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O Presidente Gordon B.

Hinckley disse: “As histórias dos santos que


ficaram sitiados, de seus sofrimentos e morte, serão repetidas muitas
vezes (…). As histórias de seu resgate têm de ser repetidas muitas vezes.
Elas falam da própria essência do evangelho de Jesus Cristo”.
(A Liahona, janeiro de 1997, p. 92.)
Falando dos pioneiros o Presidente Hinckley também disse: “Nunca
deixarei de ser grato a eles; espero que vocês nunca deixem de ser gratos
a eles. Espero que sempre nos lembremos deles. (…) Devemos ler e reler,
ler para os nossos filhos ou para os filhos de nossos filhos as histórias
dessas pessoas que tanto sofreram.
(Church News, 31 de julho de 1999, p. 5.)
A Companhia Martin de Carrinhos de Mão

A Companhia Martin de Carrinhos de Mão, sob a liderança de Edward Martin, foi a quinta companhia a viajar
rumo oeste para o vale do Lago Salgado. Em virtude de sua partida tardia, e do inverno chegar mais cedo,
encontrou a tragédia no caminho. Este grupo de imigrantes ingleses partiu da Cidade de Iowa, Iowa, em 28 de
julho de 1856. Era constituída de "576 pessoas, com 146 carros, 7 carroções, 30 bois, e 50 vacas e gado de
corte".

Em Florence, Nebraska, a 450 quilômetros da Cidade de Iowa, eles pararam a fim de consertar os carros, e ali
decidiram se continuavam a jornada naquele período avançado da estação. Alguns desistiram, mas a maioria
achou que deviam seguir em frente, e partiram de Florence e do rio Missouri no dia 25 de agosto.

A companhia chegou ao Forte Laramie, Wyoming, no dia 8 de outubro, parando para descansar antes de seguir
viagem. Até então cada pessoa havia recebido apenas uma porção de meio quilo de farinha por dia. Ao partirem
de Forte Laramie as provisões foram reduzidas ainda mais - primeiro para 250 gramas, depois apenas cem
gramas, e até menos. Por estarem enfraquecidos demais, tiveram que reduzir a carga que traziam, deixando
cobertores e vestuário. "A relva para os animais também se tornou escassa, e os bois começaram a se enfraquecer".

Cruzaram o rio North Platte a 19 de outubro, e logo após começou a nevar. O inverno chegara, e ainda tinham 650 quilômetros a percorrer. Naquela noite
muitas pessoas morreram.

Uma das viúvas registrou isto a respeito de seu marido: "Eles o envolveram em um cobertor, colocaram em uma pilha juntamente com treze outros que
haviam morrido, e os cobriram de neve. O solo estava tão endurecido pelo frio que não puderam cavar uma sepultura".

As tempestades e o frio não cessaram, e os pioneiros precisavam desesperadamente dos suprimentos que haviam deixado. Os homens que restaram
estavam tão fracos e doentes que não conseguiam firmar as estacas para as tendas. A companhia acampou em campo aberto, onde havia vários
centímetros de neve. Vinte quilômetros além do rio, foram impedidos pela neve profunda. Cinquenta e seis pessoas morreram desde que cruzaram o rio.
"Quase não havia mais alimento, e suas vestes estavam quase em farrapos. A maior parte das roupas de cama havia ficado para trás, por não poderem
carregá-las".

No início de outubro o Presidente Brigham Young recebeu noticia de que ainda havia pioneiros na trilha. Ele sabia que teriam dificuldade para cruzar as
montanhas em pleno inverno, e assim convocou voluntários para socorrê-los. Foram enviados homens a cavalo, carroções e suprimentos.

No dia 28 de outubro três desses homens chegaram ao acampamento da Companhia Martin avisando que a auxílio estava a caminho. A neve profunda
havia impedido os carroções de socorro, e aqueles homens informaram os imigrantes que a única esperança era continuar a viagem até alcança-los. Eles
corajosamente seguiram em frente, empurrando seus carrinhos e carregando os enfermos ou muito fracos que não podiam andar. Em 3 de novembro
alcançaram o Forte Devil's Gate, onde ficara o primeiro dos carroções de socorro. Os viveres nao foram suficientes, mas ajudaram bastante. O grupo de
socorro decidiu que a companhia de carrinhos de mão precisava continuar a viagem até encontrar melhor refúgio contra a neve e o frio.

Prosseguiram a jornada até o rio Sweetwater, que estava cheio de blocos de gelo flutuantes. Foi então que lhes faltou a coragem. As mulheres recuaram
aterrorizadas, e os homens choraram. Alguns tentaram a travessia, mas a maioria deles não ousava enfrentar tal provação.

"Três rapazes do grupo de socorro corajosamente se apresentaram e (...) carregaram quase todas as pessoas da companhia através do rio coberto de neve"
Cruzaram as águas geladas repetidas vezes. Os três morreram, anos mais tarde, em consequência do que sofreram naquele gesto heróico.

A companhia encontrou refúgio na caverna de uma montanha, onde permaneceram por muitos dias. A temperatura caiu para vinte e quatro graus abaixo de
zero. O frio continuou, enquanto o grupo de socorro e os componentes da companhia de carrinhos de mão "se arrastavam lentamente para o oeste, através
da neve. Alguns (...) tinham dedos, artelhos ou pés congelados; outros morreram".

Ao prosseguirem viagem, abandonaram a maior parte dos carrinhos de mão. Os homens do grupo de socorro colocaram os mais fracos e os enfermos nos
carroções, mas o restante deles ainda teria que andar. As tempestades detiveram os que vinham socorrê-los. Alguns deles voltaram, enquanto outros
decidiram permanecer e tentar de novo. Um deles, Ephraim Hanks, teve que deixar seu carroção, mas prosseguiu com dois cavalos. Certo dia, matou um
búfalo, carregou seus cavalos com a carne, e continuou a viagem, encontrando no início daquela noite a Companhia Martin de carrinhos de mão. A carne
trouxe o esperado alívio aos pioneiros famintos. No dia 11 de novembro, ele e os membros da companhia acamparam em Bitter Creek.

Gradualmente outros carroções os alcançaram, e eles conseguiram continuar a viagem até o vale, chegando em Salt Lake a 30 de novembro. Um dos
homens da Companhia Martin afirmou que morreram de 135 a 150 pessoas na jornada.

As companhias de carrinhos de mão Willie e Martin tinham feito tudo o que podiam para chegar ao Vale do Lago
Salgado, mas não lhes era possível prosseguir; precisavam ser resgatadas. Se não fossem os grupos de resgate, todos
teriam morrido.
• Já houve alguma ocasião em que vocês foram resgatados?
O que vocês sentiram em momentos em que precisaram de ajuda?
O que vocês sentiram quando alguém os ajudou?
• O que vocês acham que os santos das companhias de carrinhos de mão sentiram quando foram encontrados pelos
grupos de resgate?
Três Rapazes Salvam a Companhia Martin

Foi no dia 28 de julho de 1856 que a companhia de carrinhos de mão sob a liderança de Edward Martin, partiu
da Cidade de Iowa, Iowa, e cruzou as planícies rumo ao vale do Lago Salgado.

Em outubro foram apanhados nas montanhas pela baixa temperatura e neve profunda. Para viajar mais
rapidamente deixaram para trás a maior parte de seu alimento e muitos pertences. "o pasto era escasso, e o
gado morria às dezenas". Eles tiveram mais perdas que qualquer outra companhia de carrinhos de mão.

Brigham Young, ao saber de seus sofrimentos, enviou imediatamente um grupo de socorro, levando
suprimentos para ajudar a trazer aqueles santos a Salt Lake.

O grupo de resgate encontrou os pioneiros de carrinhos de mão em 3 de novembro de 1856, nas barrancas do
rio Sweetwater, perto de Devil's Gate, que atualmente pertence ao Estado de Wyoming. O rio tinha 30 metros
de largura, e cerca de um metro e meio de profundidade, em alguns lugares. Para piorar as coisas, as águas
estavam cheias de grandes pedaços de gelo. Alguns homens, outrora fortes, sentaram-se no solo gelado e
choraram com sua mulher e filhos. Não sabiam como cruzar o rio gelado.

Então três rapazes do grupo de socorro, de dezoito anos de idade, apresentaram-se e carregaram nas costas quase todos os membros da companhia de
carrinhos de mão, cruzando o rio. "A correnteza era tão violenta e a exposição ao frio tão prolongada que, quando adultos [todos estes rapazes] morreram
em consequência do que fizeram naquele dia".

O Presidente Brigham Young chorou como criança ao saber o que fizeram. Mais tarde ele declarou: "Esse gesto, por si só, assegurara a C. Allen Huntington,
George W. Grant, e David P. Kimball a salvação eterna no reino celestial de Deus, para sempre".
„Sou eu guardador de meu irmão?‟

Por sermos membros da Igreja de Jesus Cristo, a nossa missão é de salvamento.


Como disse o Presidente Hinckley: “Nossa missão na vida tem de
ser uma missão de salvamento”. [Conference Report (Relatório da Conferência
Geral), outubro de 1991, p. 78; Ensign, Novembro de 1991, p. 59.]

O que podemos fazer para resgatar os


necessitados?
Para salientar a responsabilidade que temos de resgatar quem estiver
em dificuldades, O Presidente Gordon B. Hinckley declarou:
“A nossa mensagem é absolutamente imperiosa, quando paramos para pensar
que a salvação, a salvação eterna do mundo, está ao encargo desta Igreja. No
final de tudo, caso o mundo seja salvo, seremos nós que teremos de salvá-lo.
Não há escapatória. Nenhum outro povo na história do mundo recebeu o tipo
de mandamento que nós recebemos. Nós somos responsáveis por todos os que já
viveram na Terra. Isso diz respeito à história da família e ao trabalho realizado
no templo. Somos os responsáveis por todas as pessoas que atualmente vivem na
Terra, e isso diz respeito à nossa obra missionária; e seremos responsáveis por
todos os que ainda venham a viver sobre a Terra.” (Church News, 3 de julho de
1999, p. 3.)

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