, = Ee, obtemos Ss _ SIMPL _ oy 5 op, Fig. 241 2.12 CARREGAMENTO MULTIAXIAL; LEI DE HOOKE GENERALIZADA Todos os exemplos eonsiderados até agora neste capitulo tratavam de ele- Imentes delgados submetidos a forgas axiais, isto é, a forgas com diregao de um Linco eixo, Escolhemos esse eixo como o eixo x, designamos por P a forga in- ‘ema em uma dada localizagio eas componentes de tensZo correspondents eram 9, = P/A, 0, = Oe 0. = 0. ‘Vamos agora considerar elementos estruturais submetidos a cargas atuando tus diregGes dos tréseixos coordenados e produzindo tensBes nomais o.. 0, € 7: que su indus diferentes de zero (Fig. 2.42). Essa condicdo & conhecida como carregamento multiaxial. Note que essa no é a condigao geral de tensio descrita na Segiio 1.12, visto que no hd tensées de cisalhamento inclufdas entre as ten. s0es mostradas na Fig. 2.42. ex Fig. 242 78 ewtencin dos Matevis Fig. 243 Considere um elemento de um material isotripico na forma de um cubo (Fig 2.43a). Podemos supor que as arestas do cubo tena um comprimento unico, Sob um carregamento multiaxial dado, o elemento se deformaré, transformand- se em um paralelepipeco retangular de lados, respectivamente, iguais 21+ & U + eel + &, onde &, 6 € €, sfo 08 valores da deformacio especifica ner ral nas diregdes dos trés eixos coordenados (Fig. 2.436). Voo8 deve notar que, como os outros elementos do material também se deformam, o elemento em cor sideragao poder sofrer uma translagdo. Mas estamos interessados aqui somente na deformagdo veal do elemento, e no no deslocamento de corpo rida Para expressarmos as componentes de deformagio ¢,, ¢,¢ ¢; em funcio das componentes de tens20 0;, J; € 0 consideraremos separadamente 0 efeito de cada componente de tensio e combinaremos os resultados obtidos. A abordagem {que propomos aqui seré usada repetidamente neste texto, ¢ 6 baseada no princ- pio da superposicdo. Ele diz que o efeito de determinado carregamento combi nado em uma estratura pode ser obtido determinanddo-se separadamente os efeitos das vérias forcas ¢ combinando os resultados obtidos, desde que sejam sais feitas as condigoes a seguir: 1. Cada efeito est linearmente relacionado com a forga que 0 produz. 2. A deformagiio resultante de uma dada forga 6 pequena ¢ no afeta as condigdes de aplicacdo das outras forcas. No caso de um cairegamento multixial, a primeira condigdo seré satisfeita se as tens0es nifo excederem o limite de proporcionalidade do material. A se- sgunda condigao seré satisfeita se a tensfo em qualquer face nfo provocar defor magdes nas outras faces suficientemente grandes para afetar o cilculo das ten: ses nessas faces. Considerando o primero efeito da componente de tensio «7, lembramo-nos da Segto 2.11, em que a provoca wna deformagao especifica igual a o,/E na diregio x, ¢ deformagées espectficas iguais a ~ve,/E em cada uma das diregdes ye Igualmente, a componente ce tensto o,, se aplicada separadamente,provo- card uma deformagdo especifica igual a o,/E na diregio y, ¢ deformagdes especificas —vo,/E nas outras duas diregSes. Finalmente, a componente de te- sfo 0. provoca ma deformacio especifica igual a o,/E na diregfo z, ¢ defor magbes especicas iguais a —no./E nas diresbes x e y. Combinando os resultados obtidos, concluimos que as componentes de deformagao especifica correspon- Gentes a um caregamento multiaxial sa0 vay vo EE oe _ PO, cece. (2.28) WH: _ ey E As Relagdes (2.28) so conhecidas como Lei de Hooke generalizada pant carregamento multiaxial de um material isotrépico homogéneo, Conform in dicamos anteriormente, os resuitados obtidos so validos somente enquanto 2s tensées néo excederem o limite cle proporcionalidade ¢ desde que as deformagies envolvidas permanegam pequenas. Lembramos também que um valor posit para a componente de tensdo significa tragdo, ¢ umm valor negativo, compressia Analogamente, um valor positivo para uma componente de deformacio especi- fica indica expansiio na direyo correspondent, ¢ um valor negativo, contragio, SST ‘Cap, 2. Tensto ¢ Deformapio ~ Caregamento Axial 79 | Se ab ia a mma a © bloco de ago mostrado na Fig. 2.44 esté submetido ‘a uma presslio uniforme em todas as suas faces. Sabendo que a va- Fiagiio no comprimento da aresta AB é —0,03 mam, determine (q) a yariago no comprimento das outras arestas, (b) a pres- sto p aplicada as faces do bloco. Suponha E = 200 GPa e v= 025, (2) Variagao no Comprimento das Outras Arestas. Substituindo o, = 0; = 0, = ~p nas Relagées (2.28), encon- tramos que as trés componentes de deformagio espectfica tém. © seguinte valor Feu — 29) (228) Como ¢, = 8,/AB = (—0,03 mm)/(100 mm) 300 10-6 mm/mam 300 10°6 mmv/mm de onde se segue que 8, = @(BC) = (—300 x 10°4(50 mm) 8, = (BD) = (—300 X 10°*)(80 mm) 0015 mm 0,024 min (b) Pressio. Resolvendo a Bquagio (2.29) para p, es- crevemos Fe, (200 Pa)(—300 > 10) a 1-038 142.9 MPa “2.13, DILATAGAO; MODULO DE COMPRESSIBILIDADE VOLUMETRICA Nesta sepdo, examinaremos o efeito das tenses normais 0, 0} € ; no volu= me de um elemento de material isotrépico. Considere 0 elemento de volume ‘mostrado na Fig, 2.43. Em sen estado livre de tensdes, ele esté na forma de um tubo de volume unitério; e, sob as tensdes oy 0, € 07, ele se deforma transfor- ‘mando-se em um paralelepfpedo retangular de volume v=(I+e\l te) +e) Como as deformagoes espectficas ¢, ¢, ¢, slo muito menores do que a unidade, ‘cus produtos setdio ainda menores e podem ser omitidos depois do desenvolvi- ‘mento da expresso acima. Temos, portanto, valtetete Designando por e a variago do volume de nosso elemento, escrevemos e ~1sltetete-i ou tete, (2.30) 80 Como o elemento tinha originalmente um volume unitétio, « quentidade ¢ te presenta a variagdo em volume por uiidadle de volume. Ela é conhecida como dilaragdo volumétrica especiticn do material, Substituindo ¢, & © € das Equagdes (2.28) na Equagto (2.30), eserevemos. @apr Um caso de interesse especial é aquele de um corpo sujeito a uma pressio hidrostétiea uniforme p. Cada uma das componentes de tensfo ¢ entio igual a =p ea Bquagfo (2.31) fica assim et) (232) Introduzindo a seguinte constante one (2.33) X12») CO escrevemos a Equagfo (232) na forme » 2 2.30 en aan A constante k é conhecida como médulo de compressibilidade volumétrica do ‘material, Ela € express nas mesmas unidades do médulo de elasticidade E, ou scja, em pascals ou em psi A observagao e © bom senso indicam que um material estavel submetido a uma pressiio hidrostdtica s6 pode diminuir em volume; assim a dilatagtio e na Equagio (2.34) € negativa, de onde se conelui que o médulo de compressibili- dade volumétrica k € uma quantidade positiva, Bxaminando a Equagao (2.33), conelufmos que 1 ~ 2v > 0, ou » < 1/2. Por outro Indo, vimos na Secdo 2.11 ‘aue v € positive para torlns 1 materinis de engenharia. Concluimos enido que, para qualquer material de engenhacia, (2.35) Notamos que um material ideal, endo um valor de v igual a zero, podesia ser esticado em uma diregio sem qualquer contraggo lateral, Por outro lado, am ‘material ideal, para 0 qual v = 1/2, portanto k = © seria perfeitamente con: pressivel (e = 0), Exatminando a Equaglo (2.31) notamos também que, como 2, 0 alongamento de um material de engenharia, na regifo eldstien, em uma diregao, por exemplo na diregéo x (0, > 0, ¢, = «7 = 0), resulta emt am aumento de seu volume (e > 0).1 «representa ume vais em volume, ela deve ser independent da erienssio| Ho, Contluise ent di Eysagoes (230) © (231) que 38 quamlcnis 6+ & + G80, + 0, + ¢,sfotambém independentes da oiemtago do elemento, Ess propridsie ser verificado no Capital? +°No entnto, na regio plistica,o volune do malrat permanece praticamente constant (Gap. 2 Tensio © Delormagio -Cerrogamento Anat 81 ‘71 ef a i A a mE Determine a variagio em volume AV do bloco de ago mestrado Como o Yolume V do bloco em seu estado livre de tenses & 12 Fig. 2-44, quando ele ésubmetidoa uma pressiohidrostitien P= 180 MPa, Use £ = 200 GPa e » = 0,29. $a tse Pls Da Equagdo (2.33), determinamos o médulo de eompres- sibildade volumétriea do ago, © como e representa a variagio em volume por unidade de vo- lume, e = AV/Y, temes 200.6Pa ‘ = = eGR 15870P ) ~ Ht - 038) AV = eV = (=1,134 x 1079400 x 10° mn) , da Equagdo (2.34), a dilatagio AV = ~454 mm? Pp 180MPa 4 cn he ROMP ec 10 2.14 DEFORMACAO DE CISALHAMENTO Quando determinamos na Segio 2.12 as Relagdes (2.28) entre tensfes nor- mais e deformagdes especificas normais em um material isotrépico homogéneo, supomos que nilo havia tenses de cisalhamento envolvidas. Na situagio de estado de tenso mais geral representada na Fig. 2.45, estardo presentes as ten- ses de cisalhamento zi, ty € Ta: (bem como, naturalmente, as tensOes de cisa- thamento correspondentes yo. Tay € Tq). ESsas tensGes nfo tém um efeito Aireto nas deformagses espeeificas normais, © desde que todas as deformagbes ‘emvolvidas permanegam pequenas, elas no afetario a determinagZo nem a va- lidade das RelagSes (2.28). No entanto, as tensdes de cisalhamento tenderéo @ eformar um elemento em forma de eubo do material transformando-o em um paralelepipedo obliquo, Considere primero um elemento em forma de cubo de lado unittio (ig 2.46) submetido a nenhuma outratensto a nao ser as tensées de cisalhamento 4 € 7 aplicadas a faces do elemento, respectivamente, perpendiculares 203 cixos.x¢ y. (Lembramos da Segt0 1.12, em que ty = ty.) Observa-se que 0 elemento se deforma transformando-se em iim rombdite de Indos iguaie 8 tunidade (Fig. 2.47). Dois dos angulos formados pelas quatro faces sob tenséo ne sto reduzidos de § para ¥ — yyy enquanto os outros dois sfo aumentados de 1+ O pequeno dngulo 79 (expresso em radianos) define a deformapao Fla. 248 | 82 rsstténces dos Manaviaio 9685 «© y. Quando a deformagao en- | : ole uma reduedo do Angulo focmado pelas due fae orientadas, respecti | Yamente, na ditegdo positiva dos eixos x e y (como mostra a Fig. 2.47), dize dee Lik deformasio de cisatbamento yy 8 positives eave contricio, dizemos ue ela é negativa, Consiruindo um grifico com valores sucessives ce 7 em Fungo dos va- Fig. 247 Jotes comespondentes de y,, obtemos o diagrams tensio-deformacio de cise {Paento ara o material emt consideragdo Isso pode see ‘conseguido executando- ae Unenszio de torgao, como veremos no Capitulo 3.0 iagrama obtido é similar {0 diagrama tensto-deformacio espectica normal obtad ara o mesmo mate- | {al com o ensaio de trasto descrito anterionnente nose capitulo. No entanto, 0; tores obtdos para a rsistncia ao escoamenta, line ae resisténcia etc,, em a rntade yc tthamento de um dado material, séo um poues maiores do que cope, G0 ae em tragao, Como conta no caso das teenen deformagies ‘GSpecificas normais, a parte inicial do diagrama tenste ‘deformagao de cia te de papiteat Para valores de tnsto de cisalhamento que nie excedam o limi- ‘© de proporcionalidade em cisalhamento, pademos emay ‘escrever para qualquer material isotr6pico © homogeneo, j j ‘ Unidades de Zou sea, em pascals ou em psi O madulo oc rigidez G de qual. teldade 2 & menos da metade, poném mais de um teryo de Médulo de elas- cidade E daquete material ++ } Fig. 248 clanaoes Smet ¢scomparhats de una riage do cape spac nt tlememo alo giram. A deformacio y, rome skates Pg. 248), Cures samen ome iota horizons gam auaiés de 1/2 yy. no sentido horirlo (Fig 2.48). Coms (i, neste vr prterimoeassocnn formedopelasduas faces. eno com Vela 0 Problems 291 (ep, 2 Tenso © Detormagéo ~ Carragamante Axil (Considetands agora um cube elementar do’ material sujeito « tensbes de stsalhamento 3. € r, (Fig. 2.50a), definimos a deformagéo de cisalhamento ye come 4 variagto no angulo formado pelas faces sob tensio. A deformagho de chalhamento ., € detinida de forma semelhante considerando um elemento submetide a tensdes de cisalhamento 1, € ty: (Fig. 2.50b). Para valores da ten- ‘io que nio altrapassam o limite de proporcionalidade, podemos escrever as dus relagdes adicionais (237) wi » lg. 250 Pan. estado de tenséo geral epresentado na Fig. 2.45 e desde que nenhuma dss tens6es envalvidas ultrapasse o Timite de proporcionalidade correspondente, Pademes aplicar © principio da superposigto e combinar o resultados obtidos nest seo © na Seg2o 2.12. Obtemos o seguinte grupo de equactes represen. ‘undo ale de Hooke generalizada para um material isotr6pico e homogéneo sub ‘meta a um estado de tenséo mais geral (2.38) c Um exame das Equagdes (2.38) pode nos levar a acreditar que trés constantes disintay do material, E, » © G, devem primeiro ser determinadas experimental. Ivete, se quisermos prever as deformagées provocadas em um dado material por uma combinagao arbtritia de tensOes. Na realidade, somente duas dessas cons- lanes precisam ser determinadas experimentalmente para qualguer material Contorine voed ver‘ na prima sego, a teweixa constante pode entao set obtida com um eaeulo bastante simples, 83 i angular de um material com um médulo de A forga exercida na placa superior 6 ent ticidsde transversal G = 620 MPa é colado a duas pla. igidas horizontais, A placa inferior € fixa, enquanto a A = (12,4 MPa)(200 mm)(60 mm) = 148,8 x 10°1N placa superior esté submetida a uma forga horizontal P (Fig. P= 1488kN Sabendo que a placa super loca 1 mm sob agao da forga, determine (a) a deformagio de ci naterial, (b) a forga P que atua na placa supeiiv (a) Deformagao de Cisalhamento. ordenados centrados no ponto médio C da borda AB e dire mostra « Fig. 2.52. De acordo com si islhamento 7, 6 igual ao dn lefinicdo, a deformagdo dk ilo pela vertical € pela linha CF que tne 08 pontos i ios das bordas AB e DE. Notando que esse & um Angulo muito ne ele deveri ser expresso em radianos, pequeno ¢ lembran - = 0,020 rad, (b) Forca Atuante na Placa Superior. Primeiro determi 4 t0 7 no material, Usando a lei formagio de cisalhamento, temos Hooke para tensio G 10 MPa}(0,020 rad.) = 12.4 MPa gai 2.15. OUTRAS DISCUSSOES SOBRE DEFORMAGAO SoB CARREGAMENTO AXIAL; RELACAO ENTRE E, EG Vimos na Seco 2.11 que uma barra delgada submetida a uma forga de lwaglo axial P na direcao do eixo x se alongard na dirego xe contrairé nes di- regGes transversais y € z. Se e, € a deformacao especifica axial, a deformagio €. = —Veq, onde v 6 0 coeficiente de Poisson. Assim, um elemento na forma de um cubo de lado de comprimento Unitério ¢ orientado conforme mostra a Fig, 2.53a se deformaré transformando. se em um paralelepfpedo retangular de lados 1 + €y 1 que somente uma face do elemento é mostrada na figura.) Por outro lado, se © elemento é orientado a 45° em relagao ao eixo da forca (Fig. 2.538), observa- se que a face mostrada na figura se deforma transformando-se em um losango, Conclufmos que a forga axial P provoca nesse elemento uma deformagao de cisalhamento 7’ igual ao valor pelo qual aumenta ou diminui cada um dos fa. especifica lateral & expressa como ¢, gulos mostrados na Fig, 2.53b. ‘Note que a carga P também produ defomagées spect 530 (yejao Problema ven 1 Cap. 2 Tondo « Dtomssto~ Cersgamerto Asst 85 © fato de que as deformagdes de cisalhamento, bem como as deformagies especificas normais, resultam de um carregamento axial no deve ser uma sur- presa para nés, pois jd observamos no fim da Segio 1.12 que uma carga axial P provoca tenses normais ¢ de cisalhamento de igual intensidade nas quatro faces de um elemento orientado a 45° do eixo do elemento, Isso fo iustrado na Fig. 1.40 que, por convenigncia, foi repetida aqui. Foi mostrado também na Se¢o 1.1] que a tensio de cisalhamento & méxima em um plano que forma um &ngulo de 45° com o eixo da forga. Conclui-se da lei de Hooke para tensdes ¢ defor- magdes de cisalhamento que a deformagao de cisalhamento ’ associada com 0 elemento da Fig. 2.536 também € méxima: y! = qe Emibora um estudo mais detalhado das transformagGes de deformagbes seré apresentado 56 no Capitulo 7, nesta segéo deduziremos uma relagio entre a de- formagio de cisalhamento'méxima 7’ = 7, associada com o elemento da Fig. 2.53) € a deformacio espectfica normal ¢, na diregao da forga. Vamos conside- rar para essa finalidade o elemento prismético obtido pelo corte do elemento en) forma de cubo da Fig. 2.53a por um plano diagonal (Fig. 2.54a e b). Referindo-nos & Fig, 2.53a, concluimos que esse novo elemento se deformard transformando-se no elemento mostrado na Fig. 2.54¢, que tem lados horizon- tais ¢ verticais, respectivamente, igual a | + €, € 1 — ve,. Mas 0 Angulo for- ‘mado pelas faces obliqua e horizontal do elemento da Fig. 2.54b é precisamente metace de umm dos angulos retos do elemento em forma de cubo considerado na Fig. 2530. Lite, w o) @ Fig. 2.54 fingulo 6 com que esse Angulo se deforma deve, portanto, ser igual & metade le 7/2 — Yq. Escrevemos 4% _ Te a Aplicando a férmula para a tangente da diferenga de dois fngulos, obtemos Miss Ye 6B ss ae Sa Zyl Yo leet 149% ‘0, como y,/2 € um Angulo muito pequeno, (239) o Fig. 1.40 (repetica) | | 86 ‘essen dos Matas Mas, da Fig. 2.54¢, observamos que 128 2.40) Igualando os membros direitos de (2.39) e (2.40) ¢ resolvendo em fungao de ‘. escrevemos (+ ve, l=? i,t i+ Como ¢, <& 1, 0 denominador na expresso obtida pode ser considerado igual a 1; temos, portanto, Ym = (+ Pe, ean que é a relacio desejada entre a deform: Formagao especifica axial ¢,, Pata ubtetuus aula relugdo entre as constantes £, v, @ Gi, lembramos que Ao de cisalhamento maxima y,,€.0 de- pela lei de Hooke, 7% = 7_/G e que, para um carregemento axial, ¢, = 0. /E A Equagiio (2.41) pode portanto ser eserita como Tn (1 4 yet Ate ou zg grt ea) Verificamos agora, da Fig. 140, que 0, = P/A € tq = P/2A, onde A € fred da segdo transversal da componente. Conchi-se entio que ¢,/t = 2. Sub tuindo esse valor em (2.42) e dividindo ambos os membros por 2, obtemos relagio 26 «que pode ser usada para determinar uma das constantes B, v, ou Ga patit ds otras duas. Por exemplo, escrevendo a Equagio (2.43) para G, temos ee 21+») | SE (ep. 2. Tensto © Defommagéo ~ Carrogamento Axia “2.16. RELACOES DE TENSAO-DEFORMACAO PARA MATERIAIS COMPOSITOS REFORGADOS COM FIBRAS Os materiais compésitos reforgados com fibras foram discutidos rapida- mente na Secdo 2.5. Foi mostrado naquele momento que so obtidos pela in- corporagtio de fibras de materiais rigidos e resistentes em um material menos resistente © menos rigido chamado de matrig. Mostrou-se que a relago entre 4 tensio normal e a deformagao especifiea normal correspondente eriada em ‘uma placa, ou camada de um material comp6sito, depende da dirego na qual « forga ¢ uplicada. Sio necessérios, portanto, diferentes médulos de clasti- cidade E,, Eye E> para descrever as relagdes entre a tensio normal e a de- formagio especitica normal, dependendo se a forca é aplicada em uma direso paralela as fibras, em uma diregdo perpendicular & camada, ou em uma di- reglo transversal ‘Vamos considerar novamente a placa de material comp6sito diseutida na Segiio 2.5 e submeté-la « uma forga de trago uniaxial paralela a suas fibras, ou Seje, na diteedo x (Fig. 2.55q). Para simplificarmos nossa andlise, vamos spor ‘que as propriedades das fibras e da matriz foram combinadas, de tal forma que se obtenha um material homogéneo ficticio equivalente que possui essas pro- priedades combinadas. Consideramos agora um corpo elementar daquela placa, ‘eujas propriedades so do material combinado (Fig. 2.55b). Designamos pot 7, dematedal > tes a ® Fig. 255 “4 tensio normal correspondente © observamos que a, =o; = 0. Conforme inicamos na Seylo 2.5, a deformago especifica normal comtespondente na di- revio.xé ¢, = o/E,, onde E, € 0 médulo de elasticidade do material compésito tw ditegdo x. Conforme vimos para os materia isotr6picos, 0 alongamento do Imaterial na diregGo x € acompanhado de contragdes nas diregGes y ¢ z. Essas contragdes dependem do posicionamento das fibras na matriz e geralmente so ‘liferentes. Conseqiientemente, as deformagdes especificas laterais 6 ¢ ¢, tam- bem serdo diferentes, bem como os correspondentes coeficientes de Poisson: (2.44) Note que o primeity filice em cada uma das relagdes de Poisson vg € v,, nas Equaydes (2.44) refere-se diego da forga e 0 segundo, &diregao da contraggo, 87 Recisuncla ds Matenais Do exposto, segue-se que, no caso de carregamento multiaxial de una placa de um material compésito, podem ser usadas equagdes similares ds EquagSes (2.28) da Seedo 2.12 para descrever relagiia tenso-deformacdo, No entant, neste caso, estatio envolvidos tr8s diferentes valores de médulo de elasticidade seis valores diferentes de coeficiente de Poisson, Bserevemos formagio especifica para uma dada placa. Conclui-se de uma propriedade geral dessas transformagoes que os coelicientes de componentes de tens sio simi £03, isto é, que (2.40) Essas equagdes mostram que, embora diferentes, os coeficientes de Poisson v, »,« no sZo indepenclentes; qualquer tm deles pode ser obtide a partir do outs se 03 valores corespondentes do médulo de elasticidade forem conhecids. 0 mesmo vale para v,, € Ua, € Pad Ys € Us Considere agora o efvito da presenea de tensdes de cisalhamento nas facts dle um corpo elementar da placa de propriedades eombinadas. Conforme dito ra ‘Segio 2.14, no caso de matetiais isotrdpicos, essas tensdes vém em pares de ve totes ignais e opostos aplicados em lados opostos do corpo elementar e nio tétr efeito nes deformacées especticas normals. Assim, as Equagoes (245) pr manecem vilidas, A: de cisalhamento definidas por equacdes similares as dimas és das Equagies (2,38) da Segio 2.14, exceto que agora devem ser usados tr8s diferentes valores do médulo de elasticidade transversal, Gry, Gye, © Gye Temos ne Zt ea 0 fato de que as ts componentes de deformacto espectfica €, & € p> ‘dem ser relacionadas somente com as tensbies normais e nfo dependem de quails quer tensbes de cisathamento caractetiza os materiais ortotrépicos e os distin dos anisetrépicos. Conforme vimos na Segio 2.5, umn Jaminado plano obtido superpondo-¢ uma série de placas ou laminas. Se as fibras em todas as placas tém a mest. orientagao para melhor resistir a uma forga de trago axial, a préprin placa sei ortotrépica. Se a estabilidade lateral da placa for aumentada posicionando-se a: _gumas de suas camadas de maneira que suas fibras estejam em fngulo reto con as fibras das outras camadas, a placa resultante serd também ortotr6pica. Pa ‘outro lado, se qualquer uma das camadas de uma placa for posicionada de fort: ‘que suas fibras nfo estejam paralelas nem perpendiculares 2 fibras das ous camadas, a placa, geralmente, nfo seri ortotrépica.f "Para mais informagoes sobre mates compésitos reforados com fibras,veja HYER, LW ‘ness anassis of ber-relnforced composite materials. Nova York: MeGras-Hil 1998 sia, ‘Gap. 2 Tensiio © Deformagio ~Carregamento Axial 89 “Pr ch i i ee TR TD) Um eubo de 60 mm é feito de camadas de grafte epéxi com fires alinhadas na dicegdo x. O cubo esté submetido a uma forga de compressfo de 140 kN na diregfo x. As propriedades do material compésito slo: E, ~ 15,0 GPa, E, = 12,10 GPa, E.= 12.10 GPa, vay = 0.248, vg, = 0,248 € vy. = O58. De termine as variagBes nas dimensGes do cubo, sabendo que (a) o cao est ive para se deformar nas diregdes ye z (Fig. 2.56); (D) 0 cubo esté live para se deformar na diregio z, mas eetd impedid de se deformar na diregao y por duas placas sem atrito ig. 257), (a) Livre nas Diregées y ez. Primeiro determinamos aten- io g, na direcao da forga, Temos P_ =o x 10°N_ A ~ (060 m(0.060 5 ame 0 eubo nfo et sob carga ou impedido de se defomnar ns dees ye , temas = 0: 0. Assim, os membror do ldo dro das Equagdes (2.45) se redurem aos sun prmatvon ‘eos Sutin o dos Formeidos ness equagoe ems 1 _ 3889 MPa F~ 1350GR 240)(~28.89 Pa) 38,89 MPa 2509 x 10 ‘155.0 GPa Rae vat, (02248 ~38,69 MPa) 4 ‘ SoG = $62.22 x 10 As variagdes nas dimensGes do cubo so obtidas multiplicando- se as deformagbes especificas correspondentes pelo compri- sento L = 0,060 m do lado do cube: 250,9 X 10°*(0,080 m) = ~15,05 pan (+622 x 10-%(0.060 m) = +3,73 um 8, = k= (4622 X 10-0060 m) = +3,73 aan (0) Livre na Diregéo z, Impedicdo de Se Detormar na Direcdo ¥. A tensia na diemgia.x & a mesma da parte a, ob ~38,89 MPa. Como o cubo eaté live para se de- formar na direglo ¢ € na parte a, emos novamente 0; = 0. Mas como 0 cubo agora esté impedido de se deformar na iresHo y, devemos esperar uma tensto ay diferente de zero. Por outro lado, visto que o cubo no pode se deformar na di- repos, devemos ter 3, = Oe, portano, «, = 5/L = 0, Fazendo = Oe 6, = Ona segunda das Equagées (2.45), determina 0 valor de ¢,.. Com a substiuigdo dos valores numéricos, clém-se o valor numérico para o,. Assim, temos 1550 ~ ~752,9 kPa ‘Agora que as trés componentes de tens foram determina «as, podemos usar a primeira e a iltima das Equapses (2.45) para cacular as coniponcates de deformagao espectticas ¢, € €. Mas 8 primera dessas equagdes contém 0 coeficiente de Poisson (222)an0y- 25109 Fig. 256 Fig. 257 ye © euud vimos anterlormente, esse coeticiente ndo & igual 0 coeficiente vy que estava entre os dados fomecidos. Para en- contrarmos ¥,., usamos a primeira das Equagies (2.46) ¢ es- ‘revernos 5; 12,10 _ on~(B n= (222) aaty = ans Towa o~ ne a ra eat pe A) = mrad ces ope os pre ae eae Bem ech ota oe eee Oy Yay _ ~38,80 MPs “Eg 1550GPa 89 MPa) 155.0 GPa (0,458){-752,9 ka) 1210GPa ‘As variagSes nas dimensbes do cubo so obtidas multiplicando- se as deformagdes comespondentes pelo comprimento L = 0,060 m do lado do cubo: —249,7 X 10°4)(0,060 m) (00,060 ra 8, ed = (490,72 x 10°4)(0,060 m) = +5,44 pm ‘Comparando os resultados das partes ae b,notamos que a df renga entre os valores obtidos para a deformagio 8, na dirego das fibras € desprezivel. No entanto, a diferenga ent 0s valo- tes obtidos para a deformagdo lateral 8, no € despreaivel. Essa doformagzo 6 claramente maior quando o cubo esté impedido de se deformar na diresio y. + 90,72 x 10-¢ 14,98 um 90 PROBLEMA RESOLVIDO 2.5 10 mm € desenhado em uma placa de aluminio Um efteulo de didmetro d livre de tensbes de espessura = 19 mam. Forcas atuando no plano da placa pos- teriormente m tensdes normais ¢, = 82 MPa eo, = 138 MPa. Par 69 GPa e v = 1/3, determine a variagto (a) do comprimento do didme AB, (b) do comprimento do diémetro Cl spessura da placa, (d) do vo- lume da pac soLUgAO Lel de Hooke. Notamos que 2, = 0. Usando as Equagaes (: especffica em cada uma das diregSes. tramos a deforma’ 0,522 % 10°? maw/mam 1.063 % 10°? mv a 82 Ma) — 0+ (138MPa) | = +1604 x 10°? mmm Sriowml seem) + essa 4, Didimetro AB. A variagio do comprimento € Bay, (0-? mon/mm)(220 ram Bon = +0353 mm 4 ¢ Espessura, Lembrando que ¢ = 19 mm, temos = (-1,063 x 10-%mvmm)(19 mm) 8, = 020mm 4. Volume da Placa. Usando a Equaclo (2.30), escrevemos ene +0,522 ~ 1,063 + 1,604) 10" = +1,063 x 10 AV = eV= + 1,063 x 10-%(380 mm}(380 mm)](19 mm) AV = 2.916 mm" nmi Gap. 2 Teneo e Deformarso ~ Carrogamento Axiet 91 PROBLEMAS 2.61 Em um ensaio de tragio padrdo, uma barra de alumfnio de 20 mm de «didinetro estd submetida a uma forga de traglo de P = 30 KN. Sabendo que v = 0,35, © £ = 10 GPa, determine (a) o alongamento da barra em um comprimento de rele- ‘éncia de 150 mm, (6) a variago no didmetro da barra, 2.62 Uina orga de wagio de 2,7> KN 6 aplicada a um corpo de prova feito de placa de ago plana de 1,6 mm (E = 200 GPa, v = 0,30). Determine a variagao ‘esultante (@) no comprimento de referéncia de 50 mm, (b) na largura da parte AB do corpo de prova, (c) na espessura da parte AB, (d) na érea da sega transversal da parte AB, lam Fig. 2.62 2.63 Um ensaio de tragdo padrio € usado para determinar as propriedades de lum plistica. O corpo de prova é uma barra de 16 mm de dimetro e estd submetido "wma forga de tragio de 3600 N. Sabendo-se que eun uu cupriniento de referen- cia de 130 mm observa-se um alongamento de 11 mm no seu camprimento e uma siminuigio de 0.6 mm no difmetro, determine o méculo de elasticidade, 0 médulo de elasticidade transversal e 0 coeficiente de Poisson do material P Ditmetso de 16m 130mm, Fig. P2863, 2.64 A varingio no difmeto de um grande parafuso de ago & cuidadosamente ‘medida enquanto a porca é apertada. Subendo que E = 200 GPa e v = 0,29, determine 6 forga intema no parafuso, quando se observa que 0 diimetro diminaix em 13 yum. Fig. P264 2.65 Uma linha de inclinagio 4-10 foi trazada em uma placa de latéo lami ‘nada fri, com 150 mm de largura e 6 mm de espessura, Usando os dados disponiveis ho Apéndice B, determine a inclinagio da linha quando a placa € submetida a uma forga axial centrada de 200 KN como mostra a figure. 180mm Ditmetro de 20 mm 92 a dos Mat 2.66 Um tubo de alumfnio de 2 m de comprimento, 240 mm de difimetro ex {emo e pirede com espessura de 10 mm é usado como uma coluna curta ¢ suport ‘uma forga axial centrada de 640 kN. Sabendo que = 0333, dete: 9 no comprimento do tubo, (b) a variag ura da pa I 267 Um quadrado de 201 frre presto de ago, Apds pres esta, determine a vringiopercental a inlinagao de agonal DP devide 2 TTT [E ce| 2.68. Um tecido usado em exrutuas infidels et sxbretido a um coreg mem biaxial que resulta em lnafes noms oy = 120 MPa ¢ oy = 160 Mie 87 GPa Ssbendo que ac propricdadcs do tccido poueus sea de apruximadamente E o no comprimento (a) do lado AB, (b) do I Fig, P2.68 2.69 A barra de aluminio AD é envolvida por uma jaqueta usada para aplicar uma pressio hidrostética de 42 MPa na parte BC de 300 mm da barra. Sabendo que E = 70 GPa cv = 0.36, determine (0) n varingde no comprimento total AD, (B) 4 netra no meio da barra clea 200 mn 500 sm Cap. 2 Teneo ¢ Deformago - Carregamento Axil OQ 70 Para.a barra do Problema 2.69, determine as forgas que devetio ser apli- fads extremidades A © D da barra (a) se a deformagio espectfica axial na parte ‘BC da bacra permanecer zero com a pressio hidrostitica aplicada, (6) se o compri- ‘mento total AD da barra permanecer inalterado. 2.71 Para um componente submetido a carregamento axial, expresse a defor- ‘nagdo especttica normal e" em uma diregao formando um Angulo de 45° com o eixo «da forga, em funsio da deformagio especifica axial ¢, (a) comparando as hipotenusas os trinzulos mostrados na Fig. 2.54, que representa, respectivamente, um elemento antes © depuis da deformagao, (6) usando os valores das tensdes « e , correspan denies mostradas na Fig. 1.40 e a lei de Hooke generalizada. 2.72 A placa homogénea ABCD esté submetida a um carregemento biaxial ‘como mostra a figura. Sabe-se que o; = op € que a variagdo no comprimento da placa na diregdo x deve ser zero, ou seja, e, = 0. Designando por E 0 médulo de Clasticidace © por vo coeficiente de Poisson, determine (a) a intensidade necesséria de a, (b) a relagio ae, 2.73 Em muitas situagbes fisicas, impedimentos de deformagio devem ocor- rer em uma dada direga0, por exemplo ¢, = 0 no caso mostrado, Esse impedimento ‘corre por causa da longa dimensio da barra na diteglo z. Segdes planas perpendi- culares ao eixo longitudinal permanecem planas e separadas da mesma distancia, Mostre que. para esta situagao, conhecida como estado plano de deformagdo, Podemos expressar 0: €,¢ 6 da seguinte maneira: ove, +0) & o 2.74 Fim muitas situages sabe-se que a tensio normal em uma dada diego ¢ ze(0. por exemplo, J. = 0, no caso da placa fina mostrada, Para esse caso, CO- ahecidlo como estado plano de tensio, mosire que, se as deformagées ¢,¢ ¢, foram \determinadas experimentalmente, podemos expressar o,, 0, € , da seguinte Fig. P2.74 94 cla dos Mi 2.75. 0 bloco pléstico m lo na figura & colado a um suporte rigido ¢ icada uma forga P de 240 KN. Saben uma placa vertical & qual a pléstico usado G = 1050 MPa, dete locamento da placa 2.76 Qual a forga P que deverd ser aplicada & placa do Problema 2,75 para Produzir um deslocamento de 1,5 mm 277 Uma mids fe em dois blocos de bor 4 suportes rigidos, conforme mostra a figura 26 KN provoca um deslucauento = 1.6 Jo de vibrago cons dos @ 1 placa AB Sabendo que uma forva de intensirlade P= fetermine o médulo de elastcidade transversal da borracha usada, mim na placa | ~~ | I Fig. P27 @ F278 2.78 Um unidade de isolamento de vibragdo consiste em dois blocos de bor clasticidade transversal G = 20 MPa colados uma a AB e a suportes rigid a figura. Designando por P a inten eda forva aplicada & placa e por 6 0 deslacamento correspondente, determine 2 constante de mola efetiva do siste P/B: racha dura com um médul conforme most 2.79 Um apoio de elastémero (G = 0,9 MPa) é usado para suportar uma viga mestra de uma ponte, como mostra a figura, para proporeionar flexiblidadle durante s. A viganilo pode sofrer deslocamento horizontal mais de 10 mm quando uma forga lateral de 22 KN. Sabendo que a tensio de cisalhamento mf ienor dimensio b admissivel (b) a menor 6 aplicada xima admissfvel € 420 kPa, determine a) a necessétia, Fig, P79 2.80 Para o apoio d nero do Problema 2,79 com b = 220 mm 30 mm, determine 0 médulo de cisalhamento G e a tensBo de cisalhamenta + para ima P = 19 kN e um deslocamento méximo 6 = 12 mm. uma forga lateral més j | i { ‘Cap. 2 Tenaio © Deformagio -Carregamento Axial 95. 2.81 Dois blocos de borracha com um médulo de elasticidade transversal 12 MPa sio colados a dois suportes rigidos e a uma placa AB. Sabendo que (00 mm ¢ P= 45 KN, determine as menores dimensées a e b admissiveis dos ‘locos, para que a tensio de cisalhamento na borracha nio exceda 1,4 MPa e o deslo- camento da placa seja no minimo de 4,8 mm. 2.82 Dois bloces de borracha com um médulo de elasticidade transversal G = 10 MPa sao colados a dois suportes tigidos e a uma placa AB. Sabendo que = 200 mm e ¢ = 130 mm, determine a maior forga P admissivel e a menor es- Psssuia adusistvet dos locos, para que a tensto de cisalhamento na borracha nio excel |.5 MPa eo deslocamento da placa seja no minimo 6/4 mm, "2.89 Determine a variagdo em volume do segmento AB do comprimento de ‘eferéncia de 50 mm no Problema 2.62 (a) pelo efleulo da dilatario do material, (b) pela subtragio do volume original da parte AB de seu volume final 2.64 Detcrmine a dilatagao e e a variago em volume do segmento de 200 ‘nun da barra mostrada se (a) a barra é feita de ago com E = 200 GPa e v = 0,30, (6) a bara é feita de alumnio com E = 73 GPa e v = 0.35 metro de 25 mm, kN 50 kN | wm Fig. P88 *2.85 (a) Para o carregamento axial mostrado, determine a vatiagdo em altura ¢ 8 variagdo em volume do cilindro de lato mostrado na figura. (6) Resolva a parte « supondo que 0 carregamento seja hidrostético com = , = 0, = -70 MPa, "2.86 Uma esfera sélida de ago com diémetro de 150 mam & mergulhada no ‘euno, ein um ponto onde a pressio € de 5O MPa (aproximadamente 4,8 km abaixo da superficie). Sabendo que E = 200 GPa e » = 0,30, determine (a) @ diminuigdo no didmetro da esfera, (b) « diminuigdo no volume da esfera, (c) a porcentagem de swmento da densidade da ester ‘2.87 Um suporte isolador de vibragio consiste em uma barra A de raio Ry e jum tubo de raio interno 2, eolado a um tubo de borracha de 80 mm de compri- ‘mento com um médulo de elasticidade transversal G = 10,93 MPs. Determine o valor necessirio para a relagtio Re/R,, se uma forga P de 10 kN provocar um deslo- camento de 2 mm da barra A. ‘2.88 Um suporte isulalor de vibragao consiste em uma barra A de sti , ~ 10 mune um tubo B de rio intemo Ry = 25 mm, colado a um tubo de borracha ‘de 80 mim de comprimento com um médulo de elasticidade transversal G = 12 MPa. Determine a maior forga P admissfvel que pode ser aplicada a barra A, sabendo que seu deslocamento nio deve exeeder 2,50 mm. Fig, P2.87 e P2.8e a Fig. 72.85 Fig. P21 Fig. 2.58 “2.89 ‘As constantes de material E, G, ke v estdo relacionadas nas Equa 2.33) € astanles pode ser expressa Fungo de quaisqier outras d remplo, mostre que (a) k = GE (0G ~ 38) (b) v = Gk ~ 2Gy(6k + 2.43). Mostre que qualquer uma dessas 8 constantes, Po "2.90 Mostre que, ticidade transversal divici maior do que 1/3. [ quer material, a relagdo G/E do médulo de els © pelo médulo de elasticidade & sempre menor gu a Secio 2.13.) “2.91 Um cubo, de um matetial compésito, com 40 mm de lado ¢ 3s pro priedades mostradas na figura € feito de polimeros com fibras de vidro alinhadas na dlresio x. O cubo € impedido de se deformar nas diregées y € z e esté submetido a uma forga de tragHo de 65 kN na direedo x. Determine (a) a variagio na dimensio do cubo na directo x, (b) as tensBes a, 0, ¢ 6 "2.92 cubo do Problema 2.91, de um material compésito, & impedio des deformar na diregdo ze é alongado ua direglo x em 0,035 mam devido a uma forea de tragdo 1a dzesto x. Determine (a) @, 6 a, (6) a varagao na dh mens do cubo na di 2.17. DISTRIBUIGAO DE TENSAO E DEFORMAGAO ESPECIFICA SOB CARREGAMENTO AXIAL; PRINCIPIO DE SAINT-VENANT Supomos até agora que, em um componente earregado axialmente, a ten sies normais sto uniformemente distibuidas em qualquer segio perpendicular ao eixo do clemento. Conforme vimos na Sega 1.5, essa suposigao pode esta rada nas vizinhangas imediatas dos pontos de aplicasio das forcas, No entano a determinagdo das tenses reais em uma dada sega0 do componente req 30 de um problema estaticamente indeterminado. Na Segio 2.9, foi visto que problemas estaticamente indeterminados en- olvendo a determinagio de foreas podem scr resolvidos considerando as de formagdes provocades por essas forens. & portanto razotvel concluir que a determinagéo das tensdes em um componente requer a anslise das deformardes produzidas pelas tensGes no componente, Essa & esseneialmente a abordagem encontrads nos livos-textos mais avangados, em que é usada a teoria da ticidade para determinar a distribuigao de tensdes correspondendo a vitios mo aplicagaio das forgas nas extreridades do clemento. Em razio des meios tateméticos mais limitados & nossa disposigdo, a andlise de tenses ficar rs. trita-20 caso em que so usadas duas placas rfgidas para transmit es for 'um componente feito de material isott6pico homogéneo (Fig. 2.58). Se as foreas sio aplicadas ao centro de cada placa,t as placas se moverio m diregao A outra sem girar, fazendo o componente ficer mais curto en umenta na largura © na espessura, & razodvel supor que © componente rrmanecerd eto (desde que nfo haja arto entre a placa e 0 componente), as seoses planas permanecerto planas, e que todos os elementos se deformara ma maneira, j@ que essa suposico é claramente compativel com ss nento. Isso est ilustrado na Fig, 2.59, que mest clemen ies de contorno do el um modelo de borracha antes e depois do carregamento.t Agora, se linha de we das freas deer psn através de coteide da sg tune Mais pe versal (5 Note que, par dos, € posivel uma outa coniguagio,«cetunent nde; o component se dobra ¢ assume uma forma cr rene longo, aise: Gap. 2 Teneo ¢ Deformagao ~ Carregamento Axia 97 Cy) tb Fig. 259 (0s se deformam da mesma maneira, a distribuigéo de deformagées através do componente deve ser uniforme. Em outras palavras, a deformagao especifica axial ¢; ¢ @ deformagdo especifica lateral «, = —ve, so constantes. Mas se as tens0es no excederem o limite de proporcionalidade, podemos aplicar a lei de Hooke © eserever vy ~ £e,.€ consequentemente a tensio normal a, também serd constamte. Assim, a distribuig&o das tensBes é uniforme através de todo o com- Ponente e, em qualquer ponto, (nea 4 Por outro lado, se as forgas forem concentradas, conforme ilustra a Fig. 260, os elementos nas vizinhangas imediatas dos pontos de aplicagao das foryas estario submetidos a tensBes muito grandes, enquanto outros elemen. {os proximos das extremidades do componente nfo serio afetados pelo ear. Fegamento. Isso pode ser verficado observando-se que ocorrem grandes deformagses e, portanto, grandes deformagdes especificas ¢ grandes tencBes ‘as proximidades dos pontos de aplicagao das forgas, enquanto nos cantos nfo ‘hi deformagées. No entanto, & medida que consideramos elementos cada vez imais dstantes das extremidades, notamos uma equalizagHo progressiva das deformagdes envolvidas e, portanto, uma disttibuigd0 mais uniforme das de. formagbes espectficas e tensoes através da segao transversal do componente, 'ss0 estd melhor ilustrado na Fig. 2.61, que mostra o resultado dos eéiculos Por métodos de matemética avangada, da distribuigdo de tensbes através de vitias sees transversais de uma placa retangular fina submetida a forgas con. entradas. Notamos que a uma distancia b de qualquer extremidade, onde b & wales 8 largura da placa, a distribuigio de tensdes € aproximadamente uniforme através da segdo transversal, © 0 valor da tensto em qualquer ponto daquela ‘esto pode ser considerado igual ao valor médio P/A. Assim, a uma distin. cia igual ou maior que a largura do componente, a distribuigao de tensGes stravés de uma dada sego transversal € a mesma, independentemente do com. Ponente estar cartegado, como mostra as Figs. 2.5R e Fig. 2.60. Em outras falevras,exceto nas vizinhangas imediatas dos pontos de aplicagio das forgas, 4 distribuigtio de tensoes pode ser considerada independentemente do modo I de aplicagAo das forgas, Essa definigfo, que se aplica no somente a car. regamentos axiais, mas praticamente a todo tipo de carregamento, é conhecida como principio de S m homenagem ao matemético e engenheiro francés Adhémar Barré de Saint-Venant (1797-1886) Emibora o prinefpio de Saint-Venant torne possivel substituir um dado nto por um ontra mais simples para fine de oéleulos de tensdes em um fer em mente dois pontos importantes 20 componente estrutural, devemos aplicé-lo: o real e 0 usado para calcular as tensées devem ser esta alentes. 1. O carregament ticamente equi 2. As tensées no podem ser calculadas dessa maneira nas vizinhangas imediatas dos pontos de aplicacdo das forgas. Métodos todricos avanga- dos ou experimentais devem ser usaclos para determinar a distribuigéo de tensdes nessas regides. Voc® deve também observar que as placas usadas para obter uma dis- ribuigo uniform: io no componente da Fig. 2.59 devem permitir que o componente se expanda livremente na diregdo lateral. As placas ndo podem er fixadas rigidamente no componente. Voc deve considerar que elas este jam apenas em conta no impedir a expansfo lateral do componente. Embora se possa realmente obter tais condigées de contorno para um componente em compressdo, essas ‘ondig6es ndo podem ser obtidas fisicamente no caso de um componente em tragio. No entanto, no importa se um dispositivo real possa ser ou nia im- plementado ¢ usado para aplicar uma forga em um componente de forma que 4 distribuigio de tenses no componente seja uniforme. O importante ¢ idea. licar um modelo que permitiré essa distribuigdo de tenses € manté-lo em Para que depois vocé possa comparé-lo com as condigées reais de car- regamento, com 0 componente e dovem ser lisas o suficicute pats 2.18. CONCENTRAGOES DE TENSOES Como foi visto na segio anterior, as tenses nas proximidades dos pontos de aplicagdo de forgas concentradas podem aleangar valores muito maiores do que o valor médio da tensio no componente. Quando um componente estrutural ccontém uma descontinuidade, por exemplo, um furo ou uma mudanga brusca na localizadas proximo da intinuidade. As Figuras 2.62 e 2.63 mostram a distribuigo de tenses em iticas correspondentes a duas dessas situagoes. A Figura 2.62 se refere ma placa com um furo circular e mostra a distribuigio de tensGes em uma jaro. A Figura 63 refere-se a uma placa eg6es transversais conectadas por (arredondamentos). Bla mostra a distribuigéo de tensées na parte 1o, onde ocorrem as maiores tensdes. im ‘| HOS aaa Fig. 262 Disirtuigso da tenses préximes 2 um furo circular am placa submetida 2 Gartegamento ax imentalmente por meio de método fo- nheiro que tiver de projetar determinado com- Ponente © no puder executar uma andlise 05 resultados obtidos serao independ lemento e do matetial usado. Eles dependerto somente das relagdes dos parimetros geométricos envolvidos, ou seja, da relagho im furo circular, e das relagbes r/d e D/d no easo dos adoga- mentos, Além disso, o projetista esté mais interessado no valor maximo da ten- io em uma dada seg, do qu na distribuigdo real de tensBes naquela segdo. A -rupagito principal & determinar se a teusiu wlmisstvel sera ou nao Ul trpassada sob um dado carregamento e no onde esse valor seré ultrapassado, c= Su (2.48) mde Ong: € a méxima tensio € diygy éa tensio média calculadas na segio critica ais estreita) da descontinuidade. Essa relagio € chamada de coeficiente de concentragdo de tensdo de uma descontinuidade. Os coeficientes de con: nso podem ser calculados somente uma vez em fungdo das relagbes ‘metros geom olvidos. Os resultados obtidos podem ser apre sentados na forma de tabelas ou gréficos, como mostra a Fig. 2.64. Para deter- minar a tensdo méxima que esté ocorrendo préximo de uma descontinuidade em tlm componente submetido a uma forga axial P, o projetista precisa somente calcular a tensio média os = P/A na seco critica e multiplicar o resultado © valor apropriado do coeficiente K de concentragio de tensio. No Tonsto @ Detormapo ~ Carogamento Aa Fig. 2.83 Distrbulgao de tensdes ‘idximas 20s adogamentes em pleca ‘submetida a catragamento a 99 100 Matera entanto, devé-se notar que esse procedimento € vélido som repre: nte enquanto dns ade do material, pois os valores 2.64 foram obtidos supondo-se uma relacao cespecitica de 0 limite de proporcior ntados no grifico da Fig. ete tenstio e deformag! (© Placas com adogamentos N ue a tens média deve sei Jada na segao transversal i | } I _ ols 2 ies sn ae i a i ara arg { P de f m forga axial P que pode ‘uportada com —_Usando esse valor na Equagio (2.48), determina-se 0 valor Ons ; a uma placa de ago consistindo em duas partes, ie i n espessura de 10 mm e, respectivamente, 40 ¢ 60 au = a PERRIS APO Peace pam TSS OU AR, ‘Mas 6,4, no pode exceder a tensio admissivel do material | Ree 4 placa Osay = 165 MPa. Considerando esse Valor pra Oye nea alcalarpnin relies encontramos que atens4o média na parte maisestrita d="). > _ 60 8mm _ oy mm) da barra nio deveré exceder 0 valor | WO mm 40mm ~ 7 | Usando a curva da Fig correspondente a D/d = 1,50, t acontramos que © valor do coeficiente de concentragao. Lembrando que dings = P/A, temos i - - as P = Aoous = (40mum)(10 mm){(90,7 MPa) = 36,3 x 10° N | k= 182 P } PILKEY, W.D. Peterson's Sess Cancentraion Factors 2c, Nova York: Yon Wile & Son, 1957 2.19. DEFORMAGOES PLASTICAS Os resultados obtidos nas segdes anteriores erain baseados na suposicao de ui relagao linear de tensio-deformagio. Em outras palavras, supornos que © limite de proporeionalidade do material nunca era ultrapassado, Essa é uma Ssuposigdo razodvel no caso de materiais frégeis, que entram em ruptura sem escoarem. Porém, no easo dos materiais diicteis, essa suposigao implica que a tensiio de escoamento do material nfo 6 excedida. As deformacdes per- ‘manecerao assim dentro da regio eldstica e os eomponentee estruturais con. siderados permanecerdo em sua forma original ap6s remogao das forgas. Se, Por outro lado, as tenses em qualquer parte do componente excederem a ten. fe excoumento do material, ocorrerio deformagées plisticas, e 2 maior Parte dos resultados obtidos nas segGes anteriores deixard de ser vélida, Deve Ser feta entdo uma andlise mais profunda, com base em uma relacdo tensio- deformagiendo-inear. Embora ume anélise Jevando em conta a relagio real tensio-deformago esteja além do escopo deste livro, podemos obter muitas informagdes sobre 0 comportamento plistico considerando um material elastoplastico ideal. Para esse material considera-se o diagrama tensio-deformago constitufdo de dois segmentos de linha reta, como mostra a Fig, 2.65. Podemos notar que o dis- rama tensio-deformagio para o apo doce nas regiBes cldstica e pléstica € similar a esse modelo ideal. Desde que a tensdo o seja menor do que a ten- sio de eseoamento vg, o material tem comportamento eléstico e obedece & lei de Hooke. o = Fe. Quanda a atinge o valor a, 0 material comesa a escoar © continua deformando plasticamente sob um earregamento constante. Se 0 ‘artegamento € removido, o descarregamento ocorre ao longo de um segmento de linha reta CD paralelo & parte inicial AE da curva de carregamento. O seg- mento AD do eixo horizontal representa a deformagio espectfica corres- Pondente & deformagio permanente ou deformagio plistica resultante do sarregamento e descarregamento do corpo de prova. Embora nenhum mate- Fal real se comporte exatamente como mostra a Fig. 2.65, esse diagrama ten- sio-deformagao sera ttl na discussio de deformagSes plisticas de materiais Aécteis como 0 ago doc ‘Cap, 2. Tensto e Detormacso ~ Caragamento Aviat 101 (ks te a Rat RR a Uma barra de comprimento L = 500 mm ¢ seg transversal com drca A = 60 mam éfeita de um material elastopléstico que tem um médulo de elasticidade E = 200 GPa em sua regito clstica © ums tensdo de escoamento o¢ = 300 MPa. A barra sti submetida a una forga axial até que seja atingido um A deformagio especifica apés a remogio da forza € represen- alongamento de 7 mea forge Gentio emovide, Qua nde, Wea absish ep do ponto D. Notamos da Fig, 268 que formagio permanente resultante? Consultando 0 diagrama da Fig. 2.65, encontramos que a Gp" AD = EC = ec~ ep deformagio espectfica mixima, representada pela abscissa do = 14x 107-15 107 ponto C,€ 8 _ Tom A deformasio permanente € a 8p correspondente a deformagio co fF - F -xo expectica ég. Temas Por outro lado, a deforms de escoamento, representa pela Bp = eel = (125 % 107)500 mm) ahsciesa do ponto E, é 102 Mato no comprim. 0 transversal de érea A xadas a um ‘ 7 ubo sejam a stoplstcos, com médulos de ut 250 Mi 300 MPa. Desen ; a Pace =) _ i ig. 2.66 5 : 50 MPa} 48 x 10m?) = 124aN 0" Fig. 2.07 u diagrama forga-deslo Ja barra uma linha reta ma inh zontal, como mostra 67a. © iagrama forga-deslocamento do tbo isoladamente é Seguindo 0 mesmo procedimento para o tubo, ‘mostrado na Fig. 2.676. Observando que a forca e o desloca mento do conjunto 0, respectivamente, 300 MPs)(60 10-*m?) = 18 kN 4 © 300 MPa gon ye 1073 a) 80.000 MPa AAdicionando as ordenadas dos diagramas obtidos para a bara para 0 tubo, tomadas isoladamente, obtém-se © diagram m forga-deslocamento desejado (Fig. 2.67c). Os pontos Ey e F Correspondem ao inicio do escoamento na barra e no tubo, ee 103 ‘Gap. 2 Tensdo © Delormagde - Centegamenta Ala [0 ck tii inf aan i a Se a forga P aplicada a0 conjunto constitufdo por barra e tubo do Exomplo 2.14 aummentada de zero a 24 kN e diminuida de Yoltaa zero, determine (a) 0 alongamento méximo do conjunto, (6) deformagao permanente depois que a forga € removida (a) Alongamento Maximo. Referindo-nos & Fig, 2.67c, Cservamos que a carga Pygy = 24 KN corresponde a um ponte, localizado no segmento EyE, do diagrama forga-desiocamento 4o conjunto. Assim, a barra atingiu a regio pléstica, com Py = (Pyle = 12 KN € 0} = (o,)g = 250 MPa, enquanto o tubo ainda esté na regio eléstica, com P=P- "y= 24 12= 1kN 200 MPa 30.000 MPa (800 > 10-%m) = 20 10-4, alongamento méximo do conjunto é pustanio, Span = 8, = 20. 10m, (b) Deformacao Permanente. A medida que a fora P Aiminui de 24 kN para zero, as forgas internas P, e P, dimi- ‘nuem ao longo de uma linha reta, como mostra a Fig. 2.684 © h, espectivamente. A forga P, diminui ao longo da linha CD poralela a part inicial da curva de carregamento, enquanto a forga P, diminui ao longo da curva de carregamento origi- nal, pols & tensfo de escoamento nfo foi excedida no tubo, Sua soma P, portanto, diminuiré ao longo de uma linha CE Patalela 2 parte OE, da curva de forca-deslocamento do con- junto Fig. 2.68¢). Referindo-nos & Fig. 2.67¢, encontramos inclinagio de OE, e, portanto, de CE, que é O segimento de reta FE na Fig. 2.68¢ representa a deformacio 8 do conjunto durante a fase de descarregamento, € 0 segmento OF, a deformasio permanente 8, depois que a forga P foi re rovida, Do triingulo CEF temos 24KN = =1333 x 10-tm, Pn) PON % 800 Fig. 2.068, ‘A deformagio permanente é, portanto, 20 x 10-* ~ 13,33 x 10 5.67 X 10-* m 8p = Boas + 8 TT 104 os Materia Lembramos que a discussio das cone oi feita sob a hipétese de uma relacao linear entre tenso e deformagio es. Pecifica. As distribuigSes de tensio mostradas nas Figs. 2.62 ¢ 2.63 ¢ os va- fes de concentragdo de tensfo mostrados na Fig. 2.64 niio podem ser usados, portanto, quando ocorrem deformagGes plésticas, isto €. lor de gx obtido dessas figuras excede a tensio de escos iragdes de tensiio da Seco 2.18 Vamos considerar novamente a placa com um furo circular da Fig. 2.62 ¢ supor que o material seja elastopléstico, isto 6, que seu diagrama de tensa em fungao da di specifica seja conforme mostra a Fig. 2.65. Desde qi no haja deformagao plastica, a distribuig&o de tensbes assemelha-se ao indi- 2.18 (Fig. 2.69). Observamos que a rea sob a curva da ten: ormacao e: ' i igual a forga P. Portanto, essa dtea e 0 valor de Gig, devem aurnentar & medids i § I 1. “ que a forga P aumenta. Desde que Ging, ~ of, toda a distribuicao de tensSo su cessiva obtida A medida que P aumenta teré a forma mostrada na Fig, 2.62 ¢ ’ como P aumenta slém do valor Pe cores: ‘ae = o¢ (Fig. 2.696), a curva de distribuigao de tensio deve se achatar nas vizinhangas do furo (Fig. 2.69), pois a tens no material con siderado nto pode excedero valor cp. Iso indica que o materiales es. nas vizinhangas do furo. Conforme a forga P é aumentada ainda mai . tiea onde tem lugar 0 escoamento continua expandindo, até atngis a ft | tome 8 disiribuigo da tenslo através da placa é uniforme, o = on ¢ 0 Valor cortespondente P = Py da forga € o maior que pode ser aplicado & barra % interessante comparar o valor Pg méximo da forga que pode ser api repet ig: 2.694. No entant pondente a ong, n provocar ruptura, = Fada, se no deve ser produzida nenhuma deformagao permanente na barra, [———_ como valor Py, que provocard a ruptura. Lembrando a definigo de tensio mé ia, Gace = P/A, onde A € a érea da segdo transversal e da definigiio do coe ficiente de concentragio de tensio, K = ona, dye, eScrevemos TnsgAh = 49) Para qualquer valor de oy, que no exceda og. Quando Ong, = op (Fig. 2.695), femos P = Ps, ¢ a Equagdo (2.49) toma-se 250) ore a Py = ofA 251) As P, em _ ——S———— Gap. 2 Tonsio @ Deformegio ~ Carregamento Axial 105, "2.20 TENSOES RESIDUAIS ‘No Exemplo 2.13 da segio anterior, consideramos'unna barra que foi alon- sala além da tensio de escoamento, Quando a forga foi removida, a barra ndo Yoifou ao seu comprimento original; ela tinha sido deformada permanentemente, ‘No entanto, ap6s a remogio da cargo, todas as tenses desapareceram. Voc® nfo deve considerar que isso sempre acontecerd. Sem divida, quando somente algu- ‘nas das partes de uma estrutura indeterminada sofrem deformacées plésticas, como no Exeniplo 2.15, ou quando diferentes partes da estratura sofrem dite, rentes deformayoes plésticas, as tenses nas varias partes da estrutura em geral "Mo retornardo a zero depois que a forga & removida. Tensdes chamadas de ten- s0es residuais petmanecerio nas vévis partes da estrtura, Embors 0 edleulo das tens6es residuais em uma estrutura real possa ser bastante complexo, o exemplo a seguir the dard uma idéia geral do método a ser usado para sua determinagio. OS ih oS eR mm am ea Determine as tensOes residuais na barra © no tubo dos Exem- blos 2.14 € 2.15 depois de a carga P ser sumentada de zero até 24 kN e diminufda de volta a zero, Observannus dos dlagramas da Mig, 2.70 que, depois de a {orga P ter reiornado a zero, as orcas internas Pye P; nfo so iguais a zero, Seus valores foram indicados pelo ponto E nas partes « © b, respectivamente, da Fig. 2.70, Segue-se que as. fensdes correspondentes também nio s8o iguais a zero depois que 0 conjunto foi descarregado. Para determina essas ten- ses residuals, vamos determinar as tens6es reversas o © a Provocadas pelo descarregamento e somé-las as tensbes méxi- ‘mas = 250 MPa eg; = 200 MPa encontradas na parte a do Exemplo 2.15, A deformagio provocada pelo descarregamento € a mesma a barra € a0 tubo. Ela € igual a o/L, onde a é a detormaggo do conjunto durante 0 descarregamento, que foi calculado no Exempla 2.15. Temos @ ” 1333 x 107m 4 010M HTX 10 avn on “2 A tensBes reversas correspondents na barra € no tubo sio 1.67 x 10-)(200,000 MPa) © ©'B, = (~167 x 10)(80.000 MPa) As tensGes residuais so encontradas superpondo-se as tenses ‘m virtude do earregamento com as tenses reversas em vir~ tude do desearregamento, Temos (ie ale rp + of, = 250 MPa ~ 334,0 MPa +o = 200 MPa ~ 1340 MPa = 66 MPa 406 reas Defotmagtes plisticns provocads por vatiagées na temperatura também po lem resultar em tensbes residuais. Por exemplo, considere um pequeno ta «que deve ser soldado em uma placa grande, Para as finalidades dessa discussto, © larugo seré considerado uma pequena barra AB que deve ser soldada dentro de ‘um pequeno furo na place (Fig, 2.71). Durante o processo de soldagem, a tem peratura da barra subird acima de 1000°C, e, nessa temperatura, seu médulo de elasticidade e, portanto, sua rigidez e sua tensfo sero guase zero. Como a placa grande, sua temperatura nfo subird significativamente acima da temperatura ambiente (20°C). Assim, quando a soldagem esté complotada, tewos wit bart | AB temperatura T = 1000°C, sem tensto, igada & placa que esté a 20°C. A medida que a barra esfria, seu médulo de elasticidade mumenta e, em aproximadamente 500°C, ele se aproximaré de seu valor normal que é de 20) GPa, Conform a temperatura da barra cai sinda mais, tems uma situagto sini- lar Aquela considerada na Segdo 2.10 ¢ ilustrada na Fig. 2.35. Resolvendo a Equagio (223) para AT © fazendo o igual 2 tensfo de escoament, oe = 300 MPa, para 0 ago comum, € «= 12 x 10°*/°C, eneontramos a varia io de temperatura que faré a barra scour a 300 MPa_ Ea (200 GPa)(12 x 10-9°C) ar 125°C Isso significa que a barra comegerd a escoar a aproximadamente 375°C € con tinuard escoando a un nivel de tensAo razoavelmente constante, enquanto ela restria até a temperatura ambiente, Como resultado dessa operagio, € entio cri: dda no tatugo na solda uma tensfo residual aproximadamente igual & tensio de escoamento do ago usado. s As tensdes residuais também ocomem em resultado do resfriamento ée rmetais que foram fundidos ou laminados & quente, Nesses casos, as camads ex ternas esfriam mais rapidamente do que o micleo intemo. Isso faz as camadas extemas reeuperarem sua rigidez. (F vetorma 20 seu valor normal) mais rapide mente do que 0 miicleo interno, Quando todo o corpo de prova retorna A tem perature ambiente, o micleo intemo terd se contrafdo mais do que as camadss ‘externas, O resultado sto tensGes de tragio residuais longitudinais no ntcleo in- temo ¢ tenses de compressdo residuais nas camadas externas. ‘Tensbes resiciuais devido & solda, fundigdo e laminagio & quente podem ser ‘muito grandes (da ordem da intensidade da tensto de escoamento). Essas tet- | ses podem ser removidas, quando necesssrio, reaquecendo todo o corpo de prova ‘ sproximadamente 600°C e depois deixando esftiar lentamente por um periodo de 12 a 24 horns, Sabendo que 0 a5 \ ie + Pondente da vige, a da vige 107 PROBLEMA RESOLVIDO 2.6 viga rigida ABC € suspensa por duas barras de ago, como mostra a figurs, ¢ ini ialmente estf na horizontal, O ponto | baixo pela aplic io B da viga se d 0 lenta da forge Q, aps © que, a for usado para as bar ade 10 mm para lentamente removids, € elastopléstico com E = 200 GPa e sitio de Q e a posigio comes: (©) 1 posigio final da viga re = 300 MPa, d SOLUgAO Estitica Como Q é aplicada ao ponto médio da vige, temos Pap = = 2P.p Aciio Bhistica, © valor méximo de Q e 0 deslocan n quando @ = ona barra AD, nto eléstico méximo do 4 = oA = (300 MPa) (400 mn = 120KN Ones = 2(Pandne = Qn = MOAN 2, _ (200MPa a 200 GPa 0 = 120 KN, a tenstio na be 120 wy 201 sons _ ee, _ (240 wes) E *~\200 Gra O deslocamento correspondente do poato B é m) = 6mm Bs, = Ha, + 8) 4 mm + 6mm) = 4,5 mm 10 mm, conclutmos que ocorrerd defor Para Q Plistica, barra AD, onde ox 0 plstica 40 KN, ovorre deformagaio plistice na 300 MPa. Como a tensdio na barra CE esté dentro da cléstica, 6¢ permanece igual a 6 mm, O deslocamento 8, para a qual 5p = mm é obtida escrevendo- 8g, = 10 mm + 6mm) Mmm Descarregamento. Como a forga Q € removida lentamente, a forga Pap de cresce ao longo da linha HJ paralela & parte inicial do diagrama fore mento da barra AD. O deslocamento final do ponto A é 84, = 14mm ~ 3mm 1mm Como a tensao na barra CE permaneceu dentro da regito eléstica, notamos que 0 slocamento final do ponto C & ze 108 esistncia dos Mateiais PROBLEMAS 2.93 Sabenxio que dyin = 120 MPa, determine o valor méximo admissvel para a forga axial centrada P. , | 100 im > BY { 7 i) ° Fig. P2.03 @ P2.04 2.94 Foram feitos dois furos em uma barra de ago lo ‘uma forga axial centrada, como mostra a figura. Para P maximo da tensio (a) em A, (b) em B. que esté submetide 32 KN, determine o valor 2.95 Sabendo que P = 16 mm, 45 KN, letermine a tenso méxima quando (a) r = 13 " 2.96 Sabendo que, para a placa mootrada, a tenséo aduuissfvel € de 110 MPa PeLpaeesbaer determine 0 valor maximo admissivel para P quando (a) r = 10 mm, (5) Fig. P2.97 2.97 Para P = 38 kN, se a tensio admissivel for de nine a espessura ¢ minima necesséria para a pla 5 MPa, 2.98 Sabendo 17 dos adogamentos para os quais oco adogamentos, (6) a forsa P correspon: sivel for de 104 MPa ve 0 furo tem um didmetro de 10 mm, determine (a) o rio mesma tenso méxima no furo A e nos méxima admissfvel se a tensio admis: di: ne Pa. A 10mm 2.99 Deve ser feito um furo na placa no ponto A. Os difmetos das brocas np No caso de uma barra de segdo transversal variével, a deformagdo especttica normal foi definida em um ponto qualquer Q considerando um pequeno ele- mento da barra em Q. Designando por Ar o comprimento do elemento e por AB sua deformagio sob uma dada forga, escrevemos Ab _ da © ca 2) Construindo um gréfieo da tenstio oem fungio da deformacéo espect- fica €8 medida que a forga é aumentada, obtivemos 0 diagrama tensdo-de- formasdo para 0 material usado (Segio 2.3], A partir desse diagrama, Pidemos fazer uma distingo entre materiais frdgeis e materiais dicteis. Um orpo de prova feito com um material frégil se rompe sem que seja obser- ‘ado uma mudanca prévia na taxa de alongamento (Fig. 2.11), enquanto um ‘corpo de prova feito de um material dictil escoa apés alcangar uma tensio erica op, chamada de resisténcla ao escoamento, isto é, 0 corpo de prova Soffe uma grande deformagao antes da ruptura, com aumento relativamente Pequeno na forga aplicada (Fig. 2.9). Um exemplo de material feésil com Uliferentes propriedades em trago e compressfio 0 do concreto, 02035 oma (0) Ago com bso teor de carbone (@) Liga de slums Fig.29 Deformagao especifica normal I] ql Fig. 2.1 Diagrama tensto-detormagao 113 Fig. 2.11 a) ae o= Be 4 (2.4) 6 0 limite de proporcionalidade do material (Os materiais considerados até esse ponto eram ésotrdpicos, isto é, suas propriedadles eram independents da direeo. Na Segdo 2.5 consideramos tam: ) bem uma classe de materiais anisofrdpicos, isto 6, materiais cujas propriedades 3 so dependentes da diregflo. Esses eram materiais compdsitos reforgados com fibras, feitos com fibras de um material forte e rigido incorporado em camadas 10) Fagin o- 0,08 m = 4,08 kN + m Fig, 3.18 (b) Tenséo de Cisalhamento Minima. © valot i mo da tensio de cisalhamento ocorre na superficie interna da barra circular, Ele € obtido da Equacio (3.7), que expressa que Trin © Tain S40 Tespectivamente proporcionais ac; € ¢ (a) Maior Torque Permitido. © maior torque T que pode ser aplicado & barra circular € 0 torque para 0 «ual Tie = 120 MP2. Como esse valor € menor do que a tensiio de es coamento do material da barra circular, podemos usar a =i, Equagio (3.9). Resolvendo essa equacio para T, temos & (120 MPa) = 80 MPa AAs formulas de torgdo (3.9) e (3.10) foram deduzidas para ume barm de sega transversal circular uniforme submetida a torques em suas extremidades, No entanto, elas também podem ser usadas para uma barra de segio transvee sal varidvel ou para uma barra submetida a torques em localizagdes que mio sao suas extremidades (Fig 3.172). A distibuigo de tenses de cisalhameaio em uma dada seco transversal S da barra circular é obtida da Equagio (9) onde J representa o momento polar de inéreia daquela scgio, © onde T iepes Senta oesforgo solicitante de toredo ou esforco interno de torso naquela sia © valor de 7 € obtido desenhando-se 0 diagrama de corpo livre da part dl barra circular localizada em um dos lados da segto (Fig. 3.17) e escrevenda que a soma de tonques aplicados aquela parte, incluindo o esforgo interno de torgfo T, é zero (veja o Problema Resolvido 3.1) ‘Até aqui, nossa andlise de tensdes em uma barra circular esteve limi a tensGes de cisalhamento, Iss0 porque o elemento que selecionamos ests orientado de forma tal que suas faces eram paralelas ou perpendiculares a eixo da barra circular (Fig. 3.6). Sabemos pelas discuss6es anteriores (SegGeh 1.11 € 1.12) que podem ser encontradas tensbes normais, tensbes de ei Thamento, ou uma combinagao de ambas sob as mesmas condigaes de came zgamento, dependendo da orientagdo do elemento que foi escolhido, Consi a8 dois elementos a e b localizados na superficie de uma barra circular she metida & torgdo (Fig. 3.18). Como as faces do elemento a sito, respective mente, paralela © perpendicular ao eixo barra circular, as Gnicas tensbes a clemento serdo as tensbes de cisalhamento definidas pela Equagaio (39), cap.3 Torgio 133 outro lado, as fa = Tejd. s do elemento b, que formam angu- iris com o eixo da barra circular, estargo submetidas a um binagdo das tensdes normal e de Vamos ana salhamento. 0 particular de um elemento e (no mastrado) a 45° do cixo barra circular, Para determinarmos as tenses nas faces desse elemento, con es mostrados na Fig. 3.19 e desenhamos seuis diagramas de corpo livre, No caso do elemento da Fig. 3.19a, sabemos que 48 tenses exercidas nas faces BC e BD sao as tensbes de cisalhamento 7, Te/dJ. A intensids < sideramos os dois elementos triangu Ass =e E emt Tuc a ry le das forgas de cisalhamento correspondente: onde Ay representa a ea da face, Observando que as componentes nas Taces Fig. 9.19 BD e BC das duas forgas de cisalhamento sio iguais e opo: a forga F aplicada em DC deve ser perpendi gio, e sua intensidade & lar Aquela face. E uma forga de AyV2 3.13) A tensio correspondente 6 obtida dividindo-se a forca F pela rea A da face DC Observando que A = A,\/2, escrevemos F _ tmuxAgV2 @.14) A AgV2 Jmilar do elemento da Fig. 3.19b mostra que a tensao na face BE Concluimos que as tensdes exercidas nas faces de um elemento ¢ do cixo da barra circular (Fig, 3.20) sdo tensdes normais iguais a =r, Assim, enquanto 0 elemento a na Fig. 3.20 est em cisalhamento puro, 0 mento cna mesma figura esté submetido & tensio de trago em duas de suas de compressdo nas outras duas, Notamos também que todas as tensbes envolvidas tm a mesma intensidade, Te/J. Fig 820 Como foi visto na Sego 2.3, os materiais deteis geralmente falham e: cisalhamento, Portanto, quando submetido a torgio, um corpo de prova J feito de um material dictil rompe-se ao longo de um plano perpendicular ao seu eixo longitudinal (Fi 2). Por outro lado, materias frigeis falham mais em tragio do que em cisalhamento. Assim, quando st feito met forgo, um corpo de prova 0 das superficies perpen de tragio é maxima, isto é, ao longo das su- im material frégil tende a se romper a0 lor diculares& diregao na qual a tenst prificies que formam um angulo de 45° com o cixo longitudinal do corpo de a <= fo mitra, como o elemento b da Fig. 318, Fig. 3.21 Feast 20 Capital 134 esietncia dos Materials PROBLEMA RESOLVIDO 3.1 O cixo de se © 120 mm, re circular BC é vazado com didmetros interno e externo de ectivamente. Os eixos de s o carregamento mostrado na fi ra, determine (a) as tensdes de circular AB e CD sto ebeios ¢ petro d. Par cisalhamento méxima e minima no eixo BC, (b) o didmetro d necessétio para os eixos AB ¢ CD, se. tensio de cisalhamento admissivel nesses eixos for de 65 MPa, SOLUGAO Equagies da lea. Chamando de Tyy 0 torque no eixo AB, cortamos uma segio através do eixo AB e, para 0 dia na de corpo livre mostrado, es- EM, = 0: (6KN = m) — rs 4 = 6KN-m Cortamos agora uma segio através do eixo BC e, para 0 compo livre mostredo, EM, = 0: (GKN-m)+(I4KN+m)—Tye= 0 Tye = 20KN+m 4, Bixo BC. Para esse eixo circular vazado temos Tensdo de Cisathamento Méxima, Na superficie externa, temos 20 KN + m)(0,060 m) - 86.2 MPa 13.92 x 10 © Tensdo de Cisalhamento Minima. Escrevemos que as tensbes so propor cionais & distancia do centro do eixo, _ 45mm & 86,2MPa~ 60mm MPa 4 Bixos AB e CD. _Notamos que em ambos os eixos a intensidade do torque €T = 6KN- me Tyyq = 65 MPa. Chamando de ¢ o raio dos eixos, escrevemos 6KN - me 65 Mpa = OAN- mle m6 =389x 10m = 2(38,9 mm) 4= 778mm 4 cap-3 Torso 135 PROBLEMA RESOLVIDO 3.2 0 projeto preliminar de um grande eixo conectando um motor & um gerador de: terminou que 0 eixo.a ser escolhido seria vazado com didmetros interno e externo de 100 mm e 150 mm, respectivamente. Sabendo que a tensio de cisalhamento 82 MPa, determine o valor do torque maximo que pose ser trans- ‘mitido (@) pelo eixo conforme o projeto pretiminar, (b) por um eixo de se admissivel é de com o mesmo peso, (c) por um eixo de sero vazada com 0 mesmo peso € com dimetro externo de 200 mm soLUgAO 4. Fixo Varado Conforme Foi Projetado. Para o eixo vazado, tems 1-5 7 {(0,075 m)* ~ (0,050 m)*] = 39,9 10° m Usando a Bquagio (3.9), escrevemes Te, gompa = 2082) init | ae’ 39.9 10% me b, Eixo de Seco Che Je Mesmo Peso. Para q c’cheio tenham 0 mesmo peso e comprimento, suas reas de seco transversal de ‘o cixo projetada e 0 eixo m3 ey = 0,056m 7(0,086 m) MPa = 20% 22, Eixo Vazado com 200 mm de Di peso, as éreas das segBes transversais devem ser iguais, Determinamos 0 dimetro tro Exte =A 1»{(0,075 m)? — (0,050 m}?] = -{(0,100 m 5 = 0,083 m 083 me ¢, = 100mm (0,100 m)* ~ (0,083 m)*] = 8,25 x 10-* m* Com Fyye = 82 MPa e ¢, = 100 mm _Te go MPa = 2010) I SNPE B28 a 136 resistincia dos Matera PROBLEMAS 1.0 eixo vazado € 0 car 31 (a)P sgamento mostrado na figura, determine a tensio de cisalhamento maxima. (6) Determine, para o mesmo carregamento da parte 4, 0 didmetro de um mesma que na pare a xo cheio para © qual a tensio de cisalhamento méxima ¢ @ 3.2 (a) Determine torque que pode ser aplicado a um sixo cheio com dimetro de 90 mm sem que se exceda a tensfo de cisalhamento admissivel do ma: terial do eixo de 70 MPa. (b) Resolva a parte a considerando que o eixo cheio seja substitufdo por um eixo vazado de mesma massa e difmetro interno de 90 mm. 3.3 Determine o torque T de 80 MPa no eixo cilinctico d {que provoca uma tensZo de cisalhamento méxima ago mostrado, Fig. P30 Pad nine a tenstio de cisalhamento ma SKN =m, 34 Para o eixo cilfndrico mostrado, dé xima provocada por um torque de intensidade T = 3.5. (a) Para a barra cilfndtica de sego cheia de 60 mm de difmetro © 0 car regamento mostrado, determine a tensio de cisalhamento maxima, (b) Determine o didmetro interno da barra cilindrica vazada, com 80 mm de dimetro extero, para ‘© qual a tensdo maxima & a mesma que na parte 4. oun >A Fig. P35 3.6 (a) Determine o torque que po 10 Pa 7 Substituindo os valores dados Sin ae G=77x10Pe k= 15m T= 1,829 X 10°N + m = 1,829kN-m of 2m md) 4, 9 o= 24 = 34,9 x 107 rad 70 x 10° Pa “TTX 10°Pa Qual o Angulo de torgZo que criard uma tensio de cisalhamento 909 x 10 de 70 MPa na superficie interna do eixo vazado de ago dos te Exemplos 3.1 ¢ 3.2? Lembrando a Eg 3.2), que foi obtida expressando 0 com 7 p na Fig. 3.1de em termos dey ¢ , temos © método de abordagem para resolver este problema que _Primento do arco A 1, 6 usar a Equ (0 (3.10) para eco o tongue T comrespondente ao valor forecidode'© 6 = “2a = DORM opp x 19-4) = 68,2 X 10a a Equagao (3.16) para determinar 0 angulo de torgao @ corres- * — pondente ao valor de T que acabamos de encontrar. Para obtermos o fingulo de torgo em graus,eserevemos No entanto, pode er vsada uma solugao mais dita, Pela ea lei de Hooke, primeiro calculamos a deformagio de cisa $= (682 x 10° maa 2") - 5.91 A férmula (3.16) para 0 angulo de torgto s6 pode ser sada se o eixo fo homogéneo (G constante), se tiver uma sego transversal uniforme, e se estiver com carregamento somente nas suas extremidades. Se 0 eixo estiver submetido a forques em outras localizacdes que ndo as suas extremidades, ou se ele con sistir em vérias partes com dif diferentes materiais, devemos dividi-lo em partes componentes que sat individualmente as condigdes necessérias para a aplicagio da Equi No caso do eixo AB mostrado na Fig. 3.24, por exemplo, devem se ddas quatro partes diferentes: AC, CD, DE e EB. O fingulo de torgio total do {ngulo pelo qual a extremidade A gira com relagdo & extremidade Fig. 324 B, € obtido somando-se algebricamente os fngulos de torgdio de cada parte com: ponente. Chamando, respectivamente, de T;, Ly J, € G, 0 momento torgor interno, o comprimento, o momento polar de inércia da secgdo transversal ¢ 0 médulo de elasticidade transversal correspond: lo de torgdo total do eixo 6 expresso como fentes gegSee transvercaic @ pocsivelmente em sfagam 3.16) eixo, isto te & parte i, Ang G17) (O momento torgor interno 7; em qualquer parte do eixo 6 obtido cortando-se tuma seco do eixo através daquela parte ¢ desenhando o diagrama de corpo livre da parte do eixo localizada em um lado da sego. Esse procedimento, que ‘if foi explicado na Segdo 3.4 e ilustrado na Fig. 3.17, € aplicado no Problema Resolvido 3.3. No caso de um eixo com uma seedo circular varidvel, como mostra a Fig. 3.25, a Equacdo (3.16) pode ser aplicada a um disco de espessura dx. O ingulo segundo 0 qual uma face do disco gira com relagio & outra 6, portanto, Tdx "s ‘onde J € uma fungio de x que pode ser determinada. Integrando em x de 0 a L, ‘obtemos o Angulo total de toreo do eixo: fer, eA = G.18) O eixo mostrado na Fig. 3.22, usado para deduzir a Equacio (3.16) e 0 eixo da Fig. 3.16, discutido nos Exemplos 3.2 ¢ 3.3, tinham ambos uma das extremidades engastada a um suporte fixo, Em cada caso, portanto, 0 angulo de torcio ¢ do eixo era igual ao Angulo de rotagao de sua extremidade livre. No entanto, quando ambas as extremidades de um eixo giram, 0 ngulo de torgio do eixo € igual ao Angulo pelo qual uma extremidade do eixo gira em relacdo a outra. Considere, por exemplo, 0 canjunto mostrado na Fig. 3.26a, que consiste em dois eixos elisticos AD € BE, cada um deles com compri- mento L, raio ¢ e médulo de elasticidade transversal G, que esto ligados a en- grenagens acopladas em C. Se for aplicado um torque T em E (Fig. 3.26), ‘ambos 0s eixos sofrertio tore. Como a extremidade D do eixo AD esta fixa, © Angulo de torgio de AD é medido pelo Angulo de rotacdo ¢, da extremidade A. Por outro lado, como ambas as extremidades do eixo BE giram, 0 angulo de torgio de BE ¢ igual a diferenga entre os angulos de rotacdo dy € dy isto 6,0 Angulo de torgdo é igual ao angulo segundo o qual a extremidade E gira cm relagio a extremidade B. Designando esse Angulo relativo de rotagio por ey, eserevemos ben = be ~ 65 =e Gap. Toreao 143 SERRE Para conjunto da Fig. 3.26, sabendo gue r, = 2rp, determine Observando que os arcos CC’ e CC" na Fig, 3.26b dever se 0 ngulo de rotagio da extremidade E do tixo BE quando & igus, eserevemos rd, = ruby ¢ oblemo: plicado o torque T em E. n= Gales = 2 Temos, port v tit ey al . =" ae Fig. 3.27 igulo Considerando agora o eixo BE, lembramos que o & de torgiio do eixo & i lo dry Segundo 0 qual a ex- 1 em relagdo a extremidade B. Temos tremidade E gi er Observando que f ais e 2ry Concluimos que o torque aplicado no eixo AD 6 duas vezes maior do que o torque aplicado no cixo BE; assim, Typ = 27. Como a extremidade D do eixo AD esti fixa, o Angulo de so fngulo de worgao do Ot 3.6. EIXOS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS ses do Vimos na Secao 3.4 que, para necessitio primeiro calcular os momentos torgores internos nas vérias se tos eram obtidos através da esttica, desenhando o di -orpo livre da parte do eixo localizada em um lado cerevendo que a soma dos momentos exercidos naquela parte era zero. Noa situagées nas quais os momentos de torgo internos niio dem ser determinados somente pela estitica. Na verdade, em tais casos os tanto, préprios momentos externos, isto €, os torques aplicados no eixo pelos apoios conexées, no podem ser determinados pelo diagrama de corpo livre do eixo sm. ser complementadas por relagdes inteiro, AS equagtes de equilfbrio jo as deforn Bes do eixo e obtidas considerando-se a geometria do problema, Devido a estética no ser suficiente para determinar os momentos ex: jernos ¢ internos, dizemos que 0s eixos sfio estaticamente indeterminados. O lo apresentado a seguir e o Problema Resolvido 3.5 mostrario como ana lisar eixos estaticamente indeterminados. Um eixo circular AB consiste em um cilindro de ago de 240 to 16 mm de ditmetro na mm de didmetro, no qual foi fe um furo de 120 mm de potur extremidade B, idade cixo esté engastado a suports fixos em am Jo um torque de 120 N » mn mine o torque aplicado no has as extremidades, ¢ é aplic sua segio méia (Fig, 3.28). De xo por cada um dos suportes Fig. 3.28 cap.9 Torpio 145 Eee Desenhando o diagrama de corpo livre do eixo e chamando de T, © Ty 0s torques aplicados pelos suportes (Fig. rmios a equagio de equilfbrio 29a), obte T, + Ty = 120N+m Como essa equaylo nfo 6 suficiente para determinar os dois, torques desconhecidos T, € Ty, 0 eixo é estaticamente inde terminado, No entanto, T, ¢ Ty podem ser determinados se obser varmos que 0 ingulo de torgio total do eixo AB deve ser zero, remidades esto rigidamente fixadas. Cha- mando de ¢ © 6, respectivamen gulos de torgio das partes AC € CB, escrevemos pois ambas as ¢ o=bth=0 Com base no dis sma de corpo livre de uma pequena parte do cixa incluindo a extremidade A (Fig. 3.29), no diagrama mos que torgor interno T, em AC é igual a T,. Por meio do 2 corpo livre de uma pequena parte do eixo incluindo \de B (Fig. 3.28c), notamos que © momento torgor sm CB & igual a Ty. Usando a Equagio (3.16) ¢ ob- servando que as partes AC e CB do eixo giram em sentidos, ‘postos, escrevemos Tal = b+ at ae Resolvendo para o torque Ty, temos Substituindo os valores numéricos b= b= 120mm Jy = 49 (0,011 m)" = 2,30 X 10° mt J, = }rr{(0,011 m)* (0,008 m}"] = 1,66 x 10-* mt obiemos Tr = 0.7207, Substituindo essa expressiio na equaglo de equilibrio original, 120N-m 50.23N+m 146 resistencia cos materas PROBLEMA RESOLVIDO 3.3 nm © eixo horizontal AD esté engastado a uma base rigida em D ¢ submetido aos torques mostrados na figura, Foi feito um furo de 44 mm de difmetro na parte CD tbendo que o eixo inteiro € feito de ago para o qual G = 77 GPa, de lo de torgo na extromidade A. do eixo. SOLUGAO Con transversal constan GID. 0 0 eixo consiste em t8s partes AB, BC e CD, cada uma dolas com se momento torgor interno constante, pode ser usada a Equagao Fstética, Cortando o eixo em uma seciio transversal entre A e B e usando diagrama de corpo livre mostrado na figura, en 0: Q50N+m)—Tap=0 Typ = 250N-m 3M, = 0: QSON+m)-+ Q2000N-m) = Tye 0 Tac = 2250N +m Teo = Oye m 20 mm Jue = Fe = (0.015 m mé Ss) ) ey = a iy it mn ra 0904 10-*mnt Angulo de Torso. _Usando a quago (3.17) ¢lembrando que G > para 0 cixo inteiro, temos a7 TL; _ 1 (Tralee , 1 Teolco\ ’ we Bia da Sgt ie J » 1 [(2S0N + m)(0,4 m) (2250)(0,6) ] a” 77 GPa|_ 0,0795 x 10-° m+ 272 X 10° 0,904 x 10°*} 0,01634 + 0,00459 + 0,01939 a 300" A 4 = (0.0408 rad) PO $,=231 € 0,0408 rad Sign tiean r= 2mm PROBLEMA RESOLVIDO 3.4 Dois eixos cheios de ago esto acoplados pelas engrenagens mostradas na figura. Sabendo que, para cada eixo G = 77,2 GPa, ¢ que a tensio de cisalhamento ad- missivel & de 55 MPa, determine (a) 0 maior torque Ty que pode scr aplicado 8 extremidade A do eixo AB, (b) 0 Angulo correspondente pelo qual a extremidade A do cixo AB gira. SOLUCAO Estitica, Chamando de F a intensidade da forga tangencial entre os dentes dda engrenagem, temos Engrenagem B. ZM,=0: F(22mm) ~ 7) =0 Engrenagem C. Mc =0: F(62 mm) ~ Tep = Tew = 2,82Ty (1) Cinemtiea, Notando que os movimentos perféricos das engrenagens s40 ‘iguais,escrevemos re _ 4, mm tbe = tebe by = bee = be = 2Rbe 2) 7% 92mm 4. Torque Ty Eixo AB. Com Tyy = Tye ¢ = 9,5 mm, juntamente com uma tensio de cisalhamento méxima admissivel de 55 MPa, escrevemos Tae 9.5 mm) fae 55MPa= 2 T=7401N-m J ya (9,5 mm)* ia Eixo CD. De (1) temos Tep = 2,82 To. Com ¢ = 12,5 mm & Tyq = 55 MPa, eserevemos Tepe 827 12,5 mam) fae 5SMPa = So T= S984N-m < J Fr (125 mm ‘Torque Miximo Permitido, Escolhemos © menor valor obtido para T, T, = 5984N-m 4 ». Angulo de Rotagio da Extremidade A. Primeiro calculamos 0 fingulo de torgio para cada eixo. Bivo AB. Para Typ fy = 59,84N +m, temos Miah (59,84 N + m)(0,650 m) ee bua = IG Fe(0.0095 m)'(77.2 x 10? Nam) ~ 0-039 tad = 2,265 Fixo CD. Tep = 2,827, = 2,82(59,84 N - m) 59.84 hep a 2, AN end ase IG ~ Yax{0,012 m)(77.2 X 10" Nim) Como a exttemidade D do eixo CD esté fixa, temos de = dep = 346° Usando (2), calculamos que o &ngulo de rotagdo da engrenagem B deve ser bp = 2,82b¢ = 2,82(3.46") = 9,76° Para a extremidade A do eixo AB, temos 4 = b+ dyn = 9.16 +226 dy 202° 148 Resistincia dos Materats PROBLEMA RESOLVIDO 3.5 Um eixo de ago e um tubo d tados a um disco rigido, conforme esté indicado na figura. Sabendo que as tensBes isa zero, determine 0 torque maximo Ty que pode ser aplicado 99 0 engastados a um suporte rigido e conee- \ disco se a tenses adinveis si de 120 MPa no eixo de ago ¢ 70 MPa no tubo Ge aluminf, Use G = 77 GPa pra o ago © G = 27 GPa par o alin, soLugAo Estitica. Diagrama de Corpo Livre do Disco. Chamando de , 0 tordue cxercido pelo tubo no disco, ¢ de T, o torque exercido pelo eixo no disco, encon= ramos 1, ith o ‘conectados a0 di Deformagies. Como 0 tubo ¢ 0 cixo-e rigido, tems its Tila ee 2 WG Us 70,5 m) 70.5 m) GPa) (0,614 x 10° m')(77 GPa) T, = 08747, 2) Tensées de Cisalhamento. Vamos, inicialmente, considerar que a condigao 70 MPa é critica, Para o tubo de aluminio, temos 38 m0 (70 MPa)(2,003 x 10°* mt) = m nore Da Equagio @2), temos ai x 10% 2950N «m O87, T= Usando @ Equagio (1), obtemos o torque maximo admissf r= Ti + Ty = 3375N +m + 2950N +m PROBLEMAS 3.31 Para 0 eixo de aluminio mostrado (G = 27 GPa), determine (a) o torque T que provoca um angulo de torgo de 4°, (b) 0 Angulo de torgao provocado pelo mesmo torque T em um eixo cilindrico cheio do mesmo comprimento e mesma érea de segio transversal 3.82 (a) Parao cixo gulo de toreao em A. (b 10 de ago mostrado (G = 77,2 GPa), determine o fin Resol 4 parte (a) assumindo que o eixo de ago é vazado Fig. 73.32 3.83 Determine o maior digmetro possivel para uma barra de ago com 3,0.m mprimento (G = 77,2 GPa), se a barra deve ser girada em 30 tensio de cisalhamento de 82 MP: 3.34 Onavioe A esti comegando a perfurar um pogo de petréleo no fundo jofundidade de 1500 m, Sabendo que 0 topo da broca de ago 8) de 200 mm de didmetro dé duas voltas completas até que a broca girar, determine a tensao de cisalhamento méxima provocada no em B com: ubo pela torgao, 3.95 Os torques mostrados ambos 08 eixos so ch Zo aplicados nas polias A, Be C. Sabendo que ei0s € feitos de latio (G = 39 GPs), determine o fingulo de torgdo entre (a) A e B, (b) A e C SG Fig, P9.25 cap.2 Toreto 149 Low Fig. P31 Fig, P3.94 150 Resietencia dos Mateisis Fig. P3.36 3.36 0 motor elétrico aplica um torque de $00 N + m no eixo de aluminio ABCD, quando ele esté girando a uma rotaglo constante. Sabendo que G = 27 GPa © que os torques exercidos sobre as polias B € C so aqueles mostrados na figura, determine o Angulo de torcdo entee (a) B e C, (b) Be D. 3.37 _A barra de aluminio AB (G = 27 GPa) esté ligada & barra de lato BD 39 GPa). Sabendo que a parte C1 da atra de latao € vazada e tem um diamnero emo de 40 mm, determine o ngulo de toreao em A Fig. P3.37 3.38 Resolva o Problema 3.37 considerando que a parte BD soja uma barra ~*~ A L cheia de 60 mm de dimetro e comprimento de 625 mm. 3.89 Dois eixos cheios estdo acoplados por engrenagens, conforme mo figura, Sabendo que G = 77, dda extremidade A qua "2 para cada eixo, determine 0 ngulo de rota 00 N= m 3.40 Resolva o Problema 3.39 assumindo que o didmetro de cada eixo seja de 54 mm. 3.41 Um tacémetro F, usado para registrar em forma digital a rotagio do cixo A, € conectado ao eixo por meio do trem de engrenagens mostrado, que con- siste em quatro engrenagens ¢ trés eixos cheios de ago de didmetro d. Duas das engrenagens tém raio re as outras duas tém raios nr. Se a rotacio do tacmetro F impedida, determine em termos de T, , G, Je n, o Angulo pelo qual a extremi- dade A gira. Fig. P21 3.42 Para o trem de engrenagens descrito no Problema 3.41, determine 0 én- fgulo pelo qual a extremidade A gira quando T = 560 N- mm, 1 = 60 mm, d= 16mm, G = 77,2 GPaen = 2. 3.43. Dois eixos, cada um com difimetro de 22 mm, so conectados pelas en- sgrenagens mostradas na figura. Sabendo que G = 77,2 GPa e que o eixo esta fixo 3.44 Resolva o Problema 3.43 considerando que, aps uma alteragdo no pro eto, o raio da engrenagem B seja de 150 mm ¢ 0 raio da engrenagem E, de 110 min. 3.45 As especificagdes de projeto de um eixo de transmissao cheio ¢ 0, com 1,8 m de ar comprimento, requerem que o ngulo de torgao do eixo ito exceda 05° quando for aplicado um torque de 6,8 KN = m, Determine o dismetro iecessériv para v ind, sabendo que 0 eix0 ¢ feito de um ago com tensio de cisa thamento_admissfvel de 86 MPa e um médulo de de 77,2 GPa 3 1,2 mde comprimento requerem qu € 0 Angulo de torgo do eixo no excedia 4 quando for aplicado um torque de 750 N + m. Determine o difmetto necessiio. 1.0 cixo, sabendo que é feito de de 90 MPa e um médulo d As especificagGes de projeto de um eixo de m.ago com tensio de cisalhamento admissivel OP: B47. O proj que sejam usados eixos d o mostrado na figura requer ‘ago de mesmo didmetro para AB e CD. E necessério tam bém que Tix = 62 MPa e que o fngulo ¢, pelo qual a extremidade D do eixo CD. ra no exceda 2°. Sabendo que G = 77.2 GPa, determine o didmetro necessirig Fig. P3476 P48 3.48 No sistema de engrenagem e eixo mostrado, os difmetros dos eixos sio day = 50 mm € dep = 38 mm. Sal orgao da extremidade L do eixo CD indo que G = 77.2 GPa, determine 0 3.49 A barra cheia cilindrica BC esté ligada & alavanca rigida AB e fixada a tum suporte em C. A forga vertical P aplicada em A provoca um pequeno desloca- ‘mento A no ponto A. Mostre que a tensao de cisalhamento méxima na barra € Gd 2a* onde d 0 didmetro da barra e G seu médulo de elasticidade transversal. 3.50 € 3.51 A barra cheia cilindrica BC de comprimento L = 600 mm esti ligada & alavanca rigida AB de comprimento a ~ 400 mm e fixada a um suporte em. C. Especificagdes de projeto requerem que 0 deslocamento de A nfo exceda 25 mm, quando uma forga P de 440 N é aplicada em A. Para o material indicado, determine 0 didmetro necessério para a barra. 3.50 Aco: Tyg = 82 MPA, G = 77,2 GPa. 3.51 Aluminio: Tuy, = 62 MPa, G = 27 GPa. 3.52 Um torque de intensidade T= 4 KN - m é aplicado & extremidade A do cixo composto mostrado na figura. Sabendo que 0 médulo de elasticidade transver- sal € de 77,2 GPa para 0 ago € de 27 GPa para o aluminio, determine (a) a tensio de cisalhamento maxima no nécleo de ago, (b) a tensdo de cisalhamento méxima na jaqueta de aluminio, (c) 0 angulo de toreio em A. Nicleo de ago Jose tn eo Fig. P9.52 € P9.53 3.53 0 eixo composto mostrado deve ser girado aplicando-se um torque T na extremidade A. Sabendo que o médulo de elasticidade transversal é de 77,2 GPa para 0 ago ¢ de 27 GPa para o aluminio, determine o maior angulo pelo qual a ex- tremidade A pode ser girada para no serem ultrapassadas as tensOes de cisa- lhamento admissiveis para 0 ago ¢ 0 aluminio, respectivamente, r,,, = 60 MPa ¢ “aun = 45 MPA. 3.54 0 eixo composto mostrado consiste em uma jaqueta de lato de S mm. de espessura (Giyz, — 39 GPa) unido a um miicleo de ago de 40 mm de diémetro (Guy = 77,2. GPa). Sabendo que o eixo esté submetido a um torque de 600 N + m, determine (a) a tensio de cisalhamento maxima na jaqueta de lato, (b) a tensfio de cisalhamento méxima no nticleo de ago, (c) o Angulo de torcio de B relativo a A. 8.55 _Para 0 eixo composto do Problema 3.54, as tenses de cisalhamento ad- ‘issiveis sfo: para o latio, 20 MPa e para 0 ago, 45 MPa. Determine (a) 0 maior torque que pode ser aplicado ao eixo composto, (b) 0 Angulo de torgdo correspon- dente de B relativo a A, Fig. P3.49, P3.50 0 P3.51 % somnt 2R shim SNékodeae Fig. P3.54.e P3.55 154 3.56 Deis acoplamento B e engastados a suportes rigidos em (G = 71,2 GPa) so conectac CC. Para o carregament a reagio em cada suporte, (b) a tensdo de cisalhamento mi > AB, (c) a tensio de cisalhamento maxima no eixo BC 3.57. Resolva o Problema 3.56 considerando que 0 eixo AB seja substtuido por um eixo vazado do mesmo didmetro externo € 25 mm de didmetro inte 3.56 Quumly « 10tasio € impedida na extromid aplicado um torque de 80 N « mA extremidade A d GPa pars ambos os eixos, detern de inferior de cada a o AB, Sabendo que G = 71.2 salhamento maxima no ex CD, {b) 0 fngulo de rotagdo em A. Fig. 73.53 9.59. Resolva o Problema 3.58 considerando que seja aplicado um torque de 80 N= m A extremidade C do eixo CD. 3.60 Um cixo cheio e um eixo vazado so feitos do mesmo material gio T/T, entre 0 torque T, no eixo cheio © 0 torque T, no eixo var Vi~ nii(1 + nd) se a tensio de cisalhamento méxima é a mesma em cada eixo, (1 nV 4 7) se o Angulo de toreo é 0 mest 3.61 Um torque T é aplicado a um cixo cheio em forma de troneo de cone ‘AB, conforme mostra a figura. Mostre por integrago que o angulo de torgao em A é 7 *- eae 8.62 Uma placa anular de espessura re méilulo de elastcidade transversal G ¢ usada para conectar 0 eixo AB de raio r, ao tubo CD de raio interno r,. Sabendo ‘que ¢ aplicado um torque T & extremidade A do eixo AB e que a extremidade D do {ubo CD esté engastada, (a) determine a intensidadee localizagio da tensio de cisa- Thamento méxima na placa anular, (b) mostre que o Angulo pelo qual a extremidade B do eixo gira com relago a extremidade C do tubo é eC) * oe ? Fig, P3.62.¢ P3.63, ~») 8.63 Uma placa anular de latio (G = 39 GPa), de espessura t = 6 mm, & ‘usada para conectar 0 eixo de lato AB, de comprimento L, = 50 mm e raio r, 30:mm, ao tubo de lato CD, de comprimento L; = 125 mm, raio intemo r, = 75 “im, € espessura r = 3 mm, Sabendo que é aplicado um torque T de 2,8 KN + m & ‘extremidade A do eixo AB ¢ que a extremidade D do tubo CD esta engastada, de- _ termine (a) a tenséo de cisalhamento méxima no sistema constitufdo por eixo. placa «tubo, (b) 0 Angulo segundo o qual a extremidade A gira, (‘Sugestio: Use a formula ddeduzida no Problema 3,62 para resolver a parte b.) 156 esistncia dos Mater 3.7. PROJETO DE EIXOS DE TRANSMISSAO As principais especificagtes a ser observadas no projeto de um eixo de trans- idade de rotag al e as dimensdes da sega transversal do 0 do eixo, O pa- pel do projetista ¢ selecionar © mater eixo, de forma que as tensbes de cisalhamento méximas admissfveis do material m ultrapassadas quando o eixo estiver transmitindo a pot com a velocidade especificada, Para dete sdo 20 eixo, vamos lembrar a dind minarmos 0 torque ap ja P associada com a rotagtio de um arpa rigid sih- metido a um torque T P=Tw G.19) onde w é a velocidade angular do corpo expressa em radian: is por segundo, Mas (0 6, 0 ntimero de revolugées por indo, A unidade de frequiéncia 6, enti, 1 s~! e & chamada de um hertz (Hz) Substituindo w na Bquagio (3.19), eserevemos c f é a frequiéncia da rotaczo, sT 20) Se forem usadas unidades SI, verificamos que, com f expressa em Hz eT em N - m, a poténcia € expressa em N + mls, ou seja, em watts (W). Da Equagio (G.20), obtemos o tarque aplicada Tem um eixa, quando ele transmite uma pote cia Pa uma freqiiéncia dk otagHo f, G21) ss indicadas acima. 4 aplicado ao eixo e tet vunidac onde, P, fe T slo expressos 1 ‘Apés determinar o torque T que ‘o material a ser usado, o projetista usard os valores de T'e da tensdo méxima a rmissivel na frmula da torgdo eléstica (3.9). Resolvendo esta equagio para J/c do selecionado « obtemos dessa maneira o valor minimo admissivel para o parmetro J/c. Veri- ficamos que, se forem usadas unidades SI, T seré expresso em N * m, Tau, €M Pa (ou Nim), € J/e seré oblido em m’. No caso de um eixo circular cho, J=}ic! e Je = Amc’ substituindo esse valor de J/e na Equagio (3.22) ¢ re solvendo-a para ¢, obtemos o valor mnimo admissfvel do raio do eixo. No caso de um eixo circular vazado, 0 parametro critica é J/c, onde ¢, € 0 raio exter do cixo; 0 valor desse parmetto pode ser calculado da Equagdo (3.11) da Segdo A para determinar se uma dada seglo transversal ser aceitivel ‘Quando forem usadas unidades inglesas, a freqliéncia geralmente ser eX pressa em rpm e a poténcia, em hp. En aplicar a fr mula (3.21), converter a freqléncia em rotagies por segundo (isto &, hert) ea Ib/s ou pol. Ib/s com 0 uso das seguintes relacdes ssério entdo, antes poténcia em 0 ft + Ib/s = 6600 in « Ibis Se espressarmos a poténcia em pol. 157 cap.9 Torgio Ib/s, a Equagio (3.21) daré 0 valor do torque T em Ib - pol. Usando esse valor de T na Equagdo (3.22), e expressando asc &m psi, obtemos 0 valor do pardmetro J/e em poP. Qual a dimensio do disimetro do eixo que deverd ser usado para © rotor de um motor de 5 hp operando a 3600 rpm, se a ten- ‘fo de cisalhamento néo deve exceder 60 MPa no eixo? Primeiro expressamos a poténeia do motor em m - N/s e Sua freqiéneia em ciclos por segundo (ou hertz) © torque aplicado ao eixo € dado pela Dquagio (3.21). P__3730N- mvs af 2 (60S) 89N =m. Substituindo Te +g. na Equagéo (3.22), eserevemos a, —289N mo 9165 x 10m? ¢ 60 x 10° Nim Mas, J/e = }1c* para um eixo s6lido, Temos, portanto, dae’ = 0,165 x 10° m* c=47X 10m d=2¢=94mm Deverd ser usado um eixo de 9,4 mm, ‘Um.cixo consistindo em um tubo de ago com 50 mm de dlifmetro externo deve transmitir 100 KW de poténeia girando uma frequéncia de 20 Hz. Determine a espessura do tubo que deveri ser usado, se a tensio de cisalhamento nfo deve exceder 60 MPa. O torque aplicado a0 eixo € dado pela Equaglo (3.21): P__ 10x 10°W Pas F seen em Da Eqiacio (3.22) concluimos que o parimetro J/cy deve ser pelo menos igual a 8N-m T _ BBN _ 13.96 x 10m? © Tuas 0X 10°N/m? a) Mas, da Equagio (3.10), temos Ed-4 (0.025) ef] G24) 0,050 t Igualando os membros da direita das Equagées (3.23) e (3.24) (04025) — ef cf = 390,6 x 10° — 211.0 x 10° ¢, = 20.6 X 107 m = 20,6 mm A espessura correspondente do tubo é ¢— 6 = 25 mm — 20,6 mm = 44mm Deverd ser usado um tubo com espessura de 5 mm. 158 resistencia dos Materials Fig. 3.92 Cosficientes de concentrapto 4 ins ara acoamenios em eos 3.8. CONCENTRAGAO DE TENSOES EM EIXOS CIRCULARES A formula da torgto Tay, = Te/J foi deduzida na Seco 3.4 para um eixo circular de seeao transversal uniforme. Algm do mais, consideramos anterior mente, na Seco 3.3, que 0 eixo estava carregado em suas extremidades através de placas rigidas presas a ele solidamente. No entanto, na pratica, os torques so geralmente aplicados a0 eixo através de acoplamentos com flange (Fig. 3.304) ou de engrenagens conectatls ao eixo por chavetas que se encaixam, em rasgos (Fig. 3.30b). Em ambos os casos espera-se que a distribuico de tene sBes na segio © proximidades, onde as torques so aplicados, scja difereale daquela dada pela férmula de toredo. Por exemplo, ocorrerio altas concen: tragdes de tenses nas proximidades do rasgo da chaveta mostrada na Fig, 3.30b. A determinagio dessas tensdes localizadas pode ser feita por métadas experimentais de anilise de tensdo ou, em alguns casos, por meio da teoria dt elasticidade Conforme indicamos na Segao 3.4 da toredo também pode ser uusada para um eixo de sego transversal varidvel. No entanto, no caso de um cixo com uma mudanga abrupta no difmetro de sua segao transversal, as cone centragées de tenstes ocorrerdo préximas da descontinuidade, com as mais a: tas tensdes ocorrendo em A (Fig. 3.31). Essas tenses podem ser reduzidas com Fig. 3.31 © uso de adogamento do Angulo, ¢ o valor méximo da tensdo de cisalhameiito no adogamento pode ser expresso como onde a tensio Te/J € a tensdo calculada para o menor didimetro de eixo, e onde K € 0 coeficiente de concentragio de tensio. Como 0 coeficiente K depende so- ‘mente da relagdo dos dois dif metros e da relagdo dos raios do adocamento para © difmetro do menor eixo, ele pode ser calculado e registrado na forma de uma ‘abela ou gréfico, como mostra a Fig. 3.32. Devemos notar, no entanto, que esse procedimento para determinar tensdes de cisalhamento localizadas é vilido so- quando 0 valor de Tai, dado pela Equagéo (3,25), nao exceder o limite de proporcionalidade do material. Isso ocorre porque os valores de K represen tados graficamente na Fig. 3.32 foram obtidos sob a hipétese de uma relagio linear entre tensdo de cisalhamento e deformagao de cisalhamento. Se ocorrerem deformagdes plisticas, elas resultardo em valores de tensio maxima menores do que aqueles indicados pela Equagio (3, ment PILKEY, W.D. Peterson's ses co tom, entation factors. 2. ed, John Wiley & Sons; Nova Yok, cep.3 Torcto 159 PROBLEMA RESOLVIDO 3.6 O cixo de seco varidvel mostrado deve girar a 900 rpm transmitindo poten uma turbina para um gerador. A classe do ago especificado no projeto tem uma tensdo de cisalhamento admissivel de SS MPa. (a) Para o projeto preliminar jstrado, determine a poténcia méxima que pode ser transmitida, (5) Se no pro= eto final o raio do adogat » for aumentado de forma que r = 24 mm, qual seré variagdo percentual em relaglo ao projeto preliminar, na poténeia que pode ser transmitida? SOLUCAO 4. Projeto Pre Usando a notagio da Fig. 3.32, temos D = 190 mm, d= 95 mm, r= 14 mm. D_ 19mm _, r_ 4mm _ ois a 95mm ~ 1 ~ 95mm ~ Da Fig. 3.32 foi encontrado um coeficiente de concentragio de tensfo que, Usando a Equagao (3.25), escrev iia | eK onde J/e re Je = ne 5X 10° mj? = 1,68 10~* mi Tie _ 55MPa e onde 41,4 MPa kK 13 Substituindo na Equagao (1), eneontramos 7 = (1,68 X 10~* m!)(4,14 MPa) = 6955 N= m. naar tena eons Sir eearaverc Poténeia, Como f = (900 rpm) EE = 15 Hz = 155, escrevernos Pz = Im fT = 2m 15 5-!)(6955 N + m) = 655493 N + mvs P, = (6SS40R N+ mis){1 hp/746 N + mis) P, =818hp b. Projeto Final. Para r= 24mm D Seguindo o procedimento usado acima, eserevemos Tass _ 55MPa - = 462 MPa Kk 119 fr 10° (46,2 MPa) = 7762.N +m Ph = Unf = 2a (15 s7!)(7962 N + m) = 731552 + m/s + mn/s)(I hp/T46 N + ws) = 981 hp Variagdo Percentual na Poténcia P,P, 981-878 Variagdo percentual = 1005 "* = 100 = 12% < 160 esistncia dos Mates 3.64 Usando uma ten eixo cheio de ago para tra de cisalhamento admissfvel de 31 MPa, projete um nsmitir [2 hp na velocidade de (a) 1200 rpm, (6) 2400 rp, 3.85 Usando um valor de tensio de cisalhamento admissivel de 5O MPa, projete um eixo cheio de aco para transmitir 15 kW a freailéncia de (a) 30 He, (6) 60 Hz 3.66 de difmetro, quando cle transmit 2,5 KW a uma uum eixo cheio, de 12 mm eqligncia de (a) 25 He, (b) 50 Hz, 3.87 Determine a tensio de cisalhamento maxima em um eixo cheio, de 1mm de dimetro, quando ele transmite 75 hp a uma velocidade de (a) 750 rpm, (6) 1500 rpm, 3.68 Um eixo de acionamento de ago tem 1,8 m de comprimento e seus didmetros extemno e interno slo, respectivamente, iguais a $7 mm e4 mm. Sabendo que 0 eixo transmite 240 hp girando a 1800 rpm, determine (a) a tensio de cise thamento méxima, (b) 0 &ngulo de torgao do eixo (G = 77.2 GPa) 3.69 Um dos dois eixos de acionamento vazados de um navio tem 40 m de us difmetros externo e interno slo, respectivamente, 400 mm feito de um ago para 0 qual Tyg, — 60 MPa e G ~ 77,2 GPa. comprimento, 200 mm. O sixo Sabendo que a rotagdo maxima do eixo 6 de 160 rpm, determine (a) a poténcia mé ima que pode ser transmitida pelo eixo para a h respondente do eixo, ice, (6) 0 Angulo de tore0 cor 3.70 Quando um eixo de ago com a sego transversal mostrada na figura a 120 rpm, uma luz estrobosedpica indica que o &ingulo de torgio é de 2° comprimento de 3,6 m, Usando G = 77,2 GPa, determine a pot transmitida 1a que esté 3.71 Determine a espessura necesséria para o eixo tubular de $0 mm do Exem éncia girando a uma freqléncia de 30 Hi. plo 3.7, para que ele transmita a mesma po 3.72 0 projeto de um clemento de méquina especifica um eixo com difmetto ' cexterno de 40 mm para transmitir 45 kW. (a) Se a rotagao for de 720 rpm, determine a tensio de cisalhamento méxima no eixo a. (b) Se a rotagio do eixo pode ser au mentada em 50% passando a 1080 rpm, determine o maior didmetro interno do eixo b para o qual a tensGo de cisalhamento maxima serd a mesma em cada eixo, Fig. P3.72 3.73 Um tubo de ago de 72 mm de didmetro externo deve ser usado para trans- nit um torque de 2500 N - m sem exceder a tensio de cisalhamento admissivel de 55 MPa. Hi disponivel para uso uma série de tubos com didmetro externo de 72 mm. Sabendo que as espessuras dla parede dos tubos disponiveis variam de 4mm a 10 mm fem incrementos de 2 mm, escolha o tubo mais leve que pode ser usado. 3.74 Um eixo de ago cheio de 2,5 m de comprimento deve transmitir 10 kW ‘uma freqiincia de 25 Hz, Determine 0 didmetro necessério para o eixo, sabendo que G = 77,2 GPa, que a tensio de cisalhamento admissfvel € de 30 MPa, e que © fingulo de targio nio deve exceder 4°. 93.75 Um eixo de ago cheio de 1,5 m de comprimento © 22 mm de difmetro deve transmitir 12 kW. Determine a freqiiéncia minima na qual o eixo pode girar, sabendo que G = 77,2 GPa, que a tensio de cisalhamento admissfvel € de 30 MPa, le que o ngulo de torgao nao deve exceder 3,5°. 3.76 Os dois eixos cheios e as engrenagens mostradas s20 usados para trans- mitir 16 hp do motor em A operando a uma rotagio de 1260 rpm, para uma méquina- ferramenta em D. Sabendo que cada eixo tem um diametro de 25 mm, determine a tensto de cisalhamento maxima (a) no eixo AB, (b) no eixo CD. Fig. P3.76 € P3.77 3.77 Os dois eixos cheios ¢ as engrenagens mostrados sio usados para trans- ‘mitir 16 hp do motor em A operando a uma rotacao de 1260 rpm, para uma méquina- ferramenta em D. Sabendo que a tensio de cisalhamento méxima admissivel é de 55 MPa, determine 0 didmetro necessério (a) do eixo AB, (b) do eixo CD. 3.78 Um eixo de ago deve transmitir 150 kW & velocidade de 360 rpm. Sabendo que G = 77,2 GPa, projete um eixo cheio de forma que a tensio maxima nao exceda 50 MPa € que 0 dngulo de torgo em um comprimento de 2,5 m nao exceda 3°. 3.79 Um cixo de aco de 2,5 m de comprimento 30 mm de didmetro gira a uma frequéncia de 30 Hz. Determine a poténcia maxima que o eixo pode transmi- tir, sabendo que G = 77,2 GPa, que a tensio de cisalhamento admissivel é de 50 MPa, e que 0 Angulo de torgdo nio deve exceder 7,5°. 3.80 Um eixo de aco com didmetro de 38 mm e comprimento de 1.2 m sera usado para transmitir 60 hp entre um motor € uma bomba. Sabendo que G = 77,2 GPa, determine a menor rotagio na qual a tenso no exceda 60 MPa eo fngulo de torgdo ndo exceda 2°, 162 esisténcia dos Materais Fig. P3.84 @ P3.85 a! Fig. 73.89, P3.89 @ P3.90 3.81 Um eixo cheio de ago de 1,5 m de comprimento © 22 mm de diéimetro deve transmitir 18 hp. Determine a velocidade mfnima na qual o eixo pode gira, 2 GPa, que a tens de cisalhamento admissivel deve exceder sabendo que G = 7 © que 0 fngulo de tor 3.82 Um eixo de ago tubular de 1,5 m de comprimento e didmetro extern d, de 38 mm deve ser feito de um ago para o qual 7, = 65 MPa e G = 77,2 GPa Sabendo que o Angulo de torei0 néo deve exceder 4° quando o eixo & submetido a uum torque de 600 N - m, determine © maior didmetro d, que pode ser especiticado no projet. 3.63 Um eixo de ago tubular de 1,5 m de comprimento, com difmetro ex temo d, de 38 mm e didmetro interno d, de 30 mm, deve transmitir 100 kW entre uma turbina e um gerador. Determine a freqiéncia minima na qual o eixo pode gi rar, sabendo que G = 77,2 GPa, que a tensf0 de cisalhamento admissivel é 60 MP, ngulo de targa nto deve exceder 3° equeo 3.84 0 '50 rpm. Saber ‘mm, determine a poténcia maxima que pode ser transmitida sem exce 52 MPa, a tensdo de cisalhamento admissivel de 3.85 0 cixo de segdo variével mm, determine a poténcia maxima que pode ser transmitida sem ex cisalhamento admissfvel de 52 MPa. ostrado gira a 450 rpm, Sabendo que r = $ eder a tensio de 9.86 Sabendo que v ciau Uc se tir 45 KW na velocidade de 2100 rpm. para que a teasio de cisalhamento admissivel de (0 variével mostrado na fetermine 0 raio r minimo do adagameato 50 MPa nao seja excedida Fig. P3.86 © P3.87 3.87 0 eixo de seedo varidvel mostrado na figura deve transmitir 45 kW Sabendo que a tensdo de cisalhamento admissivel no eixa é de 40 MPa e que o raio do adogamento é r = 6 mm, determine a rotaga 3.88 Um torque de intensidade T = 23 N + m € aplicado ao eixo de secdo idvel mostrado na figura, que tem um. adogamento de um quarto de ciscunferen- cia completa. Sabendo que D = 25 mm, determine a tensio de cisalhamento mé xima no eixo quando (a) d= 20 mm, (b) d= 23 mm, 9.89 O cixo de segZo variével mostrado na figura tem um adogamento de um quarto de circunferéncia comp! ame d locidade do eixo é 2400 rpm e que a tensa determine a potencia maxima que pox mm, Sabendo que a ve de cisalhamento admissivel & de 52 MPa da pelo eixo, 3.90 No cixo de seg mostrado na figura, que tem um adogamento de um quarto de circunferéncia completa. a tenso de cisalhamento acimicsivel 6 de 80 MPa, Sabendo que D = 30 mm, determine o maior torque admissivel que pode ser aplicado a0 eixo se (@) d 24mm. 6 mam, (B) d *3.9, DEFORMAGOES PLASTICAS EM EIXOS CIRCULARES Quando deduzimos as Equagdes (3.10) e (3.16) que definem, respectiva- mente, a distribuigdo de tensio e 0 Angulo de toreao de um eixo circular sub- metido a um momento torgor'T, consideramos que a lei de Hooke se aplicava ‘0 eixo todo, Se a tensio de escoamento for excedida em uma parte do cixo, ou se 0 material envolvido for um material frégil com um grafico da tensao de cisa- Ihamento em fungdo da deformago de cisalhamento no-linear, essas relagées deixam de ser vélidas. A finalidade dessa secdo € desenvolver um método mais geral, que pode ser usado quando a lei de Hooke ndo se aplica, para determinar a distribuigdo de tenses em um eixo circular cheio, e para calcular 0 torque necessério para produzir um Angulo de torgao. Primeiro lembramos que nenhuma relagao entre @ tensio © a deformacio especifica foi considerada na Segio 3.3, quando provamos que a deformagao de cisalhamento y varia linearmente com a distancia p do centro do eixo (Fig. 3.33). Assim, podemos ainda usar essa propriedade em nossa anélise atual e escrever ye Ga) onde ¢ € 0 raio do eixo, Considerando que o valor maximo Taq, da tenséo de cisalhamento + foi es- Pecificado, o grifico de + em fungdo de p pode ser obtido da seguinte forma. Primeiro determinamos, por meio do geifico da tenso de cisalhamento em funcio de deformagao de cisalhamento, o valor de nu. correspondente & Tig (Fig. 3.34), e usamos esse valor na Equago (3.4). Depois, para cada valor de p, determinamos 0 valor correspondente de y da Equacdo (3.4) ou Fig. 3.33 e obte- mos, do gréfico da tenso em funco da deformacao da Fig. 3.34, a tensfio de cisalhamento 7 correspondente a esse valor de y. Construindo um grafico de + em fungo de p, obtemos a distribuicdo desejada de tensbes (Fig. 3.35). Fig. 3.34 Lembramos agora que, quando deduzimos a Equacio (3.1) na Seco 3.2, nao consideramos nenhuma relacao particular entre tensao de cisalhamento e de- formago. Podemos portanto usar a Equagdo (3.1) para determinar torque T correspondente distribuicdo de tensio de cisalhamento obtida na Fig. 3.35. Gap. Torso 163 Fig. 3.35, 164 Fesistncla dos Materiais Considerando um elemento anular de raio p ¢ espessura dp, expressamos o éle- ‘mento de area na Equagio (3.1) como aA = 2m dp e escrevemos Tt I pr(2np dp) | Pr dp 626 b onde 7 6 a fungio de p representada na Fig. 3.35, ‘Se 7 for uma fungi analitica conhecida de 7, a Equagio (3.4) pode ser usa: dda para expressar r em fungio de p, ea integral em (3.26) pode ser determinada analiticamente. Por outro lado, o torque T pode ser obtido por meio de uma ine tegractio numérica. Bsse célculo tora-se mais significative se notarmos que a integral na Equagdo (3.26) representa o momento de segunda ordem, ou mo: ‘mento de inércia, com relagao ao eixo vertical, da area na Fig. 3.35 localizada acim do eixo horizontal ¢ limitada pela curva de distribuigéo de tensbes, ‘Um valor importante do torque & 0 torque-Fimite Ty qe provoca a falha do «ixo. Esse valor pode ser determinado por meio do limite da tensio de cisala mento ty do materia, impondo Tye, = ty e executando os céleulos indcades anteriormente, No entanto, considera-se mais conveniente na prética determinae T, experimentalmente ensaiando um corpo de prova de um material, em tora até que ele se rompa. Considerando uma distribuigo linear ficicia de tenses, a Equagi0 (3.9) 6 woada para detcrminar a tens de vvallamtemto maxima caf respondente Ry: Rea = G27) ‘A tensto fleticia R, é chamada de médulo de ruptura em torgdo de um material. Ela pode ser usada para determinar o torque-limite Ty de um eixo feito do mesmo material, mas de dimensées diferentes, resolvendo a Equagio (3.27) para,T,, Como as distribuigdes de tensdes teal ¢ linear fieticia mostradas na Fig. 336 ever resultar no mesmo valor T, para o torque-limite, as éreas que elas de- finem precisam ter 0 mesmo momento de inéreia com relagdo ao eixo vertical E claro entio que o méduto de ruptura R serd sempre maior do que o limite a tensdo de cisalhamento real 7, Fig. 3.36 Em alguns casos, podemos querer determinar a distribuigao de tensdes e 6 torque T correspondente a um dado Angulo de oreo @, Isso pode ser feito em brando @ expresso obtida na Seeio 3.3 para a deformagio de cisalhamento y em termos de ¢, p, e 0 comprimento L do eixo: 32) Com € L dados, podemos determinar da Equago (3.2) 0 valor de y corres- pondente a um dado valor de p. Usando o grafico da tensfio em fungi da de- formagio do material, podemos entdo obter o valor correspondente da tensio de cisalhamento 7 © constnuir um gréfico de 7 em fungo de p. Uma vez obtida a distribuigdo de tensio de cisalhamento, 0 momento torgor T pode ser determi- nado analiticamente ou numericamente conforme ja explicado. *3.10. EIXOS CIRCULARES FEITOS DE UM MATERIAL ELASTOPLASTICO Obtém-se um melhor conhecimento do comportamento plistico de um eixo ‘em torgio considerando 0 caso ideatizado de um eixo circular cheio feito de tm material elastoplastico. O gréfico da tensio de cisalhamento em fungio da deformagao de cisalhamento desse material é mostrado na Fig. 3.37. Usando ‘esse diagram, podemos proceder conforme indicado anteriormente e determi- har a distribuigdo de tensdes através de uma segdo do eixo para qualquer valor do momento torcor T. Desde que a tensio de cisalhamento 7 no exceda a tensfo de escoamento Tp aplica-se a lei de Hooke, ¢ a distribuigao de tensio ao longo da segio € li- near (Fig. 3.38a), com yay dada pela Equacio (3.9) Te Tate =F G9) A medida que o torque aumenta, 794, eventualmente atinge 0 valor, (Fig. 3.385). Substituindo esse valor na Equagao (3.9), e resolvendo em relago ao valor cor- respondente de 7, obtemos 0 valor T;, do momento torgor no inicio do escoa- mento: Te = te (3.28) O.valor obtido € conhecido como momento torcor eldstico maximo, porque ele 0 maior momento para o qual a deformagdo permanece totalmente elistica. Lembrando que, para um eixo circular cheio J/e = yc’, temos Te= duets 6.29) A medida que © momento aumenta, desenvolve-se uma regiio plastica no cixo, a0 redor de um nticleo eléstico de raio py (Fig. 3.38c). Na regiao plastica stensdo € uniformemente igual a 7», €nquanto no nlicleo elastico a tensao varia linearmente com p e pode ser expressa como r= Ep 6.30) Seo momento T aumenta, a regido plistica se expande até que, no limite, a de- formagio é totalmente plistica (Fig. 3.38). ‘A Equacio (3.26) ser usada para determinar o valor do momento torgor T cor- respondente a um dado raio p, do micleo eléstico. Lembrando que 7 € dado pela Equasio (3.30) para 0 = p = py € é igual a-r, para py = p = c, escrevemos T= an | (0) ap a an { PP tedp ‘0 PE ‘Pe Lia ne I ptt + TCTs — apie x if) —— 7 . 2acne(1 ie 31) Fig. 337 166 Fesiotncla do Materiis ou, em vista da Equagio (3.29), (3.32) onde 7; € 0 momento torgor eléstico méximo. Notamos aproxima de zero, 0 momento se aproxima do valor-limite A medida que p; se 4 4y, 7 3.33) Esse valor do momiento, que corresponde a uma deformagdo totalmente pléstica Fig, 3384), ¢ chamado de momento torgor pléstico da eixo considerado, Not. sos que a Equacio (3.33) € vlida somente para um eito circular cheio feito de tum material elastoplastico. Como a distibuigto de deformagao ao longo da segto permanece linear apés © inicio do escoamento, a Equacdo (3.2) permanece vélida e pode ser usada para expressar 0 raio pg do nifcleo elastico em termos do angulo de torgio d. Se 4 for suficientemente grande para provocar uma deformagao plastica, 0 raio pz do inicleo eléstico € obtida fazendo-se igual & deformactio de escoamento na Equacio (3.2) ¢ resolvendo pata 0 valor carrespondente p da distinciap, Temos Peat 3.34) Vamos chamar de ¢ 0 angulo de torgo no infeio do escoamento, isto &, quando Pe = 6 Farendo = tay & pg = € a Equagio (3.34), temos Le be Dividindo (3.34) por (3.35), membro a membro, obtemos a seguinte relagdo:t 3.35) 3.36) Se usarmos na Equagdo (3.32) a expresso obtida para g,/¢, expressamos ‘© momento torgor T como uma fungio do angulo de torgao @, 637) onde 7: € de representam, respectivamente, 0 momento torgor € o angulo de {orgdo no inicio do escoamento. Note que a Equagao (3.37) pode ser usada so- ‘mente para valores de # maiores do que 4. Para g < by a relagio entre Te & 6 linear ¢ dada pela Equagao (3.16). Combinando ambas as equagdes, obtemos © grifico de Tem fungao de ¢ representado na Fig. 3.39. Verificamos que, & me- dida que @ cresce indefinidamente, T aproxima-se do valor-limite Ty ~ 4/37, cortespondente ao caso de uma zona totalmente plastificada (Fig. 3.384). Embo. rio valor 7, na realidade no possa ser atingido, notamos pela Equaciio (3.37) ue ele se aproxima rapidamente conforme $ aumenta, Para = 2p, T estd dentro de aproximadamente 3% de T,, e para = 36,, dentro de aproximada- mente 1%. Commo o grafico de T em fungio de ¢, que nés obtivemos para um material elastoplstico ideal (Fig, 3.39), difere muito do grifico tensdo-dleformagio de cisa- Ihamento daquele material (Fig, 3.37), esté claro que 0 gréfico da tenséo-defor- ‘ago de cisalhamento de um material real ndo pode ser obtido diretamente de +8 Equagto (3.36) apliewse a qualquer material dct com ym pont de escoament bem defi, ois sua determingpo€ independente da forms do grifico da tensa em fungi da deforma sem, do ponte de escaamento, um ensaio de torgiio executado em uma barra circular cheia feita com aquele ma- terial. No entanto, pode ser obtido um grifico razoavelmente preciso por meio de um ensaio de torgao, se o corpo de prova usado incorpora uma parte consistindo ‘em um tubo circular fino. Sem dvida, podemos considerar que a tensto de cisalhamento terd um valor constante + naquela parte, A Equagio (3.1), portant, T= pAr onde p € 0 raio médio do tubo e A, sua érea de segdo transversal. A tensio de Cisalliamrento € emt€o proporcional a0 momento rorgor, e valores sucessivos de 7 podem ser facilmente calculados por meio dos valores correspondentes de 7. Por outro lado, os valores da deformagto de cisalhamento y podem ser obtidos da Equacdo (3.2) e dos valores de ¢ e L medidos na parte tubular do (ap.3. Toreéo corpo de prova. EXEMPLO 3.8 Um eixo circular cheio, com 1,2 m de comprimento © 50 mm ée dimetro, esté submetido a um torque de 4,60 KN - m em cada extremidade (Fig. 3.40). Considerando que o eixo ¢ feito e um material elastoplstico com uma tensfo de escoamento alhamento de 150 MPa e um médulo de elasticidade sal de 77 GPa, determine (a) 0 raio do nicleo eléstic, (0 Angulo de tongta do vives Fig. 3.40 (a) Raio do Nucleo Eldstico. Primeiro determinamos torque 7, no infeio do escoamento. Usando a Equagio (3.28) com 7, = 150 MPa, ¢ = 25 mm e I= bret (0 my! = 614 x 107 m* Jry _ (614 X 10" m*)(150 10° Pa = 3,68kN + m 25 10m Resolvendo a Equagdo (3.32) para (p/)"e substituinda os va- lores de Te T,, temos (2) 437 3(4,60 KN + m) 7 ee 3,68 N= m p PE = 0.630 pg = 0.630(25 mam) = 15.8 mm (b) Angulo de Torgao. Primeiro, determinamos o fin lo de torg0 no inicio do eseoamento da Equagao (3.16): n)(1,2 m) Tek IG ~ (614 x 107 m7 & 10 Pa) = 934 x 10°? rad Resolvendo 1 Equagio (3.36) para & e substituindo os valores obtidos para 4, © a/c, escrevernos _ 934 X 10" rad pele 0,630 = 148.3 x 10° rad (30° (489 x 1°) ( 28) = 350 “3.11. TENSAO RESIDUAL EM EIXOS CIRCULARES Nas duas segdes anteriores, vimos que se desenvolverd uma regitio plas- em um eixo submetido a um momento torgor suficientemente alto, ¢ que as tenses de cisalhamento + em qualquer ponto na regio pléstica podem ser obtidas do grafico de tensio em fungo da deformagio de cisalhamento da Fig. 3.34. Se 0 momento torgor for removido, a redugfo resultante da ten io e deformagio no ponto considerado ocorrer ao longo de uma linha reta Para minimizar a possbiidade de faba por ambagem, 0 corpo de prova deve ser feito com comimento da parte tubular menor do que seu diimeto 168 Fe Fig. 2.42 Fig. 3.41). Conforme serd visto mais adiante nesta segiio, o valor final daten: feral ndlo serd zero. Ha 4 uma tensio residual em muitos pontos,e ela pode ser positiva ou negativa, Notamos que, como no caso das tensies e cisalhamento continua: igual 20 seu valor maximo em C menos duas vezes a tensio de escoamento normais, a tensfo d do material Considere novamente © caso ideal do mi ial elastoplistico caracterizado formagiio de cisalhamento da Fig. 3.37, Considerando que a relago entre r ey em qualqu near desde que a tensfio nio c pelo grifico da tensio em fungio da di ponto do eixo permanece por mais do que 2r,, podemos usar a Eau G.16) para ober o medida q mento do eixo sera representado por uma linha reta no gr ngulo através do qual o eixo desfaz a rotaglo de to © 0 momento torgor volta a zero. Conseqilentemente, 0 descarrega: 0 T-¢ (Fig. 342), zero depois que 0 momento torgor Notamos que o &ngulo de torgao nao retorna é removido. Sem diivida, o carr; uma deformacac imento e 0 desearregamento do eixo resultam manente caracterizada pelo angulo b- 638) onde ¢ correspond a fase de carregamento e pode ser obtido de T resalvei Equacio (3.38), e onde ¢' corresponde a fase de desea obtido da Equagio (3.16), doa mento e pode set As tensGes residuais em um material elastoplistico so obtidas aplicando se o princ{pio da superposig2o de uma maneira similar Aquela descrita na Seco 2.20 para um carregamento axial. Por um lade, consideramos as tensées de correntes da aplicagio do momento torgor Te, por outro lado, as tensbes decorrentes do momento rorcor igual e oposto, aplicado para descarregar 0 Tete o comportamento elastoplistico do material durante a fase de carregamento (Fig. 3.4 gundo grupo, 0 lo mesmo material durante a fase de descarregamento (Fig. 3.434). Somando os dois grupos de tenses, obtemos a distribuigio das s0es residuais no eixo (Fig. 3.43c). eixo. O primeira Notamos da Fig. 3.43c que algumas tenses residuais tém o mesmo sentido tensGes originais, enguanto outras t8m 0 sentido oposto, Isso era esperado, pois, de acordo com a Equagio (3.1), a relagao Je(r dA) = 0 3.39) deve ser verifica \| Fig, 3.43 Para o eixo do Exemplo 3.8, determine (a) 0 angulo de toreao permanente, (b) a distribuicao de tensdes residuais, depois que torque de 4,60 KN - m foi removido. (a) Angulo de Torgdo Permanente. Recordamos do Exemplo 3.8 que 0 fingulo de torgao correspondente 20 torque dado € & = 8.50°. O ngulo ¢ através do qual o exo desfaz a rotagio de iorgo, quando o torque & removido, & obtido da Equagao (3.16). Substituindo os dados fornecidos, T= 4,60 x 10.N-m L=12m G=71X 10°Pa 0 valor J = 614 X 10-* m* obtido na solugdo do Exempto 3.8, temos TL __ (4,60 x 10°N + m2 m) JG ~ (614 x 10° m#)(77 x 10” Pa) = 1168 x 107 rad 360° mrad (1168 x 107 rad) (MPa) Fig. 3.44 © Angulo de torefo permanente é, portanto 6, = 6 — o! = 850° — 669° = 181° (b) Tenses Residuals. Recordamos do Exemplo 3.8 ‘que a tensio de escoamento € 7, = 150 MPa e que 0 raio do nicleo eléstica correspondente an torqne dada & pg = 15.8 mm. A distribuigo das tenses no eixo durante 0 carregamento rmostrada na Fig. 3.44a A distribuigdo de tens0es devido 20 torque oposto de 4,60 KN - m necessério para descarregar 0 eixo é linear est ius- ‘ada na Fig. 3.44b, A tensio méxima na distribuigao de ten- sbes reversas € obtida da Equacdo (3.9) _ Te _ (460% 10°N + m)(25 X 107m) eae 614 X10 a = 187.3 MPa Superpondo as duas distribuigdes de tensdes, obtemos as tensdes residuais mostradas na Fig. 3.44c. Verificamos que, apesar das tensGes reversas excederem a tensio de escoamento 7p. suposi¢do de uma distribuigdo linear dessas tensdes € véli- da, pois clas nko excedem 27, 170 posisténcia doe Matern | ) ME VA - PROBLEMA RESOLVIDO 3.7 O cixo AB € feito de um ago doce considerado elastoplistico com G = 77.2 GPa © rp = 145 MPa, Um torque T € aplicado e gradualmente aumentado em sua in tensidade, Determine a intensidade de Te o Angulo de torgio correspondent (a) quando se inicia o escoamento, (b) quando a deformagio da segao transversal jf istic. se tornou totalmen SOLUGAO Propriedades Geométricas As propriedades geométricas da segio transversal so (058 m) = 0,029 m 10,63 x 10° mt 0,029 m)* — (0,019 m) 145 MPa, encontramos 145 X 10®N/m?)(90,63 x 10~*m') 0029m 7, = 4532\N ae Farendo p = ¢, €-y = yp na Equacio (3.2) e resolvendo em fungio de ¢, obte mos o valor de 4, 097 rad < . Deformagio Totalmente Plistica. Quando a zona pléstica atinge a sie Perficie interna, as tensOes sdo distribufdas uniformemente, como mostra a figura Usando a Equagao (3.26), escrevemos % 3ar(145 10° Nin?)[ (0,029 m)* ~ (0,019 m5] T, = S324N+m a Quando ocorre o escoamento na superficie intema, a segio transversal est. totah mente sob deformagio plistica; temos da Equagio (3.2): yok _ tel (145 X 10° Nfm*)(1,5 m) ——— ne) = 0,148 rad GG (0.019 m\(77.2 x 10 Nim) 4, 850° Para fngulos dc wry suiores, o toryue permanece constante; © grifico de lem fungdo de & do eixo & aquele mostrado na figura, cap.8 torso 171 PROBLEMA RESOLVIDO 3.8 Para o eixo do Problema Resolvido 3. letermine as tenses residuais e o fingulo per- manente de torgdo depois que 0 torque 7,, = 5324 N - m foi removido, SOLUGAO Referindo-nos 20 Problema Resolvide 3.7, recordamos que, quando a zona pléstica atingiu a superficie interna, o torque aplicado era T, = 5324 N - me o Angulo de torgao, correspondent era d, = 8,50°. Esses valores so mostrados na Fig. 1 Descarre Blistico, Descarreg 5324 N + mo sentido mostrado na Fig. 2. Di tamento do material € li do um torque de rante esse descarregamento, 0 compor: Usilizando os valores blema Resolvido 3,7, obtemos as seguintes tensbes e fingulo de torgo: trados para ¢), ¢) ¢J no Pro- (5324.N + m)(0,029 m) oe ST = 170,36 MPa 90,63 10"? mt 2 MPa Tensies Residuais e Angulo de Torco Pe regamento (Fig, 1) e do descan as tenses residuzis € unente, Os resultados do car- mento (Fig. 2) sio superpostos (Fig. 3) para obter ‘0 dngulo de torgo permanente 6. 172 PROBLEMAS 3.91 Um eixo cheio de 50 mm de didmetto é feito de um ago doce conside ; = 140 MPa, Determine a tensto de cisalhamento maxi na € 0 raio do nticleo elistico provocado pela aplicagio de um torque de intensidade (a) 3,5 KN + m, (6) 4,5 Nm, rado elastoplistico com 3.92 Um eixo cheio rado elastoplistico com 7, = 145 MPa. De € 0 rio do nicleo eléstico provocado pela aplicagiio de um torque de intensidade (a) 1.2 KN + m, (6) 1,8 RN > m le 38 mm de didmetro 6 feito de um ago doce conside 3.93 Observa-se que um clipe de papel pode ser girado por vérias voltas com a aplicagdo de um torque de aproximadamente 60 mN + m. Sabendo que o difmetro do fio usado no clipe & de 0,9 mm, determine o valor aproximado da tensdo de es ‘coamento do aco. 3.94 Uma barra cheia de 32 mm de didmetro € feita de um material e Plistico com 7, = 35 MPa, Sabendo que o nifcleo elstco da barra tom um didmetro de 25 mm, determine a intensidade do torque aplicado & barra. 3.95 O cixo circular cheio mostrado na figura é feito de um ago conside = 145 MPa. Determine a intensidade T do torque e, (0) 24 mm de rado clastoplistico com aplivaly quando a coma plastica tem (a) 16 mm de profundia: profundidade, Fig. 73.95 3.96 Para o eixo to do Problema 3.95, considerando que 7.2 GPa, determine o angulo de torgao em um comprimento de 1,5 m do eixo 3.97 0 eixo AR 6 feita de um material elastoplittico com ry ~ 90 MPa e G = 30GPa, Para o carreg dda seedo transversal do eixo, (6) 0 ngulo de torgio na extremidade B, mento mostrado, determine (a) 0 taio do niicleo eléstico Fig. P3.97 3.98 Um eixo circular cheio de 19 mm de didmetro é feito de um mat considerado clasiuplisticy wou ry — 138 MPa e G = 77.2 GPa, Para um comp mento de 1,2 m do eixo, determine a tensfo de cisalhamento méxima e o Angulo de 0 por umn torque de 200 N + m. torgio provoces 3.99 Uma barra circular cheia é feita de um material considerado elastoplis- tie, Chamando de 7, e #,, respectivamente, o torque € 0 Angulo de toredo no ini- cio do escoamento, determine o Angulo de torgilo se 0 torque for aumentado para (a) T= LAT, ()T = 1257, (T= 137 3.100 Um eixo circular cheio de 32. mm de didmetro é feito de um material considerado elastoplistico com 7, = 124 MPa e G = 77,2 GPa. Para um compri- mento de 2,4 m do eixo, determine a tensdo de cisalhamento maxima e 0 angulo de torgo provocado por um torque de 850 N = m, 3.101 0 eixo vazado da figura é feito de ago elastoplistico com 7, = 145 MPa e G = 77,2 GPa. Determine a intensidade T do torque e o angulo de torgio correspondente (a) no inicio do escoamento, (b) quando a zona pléstica tem 10 mm de profundidade, 0 mm| > 25mm Fig. P3.101 3.102 Para 0 eixo do Problema 3.101, determine (a) 0 Angulo de torgao no {qual 0 eixo comega a ficar totalmente plastico, (b) a intensidade T correspondente do torque. Faga um esbogo da curva de T em funcao de o para 0 eixo. 3.103 Uma barra de ago € usinada até a forma mostrada na figura, para obter tum eixo cheio cénico ao qual sto aplicados torques de intensidade T = 8,5 kN - m. Assumindo que o ago seja elastoplistico com 7, = 145 MPa e G = 77.2 GPa, de- termine (a) 0 aio do nicleo elastico na parte AB do eixo, (6) 0 comprimento da parte CD que permanece totalmente eléstica. 2.104 Se o« torquee aplicador a0 eixo cénico do Problema 3.103 forem au- ‘mentados lentamente, determine (a) a intensidade T dos maiores torques que podem ser aplicados a0 eixo, (b) 0 comprimento da parte CD que permanece totalmente elistica. 8.105 Considerando o eixo parcialmente pléstico da Fig. 3.38, deduza a Equagio (3.32) lembrando que a integral na Equacio (3.26) representa 0 momento 4e segunda ordem da fea sob a curva em fungao de p em relacdo 20 eixo 7 3.106 Uma barra cheia de lato de 30 mm de didmetro esta submetida a um torque que provoca uma tensio de cisalhamento méxima de 93 MPa na barra, Usando o grifico de 7 em fungio de y da figura para o latio utilizado, determine (a) ‘vintensidade do torque, (b) 0 Angulo de torgdo para uma barra de 600 mm de com- primento, 3.107 Uma barra cheia de latio de 20 mm de didmetro e 760 mm de com- primento € girada por um fngulo de 10°. Usando o grifico de + em funglo de y da figura para o fatao uttizado, determine (a) a intensidade do torque aplicado & barra, (6) a tensio de cisalhamento méxima na barra. Fig. P9.103 (MPa) rn) 20] o ‘001 Fig. P3.106 © P3.107 002 0.003, 3.108 Uma barra de alumfnio cheia, de 40 mm de didmetro, esté submetida a um torque que produz uma deformagzo de cisalhamento méxima de 0,008. Usando, aluminio utilizada de torgdo para uma barr de grifico de 7 em fungto de y para a li intensidade do torque aplicado & 750 mm de comprimento Fig. P3.108 3.109 A curva mostrada na Fig, P3.108 pode ser aproximada pela religio «107 Usando essa relagdo e as Equagies (3.2) (3.26), resolva 0 prob 3.110 rs MPae G =7 ) cixo circular cheio AB 6 feito de ago elastopléstico com r, 2 GPa. O torque T cresce até que 0 raio do nucleo elistico tenha 6 tensdo de cisalhamento residual maxima no eixo de orque T é removido. By Fig. P3.110 9.171 A barra circular cheia AB é feita de ago elastoplistico com , = 150 MPa e G = 77,2 GPa, Sabendo que um torque T = 8,5 KN - m é aplicado & barra € depois removido, determine a tensto de cisalhamento residual maxima na barr 3.112 No Probl 3.1130 eixo vazado AB & feito de ago doce MPa eG oP T do torque zona pléstien comece a atingir superficie interna astopléstico com T, = 124 ntada lentamente até que a guida o torque & removide A intensid Determine (a) a tensio de cisal mento residual maxima, (b) 0 fingulo de toredo pet cap.2 Tomi 175 Fig. P3.113, 2 GPa. O torque € aumentado em intensidade até que o eixo tenka sido 3.114 Ocixo cheio mostrade feito de ago elastoplistico com 7, = de 6°; em seguida, o torque € removido, Determine (a) a intensi lizaglo da tensio de cisalhamento residual méxima, (b) 0 angulo de to Fig. Pa.tt4 3.1 No Problema 3.110, determine o Angulo de torgo permanente do eixo. 3.116 Um torque T co € aumentado até qui 1 estea totalmente pl jeado a uma barra chia feita de material elastoplés: Mosire que a disteibaigao de tensGes de cisalhamento re’ 1e em virtude das ten eda barra localizada dentro de um cfreulo de raio ¢, Fig. P3116 8.117 Depois que 0 eixo vazado do Problema 3.113 foi ear Ba ct ete wns tlewa, bs VagundTy Go ot tye Plier cvigial @eicade mo ctr Cnaocrs gus sa baja nesta oval mine a intensidade do torque 7, necessér 0 escoa intensidade 7, do torque T que fez 3.118 Depois que o eixo cheio do Problema 3.114 foi camegado e desea ssid conforme destito mguel problema, um torque 7 de sentido opono 20 tonue T 7 ‘onsiderande que ne haja mudanga no valo © compare-o com o Angulo $, para 0 qual 0 eixo comegou 176 resistin Fig. 3.45 Fig. 3.40 *3.12. TORGAO DE ELEMENTOS DE SECAO NAO CIRCULAR As formulas obtidas nas Segées 3.3 ¢ 3.4 para as distribuigGes de deformagio ¢ tensio sob um carregamento torcional aplicam-se somente a elementos com uma segdo transversal circular. Sem duivida, as deduebes foram baseadas na hipétese de que a segio transversal do elemento permanecia plana e indeformével; ¢ vi: ‘mos na Segio 3.3 que a validade dessa hipstese depende da axissimetria do ele de que sua aparéncla permanece a mesma quando isto de uma posigio fixa e girado sobre seu eixo por um angulo arbitrri. Por outro lado, uma barra quadrada mantém a mesma aparencia somente ‘quando é girada em 90° ou 180°. Seguindo uma linha de racioe uusada na Segio 3.3, pode-se mostrar que as diagonais da sé quadrada da barra e as linhas que unem os pontos médios dos lados daquela segio permane s (Fig. 3.45). No entanto, devido a falta de axissimetnia da barra, qualquer outra linha tragada em sua secZo transversal se deformard quando a barra for girada, e a propria secio transversal empenaré ficando fora mento, isto 6, depende do fi dle é jo similar Aquela o transversal de seu plano original Conclui-se que as Equag distribuigdes de deformagio e tenstio em um eixo de segao circular elistico, nio podem ser usadas para elementos de seco ndo circulares. Por exemplo, seria errado supor que a tensio de cisalhamento na sego transversal de uma barra quadrada varie linearmente com a distancia a partir do centro da barra © seja, portanto, maior nos cantos da segdo transversal. Como sera visto, a tensio de cisalhamento na realidade & zero nesses pontos, Considere um pequeno elemento cilbico localizado em um dos cantos da segdo transversal de uma barra quadrada submetida a momento torgor e selecione alclos as arestas do elemento (Fig. 3.46a). Como a face do parte da superficie livre da barra, todas as tex 3.4) e (3.6), que definem, respectivamente, cixos coordenados pa elemento perpendicular a0 eixo y et zero. Referindo-nos & Fig. 3.46b, escreven ses nessa face devem f=0 %=0 G49) Pela mesma razio, todas as tenses na face do elemento perpendicular 20 eixo z devem ser zero, ¢ eserevemos Conclui-se da primeira das Equagtes (3.40) e da primeira das Equagdes (3.41) que tT =0 1, =0 4) Assim, ambas as componentes da tensio de cisalhamento na face do element perpendicular ao centro da barra sio iguais a zero. Portanto, ndo hi tensio de cisalhamento nos eantos da segdo transversal da barra Ao se torcer um modelo de borracha de uma barra de seco transversal (quadrada, pode-se verificar facilmente que ndo ha deformagGes e, portanto, no hd tensdes ocorrendo ao longo das arestas da barra, enquanto as maiores defor mages, ou seja, as maiores tenses ocomrem a0 longo do centro de cada uma das faces da barra (Fig. 3.47). A determinagdo das tenses em componentes de segio transversal nio cit culares submetidos a um carregamento torcional esté além do escopo deste text, No entanto, os resultados obtidos da teoria da elasticidade para barras retas com uma seedo transversal retangular uniforme seré indicada aqui. por convenin- cla. Chamandy de Z v coup ivamente, 0 10 imento da barra, por @¢ B, reaps py, 3 ed, MoGraw-Hil, Nora Veja TIMOSHENKO, S. P; GOODIER, J. N. Theory of York, 1969, Seco 10 ee ——————————— cap.3 Toreto 177 1 de sua seciio transversal, € por T a intensidade dos ‘momentos torcores aplicados & barra (Fig. 3.48), encontramos que a tensio de Fig. 2.48 é igual | , Ga) o= we (3.44) cabG 3.1 para um conjunt a relagio. Note que as Equacoes (3.43) ntervalo elistico, TABELA 3.1. Coeficientes para Barras Retangulares em Tor¢0 alb oe es 9 | 0208 | 0.1406 ; | | = c= {(1 — 0,630b/a) — (somente para alb = 45) branaeldstica e homogénea presa a uma moldura rigida e submetida a uma pressfo 1m um dos seus lados constitui um problema andlogo ao de uma barr ubmetida a omento torcor, isto , a determinago da deformago na membrana o diferencial parcial da determinagio das tensdes de cisalhamento na barra.+ Mais esp depende da solugo da mesma equacé ficamente, se Q € um ponto da sil dat bana © Q © ponto correspondento da membrana (Fig. 3.49), hamento 7 em Q terdi a mesma dirego da tangente horizon membrana em Q’ da membrana em ( sua intensidade serd proporcional inclinagio méxinia Além disso, o torque aplicado ser proporcional ao vol me entre a membriina e 0 plano da moldura rigida, No caso da membrana da F 3.49, que est presa a uma moldura retangular, a curva mais inclinada ocorre onto médio N’ do lado maior da moldura. Assim, verificamos que a te cisalhamento maxima em uma barra de se ponto médio N do lado maior daquela secdo. ac Ee. nbrana pode ser usada com a mesma eficiéncia para visu <0 circular, uniforme. Particularmente, vamos considerar varios elementos de pare twansversais mostradas na Fig. 3.50, q submetidas| 20 mesmo torque. Usando a analogia de membrana para nos ajudar a visualizar as tensGes de cisalhamento, notamos que, como o mesmo torque é elemento, o mesmo volu de cisalhamento em qualquer barra reta de sé finas com plicado a cada tard localizada sab cada membrana, e a inclinago maxima serd a mesma em cada caso, Assim, para um elemento de paredes finas spessura uniforme e forma arbitrria, a tensio de cisalhamento méixima é a mesma que para uma barra retangular com um valor muito grande de a/b, e pode erminada pela Equagio (3.43) com c, = 0,333.§ Fig. 3.50 er mosado também que o angul detrgio pod pla Equa (34) *3.13. EIXOS VAZADOS DE PAREDES FINAS Na segiio anterior vimos que a determinagao das tensdes em componentes nio circulares geralmente requer 0 uso de métodos matemiticos avancados. No (08 vazados nilo circulares de paredes finas, no entanto, uma boa aproximago da distribuigo das tensBes no eixo pode ser obtida por um cél- culo simples, Considere um componente vazado cilindrico de sego ndo circular sub- metido a um carregamento torcional (Fig. 3.51). Embora a espessura fda parede possa variar ao longo da segio transversal, serd considerado que cla permanece Pequena comparada com as outras dimensées do componente. Agora nds desta- do componente a parte colorida da parede AB limitada por dois planos transversais por uma disténcia Ax uma da outra, e por dois planos longitudinais perpendiculares & parede. Como a parte AB esta em equilfbrio, a soma das forgas {que atuam sobre cla na diregtio longitudinal x deve ser zero (Fig. 3.52). Mas as tinieas forgas envolvidas so as for isalhamento F, ¢ F, que atuam nas smidades da parte AB, Temos, portanto, SF, = 0: F,—Fa=0 3.46) ra expressamos F,, como o produto da tensao de cisalhamento longitu- ltnal zy, na pequena face em A, pela érea ¢, Ax daque! Fy = tat Ax) Notamas que, embora a tensio de nada x do ponto considerado, ela pos presenta 0 valor médio da tensdo calculado através da patede, Expressando Fy de maneira similar ¢ substituindo F, e F,, em (3.46), eserevemos, 10 soja independente da coorde- através da parede; assim, 1 re Talty Ax) ~ Talty Ax) = 0 ou Tata = Tote G47) Como A © B foram escolhidas arbitrariaments, a Equaglo (3.47) expressa que o produto 7 da tensio de cisalhamento longitudinal + e da espessura r da parede E-constante através do componente. Designando esse produto por a, temos = constante 3.48) Agora destacamos um pequeno elemento da parte AB da parede (Fig. 3:53). Como as faces superior e inferior desse elemento so partes da superficie livre ddo componente vazado, as tensbes nessas faces sto iguais a zero. Lembrando as relagies (1.21) e (1,22) da Segdo 1.12, segue que as componentes de tensfo in- dicadas nas outras faces por setas trac las representadas por em qualquer por Jela & parede da supe das também so zero, enquanto aque- elas s6lidus so iguais. Assim, a tensio de cisalhamento to de uma segao transversal de um component ‘cie (Fig. 3.54) ¢ seu valor médio calculado através da parede satisfaz a Equagdo (3.48) vazado € para- A parede do componente conter uma tinica cavidade € nfo pode set aberta por um ‘nego. Em outs palavras, 0 componente dove ser tpologicsmente equivaente @ um ccep.2 Terese 179) Fig. 3.51 Fig. 3.54 Fee eee 180 Resisténcia dos Matra Neste ponto podemos notar uma anal a entre a distribuigdo de tensoes de cisalhamento 7 na segdo transversal de uma barra vazada de parede fina e a dis ibuigdo de velocidades v da agua que flui através de um canal fechado de pro- fundi el ssura) Varidvel. Embora a velocidade v da fgua varie de um ponto a outro por causa da variagio na largura t do canal, 0 de constan fluxo q = vt permanece constante no canal, assim como 71 na Equaca0 (3.48). Por causa dessa analogia, o produto q = 71 chamado de fluxo de cisalhamento na a barra de segio vazada, ‘Vamos agara deter ninar uma relacdo entre 0 torque T aplicado a um com: € 0 fluxo de cisalhamento q em sua parede. Conside rento da sec ponente de seco vazada ramos um pequi A dea do elemento é dA = t ds, ¢ a intensidade da forga de cisalhi dda parede, de comprimento ds (Fig. 3.55 {que atua no elemento & dF = dA = a(t ds) = (7#)ds = gds ag) (© momento dM, dessa forga em relago a um ponto arbitrétio O dentro da cavi dade do elemento pode ser obtido multiplicando-se dF pela distancia perpendi- ccular p do ponto O até A linha de ago de dF. Temos dMo = plq ds) = a(p ds @.50) Mas 0 produto al a duas vezes a drea det do triangulo c Fy. 3.96 dM = a(2ad) G51) Como a integral através da sego da parede do membro esquerdo da Equagio ta a soma dos momentos de todas as forgas de cisalhamento ele G51) repres mentares que atuam sobre a seco da parede, e como essa soma é igual 20 to T aplicado ao componente vazado, temos T = $ dMo = § q(2dtt) endo constante 0 fluxo de cisalhamento 4, escrevemos T = 2g G ross A tensio de cisalhamento r em termos do torque T, se subs equaciio obtida. Temos m qualquer ponto da parede tuirmos q de (3.48) em (3, ce resolvermos, onde 1 € a espessura da parede no ponto considerado e @ a area limitada pela linha de centro. Lembramos que 7 representa o valor médio da tensfo de cisalha- mento através da parede. No entanto, para deformacdes eldsticas, a distribuicio de tensdes através da parede pode ser considerada uniforme, e a Equagio (3.53) 40MPa ni cal (0,259(0,064 m)(0,025 m 3.Tubo Quadrado. Para um tubo de espessura f, a tensiio de cisalhamento ada pela Equagao (3.53) onde (¢ € a rea limitada pela linha de centro da sego transversal. Temos 4 = (0,054 m)(0,034 ma) = 1,156 % 10-* mi? Substitulmos 7 = Tn = 40 MPa e t = 0,0 missivel 06 m e resolvemos para 0 torque ad r= 40MPa= > 1, = 555N-m4 nt 2(0,006 m)(1,156 & 10m?) PROBLEMAS 3.119 Sabendo que T = 800 N - me que G = 39 GPa, determine para cada uma das barras de latio laminado a frio mostradas na figura a tensio de cisalhamento xia e 0 Angulo de forgo na extremidade B. 9.120 Usando T,4, = 52 MPa ¢ sabendo que G = 39 GPa, determine para cada uma das barras de latio laminado a fri mostradas na figura o maior torque T que pode ser aplicado ¢ 0 angulo de toreao correspondente na extremidade B. 8.121 Sabendo que a intensidade do torque T € de 200 N + m e que G = 27 GPa, determine para cada uma das barras de alumfnio mostradas na figura a tensio de cisalhamento méxima e o Angulo de torgao na extremidade B. 8.122 Usando 7,4, = 70 MPa e G = 27 GPa, determine para cada uma das barras de aluminio mostradas na figura o maior torque T que pode set aplicado ¢ 0 {ingulo de toreo correspondente na extremidade B. w 35 mmm 00 man, Tig. Po.t21 © Pa.t22 8.123 Cada uma das trés barras de ago mostradas na figura esté submetida a lum torque de intensidade T = 275 N - m. Sabendo que a tensio de cisalhamento admissivel é de 50 MPa, determine a dimensfo b necesséria para cada barra. 3.124 Cada uma das trés barras de alumfnio mostradas na figura deve ser gi- rada por um Angulo de 2°. Sabendo que b = 30 mm, 7yq = 50 MPa, ¢ G = 27 GPa, determine © menor comprimento admissfvel para cada barra 9.125 Cada uma das trés barras de ago mostradas na figura esté submetida a lum torque de intensidade T = 565 N - m, Sabendo que a tensGo de cisalhamento admissivel é de 55 MPa, determine a dimensio b necesséria para cada barra. 9.126 Cada uma das trés barras de aluminio mostradas na figura deve ser gi- ‘radu por um angulo de 1,25°. Sabendo que D = 38 mm, Txjq = 92 MPa, e G = 27 GPa, determine 0 menor comprimento admissfvel para cada barra, Cop.3 Toreto 183 40 mm . Fig. P3.119.@ 3.120 Fig. P3.123, P3.124, P3.125 © P3.126 3.427 Os eixos A ¢ B sho feitos do mesmo material e tém a mesma drea de 1 transversal, rhas A tem uma seg transversal circular e B tem ur deada, Determine a relagio dos torques méximos T, € Ty que poder a A ¢ B, respectivamente versal q aplicados com seg 3.128 Os eixos A e B sto feitos do mesmo ma primento e mesma érea de seglo transversal, mas A tem uma segdo transversal cit ‘ular ¢ B tem uma segdo transversal quadrada, Determine a relagdo dos valores ais 05 eixos A ¢ B, tespectivamente, podem éximos dos Angulos $y € dy pelos ser girados, 3.129 Determine a maior sesfo transversal quadrada admissivel de um eixo de ago de 6 m de comprimento, para que a tens de cisalhamento méxima niio ex cceda 120 MPa quando o eixo € girado de uma volta completa. Use G = 77.2 GPa 3.130 Uma cantoneira de abas de ,25 m de comprimento tem, 3.128 segio transversal L127 X 76 X 6,4. No Apéndice C, encontramos que a espessura da 52.min*. Sabendo ¢ = 60) MPa e que io da concentragio de tenses, determine (a) 0 maior guais de ago de fo é de 64 G = 77.2.GPa, ignorando o ef torque T que pode ser aplicado, (b) 0 Angulo de torgo comrespondete 3.131 Um torque intone de ago de 1,8: m Aptndice C, 50 mm, Sabendo que G = 77.2 GPa ima ao longo da linha 2.0, (b) 0 Angulo de toredo. plicado a uma a de abas iguais ssd0 transversal L102 %9,5. No encontramos que a espessura da seco & de 9,5 mm e que sua drea € de determine (a) a tensdo de cisalhamento mé le comprimento com Fig. 73.191 Je ago com 2,4 m de comprimento e segio transversal torque de 565 N - m. As propriedades'da dice C. Sabendo que G mine (a) a tensio de cisalhamento méxima ao longo da linha | AI tie isalhamento méxima ao longo da linha b-b, (c) o angulo de torgao. radamente e obtenha um relaylo entieus torques aplicados na alma Fig, P9132 los de torgio so iguais.) Cap. 3 Torcto 185 3.133 Uma barra de ago com 3 m de comprimento tem uma segdo trans- versal W250 X 58. Sabendo que G = 77,2 GPa e que a tensZo de cisalhamento ad- rissivel € de 35 MPa, determine (a) 0 maior torque T que pode ser aplicado, (b) 0 {ingulo de torgao correspondente, Veja no Apéndice C as dimens6es da secto trans- versal e despreze 0 efeito das concentragdes de tensio. (Veja a sugestio do Pro- blema 3.132.) « W250 x 58 6mm Fig. P3.133 12mm 3.134 Um torque de 6,8 KN - m é aplicado a um eixo vazado de aluminio com seo tanserl mowrada na gue, Bespreandso feo das concentrates mt) de tensdo, determine a tensfo de cisalhamento nos pontos ae b. Fig. P3.134 3.135 Um torque de 5 KN « m é aplicado a um eixo vazado com a seco transversal mostrada na figura. Desprezando 0 efeito das concentragées de tensiio, determine a tensdo de cisalhamento nos pontos a e b. 10mm tea) ‘um Fig. P3.135 Fig. P3.136 3.136 Um torque de 5,6 KN - m é aplicado a um eixo vazado com a segio ‘transversal mostrada na figura. Desprezando 0 efeito das concentragées de tensio, determine a tensio de cisalhamento nos pontos a e b. 3.137 Um torque de 750 N « m é aplicado @ um eixo vazado com a segio transversal mostrada na figura e com uma espessura de parede uniforme de 6 mm. Desprezando o efeito das concentragdes de tensio, determine a tensto de cisa- Thamento nos pontos a e b. Fig, P3.137 186 esiténoia dos Matern |} [+ Fig. P3.139 3.138 Uma barra vazada tendo a segio transversal mostrada na figura é for mada a partir de chapa metilica de 2 mm de espessura. Sabendo que a tensdo de jsalhamento nio deve exceder 3 MPa, determine o maior torque que pode seraplic cado & barra, —J) fromm 50 mm LU Fig, P3.138 3.139 3.140 Uma barra vazada com a segdo transversal mostrada na figura Jeve ser formada a partir de uma chapa metdlica de 1,5 mm de espessura. Sabendo que um torque de 140 N + m sera aplicado & barra, determine a menor dimen d que pode ser usada se a tensZo de cisalhamento nio deve exceder 5.2 MPa, ore zo som 4} Amel Hams) Fig. P3.140 3.141 Um eixo cilindrico vazado tot pro ‘mostrada na Fig, (1) para resistir a um torque maximo T). No entanto, um defeito de fabricagao resultou em uma ligeira excentricidade e entre as superficies ilindi= externa do eixo, conforme mostra a Fig. (2). (a) Expresse o torque T yranga ao eixo defeituoso em termos de Ty ado com a segao transverst cas intern ‘miximo que pode ser aplicado com sei @.€ t (B) Caleule o decréscimo percentual no toryue admissivel para valores da re lagho e/t iguais a 0.1, 05 e 0,9. Fig. P3.141 3.142 Um tubo de resfiiamento com a seeo transversal mostrada na figura {feito a partir de uma chapa de ago inoxidivel de 3 mm de espessura. Os raios ¢, = 150 mm e c, = 100 mm sio medidos em relagio a linha de centro da chapa metélica. Sabendo que um torque de intensidade T = 3 KN « m é aplicado ao tubo, determine (a) a tensao de cisalhamento maxima no tuo, (b) a intensidade do torque suportado pela capa externa circular. Despreze a dimensio da pequena abertura onde as capas externa e interna so conectadas. Fig, P3.142 © 3.143, 3.143 Um tubo de resfriamento com a sego transversal mostrada na figura {oj feito a partir de uma chapa de ago inoxidavel de espessura t. Os raios cy € ¢ si0 ‘medidos em relagao a linha de centro da chapa metalica. Sabendo que um torque T € aplicado ao tubo, determine em termos de T, c,, c3 € f a tensdo de cisalhamento maxima no tubo. 3.144 Siu aplicadus wryues iguais a bus eom pares fas de mestiy eve ‘rimento L, mesma espessura f, € mesmo raio c. Um dos tubos foi cortado no sentido {do comprimento, como mostra a figura, Determine (a) a relagio 74/7, das tensbes de cisalhamento méximas nos tubos, (b) a relaglo ¢/¢, dos Angulos de torgo dos eixos. 7 @) » Fig. P9144 3.145 Um eixo cilindrico vazado de comprimento L, raio médio cy, € espes- sura uniforme f € submetido a um torque de intensidade T. Considere, por um lado, os valores das tensoes de cisalhamento médias Tx € 0 Angulo de torg’O ¢ ObtIdo das formulas de torgo elistica desenvolvidas nas SecGes 3.4 e 3.5 ¢, por outro lado, 0s valores correspondentes obtidos das formulas desenvolvidas na Segao 3.13 para eixos vazados com parede fina. (a) Mostre que o erro relativo introduzido pelo uso das formulas de eines vazados com parede fina em lugar das férmulas de torgao clas- tica € 0 mesmo para Tygj € 4, € que 0 erro relativo € positivo e proporcional & re- Iago 1/cy. (6) Compare 0 erro percentual correspondente a valores da relagio t/cy de0,1, 0204. Fig. P3145 ep. Toro 187 € duas de compressdo, Isso explica por que em um ensaio de torgdo os mate- riais difcteis, que geralmente falham em cisalhamento, romperdo ao longo de tum plano perpendicular ao eixo do corpo de prova, enquanto materiais frégeis, que costumam falhar em tragdo em vez de em cisalhamento, romperio a0 longo de superficies formando um angulo de 45° com aquele eixo. Na Seeo 3.5, vimos que dentro do regime elistico, o Angulo de torco ¢ de uma barra de segdo circular é proporcional ao torque T aplicado a ele (Fig. 3.22). Expressando em radianos, escrevemos TL eae (3.16) onde. = comprimento do eixo J = momento polar de inércia da segao transversal G = médulo de elasticidade transversal do material Se a barra de seedo circular esté submetida a torques em localizagdes que no as suas extremidades, ou é formada por vérias partes com varias segOes trans- yersais © possivelmente de diferentes materiais, 0 angulo de torgio do cixo deve ser expresso como a soma algébrica dos angulos de toreao de suas partes componentes [Problema Resolvido 3.3} Th, ¢ > 1G, G17) ‘Observamos que, quando ambas as extremidades de uma barra BE giram (Fig. 3.26h). 0 Angulo de torcio da barra é igual a diferenca entre os dngulos de rotacdo by € de de suas extremidades. Notamos também que quando dois cixos AD e BE sto conectados por engrenagens A e B, 0s torques aplicados, respectivamente, pela engrenagem A no eixo AD e pela engrenagem B no eixo BE sho diretamente proporcionais aos raios ry € rs das duas engrenagens, pois as forcas aplicadas uma a outra pelos dentes da engrenagem em C sio iguais « opostas, Por outzo lado, os dngulos ¢, € dy pelos quais as duas engrenagens giram so inversamente proporcionais ar, € ry, pois os arcos CC’ e CC" descritos pelos dentes da engrenagem so iguais [Exemplo 3.4 e Problema Re- solvido 3.4). Se as reagdes nos suportes de uma barra ou os torques internos nao pu- derem ser determinados somente pela estatica, dizemos que 0 eixo é estati- camente indeterminado [Secdo 3.6]. As equagdes de equilfbrio obtidas dos diagramas de corpo livre devem ser entio complementadas por relacdes en- yolvendo as deformagies da barra ¢ obtidas por meio da geometria do pro- blema [Exemplo 3.5, Problema Resolvido 3.5] Cap.3 Torco 189 Angulo de torgéo Fig. 3.22 xtremidade fa ® Fig. 3.266 Eixos estaticamente indeterminados 190 resistin dos Materia Na Segio 3.7, discutimos 0 projeto de eixos de transmissdo, Primeiro ob- servamos que a poténcia P transmitida por um eixo é P= 2nfT 3.20) onde 7é 0 torque aplicado em cada extremidade do eixo e /€ a fregiiéncia on velocidade de do eixo. A unidade de frequéncia € rotagées por segundo (s') ou hertz (Hz), Se forem usadas as unidades SI, T é expresso em newton: metros (N + m) ¢ P em watts (W), Se forem usadas as unidadcs ing] expresso em Ib « pé ou Ib « pol., e P em ft Ib/s ou em pol. «Ib/s; a poténcia pode entlo ser convertida em horsepowe 8, TE sando-se a relagio I hp = 550 pés + Ib/s = 6600 pol, « Ib/s Para projetar um eixo a fim de transmitir uma dada poténcia P a uma freqiién primeiro devemos resolver a Equago (3.20) para T, Usando esse valor e © material usado, na formula elést tro J/c, por meio do qual pode ser Exemplos 3.6 e 3.7] discutimos as concentragdes de fensdes em eixos cireulares © valor méximo admissivel de obteremos 0 valor correspondente do f etro necessério para 0 ei Na Sega Vimos que as concent no didimetro de um eixo podem ser reduidas com 0 uso de um adogamento (Fig. 3.31), O valor maximo da tensio di ages de tensGes resultantes de uma mudanca abrop cisalhamento no adogamento é 5) onde a tensio Te/J € calculada para o menor difmetro do eixo, e K € 0 coef ciente de concentragao de tensGes. Foram construidos grificos dos valores de Kem fungdo da relacao r/d, na F 9 do aclocamento, para varios valores de D/d. As ScgGes 3.9, 3.10 € 3.11 foram dedicadas a diseussio das deformacdes Ges residuais em eixos eirculares. Primeiro lembra mesmo quando a lei de Hooke niio se aplica, a distribuigao de deforma fem, um eixo circular & sempre linear [Seca0 3.9]. Se 0 grifico de isalhamento para o material € conhecido, € possfvel entio. -0 da tensiio de cisalhamento 7 em fungdo da dis onde r €or deformacao de construir um gr sm relagdo ao centro do eixo para um dado valor de Twas, Fig. 3.35). Somando Fig. 3.35, contribuig®es dos torques que atuam nos elementos anulares de raio p dp, expressamos o torque T como p dp) = 2a | pir 26) fungdo de p representada graficamente na Fig. 3.35. cap, 3 Toreso 191 Um valor importante do torque € o torque-limite T,, que provoca a falha do cino, Esse valor pode ser determinado, experimentalmente, ou executando- iiddulo de rut s€ 05 céleulos indicados anteriormente com tensio de cisalhamento 7, do material. A partir de T,, e considerando uma erminamos a fensfo ficticia corres: 7 scolhido igual ao limite d distribuigio de tensao linear (Fig 3.36). pondente Ry = T,c/J, conhecida como médulo de rup ira em torgdo do ma- terial considerado. cheio feito de um material ‘Comsileranclo 0 caso ideal de um eixo circ ne, desde a) elastopléstico |Sesio 3.10}, primeiro notamos q stensio de escoamento 7, do material, a distribuigdo de tensfo através de um: segio transversal do eixo & linear (Fig. 3.384). O torque T,, cortesponden { ji = 7; (Fig. 3.385) € conhecido como 0 torque eldstico mdximo. Para um cixo circular cheio de raio c, temos Ty = fre’ 3.29) regitio plistica no eixo ‘orrespondente a um valor A medida que o torque aumenta, desenvolve-se um istico de raio p,. O torque de pf determinado como sendo 1 ph) ae r=51-(1- 475) G32 Fig. 2.38 ma de zero, 0 torque se aproxima Observamos gue, & medida que py se apro> lastico do eixo considerado: de um valorlimite T,, chamado de torque ‘fico do torque T em Fungo do Angulo de torgio # de ento de linha reta OF definido se da linha reta T Construindo o um eixo circular (Fig. 3.39), obtiv pela Equagao (3.16), seguido de uma curva aproximanda T, e definida pela equacdo G37) Fig.330 Fig. 3.5) Aplica unento a um eixo circular além do inicio do es: coamento ¢, em seguida, descarregando-p (Se¢io 3.11, resulta em um formacdo permanente caract p, = & — 6", onde @ corresponde a fase de carregamento descrita no anterior, ¢ a fase de descarregamento representada por uma linha reta na Fig. 3.42. Havers Fig, 3.42 também nsbes maximas atingidas durante a f nsdes residuais no eixo, que podem ser determinadas somando as de carn versas correspondentes & fase de descarregamento [Exemplo 3.9] do capitulo tratam da torgéo de elementos 2s, Primeiro recordamos que a determinacéo das f6rmulas para a dis- tribuigio de deformagio ¢ tensio em barras dk 0 de que, devido a axissimetria desses elementos, as secOes tr: mento e as tensbes as dltimas se -cio circular era baseada n0 ssversais per manecem planas e indeformaveis, Como essa propriedade no vale para ele mentos nfo circulares, como a bana quadrada da Fig. 3.45, nenhuma das formulas deduzidas anteriormente pode ser usada na andlise [Seco 3.12) Foi indicado na Segfio 3.12 que, no caso de barras retas com uma sega transversal retangular uniforme (Fig. 3.48), 2 tensdo de cisalhan ais larga da barra. As formulas to maxima para a tensto de cisalha 10 longo da linha de centro da face nto maxima ¢ o Angulo de torgo foram dads sem provas, Foi discutida também a anzlogia de membrana, para visualizar a di Iribuigo de tensbes em um elemento nfo circular Em seguida, analisamos a distribuigo de tenses em barras de se cireulares de par aralela a super de fina (Segito 3.13}. Vimos que a tensa de cisa- je da parede e varia tanto através da parede quanto sal da parede. Chamando de 7 0 valor médio da ten 20 longo da s transversal, e por ecao transvet eulada através da parede em um dado ponto da seco pessura da parede naquele ponto (Fi que 0 produto g = 71, chamado de fluxo de cisath da seco transversal 7); fhostramos mento, € constante ao longo Além disso, chamando de 7 o torque aplicado & barra de sé por ( drea delimitada pela linha de centro da parede da sega0 transversal, ex- lo inte forma a tensio de cisalhamento média 7 em um. pressamos da s cop.2 Torgto 193 PROBLEMAS DE REVISAO 3.146 A barra de alumfnio BC (G = 27 GPa) esta ligada & bar (G = 39 GPa), Sabendo que cada barra é de segto che nm, determine 0 dngulo de toredo (a) em B, (b) em C tem um dis F y,, Fig. 7.145 3.147 No sistema de engrenagens cOnicas mostrado na figura, a = 18,43°. alhamento admissivel € de $5 MPa em cada eixo e que © sistema esti em equilfbrio, determine o torque maximo T., que pode ser aplicado em A. Sabendo que a tensio de Fig. P3.147 8.148 Um torque T é aplicado a uma barra de ago AB de 20 mm de diémetr. Considerando que 0 ago seja elastoplistico com G SPac Tr, = 145 MPa, termine (a) 0 torque T quando 0 angulo de torgio em A for 25°, (b) 0 didmetro cor- respondente do niicleo eléstico da barra Petes Sree eee 194 he t 3.149 O sistema eixo-disco-correia mostrado na figura mitir 3 hp do ponto A ao ponto D. (a) Usando um valor de tensfo de cisalhamento essétia para o eixo AB. (b) Re is eixas AB e CD so, respectiva usado para trans xdmissivel de 66 MPa, determine a velocida solva a parte a considerando que os didmetros d mente, 19 mm © 16 mm, Fig. P3.149 3.150 A tensio admissivel 6 de 50 MPa na barra de lato AB e de 25 MPs uminio BC. Sabendo que um torque de intensidade T = 125 N+ mé barra AB, (b) da barra BC a na barra de nine 0 dimetro necessério (a) soy aplicado em A, det 3.151 A basa BC para © qual a tensfo de ¢ 1 tem um didmetro de 30 mm e feita de um alumtaio alhamento admssivel € de 23 MPa. A barra AM € vaze tem um diémetro extemo de 25 mm, ¢ feita de um lato para o qual a tensio de cisalhamento admissivel é de 50 MPa. Determine (a) 0 maior diémetro interno da barra AB para © qual o coeficiente de seguranca seja © mesmo para cada barr, (P) ‘© maior torque que pode ser aplicado em A, 3.182 O tubo de ago CD foi fixado a0 eixo de ago AE de 40 mm de diet 2. O didmetro externo do tubo 00 slo de cisalhamento mixima no tbo, por meio de flanges rigidas soldadas 10 tubo e & be (0 mm e a espessura da parede é de 4 mm. Se forem aplicados torques de 5 Nm, como mostra a figura, determine a 8.163 Sabendo que o ditmetro interno do eixo vazado mostrado na figura d = 23 mm, determine a tensio de cisalhamento maxima proves wsidade T= 1 KN m, la por um torque de imte Fig, P2.1520 P9.166 FP] 3.164 Sabendo que d = 30 mm, determine o torque T que provoca ums ten tro q sto de cisalhamento maxima de 52 MPa no eixo vazado mosirado na figu. ‘ { 3.155 Duas barras sio feitas do mesmo material. A segdo transversal da barra | ey A 6 um quacrado de lado De u segto transversil da butraB € ui eticulo de diets Peer b. Sabendo que as barras estdo submetidos ao mesmo torgue, determine a rela das tens6es de cisalhamento méximas que ocorrem nas barra, 3.156 O cixo AB, longo, vazado e cdnico tem uma espessura uniforme f. Cha- ‘mando de G 0 médulo de rigidez, mostre que o Angulo de torgo na extremidade A é TL qt ey inGt cach ba 3.157 Os torques mostrados so aplicados nas polias A e B. Sabendo que os cixos de ago so cheios e que G = 77,2. GPa, determine o Angulo de torglo entre (a) AB, (b) Ac C. 1, =300N-m 30mm —] Ty = 400N-m 46 mm —] Fig. P3.157 PROBLEMAS PARA COMPUTADOR Os problemas a seguir devem ser resolvides com um computador. 3.C1 _Ocixo AB consiste em elementos cilindricos homogéneos, que podem ser cheios ou vazados. Sua extremidade A 6 fixa, enquanto a extremidade B é livre, ¢ esté submetido ao carregamento mostrado na figura. O comprimento do elemento i € designado por L,, seu didmetro extemo por OD,, seu didmetto interno por ID, seu médulo de clsticidade transversal por G,, o torque aplicado a extremidade direita por T, sendo que a intensidade TT, desse torque é considerada positiva se, estiver no sentido ant-horério quando se observa a barra da extremidade B, e negativa em ‘aso comtrério, (Note que £D, = 0 se elemento for cheio). (a) Escreva um programa de computador que possa ser usado para determinar a tensGo de cisalhamento maxi- ‘ma em cada elemento, o Angulo de torgio de cada elemento, e 0 Angulo de torg0 do éixo intero.(b) Use esse programa para resolver os Problemas 3.36, 3.37 e 3.157. Elemento 1 1 Fig. P3.c1 Cap. Topo 195 3.C2 _O conjunto mostrado na figura consist dem ser cheios ou vazados, conectados (nio mostradas). A extremidade A, do primeira eixo é livre e esté submetida 20 torque T,, enquanto a extremidade B, do timo eixo é fixa, O eomprimento do eixo A,B, € designado por L, seu didmetro externo por OD;, seu difmetto interno por ID, seu médulo de elasticidade transversal por G, (Note que [D, = 0 se 0 elemento for cheio). O raio da engrenagem A é designado por a, ¢ o raio da engrenagem 8, por b, (a) Escreva um programa de computador que possa ser usado para determi- nar a tensto de cisalhamento mi fingulo pelo qual a 3.42, 3, 1 n eixos eilindticos, que po- or engrenagens e suportados por mancais ima em cada eixo, o Angulo de torgtio de cada idade A, gira. (b) Use esse pr 3.44, solver og Problem: Fig. P3.c2 3.03 0 eixo AB consiste em n elementos cilindricos homogénens, que po dem ser cheios ou vazados. Ambas as extremidades sio fixas,e ele esté submetido mento mostrado na figura, © comprimento do elemento i é designado por Z,, seu didmetro externo por OD, seu digmetro interno por ID, seu médulo de elasticidade transversal por G,,e torque aplicado & sua exteemidade direita por T,, sendo que a intensidade T, desse torque é considerada positiva se T; estiver 0 sentido anti-horério quando se observa a barra. da extremidade B, e negativa em aso contririo, Note que ID, = 0 se o elemento & cheio, e também que T, = 0. Es ceva um programa de computador que possa ser usado para determinar as reagies em Ae B, a tensio de cisalhamento méxima em cada elemento, ¢o angulo de torgao de cada elemento. Use esse programa (a) para resolver o Problema 3.56, (b) para determinar a tensdo de cisalhamento maxima no eixo do Exemplo 35. [Elemento n | Fig. P.c9 3.04 Oeixo AB, cilindrico, idmetro d, um médulo de ela 7. Ble esté submetido a um torque T que ¢ aumentado gradualmente desde zero até helo © homogéneo tem um comprimento L, um ticidade transversal G, ¢ uma tenslo de escoamento que 0 fngulo de torgo do eixo atinja 0 valor méximo $,, € depois diminuido nova- mente até zero. (a) Escreva um programa de computador que, para cada um dos 16 valores de «,, igualmente espagados sobre-um intervalo que se estende de 0 até tum valor 3 vezes maior do que 0 &ngulo de toreao no inicio do escoamento, poss ser usado para determinar 0 valor maximo T,, do torque, 0 raio do niicleo eléstico, a fensio de cisalhamento méxima, 0 dngulo de toredo permanente, ¢ a tenstio de cisa- thamento residual tanto na superficie do eixo quanto na interface do nicleo ekistico ce regido plistica. (b) Use esse programa para obter respostas aproximadas dos Pro- blemas 3.111, 3.112 € 3.114. 3.5 A expresso exata é dada no Problema 3.61 para 0 angulo de torgio do cixo AB cheio cdnico quando € aplicado um torque T como mostra a figura, 6nico por n cixos cilindricos de igual comprimento e raios 7, onde i= 1,2,...,7, Usando para T, L, Ge ¢ valores de sua escolha, determi ‘ero percentual na expressiio aproximada quando (a) (n= 100. 3.06 Um torque T é aplicado, como mostra a figura, a0 eixo AB, vazado ‘Bnico, com espessura uniforme 1A expresso exata para o Angulo de torgio do eixo Pode ser obtida da expresso dada no Problema 3.156. Deduza uma expresso apro- ximada para 0 Angulo de torgio substituindo 0 eixo cénico por m anéis cilindricos de igual comprimento e de raio r, = (n + i — (c/n), onde i= 1,2,..-.n. Usando para T, L, G, ce rvalores de sua escotha, determine o erro percentual na expresso aproxiimada quando (a) n — 4, (6) n — 8, (©) m= 20, (d) n= 100. Fig. P3.C4 © atleta da figura segura a barra de levantamento de pesos com suas maos posicionadas a distancias iguais dos pesos. Isso resulta em flexdo pura na parte central da barra, As tensdes normais e a curvatura resultante a flexo pura serao determinadas neste capttulo. 1.1. INTRODUGAO Nos capitulos anteriores estudamos como determinar as tensdes nos clementos prisméticos ou barras submetidos a forgas axiais ou a momentos \orgores. Neste capitulo € nos dois seguintes, analisaremos as tenses e defor- mages em elementos prismiticos submetidos & flexdo. Flexo € um conceito importante usado no projeto de muitos componentes de méquinas e compo- nientes estruturais, tais como vigas ¢ traves. Este capitulo sera dedicado a andlise dos elementos prismiticos submetidos momentos fletores M e M' iguais ¢ opostos atuando no mesmo plano longi- \udinal. Dizemos que esses elementos esto em flexiio pura. Na maior parte do capitulo, vamos supor que os elementos possuam um plano de simetria e que o8 ‘momentos fletores Me M' esto atuando naquele plano (Fig. 4.1), Um exemplo de flexiio Fig. 44 pura € dado pela barra de levantamento de pesos tipica quando o alleta a se- gura acima da cabega, como mostra a péigina anterior. A barra suporta pesos iguais a distincias jguais das miios do levantador de pesos. Devido & simetrin do diagrama de corpo livre da barra (Fig. 4.2a), as reagGes nas mos devem ser iguais © opostas sos pesos. Portanto, com relagdo & parte média CD da barra, 0s pesos e as reagiies podem ser substituidos por dois momentos fetores iguais ¢ opostos de 108 N : m (Fig, 4.26), mostrando que a paste central da barra esti em flexdo pura. Uma andlise similar do eixo de um pequeno trailer (Hig. 4.3) mostraria que, entre os dois pontos em que ele estépreso a0 trailer, o eixo esti em flexio pura. Por mais interessantes que as aplicagbes diretas da flexio pura possam ser, 4 dedicago de um capitulo inteiro ao seu estudo néo seria justficada se no fosse pelo fato de que os resultados obtidos serdo usados na anélise de outros ‘ipos de camegamento, como por exemplo, carregamentos axiais excéniicos e carregamentos transversais. Fig. 43 No pequeno taller mastrado, a parte central do exo td em flexao pura oa cap.4 Fexao Pura 199 ‘00 Fesictncla dos Materits AA Figura 4.4 mostra um grampo de ago de 305 mm usado para aplicar uma forga de 680 N a duas pogas de madeira que estdo sendo colada. A Fig, 450 mostra as forgas igdaise opostas exercidas pela madeira no srampo. Essa forges resultam em um carregamento excéntrico na parte reta do grampo. Na Fig. 4.3b Eoin fama sil [x saan rz c c M row @ w Fig. 45 {oi feito um corte no grampo na sego CC’ e desenhado o diagrama de corpo livre da metade superior do grampo, do qual concluimos que 0s esforcos inter- Nos na sego sfo equivalentes a uma forga de tagio axial P de 680 N e um mo- ‘mento fletor M de 85 N - m. Podemos entio combinar as tensdes sob uma forge centrada ¢ os resultados de nossa futura andlise de tenses em flexdo pura, para obter a distribuigaio de tenses sob uma forga excéntrica. Isso sera discutido ainda ‘mais na Segio 4.12. estudo da flexiio pura também teré um papel essencial no estudo das Vigas, isto é, 0 estudo de elementos prisméticos submetidos a varios tipos de forgas transversais a0 eixo longitudinal do elemento, Considere, por exem plo, uma viga em balango AB suportando uma forca concentrada P em sia extremidade Tivre (Fig. 4.6a). Se cortarmos a viga em uma segiio C a uma dis. {éncia x de A, observamos no diagrama de corpo livre de AC (Fig. 4.66) que 8 esforgos internos na segio consistem em uma forga P’ igual e oposta a P ¢ de um momento M de intensidade M = Px. A distribuigdo de tensdes nor mais na segio pode ser obtida do momento M como se a viga estivesse em flexfio pura. Por outro lado, as tenses de cisalhamento na seco dependem da forga P’, © voc8 aprenderé no Capitulo 6 a determinar sua distribuigio so- bre uma dada seg A primeira parte do capitulo € dedicada & anélise das tensbes e defor mages provocadas por flexo pura em uma barra homogénea que possui un plano de simetria e é feita de um material que segue a lei de Hooke. Em uma Giscussiio preliminar sobre as tensGes em virtudle da flexio (Seo 4.2), serio usados os métodos da estética para determinar trés equagées fundamentals que devem ser satisfeitas pelas tenses normais em uma dada seco trans. versal da barra. Na Segio 4.3, provaremos que secdes iransversais planas Permanecem planas em uma barra submetida a flexio pura, enquanto ne Segio 4.4 serdo desenvolvidas formulas que podem ser usadas para determi nar as fens@es normais, bem como o raio de curvatura para aquela barra den tro do regime elistico, Na Segiio 4.6, vocé estudard as tensdes e deformagées em barras de ‘material compésito feitas de mais de um material, como vigas reforgadas de concreto, que utilizam as melhores caracteristicas do ago e do concreto e sto uusadas extensivamente na construgio de edificios e pontes. Voe8 aprender a dlesenhar uma seed transformada representando a seco de uma barra feita de ‘material homogéneo que sofre as mesmas deformagées da barra do material compésito sob © mesmo eatregamento, A segdo transformada seré usada para delerminar as tensdes © deformagdes na barra de material compésito original A Segio 4.7 6 dedicada a determinagto das concentragdes de tensito que ocor- rem em localizagées onde a seo transversal de uma barra sofre por uma mu- danga brusea, Na préxima parte do capitulo, voc€ estudaré deformacdes pldsticas em flexdo, isto é, as deformagoes das barras feitas de material que nio segue a lei de Hooke e esto submetidas a flexao. Apds uma discussio geral sobre as de- Formagdes dessas barras (Secio 4.8), vocé investigaré as tensdes e deformagies ‘em barras feitas de material elastopldstico (Sega 4.9). Comegando com 0 mo- mento eldstico maximo Mg, que corresponde 20 inicio do escoamento, dis- ctiremos 08 efeitos de momentos cada vez maiores até atingir 0 momento plistico My, quando entio a segdo transversal da barra estaré totalmente eformada no regime plastico, Voce também aprender a determinar as defor- ‘mages permanentes © as tensdes residuais que resultam desses carregamen- tus (Segio 4.11), Deve-se notar que, durante os iiltimos 50 anos, a propriedade clastoplistica do ago tem sido amplamente utilizada em projetos que resultam «in melhor seguranga e economia. Na Seco 4.12, vocé aprenderd analisar um carregamento axial excén- ‘rico em um plano de simetria, como aquele mostrado na Fig. 4.4, superpondo 4s tensdes em virtude da flexio pura e as tensGes em virtude do carregamento axial centrado. (O seu estuto de flextio de elementos prisméticos concluird com a andlise da flexdo assimétrica (Sega 4.13), ¢ 0 estudo do caso geral de carregamento axial cexcéntrico (Segao 4.14). A parte final do capitulo seré dedicada & determinagio das tensbes em elementos curvos (Seg0 4.15). 4.2. BARRA SIMETRICA EM FLEXAO PURA. Considere uma barra prismética AB possuindo um plano de simettia e sub- inctida a conjugados iguais e opostos Me M’ atuando naquele plano (Fig. 4.7a). Observamos que, se uma segio da barra AB for cortada em algum ponto arhi- Initio C, as condigdes de equilibrio da parte AC da barra requerem que os es- forgos internos na segiio sejam equivalentes a0 conjugado M (Fig. 4.76). Assim, os esforgos internos em qualquer segéo transversal de uma barra de seo simétrica em flexao pura sao equivalentes ao conjugado, O momento M daquele conjugado € chamado de momento fletor na seg, Seguindo a convengio usual, serdatribuido um sinal positive a M quando a barra éflexionada, conforme mostra «Fig. 4.7a, isto €, quando a concavidade da viga esté virada para cima, ¢ um sinal negativo em caso contrério, Cap. 4 Flexo Pua 201 Chamando de @, a tenso normal em um ponto da segiio transversal © Ta, 8S Componentes da tenséo de cisalhamento, expressamos que o sistema Ga forgas internas elementares que atuam na seco é equivalente 10 momento fle- tor M (Fig. 4.8), 5 Recordamos da estética que um momenta fletor M consiste em realidade de dduas forgas iguais e opostas. A soma das compone uer direydo, portanto, é igual a zero. Além disso, o momento fletor é o mesmo em relagZo a qualquer eixo perpendicular a seu plano, e € zero em relagio a qualquer eixo contido naquele plano. Selecionando arbitrariamente 0 eixo como mostra a Fig. 4.8, expressamos a equivaléncia das forcas in ‘mentares e do momento M escrevendo que as somas das componentes e dos mo ‘mentos das forgas elementares so iguais as correspon ccorrespondentes momentos fletores M. tes dessas forgas em qual as ele les componentes e aos componentes x: fo, dA =0 (a momentos em torno do eixo y: zo, dA = 0. 42) ‘momentos em tomo do eixo z ——f(—yo, dA) = M 43) ‘Ties equagdes adicionais poderiam ser obtidas igualando a zero as somas das componentes y, componentes z © momentos em torno do eixo x, mas essas equagdes envolveriam somente as componentes da tensiio de cisalhamento ¢ como vooé verd na préxima segio, as componentes da ten sto ambas iguais a zero Devem ser feitas duas observagdes neste ponto, (1) O sinal de menos na Equagdo (4.3) € devido ao fato de que uma tensio de traci (cr, > 0) leva a umn ‘momento negativo (sentido horétio) da forga normal «dA em rela z. (2) A Equagio (4.2) poderia ter sido prevista, pois a aplicagio dos momentos Aetores no plano de simetria da barra AB resultaré em uma distribuigao de ten: ses normais que é simétrica em relagio 20 eixo y Jo de cisalhamento Uma vez mais, notamos que a distribuigao real de tensdes em uma seco transversal no pode ser determinada somente pela estitica. Ela € estaticamente indeterminada © pode ser obtida somente analisando-se as deformagées peo dduzidas na barra, 4.3. DEFORMAGOES EM UMA BARRA DE SEGAO SIMETRICA EM FLEXAO PURA ‘Vamos agora analisar as deformagbes de um elemento prismiético que pos- sui um plano de simetria e est submetido em suas extremidades a momentos fletores Me M’ iguais € opostos atuando no plano de simetria. O elemento flextio sob a agio dos momentos fletores, mas permanecerd simétrico cin relagio aquele plano (Fig. 4.9). Além disso, como o momento fletor M é 0 mesmo em qualquer segiio transversal, a barra softer flexdo uniforme. Assim, Fig. 4.9 ina AB ao longo da qual a face superior da barra intercepta o plano dos mo- mnentos fletores fer uma curvatura constante. Em outras palavras, a linha AB, que originalmente era uma linha reta, seré transformada em um arco de cit- cunferéncia de centro C, como fambém a tinha A’B" (no mostrada na figura) so longo da qual a face inferior da barra intercepta o plano de simetria. Nota- ‘mos também que a linha A diminuirs em seu comprimento quando a barra for flexionada conforme mostra a figura, isto é, quando M > 0, enquanto A’B" se ‘omaré mais tonga. Em seguida vamos provar que qualquer sego transversal perpendicular so cixo da barra permanece plana, ¢ que o plano da segio passa por C. Se esse no fosse 0 caso, poderiamos encontrar um ponto E da segao original que €@ mesma segio onde D pertence (Fig, 4.10a) que, depois de a barra ter sido flexionada, ele nao estaria mais no plano de simetria que contém a linha CD (Fig. 4.106). Mas, devido a simetria da barra, haveria um outro ponto E” (que seria transformado exatamente da mesma maneira. Vamos supor que, de- pois de a viga ter sido flexionada, ambos os pontos estariam localizados & squerda do plano definido por CD, como mostra a Fig. 4.10. Como 0 mo- mento fletor M € 0 mesmo através de todo o elemento, uma situagao similar seria vélida em qualquer outra segfo transversal, € 0s pontos correspondentes «Fe E* também se moveriam para a esquerda. Assim, um observador em A coneluiria que © carregamento faz os pontos E e E’ em varias segdes trans- verstis se moverem para a frente (em dirego ao observador), Mas um ob- servador em B, para o qual 0 carregamento parece o mesmo, e que observa os pontos Ee £” nas mesmas posigGes (exceto que agora eles esto inver- lids), chegaria a uma conclusio oposta. Essa inconsisténcia nos leva a con- cluir que E € E’ estardo no mesmo plano definido por CD e, portanto, que a sevilo permanece plana e passa pelo ponto C. Devemos notar, no entanto, que discussio nao inyalida a possibilidade de deformagées dentro do plano da segdo (veja a Segao 4.5), (cop. 4 Flxdo Pura w 203 Fig. 4.10, w Suponha que a viga seja dividida em um elementos eubicos com faces respectivamente para denados. A propriedade que estabelecemos requer que esses elementos sejam transformados quando a viga esté submetida aos momentos fletores Me M j como mostra a Fig. 4.1. Como todas as faces representadas nas duas projeg da Fig. 4.11 esto a 90° uma da outra, concluimos que yy = yx. = 0 €, pO tanto, que 7,, = 7, = 0. Com relagdo as trés componentes de tenstio que no discutimos ainda, ou seja, 0, 7, € 7,q, notamos que elas devem ser zero na su perficie da viga. Por outro lado, camo as deformagées envol vidas nao requerem He nenhuma interacdo entre os elementos de uma seco transversal, podemos su (£4 por que essas trés componentes de tensdo silo iguais a zero em toda a viga ; Essa suposigao é confirmada, tanto pela evidéncia experimental quanto pela teoria da clasticidade, para vigas delgadas submetidas a pequenas defor ‘mages. Concluimos que a tinica componente de tensio diferent chasiocey Grew AE, Galen pr de wears delge lee ; fled prs, twos om estado de feat uniall. Lembrano fu, part ‘ Oh etree ak Aula UB cececleenetts, Sa 1 ea ee re CA te Wit Gide cai anomie pari bt perficie neutra. A superficie neutra intercepta o plano de simetri um arco de circunferéncia DE (Fig. 4.120), ¢intercepta determinada segio tra versal através de uma linha reta chamada de linha newtra da segio (Fig, 4.12). ao longo de (@) Seqto vertical, longitudinal (0) Sega transversal (plano de simetea Fig, 4.12 A origem das coordenadas ser adotada agora em um ponto na superficie neutra, e no na face inferior da viga, como foi feito antes, de modo que a dis tincia de qualquer ponto até a superficie neutra ser medida por sua coorde nada y. Chamando de p 0 raio do arco DE (Fig, 4.120), por @ 0 Angulo central cor respondendo a DE, e observando que 0 comprimento de DE é igual ao compe mento L da viga nfo deformada, escrevemos L= pp) 4) {Vein tmbén o Problema 4:38, Considerando agora o arco /K localizado a uma distfincia y acima da superfic hewtra, notamos que seu comprimento L’ é L=(-ye (4.5) Como 0 comprimento original do areo JK era igual a L, a deformagio de JK 6 8 Zi 46) ‘ou, se substituirmos de (4.4) e (4.5) em (4.6), 8 (p — y)0 ~ p= —y0 an \ deformagao longitudinal especifica ¢, nos elementos que constituer 0 arco JK € oblida dividindo-se 8 pelo comprimento original L de JK. Eserevemos 3-0 « 3 y % (4.8) & a ¢ (© sinal de menos & devido ao fato de que supomos que © momento fletor & po- sitivo e, portanto, a viga terd a concavidade para cima, Devido ao requisito de que as segdes transversais permanecem planas, acor- rerdo deformagdes idénticas em todos os planos paralelos ao plano de simettia. Assim o valor da deformagao especttica dado pela Equacio (4.8) € vilido em «qualquer lugar, ¢ conclutmios que a deformagdo normal longitudinal espectfica «€, varia linearmente com a distancia y da superficie neutra A deformagio espectfica ¢,atinge seu valor absoluto maximo quando o valor dle y € mAximo, Chamando de ¢ a maior distancia da superficie neutra (que cor- responde a superficie superior ou inferior da viga), e por €, 0 valor absoluto mméximo da deformagao, temos 49) Resolvendo (4.9) para p © substituindo o valor obtido em (4.8), poclemos ts bbém escrever 6 ee (4.10) Conclufmos nossa andlise das deformagSes de uma viga em flexio pura ob- servando que ainda nao somos capazes de caleular a deformago espectfica ow ‘ens em um dado ponto da viga, pois ainda nfo localizamos a superficie neu- ‘wana viga. Para localizarmos essa superficie, devemos primeiro especificar a re- lug tensdo-deformagao especifica do material utilizado.t ‘No cntanto, sea vga possul um plano vertical e horizontal de simetzia (por exemplo, una vga um uma sego transversal setangula), ese curva tensto-deformagio espetfica a mesma em ‘G0 © compresso, a superfce neta coincidxé com 0 plano de simetra (ef. Sesto 48), (Cap. 4 Flexo Pura 205 Resletincla dos Materinis 4.4, TENSOES E DEFORMAGOES: NO REGIME ELASTICO Consideramos agora o caso quando 0 momento fle normais na viga permanecem abaixo da tensio de escoamento do material oy Isso significa que, para todos os fins praticos, as tensbes na vig abaixo do limite de proporcionalidade e do limite eléstico também. Nio havens deformagio permanente, e vale a lei de Hooke para tensio uniaxial. Considerando {que 0 material seja homogeneo, e chamando de E seu médulo de elasticidade temos na direcdo longitudinal x £4, = 465) on (1 eee an onde @,, representa 0 valor méximo absoluto da tensio. Esse resultado mo que, no regime eldstico, a tensao normal varia tinearmente com a distin superficie neutra (Fig. 4.13). Deve-se notar, neste momento, que nto conhecemos a localizagio da su perficie neutra nem o valor maximo 0) quando © momento fletor M € positivo, e de tracio (7, > 0) quando M € negativo. Retomando & Equagdo (4.15), notamos que a relagio I/e depend somente 4a geometria da segio transversal. Essa relaglo € chamada de médulo de re- siséncia e & representado por W. Temos Médulo de resisténcia = W (4.17) Substituindo //c por W na Equagiio (4.15), escrevemos essa equaglo na forma alternativa (4.18) Como a tensio maxima o,, € inversamente proporcional ao médulo de resistén- cia W, esté claro que as vigas devem ser projetadas com um valor de Wo maior possivel. Por exemplo, no caso de uma viga de madeira com segdo transversal retangular de largura b e altura h, temos 1 _ ybht = oe ‘onde A € a area da seeao transversal da viga. Isso mostra que no caso de duas Vigas com a mesma area A de segto transversal (Fig. 4.14), a viga com a altura ‘r maior teré um médulo de resisténcia maior e, portanto, teré uma capacidade ‘maior para resistr flexao.¢ tbh? = tah (4.19) ‘Lembramos de que 0 momento Fetr fol eonsidrado postive. Se © momento fet For neg so Mf dever ser substituide na Equagio (4.15) por seu valor absolut No entano, valores grandes da relagdo 6 poderiam suka na instailidade lateral da vig Fig. 414 beeen 208 esetnci dos Marais | 50 do aco estrutural, as vigas de padrio americano (viga I) € as mesa larga (viga W), Fig. 4.15, so preferidas em lugar de outro Fig. 4.15. Vigas de mesa larga de ago formam a estrutura de muitos edifeles. arte de suas seges transyersais esta localizada eS perfis, porque a maior i Jonge da Tinha neutra (Fig. 4.16). Assim, para uma dada rea de sec20 trans versal e uma altura dada, o projeto dessas vigas proporciona valores altos de J , consequlentemente, de W. Valores do médulo de resist@ncia das vigas fabri cadas normalmente podem ser obtidos das tabelas que listam vias propriedades geomeétricas dessas vigas. Para determinar a tensio maxima c., em uma segio dc uma viga padrdo, o engenheiro precisa somente lero valor do médulo de sisténcia W na tabela, ¢ dividir 0 momento fletor M na segio por W. A deformagio da viga provocada pelo momento fletor M é medida pela cur vaura da superficie neutra, A curvatura € definida como a inverso do raio de ccurvatura p, © pode ser obtida resolvendo-se a Equaciio (4.9) para 1/: (4.20) Mas, no regime eléstico, temos ¢,, = 0 ,/E. Substituindo-se ¢,, nit Equagtio (4.20) © usando a (4.15), escrevemos pha p Ec [ ou 1M a2 * :.0O——qv== 0p.4 Floxio Pura 209 EXEMPLO 4.1 Uma barra de ago de seeo transversal retangular medindo 20 mm % 60 mm esté submetida a dois momentos fletores ‘guais ¢ opostos atuando no plano vertical de simetria da barra, (Fig, 4.17). Determine 0 valor do momento fletor M que provoca escoamento na barra. Suponha o, = 248 MPa. ‘Como a linha neutra deve passar pelo centréide C da seo ‘ransversal, temos ¢ = 30 mm (Fig. 4.18). Por outro lado, 0 ‘momento de inércia em relago ao eixo que passa pelo cen- Inide da sega transversal retangular & ‘bh = (0,020 Smt Resolvendo a Equagao (4.15) para M, e usando os dados acima, 36x 10° at 0,030 m M = 2976N+m. (248 > 10° N/a?) IP ara ( bs 7 t oir | on EXEMPLO 4.2 Una barra de alumfuio com uma segio transversal semicircu- de rsio r = 12 mm (Fig. 4.19) 6 flexionada até atingir a fouma de um arco de circunferéncia de raio médio p = 2,5 m, Subendo que a face plana da barra esté virada para o centro de curvatura do arco, determine as tenses méximas de traglo € compresstio na barra, Use E = 70 GPa, Poderfamos usar a Equagio (4.21) para determinar © mo- ‘mento fletor M correspondents ao raio de curvatura p dado, & depois usar a Equacdo 4.15 para determinar 6, No entanto, & tnais simples usar a Equacao (4.9) para determinar ¢, e a lei dde Hooke para obter 2 AA ondenada ¥ do centréide C da seg transversal semi circular € 4r _ 4(12 mm) = 5093 mm 3 3 es A linha neutra passa pelo ponto C (Fig. 4.20), e « distin até 0 ponto da seco transversal mais distante da linha neutra é c= r—¥= 12mm ~ 5,093 mm = 6,907 mm Usando a Equagio (4.9), escrevemos ¢ _ 6907 x10 m ° 25m «, aplicando a lei de Hooke, 2,163 x 107 Ou = Beg = (10 X 10° Pal(2,703 x 10") = 193.4 MPa ‘Como esse lado da barra esté voltado na diregao oposta a0 ‘centro de curvatura da barra, a tenso obtida é de tragdo. A tensio de compressio méxima ocorre no lado plano da barra Usando 0 fato de que a tensio é proporcional & distincia da linha neutra, eserevemos 5,093 mm 907 mm (1934 MPa) —142,6 MPa ieee 10 esistanca dos Waterss 4.5. DEFORMAGOES EM UMA SECAO TRANSVERSAL Quando provamos na Seglo 4.3 que a segdo transversal de uma viga em flexio pura permanece plana, nao excluimos a possibile de dformagses den tro do plano da seo, Bevidente que exist da Seg 2.11 que barras em um estado de tensfo uniaxial, , # 0,0, = 0. = 0 soothe so deformadas nas diregdes transversais ye z, em como na diego x axial. As ees deformagées especiticas normais ¢, © ¢, dependem do coeficiente de Poisson » para o inaterial uilizado e sfo expressas como y 62, =e Ave ou, usando a Equacio (4.8), «=? (422) As relagdes que obtivemos mostram que 0s elementos Jocalizados acima da superficie neutra (y > 0) expandirio nas ditegSes y ¢ z, cnquanto os elementos localizados abaixo da superficie neutra (y < 0) contrairio. No caso de uma viga de segio transversal retangular, a expansio ea contragiio nos vérios elementos serd compensada, na direcio vertical, e no havers alteragao na dimensdo verti cal da segdo transversal. No entanto, no que se refere as deformagGes na diecio z horizontal, a expanséo dos clementos localizados acima da superficie neutra e correspondente contragao dos elementos localizados abaixo daquela superficie resultardo que varias linhas horizontais na sega sero encurvadas em arcos de circunferéncia (Fig. 4.21). A situarqo observada aqui é similar aquela observada nel anteriormente em uma segao transversal longitudinal. Comparando a segunda das guages (422) com a Equaplo (48), concluimos que a ha nett da segde > 0), isto 6, no ado oposto a0 centro de eurvatura Cd vign,O invers do es Curvatura antitdstica = = ¥ (423) tores Mie M’ eram realmente aplicaos a vga. Se fodas as soydes tansveras de tensdes de cisalhamento, Iso pode set consegutloapliande- oF momen tos Mletores M e MA viga através do uso de paca igs e planes (Fg, 422) as “para se deformar conforme deseo ateiormente nesta seo. CZ ) Devemos notar que essas condigdes de carregamento nao podem ocorrer na CEES dade comespondcateabaixo de sua linha neu, 20 mesma tempo em que perite HEE aque a septo se deforme livremente cm seu pp plano, No enfant ata de que Fig. 422 ‘© modelo de placas de extremidades rigidas da Fig, 4.22 nao pode ser realizado fisi camente no diminui sua importincia, que & nos permitir viswallzar as condi {de carregamento que correspondem as relagbes deduzidas nas sees anteriores. As ‘condigoes reais de carregamento podem diferir muito desse modelo ideal. No entan to, em virtude do prinefpio de Saint-Venant, as relagGes obtidlas podem ser usadas para calcular tensSes em situagbes de engenharia, desde que a segao considlerada ‘no esteja muito perto dos pontos onde so aplicacs 08 momentos fletores. 150m e—] |— 135 um am mm 118 um Cap. 4 Flexio Pua 211 PROBLEMA RESOLVIDO 4.1 (tubo retangular mostrado na figura ¢ extrudado por meio de wma liga de aluminio para 8 qual o, = 275 MPa, oy = 414 MPa e F = 73 GPa. Desprezando o efeito dos adogamentos, determine (a) 0 momento fletor M para o qual o coeficiente de seguranga serd de 3,00, (b) 0 raio de curvatura correspondente do tubo ™ SoLUGAO Momento de Inéreia. Considerando a fren da seco transversal do tubo ‘como a diferenga entre os dois retingulos mostrados ma figura e usando a férmula ‘para o momento de inércia de um retingulo, escrevemas 1 $5 (0.085 (0,125 m)? — 44(0.070 my(0.112 my? 53 x 10-6 mt ‘Tensilo admissvel. Para um coeficiente de seguranga de 3,00 e um limite de tensio de 414 MPa, temos tug, = t= AA MPa wn CS. 3,00 Como 54m < 7 0 tubo permanece no regime elistico e podemos aplicar os re- sultados da Sega 4.4 = 138 MPa 4, Momento Fletor. Com ¢ = 4(0,125 m) = 0,0625 m, eserevemos 10° m! Me ei “ eas (138 X 10° kn?) 7 Cin M MUTEN om +. Raio de Curvatura. Lembrando que E = 73 X 10° Ni, substituimos esse valor e 0s valores obtidos para Ie Mf na Equacio (4.21) e encontramos 1_M 11.7 KN - m pe RR 2p BT” (3X WRN M53 X 10 mt) 8? p= 3307m p= ditto d Solugdo Alternativa. Coma sabemos que a tens fo méxima 6,44 ~ 138 MPa, ppodemos determinar a deformacto espectfica mixima ¢,, € entio usar a Equago 49), MPa Tornapa 7 2890 10°° nvm © 0,0625 m 1890 107 wm p= 307m p= orm € 212 Resistinola dos Mates PROBLEMA RESOLVIDO 4.2 Uma pega de méquina de ferro fundido esté submetida s um momento fletor de 3KN - m conforme mostra a figura, Sabendo que E = 165 GPa e desprezando 0 feito dos adogamenios, determine (a) as tenses de tray na pega fundida, (b) 0 raio de curvatura da pega fundida, wasn ff ae soLugAo Centréide. Dividimos a segdo transversal em forma de'T nos dois re 1 los mostrados na figura e escrevemos ‘eos, mi? Yemm_| YA, ram® ja-2um b—| 1 | (20,(90) = 1.800 | 50 90x10) YEA = Syd 2 | (4030) = 1.200 | 20 26X10? ¥(3.000) = 114 x 10 A= 3.000 SM STAI Y= 38mm Momento de Inéreia. © teorema do eixo paralelo é usado para determinar © momento de inércia de cada retangulo com relagio go eixo x’ que passa pelo ccentr6ide de toda a segéo, Somando os momentos de inércin dos tetingulos, es crevemos h ZV + Ad) = BhbIP + Ad ‘h(90}(20) + (90 X 20) 12)? + (30,40) + (30 > 40.18) = 868 X10? mmé . mm ‘1 = 868 x 107° m* [2mm =f a de Tragio Maxima. Como o momento fleior aplicado flexiona a pega fundida para baixo, o centro de curvatura esté localizado abaixo da segio transversal. A tensio de trago maxima ocorre no ponto A, que esté mais distate do centro de curvaturs, eg _ (BEN i022) ogni GIN MOM) ro ntny T 868 x 10° mt Tensdio de Compressiio Ma fn __(BKN = (0.038 on™ Ms, ik do 2 rp 131.3 MPa 4 7 868 X10! Ela ocorre no ponto B; temos Rao de Curvature, Da Equal (421), emos | 1M 3KN =m Sto de carat PEL (165GPaX868 x 10°? m") aeniiaaini = 2095 x 10? m p=iIm4 (oap.4 Flexéo Pure 213 ROBLEMAS 4.1.© 4.2. Sabendo que © momento mostrado atua em um plano vertical, de- lermine a tensio no (a) ponto A, (b) ponto B. 30 ma ee mi Fig. P42 4.3 Usando uma tensio admis [200 ram Fletor Mf que pode ser apl adogamentos. 4.4 Resolva o Problema 4.3 supondo que a viga de mesa larga seja flexio hada em torno do eixo y por um momento fletor M,. 4.5 Uma viga com a secao transversal mostrada na figura é extrudada de uma liga de aluminio para « qual o; = 250 MPa e ay = 450 MPa. Usando um coe Colt ciente de seguranga de 3,00, determine © maior momento fletor que pode ser apli ceado 8 viga quando ela é flexionada em tomo do eixo z, wast y Bo nn nw am ae smn c ism t 4.6 Resolva o Problema 4.5 supondo que a viga seje flexionada em uo eixo y 4.7 até 4.9 Duss forgas verticais sto apticadas & viga com a sega transver: sal mostrada na figura, Determine as tensBes de traglo e de compressdo méximas na parte BC da viga Pao 4.10 Dois momentos fletores igus ¢ opostos de intensidade M = 25 KN «1 so eplicados & viga AB constitu(da de um perfil U. Observando que fazem a viga flexionar em um plano horizontal, determine a tensio no (a) ponto C, (b) ponto D, (© pont E. Fig. P4.t0 4.11 Sabendo que uma viga de seco tansversal mostrada na figura & fle xionada em tomo do eixo horizontal e que o momento fletor é de & KN + m, deter mine a forga total que atua na mesa superior 4.12. Sabendo que uma viga de segao transversal mostrada na figura é flexio nada em tomo do cixo vertical ¢ que momento fletor & de 4 KN + m, determine forca total que atua na parte sombreada da mesa inferio {95 mim—| Fig. Patt e Pat2 CEE, LT TTT TT Gap.4 Flexto Pua 215, 4.13 Sabendo que uma viga com a segdo transversal mostrada na figura & fle- ‘onada em tomo do cixo horizontal e que 0 momento fletor & de 900 kN = mm, de- ‘ermine a forga total que atua na parte sombreada da viga. y 75mm 45m 75 mm i ct Fig. Pa.t3 4.14 Resolve Problema 4-13, supondo que a viga seja flexionada em tomo Alo eixo vertical e que © momento fletor seja de 900 kN + min, 4.15 Sabendo que, para a viga extrudada mostrada na figura, a tens ad- inissfvel 6 de 120 MPa em tragao e de 150 MPa em compressio, determine o maior ‘momento fletor Mf que pode ser aplicado, Ea 54mm a ha 4.16 Sabendo que, para a viga extrudada mostrada na figura, a tensio ad- T Inissfvel é de 82. MPa em traggo e de 110 MPa em compressio, determine o maior ‘momento fletor MM que pode ser aplicado, 4.17 Para u posa fundida mostrada na figura, determine o maior momento Hletor M que pode ser aplicado sem exceder nenhumma das seguintes tensdes admi SiveiS: Ogg = + AL MPA, fyjq, = ~105 MPa. Renee i ae 501mm 12mm i vem] LE “ Fig. P47 RL 1 — — | x 4.18 A viga mostrada na figura € feita de um tipo de niilon para o qual a ten so admisivel & de 24 MPa em tragio e de 30 MPa em compressio. Determine maior momento fletor M que pode ser aplicado a vie 4.19 Resolva‘o Problema 4.18 supondo que d = 40 mm, 4.20 Sabendo que, para a viga mostrada na figura w tenssio admis 82 MPa em tragio e de 110 MPa em compressiio, determine © maior mon tor M que pode ser aplicado, Fig. Pa.20 4.21 Sabendo que cryin = 164 MPa para a barra de ago AB, determi ‘maior momento fletor M que pode ser aplicado, (b) 0 raio de curvatura correspon. dente, Uso E = 200 GPa, ug FA Sa 4.22 Barras retas de 6 mm de didmetro © 30 m de comprimento sao ar mazenadas enrolando-as dentro de um tambor com dimetro interno de 1.25 1. Supondo que a tenséo de escoamento nio seja ultrapassada, determine (a) a méximia fenstio em uma barra enrolada, (b) 0 momento fletor correspondente na barra. Use E = 200 GPa, 4.23. Observa-se que uma tira fina de ago de 1,5 mm de espessura pode set curvada em um efteulo de 19 mm de difmetro sem resultar em nenhuma def ‘ago permanente. Sabendo que E = 200 GPa, determine (a na tira flexionada, (b) a intensidade dos momentos fletores necessérios par xionar a tira, Fig. Pa [Ll TALS a RR Sree 4.24 Um momento fletor de 56 N + m & aplicado & barra de ago mostrada na figura, (a) Supondo que o momento seja aplicado em tomo do eixo z conforme ‘mostrado, determine a tenso maxima e o raio de curvatura da barra. (b) Resolva parte @ supondo que © momento seja aplicado em torno do eixo y. Use E = 200 GPa, 20mm Fig, P24 4.25 Um momento fletor de intensidade M € aplicado a uma barra quadrada de lado a, Para cada uma das orientagces mostradas, determine a tensfio méxima ‘a curvatura da barr. @ w Fig, 4.25 4.26 Um momento fletor de 24 KN + m 6 aplicado a uma viga W200 * 46,1 ‘de ago laminado, (a) Supondo que o momento seja aplicado em tomo do cixo z ‘como mostra a figura, determine a tensio maxima e o raio de curvatura da viga. (b) Resolva a parte @ supondo que © momento fletor seja aplicado em torno do eixo y Use £ = 200 GPa, i Fig. Pa.26 4.27 Uma parte de uma barra quadrada é removida por fresagem, de maneira, {que sua segio transversal fica como aquela mostrada na figura. A barra é ento flexionada em tomo do seu eixo horizontal por um momento fletor M. Considerando ‘© caso em que /i = 0.9ho, expresse a tensdo maxima na barra na forma 0, = kop onde oy € 2 fenso méixima que teria ocorrido se a barra quadrada original tivesse sido fleaionada pelo mesmo momento M, ¢ determine o valor de k. cap.4 Fix Pura 217 Fig. PA27 4.28 No Problema 4.27, determine (a) 0 valor de h para o qual a tenséo mi xima a, € a menor possfvel, (6) 0 valor correspondent de k 4.29 Para a barr curvatura p, (b) 0 aio de curvatura p' de uma seglo transversal, (c) 0 Angulo entie os lados da barra que originalmente eram verticais. Use E = 200 GPa e » = 0.20 carregamento do Exemplo 4.1, determine (a) 0 raio de 4.30 Para a barra de aluminio © o carregamento do Problema Resolvide 4, determine (a) 0 raio de curvatura p' da sepao transversal, (b) 0 Angulo entre os le dos da barra que originalmente eram verticais. Use E = 73 GPa e v = 0,33, 4.31 Uma viga de ago laminado W200 X 31,3 est submetida a um momento fletor M igual a 45 KN - m. Sabendo que F = 200 GPa e v = 0,29, detetmine (a) 0 raio de curvatura p, (6) 0 raio de curvatura p’ da seco transversal. Fig. Pasi 4.82. Considerouse na Segto 4.3 que as tenses norms et ui element em flexdo pura sto despreziveis, Para um elemento csc inicalnente ret de sci transversal retangula, (a) determine uma expresso apoximada para c, em ng de y, (6) mosire que (05 ass = — (120K Jase 8 portanto, gue c, pode ser des prezedo em todas as stages prticas.(Sugestio: Considere 0 dingrama de corpo live da pane da viga loalizadaabaixo da superficie de ordenaa y 4 distribuigfo de tensdes o, ainda sea linear) SE LL a a a a aT ae TE TTT (oap.4 Flexto Pura 219 4.6. FLEXAO DE BARRAS CONSTITUIDAS DE VARIOS MATERIAIS As dedugées dadas na Seyo 4.4 eram baseadas na hipétese de que o mate Fial era homogéneo com um médulo de elasticidade E, Se a barra submetida & Nlexiio pura for constitufda de dois ou mais materiais com diferentes médulos de elasticidade, nossa abordagem para a determinago das tensbes na barra preci- sard ser modificada, Considere, por exempto, uma barra formada por duas partes de materiais diferentes unidas como mostra a segto transversal na Fig, 4.23. Essa barra com- Fg, 4.23 posta se deformard conforme descrito na Sego 4.3, pois sua sego transversal permanece a mesma em todo © comprimento, e ndo foi feita nenhuma suposigiio nia Seeio 4.3 referente & relagdo tensfio-deformagtio do material ou materiais en- volvidos. Assim, a deformagao especifica normal ¢, ainda varia linearmente com 1 distincia y da linha neutra da segGo (Fig. 4.24a e 8), e vale a férmula (48) 48) tie w o © Fig, 4.24 Disibuico de detormapao especticae tensso em barra constituide de dois materia. No entanto, nao podemos supor que a linha neutra passe através do centidide da segio composta, © um dos objetivos desta andlise seré determinar a localizacao desta linha neutra, Como os médulos de clasticidade E, ¢ Ey dos dois materiais fo diferentes, «s expresses obtidas para a tensio normal em cada material também serio dife rentes. Escrevemos oy = Be =~ (4.24) 0, = Exe, = —— © obicimos uma curva de dstribuigio de tensBes consistindo em dois segmentos ue reta (Fig. 4.24), Conclui-se das Equagtes (4.24) que a forga di que atua tno elemento de area dA da parte superior da segdo transversal 6 ED ay (4.25) a, = odA =~ (a 220 Fesctincla dos Materas eaquanto a forga dF, que atua cm um clemento de mesmia rea dA da parte ine Ferior a, = o,da = —*™ aa 4.26) Mas, chamando de n a ela E/E, dos dis méulosdeelasticidade, podemos expressar dF, como (nE,)y By al dF, ei) dA (n dA) (4.27) p ° Comparando as Equagdes (425) ¢ (4.27), notamos que a mesma forca dF atuaria em um elemento de Area n dA do primeiro material. Em outras palavras, a resisténcia & flexdio da barra permaneceria a mesma se ambas as partes fos sem feitas do primeiro material, desde que a largura de cada elemento da parte = gw inferior fosse multiplicada pelo coeficiente n. Note que esse alargamento (se n> 1), ou estreitamento (se < 1), deve ser feito em uma direcdo paralela @ “| inka neutra da segdo, pois € essencial que a distincia y de cada elemento em 80 transformada para a relaglo A linha neutra permanega a mesma. A nova sega transversal obtida dessa ra ce seo compesia, maneira € chamada de seedo transformada da barra (Fig. 4.25), ‘Como a seglo transformada representa a segio transversal de uma barra feita de um material homogéneo com um médulo de elasticidade E}, 0 método escrito na Segio 4.4 pode ser usado para determinar a linha neutra da segho a tensGo normal em varios pontos da seco. A linha neutra ser tragada atvavé do centroide da segdo transformada (Fig. 4.26), ¢ a tensao v7, em qualqu Fig. 4.26 Distribuigao de tenses na segao transformada ponto da seeo da barra homogénea ficticia serd obtida da Equagio (4.16) My o% (4.16) I onde y € a distancia da linha neutra, € [0 momento de inéreia da segao tran: formada em relacdo ao seu eixo que passa pelo centréide da seco transform Para obtermos tensio o, em um ponto localizado na parte superior segdo transversal da barra composta original, simplesmente calculamos a ter so 0,, no ponto correspondente da segio transformada, No entanto, para obter al, devemos multi a tenso c', em um ponto na parte inferior da segio transv fo @, calculada no ponto correspondente da segdo transfor plicar por na ten CEERI oS Nena ree (cap. 4 Flexto Pure 221 mada, Sem dévida, conforme vimos anteriormente, a mesma forga elementar dy € aplicada a um elemento de firea n 44 da segio transformada e a um elemento de Grea dA da segao original. Assim, a tensfo or, em um ponto da secao original deve ser n vezes maior do que a tenso no ponto correspondente da secio trans- formada As deformagSes de uma batra composta também podem ser determinadas usando-se a seglo transformada, Recordamos que a seso transformad repre senta a segio transversal de uma barra feita de material homogéneo de médulo E,, que se deforma da mesma manera que a barra composta. Portanto, usando « Bquagio (4.21), escrevemes que a curvatura de uma barra composta é Lae pe Ei onde 1 € 0 momento de inércia da seeo tansformada em relago a sua linha neutra r rr ‘Uma barra obtida unindo-se duas pecas de ago (Eye, = 203 GPa) € lato (Ej, = 105 GPa) tem a segio transversal mos- trada na Fig. 4.27, Determine a tensto méxima no ago e no lato quando a barra esti em flextio pura com um momento fle- tor M = 4,5 KN =m, {A socio transformada correspondente a uma barra equiva- lente feitainteiramente de latio € mostrada na Fig. 4.28. Como «a largura da parte central de latfo, que substitui a parte de ago original, ¢obtida multiplicando-se a largura original por 1,905, temos (19 mum)(1,933) = 36,7 mm Note que essa variagiio na dimensiio ocorre em uma dirego paralela a finha neutra, O momento de inéreia da sego wans- fromm 9mm, tom 7mm if tio Lato ig. 427 formada em relagdo ao seu eixo que passa pelo centebide da sega é T= bh = $0,567 (0.076 m= 2.x 10° mt ea distancia méxima da linha neutra é ¢ = 0,038 m, Usando a Equagdo 415), enconramas a tendo maxi na seo trans formada Me _ (43KN - (0.038 m = Me = GOAN OOS MD 55 Pa 1 210° (© valor obtido também representa a tensio maxima na parte de latdo da barra composta original. No entanto, a tensdo maxima nna parte de ago seré maior do que o valor obtido para a seca0 transformadsa, pois a érea da parte central deve serreduzida pelo cocficiente n = 1,933 quando retornamas da sega transfer- ‘mada para a original. Concluimos entio que (van)ats = 85,5 MPa (Csdass = (1,933)(85,5 MPa) = 169,3 MPa 10mm -+| fe to am Ll N Sé bao |—s5.7 mm —-| Fig. 428 [OS SP LL TT 224 Fesistncla dos Mato © valor da tenso maxima na ego transversal critica pode entio ser expresso como exame das Figs. 4.31 ¢ 4.32 mostra cla ‘mentos, e rat Me a (4.29) inte de concentragio de tensio, jo de largura dem ambos os © € 1 se referem a segio asos considerados aqui, Um ente a importincia do uso de adoga. ras de raio r 0 maior possivel na pritica Finalmente, devemos destaca que, como era o caso para 0 carregamento axial e de torgao, 03 valores dos cocficientes K foram calculados mediante a hip6tese de uma relagio linear entre tensio ¢ deformagio especifica. Em aplicagbes, ocorrerdo deformagiies plisticas e taro em valores de méxima tensio inferiores aqueles indicados pela Equago (4.29). Deven ser Feitas ranhuras de 10 mm de profundidade em uma o que tem 60 mm de largura e 9 mum de espessura (Fig. 4.43). Determine a menor Iargura admissivel das ranhuras se a tens na basra ndo deve ultrapassar 150 MPa quando 0 momento fletor for igual a 180 N =m, Wnt iz | T d@ DS 60mm yt mer )_| © o) Fg, 433 Notamos na Fig. 4.330 que d= 60 mm ~ 2(10 mm) = 40mm 9mm =fd=20mm — b © momento de inéreia da se io critica em relagéo & linha neu- 15(9 % 10" m)(40 > 10-8 my? = 48x 107 mt valor da tensfio Mc/1 é entio L80N = m}Q20 48 107 a? 10° m) 5 MPa Substituindo esse valor de Me/ na Equagiio (4,29) ¢ fazendh Gy = 150 MPa, escrevernos 150 MPa = K(75 MPa) K=2 Por outro lado temes, 60 mm d 40mm Usando a urva da Fig. 4.32 eorrespondendo a D/d contramos que o valor K igual a 0,13. Temos portant 15,8 2 comresponde a um valor de r/d 03 = 013d = 0,13(40 mm) = 5 ‘A menor largura possfvel da ranhura & enti mm) = 10,4 mm 20 sun feat 0020 m A 0.50.0 0150 fs ee 10:20 0) = 032 cap. 4 Flexo Pure 225 PROBLEMA RESOLVIDO 4.3 Duas placas de ago foram soldadas para formar uma viga em forma de TT que Foi reforgada aparafusando-se firmemente a ela duas pranchas de earvalho, conforme mostra a figura. O médulo de elastcidade ¢ de 12,5 GPa para a madeira e de 200 GPa para 0 ago. Sabendo que um momento fletor M = 50 kN + m ¢ apticado a viga composta, determine (a) a tensio méxima na madeira, (b) a tensio no ago a0 longo da borda superior. SOLUGAO Seg Transformada, Primero caculamos a relaso Ene 2006Pa _ 4, "Bua 12,5GPa Maltiplicando as dimensées horizontais da parte de ago da segio por n = 16, abe ‘mos uma seqdo transformada feita inteiramente de madeira, Linha Neutra. A Linha neutra passa pelo centréide da segio (ransformada ‘Como a sepao consiste em dois retingulos, temos (0,160 m)(3,2.m x 0,020 m) = BA Momento de Inéreia. Usando 0 teorema do eixo paral: 1 = }5(0.470)(0,300)* + (0,470 x 0,300,050)" +13(3:2)(0,020)° + (3,2 x 0,020)(0,160 — 0,050 2,19 x 10"? mt 4, Tensio Mixima na Madeira, A madeira mais distante da linha neutra est localizada a0 longo da borda inferior, onde ¢, = 0,200 m. 7 mas = 457 MPa 4, Tensiio no Ago. Ao longo da borda superior ¢, = 0,120 m. Da segio transformada obtemos uma tensiio equivalente na madeira, que deve ser multipli- ‘cada par n para obter a tensio no ago. Hc _ yg BAHN nO) 29 < 10 mt Ug. = AVBMPa (9 se Se ENTS 226 fostténcin dos Matericis PROBLEMA RESOLVIDO 4.4 ‘Uma Iaje de piso de concreto é reforgada por barras de ago de 16 nu de didmetio ‘olocadas 38 mm acima da face inferior da laje e espagadas de 150 mm enue seus centros. O médulo de elasticidade € de 25 GPa para 0 concreto usado e de 205 GPa para o ago. Sabendo que é aplicado um momento Nletor de 4,5 kN « ma cada 300 mm de Iargura da taje, determine (a) a tenstio maxima no conereto, (6) a te [90 mn a SOLUGAO f 4 | Segio Transformada. Consideramos uma parte da laje de 300 mm de : = (16mm) 7 (16mn}'| Como 0 concreto resiste somente em compressio, todas as forgas de trago so suportadas pelas barras de ago, e a seco transformada consiste em das areas ‘mostradas. Uma € a parte do conereto em comptessio (localizada acima da linha Neutra), € a outra é a érea transformada do ago, nA... Temos Exo _ 29 X 205 GP: "Fee 36% 25GPa Ag = 8,2(402 mm) = 3296 mm [+ — a0 an Linha Neutra. A linha neutra da Iaje passa pelo centrSide da seco tran | [ —, formada. Somando os momentos da érea transformada em relagio a linha neutra, sonr(#)~s256(100~ 2) =0 x= 37,1 mm Momento de Inéreia. © momento de inércia da érea transformada (00(37,1)° + 3296(100 ~ 37.1)? = 18,15 108 mt no Comereto, Na face superior da laje, te a. Tensio Mai 08 1 18,15 10° mu (450010 mmy7.A mm) ag 18,15 X 106 mm? Para © ago, temos ¢ = 62,9 mm, n= 82 € (4500 EN + mm)(6239 mm E Oe a mS A PROBLEMAS 4.33.¢ 4.34 Uma barra com a segio transversal mostrada na figura foi cons- 'tuida unindo-se firmemente latio e alumfnio. Usando os dados fornecides abaixo, , expressamos o elemento de érea na Equacao (4.3) crevernas, Segiio 4.2, imo dA = b dye es- a= -of yo. (430) onde o, € a fungio de y representada na Fig. 4.36. Como or, & uma fungao fn par de , podemos escrever a Equacto (4.30) na forina alternativa M { 2b| yor, dy 431) | Se or, for uma fungi uusada para expressar o, em fungiio dey, © @ integral em (4.31) pode ser detcr minada analiticamente. Por outro lado, 0 momento fletor M pode ser obtido por ‘meio de uma integrag4o numérica, Esse célculo torna-se mais significativo se farmos que a integral na Equago (4.31) representa o momento de primeira ordem, em relagio a0 cixo horizontal, da drea na Fig. 4.36 que esté locali acima do eixo horizontal e esté limitada pela curva de distribuicio de tensbes € pelo cixo vertical Um valor importante do momento fletor € 0 limite de momento fletor Mj; que provoca a falha do elemento, Esse valor pode ser determinado pelo limite de resisténcia oy do material es: indicados anteriormente. No entanto, considera-se mais conveniente na determinar M,, experimentalmente para um corpo de prova de um material. Con. siderando uma distribuigdo linear ficticia de tensoes, a Equagao (4.15) 6 usada ento para determinar a tensio maxima correspondente R analftica conhecida de ¢,, a Equagio (4.10) pode se Ihendo Gyug, = oy € executando os eélulo Mye (4.32) A tensio ficticia Ry é chamada de médulo de ruptura em flexdio do material dado, Esse médulo de ruptura pode ser usado para determinar o limite de momen fletor My de um componente feito do mesmo material e com versal da mesma forma, mas de dimensoes diferentes, resolvendo a Equacio (4.32) para My. Como, no caso de um componente com segio transversal reta gular, a distribuicio linear de tensdcs, real e ficticia, mostradas na Fig. 4.37, deve dar o mesmo valor M,, para o limite de momento fletor. As Areas que elas de finem devem ter 0 mesmo momento de primeira ordem em relagio ao eixo ho- rizontal. Esté claro, portanto, «) que o limite da resisténcia real o-, © médule ruptura Ry, sera sempre maior do Fig. 437 eee op.4 Rexto Pua 235 “1.8. BARRAS CONSTITUIDAS DE MATERIAL ELASTOPLASTICO | 1, Para obtermos um melhor conhecimento do comportamento plistico de uma br em flexo, vamos considera o caso de una bara contd one 1 ‘ral elatptéstico,sapondo qu «bara tea une sezdoasvese reer wh lade grab e ala 26 (ig. 438) Recrdanos de Sopa 217 sue Gene i SS | |e m1 0,666 e como ¢ = 60 mm Ye = 0,666(60 mun) = 40 mmm ‘A espessura 2y¢ do nicleo eléstico 6, portanto, 0 mm. (®) Raio de Curvatura espectfica de escoamento & Notamos que @ deformag 240 10° Pa 200 10° Pa «= 0 E Resolvendo a Equaciio (4.40) obtidos pant yz € €,, escrevemos _ 40x 10" 12% 10 | TTT LT a TE TEE EEE ES cap. 4 Flexo Pura 239 “4.10, DEFORMACOES PLASTICAS DE BARRAS COM UM UNICO PLANO DE SIMETRIA Em nossa discussfio sobre as deformagdes plisticas, consideramos até agora gue a barra em flexi tinha dois planos de simetria, um contendo os momentos fe> fletores Me M’. © 0 outro perpendicular Aquele plano. Vamos considerar agora © caso mais geral, quando a barra contém somente um plano de simetria con _ tendo os momentos fletores M € M’. No entanto, nossa anélise ser limitada & mi situagio em que a deformagio é totalmente plistica, com a tens normal ni- (super formemente igual a —a acima da superficie neutra, e a er, absixo da super- wats ficie neutra (Fig. 4.432), a Conforme foi indicado na Sega0 4.8, a linha neutra ndo pode ser considera ls coincidente com o eixo que passa pelo centréide da sega transversal quando 4 segao transversal nao é simétrica com relagdo Aquele eixo. Para localizarios 8 linha neutra, consideramos a resultante R, das forgas de compressio cle wplicadas sobre a parte A, da seco transversal localizada acima da . linha neutra, e a resultante Ry das forcas de tracio aplicadas sobre a parte Ay Jocalizada abaixo da linha neutra (Fig. 4.436). Como as forgas R, ¢ R, formam 'um momento equivalent ao aplicado na segdo da barra, elas devem ter'a mesma intensidade, Temos portanto Ry = Roy ow Ayog = Aad7s, de onde concluimos que Ay = Ay. Em outras palavras, a linha neutra divide a segdo transversal em partes de dreas iguais. Note que a linha neutra obtida dessa maneira ndo ser, em geral, uma linha que passa pelo centréide da seco transversal Observamos também que as finhas de ago das resultantes R, e R, passam pelos centrSides C, e C; das duas partes que acabamos de definir. Chamandlo de ai 41a distancia entre C, © Cy, € de A a rea total da sego transversal, expressamos. ag. 4.45 ‘© momento plistico da barra como M, = (ZAo;) a ‘Um exemplo do ealculo do momento plistico de uma barra com apenas uim plano de simetria ¢ dado no Problema Resolvido 4.6, “4.11, TENSOES RESIDUAIS ‘Vimos nas segGes anteriores que zonas plisticas poderdo ser desenvolvidas em uma barra constitufda de material elastopléstico se o momento fletor for su- ficientemente grande. Quando o momento fletor diminui de volta a zero, a re- ddugiio correspondente na tensio e deformago em um ponto pode ser represen- tada por uma Linha reta no gréfico tensfio-deformago especifica, como mostra a Fig. 444. Conforme veremos agora, 0 valor final da tensio em determinado Ponto, em geral, nao ser zero. Haverd uma tensfo residual na maioria dos pon- tas, € essa tensio pode ter ou ndo o mesmo sinal da tensiio méxima atingida no Fim da fase de carregamento, Fig. 444 24c D Reintncia dos Matsriis Como a relagao linear entre «7, € €, se aplica em todos os pontos da barra durante a fase de descarregamento, a Equacio (4.16) pode ser usada para obter « variago da tensio em um ponto, Em outras palavras, a fase de descarrega ‘mento pode ser tratada considerando-se que a barra esteja totalmente no regime elistico, As tenses residuais sio obtidas aplicando-se o principio da superposig de maneira similar aquela descrita na Seco 2.20, para um carregamento axial centrado ¢ usado novamente na Segiio 3.11, para o caso de torgdo, Por um consideramos as tenses em virtude da aplicago dle um momento fletor Me, por outro Jado, as tensbes reversas em virtude do momento fletor igual e oposto =M que € aplicado para descarregar a barra. O primeiro grupo de tenstes reflete © comportamento elastopldstico do material durante a fase de carre gamento, e 0 segundo grupo, 0 comportamento linear do mesmo material durante a fase de descarregamento. Somando os dois grupos de obte- mos a distribuicdo de tensdes residuais no elemento. EXEMPLO 4.6 Para a barra do Exemplo 4.5, determine (a) a distribuigio das apesar de as tenses reversas excederem a tensdo de escox ensoes rsiduais, (b)o raio de curvatura, depois que © momento mento org, a suposigao de uma distribuiao linear das tenses fletor diminuiu de seu valor miximo de 36,8kN- m para zero. _reversas € valida, desde que ndlo excedam 207, (a) Distribuigao de Tensées Residuals. Recor (b) Ralo de Curvatura aps 0 Descarregamento. 240 MPa e que a espessura do ntcleo elistico € 2y s na barra sob carga € ento conforme —naquela parte da barra. Assim, a deformagio especifica resi istribuigio de tens s do Exemplo 4.5 que a tensio de escoamento € og Podemos aplicar a lei de Hooke em qualquer ponto do niilea 80mm. — | < 40mm, j4 que nio ocorreram deformagoes_plisticas ddual na distancia y = 40 mm é mostra a Fig. 4.450 \ distribuiglo das tensdes reversas devido a0 momento aaa Hletor oposto de 36,8 KN - m para descarregar a barra é linear ego%e = -177,5 x 10-* e ee - "=" > 200 x 10" Pa ‘onforme mostrado na Fig. 443b. A tenséo méxima o' hnaquela distibuigio € obtida da Equago (4.15). Recordando Resolvendo a Equactio (4.8) para p e substituindo os valores Exemplo 4.5 que I/c = 120 X 10° m:, escrevemos apropriados de y € ¢,, eserevemos 306,7 MP: y- 40x 107m _ 595 - a og xO 7 Superponcdo as duas distribuigdes de tensées, obtemos as O valor obiido para p depois de a canga ter sido removida te- lensoes residuals mostradas na Fig. 445e. Verificamos que, presenta uma deformagio permanente do elemento fn) io «0 | Cap.4 rexto Pua 241 PROBLEMA RESOLVIDO 4.5 ‘A viga AB foi fabricada com uma liga de ago de alta resistencia considerado elasto- plistico, com E = 200 GPa © o¢ = 345 MPa. Desprezando o efeito dos adoga- mentos, determine o momento fletor Me o raio de curvatura correspondente (a) {quando o escoamento inicia, (b) quando as mesas acabam de se tornar totalmente plastica, SOLUGAO an (0.30 m)(0,40 m)? ~ §4(0,30 m ~ 0,02 (0,35 m) Momento Fletor. Para Ogi, ~ op = 345 MPa e c ol _ (345 MPa)(6,0 x 10~* m!) e¢ 020m Raio de Curvatura.— Observando que, para ¢ fica € ¢¢ = og/E = (345 MPs)/(200 10° MPa) (ai) ene, 020m = do Escoamento, © momento de inércia da segio € = 60 x 10° m* 120 m, temos Me My, = WASKN om 0,20 im, a deformagio espect- 0,001725, temos, da Bquagio ,001725p¢ y= Mom b, Mesas Totaimente Plastificadas. Quando as mesas jé se tornaram total mente plsticas, as deformagies ¢ tensées na seglo sao de acondo com a figura a seguir, Subsituimos as forgas de compres elementares que atuam na mesa supe rior ena metade superior da alma por suas resultantes Ry e Re semethantemente substituimos as forgas de tragio por Ry e Ry (G45. 10° KN/m?X0;30 my0,025 m) = 2588 kN 1/2345 % 10° kN/m?\0,175 (0,02 m) = 604 KIN 15 f cr Sim 25mm Dintibuig de Distribute Foren Aeformago exctca de tenses esate ‘Momento Fletor. Somando os momentos de Ry, Ry, Ry ¢ Ry em relagio 20 cixo z, escrevemos ‘M = 2[R,(0,1875 m) + (0.1167 m)] = 2{(2588)(0,1875) + (604)(0,1167)] MILAN em Raio de Curvatura. Como yg Equagao (4.40) Ye=€ep 0,175 m = (0,001725)p p= lolm 175 m para esse carregamento, temos, da 242 Resstincla dos Maerais a PROBLEMA RESOLVIDO 4.6 Determine © momento pléstico M, de uma viga com a segao transversal mostrada na figura, quando a viga € flexionada em torno do eixo horizontal, Suponlha que 0 material sejaelastoplistico com uma tensio de escoamento de 240) MPa SOLUGAO Linha Neutra. Quando a deformacio esta totalmente no regime plastica 4 linha neutra divide a segdo transversal em duas partes de dreas iguais. Como a rea total € ‘A = (10020) + (80)(20) + (6020) = 4800 mm 8 Grea localizada acima da linha neutra deve ser de 2400 mm, Escrevemos (20}(100) + 20y = 2400 y = 20mm Note que a linha neutra nfo passa pelo centrside da seg transversa 0 Plistico, A resultante R, das forgas elementares que atuamn na al a Aya passa pelo centrbide daquela area. Temos Ry = Ayo = ((0,100 mX0.020 m)} 240 MPa = 480 kN Ry = Ayes = {(0,020 myX0,020 m)] 240 MPa = 96 kN Ry = Agog = [(0,020 m)(0,020 m)] 240 MPa = 288 kN Ry = Ayers = [(0,060 m)(0.020 mj} 240 MPa = 288 kN 100 mm | ny, = 200M | 1, [om = HH oni tea “om ut ite H i it © momento plastic € obtido somando-se os momentos das foryas em relagic -M, = (0.030 m)R, + (0,010 m)Rz + (0,030.m)R, + (0,070 m)Ry = (0,030 m)(480 kN) + (0,010 m)(96 kev) +(0,030 m)(288 KN) + (0,070 m)(288 KN) = 44,16 KN +m M,=H2KN-m 4 Nota: Como a segdo transversal no 6 simétrica em relagio ao ei dos momentos de R, e Ry ndo € igual & soma dos momentos de Ry e Ry PROBLEMA RESOLVIDO 4.7 Para a viga do Problema Resolvido 4.5, determine as tensdes residuais © 0 raio de ccurvatura permanente depois de ser removido o momento fletor M de H111 KN «m, SOLUGAO Carregamento, No Problema Resolvido 4.5, foi aplicado um momento M = LLITKN - me foram obtidas as tenses mostradas na Fig. 1 Desearregam fstico, A viga € descarregada pela aplicagio de um ‘momento M = ~1111 KN +m (igual e oposto so momento aplicado originalmente) Durante esse descanregamento, a aco da viga € totalmente elistica. Lembrando do Problema Resolvido 4.5 que / = 6,0 10m, caleulamos a méxima tensto Me _ (LLLLEN + m)(0,20 m) ei = 370MPa a 60 10-F mt Fi As tens6es provocadas pelo descarregamento so mostradas na Fig. 2 Tensoes Residuais. Fazemos a superposigdo das tensdes em virtude do car regamento (Fig, 1) ¢ do descarregamento (Fig. 2), € obfemos as tenses residuais na viga (Fig. 3). Mm TETAS tT o e Raio de Curvatura Permanente, Em y = 0,175 m a tensio residual 6 @ = —21 MPa, Como no ocorreu nenhuma deformacao plistica nesse ponto, pode ser usada a Tei de Hooke e temos ¢, = «7/E. Recordando a Equagio (4.8), eserevemos yE _ _ (0,175 m)(200_ x 10? MPa) fk, EO era o 21 MPa Notamos que a tensfo residual € de trago na face superior da viga € de com- pressio na face inferior, apesar de a viga estar com a concavidade para cin PROBLEMAS 4.67 Uma barra com a segiio transversal mostrada na figura € constituida de ago elastopléstico, com E = 205 GPa eo, = 330 MPa, Deterinine © momento fle | tor M no qual (a) o escoamento inicia, (b) as zonas plisticas nas partes superior ferior da barra tém espessura de 2,2 nm. T6000 Fig, P4.67 4.68 Para a barra de ago do Problema 4.67, determine a espessura das zonas plisticas nas partes superior ¢ inferior da barra quando (a) M = 28 N - m, (b) ML 34N-m 4.69 A barra prismética mostrada na figura € constituida de ago clastopli tico com og = 300 MPa e estd submetida a um momento M paralelo a0 eixo x Determine 0 valor deste momento para © qual (a) comeca o escoamento, (b) 0 10 cleo eldstico da barra tem 4 min de espessura Fig. P4.69 4.70 Resolva o Problema 4.69 considerando que © momento fletor M ¢ paralelo ao eixo z 4.71 Uma barra quadrada cheia com 15 mm de lado é feita de ago elast plistico, com E = 200 GPa e c, = 330 MPa, Sabendo que um momento fletor M 6 aplicado e mantido em tomo de um eixo paralelo @ um lado da segio tran sal, determine 0 momento M do momento fletor para © qual o raio de curvatura é de'l,8 m. Cap.4 Florio Pura 245 4.72. Para a barra quadrada cheia do Problema 4.71, determine 0 momento Mf para o qual o raio de curvatura é de 0,9 m. 4.73 © 4.74 Uma viga com a segfo transversal mostrada na figura é const lufda de um ago clastopléstico, com E = 200 GPa e og = 240 MPa. Para flexio em tomo do eixo z, determine 0 momento fletor no qual (a) inicis-se 0 escoamento, (b) 1s zonas plisticas nas partes superior e inferior da barra t&m 30 mm de espessuta. y 4 fi fh femress-f ian =] 25mm [ ‘| . —H |: 125 mm [ | 25 mun 2sum— | 25mm 25am— | | [125mm 25mm 50 mn Fig. Pa.75 Fig. Pa.76 4.77 até 4.60 Para a viga indicada, determine (a) 0 momento pléstico M, (b) 0 ator de forma da segso transversal, 4.77 Viga do Problema 4.73. 4.78 Viga do Problema 4.74, 4.79, Viga do Problema 4.75 4.80 Viga do Problema 4.76. Fig. P41 481 @ 482 Deine 0 momenta plistico M, de ume viga de ago co tego eevee tata my figue conden ques apo ja satoglin com Ie | | niet ec mn som} L| [ton Fie, Pasa 4489. Detemine 0 mamenio plisico My dx sogio transversal most ma figura considerando que o ago teja elastoplastico com uma tensso de escoamento de 50 MPa, 125 mm |f Fig. Paso 4.84 Determine o momento plistico M, da segSo transversal mostra figura considerando que 0 ago sea elastopléstic com utna testo de escoamento de 330 MPs a5 T Fig, Pa.24 4.85 Um tubo de parede grossa com a segao transversal mostrada na figura 6 feito de ago elastoplistico com uma tensio de escoamento «r,. Deduza uma e para o momento plastica M, do tbo em termes de ¢), ¢) © Fig, P85 © PA.a6 4.86 Determine © momento plastico M, de um tubo de parede grossa com segio transversal mostrada na figura, sabendo que ¢, ='60 mm, ¢ = 40 mm € 240 MPa, 4.87 4.88 Para a viga indicada, um momento igual ao momento plistico MM, & aplicado e, em seguida, removido. Usando uma tensfo de escoamento de 240 MPa, determine a tenso residual em y = 45 mm, 4.87 Viga do Problema 4.73, 4.88 Viga do Problema 4.74 4.89 ¢ 4.90 Para a viga indicada, um momento igual 0 momento plistico 'M, € aplicado © em seguida removido. Usando uma tensfo de escoamento de 290 MPa, determine a tensio residual em (a) y = 25 mm, (6) y = 50 mm. 4.89 Vigan do Problema 4.5. 4.90 Viga do Problema 4.76. 4.91 Um momento fletor é aplicado & viga do Problema 4.73, provocando 0 aparecimento de zonas plisticas de 30 mm de espessura nas partes superior e inf rior da viga. Depois que o momento é removido, determine (a) a tenséo residual em y= 45 mim, (b) os pontos onde a tensZo residual € zero, (¢) 0 raio de curvatura cor: respondente 4 deformagso permanente da viga, 4.92 Um momento fletor € aplicado & viga do Problema 4.75, provocando 0 aparecimento de zonas plisticas de $0 mm de espessura nas partes superior e inf rior da viga. Depois que o momento 6 removido, determine (a) a tensio residaal em y = 50 mm, (b) os pontes onde a tensfo residual é zero, (c)o raio de curvatura cor- respondente a deformagdo permanente da viga. 4.93 Uma barra retangular reta livre de tensdes € flexionada formanclo umn arco de circunferéncia de raio p por dois momentos M. Depois de os momentos serem removidos, observa-se que 0 raio de eurvatura da barra € pg. Chamando de pe © majo de curvatura da harta no inicio do escoamento, mostre que 6 raio de curvatura, ; mat Salt -3e)] 4.94 Uma barra de segio transversal reangular € consttwida de um material clastoplistico. Chamando de Mj © pp, respectivamente, 0 momento fletor¢ 0 raio de eurvatura no inicio do escoamiento, determine (a) o raio de curvatura quando € ap! ccado & barra um momento fletor M = 1,25 My, (b) 0 raio de curvatura depois que © momento € removido. Verifique os resultados determi- nada no Problema 4.93, 4.95 _A barra prismatica AB é constituida de um ago elastoplistico e para 0 qual E = 200 GPa. Sabendo que o raio de curvatura da barra é de 2,4 m quando € aplicado um momento fletor M = 350 N + m conforme mostra @ figura, deter ‘mine (a) a tensio de escoamento do ago, (b) a espessura do nicleo eldstico da barra, 6 ma Fig. P4.95 (Cap.4 Flexo Pura 247 B 6 constitufda de uma liga de aluminio para a qual 4.96 bacra prisma a curva de tensio-deformagio espectfica em tragdo € mostrada na figura. Con siderando que a curva de o em fungio de 6 « mesma em compress e em tragao, determine (a) o raio de curvatura da barra quando a tensto maxinna € de 250 MPa (b) 0 valor comespondente do momento fletor. (ges: Para parts b, costs uma curva de oem Fungo de ye use um método aproximado de integracdo,) ott all TA oan 2 on | w ge | “eg 100] 7 A | i t 0 000 an0 Fig. P96 4.97 A barra prismética AB 6 feita de uma liga de bronze para a qual a curva tensio-deformagio especifica em tragiio € mostxada na figura. Considerando que a curva de o em fungao de € é a mesma em compressiio © em tragdo, deter ‘mine (a) a tensio méxima na barra quando o raio de curvatura da barra for de 2540 mm, (6) 0 valor correspondente do momento fletor. (Veja a sugestio dada no Problema 4.96.) | - . er | 4.98 Uma barra prismatica de seglo transversal retangular 6 constitu de uma liga para a qual a curva tensho-deformagio especfica pode se represetada pela relagdo € = ko" para e > Oe € = — |ko para o< 0, Se um momento Mletor M & aplicado & barra, mostre que a tensio méxima 6 a SFT TG S| (cap. 4 Flexéo Pura 249 4.12. CARREGAMENTO AXIAL EXCENTRICO EM UM PLANO DE SIMETRIA Vimos na Segio 1.5 que a distribuigfo de tensées na segdo transversal de ‘uma viga sob carregamento axial pode set considerada uniforme somente se a linha de ago das cargas P e P* passa pelo centrdide da sego transversal, Dize- ‘mos que um carregamento desse tipo € centrada. Vamos agora analisar a dis- tribuigdo de tenses quando a linha de ago das forgas néo passa pelo centréide dda segio transversal, isto é, quando o carregamento & excéntrico. As Figs. 4.46 e 4.47 mostram dois exemplos de carregamento excéntrico, No caso do poste de iltminagio, o peso da Iimpada provoca um carregamento excéntrico no poste. Da mesma forma, as forgas verticais que atwam na prensa provocam um carregamento excéntrico na coluna de trés da prensa, Fig. 46 Fig. 4.47 pfiy oe ray a - Nesta seco, nossa andlise estaré limitada a barras que possuem um plano "ge" VT de simetria, e vamos assumir que as forgas so aplicadas no plano de simetria 4 a «la barra (Fig. 4.480). Os esforgos intemos que atuam sobre uma segio trans- versal podem ser representados por uma forgaF aplicada no centrSide Cda seyo © um momento fletor M atuando no plano de simetria da barra (Fig. 4.48b). As condledes de equilibrio do diagrama de corpo livre AC requerem que a forga F seja igual e oposta a P", e que o momento fletor M seja igual e oposto ao mo- mento de P’ em relagao a C. Chamando de d a disténcia do centide C até a linha de ago AB das forgas P e P*, temos F=P oe M=Pd (4.49) Observamos agora que 0s esforgos intemos na segio poderiam ter sido re- w presentados pla mesma forgae momento, sea parte reta DE da barra AB ivesse My wat sido destacada de AB e submetida simultaneamente as forgas centradas P e P’ ¢ ede 205 momentos fletores M e M' (Fig. 449) Assim, a distbuigao de tnsies de. rer vido 20 camegamento excéntrico eriginal pode ser obtida pela superposicio w da distribuig&o uniforme de tensio correspondente as forgas centradas Pe Pe Fig. 4.49 Resistncla dos Materia Fig. 450 Fig. 451 da distribuigao linear correspondente aos momentos fletores Me M' (Fig Escrevemos entiio onde A € a rea da segio transversal e / seu momento de inércia em relagdo a ceixo que passa pelo centréide da segiio transversal, e onde y 6 medido a partir desse eixo da seco transversal, A relagio obtida mostra que a distribuigao de tensBes ao longo da secio € linear mas niio uniforme. Dependendo da tria da segdo transversal e da excentricidade da forga, as tenses combin dem ter todas el mas poden ser positivas e outras negativas, como mostra a Fig. 4.51. Nesse iiltima caso, hhaverd uma linha na seco ao longo da qual or, = 0. Essa representa a linha new 7a da seco. Notamos que a linha neutra no coincide com o eixo que p pelo centréide da segio, pois 7, #0 para y = 0. | + 2 = = Os resultados obtidas sfio validos somente quando satisfeitas as condigaes, de aplicabilidade do principio da superposigio (Se: Saint-Venant (Segiio 2,17), Isso significa que as ui ultrapassar o limite de proporcionalidade do material, qui cadas pela flexio nfo devem afetar 4.48a, © que a seco transversal onde as tensdes so calculadas. no deve estar muito perto dos pontos D ou E na mesma figura, O primeiro desses re quisitos mostra claramente que o método da superposigao nao pode ser aplicado As deformagies plisticas. e forma aprecivel a dist ccap.4 Flaxdo Pura 251 Uma corrente de elos abertos € obtida dobrando-se barras de As distribuigdes de tensao correspondentes so mosiradas nas ago de baixo teor de earbono, de 12 mm de didmetro, na partes « e da Fig. 4.54. A distribuigio provocada pela forma mostrada (Fig, 4,52), Sabendo que a corrente suporta centrada P € uniforme igual a cy = P/A. Temos uma forga de 750 N, determine (a) as tensDes méximas de Lragito © compressa na parte reta de um elo, (b) @ distancia or eee entre o eixo que passa no centroide e a Tinha neutra de uma ae=t Te 6,63 MPa seg transversal © TTT 10 @ ( i 16mm Fig. 454 Fig. 452 ‘A distribuigao provocada pelo momento fletor M é linear com tuma tenso maxima cr, = Me/I. Bscrevemvos entao 1 = fare! = }n(6 % 107 my! = L018 x 10 (a) Tensées de Tragao © de Compressao Maximas. 7 (12N + myo x 107 m) (0s esforgos internos na Segio transversal sfo equivalentes a mg > _ = 70,73 MPa uma forga centeada Pe a um momento fletor M (Fig. 4.53) de 1 1018 x 10°? wr intensidades Superpondo as duas distribuigées, obtemos « dlistibuigao de nnsdes correspondente para 0 carregamento excétrico dado 750N Fig. 4.5de). As tensdes méximas de trago € compress na P id= ba = CRITE) = eam segio resultam, respectivament 0, = 05 + Oy = 6,63 + 70,73 = 77,36 MPa oy ~ oy = 6,63 ~ 10,73 = ~64,10 MPa d= 6.0m P (b) Distancia entre 0 Eixo Que Passa pelo Cen tréide e a Linha Neutra. distiacia yy do eixo que pass, pelo centrdide para a linha neutra da secao € obtida fazendo- se 07, = 0 na Equago (4.50) e resolyendo para P_ My. o as su (ENE) = 082 1 A 1a Fig. 453 vy = 0,56 mim 252 resctincia dos Materials PROBLEMA RESOLVIDO 4.8 Snbendo que para a pega de ferro fundido mostrada as tensdes adiissiveis sf 30, MPa na tragao c 120 MPa na compressfo, determine a maior forga P que pode ser aplicada a pega. (SugesiZo: A seco transversal em forma de T do elo jf foi consi dderada no Problema Resolvido 4.2.) SOLUGAO, Propriedades da Seco Transversal. Do Problema Resolvido temos A= 3000mm?=3x 103m? — ¥= 38mm =0,038m = 868 x 10° mt Agorm escrevemos: d= (0,038 m) ~ (0,010 m) = 0,028 m Forea e Momento em C. Substituimos P por um sistema equivalente forga «© momento no centrside C. P=P — M = Pld) = P(0,028 m) = 0,028 P AA forga P atuando no centréide provoca uma distribuigo de tensio uniforme Fig. 1). O momento fletor M provoca uma distibuiglo de tens linear (Fig. 2) 3337 (Compresséo) A 3x10 Mey _ (0,028P)(0,022) pat = SAS = 110P (Tragic) T ~ 868 x 10 Mey _ (0,028PY(0,038) _ 226P (Compress i re a) Superposiglo. A distribuigio total de tensio (Fig. 3) é encontrada super- pondo-se as distribuigdes de tensdo provocadas pela forga centraca P e pelo mo ‘mento M. Como a tragto & positiva, ¢ a compressio € negativa, temios -333P + T10P = +377P —(Tragio) ~333P — 1226P = ~1559P —_(Compressio) Maior Forca Admissivel. A intensidade de P para a qual a tens&o de tragio no ponto A é igual & tensio de trago admissivel de 30 MPa € eacontrada es crevendo-se oy = 371P = 30MPa P= T96kN 0) € tragdo abaixo (y <0). Por outro lado, 0 momento M, atwa enn ui plano horizontal e flexiona a barra naquele plano (Fig. 4.63). As (ensbes rest tantes so sso acima do plano M, o, as) onde J, 6 0 momento de inércia da sea lago no eixo principal de ind cia y, € onde o sinal positivo & devido ao fato de que do plano xy vertical (z > 0) e compressio & sua direita (z <0). A distribuigao das tenses provocada pelo momento M original é obtida superpondo-se as istribuigdes de tensio definidas pelas Equagdes (4.53) © (4.54). mente, Temos ect ca.4 Flexo Pua 263 Notamos que a expresso obtida também pode ser usada para caleular as lenses em uma sect assimétrica, como aquela mostrada na Fig. 4,64, uma vez que 0s eixos principais de inéreia ye ¢ foram determinados. Por outro lado, a Fig. 4.64 Equaghi ‘lida se forem satisfeitas as condigdes de aplicabilidade {do principio da superposig&o. Em outras palavras, ela nifio deverd ser usada se is tensbes combinadas excederem o limite de proporcionalidade do material, ou se us deformagdes provocadas por um dos momentos componentes afetar de forma aprecidvel a distribuigao de tensdes provocadas pelo outro. A Equagao (4.55) mostra que a distribuigdio de tensGes provocada pela flexsio issimétrica € near. No entanto, conforme ja indicamos nesta seco, a linha neu: ra da segao transversal, em geral, no coincidiré com a diregio do momento fle ‘or Como a tensdo normal é zero em qualquer ponto da linha neutra, a equgio que define aquela linha pode ser obtida fazendo-se 0, = 0 na Equagio (4.55). Bscrevemos. My | M, = 4 1, ‘ou, resolvendo para y € usando M, e M, das Equagdes (4.52), »=(Ee «30 A equagio obtida é aquela de uma linha reta de inclinagdo m = (I,/1,) tg 8. As- sim, 0 Angulo ¢ que a linha neutra forma com o eixo z (Fig. 4.65) 6 definido Fig. 4g pela relagiio (457) onde @ € 0 Angulo que o vetor momento fletor M forma com © mesmo eixo z. Como J, € 1, so ambos positivos, € @ tém o mesmo sinal. Além disso, no: amos que > 0 quando f. > J,,€ < @ quando I, < J,. Assim, a linha neu lia est sempre localizada entre 0 vetor momento fletor M e o eixo principal ‘orrespondente ao momento minimo de inércia, (| SES a Sa PR NTR RSET 264 a SEO Um momento de 180 N - m é aplicado a uma viga de madeira, A maior tensto de tragio provocada por M, ocorre 20 longo de sal retangular de 38 X 90 mm em um plano AD e mine (a) a tensio maxima na viga, (b) 0 Angulo que a superfi- a= Dao MPs (b) Angulo da Superticie Neutra com o Plano Horizontal. © Angulo que a superficie neutra forma com 0 ig. 4.68) 6 obtido da Equagio (4.57) plano horizontal (Fi Fig. 4.65 (a) Tensao Maxima. As componentes M, e M, do ve- tor momento sio determinados em primeito lugar (Fig. 4.67) M, = (180N + m) cos 30° = 156 N= m C\e 90N+m M, = (180.N + my) sen 30° ; Fig. 468 Me, - 2,31 x 10-* w u we o= 10 wig 30" = 325 eo OAL x 10° ° ~ ne ! A distibuigio das tensBes 20 longo da segio é mostra a) Fig. 4.68, | Fig. 497 i Calculamos também os momentos de inércia da segio transversal em relagio aos eixos ze y 41, = #5(0,038 m)(0,090 m)? = 2,31 x 10-¢ mt 1, = (0,090 m)(0,038 m}* = 0,41 x 10-6 m* maior tensiio de tragio provocada por M, ocorre ao longo de Mz _ (156NN = m)(0,045 m) 4 2,31 X 10-6 mt on 4.14, CASO GERAL DE CARREGAMENTO AXIAL EXCENTRICO. Na Seco 4.12 analisamos as tenses produzidas em uma barra por uma forga axial exc@ntrica aplicada a um plano de simetria da barra. Agora est ddaremos 0 caso mais geral quando uma forga axial ndo é aplicada a um plano de simetria, Considere um elemento reto AB submetido a forgas axiais centradas iguais «© opostas P e P’ (Fig. 4.70a), e sejam a e b as distincias da linha de ago das Forgas até os cixos principais de inércia da sego transversal da barra. A forca exc8ntrica P é estaticamente equivalente ao sistema consistindo em uma for- ‘1 centrada P e dois momentos M, = Pa e M, = Pb representados na Fig. 4.70 Analogamente, a forga excéntrica P’ 6 equivalente & forga centrada P’ ¢ aos mo- mentos M',¢ M’ Em virtude do prinefpio de Saint Venant (Sego 2.17), podemos substituir 0 ‘aregamento original da Fig. 4.70a pelo carregamento estaticamente equivalente ‘ig. 4.70b para determinar a distribuigdo de tenses em uma segio S da barra, desde que aquela secio nio esteja muito perto de uma das extremidades da barra, Algm do mais, as tenses provocadas pelo carregamento da Fig. 4.70b poxdem ser obtidas superpondo-se as tensGes correspondentes pela forga axial centrada Pe pelos momentos fletores M, € M,, desde que sejam satisfeitas as condighes de aplicabilidade do prinepio da superposigdo (Segao 2.12). As ten- ses provocadas pela forga centrada P so dadas pela Equagio (1.5), as tenses provocadas pelos momentos fletores pela Equagio (4.55), desde que os corres- ondentes vetores momentos estejam direcionados ao longo dos eixos principais de inéreia da segio, Bserevemos enti, (4.58) onde y e ¢ so medidos em relagio aos eixos principais de inércia da segio. AA relagiio obtida mostra que a distribuiglo de tens6es ao longo da segdo & tinear. ‘Ao calcular-se a tensio combinada o, da Equagao (4.58), deve-se tomar ccuidado para determinar corretamente 0 sinal de cada um dos ttés termos no miembro da direita, pois eada um desses termos pode ser positivo ou negativo, dependendo do sentido das forgas P e P' e da localizago de suas linhas de aco ein relagio aos eixos principais de inércia da segao transversal. Dependendo da geometria da seco transversal e da localizagao da linha de agio de P e P’, as ‘ensbes combinadas «, obtidas da Equagao (4.58) em varios pontos da seco po- ddom ter todas elas 0 mesmo sinal, ou algumas podem ser positivas outras neza- tivas. Nesse tiltimo caso, haverd uma linha na seco, ao longo da qual as tenses siio zero. Fazendo «7, = 0 na Equagio (4.58), obtemos a equaga0 de urna linha rela, que representa a linha neutra da segao: MM a >I LL a a a ee RE SERRA 7 cap. 4 Flexdo Pura 265 EXEMPLO 4.9 inst forga vertical de 4.80 KN & aplicada em um poste de rsa retangular, de 80 120 mm, 4.71, (a) Determine as tensées nos a neutra da seco madeira de segdo tra BCe Fig. 471 (a) Tensoes tum sistema equivatente M, A tonga encentrica dada € substitufda por onsistindo em uma forga centrada P e M,, representados por vetores dire- os principais de inéreia da seg (Fig, 2), Temos M, = (4,80 KNYAO mm) = 192.» m 1. = (4,80.KN)(60.mm ~ 35 mm) = 120N +m viculamos também a érea ¢ os momentos de inéreia da seco A = (0,080 m)(0,120 m) = 9,60 x 107? m#? 1, = {(0.120 m)(0,080 my! = 5,12 x 10- m# 1, = (0.080 m(0,120 my = 11,52 x 10-6 mt Jo 7g em virtude da forga centrada P € negativa e uni- Forme ao ton, to, Temos ~0,5 MPa tcoxdes provocadas pelos momentos fletores M, e M, so incarmente distributdas a0 longo da segio, com valores mé 10s iguais,respectivamente, a Micunn _ (192'N + m)(40 mm) “ sora = 1,5 MPa I, 512% 10° a vic _ (1201N = 60mm) _ 59 I 1152 10r% mt 525 MPa As tonsss ‘onde os sinais devern ser determina vando que as tensées prov Dye negativas em Ae B slo positivas em Be (b) Linha Neutra, tum ponto G entre B e ( pela Fig. 4.72, Obser » positivas em Ce das por M pprovocadas por M, negativas em A D, obtemos 0.5 ~ 1,5 ~ 0,625 = ~2,625 MPa 05 — 1,5 + 0,625 = —1,375 MPa 05 + 1,5 + 0625 = +1,625 MPa 0,5 + 1,3 ~ 0,625 = 0,375 MPa Fig. 4.73 em um ponio H entre De A (Fig 4.73), Como a distribuigao de tensao € linear, escrevemo BG 30mm HA A linha neutrn pode ser tragada ps 4.74), A distribuigiio de tenses ao longo da sesio & mostrada ma 45, L375 1625 + 1375 2,625 0375 BG = 36,7 mm vn HA = 70mm s pontos Ge H (Fig Fig. 4.74 i 12085 mm 38 mun 254mm Ye | (cap. 4 Flexdo Pua 267 PROBLEMA RESOLVIDO 4.9 ‘Uma forga horizontal P 6 aplicada a uma segio curta de vina viga de ago laminado 1250 X 37,8, conforme mostra a figura. Sabenclo que a tenso de compressio na ‘vign no pode ultrapassar 82 MPa, determine a maior Forga P admissivel SOLUGAO Propriedudes da Seco Transversal. Os dadios a Apéndice C. it so obtidos do ‘Area: A = 4820 nn? ‘Médulos de Resistencia da Secao: W, = 402 * 10° mm! W, 7.5. 10? mn? € Momento em C, Substiulimos P orga e momento no centréide C da sega transver 1 umn sistema equivalente de i M, = (1208 nme M, = G8 mmr Note que 0s vetores momentos M, ¢ M, estio direcionados ao longo dos eixos principais de inércia da sego transversal Tensiies Normais. Os valores absolutos das tensdes nos pontos A, B, De em virtude da carga centrada P e dos momentos M, e M,, respectivamente, $0 2x 10-4P a= 3,0 x 10-'P 38P. 47,5 x 10° mm o 0x 10-'P A M, W, 402 10" mm M, Ww, Superposigio, A tense total em cada ponto € encontrada superpondo-se as tensées provocadas por P, M, e M,. Determinamos o sinal de cada nando cuidadosamente o esquema do sistema de forga © momento. so exaini- 04 = ~0) + 02 + 03 =(-2.1P + 30P + BOP) x 1 = 89 x 10-4 Op = ~0) + 03 ~ 03~ (-2,1P + 3.0P ~ 80P) x 10! 1x 10'P Om = ~~ 02 + Oy = (~2,1P — 3,0P + 8,0P) x 10-4 = 29 x 1O-P Oe = ~0) ~ 02~ 0y= (~2,1P ~ 30P ~ 80P) x 10 = ~13,1 x 10-4P Maior Forga Admissivel, A maxima tensfio de compressa acorte no ps E, Lambrando que jn = ~82 N/mm, escrevemos Cnta 82. Nim? = =13,1 x 10™'P P= 620KN 4 268 resistencia dos Matorisie “PROBLEMA RESOVIDO 4.10 Um momento de intensidade My = 1,5 KN + m atuando em um plano vertical é aplicado a uma viga que tem uma sesfo transversal em forma de Z, mostrada na figura. Determine (a) a tensio no ponto A, (b) o Angulo que a linha neutra forma com o plano horizontal. Os momentos ¢ © produto de inéscia da se¢3o em relagdo 1 208 eis y ¢2 foram caloaladose so os seguintes ea 1, = 325 x 10° mt -semm | i= A x 10% 100 a 2,87 x 10° mit ue SOLUGAO Eixos Principais. Desenhamos o eftculo de Mohr e determinamos a orien tagio dos eixos principsis de inércia e os momentos principais de inércia corres: pondentes, fy 1 (109m) i mo, - 2-281 EF 0465 = (EF) + (FaP = (0.465) + (2.87 R= 291 x 10°% mt 1 R= 3,72 ~ 2.91 = 0810 X 10-* mi" 28, = 80,8° 0, = 40.4° Inaio + R= 3,72 + 2,91 = 663 x 10°* snto, © momento Mg aplicado & decomposto em componentes paralelos aos eixos principais. M, = Mysen 0,, = 1500.sen 40.4 M, 9T2N-m = 1500 cos 40,4° = 1142.N +m M, cos 4, Tensio em A. As distincias perpendiculares de cada eixo principal até 0 pponto A so 50 cos 40,4° + 74 sen 40,4" = 86,0 mm, iy = Y4008 Oy + 24800 Uy = ~y4 Sen Oy + %4 C08 y= —50 sen 40,4° + 74 cos 404° = 23,9 mm Considerando separamente a flexio em torno de cada eixo principal de inéria, no yest, tamos que M, produz uma tensao de tragio no ponto A enquanto M, produz una tensfio de compresso no mesmo ponto, [ 4 "i, 972 - m{0239 m) _(LLA2N + (00860 m) uy os = 810 x 10°F me 6.63 X 10% t = +(28,68 MPa) ~ (14,81 MPa) y= HIS87N : b. Linha Neutra, Usando a Equagho (457), encontamos 0 fngulo que 8 > Jinhaneuta forma com o exo» 663 0810 wan e404" p= 818 5 i840, (© Aingulo formado pela linha neutra ¢ « horizontal € 81,8" ~ 40, B= 0-8, p= 414° pane 4 eT OBLEMAS 4.126 até 4.128 © momento M é aplicado a uma viga com 2 sogio trans versal mostrada na figura em um plano formando um Angulo & com a vertical. De termine a tens0 no (a) ponto A, (B) ponto B, (c) ponto D. & wm M= 25h | Meaao8em OL LP ‘Town 41mm 400m Fe Fig. P1268 Fig, Pa.127 Fig, Pa.128 4.129. 4.131 © momento M é apticado a uma viga com a segio transver sal mosirada na figura em um plano formando um Sngulo com 2 vertical. Deter nine a tensio no (a) ponto A, (b) ponto B, (e) poato D. mm \ 0mm 60m 40 mm eS e 2 D eae L100 inl — b-— 120 mm —>I 0 min 1000 Fig. PA.129 Fig. P4.130 Fig, Pat3t Av orientada conforme mostra a figura. Determine (a) 0 Angulo que a linha neutra forma ‘com a horizontal, () a tensio de tragio maxima na viga. Fig. Pa.132 cap.4 Flexo Pua 269 "| LL TT a a LT TS eR EET 4.133 © 4.134 0 momento M atua em um plano vert plicado a um Vga orientada, conforme mostra a figura. Determine (a) 0 Angulo que a linha neutr forma com a horizontal, (b) a tensio de tragio maxima na viga th ye J Maun Fig. Pa.133 Fig. Pata 4.135 até 4.137 © momento M stua em um pkino vertical e é aplicado a uma vige orientada, conforme mostra « figura. Determine (a) © Angulo que a linha neutra forma com a horizontal, (b) a tensio de tragio maxis na Viga : “ Meu y= 981 % 104m Fig. P4136 Fig. P4.137 *4.198 © *4.138 © momento M atua em um plano vertical © & aplicado a uma viga orientada, conforme mostra a figura. Determine 4 tensio no pont A. Wa ee | i i | ! Po at itt 614 1? aunt I, 45% 104 mnt 4 _ _ xp.4 Floxéo Pura 271 4.140 Uma placa rigida citcular com raio de 125 mm est presa a um poste re tangular cheio de 150 200 mm, com o centro da placa alinhado com o centro do peste. Se uma forga P de 4 KN € aplicada aE com @ = 30°, determine (a) a tensio no onto A. (ba tensio no ponto B,(c) ponto onde a linha neuteaintercepta a linha ABD. | Fig, Pai4o 4.141 No Problema 4.140, determine (a) 0 valor de @ para o qual a tensio em D atinge seu valor miiximo, (b) 0s valores correspondentes da tenstio em A, B, Ce D. 4.142 Para o catregamento mostrado, determine (a) a tensfo nos pontos A © 2B, (b) 0 ponto onde a fina neutra intercepta a linha ABD. 2} 100 mg / Fig, Pa.taz 4.143 Resolva o Problema 4.142 considesando que a intensidade da forga plicada em G eresce de 1100 N a 1800 N. 4.144 Uma forga horizontal P de intensidade 100 kN € aplicada & viga mostrada na figura. Determine a maior distincia para a qual a tensio de trago midi ma na Viga ndo ultrapasse 75 MPa, oN, Dinensées.em mm 30 Fig. Pa.taa 4.145 Uma forga axial P de intensidade de 50 KN € aplicada, conform: mostra a figura, a uma segio de uma viga curta de ago lainado W150 X 24. De termine a maior disténcia a para a qual a méxima tensio de compressio nao trapasse 90 MPa, Fig, PA145 4.146 A seco em forma de Z mostrada na figura esti submetida a um mo- ‘mento M, stuando em um plano vertical. Determine o maior valor admissivel di ‘momento My se a tensfo méixima aio deve ultrapassar 80 MPé 2,28 X 10-€ mam, Ing = 0,23 X 10° mi, eixos principals, A000 Fig. Pa.146 AAAT Resolva o Problem: plano horizontal 46 assumindo que 0 momento M, ste em 4.148 Uma viga com a segiio transversal mostrada na figura esti submetila ‘a.um momento Mg que atua em um plano vertical. Determine © maior valor admis sivel do momento Mp se @ tensto méxima na viga nfo deve ultrapassar 82 MPa, Di dos: I, = I, = 550 X10° mm, A = 2736 mm, yyy = 25 mum. (Sugesiao: Em aria dda simetri, os eixos principals formam um Angulo de 45° com os eixos cool dos, Use as relagdes Iyig = Alyn © Emin + Ins = y+ He) sm = a ee | | 120m | | a isaeee ‘ Fig. Pa.t48 Cop.4 Fito Pura 273 4.149 Resolva 0 Probletna 4.148 considerando que momento My age em um plano horizontal \ 4.150 Um momento My atwando em um plano vertical é aplicado a uma viga de go laminada W310 > 23,8 cuja alma forma um éngulo @ com a vertical. Chaman do de og a tensio maxima na viga quando 8 = 0, determine o &ingulo de inelinae para o qual a tensio méixima é 2p, 4.151 Uma viga com a seco transversal mostrada na figura € submetida a um momento My atuando em um plano vertical. Determine o maior valor admissivel do momento My para que a tensio méxima ndo ultrapasse 100 MPa. Dados: 1, 1. = b/36 € Ly. = BY T2 Fig. P4.150 PT { b= 60mm, P= 60 mun Fig. Pa.tst 4.152 Uma viga de segdo transversal assimétrica € submetida a um momento Mj, atuando no plano vertical xy. Mostre que a tensio no ponto A, de coordenadas inle J, J. € J, $0 08 momentos ¢ produto de inéreia da segdo transversal em re lagio aos eixos coordenadas, e M., 0 momento fletor. Fig. P4.182 0 P4183 4.153 Uma viga de segio transversal assimétrica ests submetida a um mo- meiifo My atuando no plano horizontal xz. Mastre que a tensfio no ponto A, de soordenadas y'e 2, € Ic ly 1. € f, sio os momentos e produto de inéreia da segdo transversal em re ‘lo aos eixos coordenados, ¢ M,, 0 momento fletor. : 4,154. (a) Mostre que, se uma forga vettical P & aplicada ao ponto A da seg a equagio da linha neutra BD & ( Jes (Ae onde ke k, representam os raios de girago da seco transversal em relago 0 eixo | 20 eixo x, respectivamente, (b) Mostre ainda que, se unis forga vertical Q & apli oe, cada a qualquer ponto localizado na linha BD, a tensdo no pouto A ser 2219 z “A o 4.155 (a) Mostre que a tensio no vértice A do elemento prismético mostrad na Fig, P4,155a ser zero se a forga vertical P for aplicada a um ponto localizado r linha. Fig. Pa.t54 oie v6 (b) Mostre ainda que, para no ocorrer tensio de trago no elemento, a forga Pd set aplicada @ um ponto localizado dentro da srea delimitada pels inh encontrada na parte (a) e us linhas similares correspondendo & condicao de tenso zero em B. Ce D, respectivamente. Essa érea, mostrada na Fig. 4.155), & conhecida como 1 cleo central da s Fig. P4155, *4.15. FLEXAO DE BARRAS CURVAS Nossa anélise de tensdes provocidas por flexdo esteve restrita até agora Darras retas, Nesta segfio vamos considlerar as tensGes provovadas pela api cde momentos fletores iguais e opostos a barras que inicialmente foram curvadas, Nossa discussao sera limitada a barras curvas de segiio transversal uniforme po suindo um plano de simetria no qual so aplicados os momentos eto assumiremos que todas as tensGes permanecem abaixo do limite de pro cionalidade, ‘Sea curvatura inicial da barra for pequena, isto é, se seu raio de curvatur grande comparado com a altura de sua segfio transversal, pode ser obtida u boa aproximagio para a distribuigio de tensées supondo que a barra seja rota ¢ usando as formulas deduzidas nas Segdes 4.3 € 4.4.F No entanto, q de curvatura e as dimensbes da segao transversal da barra sto da m de grandeza, devemos usar um método de andlise diferente, que foi primeire mente introduzido pelo engenheiro alemiio E. Winkler (1835-1888) {Neje Problema 4.185, c=p.4 Flexto Pure 275 Considere a barra curva de sego transversal uniforme mostrada na Fig, 476, Sua segdo transversal € simeétrica em relagio ao eixo y (Fig. 4.76b) e, fem seu estado sem tensiio, suas superficies superior ¢ inferior interceptam 0 plano vertical xy ao longo dos arcos de circunferéneia AB e FG centrados em C (Fig. 4.76a). Nos agora aplicamos dois momentos fletores iguais e opostos Fig. 4.76 Mc M’ no plano de simetria da barra (Fig. 4.76c). Um raciocfnio similar Aquele da Seeao 4.3 mostraria que qualquer segio transversal plana contendo € permanecer plana, e que os varios arcos de circunfer@ncia indicados na Fig, 4.76a serio transformados em arcos de circunferéncias eoncéntricos com lum centro C’ diferente de C. Mais especificamente, se 0s momentos fletores Me M’ forem divecionados conforme mostra a figura, a curvatura dos vatios areos de cireunferéncia aumentard; ou seja, A’C’ < AC. Notamos também ue os momentos fletores M e M’ fardo diminuir o comprimento da superti- cic superior da barra (A’B" < AB) e farko aumentar o comprimento da su perticie inferior (F"G’ > FG). Conclutmos que deve existir uma superficie mneutra na barra, cujo comprimento permanece constante, A interseccao da su perficie neutra com o plano xy foi representada na Fig. 4.76a pelo arco DE tio R, € na Fig. 4,76¢ pelo arco D’E" de raio R’. Chamando de 6 e 0° os Aingulos centrais correspondendo, respectivamente, aos arcos DE e D'E', ex pressamos o fato de que 0 comprimento da superficie neutra permanece cons- tante escrevendo RO = R'O (4.59) Considerando agora o arco de circunferéncia JK localizado a uma distén cia y acima da superficie neutra, e chamando, respectivamente, de rer 0$ raios desse arco antes e depois que 0s momentos fletores foram aplicados, expres samos a deformagiio de JK como =r 0 (4.60) 276 Fesistenca dos Marais Observando da Fig. 4.76 que r=R-y r=R-y (461) substituindo essas expresses na Equagio (4.60), escrevemos = (Ri — y)e" = (Rye ago (4.59) e fazendo 6” — @ = Af, a= -yAo ‘A deformagio especftica normal ¢, de JK ¢ obtida dividindo se a deformagao 5 pelo comprimento original 78 do arco JK. Eserevemos 8 _yAe v0 76 ou, usando a primeira das relagoes (4.61 ao y si ad 4.63) @R-y ¢ AA relagZo obtida mostra que, embora cada segtio transversal permanega plana, deformacao espectfica normal €, ndo varia linearmente com a distancia y da su perficie neutra, ‘A tensio normal «7, pode agora ser obtida da lei de Hc tituindo ¢, da Equagio (4.63). Temos or, = Beg sts BAO y o> - oy) @ R-y ou, alternativamente, usando a primeira das Equagdes (4.61), EMOR-r " ? (465) ‘A Equagio (4.64) mostra que, assim como €,, a tenso normal o, ndo vari linearmente com a distancia y da superficie neutra. Construindo o grafico de fem fungao de y, obtemos um arco de hipérbole (Fig. 4.77), Fig. 7 (cap.4 Flexo Pura 277 Para determinar a localizagao da superficie neutra na barra 0 valor do coe iene E 40/0 usado nas Equagies (4.64) e (4.65), lembramos agora de que as O-paxn 3 > 0: Conc l FR > 0, OLR < t, halgendaitendin Oa forma 0 so, Al, <1 to ceno de curvature da bare (ig. 475) Farndo'? Re, crema alll Eguagdo (4.6) na forma _ aaj (omp.4 Fiexéo Pura 279 Substituindo agora £ 46/0 de (4.69) nas Equagdes (4.64) e (4.65), obtemos as seguintes expresses altemativas para a tensio normal o, em uma viga curve: o=-— (4.70) a) Devernos notar que © parlimetro e nas equagdes acima é um valor pequeno btido subtraindo-se dois comprimentos de valores muito préximos, Re 7. Para leterminar 0, com um grau razoavel de preciso, € necessério portanto calcular e -com muita precisio, particularmente quando ambos os valores sao grandes, isto é, quando a curvatura da barra é pequena. No entanto, conforme indicamos untcriormente, € possivel nesse caso obter uma boa aproximago para ¢, usando \ formula o, = ~Mf,/7 desenvolvida para barras retas. ‘Vamos agora determinar a variagao na curvatura da superficie neutra provo- ‘sada pelo momento fletor M. Resolvendo a Equagio (4.59) para a curvatura 1/R «la superficie neutra na barra deformada, escrevemos Ls a Bis R nu, fazendo 8" = @ + AO e usando a Equagdo (4.69), a ee) wo eat ie Je onde se conclu que a variagio na curvatua da euperfieneutra 6 (4.72) m barra retangular curva tem un raio médio F = 150 mm e ¢ c ana sego transversal de Targura b = 65 mm altra = 40 - ss ae sm (Fig 4.80), Determine a distinc e entre o centdide x i, linha neutra da seco transversal. ‘ 281) Rossténcla dos Materials Primeiro determinamos a expressio para o raio R da su sfivie neutra, Chamando de r; ¢ r respectivamente, 0s ris interno ¢ externo da barra (Fig. 4.81), usamos a Equagio (4.66) (473) Pra os dados forne 20 = 130mm 20 = 170 mm Substituindo os valores de f, ry e r; na Equagao (4.73) temos hb _ 40mm = 149,107 mm ~t a" "7, 130 Kincia entre o centiSide © a linha neutra da segio trans- crsal (Fig. 4.82) € entdo e R= 150 ~ 149,107 = 0,893 mm Nolamos que foi necesssirio caleular R com quatro algarismos ignifiativos para obter ¢ com um grau de preciso razosvel 1a barta do Exemplo 4.10, determine as maiores tensées de lragio e compressio, sabendo que © momento fletor na barra é M= 900 Nm. Usamos @ Equagdo (4.71) com os dados fornecides, M = 900.N-m A= blk = (65 mm)(40 mm) = 2600 mm? 1s valores obtidos no Exemplo 4.10 para Re e, R= 149,107 mm — ¢ = 0,893 mm wendo primeiro r =r; = 170 mm na Equaglo (4.71), es- Ae (900 > 10" + m)(170 mm ~ 149 mm) (2.600 (0893 mn) (770mm) Can = 479 MPa Fig. 481 F= 15010 Fig. 432 Fazendo agora r =r, = 130 mm na Bquagio (4.71), temas _ Min ~ R) mum)(130 mm ~ 149 mm) (2600 ain?) (0,895 mm)(130 mun) Pa Observagao. Vamos comparar os valores obs pak Sage © Oy COM 0 resultado que obleriamos para una bara rea, Usando a Equacdo (4.15) da Se 10 44, escrevernos 4 (900. 10°1N + mm)(20 mm) _ 31,9 MPa 7(65 mam) (40 mun (cap. 4 Flexto Pura 281 oy 20 mmf fe PROBLEMA RESOLVIDO 4.11 T raomm UM componente de mquina tem uma segso transversal em forma de 1 ™™ Te estd submetido a um carregamento conforme mostra a figura [20mm —Sabendo que a tensiio de compressio admissivel € de SO MPa, de- _Fs0mme{_}30mm_— termine a maior forga P que pode ser apcada a0 componente Segiow SOLUGAO oe Centréide da Segdo Transversal. Localizamos 0 centrdide D da seco “| transversal " Ay mn hmm 5A,mar zh, ies 1 (20)(80)= 1600 40 64% 10? (2400) = 120 x 10° 2 (40)(20) = 800.70 5610) r= 50mm = 0050m 20min A= 2400 TFAa OX IE Forga ¢ Momento Fletor em D. Os esforgos intemos na segio aa so equivalentes & forga P atando em De a um momento fletor M ‘M = P(50 mm + 60 mm) = (0,110. m)P 50 mm Superposigio. A forga centrada P provoca uma forga de compressio uni- forme na seco a-a. O momento fletor M provoca uma distribuigdo de fenséo va- ridvel [Equaedo (4.71)]. Notamos que 0 momento M tende a aumentar a curvatura da barra e, portanto, é positiva (cf. Fig. 4.76). A tensfo total em umn pont da seco 42a localizado a uma distancia r do centro de curvatura C & 60mm M(r~ R) Aer af Rao da Superficle Neutra. Determinamos agora o raio R da superti = neutra usando a Equaedo (4.66). ES 2400 mm et (= 7 I (20 mim) dr at _ « i ' 2400400 ct sou, a0” waaKs + 11756” “561 30 50 = 0,04561 m Computamos também: 0,05000 m ~ 0,04561 m = 0,00439 m Forga Admissivel. Observamos que # maior forga de compressto acorrert { 3 no ponto A onde r = 0,030 m. Lembrando de que ain, = 50 MPa e usando a y= 80mm J Equagfo (1), escrevemos a (0,110 (0030 m ~ 0.04561 m) 50x cook, Ueteiie “ieee, 50% 10a Feo mt * (BA x 10"? m0, 00439 (0030 m) 50 x 10° = ~417P ~ $432P P= 8S55KN 282 pesistéoca dos Materials PROBLEMAS 4.156 Para a barra curva mostrada na figura, determine a tensio no ponto A quando (a) h = 50 mm, (6) = 60 mun, a Fig. P4.156 0 Pa.157 4.157 Para a barra curva mostrada na figura, determine a fensio nos pontos Ae B quando h = 55 mm, 4.158 Para a barra curva eo catregamento mostrados na figura, determine a tensto nos pontos A eB quando r, = 40 mm, Fig. P4153 ¢ PA.159 4.159 Para a barra curv tensio no ponto A quando (a) r = 30 min, () ry = carregamento mostrads na figura, determin 4.160 A parte curva da barra mosirada na figura tem wm raio interno de 20 mm, Sabendo que a linha de ago da forga de 3 K ‘4 = 60 mm do plano vertical contendo cent de curvatura da bart maior tensio de compressa na bata | 4.161 Sabendo que a tensio ndmissivel na barra é de 150 MPa, determine maior distincia a possi contendo o centro de curvatura da barra da linha de ago da forga de 3 KN até o plano vertical Fig, P4.160 © P4.161 csp.4 Flexdo Pura 283 4.162 Chapas de ligagao de ago com a segio transversal mostrada na figura cstio disponiveis com diferentes ngulos centrais B. Sabendo que a tensiio admis: sivel € de 100 MPs, determine a maior forga P que pode ser aplicada a uma chapa de Tigagio para o qual = 90°. 6mm Fig. P4.162 4.163. Resolva o Problema 4.162 considerando que B = 60°. 4.164 Para o anel aberto mostrado na figura, determine a tensfo no (a) panto A, (b) ponto B. smn PS, Uyen Fig. Pa.t64 4.1650 4.166 Sabendo que M = 20 KN - m, determine a tensio no (a) ponto A, () ponto B. ie 150 mn 135mm Fig. P8.t65 Fig, Pa.t66 4.167 Trés chapas sto soldadas umas as outras para formar a barra curva mostrada na figura. Para o carregamento dado, determine a distineia e entre a linha neutra e 0 centréide da segao transversal @ Fig, P4.167 @ 4.168 4.168 Trés chapas so soldadas umas as outras para formar a barra curva mostrada na figura. Para M = 900 N + m, determine a tens20 no (a) ponta A, (b) pponto B, (c) 0 centrGide da seglo transversal 4.169 A barra mostrada tem uma segio transversal circular de 12 mm de a 14) Notamos também que, sempre que a quantidade entre colchetes for positiva or zero, 0s colchetes deverio ser substituidos por parénteses comuns, e sempre qu | aquela quantidade for negativa, 0 préprio colehete é igual « zero, | | y — | feed ang aaa oa . (n=0 dn =t wa Fig. 5.18 As t@s fungies de singularidade correspondendo, respectivamente, a 1 0, n = Len = 2 foram representadas graficamente na Fig. 5.18. Notamos qui a fungio (x — a)" 6 descontinua em x = a e tem a forma de um essa razio, ela € chamada de fimpio degrau. De acordo com (5.14), e com ppoténcia zero de qualquer niimero definido como a unidide ie quando x = a & 0 quando x l_ ae ee | Harte tam 09a Fig. P5.108 Fig. P5.109 5.1106 5.111 (a) Usando fungdes de singularidade,esereva as quagbes para 8 cortante € 0 momento fletor para a viga e earegamento mosttados,(b) De- termine a tensa normal miéxima provocada pelo momento fete, ALN HAN any 24 cf vf — Les x as 400750 ~3m— F | ae ee eae Fig, P5.110 Fig. 5.111 5.11205.113 ( Usando fungées de singularidade, determine a intensidade € localizagao do momento fletor maxi imo para a viga e carregamento mostrados. (5) Determine a tensa io normal maxima provocada pelo momento fletor. Whi ATT Frege ca 12m} 24m —] Fig. P5112 ( ws 65 oo Fig. P5.113, 5.1146 5.115 Uma viga esti sendo projeta conforme mostra a figura. (2) Usando fungdes de singularidade, encontre a inten: dade e localizagao do momento fletor a viga, (b) Sabendo que a tens normal admissivel para o ago a ser utilizado & de 165 MPa, encontre o perfil de me larga mais econdmico que pode ser utiliza Ub at Fig, P5114 Fig, P5115 do projetada para ser vinculads « carregada conforme mostra @ fi Usando fungdes de singularidade, encom tre a intensidade e localizagio do momento fletor miéximo na viga. (b) Sabendlo que 0 estoque disponivel consiste om vigas com uma tensfio admissfvel de 12 MPa € segio transversal relangular de 30 mum de largura e altura Fe variando de 80 mm até 160 mm com incrementos de 10 mm, determi sal mais econémic que pode ser uilizada ae ! 1 ‘ 5 | ig hbe er 5.118 até 5.121 Usando um computador e fungées degrau, calcule 4 forca cortante e o momenta fletor para a viga e c ‘AL especificado, comegando no ponto A ¢ term Ai ligsin, iad Fg, P5.120 Fig. P5.121

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